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  • LUKÁCS, György. Concepção Aristocrática e Concepção Democrática Do Mundo (UFRJ) PDF

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    L._CONGEPGAO ARISTOCRATICA E CONCEPGAO DEMOCRATICA DO MUNDO imperante, é habitual tomar como !aga0!' Faremos o mesmo na nossa rvengao, ressalvando que no entendemos por “situagao” a con- “io individual do homem que atua isoladamente, mas aquela em. c hoje se encontra a humanidade. Esta situagao pode ser resumida muito brevemente: 0 poderio lado na guerra. No odes im da guerra mostra que a destruisio politica, «@,sobretudo, ideolégica do fascisma é bem mais lenta e cil do que muitos pensavam. Do ponto de vista politico porque alguns homens de Estado, que se proclamam enfaticamente demo- ‘ratas, consideram os fascistas uma espécie de reserva sua e, por isso, abrigam-nos e até os apsiam. F do ponto de vista fascismo se revels, na sequéncia da fragorosa der is resistente do que muitos imaginavam, Devo dizer que nfo me encontro evolucio surpreende e decet ‘curso, na base de meus esc ‘de modo nenhur, uma m Jada, nem uma reper péia, O fascismo, como concepgio de le teorias irracional crdticas no plano social e moral teorias que, na ciéncia ial endo ofi ica ¢ no jornalismo, desempenham um papel importante hé écadas. Como aqui existem articulagdes organi ler ¢ Rosenberg? filosofia de Spengler ou de Nietesche, enquanto Preparam um novo avango sob condigoes mais favoraveis. ‘ocasido de uma série de conferéncias que fiz no decorrer da guerra, 26 # Gyoncy Loxtes perante oficiais superiores alemaes que estavam presos, pude obset- ‘var pessoalmente este processo em seus inicios ‘Ora, do ponto de vista da concepgio de mundo, aliquidagio da ideologia fascista ests longe de ser uma questéo simples. Além de lere Rosenberg, prati- clareza sobre quando e como surgit a crise de que 0 como forma particular de solugio, barbara e desumana, até agora, considerada sob virios aspectos, a partir de sudo, as causas profundas de que se originam esses diver- idénticas ¢, portanto, devem ser teo- ricamente Naan: complexos:a x0s de crise remontam ao triunfo da grande Revolugio Frances quatro alcangam seu ponto culminante no perfodo impei 60s quatro experimentam, do ponto de vista qualita intensificasao no perfodo entre as duas guerras mundi de nascimento do fascismo. onsideraremos, por economia de exposicio, estes quatro complexos separadamente, mas sem perder de vista a sua esséncia ccomum — de fat fem ontologicamente uma unidade e, por {sto, do ponto de vista te6 tados como tal. Al da exposigio nos obriga a separi-los, mesmo que, necessariamente, aqui e ali aparegam confundidos. [Antes de passar& exposigio propriamente dita, permitam-me ‘uma adverténcia metodologica. Todos os argumentos empregados contra a democracia, 0 progress, a razdo e 0 humanismo nao so eramente especulativos; tm origem no ser social da nossa época. ‘Como diria Marx, nao saltam dos livos para a vida, antes vao desta para aqueles;¢ isso porque tais argumentos refletem intelectual- Imente (se bem que de modo distoreido) problemas, sofrimentos ¢ necessidades reais. Dada esta ancoragem no ser socal, dispoem de uma certa legitimidade eno sio refutaveis com a simples demons- ConceP¢ao aRisrocRAtiCa & CONCERGAO DEMOCRATICA @ 27 90 dasa coniatoviedade ou ies as nad, moar que eas conteditorieade . citoridade ou insensater pro. deez es quent demented sm rb ied, porém poss de tancra eqivoaia« deformid 8 eben, sjstament en as be mente falsa, s6 pode ser refutac liant a 5 ne iss pode serhadaedunte cbr de psa Porque eta crise fi provocad cada precsamente plo info da ‘Revolugao Frances. Seer tents num parle nada castal com a Revo scons im coma do cpa a moderna cede burg. Acon ste processo, do p¢ a aes 20 © una refit ds das do umn Fassenos a Considerar, gor em separado, os quatro com- 1. A crise da filosofia burguesa si sa entealbernieesigulade atearealbrta en ildade reais dos homens. A conhecida ci ek assem na vida social para que seu cardter traditério se convertesse no ponto de cristalizagao de todas as 28 © Gronor Lutes ‘a converter a desigualdade e a auséncia de liberdade concretas entre ‘0s homens em “fato natural’, em “lei da natureza’, enfim em dado _metafisico, pattindo dessas nogles para a constituigzo de uma con- ‘cepeao de mundo (correntes reacionarias de virios tipos, até o fas ., que esgotam