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ESTADO DE SANTA CATARINA SECRETARIA DE ESTADO DA

INFRA-ESTRUTURA - SIE DEPARTAMENTO ESTADUAL DE INFRA-


ESTRUTURA - DEINFRA-SC
ESPECIFICAÇÕES GERAIS PARA OBRAS RODOVIÁRIAS
PAVIMENTAÇÃO – ESPECIFICAÇÃO DE SERVIÇO DEINFRA-SC-ES-P-09/12
RECICLAGEM PROFUNDA DE PAVIMENTO COM ADIÇÃO DE PÁG. 01/14
CIMENTO PORTLAND

1. DESCRIÇÃO
A reciclagem profunda de pavimento com adição de cimento Portland tem como objeto a
obtenção de uma camada de pavimento “reciclada”, com aproveito dos materiais existentes e
introdução de cimento Portland e agregados adicionais (quando necessário), conforme
estabelecido no projeto de dosagem da mistura.
São objetos desta especificação os critérios que orientam a execução, controle, aceitação e
medição dos serviços de reciclagem profunda de pavimento com adição de cimento Portland.

2. DEFINIÇÕES
2.1. Cimento Portland
É um material pulverulento com propriedades aglomerantes, aglutinantes ou ligantes,
constituído essencialmente pelo clínquer (silicatos e aluminatos de cálcio) e adições, que sofrem
reação de hidratação quando misturados à água onde o produto dessa mistura é uma pasta
homogênea e finamente cristalina. Essa pasta sofre um processo de cristalização, endurecendo e
oferecendo elevada resistência mecânica.
O cimento Portland possui vasto campo de aplicações que vem se expandindo com a
criação de novas aplicações como o solo-cimento, por exemplo.

2.2. Reciclagem Profunda de Pavimento com Adição de Cimento Portland


É um processo de reconstrução parcial da estrutura do pavimento com o emprego de
equipamentos específicos para essa finalidade. Utilizam-se materiais existentes na estrutura do
pavimento, cimento Portland, agregados adicionais - quando necessário – e água em proporções
previamente definidas no projeto.
O processo construtivo compreende a operação simultânea de desagregação do
pavimento e incorporação de novos materiais (espalhados previamente sobre a pista), mistura e
homogeneização “in situ”, compactação e acabamento segundo alinhamento e cotas definidas no
projeto geométrico, resultando em uma nova camada de pavimento.

2.3. Prazo de Trabalhabilidade da Mistura Reciclada


É o intervalo de tempo compreendido entre o início da mistura dos materiais e o término
das operações de compactação e acabamento da camada.

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3. CONDIÇÕES GERAIS
3.1. Não é permitida a execução dos serviços, objeto desta especificação:
a) Sem o preparo prévio da plataforma de trabalho, caracterizado por sua limpeza e remoção
de obstáculos, se necessário;
b) Sem a aprovação prévia pelo DEINFRA, do projeto de dosagem e da metodologia de
trabalho instituída no trecho experimental;
c) Temperatura inferior a 5° C e superior a 35° C;
d) Em dias de chuva.

4. CONDIÇÕES ESPECÍFICAS
4.1. Materiais
4.1.1. Cimento Portland
a) Deve obedecer às especificações da Norma DNER EM 036/95 e às da ABNT
NBR 5732/91, NBR 11579/91;
b) Todo carregamento de cimento que chegar à obra deverá vir acompanhado do certificado
de fabricação com informações sobre a data de fabricação, origem, além da sigla
correspondente, da classe, da denominação normalizada e da massa líquida entregue;
c) Entre os cimentos recomendáveis estão os compostos, do tipo CP II E, CP II F e CP II Z,
todos de classe de resistência intermediária - classe 32 - e CP IV.

4.1.2. Água
Deverá ser limpa e isenta de substâncias nocivas como: sais, ácidos, óleos, álcalis,
açucares, matéria orgânica ou outros elementos prejudiciais à reação do cimento.

