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SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE DO ESTADO DE GOIÁS

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE E MEIO AMBIENTE


SUPERINTENDÊNCIA DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA
DEPARTAMENTO DE ECOLOGIA HUMANA E SAÚDE DO TRABALHADOR
DIVISÃO DE SANEAMENTO BÁSICO

Portaria n.° 456/95 – SES/GO de 10 de junho de 1995

NORMA TÉCNICA RELATIVA AO SANEAMENTO E AO


MEIO AMBIENTE

INTRODUÇÃO

I - FINALIDADE: A presente norma técnica tem por finalidade estabelecer os critérios a serem
observados quanto ao Saneamento e ao Meio Ambiente.
II - OBJETIVO: Garantir o saneamento básico da população e a preservação do meio ambiente.
III - REGULAMENTAÇÃO: Constituição Federal Art. 200, § 2º e Lei Estadual nº. 10156 de
16.01.87.
IV - DEFINIÇÕES: Para efeito desta norma técnica são adotadas as seguintes definições:

1 - ÁGUA POTÁVEL - é a água própria para o consumo, pelas suas qualidades, sem o perigo
para o homem, estando isenta de poluição e de contaminação.
2 - ÁGUA POLUÍDA - é a água que apresenta alterações das características físicas normais,
próprias da água de consumo, em conseqüência do aparecimento ou aumento de substâncias causadoras
de turvação, cor, gosto ou cheiro.
3 - ÁGUA CONTAMINADA - a que contém germes patogênicos, capazes de causar doenças
no homem, provenientes de dejetos humanos, esgotos, etc.
4 - AFLUENTE - curso de água que deságua noutro, ou em um lago.
5 - AUTORIDADE SANITÁRIA COMPETENTE - o funcionário legalmente autorizado da
Secretaria de Estado da Saúde ou demais órgãos competentes federais, estaduais e municipais.
6 - CAPELA DE VELÓRIO - local destinado à vigília de cadáver, com ou sem cerimônia
religiosa.
7 - CEMITÉRIO - local onde se guardam cadáveres, restos de corpos humanos e partes
amputadas cirurgicamente ou por acidente.
8 - CEMITÉRIO VERTICAL - aquele em que os cadáveres são depositados em nichos
sobrepostos, acima do nível do terreno.
9 - CONTRAVERTENTE - direção oposta à correnteza de um curso de água.
10 - EFLUENTE - curso de água que flui de outro; resíduos líquidos que emanam de um
sistema.
11 - JUSANTE - sentido em que fluem as águas de uma corrente pluvial.
12 - MONTANTE - direção de onde correm as águas de uma corrente pluvial.
13 - NECROTÉRIO - local onde se colocam os cadáveres ou restos de corpos humanos, para a
guarda temporária.
14 - OSSÁRIO COLETIVO - vala destinada à depósito comum de ossos retirados da sepultura
cuja concessão não foi renovada ou não seja perpétua.
15 - OSSÁRIO INDIVIDUAL - compartimento para depósito identificado de ossos retirados de
sepulturas, com autorização da pessoa habilitada para tal.
16 - SEPULTURA - local onde se enterram os cadáveres ou restos de corpos humanos (campo,
catacumba, sepulcro, tumba, túmulo).

CAPÍTULO – I
DAS ÁGUAS
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SEÇÃO – I
DAS CANALIZAÇÕES E DOS RESERVATÓRIOS DOMICILIARES

Art. 1º - As canalizações e reservatórios não devem ser instalados em locais onde possam ser
contaminados, devendo ser afastados, no mínimo 3 (três) metros das canalizações de esgotos.
§ 1º - Quando for necessária a instalação com afastamento menor do que o recomendado,
devem ser adotados meios de proteção contra rupturas, escapamentos e infiltração.

§ 2º - É expressamente proibida a passagem de canalizações de água pelo interior de fossas,


canalizações de esgoto, sistemas de disposição final, poços de visita ou caixas de inspeção das redes de
esgoto.

Art. 2º - As edificações, dependendo de sua altura e das condições técnicas operadoras do


serviço público de abastecimento de água poderão ter:
I - abastecimento direto, ou seja, alimentação dos pontos de consumo em função da rede
pública;
II - abastecimento indireto, ou seja, alimentação dos pontos de consumo pelo
reservatório superior;
III - abastecimento misto, ou seja, alimentação dos pontos de consumo distintos com
adoção simultânea dos dois sistemas anteriores;
IV - abastecimento indireto com recalque, ou seja, alimentação dos pontos de consumo
pelo reservatório superior, que será alimentado pelo reservatório inferior, através de um sistema
de recalque de água.

Art. 3º - Nos edifícios residenciais, comerciais, industriais, de diversões públicas, de prestação


de serviços e similares deverão ser observados as seguintes condições:
I - as edificações com até 2 (dois) pavimentos poderão ter abastecimento direto, indireto
ou misto;
II - as edificações com até 4 (quatro) pavimentos, somente os 2 (dois) primeiros
pavimentos poderão ter abastecimento direto, indireto ou misto, devendo os demais terem
abastecimento indireto com recalque.

Art. 4º - Os edifícios destinados a hotel, escola, asilo, hospital ou similares, deverão ter
abastecimento direto ou indireto com recalque.

Art. 5º - Nas edificações com mais de 4 (quatro) pavimentos, destinados a qualquer atividade,
será obrigatório o abastecimento indireto com recalque.

Art. 6º - Nas edificações com abastecimento direto ou indireto com recalque, a capacidade dos
reservatórios deverá obedecer as seguintes condições:
I - capacidade mínima correspondente ao consumo de um dia;
II - estimativa de consumo obedecendo a norma NB-92 da ABNT;
III - nos edifícios residenciais e nos destinados a hotel, asilo,
escola com internato e similares, o consumo será estimado considerando-se uma pessoa para
cada 6m2 (seis metros quadrados) ou fração de área de dormitório ou alojamento;
IV - nos edifícios destinados a escritórios, consultórios e similares, o consumo será
estimado considerando-se 1 (uma) pessoa para cada 7m2 (sete metros quadrados) ou fração de
área de sala de trabalho;
V - o reservatório superior quando houver instalação de reservatório inferior a sistema
de recalque, não poderá ter capacidade menor do que 40% (quarenta por cento) da reserva total
calculada;
VI - o reservatório inferior terá capacidade dependente do regime de trabalho do sistema
de recalque e não poderá ter capacidade menor do que 60% (sessenta por cento) da reserva
total calculada.
Parágrafo Único - Quando houver abastecimento misto poderá se prescindir a inclusão
estimativa das áreas da edificação com abastecimento direto.

Art. 7º - Os reservatórios serão construídos obedecendo as seguintes condições:


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I - serem perfeitamente estanques e terem as partes internas com superfícies lisas,
impermeáveis e resistentes;
II - terem cobertura adequada, com abertura de visita que permita inspeção dotada de
rebordo e tampa;
III - não serem construídos ou revestidos com material que possa poluir ou contaminar a
água;
IV - terem entrada de água por canalização dotada de torneira de bóia situada no
mínimo, a 2cm (dois centímetros) acima do nível máximo da água:
V - terem canalização de esgotamento e limpeza com diâmetro superior ao da
canalização de entrada;
VI - terem canalização para extravasor com diâmetro superior ao da canalização de
entrada de água;
VII - as canalizações de esgotamento e do extravasor devem desaguar em ponto
perfeitamente visível e não poderão ser ligados diretamente à rede pluvial ou de esgoto
doméstico, devem ainda ser dotados de dispositivo protetor com tela que impeça o acesso de
insetos e pequenos animais;
VIII - os reservatórios com capacidade maior do que 10m3 (dez metros cúbicos) deverão
ser subdivididos em compartimentos independentes;
IX - terem proteção contra entrada de insetos, roedores, poeiras, líquidos ou qualquer
matéria estranha.

§ 1º - Os reservatórios inferiores não devem ser totalmente enterrados e sua tampa deve situar-
se no mínimo, a 20cm (vinte centímetros) do nível do piso ou terreno.

§ 2º - Sobre o reservatório não poderão ser construídos depósitos de lixo, incineradores ou


qualquer edificação que possa poluir ou contaminar a água e impedir o acesso à abertura de inspeção ou
dificultar o esgotamento e extravasão.

§ 3º - É proibido acumular objetos sobre as tampas dos reservatórios, devendo estas


permanecerem sempre desimpedidas.

§ 4º - Será obrigatória a limpeza dos reservatórios, no máximo, a cada 6 (seis) meses, ou


quando houver alteração de cor, odor ou sabor, e de acordo com técnica prescrita pela Vigilância
Sanitária.

Art. 8º - Nas edificações com abastecimento indireto com recalque, as instalações de recalque de
água devem ser projetadas e instaladas obedecendo as seguintes condições:
I - terem capacidade adequada à demanda de consumo da instalação predial;
II - terem, no mínimo 2 (duas) bombas de recalque e cada uma com capacidade para
atender a demanda de consumo;
III - terem as bombas capacidade de vazão horária, no mínimo, igual a 15% (quinze por
cento) do consumo diário;
IV - não poderão as bombas proceder a sucção direta da rede pública de abastecimento
de água potável, nem do ramal de ligação da mesma;
V - terem as casas de bombas área necessária para instalação de no mínimo 2m2 (dois
metros quadrados), e serem dotadas de porta veneziana e ralo no piso.

