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17/02/2018 A Educação Ambiental, O Papel do Estado e as Políticas Públicas no Brasil | Revista Gestão Universitária

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21/08/2008

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A Educação Ambiental, O Papel do Estado


e as Políticas Públicas no Brasil
A Educação Ambiental, O Papel do Estado e as Políticas Públicas no Brasil
ENVIRONMENTAI EDUCATION, A STATE PAPER AND A PUBLIC POLICY IN
BRAZIL

ANTONIO EDIMIR FROTA FERNANDES - Doutorado em Educação, Administração e


Comunicação UNIMARCOS - SP e Mestrado em Educação - UNINCOR / MG. Professor,
Coordenador de Pós Graduação e Pesquisador das Faculdades Integradas Adventistas de
Minas Gerais - Lavras (MG). Membro do Conselho Municipal de Educação de Lavras (
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MG).
E-mail - edimirfrota@bol.com.br

RESUMO : Este artigo visa mostrar que a educação ambiental surge como uma das
possíveis estratégias para o enfrentamento da crise civilizatória de dupla ordem, cultural e
social. Sua perspectiva crítica e emancipatória visa à deflagação de processos nos quais a
busca individual e coletiva por mudanças culturais contemporâneas e sociais estão
dialeticamente indissociadas. Á educação ambiental cumpre, portanto, contribuir com o
processo dialético Estado-sociedade civil que possibilite uma definição das políticas
públicas a partir do diálogo. Neste sentido, a construção da educação ambiental como
política pública, implementada pelo Ministério da Educação ( MEC ) e pelo Ministério do
Meio Ambiente ( MMA), implica processos de intervenção direta, regulamentação e
contratrualismo que fortalecem a articulação de diferentes atores sociais ( nos âmbitos
forma e não formal da educação). As políticas públicas em educação ambiental implicarão
uma crescente capacidade do Estado de responder, ainda que com mínima intervenção
direta, às demandas que surgem do conjunto articulado de instituições atuantes na educação
ambiental crítica e emancipatória.

ABSTRACT : This perspective intends articulation show that at environmental education


emerges as one of the possible strategies to face up the double-order, cultural and social,
civilization crisis. It´s critical and emancipative perspective intends to trigger processes in
which the individual and collective searches for cultural contemporary and social change
are dialectically intertwined. Environmental education must, therefore, contribue to a State-
civil society dialectical process that allows the definition of public policies based on
dialogues. In this sense, the construction of environmental education as a public policy
implemented by the Ministry for Education ( MEC ) and by the Ministry for the
Environment ( MMA) includes processes of direct intervention, regulation and
contractualism that strengthen the articulation of various social actors ( in both formal and
non-formal education contexts). The public policies in environmental education will require
a growing capacity of the to respond, even if with mininal direct intervention, to the
demands emerging from the articulated set of institutions acting on the critical and
emancipative environmental education.

1 - INTRODUÇÃO

Após a Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente Humano ( CNUMAH -
Estocolmo, 1972) , a questão ambiental vem tendo grande repercussão mundial, sendo
discutida ainda nesta conferência, a educação ambiental.
A conferência teve por mérito tratar o meio ambiente na sua abrangência, ao incorporar
temas econômicos e sociais nas suas definições e ao reconhecer que o tema ecológico
ligado à questão do desenvolvimento ( VILLA, 1992).
A Conferência gerou a Declaração sobre o Ambiente Humano, dando orientação aos
governos acerca da necessidade de estabelecer uma visão global e princípios comuns que
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serve-se de inspiração e orientação à humanidade, para a preservação e melhoria do


ambiente humano.
Estabelece-se o Plano de Ação Mundial, e, em particular, recomenda-se um programa
internacional de educação ambiental visando educar o cidadão comum, para que este
manejasse e controlasse seu meio ambiente.
Da Conferência de Estocolmo é interessante ressaltar o princípio de nº 19 que contempla:
È indispensável um trabalho de educação em questões ambientais
Dirigido tanto às gerações jovens como aos adultos, e que preste
A devida atenção ao setor da população menos privilegiada, para
As bases de uma opinião bem informada e de uma conduta dos
Indivíduos, das empresas e da coletividade, inspirada no sentido
De sua responsabilidade quanto à proteção e melhoramento do
Meio em toda sua dimensão humana.( CNUMAH, 1972).

