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A Síndrome do
Amor Negativo
por Bob Hoffman
PROCESSO HOFFMAN DA QUADRINIDADE SÍNDROME DO AMOR NEGATIVO
O Problema: Amor Negativo

Um Estado de Se Sentir Indigno de Ser Amado
A
causa da desumanidade da humanidade com ela mesmo é a Sín-
drome do Amor Negativo. Essencialmente, no sentido mais am-
plo, o Amor Negativo é nada mais do que o estado de se sentir
indigno de ser amado. Historicamente, a dor e o conflito causados
pelas atitudes, sentimentos e comportamentos negativos provocaram
incontáveis infelicidades pessoais bem como erros sociais. Estas negati-
vidades são as barreiras reais à realização e à paz pessoal. Todos nós
somos afetados por elas todos os dias em um nível pessoal e coletivo.
Infelizmente, em todos prendemos comportamentos

positivos e negativos através
guiar, ajudar e amar. Eles e-
ram nossos modelos. Infeliz-
os campos do esforço huma-
da programação dos pais. An- mente, a maioria teve pais
no, líderes (e tiranos), bem
tes de ir adiante, é importante que exprimiam padrões de
como cada um de nós, abri-
declarar, sem equívocos, que comportamento negativos.
gamos suas negatividades nas
nossos pais, que sem inten- Não sabendo nada melhor e
ações e reações de todos os
ção nos programaram, embo- freqüentemente de modo in-
dias. (O genocídio contra os
ra sendo a causa, não são consciente, aprendemos e a-
judeus praticado por Adolph
culpados. Antes, eles também dotamos estes padrões como
Hitler é um exemplo radical
foram programados por seus nossos para comprar o amor
levado a efeito em grande es-
pais que, antes, foram pro- deles. Já que esses padrões
cala. Em seu fascinante livro,
gramados pelos pais deles. são aprendidos, podem ser
For Your Own Good, a psica-
Todos somos culpados por desaprendidos! Ao abrigar
nalista suíça, Dra. Alice Miller,
nossos comportamentos essas mentiras adotadas, en-
investigou a negatividade de
negativos e ainda assim cobrimos e obscurecemos
Hitler até a infância dele e
nenhum de nós é culpado. nossa essência básica e ver-
mostrou como ele foi negati-
Isto é passado de geração em dadeira: o amor e a paz inte-
vamente programado para se
geração. rior. Obscurecimento não é
tornar capaz de cometer terrí-
Este texto não tem a in- esquecimento, podemos rei-
veis atrocidades contra a hu-
tenção de ser um libelo contra vindicar nosso inato e positivo
manidade). Assim sendo, é
seus pais ou contra você, se eu real e criar uma vida me-
claramente imperativo que
você tiver filhos. A despeito lhor. Há uma saída.
descubramos e desenraizemos
as fontes do Amor Negativo de sua idade, enquanto o lê, Toda a nossa progra-
que levam a comportamentos por favor, coloque-se na posi- mação negativa se realiza
dolorosos e destrutivos. Fa- ção de filho de seus próprios antes da puberdade (a i-
zendo assim, talvez possamos pais. dade da maturidade bioló
ajudar a motivar as crianças gica e do amadurecimento
Todos compartilhamos o
de hoje, que serão os líderes físico). O adulto em que nos
denominador comum de ter
de amanhã, a levar a humani- tornamos depois da puberda-
nascido de uma mulher e de
dade por um curso sempre um homem, uma mãe e um de, inconsciente e automati-
mais positivo e construtivo. pai. Quando criança éramos camente age com as atitudes
inteiramente dependentes de da infância.
É um conceito bem acei-
to que quando crianças a- nossos pais para nos nutrir,
INSTITUTO HOFFMAN DE PORTO ALEGRE PÁGINA 1