tipologicamente as poss ce das principais questoes da crise da democracia moderna, mostram-se na origem das varias — ‘mas sempre estreitamente relacionadas ~ controvérsias que opt ‘seram, nos séculos XIX e XX, as diversas concepgdes de m sa que tne 08 democratas revolucionaios radi 1a nova concepsao de democracia. & pos Jabrevemente: s6 se pode falar de democracia quando desaparecerem todas as formas de dependéncia do homem frente ao homem, de 0 ¢ de opressio do hom« . lade ia de Viberdade. Trata-se, pois, de al aldade sem discriminagao de condigao econo: ce, nacionalidade, rasa, sexo etc. Somente entio se realizaria o ter- Jdade humana. nente, estes estidios: 0 cristianismo esta belecen a igualdade das Francesa, a dos homens abst ria ignaldade dos homens concretos na vida re tos, por mais diferei sempre conceberam a igualdade como um requisito indispensdvel para um verdadciro 10 da personalidade ~ e jamais como sua destruilo. rez; realizacio da liberdade e da igualdade exig necesséria transformacao das condigdes sociais das relagdes hu- “Entre aqueles que foram socialmente os verdadeiros vencedo- res da Revolugdo Francesa, a idéia origindria daquela transforma: CoNcte¢Ao aRistocRATICA CONCERCAO nEMOcRATICA @ 29 liberalismo — tomado como a expressio lectual e politica desses setores, contrapostos: : 2 deli mais abstratos ¢ formais se tornam os conceitos de liberdade e ic lado filos6fico da libercade e da igualdade ado a vigorosas esperancas ut6picas, cujo te) As vezes os conduz a ibém as priticas da Revo- rancesa raramente excederam 0 coneeito jridico-form iberdade e da igualdade (recorde-se a para todos os homens um estado soc idade e um desenvolvimento mximos. Mas esta concepgio ¢ infirmada pela propria evolugdo eco- ica nos principios do século XIX; a contradigao entre a visio ‘ginal da economia clissica inglesa e os processos da vida econd- se expressa no colapso e cultural periodo impei (controle alfandegério, protecionismo, izag6es monopolistas) que nao apenas refutago prética das ligoes econdmi 30 Groncy Luxtes das forgas econémicas no marco da liberdade e da igualdade formal Este quadro origina ou uma economia puramente empitista, des- provida de qualquer fundamentagdo tedrica, ou uma posicao defensiva cada vez mais cegamente apologética. Defende-se uma Iiberdade e uma igualdade que, na realidade, existem de forma su- futuro possa cortigir as indisc concepsao liberal do mundo vai se esclerosando & medida que a situagdo econdmico-social a que corresponde se torna cada vez mnais ta petrificagao também is ‘edade burguesa. A Revolugao Francesa ‘€0 bourgeois no seio de um povo livre. A problemética — humana e tragica ~ da , derivada desta tens, encontrou a sua expressio na mel do século XIX em todos 0s paises (Sel ), Todavia, 0 desenvol seu fandamento econdmico concreto, logo transformou ‘grandes tempos das 1 interiormente esvaziados e carentes de significado (Homais, de Flauber"). ‘A democracia formal do liberalismo privatiza o homem. O desaparecimento do cidadio nao apenas corresponde a um empobre- cimento ea uma desmoralizacio da vida pablica (da qual individuo e como personalidade. B claro que 0 modern 1 surgiu sobre esta base social ~ pouco importa se afirmando: diferente a ela ou a ela se ‘opondo — ndo se interessa por tal mutilagdo. Da afirmagio est dda vida no final do século a sombria angustia de Heidegger no nada nada, sempre eem todas as partes s6 se reconhece como essencial (o lado burgues, segundo ConceP¢io anisrocRAtics F CONCEFGAO DEMOCRATICA @ 31 tura tem como conseqiiéncia necessdria a s ria a supressto, jolenta, de todas aquelas possibilidades e capacidades ‘humanas que s6 na vida piblica podem se desenvolver. Basta pensar nos Antigos para verificar em que medida todas as formas dk sigdes apologéticas, tanto mais se ide mem com o lado explorador, parastatio, do homo econ se da ida, em si mesma justa, de que o desenvolvimento da perso- lade humana exige sempre um mbito de jogo concreto para as sas ¢ as relagdes humana. Mas esta idéia surge deformada izados como um atributo inseparivel da sta personalidade; por isso, nesta concepgao da vida, a socializagdo do homem aparece co- ‘mo equivalente a destruicio da sua personalidade, Neste mes! sag reciprocate homem ehomen ene home cco quando car lager ve indent saber qa to area jr de propiedad que orgtivam ee “abla dejo {hando elas alo eitem, pouch um d oasacompanba