4.1.3. Agregados Adicionais


Caso a granulometria do material reciclado não se enquadre nas faixas granulométricas
indicadas nesta especificação, devem ser introduzidos agregados adicionais para promover o
ajuste granulométrico do material. Os agregados adicionais deverão atender aos seguintes
requisitos:

4.1.3.1. Agregado pétreo ou seixo rolado britado, adicionais, devem ser constituídos por
fragmentos sãos, limpos e duráveis, livres de torrões de argila e de substâncias nocivas, e
apresentar as características seguintes:

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a) Desgaste Los Angeles igual ou inferior a 55% (DNER ME 035/98);


b) Índice de forma superior ou igual a 0,5 (DNER ME 086/94) e Índice de Lamelaridade
menor que (20%);
c) Durabilidade, perda inferior a 12% (DNER ME 089/94).

4.1.3.2. Agregado miúdo deve ser constituído por pó de pedra, apresentando partículas
individuais resistentes, livres de torrões de argila e outras substâncias nocivas. Devem ser
atendidos, ainda, os seguintes requisitos:
a) As perdas no ensaio de durabilidade (DNER-ME 089/94), em cinco ciclos, com solução de
sulfato de sódio, devem ser inferiores a 15%;
b) O equivalente de areia (DNER-ME 054/97) do agregado miúdo deve ser igual ou superior a
50%;
c) Desgaste Los Angeles igual ou inferior a 55% (DNER ME 035/98).

4.1.3.3. A mistura reciclada deverá apresentar uma granulometria densa e bem graduada, e
se enquadrar em umas das faixas granulométricas apresentadas na tabela abaixo:

Peneira de malha Percentagem passando em


Tolerância
quadrada peso (%)
da faixa de
Abertura
ABNT II III projeto
(mm)
2” 50 100 100 ±7
1” 25 75 – 90 100 ±7
3/8” 9,50 40 – 75 50 – 85 ±7
Nº 4 4,75 30 – 60 35 – 65 ±5
Nº 10 2,0 20 – 45 25 – 50 ±5
Nº 40 0,425 15 – 30 15 - 30 ±2
Nº 200 0,075 5 - 15 5 - 15 ±2

4.1.3.4. Além do atendimento à faixa granulométrica apresentada, deve-se atentar para os


seguintes aspectos visando bom comportamento da mistura reciclada:
a) A participação do revestimento betuminoso deverá ser limitada em 50% em peso em
relação à massa seca da mistura reciclada;
b) Pelo menos 95% de material reciclado deverá passar pela peneira 2”;
c) Existência máxima de 15% de finos passantes na peneira Nº 200;
d) O material passante na peneira nº 4 (4,8 mm) deverá ser no mínimo 50% ± 5%.
e) Inexistência de patamares ou fortes descontinuidades na curva granulométrica;

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f) Apresentar resistência à compressão simples, aos sete dias de cura, entre 2,1 e 2,5 MPa e
resistência à tração por compressão diametral, aos sete dias de cura entre 0,25 e 0,35 MPa.

4.1.3.5. Orientações para a dosagem da mistura reciclada


a) Coleta de amostras
a.1) A coleta de amostras para elaboração do projeto de dosagem da mistura reciclada
deverá ser efetuada com o auxílio da própria recicladora que será utilizada nos serviços de
reciclagem;
a.2) É fundamental que a coleta de amostras seja feita de forma a cobrir todas as possíveis
variações da estrutura do pavimento existente. A cada uma destas variações corresponde
um segmento homogêneo, para o qual deve ser elaborado um projeto de dosagem
específico.
b) Apresentação do projeto de dosagem
O relatório de dosagem deverá conter as seguintes informações:
- Granulometria do material reciclado (capa + base);
- Granulometria dos agregados e sua procedência;
- Composição granulométrica da mistura reciclada e seu enquadramento na faixa
definida no Projeto de Dosagem;
- Massa específica aparente seca máxima do material reciclado (capa + base) e
respectiva umidade ótima;
- Massa específica aparente seca máxima da mistura reciclada (capa + base + cimento e
eventualmente agregados) e respectiva umidade ótima;
- Energia de compactação usada (Proctor Modificado);
- Teor de cimento;
- Tipo de cimento e sua procedência.

Quando houver mudança, durante a obra, do tipo ou marca do cimento, deverá ser
obrigatoriamente verificada a dosagem.
- Resistência à compressão simples e resistência à tração por compressão diametral, aos
sete dias de cura;
- Indicação em peso do consumo de cimento por metro quadrado (Kg/m²);
- Indicação em volume do consumo de agregados por metro quadrado (m³/m²), caso
haja necessidade da adição dos mesmos.