A partir de então, as discussões em relação à Educação Ambiental, o papel do Estado e as


Políticas Públicas, passaram a ser desencadeadas, no seminário realizado em Tammi
(Comissão Finlandesa para a Unesco, 1974), afirmar-se que a educação ambiental é um
componente de toda atividade e pensamento, no mais amplo sentido da palavras; seu
fundamento é a estratégia de sobrevivência que requer conhecimento de ciências naturais,
tecnologia, história, sociologia; assim como os meios intelectuais para analisar e sintetizar
esses conhecimento afim de criar novos modos de atuação e qualidade de vida.
A Unesco e o PNUMA ( Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente ), em
resposta à recomendação da Conferência de Estocolmo (1972) , criou o Programa
Internacional de Educação Ambiental ( PIEA ) destinado a promover, nos países membro, a
reflexão, a ação e a cooperação internacional neste campo.
Em 1975 tem-se o I Seminário Internacional sobre Educação Ambiental, em Belgrado, onde
estão explicitadas suas metas e objetivos, determinando, por exemplo, que esta deve ser
contínua, multidisciplinar e integrada dentro das diferenças regionais, entre outras
características ( GUIMARAES, 1995, pp. 17-18)
O informe final desse seminário contém em detalhe dados importantes para a construção do
marco histórico da Educação Ambiental, dentre estes, destacam-se a seguir, alguns alicerces
fundamentais :
a) Meta Ambiental - Melhorar as relações ecológicas, incluindo as do homem com a
natureza e as dos homens entre si;
b) Meta da Educação Ambiental - Garantir que a população mundial tenha consciência do
meio ambiente e se interesse por ele e por seus conexos e, que conte com os conhecimentos,
atitudes, motivação e desejos necessários para trabalhar individual e coletivamente na busca
de soluções dos problemas atuais e para prevenir os que possam aparecer;
c) Objetivo da Educação Ambiental - Consciência, conhecimento, atitude, aptidões,
capacidade de avaliação e participação
d) Princípios de Orientação aos Programas de Educação Ambiental - Construir um processo
contínuo e permanente na escola e fora dela; assumir um enfoque interdisciplinar; estudar
as principais questões ambientais sob o ponto de vista global, porém, ponderando-se as
diferenças regionais; considerar todo o desenvolvimento e crescimento em uma perspectiva
ambiental, fomentar o valor e a necessidade de cooperação local, nacional e internacional
na resolução dos problemas ambientais.
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Contudo, a evolução e a institucionalização da Educação Ambiental, podem ser


considerados como grandes marcos conceituais que indicam que a conscientização coletiva
sobre a importância da conservação da natureza, como uma nova realidade contemporânea,
discussões, programas ambientais, haja visto que a Unesco e o PNUMA promovem vários
seminários e oficinas em diversos países, culminando a primeira Conferência
Intergovernamental sobre Educação Ambiental, realizada em Tbilisi, Géorgia, ex-União
Soviética, em 1977. E o informe final da Conferência reúne orientações fundamentais a
serem incorporadas ao marco teórico da Educação Ambiental " não somente como o meio
físico biótico, mas, também, o meio social e cultural, e relaciona os problemas ambientais
com os modelos de desenvolvimento adotados pelo homem" (CNUMAH, 1977).
Outro aporte significativo na definição do marco conceitual da Educação Ambiental, foi
aprovado no Congresso Internacional sobre a Educação e Formação relativas ao meio
ambiente, realizado em Moscou, URSS, 1987, promovido pela Unesco e o PNUMA no
marco do PIEA. Com o objetivo de promover a capacitação de docentes em serviço, e aos
docentes em processo de formação, encarregados da Educação Ambiental Formal e Não
Formal.
A Conferência Internacional Rio - 92, sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento
Sustentável discutiu temas ambientais fundamentais em nível global. E a agenda 21,
realizada em junho de 1992 ( ECO - 92 ) propõe guiar as Políticas Públicas governamentais
em conjunto com a sociedade nas próximas décadas Sobre Meio Ambiente e
Desenvolvimento Humano.
Portanto, a Educação Ambiental surge como uma das possíveis estratégias para o
enfrentamento da crise civilizatória de dupla ordem, cultural e social.