Alguns perderam o pai velmente os problemas vol- um profundo senso de

ou a mãe na infância por se- tam à superfície com um res- compreensão sem conde-
paração ou morte. Outros fo- sonante “bang”! Eu me refiro nação e de aceitação pelas
ram abandonados por um ou a este bem intencionado fe- crianças que nossos pais
ambos os pais, viveram com nômeno de pseudopositivida- foram um dia. Então pode-
pais substitutos ou em institu- de como o “poder do fedor remos ser totalmente livres
ições. A ausência dos pais bio- positivo”. Positividade real e para aceitar, perdoar e amar
lógicos e a falta do sustento e pensamento positivo são não os adultos em que eles se
do amor deles, a despeito de somente possíveis, mas sua tornaram. Honestamente,
quanto amor vocês possam verdade e direito inalienáveis. quando alcançarmos isto, li-
ter recebido dos substitutos, é Para que uma transição genu- bertar-nos-emos do compor-
a causa básica de sua inabili- ína ocorra, primeiro deve-se tamento negativo compulsivo
dade de se relacionar amoro- expor as negatividades da vi- e encontraremos aceitação,
samente com vocês mesmos da. Somente então as negati- perdão e amor por nós mes-
e com os outros. Muitos tive- vidades poderão ser recicla- mo.
ram pais que estavam fisica- das em comportamento posi- Antes de poder começar
mente presentes, mas emo- tivo e a vida vivida e experi- a apagar nossos comporta-
cionalmente ausentes. O re- mentada em sua plenitude. mentos, sentimentos e atitu-
sultado é o mesmo. Abando- Nossos problemas co- des negativos programados e
nados fisicamente ou não, vo- meçaram a partir do momento chegar a um estado de nos
cês não sentiram ou recebe- em que fomos concebidos. Se sentir capazes de amar, tere-
ram um consistente fluxo de nossos pais realmente se a- mos de quebrar nossa neces-
amor e de aceitação incondi- massem, nos quisessem, nos sidade e dependência internas
cionais de seus pais e por isso criassem até a puberdade sob aos pais de nossa infância.
sentem que não merecem um consistente fluxo de amor
amor. Desta forma nasce a O Processo é único por-
não possessivo e não sufo- que é um programa de curta
falta de auto-estima, acompa- cante e com aprovação incon-
nhada de sentimentos de duração, de tempo limitado,
dicional, teríamos evitado o poderoso, intensivo, experi-
desmerecimento e incapaci- devastador sentimento de nos
dade de amar. mental, altamente estruturado
sentir indignos de ser amados que envolve todos os quatro
Vários programas de e suas conseqüências. Rara- aspectos do eu: Físico, Inte-
crescimento pessoal e de po- mente este é o caso. Se nos lectual, Emocional e Espiritual.
tencial humano instruem-nos encontramos sobrecarregados Ele começa isolando, atacan-
a assumir a responsabilidade pela programação negativa, do e destruindo a “Síndrome
por nosso comportamento, a então foram nossos pais que, do Amor Negativo”, a causa
soltar as negatividades de inadvertidamente ou não, da negatividade e dos senti-
nossas vidas e a acentuar o causaram nossos sentimentos mentos de incapacidade de
positivo. (Como se isso fosse de incapacidade de amar, a- amar. Pela compreensão da
muito fácil!) Enquanto algu- través da própria programa- dinâmica do porque fazemos
mas destas técnicas e méto- ção infantil deles. isto conosco, podemos avan-
dos provocam mudanças, com Somente quando formos çar para o como parar isto.
muita freqüência a básica capazes de perdoar nossos Para erradicar um problema é
causa raiz mantém-se intacta. pais, experimental, emocional necessário isolar a causa, de-
Tal mudança superficial pode e intelectualmente, no mais pois encontrar a solução.
ser comparada a camadas de profundo nível de nosso ser,
creme de Chantilly colocadas poderemos então nos perdoar
sobre o lixo da programação e encontrar a paz interna. Pa-
negativa da infância. Quando ra alcançar esta tão almejada
o creme se dissipa, invaria- meta, teremos de chegar a