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4.2. Equipamentos
Antes da execução do serviço, todo equipamento deverá ser cuidadosamente examinado e
estar de acordo com esta especificação, sem o que não é dada a autorização para seu início. Os
equipamentos requeridos são os seguintes:
4.2.1. Recicladora de pavimentos
As características mínimas que o equipamento de reciclagem deverá apresentar são:
a) Equipamento autopropelido, com tração nas quatro rodas e potência de motor mínima de
400 HP para permitir empurrar caminhão de água além de fresar profundidades de pelo
menos 300 mm numa única passada;
b) Câmara de mistura dotada de dispositivo para permitir fragmentação da capa asfáltica e/ou
agregados maiores, e assim restringir o diâmetro máximo admissível;
c) Sistema automático de profundidade e nivelamento para manter a espessura de corte
nivelada e uniforme. A largura mínima efetiva, em uma única passada, deverá ser de 2,00
metros;
d) Rolo misturador/fresador equipado com ferramentas de cortes especiais. Deverá ser capaz
de operar no mínimo em três velocidades diferentes, conforme necessidade, para permitir
melhor desagregação e homogeneização dos materiais;
e) Dispositivo para ajustar com precisão a taxa de aplicação de água em função da velocidade
de avanço.
4.2.2. Caminhão tanque para abastecimento de água com capacidade mínima de 10.000 litros
equipado com registro de água (diâmetro 3”), engate para mangueira do tipo rápido
(macho / fêmea) e engate para cambão;
4.2.3 Adicionalmente utiliza-se um caminhão tanque de água com capacidade mínima de 10000
litros para umidificar a superfície durante as operações de compactação, assim como
controlar a emissão de poeira e para manter a umidade na superfície da camada reciclada
após o acabamento. Um terceiro caminhão tanque com capacidade mínima de 5000 litros
poderá ser necessário para abastecer de água o caminhão tanque do trem de reciclagem,
permitindo, desta forma, uma operação contínua do mesmo.
4.2.4 Caminhão basculante equipado com caçamba inclinável para transporte de sobra de
materiais oriundos das operações de acabamento da superfície. O caminhão deverá ter
capacidade para 22 toneladas ou 12m³ de volume de carga.

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4.2.5 Caminhão basculante equipado com caçamba inclinável para transporte de sobra de
materiais oriundos das operações de acabamento da superfície. O caminhão deverá ter
capacidade para 22 toneladas ou 12m³ de volume de carga.
4.2.6 Pá carregadeira articulada capacidade da caçamba de 2,5m³ de volume de carga para
remoção do material excedente da reciclagem.
4.2.7 Vassoura mecânica e/ou compressor de ar comprimido para limpar a superfície da camada
reciclada antes da aplicação da pintura de proteção e para eliminar material solto antes da
abertura ao tráfego.
4.2.8 Motoniveladora pesada autopropelida com largura mínima de lâmina de 3,6 metros e
potência de motor suficiente para cortar, espalhar e nivelar o material reciclado.
4.2.9 Equipamentos para espalhamento de insumos
4.2.9.1 Espalhamento de agregados (caso necessário)
Deverá ser utilizado equipamento “distribuidor de agregados”, de preferência
autopropelido, para permitir distribuição homogênea e na quantidade especificada de material,
como também permitir melhor controle das taxas de aplicação.
4.2.9.2 Espalhamento de cimento portland
O cimento deverá ser espalhado uniformemente nas direções longitudinal e transversal. O
equipamento deverá ser dotado de controle eletrônico para permitir máxima precisão na taxa de
aplicação, independentemente da velocidade de avanço. Também deverá possuir sistema de
espalhamento controlado por um computador de bordo capaz de ser ajustado a qualquer momento
e sempre que necessário.
4.2.10 Equipamentos para compactação da camada reciclada
4.2.10.1 Deverão assegurar uma compacidade adequada e homogênea em toda espessura da
camada sem produzir alterações de densidade e/ou esmagamento de partículas. Deverão
também reunir características que permitam que o fundo da camada seja bem densificado
para lhe assegurar uma boa resistência à fadiga;
4.2.10.2 Deverão ser utilizados rolos metálicos vibratórios do tipo liso e/ou pé de carneiro
autopropelidos, que tenham dispositivos para ajustar as amplitudes e frequências de
vibração para as condições de trabalho requeridas. Tais equipamentos deverão ser dotados
de inversores de sentido e possuir deslocamento suave;
4.2.10.3 Devem também ser utilizados rolos pneumáticos auto propulsores que sejam
dotados de dispositivos que permitam a calibragem de variação da pressão dos pneus de
0,25 MPa a 0,84 Mpa (35 a 120 psi);

