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INTRODUÇÃO
I - FINALIDADE: A presente norma técnica tem por finalidade estabelecer os critérios a serem
observados quanto ao Saneamento e ao Meio Ambiente.
II - OBJETIVO: Garantir o saneamento básico da população e a preservação do meio ambiente.
III - REGULAMENTAÇÃO: Constituição Federal Art. 200, § 2º e Lei Estadual nº. 10156 de
16.01.87.
IV - DEFINIÇÕES: Para efeito desta norma técnica são adotadas as seguintes definições:
1 - ÁGUA POTÁVEL - é a água própria para o consumo, pelas suas qualidades, sem o perigo
para o homem, estando isenta de poluição e de contaminação.
2 - ÁGUA POLUÍDA - é a água que apresenta alterações das características físicas normais,
próprias da água de consumo, em conseqüência do aparecimento ou aumento de substâncias causadoras
de turvação, cor, gosto ou cheiro.
3 - ÁGUA CONTAMINADA - a que contém germes patogênicos, capazes de causar doenças
no homem, provenientes de dejetos humanos, esgotos, etc.
4 - AFLUENTE - curso de água que deságua noutro, ou em um lago.
5 - AUTORIDADE SANITÁRIA COMPETENTE - o funcionário legalmente autorizado da
Secretaria de Estado da Saúde ou demais órgãos competentes federais, estaduais e municipais.
6 - CAPELA DE VELÓRIO - local destinado à vigília de cadáver, com ou sem cerimônia
religiosa.
7 - CEMITÉRIO - local onde se guardam cadáveres, restos de corpos humanos e partes
amputadas cirurgicamente ou por acidente.
8 - CEMITÉRIO VERTICAL - aquele em que os cadáveres são depositados em nichos
sobrepostos, acima do nível do terreno.
9 - CONTRAVERTENTE - direção oposta à correnteza de um curso de água.
10 - EFLUENTE - curso de água que flui de outro; resíduos líquidos que emanam de um
sistema.
11 - JUSANTE - sentido em que fluem as águas de uma corrente pluvial.
12 - MONTANTE - direção de onde correm as águas de uma corrente pluvial.
13 - NECROTÉRIO - local onde se colocam os cadáveres ou restos de corpos humanos, para a
guarda temporária.
14 - OSSÁRIO COLETIVO - vala destinada à depósito comum de ossos retirados da sepultura
cuja concessão não foi renovada ou não seja perpétua.
15 - OSSÁRIO INDIVIDUAL - compartimento para depósito identificado de ossos retirados de
sepulturas, com autorização da pessoa habilitada para tal.
16 - SEPULTURA - local onde se enterram os cadáveres ou restos de corpos humanos (campo,
catacumba, sepulcro, tumba, túmulo).
CAPÍTULO – I
DAS ÁGUAS
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SEÇÃO – I
DAS CANALIZAÇÕES E DOS RESERVATÓRIOS DOMICILIARES
Art. 1º - As canalizações e reservatórios não devem ser instalados em locais onde possam ser
contaminados, devendo ser afastados, no mínimo 3 (três) metros das canalizações de esgotos.
§ 1º - Quando for necessária a instalação com afastamento menor do que o recomendado,
devem ser adotados meios de proteção contra rupturas, escapamentos e infiltração.
Art. 4º - Os edifícios destinados a hotel, escola, asilo, hospital ou similares, deverão ter
abastecimento direto ou indireto com recalque.
Art. 5º - Nas edificações com mais de 4 (quatro) pavimentos, destinados a qualquer atividade,
será obrigatório o abastecimento indireto com recalque.
Art. 6º - Nas edificações com abastecimento direto ou indireto com recalque, a capacidade dos
reservatórios deverá obedecer as seguintes condições:
I - capacidade mínima correspondente ao consumo de um dia;
II - estimativa de consumo obedecendo a norma NB-92 da ABNT;
III - nos edifícios residenciais e nos destinados a hotel, asilo,
escola com internato e similares, o consumo será estimado considerando-se uma pessoa para
cada 6m2 (seis metros quadrados) ou fração de área de dormitório ou alojamento;
IV - nos edifícios destinados a escritórios, consultórios e similares, o consumo será
estimado considerando-se 1 (uma) pessoa para cada 7m2 (sete metros quadrados) ou fração de
área de sala de trabalho;
V - o reservatório superior quando houver instalação de reservatório inferior a sistema
de recalque, não poderá ter capacidade menor do que 40% (quarenta por cento) da reserva total
calculada;
VI - o reservatório inferior terá capacidade dependente do regime de trabalho do sistema
de recalque e não poderá ter capacidade menor do que 60% (sessenta por cento) da reserva
total calculada.
Parágrafo Único - Quando houver abastecimento misto poderá se prescindir a inclusão
estimativa das áreas da edificação com abastecimento direto.
§ 1º - Os reservatórios inferiores não devem ser totalmente enterrados e sua tampa deve situar-
se no mínimo, a 20cm (vinte centímetros) do nível do piso ou terreno.
Art. 8º - Nas edificações com abastecimento indireto com recalque, as instalações de recalque de
água devem ser projetadas e instaladas obedecendo as seguintes condições:
I - terem capacidade adequada à demanda de consumo da instalação predial;
II - terem, no mínimo 2 (duas) bombas de recalque e cada uma com capacidade para
atender a demanda de consumo;
III - terem as bombas capacidade de vazão horária, no mínimo, igual a 15% (quinze por
cento) do consumo diário;
IV - não poderão as bombas proceder a sucção direta da rede pública de abastecimento
de água potável, nem do ramal de ligação da mesma;
V - terem as casas de bombas área necessária para instalação de no mínimo 2m2 (dois
metros quadrados), e serem dotadas de porta veneziana e ralo no piso.