SEÇÃO – II
DOS POÇOS E DAS FONTES

Art. 9º - Nas zonas servidas por rede de abastecimento de água potável, os poços serão
tolerados desde que não ofereçam riscos à saúde humana, exclusivamente para suprimento com fins
industriais ou para uso em floricultura ou agricultura, devendo satisfazer as seguintes condições:
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I - serem convenientemente fechados, com tampa no mínimo a 40cm (quarenta
centímetros) da superfície do solo;
II - serem dotados de bomba.

Parágrafo Único - Os poços não utilizados serão aterrados até o nível do terreno.

Art. 10 - Nas zonas não dotadas de rede de abastecimento de água potável será permitido o
suprimento por fontes e poços, devendo a água ser previamente examinada e considerada de boa
qualidade para fins potáveis.

§ 1º - As fontes, além da boa qualidade da água para fins potáveis, devem satisfazer as seguintes
condições:
I - serem dotadas de caixa de captação de concreto armado, alvenaria de tijolos ou
pedra, perfeitamente fechada e impermeável, e de acordo com as exigências sanitárias fixadas
para os reservatórios inferiores;
II - terem proteção sanitária adequada contra infiltração de poluentes.

§ 2º - Os poços, além da boa qualidade da água para fins potáveis, devem satisfazer as seguintes
condições:
I - estarem convenientemente distanciados de fossas, sumidouros de águas servidas ou
de qualquer fonte de contaminação; distância mínima de 12m (doze metros);
II - terem as paredes estanques no trecho em que possa haver infiltração de água de
superfície;
III - terem bordas superiores a no mínimo 40cm (quarenta centímetros) acima da
superfície do solo;
IV - terem tampa de laje de concreto armado com cimento para bordas, dotada de
abertura de visita com proteção contra entrada de águas pluviais.

§ 3º - É proibido acumular objetos sobre as tampas de poços devendo estas permanecerem


sempre desimpedidas.

Art. 11 - Nas zonas dotadas de serviço de abastecimento de água é proibido o seu acúmulo em
barris, tinas, latas e recipientes similares.

CAPÍTULO – II
DOS LOTEAMENTOS

Art. 12 - Além das disposições legais emanadas da Administração Pública Municipal, a expansão
urbana por loteamento deve atender as exigências sanitárias aqui contidas, mesmo quando se situarem
em zonas suburbanas.

Art. 13 - Em todos os municípios deverão ser determinados pelo Poder Público Municipal, nos
termos da Lei Orgânica dos Municípios, as zonas residenciais, comerciais e industriais de modo a
regulamentar o uso e a altura das construções.

Art. 14 - A zona industrial deverá ser localizada com orientação tal que os ventos dominantes
não levem fumaça ou detritos para as outras zonas, definidas no zoneamento dos municípios.

Art. 15 - Considera-se loteamento rural a subdivisão de gleba, em zonas rurais, chácaras, sítios,
colônias ou congêneres com área dos lotes não inferior a 5.000m2 (cinco mil metros quadrados) e cujas
características não permitam por simples subdivisão, transformarem-se em lotes urbanos.

Art. 16 - Não podem ser loteados os terrenos baixos alagadiços e sujeitos a inundações, antes de
tomada as providências para assegurar-lhes o escoamento das águas.

Art. 17 - Nenhum loteamento poderá ser iniciado sem a aprovação prévia da Superintendência
de Vigilância Sanitária e sem o atestado de salubridade, que será expedido mediante o recolhimento de
taxa, conforme determinação do superintendente, observando o disposto nos parágrafos seguintes.
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§ 1º - Ao requerimento do atestado de salubridade serão obrigatoriamente anexados:
a) - cópia dos projetos de loteamento e arruamento;
b) - comprovante de recolhimento da taxa respectiva;
c) - outros documentos determinados pelo setor específico pela inspeção e liberação do
loteamento.

§ 2º - O atestado de salubridade deverá conter, no mínimo o seguinte:


a) - número, registro e data de expedição;
b) - denominação do loteamento;
c) - localização do loteamento, com especificação do município e
distrito se for o caso;
d) - nome do proprietário;
e) - área total do loteamento.

§ 3º As expedições dos atestados de salubridade serão obrigatoriamente registradas em livro


próprio.

Art. 18 - Os projetos de loteamento deverão conter os seguintes elementos técnicos:


I - planta geral, escala de 1:1000 (um por mil) ou 1:2.000 (um por dois mil) com curvas
de nível de metro em metro, com indicações de todos os logradouros públicos e da divisão das
áreas em lotes;
II - memorial descritivo e justificativo do projeto;
III - projeto hidro-sanitário do loteamento.

Parágrafo Único - Serão aceitas outras escalas quando justificadas tecnicamente.

Art. 19 - O traçado viário deve atender ao plano de arruamento estabelecido pela Administração
Pública Municipal e satisfazer as seguintes condições:
I - dar continuidade às ruas vizinhas existentes ou previstas no plano municipal de
arruamento, segundo orientação da municipalidade.
II - terem as ruas largura total não inferior a 15m (quinze metros), reservando-se no
mínimo 7m (sete metros) para a pista de rolamento e 3,50m (três metros e cinqüenta
centímetros) para o passeio em ambos os lados da via pública.

§ 1º - As ruas de tráfego local, que servem e que se situam no interior de núcleos ou conjuntos
de edificações, quando o comprimento não for superior a 220m (duzentos e vinte metros) deverão ter
3m (três metros) para a pista de rolamento e 2m (dois metros) para o passeio em ambos os lados da via.

§ 2º - À margem das faixas de domínio de vias férreas e de estradas de rodagem é obrigatória a


existência de ruas de 15m (quinze metros) de largura, no mínimo.

Art. 20 - O comprimento dos quadros não pode ser superior a 450m (quatrocentos e cinqüenta
metros) e os quadros com mais de 220m (duzentos e vinte metros) devem dispor de passagem interna
para pedestre com 3m (três metros) de largura, no mínimo.

Art. 21 - A área mínima reservada a espaços abertos de uso público, compreendendo ruas e
sistema de recreio deverá ser de 30% (trinta por cento) da área total a ser arruada sendo 10% (dez por
cento) para sistemas de recreio e 20% (vinte por cento) para as vias públicas.

Art. 22 - Ao longo das águas correntes, intermitentes ou dormentes, será destinada área para rua
ou sistema de recreio com 9m (nove metros) de largura, no mínimo em cada margem, satisfeitas as
demais exigências técnicas.

Art. 23 - Ao longo dos coletores naturais de águas pluviais deve ser prevista faixa com 9m
(nove metros) de cada lado do eixo, podendo ser reduzida ao mínimo de 4,50m (quatro metros e
cinqüenta centímetros) em função da área da bacia tributária, sempre obedecendo as demais exigências.

Art. 24 - Os lotes destinados a receber edificações devem ter frente mínima de 12m (doze
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metros) e área mínima de 360m2 (trezentos e sessenta metros quadrados).

§ 1º - Não serão permitidos lotes de fundo.

§ 2º - A critério da autoridade sanitária, os lotes que apresentam partes situadas em cota inferior
ao eixo da rua terão reserva obrigatória de faixa não edificável para construção de obras de
saneamento.

Art. 25 - A ocupação do lote com a edificação principal será no máximo de:


I - 50% (cinqüenta por cento) da área total nas zonas residenciais;
II - 80% (oitenta por cento) da área total nas zonas comerciais e industriais.

Art. 26 - Os loteamentos destinados a conjuntos habitacionais a juízo da autoridade sanitária


poderão ter as dimensões reduzidas.

CAPÍTULO – III
DAS HABITAÇÕES E DOS EDIFÍCIOS COMERCIAIS

SEÇÃO – I
DAS HABITAÇÕES EM GERAL

Art. 27 - As habitações além de atenderem as demais disposições que lhe forem aplicáveis
devem observar o seguinte:
I - dispor pelo menos de um quarto, uma cozinha e um compartimento sanitário;
II - quando dispuserem de um só aposento e banheiro, será permitido um compartimento
de serviço com área mínima de 3m2 (três metros quadrados) podendo conter fogão e sem acesso
direto àquelas dependências;
III - as copas, quando houver, deverão ser passagem obrigatória entre a cozinha e os
demais cômodos da habitação;
IV - as despensas deverão ter área mínima de 6m2 (seis metros quadrados) e a menor
dimensão de 2m (dois metros);
V - as cozinhas, copas, despensas e banheiros terão o piso e as paredes até de 1,50m (um
metro e cinqüenta centímetros) de altura revestidos de material liso, impermeável, resistente e
que possa ser lavado.

Art. 28 - Nas residências deverá haver pelo menos uma instalação sanitária provida de vaso
sanitário, um lavatório e um dispositivo para banhos.