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4.2.10.4 A composição do trem de compactadores deverá ser definida experimentalmente


para definir a combinação ideal dos tipos de equipamentos que irão otimizar o número de
passadas e alcançar o grau de compactação desejado.
4.2.10.5 Tipos de rolos compactadores
a) Rolo vibratório pé de carneiro autopropelido com peso operacional mínimo de 11,3
toneladas;
b) Rolo vibratório liso autopropelido com peso operacional mínimo de 11,3 toneladas;
c) Rolo pneumático de pressão variável e com peso operacional entre 28(20) a 33(30)
toneladas;

5 EXECUÇÃO

5.1 A responsabilidade civil e ético profissional pela qualidade, solidez e segurança da


obra ou do serviço é da executante.
5.2 É obrigatória a execução de segmento experimental com extensão mínima de 200
metros para estabelecimento de metodologia de trabalho que será adotada pela
executante. A partir do segmento experimental será instituído pelo DEINFRA/SC um
padrão de serviço para permitir o acompanhamento e fiscalização das atividades.
5.3 A metodologia de trabalho deverá atender aos limites definidos nesta especificação e
estando aprovada será emitido Relatório de Segmento Experimental com as
observações pertinentes feitas pelo DEINFRA/SC, as quais devem ser obedecidas em
toda a fase de execução da obra.
5.4 A reciclagem “in situ” do pavimento deverá ser executada nas condições e seqüência
a seguir descritas, sendo que todo o segmento a ser reciclado deverá ser estaqueado a
cada 10 (dez) metros, estabelecendo-se em cada estaca a cota do projeto geométrico:
a) Espalhamento do agregado adicional (caso necessário) na espessura determinada, com o
emprego de distribuidor de agregados;
b) Espalhamento de cimento sobre a superfície na taxa indicada no projeto de mistura. O
cimento será distribuído por equipamento dotado de controle eletrônico para permitir
precisão na taxa de aplicação;
c) O tempo decorrido entre a aplicação do cimento e o início da mistura dos materiais não
deverá exceder 30 minutos;

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d) Reciclagem na seção e espessura de corte indicada em projeto. Nesta operação o cimento


Portland, agregados adicionais (caso necessário) e água para compactação são
simultaneamente incorporados e homogeneizados com o pavimento existente;
e) Para execução de juntas longitudinais entre cortes adjacentes, recomenda-se uma
sobreposição mínima de 15 cm entre passadas da recicladora. Deve-se tomar cuidado para
não aplicar água para compactação na largura de sobreposição, pois ela já foi tratada no
corte anterior;
f) Imediatamente após a passagem da recicladora deverá ser realizada a pré-compactação para
confinar a mistura reciclada e evitar perdas de umidade à medida que a recicladora avança.
O equipamento de compactação vem imediatamente atrás da recicladora para dar
consistência à mistura antes que qualquer conformação geométrica seja feita pela
motoniveladora;
g) Após a pré-compactação é realizada a conformação inicial dos perfis transversais e
longitudinais da camada com emprego de motoniveladora;
h) Finalizada a pré compactação, inicia-se efetivamente a compactação final, devendo ser
concluída dentro do prazo de trabalhabilidade do material reciclado. À medida que se
processa a compactação, a motoniveladora vai modelando a superfície conforme indicado
no projeto geométrico. O formato desejado deve ser obtido com a ajuda de referências fixas
(piquetes e estacas posicionadas a cada 10 metros);
i) O objetivo da compactação é atingir a máxima densidade em toda a espessura da camada
reciclada. A determinação do número de passagens e a composição da patrulha de rolos
deverão ser previamente definidas no trecho experimental;
j) A compactação será executada longitudinalmente de forma contínua e sistemática, até
atingir o grau de compactação pretendido. Se a reciclagem se realizar por faixas paralelas
os cilindros deverão sobrepor na faixa adjacente em pelo menos 15 cm;
k) O início da compactação deverá ser pelo bordo mais baixo da faixa, prosseguindo até o
bordo mais elevado, sobrepondo as passagens sucessivas;
l) Durante as operações finais de compactação deverá ser realizada a umidificação da
superfície por meio da adição de pequenas quantidades de água a fim de evitar secagem
prematura do material reciclado;
m) O Grau de Compactação (GC) a ser obtido deve ser de, no mínimo, 98% em relação à
densidade de referência obtida com a energia Modificada;