SEÇÃO – II
DOS POÇOS E DAS FONTES
Art. 9º - Nas zonas servidas por rede de abastecimento de água potável, os poços serão
tolerados desde que não ofereçam riscos à saúde humana, exclusivamente para suprimento com fins
industriais ou para uso em floricultura ou agricultura, devendo satisfazer as seguintes condições:
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I - serem convenientemente fechados, com tampa no mínimo a 40cm (quarenta
centímetros) da superfície do solo;
II - serem dotados de bomba.
Parágrafo Único - Os poços não utilizados serão aterrados até o nível do terreno.
Art. 10 - Nas zonas não dotadas de rede de abastecimento de água potável será permitido o
suprimento por fontes e poços, devendo a água ser previamente examinada e considerada de boa
qualidade para fins potáveis.
§ 1º - As fontes, além da boa qualidade da água para fins potáveis, devem satisfazer as seguintes
condições:
I - serem dotadas de caixa de captação de concreto armado, alvenaria de tijolos ou
pedra, perfeitamente fechada e impermeável, e de acordo com as exigências sanitárias fixadas
para os reservatórios inferiores;
II - terem proteção sanitária adequada contra infiltração de poluentes.
§ 2º - Os poços, além da boa qualidade da água para fins potáveis, devem satisfazer as seguintes
condições:
I - estarem convenientemente distanciados de fossas, sumidouros de águas servidas ou
de qualquer fonte de contaminação; distância mínima de 12m (doze metros);
II - terem as paredes estanques no trecho em que possa haver infiltração de água de
superfície;
III - terem bordas superiores a no mínimo 40cm (quarenta centímetros) acima da
superfície do solo;
IV - terem tampa de laje de concreto armado com cimento para bordas, dotada de
abertura de visita com proteção contra entrada de águas pluviais.
Art. 11 - Nas zonas dotadas de serviço de abastecimento de água é proibido o seu acúmulo em
barris, tinas, latas e recipientes similares.
CAPÍTULO – II
DOS LOTEAMENTOS
Art. 12 - Além das disposições legais emanadas da Administração Pública Municipal, a expansão
urbana por loteamento deve atender as exigências sanitárias aqui contidas, mesmo quando se situarem
em zonas suburbanas.
Art. 13 - Em todos os municípios deverão ser determinados pelo Poder Público Municipal, nos
termos da Lei Orgânica dos Municípios, as zonas residenciais, comerciais e industriais de modo a
regulamentar o uso e a altura das construções.
Art. 14 - A zona industrial deverá ser localizada com orientação tal que os ventos dominantes
não levem fumaça ou detritos para as outras zonas, definidas no zoneamento dos municípios.
Art. 15 - Considera-se loteamento rural a subdivisão de gleba, em zonas rurais, chácaras, sítios,
colônias ou congêneres com área dos lotes não inferior a 5.000m2 (cinco mil metros quadrados) e cujas
características não permitam por simples subdivisão, transformarem-se em lotes urbanos.
Art. 16 - Não podem ser loteados os terrenos baixos alagadiços e sujeitos a inundações, antes de
tomada as providências para assegurar-lhes o escoamento das águas.
Art. 17 - Nenhum loteamento poderá ser iniciado sem a aprovação prévia da Superintendência
de Vigilância Sanitária e sem o atestado de salubridade, que será expedido mediante o recolhimento de
taxa, conforme determinação do superintendente, observando o disposto nos parágrafos seguintes.
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§ 1º - Ao requerimento do atestado de salubridade serão obrigatoriamente anexados:
a) - cópia dos projetos de loteamento e arruamento;
b) - comprovante de recolhimento da taxa respectiva;
c) - outros documentos determinados pelo setor específico pela inspeção e liberação do
loteamento.
Art. 19 - O traçado viário deve atender ao plano de arruamento estabelecido pela Administração
Pública Municipal e satisfazer as seguintes condições:
I - dar continuidade às ruas vizinhas existentes ou previstas no plano municipal de
arruamento, segundo orientação da municipalidade.
II - terem as ruas largura total não inferior a 15m (quinze metros), reservando-se no
mínimo 7m (sete metros) para a pista de rolamento e 3,50m (três metros e cinqüenta
centímetros) para o passeio em ambos os lados da via pública.
§ 1º - As ruas de tráfego local, que servem e que se situam no interior de núcleos ou conjuntos
de edificações, quando o comprimento não for superior a 220m (duzentos e vinte metros) deverão ter
3m (três metros) para a pista de rolamento e 2m (dois metros) para o passeio em ambos os lados da via.
Art. 20 - O comprimento dos quadros não pode ser superior a 450m (quatrocentos e cinqüenta
metros) e os quadros com mais de 220m (duzentos e vinte metros) devem dispor de passagem interna
para pedestre com 3m (três metros) de largura, no mínimo.
Art. 21 - A área mínima reservada a espaços abertos de uso público, compreendendo ruas e
sistema de recreio deverá ser de 30% (trinta por cento) da área total a ser arruada sendo 10% (dez por
cento) para sistemas de recreio e 20% (vinte por cento) para as vias públicas.
Art. 22 - Ao longo das águas correntes, intermitentes ou dormentes, será destinada área para rua
ou sistema de recreio com 9m (nove metros) de largura, no mínimo em cada margem, satisfeitas as
demais exigências técnicas.
Art. 23 - Ao longo dos coletores naturais de águas pluviais deve ser prevista faixa com 9m
(nove metros) de cada lado do eixo, podendo ser reduzida ao mínimo de 4,50m (quatro metros e
cinqüenta centímetros) em função da área da bacia tributária, sempre obedecendo as demais exigências.