“Porque Fazemos Isto Conosco”

A Síndrome do Amor Negativo
É
fácil compreender porque, quando crianças, imitávamos os com-
portamentos e os traços positivos de nossos pais. O que é mais di-
fícil de compreender é porque imitávamos os comportamentos ne-
gativos deles. De um modo ou de outro, internalizamos nossos pais
quando éramos crianças. Quantas vezes dizemos: “Eu pareço muito
com meu pai”.“Meu Deus, sou igualzinho a minha mãe”.“Meu Deus,
porque estou fazendo isto? Minha mãe (e/ou meu pai) costumava fazer
isto”.“Eu detestava quando ela/ele fazia isto e agora aqui estou eu fa-
zendo a mesma coisa”.Se não somos em essência nossos pais ou os
padrões deles, porque então nos comportamos compulsivamente como
eles?
Surpreendentemente sência, quem somos de modo

inato, não é boa, não é digna
O Amor Negativo é lógi-
ca ilógica, senso sem sentido,
tem sido dada pouca ênfase de ser amada. Assim, consi- sanidade insana e sadomaso-
sobre a importância de se deramos nossos pais, de quisticamente verdadeiro.
compreender as motivações quem somos dependentes, Porque mais então alguém
que levam as crianças a imitar como modelos de como de- optaria por este comporta-
o comportamento negativo vemos agir e sentir para re- mento? O Amor Negativo é
dos pais. Quando crianças ceber o amor deles e o com- uma situação sem saída. Só
não gostávamos do compor-
tamento negativo de nossos pulsivo uso destes traços nos- podemos vencer se perder-
pais. Porque então sobrecar- sas vidas todas. mos. O que é pior, nossos
próprios filhos também so-
regar-nos-íamos dos mesmos (1) Imitamos e adotamos os frem, pois legamos o compor-
hábitos autodestrutivos? Por- comportamentos, humores e tamento para eles. Visto por
que faríamos isto conosco? A atitudes deles na esperança
resposta que postulei em de que eles nos amem se este ângulo, a injunção bíblica
de que os pecados dos pais
1967 foi um novo conceito formos iguais a eles. recairão sobre os filhos é
que rotulei de Síndrome do (2) Em algum nível sabemos compreensível.
Amor Negativo. que os traços negativos deles
não nos trazem felicidade e, Uma vez tendo desco-
A Síndrome do Amor contudo, sem consciência, os berto, explorado e pesquisado
Negativo é a adoção dos usamos vingativamente para a Síndrome do Amor Negativo
comportamentos, das ati- magoá-los e puni-los. Esta é como a causa da adoção dos
tudes e das admonições nossa revanche vingativa por traços negativos, uma saída
negativas (abertas ou en- não termos recebido o amor e passa, de possibilidade a rea-
cobertas) de nossos pais, aceitação consistentes de lidade. A chave é a palavra
para comprar o amor de- nossos pais, que era nosso di- adotado. Qualquer coisa a-
les e o compulsivo uso reito. dotada pode também ser “de-
destes traços do início ao (3) Então sentimos culpa pelo sadotada”. Não é inata. Como
fim de nossa vida. que fizemos para magoar conseguir isto com sucesso é
Quando bebês recém- nossos pais e vergonha por a questão a que o Processo
nascidos tínhamos o direito sermos essencialmente maus Hoffman da Quadrinidade se
de receber um fluxo contínuo e então nos punimos por propõe.
de amor incondicional de nos- compulsivamente continuar a Como parte de nosso
sa mãe e de nosso pai. A usar os traços que nos fazem trabalho, classificamos cente-
maioria não recebeu este a- sofrer e aos outros e nos sen- nas de comportamentos ado-
mor. Como resultado, passa- tir mau. tados sob uma variedade de
mos a sentir que nossa es- títulos de listas.