como pico noc xenvolimento da pesonaldad a dsm sa tag desiguamentn Ai ‘ Also forced pls eatin los epicuristas. Z ; a ‘dena surge concept, gulnenefelchiada, ogi I, para alguns homens ~ 0s nao c: eo dpe ts page esque acinmo dew pode ox atisocraiamo, feqentementeinconesado, mas gue ta cc de, rane , transforma-se numa doutrina segundo a qual 32 © Groney Luekes cexige condigoes sociais completamente opostas. Assi doutrina produz, a0 ‘mesmo tempo, uma deformaglo da personalidade, com seu esvazia~ mento fetichista e sen env ‘io podemos descrever, nesta oportunidade, acrise da concep- eral do mundo em pormenores. Atentaremos simplesmente para dois de seus momentos constitutivos. Em primeiro lugar, o pro- desenvolvimento cap da flosofia s uum importante reflexo daquela 0 gerald liberalismo em relagio 4 democracia que, salvo no movimento operdvio socialist, torna-se da separaglo to- na sociologia de Pareto, Michels® etc. Nos ‘mente honestos do pensamento liberal, apresenta-se importante pela democratizagio da Alemanha guilhermina; mas o fe do de que desta luta surgiria um sistema apenas um. que o precedente do ponto de vista do “funcionamento técni acreditar minimamente numa mudan¢a verdadeira do povo als ‘0 que decorria das premissas de seu pensamento e da situacao tal como ‘0 problema tem razio de se, uma vez que nao é inexata a verificasao de que a elite se torna independente das massas que supostamente representa, indo a questdo é posta supra-historica- pertinente a uma deter- ‘minada fase do desenvolvimento capitalsta, Quando conectada c retamente a esta fase, a verificacZo expressa uma das debilidades ce trais da democracia formal burguesa: as massas aparecem ~ formal- Concer¢io amisTocRATiCa B CONCEP¢AO DEMOCRATICA @ 33 tos, inapeliveis; ss de poder ¢ assim devem permanecer, de com a vontade dos seus manipuladores. Uns poucos indica- torais, dos jornais de grande na organizagio da econo to das massas que, educadas deste modo, iimente manipuladas pela propaganda eleitoral, Em suma: a nova elite é na realidade, escolhida por um pequeno circulo personalidades an6nimas, que permanecem na sombra ¢,em par~ escolhe-se a si mesma; mas seu baixo ue formal- clegeram. Sob condigdes tio ambiguas, s6 pode florescer a éncia ou ahipoctisia ea tniea alternativa para a honradez.inte- jetiva € uma profunda resignacao. ‘Anova ideologia abertamente antidemocrética surge com base ise. O anticapitalismo roméntico de principios do século XIX, Idade social e na auséncia de liberdade entre os homens o ndamento de uma sociedade “sadia”, Esta concepeao tem muitos de contato com a ideologia restauradora que sucedeu a lusio Francesa, mas ndo 6, de forma al ieda democracia, Nietzsche pode ser considerado o principal reno da transigzo para esta concepeio de mundo. lereabiologiaa sua ciéneia fundam jcagao de uma desigualdade biologicament mens é que essa ideologia pode atribuir-se uma aparéncia al. E certo que esta fundamentagao biolégica nao tem caréter 34 © Gyoncy Loxses co, sendo antes um mito, como se constata claramentejé em hores” tem fundamentacao romantica e ‘aqui, ndo passa de um ornamento mistico. if esta nio se embasa, como freqiic temente se apregoa, em resultados da de demonstrar uma radical des Aduos de um ‘mesmo povo ou entre povos. Esta teoria pretende negar brutalmente a antiga verdade segundo a qual a diversidade de personalidades 30 as diferencas individuais 0 absolutamente compattveis com ialdade de direitos c, sobretudo, com a igualdade nas co de desenvolvimento econémico e social. Deve-se a Gobineau a pri- negociantes ame- igualdad iva radicalmente, pode fundar uma se dedu- Para 0 confisco total dos seus Dentro deste espectro ideolégico houve confrontos violentos, ‘no curso dos quais o iologismo grosseiramente mistficado se impos Progressivamente, marginalizando a psicologia moral (igualmente mistificada), cada ver mais relegada a0 segundo plano. Mas que, ao fim, a linha Chamberlain’-Rosenberg tenha triunfado sobre a de Nietzsche nao deve obscurecer o fato de que as duas convergiam na sua resposta & crise da democraci Entre as duas guerras mundiais, desenvolveu-se um processo Paradoxal: quase todo o mundo civilizado era governado democra- ticamente, mas a democracia encontrava-se sem defensores. A Repii- blica de Weimar foi uma democracia sem democratas ¢, como 0 seu aparato de poder operava em proveito de uma pequena minotia