Art. 24 - Os lotes destinados a receber edificações devem ter frente mínima de 12m (doze
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metros) e área mínima de 360m2 (trezentos e sessenta metros quadrados).
§ 2º - A critério da autoridade sanitária, os lotes que apresentam partes situadas em cota inferior
ao eixo da rua terão reserva obrigatória de faixa não edificável para construção de obras de
saneamento.
CAPÍTULO – III
DAS HABITAÇÕES E DOS EDIFÍCIOS COMERCIAIS
SEÇÃO – I
DAS HABITAÇÕES EM GERAL
Art. 27 - As habitações além de atenderem as demais disposições que lhe forem aplicáveis
devem observar o seguinte:
I - dispor pelo menos de um quarto, uma cozinha e um compartimento sanitário;
II - quando dispuserem de um só aposento e banheiro, será permitido um compartimento
de serviço com área mínima de 3m2 (três metros quadrados) podendo conter fogão e sem acesso
direto àquelas dependências;
III - as copas, quando houver, deverão ser passagem obrigatória entre a cozinha e os
demais cômodos da habitação;
IV - as despensas deverão ter área mínima de 6m2 (seis metros quadrados) e a menor
dimensão de 2m (dois metros);
V - as cozinhas, copas, despensas e banheiros terão o piso e as paredes até de 1,50m (um
metro e cinqüenta centímetros) de altura revestidos de material liso, impermeável, resistente e
que possa ser lavado.
Art. 28 - Nas residências deverá haver pelo menos uma instalação sanitária provida de vaso
sanitário, um lavatório e um dispositivo para banhos.
Parágrafo Único - Essa instalação sanitária pode ser fracionada em dois compartimentos, sendo
que o de banho deverá ter área mínima de 2m² (dois metros quadrados) e o do vaso sanitário 1,20m²
(um metro e vinte centímetros quadrados), com dimensão mínima de 1m (um metro).
Art. 29 - Os compartimentos sanitários providos de vaso sanitário ou mictórios não podem ter
comunicação direta com sala de refeição, cozinha ou despensa.
Art. 31 - Não serão permitidos caixas de madeiras, blocos de cimento ou outros materiais
envolvendo os vasos sanitários ou mictórios.
Art. 32 - As chaminés de tiragem terão altura suficiente de forma que a fumaça não ocasione
danos aos vizinhos, podendo a autoridade competente exigir modificações e corretivos que se tornem
necessários.
SEÇÃO – II
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DAS HABITAÇÕES COLETIVAS
Art. 35 - Nos prédios de apartamentos, não poderá existir tubos de queda livre para coleta do
lixo.
SEÇÃO – III
DOS EDIFÍCIOS COMERCIAIS
Parágrafo Único - No cálculo do número de aparelhos sanitários não serão computadas as áreas
das salas que disponham de sanitário privativo.
SEÇÃO – IV
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
CAPÍTULO – IV
DAS ESCOLAS
Art. 42 - Os estabelecimentos de ensino e congêneres, além das demais disposições que lhes
forem aplicáveis, devem dispor, no mínimo, das seguintes dependências:
I - salas de aula, com área mínima de 10m² (dez metros quadrados);
II - sala de administração com área mínima de 9m² (nove metros quadrados);
III - sanitários para professores e servidores, separados por sexo com acessos
independentes, na proporção de 01 (um) vaso sanitário e 01 (um) lavatório para cada grupo de
20 (vinte) usuários;
IV - em cada pavimento, haverá compartimentos sanitários para alunos, separados por
sexo, dotados de vasos sanitários e mictórios na seguinte proporção:
a) - 01(um) vaso sanitário para cada grupo de 25 (vinte e cinco) alunas,
b) - 01(um) vaso sanitário e 01 (um) mictório para cada grupo de 40 (quarenta)
alunos,
c) - 01(um) lavatório para cada grupo de 40 (quarenta) alunos.
Art. 43 - Nos compartimentos sanitários devem ser observados ainda:
I - a compatibilidade das dimensões dos vasos sanitários com a idade dos alunos;
II - as portas dos compartimentos deverão ser colocadas de forma a deixar um vão livre
de 15cm (quinze centímetros) de altura, na parte inferior, e de 30cm (trinta centímetros) no
mínimo, na parte superior, acima da altura mínima de 2m (dois metros).
Art. 45 - A área das salas de aula corresponderá, no mínimo, a 1m² (um metro quadrado) por
aluno lotado, quando em carteiras duplas e a 1,35m² (um metro e trinta e cinco centímetros quadrados)
quando em carteiras individuais, em formato retangular com comprimento igual e no máximo de 1,50
(uma e meio) vezes a largura.
Art. 46 - O pé-direito médio das salas de aula nunca será inferior a 3,20m (três metros e vinte
centímetros) com o mínimo, em qualquer ponto de 2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros).
Art. 47 - A área de ventilação das salas de aula deve ser, no mínimo, igual à metade da
superfície iluminante, que será igual ou superior a 1/5 (um quinto) da área do piso.
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Parágrafo Único - Só será permitido iluminação unilateral esquerda.
Art. 48 - Os auditórios ou salas de grande capacidade das escolas, ficam sujeitos às seguintes
exigências:
I - ter área útil nunca inferior a 80cm2 (oitenta centímetros quadrados) por pessoa;
II - ter visibilidade perfeita comprovada para qualquer espectador, da superfície da mesa
do orador, bem como dos quadros ou telas de projeção;
III - ter ventilação natural ou renovação mecânica de 20m² (vinte metros cúbicos) de ar
por pessoa, no mínimo, no período de 1 (uma) hora.