Como exemplo, a lista a seguir contém cinqüenta e um traços, atitudes e admonições ne-
gativas que estão sob o título de lista negativo “Desatenção / Desapoio”. Esta é uma das listas
mais importantes. A coluna da direita lista os antônimos, o Amor Positivo, a antítese dos traços
negativos listados à esquerda. Depois de ler as duas listas, você deve ponderar, mais uma vez,
porque, sabendo das conseqüências, tão freqüentemente escolhemos os traços negativos em
vez dos positivos. Aqui, então, está a lista:
Traços de Amor Negativo Traços de Amor Positivo
Sem carinho/Não dá apoio Carinhoso/Dá apoio

Responsável e zeloso em vez de amo- Amorosamente responsável e zeloso
roso
Frio, sem amor, sem afeto Caloroso, afetuoso, amoroso
Negligente e não confiável Atento e confiável
Abandonador Sempre presente quando necessário
Sem compromisso com os outros Comprometido em ajudar os outros
Pouca ou nenhuma demonstração de Calorosa demonstração dos sentimen-
sentimentos tos
Insensível / indiferente nas relações Sensível nos relacionamentos
Antipático, sem empatia Simpático e empático
Dá mais importância a coisas que a As pessoas são mais importantes que
pessoas as coisas
Sem consideração Considera
Mesquinho Generoso
Desrespeitador do cônjuge / filhos / ou- Respeita o cônjuge / filhos / outros
tros
Não estimula a auto-estima dos outros Estimula a auto-estima dos outros
Esquecido dos outros Consciente dos outros
Cria favoritismo entre irmãos Trata todos os filhos com amorosa i-
gualdade
Ressente-se por ser pai Aceita e gosta de ser pai
Evita elogiar Elogia e aprova com sinceridade
Provoca rivalidade entre os filhos Encoraja a interação positiva entre os
filhos
Disciplinador rígido Disciplinador justo
Disciplina permissiva Disciplina firme e amorosa
Ignora o positivo dos outros Elogia o positivo dos outros
Envergonha e culpa os outros Ajuda os outros a obter auto-estima
Egoísta Generoso

Atitudes Negativas Atitudes Positivas
Não tenho tempo para você O tempo que passamos juntos é va-
lioso para mim
Meu amor tem limites Meu amor é mais que o suficiente
Não me importo Eu me importo
Sou mais importante que você Você é tão importante quanto eu
Não consigo lidar com seus senti- Quero compreender seus sentimen-
mentos tos
Não quero ser perturbado Estou disponível para você
Eu não quis ter você Planejei e quis ter você
Você é do sexo errado Estou feliz com seu sexo
Admonições Assertivas
Você não é o bastante Você merece e é maravilhoso

Seus sentimentos não são importantes Seus sentimentos são importantes
Não vou defender você Sempre apoiarei você
Não é bom crescer É maravilhoso crescer
Gosto mais dos outros que de você Gosto de você e dos outros também
Se criar problemas, não vou amar vo- Se você tiver problemas, quero com-
cê preender e ajudar
Não me toque Gosto quando você me toca
Não precise de mim Quando precisar, estou aqui
Não conte comigo Conte comigo
Não fale comigo Vamos conversar e nos entender
Não demonstre amor Gosto de demonstrar meu amor por
você
Crianças devem ser vistas, não ouvi- Valorizo sua presença e quero ouvir
das suas idéias
Cresça (logo!) Você vai amadurecer na hora certa
Não me conte seus problemas Por favor, confie em mim
Não espere nada de mim Pode contar comigo
Desapareça da minha vista. Fique in- Quero ver você
visível
Crianças não são importantes Crianças são importantes para mim
Não espere ser notado Conte comigo para notar você
Não espere elogio Vou lhe elogiar e apoiar