an6- hima, provocou entre as massas uma generalizada decepeao em face da democracia. Seus defensores mais qualificados, como Max Weber, Concnr¢io anistocRATicA & CONCEPCAO DEMOCRATICA #35 careciam do pathos de uma conviceo profunda. E 0 mais grave: os 0s defensores verdadeiramente enérgicos da democra 9s, foram levados a uma hostil oposigao a cla. A perspectiva difundida nesta época, de que o mundo havia de escolher entre fascismo ¢ bolchevismo, langou a confuséo entre os omaalianca de 1941, aalianga er socialismo, emergitt uma transformasao, uma possi vacdo paraaa civilizagao, 2.Pessimismo aristocritico eotimismo democritico Todos estes problemas nos conduzem ao segundo complexo dacrise: a ito de progresso pressupoe a desco- ‘edade, garantam um c \e — acréscimo de valores humat concep¢io filoséfica implica a aspiragao a um estado ideal (donde im progresso infinito, como o concebeu Kant) ou o ingresso num, fs, que assegure 0 de- iaturais” da humanidade (0 capita- ‘Accrise cujas linhas gerais acabamos de esbocar desfez a crenga na realizagao concreta do progresso. Se ainda se mantém a nogio de m progresso infinito, como no caso do neokantismo liberal, é a0 3ra de concepgao de mundo, na qual a incongruéncia entre ideal ¢ a realidade aparece como inevitével e insupersi 36 ¢ Gorey Luxies produz. um profi mente, uma sealidade hostil as ideias, A realizagdo dos idais s6 € possivel se transladada a interioridade. O homem indi- "dual pode desenvolver-se ¢ progredir neste processo, mas nao a ciedade. A esta evolugio relaciona-sea anitese, to influente nas sti tara e civlizagio, Se a tomamos em linhasge- lade do progresso no mundo superficial-0 de uma resposta equivocada a uma jelhores intelectuais protestaram, com razio, ‘quema de um progresso puramente técnica. Para o pensamento dia- letico, ¢ pri i tural ofato de este © pode comprovar rogresso cm arte sem que, por isto, as criagdes passadas inte nferioress do faturo. A moderna agdo expressa a desorientacao da melhor idade em face da sociedade atual, sua incapacidade “orga descobrir a8 vias eos mei ce um verdadeiro progresso Se tivo analisar como este fendmeno se Neste quadro, a negagio do progresso histérico surge relativa- ‘mente cedo~na forma mais radical em Schopenhauer, mas também, no final das contas, em Kierkegaard e no alemao, em Ranke e sua escola.” Nietzsche procura assentar ideolo- sicamente sua utopia reacionéria sobre esta negacao do progresso Mas, em pri 1 sua verdadeira concepsao de histéria é muito ConceegA0 ARISTOCRATICA E CONCERCAO DEMOCRATICA. @ 37 ia revela uma corrupsio conti- or das quais as transfor~ a do eterno retorno € uma nova negagio de qualquer lade, de qualquer progresso. Nao é de surpreender, pois, que, ess0 — entendido a sua maneita -, ‘melhor quese pode obter é nem isto € alcangével organicamente pelo desenvolvimento, antes rusco salto qualitativo, 6 dominante na teoria racista, O que a Idade Média era para o anticapitalismo romintico, é-0 aqui 0 estado rigindtio da raga pura, A historia nio ¢ outra coisa que uma mescla le ragas e daf sua corrupeao — donde o pessimismo de Gobineau. A ideologia fascista ve funda sobre esta base: nega radicalmente toda ideia de progresso e oferece através de um “milagre” ~ termo empre- ado por Hitler para designar a sua propria missio a perspectiva da restituicio do estado originario, ite —a concepgio aris- nna medida em que é aplicével a povos inteiros, gualmente acessivel as grandes massas;e, ademais, ganha uma fun- damentagdo que é, ao mesmo tempo, totalmente rigida e arbitra, Os racistas radicais foram, durante décadas, ps , mas por uma ambiéncia ideol Squica ¢ espiritua cia se ampliou progressivamente, somente as condigdes sociais do iodo preparatorio & Segunda Guerra Mundial conduziram & do movimento fascista entre as massas, 38 © Grorcy Luxics £ ossivel verifcar aqui, por um lado, relagdes entre demo- Gracia c antidemocracia, e, por outro, o que se convencionou chamar dle “posigdes tltimas” nas questdes filosdficas. E fais relagoes nada ‘tém a ver com as “construgdes tipolégicas’, sempre mais ou menos arbitrérias, encontréveis nas citncias do espirito, Antes, trata-se de mosirar como se posicionam os pensadores frente a determinadas tendéncias concretas de sua ambincia social, como as interpretam, aceitam-nas ou as recusam etc. A vinculagdo entre progresso edemo.,

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