Parágrafo Único - Essa instalação sanitária pode ser fracionada em dois compartimentos, sendo
que o de banho deverá ter área mínima de 2m² (dois metros quadrados) e o do vaso sanitário 1,20m²
(um metro e vinte centímetros quadrados), com dimensão mínima de 1m (um metro).

Art. 29 - Os compartimentos sanitários providos de vaso sanitário ou mictórios não podem ter
comunicação direta com sala de refeição, cozinha ou despensa.

Art. 30 - Nos compartimentos de instalação sanitária deverá haver ventilação permanente.

Art. 31 - Não serão permitidos caixas de madeiras, blocos de cimento ou outros materiais
envolvendo os vasos sanitários ou mictórios.

Art. 32 - As chaminés de tiragem terão altura suficiente de forma que a fumaça não ocasione
danos aos vizinhos, podendo a autoridade competente exigir modificações e corretivos que se tornem
necessários.

SEÇÃO – II

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DAS HABITAÇÕES COLETIVAS

Art. 33 - São consideradas habitações coletivas os prédios ou pavimentos de prédios ou partes


destes, onde residem de modo permanente diversas famílias ou muitas pessoas sem a unidade
econômica e a organização das habitações particulares.

Art. 34 - Além das determinações referentes às construções em geral e às habitações em


particular, nas habitações coletivas serão observados os seguintes requisitos:
I - haverá para cada grupo de 20 (vinte) moradores, pelo menos um banheiro dotado de
todas as peças sanitárias;
II - o número máximo de moradores será fixado pela Vigilância Sanitária, de acordo com
as condições da área, ventilação e insolação de cada aposento;
III - nas casas de cômodo, cada grupo de aposento terá 1 (uma) cozinha e 1 (um)
banheiro além de disporem de tanques de lavar.

Art. 35 - Nos prédios de apartamentos, não poderá existir tubos de queda livre para coleta do
lixo.

Parágrafo Único - Em prédios de apartamentos só poderão ser instalados e funcionar escritórios,


consultórios, estúdios ou estabelecimentos comerciais, cuja natureza e atividade não prejudiquem a
saúde, o bem estar, a segurança e o sossego dos moradores.

Art. 36 - Os hotéis, dormitórios, pensões e estabelecimentos congêneres, além das disposições


referentes às habitações coletivas, ficarão sujeitos às suas normas específicas.

Art. 37 - Os proprietários, inquilinos ou moradores, serão obrigados a conservar em perfeito


estado de limpeza e asseio os compartimentos que ocuparem, bem como as áreas internas, pátios e
quintais.

SEÇÃO – III
DOS EDIFÍCIOS COMERCIAIS

Art. 38 - Os prédios destinados a escritórios, consultórios, estúdios profissionais e congêneres,


além das demais disposições que lhes forem aplicáveis devem atender, no mínimo, as seguintes
condições:
I - terem uma sala com área mínima de 12m2 (doze metros quadrados) com uma
dimensão mínima de 3m (três metros);
II - terem um compartimento sanitário.

Art. 39 - Os prédios destinados a conjuntos de escritórios, consultórios, estúdios profissionais e


congêneres, além das disposições nesta norma, devem atender, no mínimo, as seguintes condições:
I - terem, no hall de entrada, local destinado a portaria quando o prédio contar com mais
de 20 (vinte) salas;
II - terem em cada pavimento, sanitários separados por sexo, com acesso independente
na proporção de 1 (um) mictório ( este no sanitário para homens) e 01 (um) vaso sanitário para
cada 60m² (sessenta metros quadrados) de área útil de sala.

Parágrafo Único - No cálculo do número de aparelhos sanitários não serão computadas as áreas
das salas que disponham de sanitário privativo.

SEÇÃO – IV
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 40 - As habitações particulares, coletivas, casas de cômodos, edifícios de apartamentos e


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comerciais, além das normas que lhe forem aplicáveis devem ainda observar o seguinte:
I - é expressamente proibido o acúmulo de lixo no solo das áreas internas, pátios e
quintais.
II - É vedado a qualquer pessoa:
a) - introduzir nas canalizações gerais e nos poços de ventilação quaisquer
objetos ou volumes que possam danificá-los, provocar entupimentos ou produzir
incêndios;
b) - cuspir, lançar lixo, resíduos, detritos, caixas, latas, pontas de cigarros,
líquidos, impurezas e objetos em geral, através de janelas, portas, aberturas, para os
poços de ventilação e áreas internas, corredores e demais dependências comuns, bem
como em qualquer lugar que não sejam os recipientes próprios, sempre mantidos em
condições de utilização e higiene;
c) - lançar lixo em outro local que não seja o coletor apropriado;
d) - estender, secar, bater ou sacudir tapetes ou quaisquer outras peças, nas
janelas, portas ou em quaisquer lugares visíveis do exterior ou outras partes nobres do
edifício;
e) - manter, ainda que temporariamente, nas unidades autônomas ou partes
comuns, animais de qualquer espécie, inclusive aves, exceto canores;
f) - colocar quaisquer objetos de adorno ou não, vasos, plantas ornamentais,
xaxins nas soleiras das janelas ou muretas de sacadas, sem a devida segurança.

Art. 41 - Nos casos de defeitos ou estragos do sistema de canalização hidráulico-sanitária,


decorrentes de falhas de instalação ou pelo seu próprio uso, serão intimados a efetuarem os reparos ou
introduzirem os melhoramentos necessários, os proprietários ou seus procuradores.

CAPÍTULO – IV
DAS ESCOLAS

Art. 42 - Os estabelecimentos de ensino e congêneres, além das demais disposições que lhes
forem aplicáveis, devem dispor, no mínimo, das seguintes dependências:
I - salas de aula, com área mínima de 10m² (dez metros quadrados);
II - sala de administração com área mínima de 9m² (nove metros quadrados);
III - sanitários para professores e servidores, separados por sexo com acessos
independentes, na proporção de 01 (um) vaso sanitário e 01 (um) lavatório para cada grupo de
20 (vinte) usuários;
IV - em cada pavimento, haverá compartimentos sanitários para alunos, separados por
sexo, dotados de vasos sanitários e mictórios na seguinte proporção:
a) - 01(um) vaso sanitário para cada grupo de 25 (vinte e cinco) alunas,
b) - 01(um) vaso sanitário e 01 (um) mictório para cada grupo de 40 (quarenta)
alunos,
c) - 01(um) lavatório para cada grupo de 40 (quarenta) alunos.
Art. 43 - Nos compartimentos sanitários devem ser observados ainda:
I - a compatibilidade das dimensões dos vasos sanitários com a idade dos alunos;
II - as portas dos compartimentos deverão ser colocadas de forma a deixar um vão livre
de 15cm (quinze centímetros) de altura, na parte inferior, e de 30cm (trinta centímetros) no
mínimo, na parte superior, acima da altura mínima de 2m (dois metros).

Art. 44 - É obrigatória a existência de instalação sanitária nas áreas de recreação.

Art. 45 - A área das salas de aula corresponderá, no mínimo, a 1m² (um metro quadrado) por
aluno lotado, quando em carteiras duplas e a 1,35m² (um metro e trinta e cinco centímetros quadrados)
quando em carteiras individuais, em formato retangular com comprimento igual e no máximo de 1,50
(uma e meio) vezes a largura.

Art. 46 - O pé-direito médio das salas de aula nunca será inferior a 3,20m (três metros e vinte
centímetros) com o mínimo, em qualquer ponto de 2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros).

Art. 47 - A área de ventilação das salas de aula deve ser, no mínimo, igual à metade da
superfície iluminante, que será igual ou superior a 1/5 (um quinto) da área do piso.
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Parágrafo Único - Só será permitido iluminação unilateral esquerda.

Art. 48 - Os auditórios ou salas de grande capacidade das escolas, ficam sujeitos às seguintes
exigências:
I - ter área útil nunca inferior a 80cm2 (oitenta centímetros quadrados) por pessoa;
II - ter visibilidade perfeita comprovada para qualquer espectador, da superfície da mesa
do orador, bem como dos quadros ou telas de projeção;
III - ter ventilação natural ou renovação mecânica de 20m² (vinte metros cúbicos) de ar
por pessoa, no mínimo, no período de 1 (uma) hora.

Art. 49 - Os corredores terão largura correspondente entre a 1cm (um centímetro) por aluno,
que deles se utilize, respeitando o mínimo de 1,80m (um metro e oitenta centímetros).

Parágrafo Único - No caso de ser prevista a localização de armários ou vestiários, ao longo dos
corredores, será exigido o acréscimo de 50cm (cinqüenta centímetros) por lado utilizado.

Art. 50 - As escadas e rampas internas devem ter, em sua totalidade, largura correspondente no
mínimo a 1cm (um centímetro) por aluno, previsto na lotação do pavimento superior, acrescido de 5cm
(cinco centímetros) por aluno de outro pavimento que delas depende, respeitando o mínimo de 1,50m
(um metro e cinqüenta centímetros).