É importante perceber pessoa que é atacada pode libertá-lo do comportamento

que o trabalho do Processo ser agressiva para se defen- programado compulsivo e au-
não erradica um comporta- der. todestrutivo, baseado no A-
mento em particular. Há uma diferença en- mor Negativo. Tal comporta-
Ele elimina a necessida- tre um traço que você está mento usa e abusa de nós
de de agir de maneira com- usando (raiva apropriada) mesmos. Uma vez livres de
pulsiva e automática, de mo- e um traço que está usan- nossa programação negativa,
do que se possa escolher o do você (raiva programa- teremos livre arbítrio e a pos-
comportamento que seja a- da). A meta do Processo sibilidade de escolher o com-
propriado. Por exemplo: uma Hoffman da Quadrinidade é portamento apropriado.
Há três maneiras básicas de reagirmos na Síndrome

do Amor Negativo:
1. Adoção Enquanto agimos com o mente, podemos nos compor-

Assumimos totalmente alternativo, a voz negativa tar como nossa mãe, mas a
os traços de nossos pais. Po- dentro de nós não fica calada. repressão da hostilidade de
demos adotar um traço nega- Somos puxados e empurrados papai atua como um vulcão
tivo como “crítico” e nos criti- para duas direções opostas. latente rugindo dentro de
carmos, sermos críticos com Portanto, nos referimos a isto nós, esperando o momento
os outros ou criarmos situa- como um conflito de vai- apropriado para entrar em
ções para que os outros nos vém. Freqüentemente, em erupção.
critiquem. Se for um traço de uma ocasião agimos com o
Mãe e de Pai, é duplamente comportamento adotado, em 3. Transcendência
devastador. outra, com o comportamento Somos capazes de
alternativo. Esta gangorra cria transcender os traços negati-
2. Rebelião = Conflito ainda mais ansiedade e confli- vos de nossos pais sem sentir
A adoção do traço mais to. conflito interno. Os traços
a Rebelião contra ele cria um Lembre-se de que ao transcendidos são geralmente
conflito de vaivém. Não gos- adotarmos os traços de cada espirituais e não emocionais.
tamos do traço negativo de um de nossos pais, para ser- Poucos traços, entretanto,
nosso pai / mãe nem de sua mos leais a eles, temos de são transcendidos até que se
conseqüências, assim o re- seguir os dois modelos. Por desenraíze a Síndrome do
primimos e usamos um com- exemplo: Mamãe é calma e Amor Negativo.
portamento alternativo tão conciliadora, nunca mostra
compulsivo quanto o reprimi- raiva. Papai, pelo contrário, é
do. hostil e agressivo. Exterior-

A
adoção dos padrões de comportamento começa no útero mater-
no. Há muita literatura sobre como a psique do feto registra e
adota os programas de comportamento de ambos os pais. Após o
nascimento, o comportamento de Mamãe e de Papai reforça o
que o feto já aprendeu. Está bem documentado que os adultos que a-
busam de crianças, foram também crianças abusadas. Este é um nítido
exemplo da Síndrome do Amor Negativo.
Em seu doloroso sofri- tem impotentes para parar a