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n) Após a conclusão da compactação será feito o acerto final da superfície, de acordo com
projeto geométrico. Nesta etapa, as saliências deverão ser eliminadas com o emprego de
motoniveladora e a superfície da base deverá ser comprimida até que se apresente lisa e
isenta de partes soltas ou sulcadas. A motoniveladora deverá atuar exclusivamente em
operação de corte, portanto não é permitida a correção de depressões pela adição de
material;
o) Concluída as operações de compactação e acabamento, a camada reciclada deverá ser
protegida contra evaporação da água por meio da aplicação de produto betuminoso isento
de solventes. A película protetora deverá se constituir numa membrana capaz de gerar
coesão superficial, impermeabilidade e permitir condições de aderência entre a superfície e
o revestimento a ser executado. O tratamento de cura deverá ser aplicado à taxa de 0,8 a 1,2
l/m² de emulsão de cura rápida;
p) A liberação ao tráfego somente será permitida:
- após a verificação da resistência mínima à compressão simples e à tração por compressão
diametral em amostras extraídas da pista nos primeiros dias de cura, a ser definido no
segmento experimental referido no item 5.3 : Rcs ≥70% Rcs 7 dias e Rt ≥ 70% Rt 7 dias;
- execução de granilha pétrea (5 – 2 mm) (taxa de 5 a 8 kg/m²) sobre a pintura de proteção.
Também é permitido a aplicação de revestimentos delgados do tipo tratamento superficial
duplo , micro revestimento asfáltico ou camada de CAUQ (anti-reflexão), de acordo com o
especificado no projeto de engenharia;
q) Caso a exposição ao tráfego promova degradação na base reciclada, uma nova camada de
proteção deverá ser aplicada após varredura do material solto;
r) A camada reciclada deverá ser submetida à ação do tráfego, por período de 3 a 7 dias, de
forma que eventuais deficiências se exteriorizem e possam ser sanadas antes da aplicação
do revestimento final.

6 CUIDADOS CONSTRUTIVOS

6.1 Cada vez que a operação de reciclagem é iniciada ou interrompida, juntas


transversais são formadas. Mesmo nas paralisações que levam apenas alguns minutos
para carregar tanque de água ou para realizar pequenas manutenções, cria-se uma
junta que é essencialmente uma alteração na uniformidade do material reciclado.
Portanto, deve-se ter atenção no sentido de minimizar as paralisações e, quando for
inevitável, tratar cuidadosamente a junta formada;

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6.2 Se houver alguma paralisação temporária, deverá ser feita uma marca no local exato
onde a recicladora parou. Quando a operação for recomeçada, a recicladora voltará
alguns metros e reiniciará o corte sem adição de cimento e/ou água para compactação.
No momento em que chegar ao local marcado, o operador deverá acionar o sistema de
incorporação de água para que a camada seja tratada novamente. A reciclagem,
portanto, somente deverá ser interrompida por alguma outra necessidade imperiosa;
6.3 A largura das faixas longitudinais será fixada de modo a executar-se o menor
número possível de juntas e se consiga a maior continuidade de tratamento;
6.4 O prazo de trabalhabilidade da mistura reciclada não deverá ultrapassar 2 horas.
Prazos maiores que este poderá acarretar em perda de umidade do material
desestabilizando a camada, especialmente em dias quentes e com baixa umidade
relativa do ar;
6.5 A recicladora deve ser ajustada para fragmentar ao máximo o revestimento asfáltico.
A velocidade máxima de avanço da recicladora deve ser 6m/minuto e a velocidade
mínima do tambor reciclador 140 RPM. As eventuais placas produzidas durante a
operação tendem a quebrar no interior da camada podendo resultar num ponto frágil,
além do que dificultam o acabamento quando ficam soltas na superfície. Portanto, as
eventuais placas de asfalto devem ser removidas manualmente;
6.6 É vedado o emprego de asfalto diluído com solvente reagente à base tratada com
cimento.