§ 1º - As escadas não poderão apresentar trechos em leques, os lances serão retos e os degraus
não terão mais de 16cm (dezesseis centímetros) de altura e nem menos de 25cm (vinte cinco
centímetros) de profundidade.

§ 2º - As rampas não poderão apresentar declividade superior a 15% (quinze por cento).

Art. 51 - É obrigatória a existência de local coberto para recreio nas escolas de Primeiro grau.

Parágrafo Único - As escolas, cujos cursos não ultrapassarem o período de uma hora, ficam
dispensadas das exigências deste artigo.

Art. 52 - Os edifícios escolares destinados a cursos primários, ginasiais ou equivalentes, deverão


ter comunicação direta obrigatória entre área de fundo e logradouro público, por uma passagem de
largura mínima de 3m (três metros) e altura mínima de 3,50m (três metros e cinqüenta centímetros).

Art. 53 - As escolas devem ser dotadas de reservatórios de água potável, com capacidade
mínima correspondente a 40 l (quarenta litros) por aluno.
Parágrafo Único - É obrigatória a instalação de bebedouro, na proporção de 01 (um) para cada
sala de aula de 40 (quarenta) alunos; é vedado sua localização em instalações sanitárias; nas áreas de
recreio, a proporção será de 01 (um) para cada 100 (cem) alunos.

Art. 54 - Nas escolas, as cozinhas, copas, cantinas quando houver, devem satisfazer as
exigências mínimas estabelecidas para tais compartimentos, concernentes a bares e restaurantes,
observados, porém, as peculiaridades escolares.

Art. 55 - Nos internatos, além de serem observados as disposições de habitações em geral e as


de fins especiais que lhes forem aplicáveis, devem ser ainda observados:
I - os reservatórios de água potável terão capacidade mínima de 150 l (cento e cinqüenta
litros) por aluno;
II - existência de compartimentos próprios destinados exclusivamente a alunos doentes,
bem como sala de curativo para os primeiros socorros de urgências.

CAPÍTULO – V
DOS ESTABELECIMENTOS DE DIVERSÕES, REUNIÕES E RECREAÇÕES

11
SEÇÃO – I
DOS CINEMAS, TEATROS, LOCAIS DE REUNIÕES, CIRCOS E PARQUES DE
DIVERSÕES DE USO PÚBLICO

Art. 56 - Os estabelecimentos de diversões públicas e os locais de reuniões, devem atender as


seguintes condições:
I - serem construídos de material incombustível, tolerando-se o emprego de madeira na
estrutura do telhado, nas esquadrias e no revestimento de pisos;
II - serem as salas de espetáculos localizadas no pavimento térreo ou no imediatamente
superior ou inferior, desde que satisfaçam as exigências que garantam rápido escoamento dos
espectadores, por meio de rampas com declividade máxima de 13% (treze por cento).

Art. 57 - As cabines de projeção de cinemas devem atender as seguintes condições:


I - terem área mínima de 4m² (quatro metros quadrados);
II - terem portas de abrir para fora e construção de material incombustível;
III - terem ventilação permanente e mecânica;
IV - terem instalação sanitária.

Art. 58 - Os camarins devem ter área mínima de 4m² (quatro metros quadrados) e serem
dotados de abertura para o exterior ou ventilação mecânica.

Parágrafo Único - Os camarins individuais ou coletivos serão separados para cada sexo e
dotados de vasos sanitários, chuveiros e lavatórios.

Art. 59 - O pé direito mínimo das salas de espetáculo será de 6m (seis metros) e o das frisas,
camarotes e galerias não poderá ser inferior a 2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros).

Art. 60 - Nos cinemas e teatros a disposição das poltronas será feita em setores separados por
passagem longitudinais e transversais. A lotação de cada um desses não poderá ultrapassar a 250
(duzentos e cinqüenta) poltronas, as quais serão dispostas em filas preferivelmente, formando arcos de
círculos e observando o seguinte:
I - cada fila não poderá conter mais de 15 (quinze) poltronas;
II- o espaçamento mínimo entre filas, medido de encosto a encosto, será no mínimo, de
90 cm (noventa centímetros).
III - será de 5 (cinco) o número máximo de poltronas nas séries que terminarem junto às
paredes;
IV- as poltronas de sala de espetáculo deverão ser providas de braço.
Art. 61 - A declividade do piso nos cinemas e teatros deve ser de tal forma que assegure ampla
visibilidade ao espectador sentado em qualquer ponto ou ângulo do salão.

Art. 62 - Será obrigatória a instalação de bebedouro automático para uso dos espectadores.

Art. 63 - Sobre as aberturas de saída da sala de espetáculo propriamente dita, é obrigatória a


instalação de sinalização de emergência de cor vermelha e ligada a circuito autônomo de eletricidade.

Art. 64 - As instalações sanitárias nos cinemas, teatros ou locais de reuniões destinados ao


público, serão separadas por sexo e independentes para cada ordem de localidade.

Art. 65 - Os circos, parques de diversões de uso público e estabelecimentos congêneres, devem


possuir instalações sanitárias independentes para cada sexo, na proporção mínima de um vaso sanitário
e um mictório para cada 200 (duzentos) freqüentadores.

Art. 66 - Os cinemas, teatros, locais de reuniões, circos e parques de diversões de uso público só
poderão ser instalados mediante a aprovação por autoridade competente, com a concessão do Alvará
Sanitário.

SEÇÃO – II

12
DAS PISCINAS, LOCAIS DE BANHO E NATAÇÃO

Art. 67 - Para efeito da aplicação da presente norma as piscinas são classificadas nas duas
categorias seguintes:
I - piscinas de uso coletivo: quando destinados ao uso do público em geral, a membros
de instituições públicas ou privadas ou moradores de habitação coletiva;
II - piscinas particulares: quando em residências unifamiliares, utilizadas por seus
moradores.

Art. 68 - Nenhuma piscina pode ser construída ou funcionar sem a aprovação da Vigilância
Sanitária.

Parágrafo Único - As piscinas particulares serão inspecionadas pela Vigilância Sanitária, a


critério desta, quando houver interesse de saúde pública.

Art. 69 - As piscinas de uso coletivo devem satisfazer as seguintes condições sanitárias:


I - terem o revestimento interno de material impermeável e de superfície lisa;
II - terem o fundo com declividade conveniente, não sendo permitidas mudanças bruscas
até a profundidade de 2m (dois metros);
III - terem tubos influentes e efluentes em número suficiente e localizados de modo a
produzir uma uniforme circulação de água na piscina, abaixo da superfície normal da água;
IV - disporem de um ladrão em torno da piscina, com os orifícios necessários para o
escoamento;
V - terem ligação à rede pública de abastecimento de água potável, dotada de
desconector para evitar refluxos;
VI - terem esgotamento provido de desconector antes da ligação à rede pública ou outro
adequado destino;
VII - terem locais de alimentação de água tratada de tipo regulável ou com registros,
obedecendo o espaçamento máximo de 4,50m (quatro metros e cinqüenta centímetros);
VIII - terem os ralos ou grelhas, do sistema de esgotos de material não corrosivo, com
abertura que permita escoamento com velocidade moderada, com afastamento máximo de
3,50m (três metros e cinqüenta centímetros) das paredes e distanciados, um do outro, no
máximo 6m (seis metros);
IX - terem área circundante, com largura mínima de 1m (um metro) pavimentada com
material lavável e de fácil limpeza, com declividade mínima de 2% (dois por cento) em sentido
oposto ao da piscina;
X - terem no mínimo 2 (duas) escadas, preferencialmente metálica e inoxidável, (tipo
marinheiro) uma na parte rasa e outra na parte profunda, livres e removíveis preenchendo no
mínimo 1,20 cm (um metro e vinte centímetros) abaixo da superfície da água, ou até o fundo
nos pontos em que a profundidade for menor que este valor;
XI - terem as instalações elétricas projetadas e construídas de modo a não acarretar
riscos ou perigo aos usuários;
XII - disporem de filtros, por gravidade ou pressão, dimensionados para taxa de filtração
não superior a 120 l/min/m2 (cento e vinte litros por minuto e por metro quadrado), tolerando-se
os filtros de alta taxa desde que comprovada sua eficiência pela autoridade sanitária competente.

Parágrafo Único - Os trampolins e plataformas de saltos, quando houver, deverão ser revestidos
com material anti-derrapante.

Art. 70 - As piscinas devem dispor de vestiários, instalações sanitárias e chuveiros de fácil


acesso, separados por cada sexo e dispondo de:
I - chuveiros na proporção de 1(um) para cada 60 (sessenta) banhistas;
II - vasos e lavatórios na proporção de 1 (um) para cada 60 (sessenta) homens e 1 (um)
para cada 40 (quarenta) mulheres;
III - mictórios na proporção de 1 (um) para cada 60 (sessenta) homens.