si mesmo. O bom trabalho
ninguém superar você. Serei
sempre sua garotinha. Agora
mento na infância devem ter
jurado: - “Quando eu crescer das organizações de apoio você vai me amar?” Assim,
e tiver filhos, jamais baterei como os Alcoólicos Anônimos subconsciente e vingativa-
nem serei miserável com eles e similares ajudam a acabar mente, ela se desforra de Pa-
como Mamãe e Papai são co- com a negação e trazem pai por superprotegê-la.
migo”.Muitas vezes são inca- consciência assim eles podem Quando adulta, ela preocupa
pazes de se mostrar à altura parar com o comportamento. Papai pelo fato de não estar
dessas boas intenções. Se o A causa do comportamento casada e de não lhe ter dado
fazem, o compulsivo impulso abusivo é a Síndrome do A- um neto. Isto reflete a inépcia
emocional por trás do pro- mor Negativo. O abuso de de Papai em ser pai (em seu
grama é transformado em ou- crianças pode ser erradicado. ponto de vista) e a culpa por
tras formas de comportamen- Vamos olhar um pro- não ter adequadamente ori-
to destrutivo. Muitas vezes, blema menos dramático em- entado sua filha pelo caminho
entretanto, crianças que fo- bora igualmente incapacitan- da realização. Ironicamente,
ram abusadas tornam-se a- te. Este é o caso de uma jo- com a Síndrome do Amor Ne-
dultos, têm filhos e a despeito vem que teve, pelo que ela gativo em ação, até mesmo
de suas melhores intenções e percebeu, uma infância nor- pais bem intencionados não
das tentativas de reprimir a mal, vida familiar e pais bons. conseguem vencer. Não im-
compulsão, terminam espan- Seu pai era louco por ela e, porta o quanto tentem, sem-
cando e abusando de seus fi- como se não bastasse, a su- pre perdem.
lhos. O tempo todo enquanto perprotegia. Ela era a especi- O outro extremo é o ca-
abusam de seus filhos, suas al, sua filha favorita. Essa so de crianças que nunca se
próprias crianças interiores menininha cresceu para ser sentiram amadas e aceitas
estão se lastimando subcons- uma mulher que era incapaz por Mamãe, por Papai ou por
cientemente para suas Mães de aceitar uma relação amo- ambos. Adultos com este pas-
e Pais: - “Viu, Mamãe e Papai, rosa com um homem. Se o fi- sado almejam e fantasiam o
estou machucando e batendo zesse, estaria permitindo que amor que lêem nos livros ou
em meu filho exatamente alguém superasse o Papai e vêem em filmes ou na TV. O
como vocês me machucaram. ninguém poderia superar o programa do Amor Negativo
Eu não os superei. Não sou Papai senão ele não a amaria deles, “você é indigno de ser
nem um pouco melhor que mais. Por mais que desejasse amado”, faz com que a reali-
vocês. Sou exatamente como amar em sua vida, estava zação de tais sonhos seja im-
vocês. Agora vocês vão me presa a sua necessidade de possível. Mesmo quando ten-
amar?”. comportar-se no esquema do tam representar o papel e se-
Mesmo enquanto estão Amor Negativo com seu Pai. rem amorosos, o programa
compulsivamente abusando Quando adulta, sua criança interno de incapacidade de
de seus filhos, os abusadores interna clamava: - “Viu, Pa- amar destrói compulsivamen-
de crianças estão também pai, não estou deixando nin- te o sonho. É uma profecia
sentindo remorsos. Como a guém se aproximar de mim embutida auto-executável que
maioria dos alcoólatras e vici- ou me amar mais do que você deve ser exorcizada ou conti-
ados em drogas, eles se sen- me amava. Não vou deixar nuará para sempre.

P
ara ilustrar os estágios da adoção dos traços do Amor Negativo,
vamos usar o padrão desconsideração / desamor / desapoio e in-
vestigar a lógica ilógica, a sanidade insana e o senso sem sentido
sadomasoquistas da programação. Imagine uma situação onde
sua mãe e / ou seu pai não demonstrem afeição ou amor um pelo outro
nem por vocês, seus filhos. Vocês aprendem e adotam este comporta-
mento, racionalizando inconscientemente:
1. “Viu Mamãe (ou Papai), agora sou igualzinho a você, desamoroso e indigno de ser amado.
Não superei você. Agora você vai me amar?”
ou
“Você não me ama nem se importa comigo. Vou lhe mostrar como é ser igual a você.
Também não vou lhe amar e aí você vai ver.”
2- “Não ligo para o que no de ser amado, como você Papai, para lutar contra e re-
aconteça comigo, contanto me ensinou.”(autopunição) jeitar minha própria essência
que eu me desforre de vo- positiva, assim como vocês
cê.” fazem.”(autopunição)
3- “Oh, não! Agora que 6- “Agora você vai me