2 - EDUCAÇÃO AMBIENTAL COMO POLÍTICAS PÚBLICAS NO BRASIL

Para se entender educação ambiental como política pública, é interessante observar a


origem da palavra política que vem do grego e dava-se ao nome de "polis" ao muro que
delimitava a cidade do campo ou o que estava contido no interior dos limites do muro.
Diante desse significado da palavra política, talvez nos ajude a entender o verdadeiro
significado da política, que é arte de definir os limites, ou seja o que é o bem comum
(GONÇALVES, 2002, p. 64).
Para Arent ( 2000, p.25), a pluralidade é a condição pela qual da política, implica e tem por
função a conciliação entre pluralidade e igualdade. Quando entendemos política a partir da
origem do significado da palavra, não falamos de regulação sobre a sociedade, mas de uma
regulação dialética sociedade-Estado que favoreça a pluralidade e a igualdade social e
política.
A educação ambiental nasce como um processo educativo que conduz a uma saber
ambiental materializado nos valores éticos e nas regras políticas de convício social e de
mercado, que implica a questão distributiva entre benefícios e prejuízos da apropriação e do
uso da natureza.
Ela deve, portanto, ser direcionada para a cidadania ativa considerando seu sentido de
pertencimento e co-responsabilidade que, por meio da ação coletiva e organizada, busca a
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compreensão e a superação das causas estruturais e conjunturais dos problemas ambientais.


Trata-se de construir uma cultura ecológica que compreenda natureza e sociedade como
dimensões intrinsecamente relacionadas e que não podem mais ser pensadas - seja nas
decisões governamentais, seja nas ações da sociedade civil - de forma separada,
independente o autonôma ( CARVALHO, 2004, p. 34).
A Educação Ambiental como Políticas Públicas entre nesse contexto orientada por uma
racionalidade ambiental, transdisciplinar, pensando o meio ambiente não como sinônimo de
natureza, mas uma base de interações entre o meio físico-biológico com as socieades e a
cultura produzida pelos seus membros.
Para Leff ( 2000), coloca a racionalidade ambiental como produto da práxis ou seja:

Um conjunto de interesses e de práticas sociais


que articulam ordens materiais diversas que
sentido e organizam processos sociais através
de certas regras, meios e fins socialmente cons-
truídos. ( LEFF, 2000, p. 134).

Portanto, a partir das reuniões intergovenamentais e das internacionais, uma série de


acordos clamados pela sociedade mundial tem encontrado eco entre os legisladores
brasileiros e, para dar satisfação à sociedade internacional, e ou para consolidar os
processos de compromisso reais com a humanidade e com o planeta, constata-se que a
legislação brasileira é rica ao tratar dos temas ambientais, inclusive ao que diz respeito à
Educação Ambiental.
A Educação Ambiental no Brasil começou a ser reconhecida como Lei essencial no ensino
e processo educativo, em 1981 com a edição da Lei nº 6938 / 81 - Programa Nacional de
Meio Ambiente ( PNMA - 81 ) que " assegura a Educação Ambiental a todos os níveis de
ensino inclusive a educação da comunidade, objetivando capacitá-la para participação ativa
na defesa do meio ambiente" ( PNMA, ART. 2º, INCISO X, LEI Nº 6938 / 81).
Em seguida, a Constituição Federal de 1988, especificamente o Inciso VI do art. 225,
destaca o seguinte : " é responsabilidade do Poder Público a promoção da Educação
Ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do
meio ambiente". ( BRASIL, 1998).
Estes passos foram importantes no tratar da Educação Ambiental como exigência em nosso
país. Contudo, faltava um documento legal específico e completo que gerisse a Educação
Ambiental, assim, em 1999, através da Lei nº 9795 / 99, foi criada a Política Nacional de
Educação Ambiental ( PNEA ), que seu artigo 1º "define a educação ambiental como
processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais,
conhecimentos e habilidades, atitudes e competências voltadas para conservação do meio
ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua
sustentabilidade". ( LEI 9795 / 99).
A lei nº 9795 / 99 reforça a responsabilidade coletiva da sua implementação, seus princípios
básicos, objetivos e estratégias, como componente essencial e permanente da educação
ambiental nacional, devendo estar presente, de forma articulada em todos os níveis e
modalidades do processo educativo, em caráter formal e não-formal.
Assim, a Educação Ambiental insere-se nas políticas públicas do Estado brasileiro de
ambas as formas, como crescimento horizontal ( quantitativo) e vertical ( qualitativo), pois
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enquanto no âmbito do Ministério da Educação e Cultura ( MEC ) pode ser entendida como
uma estratégia de incremento da educação pública.
Uma política pública representa a organização da ação do Estado brasileiro para a solução
de um problema ou atendimento de uma demanda específica da sociedade. Quanto a sua
modalidade, as políticas públicas se dão por intervenção direta, por regulamentação, ou
contratualismo. A perspectiva de políticas públicas no Brasil do órgão da Educação
Ambiental, hoje, inclui Ministério de Educação e Cultura ( MEC ) e o Ministério Meio
Ambiente ( MMA ) em seus respectivos setores de Educação Ambiental, pautados pelo
ProNEA ( Programa Nacional de Educação Ambiental), que estão implantando programas e
projetos junto às redes públicas de ensino, unidades de conservação, prefeituras municipais,
empresas, sindicatos, movimentos sociais, organizações da sociedade civil, consórcios e
comitês de bacia hidrográficas, assentamentos de reforma agrária, dentre outros.