Parágrafo Único - Para o cálculo do número de aparelhos sanitários e capacidade da piscina,


considera-se a proporção de 1(um) banhista para 1,50m² (um metro e cinqüenta centímetros quadrados)
de superfície de tanque de banho.
13
Art. 71 – O banhista deverá obrigatoriamente, submeter-se a exame médico prévio e apresentar
a respectiva ficha médica de aprovação, assinada por profissional legalmente habilitado, devendo o
exame constar de:
a) - anammese completa,
b) - exame clínico, com inspeção completa do tegumento, incluindo genitais e cavidades
naturais,
c) - exames laboratoriais de fezes e de secreções,
d) - exame ginecológico.

§ 1º - Os exames médicos deverão ser atualizados pelo menos a cada 6 (seis) meses, com
exceção do exame de que trata a alínea “b” deste artigo, que deverá ser realizado mensalmente,
ressalvados os casos especiais que o exijam em menos espaço de tempo.

§ 2º - Será proibida a entrada na piscina de pessoas portadoras de doenças transmissíveis por


contágio ou veiculadas pela água, bem como com ferimentos abertos ou com curativos de qualquer
natureza, podendo a autoridade sanitária vedar também o uso por estas pessoas das demais
dependências.

§ 3º - A área destinada aos usuários da piscina deve ser separada por cerca ou dispositivo de
vedação que impeça o uso da mesma por pessoas que não se submeteram a exame médico específico e
a banho prévio de chuveiro.

§ 4º - As disposições deste artigo poderão sofrer alterações, a critério da autoridade sanitária, a


fim de atender às peculiaridades do tipo de piscina, sua localização e os riscos à saúde.

Art. 72 - A água das piscinas deve obedecer padrões de qualidade e controle químico e
bacteriológico, na forma estabelecida nesta norma técnica, verificando-se que:
I - o suprimento de água para alimentação periódica, quer seja para a alimentação
contínua, quer para a reposição na circulação, deve inicialmente provir de um manancial (poços,
fontes, rede pública) aceitável sob o ponto de vista químico, físico e bacteriológico.
II - A limpeza da água deve ser tal que a uma profundidade de 3m (três metros) possa
ser visto, com nitidez, o fundo das piscinas.
III - Deverá haver um adequado controle do equilíbrio acidez alcalinidade da água,
devendo-se manter o pH entre 7,2 e 7,6, que é a faixa onde se situa o pH ideal para água de
piscina.
IV - A água das piscinas deverá ser tratada com cloro ou seus compostos, os quais
deverão manter na água sempre que a piscina estiver em uso, um excesso de cloro livre (cloro
residual) não inferior a 0,6ppm nem superior a 2,0ppm (partes por milhão), observando-se ainda
o seguinte:
a) - quando o cloro ou seus compostos forem usados com amônia, o teor de
cloro residual na água, quando a piscina estiver em uso, não deve ser inferior a 0,6ppm
(partes por milhão);
b) - as piscinas que recebem continuamente água considerada de boa qualidade e
cuja renovação total se realiza em tempo inferior a doze horas, poderão ser dispensadas
das exigências deste inciso (IV).
V - Como padrão bacteriológico, a água de piscina deverá apresentar uma contagem
geral de bactérias inferior a 200 bactérias por 100ml em 85% de no mínimo 5 (cinco) amostras,
coletadas no decorrer do tempo; e resultados negativos na pesquisa de coliformes, em porções
de 10ml de amostras na mesma proporção acima. Deverá ser observado que:
a) - todas as amostras de água de piscina contendo cloro devem ser coletadas em
frascos, contendo tiosulfato de sódio (2 gotas de solução a 10%), adicionado antes da
esterilização;
b) - as coletas deverão ser efetuadas com a piscina em uso, e de preferência na
hora de maior freqüência.

Art. 73 - Nenhuma piscina de uso coletivo pode funcionar sem a responsabilidade técnica de
profissional legalmente capacitado, bem como sem a assistência permanente de um salva-vidas nos
horários de banhos, obedecendo-se ainda o seguinte:
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I - as piscinas só poderão ser operadas por pessoas habilitadas que possuam Certificado
de Aprovação em Cursos de Operadores de piscinas;
II - para prevenção de acidentes ou para socorros e atendimentos de acidentados, as
piscinas possuirão, no mínimo, o seguinte material: ganchos, cordas, bóias e caixas de primeiros
socorros.
III - a critério da autoridade sanitária e de acordo com as características da piscina,
poderá ainda ser exigida a existência de padiola, cobertores, ressuscitador, posto de salvamento
e sala de primeiros socorros, com telefone próximo.

SEÇÃO – III
DAS COLÔNIAS DE FÉRIAS E DOS ACAMPAMENTOS EM GERAL

Art. 74 - Nenhuma colônia de férias ou acampamento será instalado sem autorização prévia da
autoridade sanitária competente.

Art. 75 - O responsável pela colônia de férias ou acampamento de qualquer natureza fará


proceder exames bacteriológicos periódicos das águas destinadas ao seu abastecimento, quaisquer que
sejam as suas procedências.

Art. 76 - Os acampamentos de trabalho ou recreação e as colônias de férias, só poderão ser


instaladas em terreno seco e com declividade suficiente ao escoamento das águas pluviais.

Art. 77 - Quando as águas de abastecimento provierem de fontes naturais, estas deverão ser
devidamente protegidas contra poluição; se provierem de poços perfurados, estes deverão preencher as
exigências previstas na legislação.

Art. 78 - Nenhuma latrina (privada) poderá ser instalada a montante e a menos de 30m (trinta
metros) das nascentes de água ou poços destinados a abastecimento.

Art. 79 - O lixo será coletado em recipientes fechados e deverá ter destino final adequado,
respeitando-se a legislação ambiental.

Art. 80 - Os Acampamentos ou colônias de férias, quando constituídos por vivendas ou cabines


deverão preencher as exigências mínimas de higiene e limpeza, e ainda ter instalações sanitárias,
iluminação e ventilação adequadas, entelamento das cozinhas, precauções quanto a ratos, insetos e
adequado destino do lixo.

CAPÍTULO – VI
DOS ESTABELECIMENTOS DE TRABALHO EM GERAL

SEÇÃO – I
DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS

Art. 81 - Antes de iniciada a construção, reforma ou instalação de qualquer estabelecimento de


trabalho deverá ser ouvida a autoridade sanitária competente quanto ao local e projeto.

Parágrafo Único - Quanto à aprovação do local a autoridade sanitária levará em conta a


natureza dos trabalhos a serem executados no estabelecimento, tendo em vista assegurar a saúde e o
sossego dos vizinhos.

Art. 82 - Nos estabelecimentos de trabalhos já instalados, que ofereçam perigo à saúde ou


acarretem incômodos aos vizinhos, a juízo da autoridade sanitária, os proprietários serão obrigados a
executar os melhoramentos necessários, remover ou fechar os estabelecimentos que não forem
saneáveis.

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Parágrafo Único - Na hipótese de remoção ou fechamento, será concedido o prazo máximo de 6
(seis) meses.

Art. 83 - O pé direito mínimo de locais de trabalho deverá ser de 4m (quatro metros).

Parágrafo Único - Serão admitidas reduções desde que atendidas as condições de iluminação e
ventilação, condizentes com a natureza do trabalho e a ausência de fontes de calor obedecendo o
mínimo de 3m (três metros) em pavimentos superiores ao térreo.

Art. 84 - Os pisos e as paredes até 2m (dois metros) de altura, no mínimo, deverão ser
revestidos de material resistente, liso e impermeável.

Parágrafo Único - A natureza e as condições dos pisos, paredes e forros serão determinados
tendo em vista o processo e condições do trabalho, a juízo da autoridade sanitária.

Art. 85 - A superfície iluminante natural dos locais de trabalho será, no mínimo, de 1/5 (um
quinto) da área total do piso.

Art. 86 - A área de ventilação natural dos locais de trabalho deverá corresponder, no mínimo, a
2/3 (dois terço) da superfície iluminante natural.

Art. 87 - Em casos especiais teoricamente justificados e a juízo da autoridade sanitária será


permitida a iluminação e a ventilação artificiais.

Art. 88 - Tendo a construção mais de dois pavimentos deverá ser dotada, no mínimo, de 2
(duas) escadas e um número de elevadores proporcional ao número de empregados, a juízo da
autoridade sanitária.

Art. 89 - As escadas deverão ser de lances retos, com largura mínima de 1,20m (um metro e
vinte centímetros), devendo ser de 19 (dezenove) o número máximo de degraus entre patamares.

§ 1º - A altura máxima dos degraus deverá ser de 17cm (dezessete centímetros) e a largura
proporcional à altura, de forma a permitir cômodo acesso.

§ 2º - São permitidas rampas com 1,20m (um metro e vinte centímetros) de largura e
declividade máxima de 15% (quinze por cento).

Art. 90 - As galerias, jiraus e demais disposições congêneres no interior dos locais de trabalho,
serão permitidos em casos especiais a critério da autoridade sanitária, e terão pé-direito mínimo de
2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros) e não ocuparão área superior a 30% (trinta por cento) da
área do compartimento.