Art. 49 - Os corredores terão largura correspondente entre a 1cm (um centímetro) por aluno,
que deles se utilize, respeitando o mínimo de 1,80m (um metro e oitenta centímetros).
Parágrafo Único - No caso de ser prevista a localização de armários ou vestiários, ao longo dos
corredores, será exigido o acréscimo de 50cm (cinqüenta centímetros) por lado utilizado.
Art. 50 - As escadas e rampas internas devem ter, em sua totalidade, largura correspondente no
mínimo a 1cm (um centímetro) por aluno, previsto na lotação do pavimento superior, acrescido de 5cm
(cinco centímetros) por aluno de outro pavimento que delas depende, respeitando o mínimo de 1,50m
(um metro e cinqüenta centímetros).
§ 1º - As escadas não poderão apresentar trechos em leques, os lances serão retos e os degraus
não terão mais de 16cm (dezesseis centímetros) de altura e nem menos de 25cm (vinte cinco
centímetros) de profundidade.
§ 2º - As rampas não poderão apresentar declividade superior a 15% (quinze por cento).
Art. 51 - É obrigatória a existência de local coberto para recreio nas escolas de Primeiro grau.
Parágrafo Único - As escolas, cujos cursos não ultrapassarem o período de uma hora, ficam
dispensadas das exigências deste artigo.
Art. 53 - As escolas devem ser dotadas de reservatórios de água potável, com capacidade
mínima correspondente a 40 l (quarenta litros) por aluno.
Parágrafo Único - É obrigatória a instalação de bebedouro, na proporção de 01 (um) para cada
sala de aula de 40 (quarenta) alunos; é vedado sua localização em instalações sanitárias; nas áreas de
recreio, a proporção será de 01 (um) para cada 100 (cem) alunos.
Art. 54 - Nas escolas, as cozinhas, copas, cantinas quando houver, devem satisfazer as
exigências mínimas estabelecidas para tais compartimentos, concernentes a bares e restaurantes,
observados, porém, as peculiaridades escolares.
CAPÍTULO – V
DOS ESTABELECIMENTOS DE DIVERSÕES, REUNIÕES E RECREAÇÕES
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SEÇÃO – I
DOS CINEMAS, TEATROS, LOCAIS DE REUNIÕES, CIRCOS E PARQUES DE
DIVERSÕES DE USO PÚBLICO
Art. 58 - Os camarins devem ter área mínima de 4m² (quatro metros quadrados) e serem
dotados de abertura para o exterior ou ventilação mecânica.
Parágrafo Único - Os camarins individuais ou coletivos serão separados para cada sexo e
dotados de vasos sanitários, chuveiros e lavatórios.
Art. 59 - O pé direito mínimo das salas de espetáculo será de 6m (seis metros) e o das frisas,
camarotes e galerias não poderá ser inferior a 2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros).
Art. 60 - Nos cinemas e teatros a disposição das poltronas será feita em setores separados por
passagem longitudinais e transversais. A lotação de cada um desses não poderá ultrapassar a 250
(duzentos e cinqüenta) poltronas, as quais serão dispostas em filas preferivelmente, formando arcos de
círculos e observando o seguinte:
I - cada fila não poderá conter mais de 15 (quinze) poltronas;
II- o espaçamento mínimo entre filas, medido de encosto a encosto, será no mínimo, de
90 cm (noventa centímetros).
III - será de 5 (cinco) o número máximo de poltronas nas séries que terminarem junto às
paredes;
IV- as poltronas de sala de espetáculo deverão ser providas de braço.
Art. 61 - A declividade do piso nos cinemas e teatros deve ser de tal forma que assegure ampla
visibilidade ao espectador sentado em qualquer ponto ou ângulo do salão.
Art. 62 - Será obrigatória a instalação de bebedouro automático para uso dos espectadores.
Art. 66 - Os cinemas, teatros, locais de reuniões, circos e parques de diversões de uso público só
poderão ser instalados mediante a aprovação por autoridade competente, com a concessão do Alvará
Sanitário.
SEÇÃO – II
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DAS PISCINAS, LOCAIS DE BANHO E NATAÇÃO
Art. 67 - Para efeito da aplicação da presente norma as piscinas são classificadas nas duas
categorias seguintes:
I - piscinas de uso coletivo: quando destinados ao uso do público em geral, a membros
de instituições públicas ou privadas ou moradores de habitação coletiva;
II - piscinas particulares: quando em residências unifamiliares, utilizadas por seus
moradores.
Art. 68 - Nenhuma piscina pode ser construída ou funcionar sem a aprovação da Vigilância
Sanitária.
Parágrafo Único - Os trampolins e plataformas de saltos, quando houver, deverão ser revestidos
com material anti-derrapante.
§ 1º - Os exames médicos deverão ser atualizados pelo menos a cada 6 (seis) meses, com
exceção do exame de que trata a alínea “b” deste artigo, que deverá ser realizado mensalmente,
ressalvados os casos especiais que o exijam em menos espaço de tempo.
§ 3º - A área destinada aos usuários da piscina deve ser separada por cerca ou dispositivo de
vedação que impeça o uso da mesma por pessoas que não se submeteram a exame médico específico e
a banho prévio de chuveiro.
Art. 72 - A água das piscinas deve obedecer padrões de qualidade e controle químico e
bacteriológico, na forma estabelecida nesta norma técnica, verificando-se que:
I - o suprimento de água para alimentação periódica, quer seja para a alimentação
contínua, quer para a reposição na circulação, deve inicialmente provir de um manancial (poços,
fontes, rede pública) aceitável sob o ponto de vista químico, físico e bacteriológico.
II - A limpeza da água deve ser tal que a uma profundidade de 3m (três metros) possa
ser visto, com nitidez, o fundo das piscinas.