2.1 - A EDUCAÇÃO AMBIENTAL E O MINISTÉRIO MEIO AMBIENTE (MMA)

Seguindo o princípio da publicização e democratização das políticas públicas, o Ministério


do Meio Ambiente no Brasil tem se orientado para programas que vislumbrem a
possibilidade do envolvimento de grande parte da população brasileira, através de um
conjunto de municípios de uma eco-região com a implementação de quatro processos
educacionais :
a) formação de educadores ambientais, por meio de programas oferecidos por parceiros,
que possibilitem a capilaridade e enraizamento do processo;
b) educomunicação socioambiental ( difusa em massa), estratégia de comunicação com
finalidade educacional e de tomada de decisão, envolvendo a produção e distribuição de
materiais educacionais, campanhas de educação ambiental e o uso de meios de largo
alcance;
c) estruturas educadoras municipais, da escola à praça pública, do viveiro à horta
comunitária, dentre outras,
d) foros e coletivos são os diferentes espaços de participação democrática que se propõem a
realizar projetos e ações em prol da sustentabilidade, ao mesmo tempo em que discutem
valores, métodos e objetivos de ação.

Enfim, a formação dos educadores ambientais orienta-se por três eixos pedagógicos : a
intervenção socioeducacional como práxis pedagógica, o estabelecimento de comunidades
interpretativas e de aprendizagem e o acesso autogerido a cardápios de conteúdos e
instrumentos pertinentes à problemática socio-ambiental de cada contexto. Para o
estabelecimento de programas amplos e continuados, o MMA tem por estratégia a
articulação, a orientação e o apoio a coletivos educadores, entendidos como conjuntos de
instituições com capacidade instalada para operar processos de formação ( universidades,
movimentos sociais, ONGs, federações sindicais, pastorais, Secretarias de Estado, IBAMA,
EMBRAPAS, órgãos municipais, estaduais e federais de pesquisa e extensão, etc)

2.2 - A EDUCAÇÃO AMBIENTAL E O MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO ( MEC)

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Quanto ao Ministério de Educação e Cultura ( MEC ) nas questões da Educação Ambiental


e as políticas públicas são trabalhadas a partir de uma visão sistêmica, e propõe-se a
construir um processo permanente de Educação Ambiental na escola. Por meio de
modalidades de ensino presenciais, à distância e difusas, as ações envolvem Secretarias de
Educação estaduais e municipais, professores, alunos, comunidade escolar, sociedade civil e
universidades.
Para tornar-se efetivo e sustentável, é incentivada a instalação de Com -Vida ( Comissão de
Meio Ambiente e Qualidade de Vida) na escola, com a participação dos Conselhos
Municipais de Educação e Meio Ambiente, a implementação da Agenda 21 na Escola,
dando suporte a atividades curriculares e extracurriculares.
Em 2003 os Ministérios da Educação e Cultura ( MEC ) e o Ministério do Meio Ambiente (
MMA) lançaram a campanha " Vamos cuidar do Brasil" com a Conferência Nacional do
Meio Ambiente, com uma versão adulta e uma para jovens, e contou com a participação
direta de quase dezesseis mil escolas, onde cerca de seis milhões de pessoas entre
estudantes, professores e comunidades debateram questões ambientais. Esse movimento
incluiu, além das escolas regulares do ensino fundamental, escolas indígenas, quilombolas,
ribeirinhas, caiçaras, de assentamento, de pescadores e de portadores de necessidade
especiais.
Em termos de conteúdos de trabalho, essa Conferência coloca a escola no espaço para a
comunidade debater como vamos cuidar da nossa água, dos seres vivos, dos nossos
alimentos, da nossa escola e da nossa comunidade.

3 - A EDUCAÇÃO AMBIENTAL E AS POLÍTICAS PUBLICAS VISAM Á


FORMAÇÃO DA CIDADANIA !