7 CONTROLE DE QUALIDADE

7.1 Controle de materiais:


7.1.3 Cimento Portland:
Ensaio de determinação de finura, conforme NBR 11579/91 a cada carga de cimento que
chegar à obra;
7.1.4 Agregado Adicional:
a) Abrasão Los Angeles, conforme DNER ME 035/98: Um ensaio no início da utilização do
agregado na obra e sempre que houver variação da natureza do material;
b) Índice de forma e porcentagem das partículas lamelares, conforme DNER ME 086/94: Um
ensaio no início da utilização do agregado na obra e sempre que houver variação da
natureza do material;

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c) Durabilidade, conforme DNER ME 089/94: Um ensaio no início da utilização do agregado


na obra e sempre que houver variação da natureza do material;
Para o agregado miúdo, determinar o Equivalente de Areia, conforme DNER ME 054/97:
Um ensaio por dia de trabalho.
7.1.5 Água:
Deve ser examinada sempre que houver dúvida sobre sua qualidade.
7.2 Controle da mistura reciclada:
Os controles para produção da mistura serão realizados no campo e no laboratório. Os
ensaios de campo serão realizados a cada 250 metros de extensão por faixa de tráfego, como a
seguir:
a) Coleta de material para ensaio de granulometria imediatamente após a operação de mistura;
b) Determinação da umidade do material “in situ”;
c) Determinação da taxa de aplicação de cimento;
d) Determinação da taxa de aplicação de agregados (caso seja necessária à adição dos
mesmos);
e) Moldagem de pelo menos três corpos de prova Ø 10 × 20 para ensaios de compressão
simples, sendo a moldagem efetuada em 4 camadas de 5cm de espessura com 52 golpes por
camada e soquete de 4,48 kg, uniformemente distribuídos;
f) Moldagem de pelo menos três corpos de prova Ø 10 x 20 cm para ensaios RTCD, moldado
conforme descrito no item “e”.
O controle em laboratório consistirá nos ensaios a seguir:
a) Análise granulométrica por peneiramento (material coletado na pista), conforme DNER
ME 080/94;
b) Após moldagem no campo, os corpos de prova deverão permanecer por sete dias em
câmara úmida para cura do cimento;
c) Determinação das resistências à compressão simples e tração por compressão diametral,
conforme DNER ME 201/94 e DNER 181/94, respectivamente.
7.3 Controle da camada reciclada “in situ”:
a) Moldagem de corpo de prova em molde CBR na energia Proctor Modificado para
determinação da densidade (úmida) de referência a ser utilizada na aferição do Grau de
Compactação;

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b) Determinação do Grau de Compactação, conforme DNER ME 092/94;


c) Determinação da taxa de aplicação da pintura de proteção;
d) Determinação da espessura, resistência à compressão simples e resistência a tração: retirada
de 4 corpos de prova com sonda rotativa diâmetro de 6 polegadas, nos primeiros dias, a
cada 1000 metros de pista acabada; retirada de 4 corpos de prova, após 90 dias, a cada 1000
metros de pista acabada.

A cada 20 metros por faixa de tráfego, determinar:


a) Espessura de corte imediatamente após a passagem da recicladora com tolerância admitida
de ± 1,0 centímetro da definida em projeto;
b) Deflexões recuperáveis sobre a superfície acabada, segundo método DNER ME 024/94,
com auxílio da viga Benkelman ou FWD (Falling Weight Deflectometer) DNER PRO
273/96;
c) A deflexão obtida deve ser inferior ao valor considerado no projeto de dimensionamento do
pavimento. Os segmentos que apresentarem valores superiores aos considerados no projeto
devem ser pesquisados individualmente, para se tentar definir a causa do aumento nos
valores da deformabilidade elástica. Caso o aumento tenha sido causado por falha
executiva ou uso de material inadequado, ou presença de material com excesso de umidade,
o serviço deve ser refeito e corrigido o problema, antes da execução da camada seguinte;
d) Não será admitida largura da plataforma reciclada inferior à indicada no Projeto
Geométrico.