Art. 91 - Haverá em todos os estabelecimentos de trabalho instalações sanitárias independentes


para ambos os sexos, nas seguintes proporções:
I – 01 (um) vaso sanitário, 01 (um) lavatório e 01 (um) chuveiro para cada 20 (vinte)
operários;
II – 01 (um) mictório para cada 20 (vinte) operários homens.

§ 1º - Os compartimentos de instalações sanitárias não poderão ter comunicação direta com os


locais de trabalho, devendo existir entre eles antecâmaras com aberturas para o exterior.

§ 2º - As instalações sanitárias deverão ter o piso ladrilhado e paredes até a altura mínima de
1,50m (um metro e cinqüenta centímetros) revestidos de material cerâmico vidrado ou material
equivalente, a juízo da autoridade sanitária.

Art. 92 - Os estabelecimentos em que trabalham mais de 30 (trinta) mulheres, com mais de 16


(dezesseis) anos de idade, disporão de local apropriado, a juízo da autoridade sanitária, onde seja
permitido as empregadas deixarem, sob vigilância e assistência, os seus filhos no período de
amamentação.
16
Parágrafo Único - Esse local deverá possuir no mínimo:
I - berçário com área de 2m2 (dois metros quadrados)por criança, na proporção de 01 (um)
berço para cada 25 (vinte e cinco) mulheres e área mínima de 6m2 (seis metros quadrados);
II - saleta de amamentação com área mínima de 6m2 (seis metros quadrados);
III - cozinha dietética com área mínima de 4m2 (quatro metros quadrados);
IV - compartimento de banho e higiene das crianças com área mínima de 3m2 (três metros
quadrados).

Art. 93 - Nos estabelecimentos em que trabalhem mais de 100 (cem) operários será obrigatória a
existência de refeitório.

Parágrafo Único - Os refeitórios deverão obedecer as seguintes condições:


I - ter área mínima de 40cm2 (quarenta centímetros quadrados) por trabalhador ;
II - as paredes até a altura de 2m (dois metros) e os pisos serão revestidos com material
liso, resistente e impermeável;
III - a superfície iluminante deverá ser, no mínimo, de 1/8 (um oitavo) da área do piso, e a
ventilação deverá corresponder a 2/3 (dois terços) da superfície iluminante;
IV - é obrigatória a existência de lavatórios.

Art. 94 - Os dormitórios ou residências não poderão ter comunicação direta com os locais de
trabalho, a não ser através de antecâmara com abertura para o exterior.

Art. 95 - Os gases, vapores, fumaças e poeiras resultantes dos processos industriais, serão
removidos dos locais de trabalho por meios adequados, não sendo permitido o seu lançamento na
atmosfera, sem tratamento adequado, quando nocivos ou incômodos à vizinhança.
Art. 96 - As instalações geradoras de calor serão localizadas em compartimentos especiais, ficando
isolados a 1m (um metro) pelo menos, das paredes dos vizinhos e isolados termicamente com material
isotérmico.

Art. 97 - As instalações causadoras de ruídos ou choques serão providas de dispositivos destinados


a evitar tais incômodos, a critério da autoridade sanitária.

SEÇÃO – II
DOS ESCRITÓRIOS E CONGÊNERES

Art. 98 - As salas de trabalho destinadas a escritórios e congêneres, além das demais disposições
que lhes são aplicáveis, devem atender, no mínimo, às seguintes condições:
I - terem 01(uma) sala com área de 12m2 (doze metros quadrados);
II - terem 01 (um) compartimento sanitário com lavatório.

Art. 99 - Os edifícios destinados a conjuntos de escritórios consultórios, estúdios profissionais e


congêneres, além das disposições que lhes são aplicáveis, devem atender as seguintes condições:
I - terem no hall de entrada, local destinado a portaria quando a edificação contar com
mais de 20 (vinte) salas;
II - terem em cada pavimento sanitários separados por sexo, com acesso independente
na proporção de 01 (um) vaso sanitário, 01 (um) lavatório e 01 (um) mictório, este no sanitário
para homens, para cada 60m2 (sessenta metros quadrados) de área útil de sala ou fração;
III - terem as salas área mínima de 12m2 (doze metros quadrados) e 3m (três metros) em
sua menor dimensão.

Parágrafo Único - No cálculo do número de aparelhos sanitários não serão computadas as áreas
das salas que disponham de sanitário privativo.

SEÇÃO – III
DAS LOJAS, DEPÓSITOS E CONGÊNERES

17
Art. 100 - As lojas, depósitos e estabelecimentos congêneres, além das demais disposições que
lhes forem aplicáveis, devem atender as seguintes condições:
I - terem a dependência destinada a atividade comercial área mínima de 14m2 (quatorze
metros quadrados) e dimensão mínima de 3m (três metros);
II - terem dependência sanitária com 01 (um) vaso sanitário e 01 (um) lavatório.

Parágrafo Único - As lojas, depósitos e estabelecimentos congêneres com área superior a 80m2
(oitenta metros quadrados) devem:
I - ter sanitário para empregados, separados para cada sexo com 01 (um) vaso sanitário e
01 (um) lavatório para cada 20 (vinte) empregados;
II - ter vestiário anexo ao sanitário com armários individuais, para cada sexo.

Art. 101 - Serão permitidas galerias internas de acesso a estabelecimentos comerciais, em


qualquer pavimento, desde que tenham:
I - largura correspondente a 1/20 (um vinte avos) de seu comprimento;
II - largura mínima de 4m (quatro metros);
III - pé-direito mínimo de 2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros).

Art. 102 - As galerias devem dispor em cada pavimento de sanitários separados para cada sexo,
na proporção de 01 (um) vaso sanitário, 01 (um) lavatório e 01 (um) mictório, este no sanitário para
homens, para cada 100m² (cem metros quadrados) de área comercial, não se computando para o
cálculo do número de aparelhos a área de lojas já dotadas de sanitário privativo.

SEÇÃO – IV
DAS GARAGENS, OFICINAS, POSTOS DE ABASTECIMENTOS DE
VEÍCULOS E LAVAJATOS

Art. 103 - As garagens, oficinas, postos de serviços ou de abastecimento de veículos estão


sujeitos às prescrições referentes aos estabelecimentos de trabalho em geral, no que lhes forem
aplicáveis.

Art. 104 - Os serviços de pintura nas oficinas de veículos deverão ser feitos em compartimentos
próprios, estufas, de modo a evitar a dispersão de tinta e derivados nas demais seções de trabalho e
terão aparelhamento para evitar a poluição do ar.

Art. 105 - Os despejos das garagens comerciais, postos de serviços e lavajatos passarão
obrigatoriamente por uma caixa de areia detentora de óleos e graxas e serão lançados sempre em
destino adequado, vedado seu lançamento em via pública a céu aberto.

Art. 106 - Os lavajatos deverão ter boxe próprio, com abertura apenas para entrada do veículo,
de modo a evitar a dispersão de produtos químicos, a poluição do ar e incômodos à vizinhança;

Parágrafo Único - Quando existirem rampas, estas serão sempre afastadas pelo menos 2m (dois
metros) dos muros vizinhos.

SEÇÃO – V
DAS LAVANDERIAS PÚBLICAS

Art. 107 - As lavanderias públicas deverão atender, no que lhes forem aplicáveis, todas as
exigências da Vigilância Sanitária e de suas normas técnicas especiais.

Art. 108 - Nas localidades em que não houver rede coletora de esgotos, as águas residuais terão
destino e tratamento de acordo com as exigências da autoridade sanitária.

Art. 109 - As lavanderias serão dotadas de reservatório de água com capacidade correspondente
ao volume de serviço, sendo permitido o uso de água de poço ou de outras procedências, desde que
não seja poluída e que o abastecimento público seja insuficiente.
18
Art. 110 - As lavanderias deverão possuir locais destinados a secagem das roupas lavadas, desde
que não disponham de dispositivos apropriados para esse fim.

SEÇÃO – VI
DAS BARBEARIAS, SALÕES DE BELEZA E CONGÊNERES

Art. 111 - As barbearias, cabeleireiros, salões de beleza sem assistência médica e


estabelecimentos congêneres, além das demais disposições que lhes forem aplicáveis, devem ainda
observar as seguintes condições:
I - terem área mínima de 8m2 (oito metros quadrados) e mais 4m2 (quatro metros
quadrados) por cadeira instalada excedente a 02 (duas);
II - terem o piso revestido de material liso, impermeável e resistente;
III - terem as paredes revestidas até 2m (dois metros) de altura de material liso,
impermeável, resistente e pintura em cor clara.

Art. 112 - Todos os estabelecimentos destinados à instituto ou salão de beleza sem assistência
médica, cabeleireiro, barbearia e congêneres, deverão ser abastecidos com água potável canalizada e
possuir, no mínimo, 01 (um) vaso sanitário e 01 (um) lavatório.

Art. 113 - Nos recintos destinados aos estabelecimentos referidos no artigo anterior serão
permitidos outros ramos de atividade comercial afins, a critério da autoridade sanitária.