III - Deverá haver um adequado controle do equilíbrio acidez alcalinidade da água,
devendo-se manter o pH entre 7,2 e 7,6, que é a faixa onde se situa o pH ideal para água de
piscina.
IV - A água das piscinas deverá ser tratada com cloro ou seus compostos, os quais
deverão manter na água sempre que a piscina estiver em uso, um excesso de cloro livre (cloro
residual) não inferior a 0,6ppm nem superior a 2,0ppm (partes por milhão), observando-se ainda
o seguinte:
a) - quando o cloro ou seus compostos forem usados com amônia, o teor de
cloro residual na água, quando a piscina estiver em uso, não deve ser inferior a 0,6ppm
(partes por milhão);
b) - as piscinas que recebem continuamente água considerada de boa qualidade e
cuja renovação total se realiza em tempo inferior a doze horas, poderão ser dispensadas
das exigências deste inciso (IV).
V - Como padrão bacteriológico, a água de piscina deverá apresentar uma contagem
geral de bactérias inferior a 200 bactérias por 100ml em 85% de no mínimo 5 (cinco) amostras,
coletadas no decorrer do tempo; e resultados negativos na pesquisa de coliformes, em porções
de 10ml de amostras na mesma proporção acima. Deverá ser observado que:
a) - todas as amostras de água de piscina contendo cloro devem ser coletadas em
frascos, contendo tiosulfato de sódio (2 gotas de solução a 10%), adicionado antes da
esterilização;
b) - as coletas deverão ser efetuadas com a piscina em uso, e de preferência na
hora de maior freqüência.
Art. 73 - Nenhuma piscina de uso coletivo pode funcionar sem a responsabilidade técnica de
profissional legalmente capacitado, bem como sem a assistência permanente de um salva-vidas nos
horários de banhos, obedecendo-se ainda o seguinte:
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I - as piscinas só poderão ser operadas por pessoas habilitadas que possuam Certificado
de Aprovação em Cursos de Operadores de piscinas;
II - para prevenção de acidentes ou para socorros e atendimentos de acidentados, as
piscinas possuirão, no mínimo, o seguinte material: ganchos, cordas, bóias e caixas de primeiros
socorros.
III - a critério da autoridade sanitária e de acordo com as características da piscina,
poderá ainda ser exigida a existência de padiola, cobertores, ressuscitador, posto de salvamento
e sala de primeiros socorros, com telefone próximo.
SEÇÃO – III
DAS COLÔNIAS DE FÉRIAS E DOS ACAMPAMENTOS EM GERAL
Art. 74 - Nenhuma colônia de férias ou acampamento será instalado sem autorização prévia da
autoridade sanitária competente.
Art. 77 - Quando as águas de abastecimento provierem de fontes naturais, estas deverão ser
devidamente protegidas contra poluição; se provierem de poços perfurados, estes deverão preencher as
exigências previstas na legislação.
Art. 78 - Nenhuma latrina (privada) poderá ser instalada a montante e a menos de 30m (trinta
metros) das nascentes de água ou poços destinados a abastecimento.
Art. 79 - O lixo será coletado em recipientes fechados e deverá ter destino final adequado,
respeitando-se a legislação ambiental.
CAPÍTULO – VI
DOS ESTABELECIMENTOS DE TRABALHO EM GERAL
SEÇÃO – I
DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS
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Parágrafo Único - Na hipótese de remoção ou fechamento, será concedido o prazo máximo de 6
(seis) meses.
Parágrafo Único - Serão admitidas reduções desde que atendidas as condições de iluminação e
ventilação, condizentes com a natureza do trabalho e a ausência de fontes de calor obedecendo o
mínimo de 3m (três metros) em pavimentos superiores ao térreo.
Art. 84 - Os pisos e as paredes até 2m (dois metros) de altura, no mínimo, deverão ser
revestidos de material resistente, liso e impermeável.
Parágrafo Único - A natureza e as condições dos pisos, paredes e forros serão determinados
tendo em vista o processo e condições do trabalho, a juízo da autoridade sanitária.
Art. 85 - A superfície iluminante natural dos locais de trabalho será, no mínimo, de 1/5 (um
quinto) da área total do piso.
Art. 86 - A área de ventilação natural dos locais de trabalho deverá corresponder, no mínimo, a
2/3 (dois terço) da superfície iluminante natural.
Art. 88 - Tendo a construção mais de dois pavimentos deverá ser dotada, no mínimo, de 2
(duas) escadas e um número de elevadores proporcional ao número de empregados, a juízo da
autoridade sanitária.
Art. 89 - As escadas deverão ser de lances retos, com largura mínima de 1,20m (um metro e
vinte centímetros), devendo ser de 19 (dezenove) o número máximo de degraus entre patamares.
§ 1º - A altura máxima dos degraus deverá ser de 17cm (dezessete centímetros) e a largura
proporcional à altura, de forma a permitir cômodo acesso.
§ 2º - São permitidas rampas com 1,20m (um metro e vinte centímetros) de largura e
declividade máxima de 15% (quinze por cento).
Art. 90 - As galerias, jiraus e demais disposições congêneres no interior dos locais de trabalho,
serão permitidos em casos especiais a critério da autoridade sanitária, e terão pé-direito mínimo de
2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros) e não ocuparão área superior a 30% (trinta por cento) da
área do compartimento.
§ 2º - As instalações sanitárias deverão ter o piso ladrilhado e paredes até a altura mínima de
1,50m (um metro e cinqüenta centímetros) revestidos de material cerâmico vidrado ou material
equivalente, a juízo da autoridade sanitária.
Art. 93 - Nos estabelecimentos em que trabalhem mais de 100 (cem) operários será obrigatória a
existência de refeitório.
