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mais longa de sua história, após 21 anos de trevas políticas.
7 de abril de 2017
Redemocratizado, promulga sua nova constituição, apelidada de “Cidadã” e
inaugura um novo paradigma jurídico e político, pautado pela dignidade da
pessoa humana. LIVROS JUSTIFICANDO
Neste cenário de democracia a engatinhar, é lançado um grande sucesso
musical que não demora a cair no gosto popular: a canção “O que é que eu
vou fazer com essa tal liberdade?”, que ficaria conhecida nas (muitas) vozes
do grupo Só pra contrariar.
É o vazio político da canção que dá título a este texto, por traduzir nossa
angústia coletiva atual: vinte e seis anos após o fim da nossa ditadura mais
recente, sentimo-nos perdidos nessas pouco mais de duas décadas de
experiência democrática de inédita longevidade.
Para além dos evidentes prejuízos à celeridade processual, a mim parece que
o mais gritante é nossa incapacidade de resolver conflitos, tanto
interindividuais quanto coletivos. Com imensa dificuldade em dialogar entre
A Busca da Verdade no
iguais, precisamos que uma autoridade diga por nós quem tem direito a quê.
Processo Penal
Mas foi assim que crescemos e nos multiplicamos, aprendendo que manda R$ 74,90
Vamos anotando para fazer as contas: somente viramos um Estado 324 anos
depois do início da nossa história de fato. O marco zero de nossa história
jurídico-política começa em 1824, com a Constituição do Império: costumo
brincar que o Brasil é o único país que, ao declarar sua independência da
metrópole, ao invés de virar república, entrega a “coroa do império” pro
“filho do dono”, o que diz muito a respeito das origens de nossa preferência
por soberanos em detrimento de governantes.
Fez as contas? Passo o gabarito aqui para pensarmos juntos: em 515 anos de
existência, contabilizamos parcos 44 anos – não consecutivos – de
experiência democrática claudicante.
Maíra Zapater é graduada em Direito pela PUC-SP e Ciências Sociais pela FFLCH-
USP. É especialista em Direito Penal e Processual Penal pela Escola Superior do
Ministério Público de São Paulo e doutoranda em Direitos Humanos pela FADUSP.
Professora e pesquisadora, é autora do blog deunatv.
[1] – http://www.conjur.com.br/2015-abr-04/juiza-fixa-guarda-
compartilhada-cachorro-casal-separado
[2] – Porém, espantosos 95% destes processos tem como partes o governo
(União Federal, Estados e Municípios respondem por 51% dos processos em
trâmite), bancos (que são partes em 38% dos processos), e empresas de
telefonia (6% dos processos), dados estes que certamente refletem uma
dificuldade à judicialização de conflitos, já que pessoas físicas chegam
menos ao sistema judiciário, sendo possível concluir que o acesso à justiça
fica obstacularizado por conta disto. Dados do CNJ, na pesquisa Os 100
maiores litigantes, março de 2011.
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