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Exercício do cap.

10 - Variação metafórica entre culturas, do livro “Language, Mind


and Culture” (KÖVECSES, 2006)

Por Morgana Leal

Exercício 1, p. 178.

Às vezes encontramos variações de metáforas entre línguas diferentes no domínio


básico, metáforas imagético-esquemáticas de conceptualização espacial. Por
exemplo, enquanto em inglês o “céu” é conceptualizado como uma entidade
tridimensional (“clouds in the sky - nuvens no céu”), falantes de húngaro falam sobre
coisas “sobre o céu” (portanto, o céu é percebido como bidimensional). O que você
acha que são as consequências de tais diferenças para a conceptualização
espacial? Quais métodos você poderia utilizar para “desensinar” conceptualizações
da língua materna que são constantemente transferidas para a língua estrangeira na
aquisição de L2? Que outros exemplos como o mencionado anteriormente você
poderia citar?

Essas diferenças de conceptualização entre as línguas nos indica que a


experiência corpórea que ocorre nessas culturas é diferente, refletindo na língua. De
acordo com Kövecses (2006, p. 159), “a experiência básica humana que leva à
conceptualização de relações espaciais em literalmente centenas de línguas é o
próprio corpo humano”. O corpo funciona como um domínio fonte de relações
espaciais, e os pontos de referência espacial como cima, baixo, trás e frente são
baseados na nossa compreensão do corpo humano. Em algumas línguas africanas,
por exemplo, o conceito de DEBAIXO é derivado da região do bumbum, enquanto em
línguas da Oceania o conceito advém da perna/pé.
Uma sugestão para o ensino de L2 é que as projeções metafóricas sejam
ensinadas com recursos visuais. Como as metáforas conceptuais têm a ver com
experiência corpórea, o aluno e o professor de L2 podem se beneficiar com o uso de
figuras que representam as metáforas. Leal e Abreu (2011) apresentam diversas
atividades para o trabalho com metáforas conceptuais na L2 em um artigo. Os
autores sugerem começar com a conscientização sobre metáforas conceptuais e
inserir na prática pedagógica a elaboração, uma gama de operações mentais que
envolvem um esforço cognitivo maior, como associar itens lexicais do mesmo campo
semântico a imagens mentais, compará-los com itens lexicais da língua materna,
etc. (LEAL, ABREU, 2011; KÖVECSES, 2010). O artigo apresenta também um livro
didático que propõe o trabalho com metáforas conceptuais para alunos de inglês
como L2.
Por fim, a conceptualização espacial das línguas ocidentais é muito parecida,
mas tem algumas diferenças. Por exemplo, em inglês dizemos “John is in bed”,
quando queremos dizer que John está deitado (e a expressão é utilizada para
pessoas); em português dizemos “John está na cama”. A preposição in tem o
mesmo sentido da preposição dentro. A cama, então, é conceptualizada como um
container, diferente do português, que a conceptualiza como superfície. Se usarmos
a expressão “on [the] bed”, queremos dizer que algo está em cima da cama. Então,
nesse caso, a cama é entendida como superfície. A mesma expressão é utilizada
em português. Na nossa língua, assim como no inglês, há distinção da preposição
quanto ao que ou quem está na cama:

PESSOAS OBJETOS

Português IN BED ON (THE) BED

Inglês NA CAMA NA CAMA ou EM CIMA DA


CAMA

Esse foi apenas um exemplo para ilustrar as diferenças de conceptualização


espacial em línguas diferentes.

REFERÊNCIAS

KÖVECSES, Z. Metaphor: a practical introduction. 2 ed. Nova York: Oxford


University Press, 2010.

LEAL, M. de A.; ABREU, R. C. A teoria da metáfora conceptual em ação. Revista


Escrita. Ano 2011. Número 13. Disponível em: <http://bit.ly/2eoqbhN>. Acesso em:
20 out. 2016.

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