Art. 94 - Os dormitórios ou residências não poderão ter comunicação direta com os locais de
trabalho, a não ser através de antecâmara com abertura para o exterior.
Art. 95 - Os gases, vapores, fumaças e poeiras resultantes dos processos industriais, serão
removidos dos locais de trabalho por meios adequados, não sendo permitido o seu lançamento na
atmosfera, sem tratamento adequado, quando nocivos ou incômodos à vizinhança.
Art. 96 - As instalações geradoras de calor serão localizadas em compartimentos especiais, ficando
isolados a 1m (um metro) pelo menos, das paredes dos vizinhos e isolados termicamente com material
isotérmico.
SEÇÃO – II
DOS ESCRITÓRIOS E CONGÊNERES
Art. 98 - As salas de trabalho destinadas a escritórios e congêneres, além das demais disposições
que lhes são aplicáveis, devem atender, no mínimo, às seguintes condições:
I - terem 01(uma) sala com área de 12m2 (doze metros quadrados);
II - terem 01 (um) compartimento sanitário com lavatório.
Parágrafo Único - No cálculo do número de aparelhos sanitários não serão computadas as áreas
das salas que disponham de sanitário privativo.
SEÇÃO – III
DAS LOJAS, DEPÓSITOS E CONGÊNERES
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Art. 100 - As lojas, depósitos e estabelecimentos congêneres, além das demais disposições que
lhes forem aplicáveis, devem atender as seguintes condições:
I - terem a dependência destinada a atividade comercial área mínima de 14m2 (quatorze
metros quadrados) e dimensão mínima de 3m (três metros);
II - terem dependência sanitária com 01 (um) vaso sanitário e 01 (um) lavatório.
Parágrafo Único - As lojas, depósitos e estabelecimentos congêneres com área superior a 80m2
(oitenta metros quadrados) devem:
I - ter sanitário para empregados, separados para cada sexo com 01 (um) vaso sanitário e
01 (um) lavatório para cada 20 (vinte) empregados;
II - ter vestiário anexo ao sanitário com armários individuais, para cada sexo.
Art. 102 - As galerias devem dispor em cada pavimento de sanitários separados para cada sexo,
na proporção de 01 (um) vaso sanitário, 01 (um) lavatório e 01 (um) mictório, este no sanitário para
homens, para cada 100m² (cem metros quadrados) de área comercial, não se computando para o
cálculo do número de aparelhos a área de lojas já dotadas de sanitário privativo.
SEÇÃO – IV
DAS GARAGENS, OFICINAS, POSTOS DE ABASTECIMENTOS DE
VEÍCULOS E LAVAJATOS
Art. 104 - Os serviços de pintura nas oficinas de veículos deverão ser feitos em compartimentos
próprios, estufas, de modo a evitar a dispersão de tinta e derivados nas demais seções de trabalho e
terão aparelhamento para evitar a poluição do ar.
Art. 105 - Os despejos das garagens comerciais, postos de serviços e lavajatos passarão
obrigatoriamente por uma caixa de areia detentora de óleos e graxas e serão lançados sempre em
destino adequado, vedado seu lançamento em via pública a céu aberto.
Art. 106 - Os lavajatos deverão ter boxe próprio, com abertura apenas para entrada do veículo,
de modo a evitar a dispersão de produtos químicos, a poluição do ar e incômodos à vizinhança;
Parágrafo Único - Quando existirem rampas, estas serão sempre afastadas pelo menos 2m (dois
metros) dos muros vizinhos.
SEÇÃO – V
DAS LAVANDERIAS PÚBLICAS
Art. 107 - As lavanderias públicas deverão atender, no que lhes forem aplicáveis, todas as
exigências da Vigilância Sanitária e de suas normas técnicas especiais.
Art. 108 - Nas localidades em que não houver rede coletora de esgotos, as águas residuais terão
destino e tratamento de acordo com as exigências da autoridade sanitária.
Art. 109 - As lavanderias serão dotadas de reservatório de água com capacidade correspondente
ao volume de serviço, sendo permitido o uso de água de poço ou de outras procedências, desde que
não seja poluída e que o abastecimento público seja insuficiente.
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Art. 110 - As lavanderias deverão possuir locais destinados a secagem das roupas lavadas, desde
que não disponham de dispositivos apropriados para esse fim.
SEÇÃO – VI
DAS BARBEARIAS, SALÕES DE BELEZA E CONGÊNERES
Art. 112 - Todos os estabelecimentos destinados à instituto ou salão de beleza sem assistência
médica, cabeleireiro, barbearia e congêneres, deverão ser abastecidos com água potável canalizada e
possuir, no mínimo, 01 (um) vaso sanitário e 01 (um) lavatório.
Art. 113 - Nos recintos destinados aos estabelecimentos referidos no artigo anterior serão
permitidos outros ramos de atividade comercial afins, a critério da autoridade sanitária.
Art. 114 - As barbearias, salões de beleza sem assistência médica e cabeleireiros deverão ser
providos de:
I - dispositivos destinados à esterilização e/ou desinfecção das navalhas, tesouras,
pentes, e outros utensílios da profissão, obedecendo as orientações e normas específicas do
setor competente;
II - recipientes para o lixo, impermeáveis, com tampa e com capacidade para conter todo
o lixo produzido num dia.
CAPÍTULO – VII
DAS CASAS E DEPÓSITOS DE AVES E OUTROS
PEQUENOS ANIMAIS VIVOS
Art. 115 - As casas de venda de aves e de outros pequenos animais vivos, além das demais
disposições desta norma que forem aplicáveis, devem observar o seguinte:
I - terem o piso revestido de material resistente, liso impermeável e não absorvente;
II - terem as paredes a altura mínima de 2m (dois metros), revestidas de material
cerâmico vidrado ou equivalente, a juízo da autoridade sanitária.