Art. 114 - As barbearias, salões de beleza sem assistência médica e cabeleireiros deverão ser
providos de:
I - dispositivos destinados à esterilização e/ou desinfecção das navalhas, tesouras,
pentes, e outros utensílios da profissão, obedecendo as orientações e normas específicas do
setor competente;
II - recipientes para o lixo, impermeáveis, com tampa e com capacidade para conter todo
o lixo produzido num dia.

CAPÍTULO – VII
DAS CASAS E DEPÓSITOS DE AVES E OUTROS
PEQUENOS ANIMAIS VIVOS

Art. 115 - As casas de venda de aves e de outros pequenos animais vivos, além das demais
disposições desta norma que forem aplicáveis, devem observar o seguinte:
I - terem o piso revestido de material resistente, liso impermeável e não absorvente;
II - terem as paredes a altura mínima de 2m (dois metros), revestidas de material
cerâmico vidrado ou equivalente, a juízo da autoridade sanitária.

Art. 116 - As casas de vendas e depósitos de aves e outros pequenos animais vivos devem ter
suas instalações ou lojas destinadas exclusivamente a esse ramo de comércio, aplicando-se ainda as
seguintes exigências:
I - as gaiolas e gaiolões devem ser metálicos, de fundo duplo móvel, de modo a permitir
a sua limpeza e lavagem freqüentes, e serem providos de bebedouros e comedouros de tipo e
material aprovados;
II - o número de animais de cada gaiola ou gaiolão não deve ultrapassar ao que foi
fixado pela autoridade competente;
III - é expressamente proibido expor à venda ou manter no estabelecimento, animais
doentes, em más condições de nutrição, ou confinados em estado de super povoamento.

§ 1º - É proibido nesses estabelecimentos o abate, bem como a venda de aves e pequenos


animais abatidos.

§ 2º - É permitida a venda de ovos produzidos exclusivamente por animais alojados no local,


observadas as exigências específicas.
19
Art. 117 - A fim de serem prevenidas contaminações dos alimentos, o depósito e a venda de
aves e outros pequenos animais vivos não podem ser feitos em qualquer outro tipo de estabelecimento
de gêneros alimentícios, inclusive em locais ou lojas, mercados e supermercados.

Art. 118 - Os incubatórios avícolas estão sujeitos às exigências sanitárias e disposições da


Vigilância Sanitária.

CAPÍTULO – VIII
DAS ÁGUAS DE MESA E MINERAIS

Art. 119 - A exploração e comercialização de água potável de mesa, bem como o


engarrafamento ou envazilhamento de águas minerais, estão sujeitas às disposições da Legislação
Federal específica, cabendo às autoridades sanitárias estaduais e municipais o cumprimento daquelas
normas.

§ 1º - Só é permitida a exploração comercial de água mineral, termal, gasosa, potável de mesa,


quando previamente analisada no órgão competente e após a expedição de autorização de lavra.
§ 2º - Não podem ser explorados comercialmente para quaisquer fins, as fontes sujeitas à
influência de águas superficiais e, por conseguinte, suscetíveis de poluição.

§ 3º - As águas minerais de procedência estrangeira só podem ser expostas ao consumo após


cumprimento no que lhes forem aplicáveis a critério do órgão federal competente, das disposições sobre
o comércio das águas minerais nacionais.

§ 4º - É competência da Vigilância Sanitária, quando houver indicação, colher amostras de água


potável de mesa ou água mineral e submetê-las a exame no laboratório oficial do Estado.

§ 5º - Havendo perigo iminente de prejuízo à saúde pública, poderão os órgãos sanitários


estadual ou municipal, determinar a interdição temporária de instalações e equipamentos, produtos ou
demais materiais.

CAPÍTULO – IX
DO SANEAMENTO RURAL

Art. 120 - As habitações, o abastecimento de água, as instalações sanitárias e as fossas em zonas


rurais, de acordo com as possibilidades locais e a critério da autoridade sanitária, devem obedecer às
exigências mínimas estabelecidas pelas normas técnicas da Vigilância Sanitária.

Art. 121 - Nenhuma latrina poderá ser instalada a montante e a menos de 30m (trinta metros)
das nascentes de água ou poços destinados ao abastecimento.

Art. 122 - Os paióis, tulhas e outros depósitos de cereais ou forragens devem ser bem arejados e
ter pisos impermeabilizados ou isolados do solo.

Art. 123 - Os estabelecimentos comerciais de gêneros alimentícios situados em propriedades


rurais, bem como os situados ao longo das estradas, deverão ter as paredes revestidas até a altura de 2m
(dois metros), com material liso e impermeável, a juízo da autoridade sanitária, devendo ser observadas
as demais disposições nesta norma técnica que lhes forem aplicáveis.

Art. 124 - As indústrias que se instalarem em zonas rurais ficam subordinadas às exigências
desta norma técnica e as demais que lhes forem aplicáveis.

SEÇÃO – I

20
DAS POCILGAS, ESTÁBULOS, COCHEIRAS,
AVIÁRIOS E CONGÊNERES

Art. 125 - A existência de pocilgas, estábulos, cocheiras, aviários e congêneres, bem como a
criação e/ou engorda de suínos, será permitida nas zonas rural e suburbana, de acordo com as
disposições desta norma técnica.

Parágrafo Único - É vedada a existência de pocilgas no perímetro urbano das cidades.

Art. 126 - As pocilgas da zona rural devem situar-se à distância mínima de 50m (cinqüenta
metros) das habitações, dos terrenos vizinhos e das frentes das estradas.

Art. 127 - Os estábulos, cocheiras, aviários e congêneres situados na zona rural, devem ficar à
distância mínima de 50m (cinqüenta metros) das habitações, dos terrenos vizinhos e das frentes das
estradas.

Art. 128 - Somente serão toleradas na zonas rural e suburbana, pocilgas, estábulos, cocheiras,
aviários e congêneres, em terrenos (chácaras) situados nas áreas verdes, com área mínima de 20.000m2
(vinte mil metros quadrados), desde que liberado pela autoridade competente.
Parágrafo Único - O número de animais será controlado pela autoridade sanitária.

Art. 129 - Na zona suburbana, as pocilgas, estábulos, cocheiras, aviários e congêneres, devem
situar-se a uma distância mínima de 200m (duzentos metros) das habitações, dos terrenos vizinhos e das
frentes das ruas.

Art. 130 - Os abrigos das pocilgas devem ter provisão de água corrente e as suas paredes
impermeabilizadas até a altura mínima de 1m (um metro).

Art. 131 - Para as pocilgas, estábulos, cocheiras, aviários e congêneres, além das demais
disposições desta norma técnica que lhes forem aplicáveis, devem ser observadas as seguintes
exigências:
I - terem o piso revestido de camada impermeável e resistente, mais elevado que o solo,
com declividade mínima de 2% (dois por cento) e com canalizações que conduzam os resíduos
líquidos ao esgoto (fossas, sumidouros, ou outro sistema final);
II - terem provisão suficiente de água;
III - terem os resíduos líquidos ligados diretamente às caixas de retenção de materiais
graúdos em suspensão e os efluentes destas ligados às fossas absorventes, campos de absorção
ou outros destinos adequados, a critério da autoridade sanitária;
IV - adotarem quaisquer outras medidas indicadas pela autoridade sanitária.

Art. 132 - Nos estábulos, cocheiras, aviários e congêneres serão permitidos compartimentos
habitáveis destinados aos tratadores de animais, desde que fiquem completamente isolados.

CAPÍTULO – X
DOS CEMITÉRIOS, NECROTÉRIOS E VELÓRIOS

SEÇÃO – I
DOS CEMITÉRIOS

Art. 133 - Os cemitérios devem ser construídos em áreas elevadas, secas, ventiladas e na
contravertente de águas que tenham que alimentar cisternas ou outros reservatórios hídricos, devendo
os terrenos possuírem o competente atestado de salubridade.

Art. 134 - Deverão ficar isolados dos logradouros públicos ou particulares no afastamento
mínimo de 15m (quinze metros) em zonas abastecidas pela rede de água ou 30m (trinta metros) em
zonas não providas das mesmas.

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Parágrafo Único - O nível dos cemitérios em relação aos cursos de água deverá ser
suficientemente elevado de modo que as águas das enchentes não atinjam as sepulturas.

Art. 135 - O nível do lençol freático deverá ficar, no mínimo, a 3m (três metros) de
profundidade, sendo que na dependência das condições das sepulturas será feito o rebaixamento deste
nível.

Art. 136 - Em caráter excepcional, a juízo da autoridade sanitária competente, será permitida a
construção de cemitério em regiões planas.

Art. 137 - Os projetos de construção de cemitérios devem ser acompanhados de estudo


especializado, comprovando a adequabilidade do solo e o nível do lençol freático.

§ 1º - Nos projetos de que trata este artigo, deverão ser reservados de sua área total, no
mínimo:
I - 20% (vinte por cento) para casos de epidemia ou grandes catástrofes;
II - 10% (dez por cento) para sepultamentos gratuitos de indigentes;
III - 20% (vinte por cento) para arborização ou ajardinamento.
§ 2º - os jardins sobre jazigos não serão computados para o percentual referido no inciso II do
parágrafo anterior. No caso de cemitério parque, a exigência deste percentual poderá ser dispensada.