Diante do cenário de crise ambiental, a Educação Ambiental as Políticas Públicas tem como
objetivo a formação de cidadãos críticos e reflexivos, que percebam a complexa realidade
em que vivem e participem da ( re ) construção de uma sociedade sustentável.
Neste sentido, a Educação Ambiental nas escolas desempenha um papel relevante na
construção de conhecimentos, habilidades, atitudes e valores, comprometidos com uma
nova racionalidade ambiental. Contudo, apesar de existir uma mobilização crescente para
que as escolas incorporem a dimensão ambiental nos seus projetos políticos pedagógicos.,
nos currículos e nas aulas, vários obstáculos e desafios devem ser superados.
Diversos trabalhos e textos têm sido produzidos sobre a Pedagogia de Projetos como novas
reflexões acerca da cognição humana, dentro do ensino do meio ambiente. Na busca de
novos caminhos nos processos de ensino / aprendizagem, procura-se adaptar aos novos
rumos da sociedade, segundo Leite ( 1999, p. 25 ), inicia-se a discussão sobre o papel da
escola nesses novos tempos de crise ambiental, sua função social e o significado de suas
ações para os alunos.
Os processos pedagógicos relativos à Educação Ambiental caracterizam-se, principalmente,
na participação. A participação é um aprendizado, cabendo à Educação Ambiental resgatar
valores humanos como solidariedade, ética, respeito pela vida, honestidade,
responsabilidade, entre outros. Desta forma, irá favorecer uma participação responsável nas
decisões de melhoria da qualidade de vida, no meio natural, social e cultural.
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As atividades de Educação Ambiental devem possibilitar aos educandos oportunidades para


desenvolver uma sensibilização aos problema ambientais, propiciando uma reflexão a
respeito desses problemas e a busca de soluções.
Essas atividades de sensibilização devem ser um caminho para tornar as pessoas
conscientes de quão importantes são as suas atitudes. Sensibilizar é cativar os participantes
para que suas mentes se tornem receptivas às informações a serem transmitidas.
A prática da Educação Ambiental, de acordo com Neves & Tostes ( 1992, p. 10), que meio
ambiente tem a ver com as condições de vida das pessoas : lixo, água encanada, lazer,
educação e saúde, e que envolve toda a nossa concepção atual de sociedade e
desenvolvimento.
Desta forma, como citado por Guimarães ( 1995, p. 14 ), a educação ambiental apresenta-se
como um processo educativo que requer a participação das pessoas na construção de uma
melhor qualidade de vida, podendo ser um agente dos processos de transformação social,
promovendo conhecimento dos problemas ligados ao ambiente, vinculando-os a uma visão
global.

4 - CONSIDERAÇÕES FINAIS

De acordo com Castels ( 1999, p. 56), afirma que existem oito princípios básicos do papel
do Estado e as suas Políticas Públicas de um modo geral, com a perspectiva a serem
desenvolvidos : a subsidiaridade, que dialoga com a descentralização, a flexibilidade, a
coordenação, a participação cidadã, a transparência administrativa, a modernização
tecnológica, a transformação dos agentes administração, que implica a volorização dos
recursos humanos do Estado, e a retroação na gestão ( consequência da dialogicidade na
implementação nas políticas públicas).
Considera-se a ética da sustentabilidade e os pressupostos da cidadania, a política pública
pode ser entendida como um conjunto de procedimentos formais e informais que expressam
a relação de poder e se destina à resolução pacífica de conflitos, assim como à construção e
ao aprimoramento do bem comum.
Sua origem está nas demandas provenientes de diversos sistemas ( mundial, nacional,
estadual e municipal) e seus subsistemas políticos, sociais, e econômicos, nas quais as
questões que afetam a sociedade se tornam públicas e formam correntes de opinião com
pautas a serem debatidas em fóruns específicos.
Indubitalvelmente, a educação ambiental, no âmbito do Estado, enquadra-se naquilo que
Bourdieu ( 1998, p. 46) denomina " mão esquerda do Estado" , que reúne trabalhadores
sociais, educadores, professores e cujas ações são ignoradas pela chamada " mão direita do
Estado" ( áreas de finanças, de planejamento, bancos). Ao operar na reparação dos danos
sociais e ambientais da lógica de mercado, os sujeitos da " mão esquerda" podem, muitas
vezes, se sentir iludidos de desautorizados em função dos paradoxos vívidos de forma
crônica, como falta de recursos, luta pela biodiversidade convivendo com avanço das
fronteiras agrícolas por monoculturas ou transgênicos, grandes obras com alto impacto,
revisão de antigas lamentosa, temos a convicção de que ações educacionais participativas
pela responsabilidade ambiental resultam no envolvimento e na organização de pessoas e
grupos sociais nas lutas pela melhoria da qualidade de vida fundamentada em valores pós-
materialistas, que questionam as necessidades materiais simbólicas de consumo e desvelam
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outras possibilidades de felicidade, alegria e vida.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA

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