Art. 116 - As casas de vendas e depósitos de aves e outros pequenos animais vivos devem ter
suas instalações ou lojas destinadas exclusivamente a esse ramo de comércio, aplicando-se ainda as
seguintes exigências:
I - as gaiolas e gaiolões devem ser metálicos, de fundo duplo móvel, de modo a permitir
a sua limpeza e lavagem freqüentes, e serem providos de bebedouros e comedouros de tipo e
material aprovados;
II - o número de animais de cada gaiola ou gaiolão não deve ultrapassar ao que foi
fixado pela autoridade competente;
III - é expressamente proibido expor à venda ou manter no estabelecimento, animais
doentes, em más condições de nutrição, ou confinados em estado de super povoamento.
CAPÍTULO – VIII
DAS ÁGUAS DE MESA E MINERAIS
CAPÍTULO – IX
DO SANEAMENTO RURAL
Art. 121 - Nenhuma latrina poderá ser instalada a montante e a menos de 30m (trinta metros)
das nascentes de água ou poços destinados ao abastecimento.
Art. 122 - Os paióis, tulhas e outros depósitos de cereais ou forragens devem ser bem arejados e
ter pisos impermeabilizados ou isolados do solo.
Art. 124 - As indústrias que se instalarem em zonas rurais ficam subordinadas às exigências
desta norma técnica e as demais que lhes forem aplicáveis.
SEÇÃO – I
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DAS POCILGAS, ESTÁBULOS, COCHEIRAS,
AVIÁRIOS E CONGÊNERES
Art. 125 - A existência de pocilgas, estábulos, cocheiras, aviários e congêneres, bem como a
criação e/ou engorda de suínos, será permitida nas zonas rural e suburbana, de acordo com as
disposições desta norma técnica.
Art. 126 - As pocilgas da zona rural devem situar-se à distância mínima de 50m (cinqüenta
metros) das habitações, dos terrenos vizinhos e das frentes das estradas.
Art. 127 - Os estábulos, cocheiras, aviários e congêneres situados na zona rural, devem ficar à
distância mínima de 50m (cinqüenta metros) das habitações, dos terrenos vizinhos e das frentes das
estradas.
Art. 128 - Somente serão toleradas na zonas rural e suburbana, pocilgas, estábulos, cocheiras,
aviários e congêneres, em terrenos (chácaras) situados nas áreas verdes, com área mínima de 20.000m2
(vinte mil metros quadrados), desde que liberado pela autoridade competente.
Parágrafo Único - O número de animais será controlado pela autoridade sanitária.
Art. 129 - Na zona suburbana, as pocilgas, estábulos, cocheiras, aviários e congêneres, devem
situar-se a uma distância mínima de 200m (duzentos metros) das habitações, dos terrenos vizinhos e das
frentes das ruas.
Art. 130 - Os abrigos das pocilgas devem ter provisão de água corrente e as suas paredes
impermeabilizadas até a altura mínima de 1m (um metro).
Art. 131 - Para as pocilgas, estábulos, cocheiras, aviários e congêneres, além das demais
disposições desta norma técnica que lhes forem aplicáveis, devem ser observadas as seguintes
exigências:
I - terem o piso revestido de camada impermeável e resistente, mais elevado que o solo,
com declividade mínima de 2% (dois por cento) e com canalizações que conduzam os resíduos
líquidos ao esgoto (fossas, sumidouros, ou outro sistema final);
II - terem provisão suficiente de água;
III - terem os resíduos líquidos ligados diretamente às caixas de retenção de materiais
graúdos em suspensão e os efluentes destas ligados às fossas absorventes, campos de absorção
ou outros destinos adequados, a critério da autoridade sanitária;
IV - adotarem quaisquer outras medidas indicadas pela autoridade sanitária.
Art. 132 - Nos estábulos, cocheiras, aviários e congêneres serão permitidos compartimentos
habitáveis destinados aos tratadores de animais, desde que fiquem completamente isolados.
CAPÍTULO – X
DOS CEMITÉRIOS, NECROTÉRIOS E VELÓRIOS
SEÇÃO – I
DOS CEMITÉRIOS
Art. 133 - Os cemitérios devem ser construídos em áreas elevadas, secas, ventiladas e na
contravertente de águas que tenham que alimentar cisternas ou outros reservatórios hídricos, devendo
os terrenos possuírem o competente atestado de salubridade.
Art. 134 - Deverão ficar isolados dos logradouros públicos ou particulares no afastamento
mínimo de 15m (quinze metros) em zonas abastecidas pela rede de água ou 30m (trinta metros) em
zonas não providas das mesmas.
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Parágrafo Único - O nível dos cemitérios em relação aos cursos de água deverá ser
suficientemente elevado de modo que as águas das enchentes não atinjam as sepulturas.
Art. 135 - O nível do lençol freático deverá ficar, no mínimo, a 3m (três metros) de
profundidade, sendo que na dependência das condições das sepulturas será feito o rebaixamento deste
nível.
Art. 136 - Em caráter excepcional, a juízo da autoridade sanitária competente, será permitida a
construção de cemitério em regiões planas.
§ 1º - Nos projetos de que trata este artigo, deverão ser reservados de sua área total, no
mínimo:
I - 20% (vinte por cento) para casos de epidemia ou grandes catástrofes;
II - 10% (dez por cento) para sepultamentos gratuitos de indigentes;
III - 20% (vinte por cento) para arborização ou ajardinamento.
§ 2º - os jardins sobre jazigos não serão computados para o percentual referido no inciso II do
parágrafo anterior. No caso de cemitério parque, a exigência deste percentual poderá ser dispensada.