8 CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO E PAGAMENTO

Os serviços de reciclagem profunda de pavimento com adição de cimento serão medidos


e pagos de acordo com os “PROCEDIMENTOS PARA MEDIÇÃO E PAGAMENTOS DE
OBRAS RODOVIÁRIAS”.

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ESTADO DE SANTA CATARINA SECRETARIA DE ESTADO DA
INFRA-ESTRUTURA - SIE DEPARTAMENTO ESTADUAL DE INFRA-
ESTRUTURA - DEINFRA-SC
ESPECIFICAÇÕES GERAIS PARA OBRAS RODOVIÁRIAS
PAVIMENTAÇÃO – ESPECIFICAÇÃO DE SERVIÇO DEINFRA-SC-ES-P-09/12
RECICLAGEM PROFUNDA DE PAVIMENTO COM ADIÇÃO DE PÁG. 13/14
CIMENTO PORTLAND

9 CONTROLE AMBIENTAL

Para execução da camada de base reciclada “in situ” com adição de cimento são
necessários trabalhos envolvendo a utilização de cimento Portland e agregados pétreos. Os
cuidados a serem observados para fins de preservação do meio ambiente envolvem a produção e
aplicação de materiais e o uso de equipamentos. Os agregados pétreos somente serão produzidos,
após a apresentação da Licença Ambiental de Operação da Pedreira, cuja cópia deve permanecer
arquivada no escritório da obra. No caso de fornecimento dos agregados por terceiros, deverá ser
previamente apresentada a documentação atestando a regularidade das instalações de britagem e
sua operação ,junto ao órgão ambiental competente.

10 REFERÊNCIAS

Na aplicação desta Norma é necessário consultar:


a) DNER-EM 036/95 – Cimento Portland – recebimento e aceitação;
b) DNER-ME 024/94 – Pavimento – Determinação das deflexões pela Viga Benkelman;
c) DNER-ME 052/94 – Solos e agregados miúdos – Determinação da umidade com o
emprego do “speedy”;
d) DNER-ME 080/94 – Solos – Análise granulométrica por peneiramento;
e) DNER-ME 092/94 – Solo – Determinação da massa específica aparente, ‘in situ”, com o
emprego do frasco de areia;
f) DNER-ME 129/94 – Solos – Compactação utilizando amostras não trabalhadas;
g) DNER-ME 181/94 – Solos estabilizados com cinza volante e cal hidratada – Determinação
da resistência à tração por compressão diametral;
h) DNER-ME 201/94 – Solo Cimento – Compressão axial de corpos de prova cilíndricos;
i) DNER-ES 279/97 – Terraplenagem – Caminhos de serviço;
j) DNER-ES 307/97 – Pavimentação – Pintura de ligação;
k) DNER-PRO 273/96 – Determinação de deflexões utilizando deflectômetro de impacto tipo
“Falling Weight Deflectometer (FWD)”;
l) DNER-PRO 277/97 – Metodologia para controle estatístico de obras e serviços;

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ESTADO DE SANTA CATARINA SECRETARIA DE ESTADO DA
INFRA-ESTRUTURA - SIE DEPARTAMENTO ESTADUAL DE INFRA-
ESTRUTURA - DEINFRA-SC
ESPECIFICAÇÕES GERAIS PARA OBRAS RODOVIÁRIAS
PAVIMENTAÇÃO – ESPECIFICAÇÃO DE SERVIÇO DEINFRA-SC-ES-P-09/12
RECICLAGEM PROFUNDA DE PAVIMENTO COM ADIÇÃO DE PÁG. 14/14
CIMENTO PORTLAND

m) DNIT 011/2004 – PRO – Gestão da qualidade em obras rodoviárias;


n) DNIT 068/2004 – PRO – Gestão da qualidade em obras rodoviárias - procedimento;
o) NBR 6118/80 – Projeto e execução de obras de concreto armado;
p) NBR 5732/91 – Cimento Portland comum
q) NBR 11579/91 – Cimento Portland – Determinação da finura por meio da peneira
75 μm (Nº 200)
r) PCA – PORTLAND CEMENT ASSOCIATION. Guide to Full Depth Reclamation (FDR)
with Cement. Illinois, E.U. A, 2005.

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