Art. 138 - Os vasos ornamentais serão preparados de modo a não conservarem líquidos que
favoreçam a proliferação de larvas ou moscas.

Art. 139 - Os cemitérios deverão ser providos de:


I - local para administração e recepção;
II - capela de velório que atenda os requisitos exigidos nesta norma técnica;
III - depósito para materiais e ferramentas;
IV - vestiários e instalações sanitárias para os empregados;
V - instalações sanitárias para o público, separadas por sexo;
VI - muro de alvenaria em todo o perímetro da área;
VII - ossário coletivo;
VIII - ossário individual.

Parágrafo Único - A autoridade de saúde poderá reduzir as exigências deste artigo em função
das limitações sócio econômicas do município de localização do cemitério.

Art. 140 - As sepulturas deverão possuir 1,70m (um metro e setenta centímetros) de
profundidade, 80cm (oitenta centímetros) de largura e 2m (dois metros) de comprimento, quando para
adultos, e 1,30m (um metro e trinta centímetros) quando para crianças, distando 70cm (setenta
centímetros) uma das outras, no mínimo, em todas as direções.

Parágrafo Único - As sepulturas e/ou jazigos devem ser bem vedados, sem falhas de alvenaria,
para impedir a entrada de roedores, insetos e outros vetores de doenças.

Art. 141 - Os vãos do nicho nos cemitérios verticais devem ter 2,10m (dois metros e dez
centímetros) de comprimento, 1m (um metro) de largura e 60cm (sessenta centímetros) de altura, no
mínimo;

Art. 142 - A administração do cemitério manterá um livro de registro (Livro de Enterramentos),


em que serão anotados nome, idade, sexo, profissão, estado civil, causa-morte e data de exumação das
pessoas sepultadas e que será fiscalizado pela autoridade sanitária competente.

Parágrafo Único - Pelas eventuais irregularidades verificadas no livro de Registro de


Enterramento, serão responsáveis os administradores de cemitérios que ficarão sujeitos a sanções.

Art. 143 - A proibição de sepultamentos nos cemitérios será feita pela autoridade sanitária
competente quando:
I - as condições higiênicas forem inadequadas;
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II - tenha chegado a um ponto de saturação tal que torne difícil a reutilização dos
terrenos e deposição dos cadáveres;
III - por qualquer outra circunstância que ofereça risco iminente à saúde pública ou
perturbe o serviço de verificação de registro de óbito.

SEÇÃO – II
DOS NECROTÉRIOS E VELÓRIOS

Art. 144 - Os necrotérios e velórios devem ficar afastados, no mínimo, 5m (cinco metros) de áreas
vizinhas, em local ventilado, seco e com boa iluminação.

§ 1º - Deverão dispor, no mínimo, de sala de vigília, oratório, compartimento de descanso, sala


de exames necroscópicos e sanitários independentes para ambos os sexos.

§ 2º - A sala de exames necroscópicos deverá ter:


I - lavatório ou pia com água corrente e dispositivo que permita a lavagem das mesas de
necrópsia e do piso;
II - piso dotado de ralo.

§ 3º - As paredes dos necrotérios e velórios deverão ter os cantos arredondados, com


revestimento liso, resistente e impermeável até 2m (dois metros) de altura, no mínimo.

§ 4º - O piso dos necrotérios será revestido de material resistente, liso e impermeável e deve ter
declividade suficiente para escoamento das águas de lavagem ou preparo do cadáver.

§ 5º - As mesas dos necrotérios serão de mármore, vidro ou de aço inoxidável, tendo a de


necrópsia forma tal que facilite o escoamento de líquidos que terão destino conveniente.

Art. 145 - As capelas de velatório devem possuir:


I - sala de vigília, com área não inferior a 20 (vinte) metros quadrados;
II - sala de descanso e espera;
III - instalações sanitárias separadas por sexo;
IV - bebedouros localizados fora das instalações sanitárias e da sala de vigília.

Parágrafo Único - As copas serão permitidas quando em locais adequadamente situados,


submetidos a aprovação da Vigilância Sanitária.

Art. 146 - Não é permitido o velório em edifícios de apartamentos, habitações coletivas, salvo
se nestes existirem capelas.

CAPÍTULO – XI
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS DE SANEAMENTO

Art. 147 - Nenhum prédio ou parte do prédio pode ser ocupado ou utilizado sem prévia
autorização da autoridade sanitária competente.

Parágrafo Único - Para o cumprimento do disposto neste artigo, fica o responsável pelo prédio
(proprietário, arrendatário, locatário ou seus procuradores) obrigados a comunicar por escrito a
vacância do mesmo.

Art. 148 - Uma vez ocupado o prédio, fica o locatário ou morador responsável por sua limpeza
e conservação.

ART. 149 - Quando um prédio ou parte do prédio, terreno ou logradouro não oferecer as
condições de higiene necessárias, a autoridade sanitária intimará o proprietário, locatário, responsável
ou seus procuradores, a executar obras ou melhoramentos, ou a desocupar, fechar, reconstruir,
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transformar ou demolir o dito prédio, de acordo com esta norma técnica.

§ 1º - Os prédios que, estando desabitados não puderem ser visitados por se desconhecer o
endereço do depositário das respectivas chaves, demora ou recusa do mesmo em cedê-las ou por
dificuldades por ele criadas, serão interditados até que seja facilitada a entrada ou, quando necessário,
visitados com a presença da autoridade policial, devendo, a seguir, o prédio ser novamente fechado e
interditado.

§ 2º - Quando algum prédio ou parte do prédio estiver sob a ação da autoridade judiciária ou
outra, e nele haja necessidade de efetuar qualquer operação sanitária, a autoridade sanitária requisitará à
autoridade competente a abertura do referido prédio ou parte do prédio.

§ 3º - Quando em um prédio interditado pela autoridade judiciária ou outra, houver alimentos


deteriorados ou quaisquer substâncias que possam prejudicar a saúde pública ou causar incômodos, a
autoridade sanitária comunicará o fato à autoridade competente pedindo autorização para realizar a
remoção ou destruição das substâncias julgadas nocivas ou incômodas, devendo, uma vez concedida a
autorização, serem arrolados os objetos apreendidos ou removidos, procedendo-se quanto aos
interditados de conformidade com o estabelecido no parágrafo anterior.

Art. 150 - Os estabelecimentos sujeitos à fiscalização dos órgãos jurisdicionados pela Secretaria
de Estado da Saúde e que foram instalados antes desta norma técnica, ficam obrigados a atender às
disposições que lhes são aplicáveis, em prazo a ser fixado pela autoridade sanitária competente.

Art. 151 - Os compartimentos das edificações não podem servir para fins diferentes daqueles
para os quais foram construídos, salvo quando satisfazerem a todos os requisitos impostos pela
autoridade sanitária para nova utilização.

Art. 152 - Qualquer prédio ou parte de prédio só poderá ser transformado em casa de cômodos
com assentimento da autoridade sanitária, a qual fará verificar previamente a adaptabilidade da
construção a esse fim.

Art. 153 - É obrigatório o mais rigoroso asseio nos domicílios particulares e suas dependências,
habitações coletivas, casas comerciais, armazéns, trapiches, estabelecimentos de qualquer natureza,
terrenos ou lugares, e logradouros.

§ 1º - Todas as instalações sanitárias, tanques, banheiros, mictórios, latrinas, seus aparelhos e


acessórios, serão mantidos não só no mais rigoroso asseio como em perfeito funcionamento.

§ 2º - É proibido o acúmulo, em locais impróprios, de estrume, lixo, detritos de cozinha ou de


material orgânico de qualquer natureza, que possam atrair ou facilitar a criação de moscas, alimentar
ratos, outros animais ou aves, ou ser causa de odores incômodos.

Art. 154 - É proibido criar ou conservar porcos ou quaisquer outros animais que, por sua
espécie ou quantidade, possam ser causa de insalubridade ou de incômodo nos núcleos de população e
habitações coletivas.

Parágrafo Único - É proibido utilizar quaisquer compartimentos de uma habitação, inclusive


porões ou sótãos, para depósito de animais.

Art. 155 - Os terrenos baldios em zonas urbanas devem ser convenientemente fechados,
drenados, periodicamente limpos, sendo obrigatória a remoção ou soterramento de latas, cacos,
resíduos putrescíveis, assim como quaisquer outros recipientes que contiverem água.

Parágrafo Único - Os terrenos pantanosos ou alagadiços em zonas urbanas devem ser


convenientemente drenados ou aterrados.

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CAPÍTULO – XII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 156 - Nos casos emergenciais não previstos na presente norma e que configurem iminente
risco à saúde pública, o Superintendente de Vigilância Sanitária poderá baixar portaria disciplinando a
melhor conduta pertinente, objetivando maior agilidade de ação fiscalizadora “AD REFERENDUM” do
titular da Secretaria de Estado da Saúde.

Art. 157 - A presente norma técnica entrará em vigor a partir da data de sua publicação.

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