Art. 138 - Os vasos ornamentais serão preparados de modo a não conservarem líquidos que
favoreçam a proliferação de larvas ou moscas.
Parágrafo Único - A autoridade de saúde poderá reduzir as exigências deste artigo em função
das limitações sócio econômicas do município de localização do cemitério.
Art. 140 - As sepulturas deverão possuir 1,70m (um metro e setenta centímetros) de
profundidade, 80cm (oitenta centímetros) de largura e 2m (dois metros) de comprimento, quando para
adultos, e 1,30m (um metro e trinta centímetros) quando para crianças, distando 70cm (setenta
centímetros) uma das outras, no mínimo, em todas as direções.
Parágrafo Único - As sepulturas e/ou jazigos devem ser bem vedados, sem falhas de alvenaria,
para impedir a entrada de roedores, insetos e outros vetores de doenças.
Art. 141 - Os vãos do nicho nos cemitérios verticais devem ter 2,10m (dois metros e dez
centímetros) de comprimento, 1m (um metro) de largura e 60cm (sessenta centímetros) de altura, no
mínimo;
Art. 143 - A proibição de sepultamentos nos cemitérios será feita pela autoridade sanitária
competente quando:
I - as condições higiênicas forem inadequadas;
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II - tenha chegado a um ponto de saturação tal que torne difícil a reutilização dos
terrenos e deposição dos cadáveres;
III - por qualquer outra circunstância que ofereça risco iminente à saúde pública ou
perturbe o serviço de verificação de registro de óbito.
SEÇÃO – II
DOS NECROTÉRIOS E VELÓRIOS
Art. 144 - Os necrotérios e velórios devem ficar afastados, no mínimo, 5m (cinco metros) de áreas
vizinhas, em local ventilado, seco e com boa iluminação.
§ 4º - O piso dos necrotérios será revestido de material resistente, liso e impermeável e deve ter
declividade suficiente para escoamento das águas de lavagem ou preparo do cadáver.
Art. 146 - Não é permitido o velório em edifícios de apartamentos, habitações coletivas, salvo
se nestes existirem capelas.
CAPÍTULO – XI
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS DE SANEAMENTO
Art. 147 - Nenhum prédio ou parte do prédio pode ser ocupado ou utilizado sem prévia
autorização da autoridade sanitária competente.
Parágrafo Único - Para o cumprimento do disposto neste artigo, fica o responsável pelo prédio
(proprietário, arrendatário, locatário ou seus procuradores) obrigados a comunicar por escrito a
vacância do mesmo.
Art. 148 - Uma vez ocupado o prédio, fica o locatário ou morador responsável por sua limpeza
e conservação.
ART. 149 - Quando um prédio ou parte do prédio, terreno ou logradouro não oferecer as
condições de higiene necessárias, a autoridade sanitária intimará o proprietário, locatário, responsável
ou seus procuradores, a executar obras ou melhoramentos, ou a desocupar, fechar, reconstruir,
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transformar ou demolir o dito prédio, de acordo com esta norma técnica.
§ 1º - Os prédios que, estando desabitados não puderem ser visitados por se desconhecer o
endereço do depositário das respectivas chaves, demora ou recusa do mesmo em cedê-las ou por
dificuldades por ele criadas, serão interditados até que seja facilitada a entrada ou, quando necessário,
visitados com a presença da autoridade policial, devendo, a seguir, o prédio ser novamente fechado e
interditado.
§ 2º - Quando algum prédio ou parte do prédio estiver sob a ação da autoridade judiciária ou
outra, e nele haja necessidade de efetuar qualquer operação sanitária, a autoridade sanitária requisitará à
autoridade competente a abertura do referido prédio ou parte do prédio.
Art. 150 - Os estabelecimentos sujeitos à fiscalização dos órgãos jurisdicionados pela Secretaria
de Estado da Saúde e que foram instalados antes desta norma técnica, ficam obrigados a atender às
disposições que lhes são aplicáveis, em prazo a ser fixado pela autoridade sanitária competente.
Art. 151 - Os compartimentos das edificações não podem servir para fins diferentes daqueles
para os quais foram construídos, salvo quando satisfazerem a todos os requisitos impostos pela
autoridade sanitária para nova utilização.
Art. 152 - Qualquer prédio ou parte de prédio só poderá ser transformado em casa de cômodos
com assentimento da autoridade sanitária, a qual fará verificar previamente a adaptabilidade da
construção a esse fim.
Art. 153 - É obrigatório o mais rigoroso asseio nos domicílios particulares e suas dependências,
habitações coletivas, casas comerciais, armazéns, trapiches, estabelecimentos de qualquer natureza,
terrenos ou lugares, e logradouros.
Art. 154 - É proibido criar ou conservar porcos ou quaisquer outros animais que, por sua
espécie ou quantidade, possam ser causa de insalubridade ou de incômodo nos núcleos de população e
habitações coletivas.
Art. 155 - Os terrenos baldios em zonas urbanas devem ser convenientemente fechados,
drenados, periodicamente limpos, sendo obrigatória a remoção ou soterramento de latas, cacos,
resíduos putrescíveis, assim como quaisquer outros recipientes que contiverem água.
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CAPÍTULO – XII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 156 - Nos casos emergenciais não previstos na presente norma e que configurem iminente
risco à saúde pública, o Superintendente de Vigilância Sanitária poderá baixar portaria disciplinando a
melhor conduta pertinente, objetivando maior agilidade de ação fiscalizadora “AD REFERENDUM” do
titular da Secretaria de Estado da Saúde.
Art. 157 - A presente norma técnica entrará em vigor a partir da data de sua publicação.
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