fiz isto, você nunca vai me amar? Sou exatamente como
amar. Sinto-me culpado por você.” Isto espelha o padrão
ser vil e envergonhado por de volta para eles. É uma a-
ser mau.” ção vingativa. O resultado fi-
nal é autovingança e auto-
4- “Agora para me aliviar punição.
da minha culpa e da vergo- 5- “Para manter esta
nha, vou me assegurar de condição de desamor, adota- 7- Daí, de volta ao passo
que ninguém me ame, para rei e usarei todos os seus um de novo e de novo.
provar a você que sou indig- traços negativos, Mamãe e
Isto é um círculo vicioso. Se você vencer, perde.
Você adota traços negativos para conseguir amor,

mas o resultado da adoção dos traços negativos é que você se sente
indigno de ser amado e que não pode dar amor.
Quanto mais você tenta ser amado pelos seus pais,

mais indigno de ser amado você se torna. É uma situação sem saída.

Examine o conflito de
crime contra nossa própria uma “defesa contra a raiva”,
humanidade. ela cita Dr. Robertiello.
vaivém de alguém que cres-
ceu se sentindo amado só por O livro My Mother / My Isto, sem dúvida, é uma
um dos pais. Devido ao amor Self (Minha Mãe / Eu Mesma) verdade, mas consideremos
positivo, este adulto demons- de Nancy Friday contém mui- outra possibilidade. Esta mu-
tra amor por seu / sua cônju- tos exemplos da Síndrome do lher não estaria cega à pró-
ge ou amante, somente para Amor Negativo. Por exemplo, pria cegueira? Sem o conhe-
constatar que a conflitante Nancy relata a seguinte histó- cimento de seu eu conscien-
admonição do Amor Negativo ria do relacionamento de uma te, ela estava automaticamen-
do outro pai, daquele que não mulher com sua mãe: te atuando sob a Síndrome do
o amava, interfere e cria situ- Amor Negativo. Subconscien-
“Se ao menos eu tivesse
ações de rejeição (conflito de temente sua criança interior
sido capaz de dizer a minha
vaivém). Dependência de dro- estava dizendo três coisas:
mãe o quanto a amava en-
gas, alcoolismo, violência fa- quanto ela estava viva!” uma (1) “Viu, Mamãe, sou igualzi-
miliar, comportamento crimi- mulher me conta. “Ela tinha nha a você; agora você vai
noso e outros comportamen- seus defeitos, mas eles eram me amar?”
tos negativos, todos têm suas apenas reflexos. Ela não con- (2) “Oh, Mamãe, realmente
raízes na Síndrome do Amor seguia deixar de atormentar e não foi culpa sua, porque se
Negativo. criticar do mesmo modo que eu a culpar terei então de me
No livro da Drª. Alice você não pode deixar de es- culpar e isto seria muito dolo-
Miller, O Drama da Criança pirrar quando seu nariz está roso” e
Bem Dotada, ela relata uma coçando. Era simplesmente (3) “Então, o que farei será
interessante vinheta sobre alguma coisa que fazia parte defendê-la e dizer que você
Maria Hesse, a mãe do cele- de seu sistema nervoso. Ago- não poderia evitá-lo, que é
brado poeta e novelista Her- ra nunca poderei dizer a ela o algo que faz parte de seu sis-
mann Hesse. Em seus diários, que realmente sentia por ela. tema nervoso e por isso do
Marie Hesse descreve como É tarde demais. meu também. Ao defendê-la,
seus pais quebraram sua von- Nancy continua: - “É eu me defendo. Agora você
tade aos 4 anos de idade. Ela uma conversa que considero vai me amar? Se você me
continua a contar em seu diá- triste, atordoante, de arrepiar. amar, talvez eu possa me
rio, como seu próprio filho Até porque, esta mulher é amar.
Hermann, então com quatro mais atormentadora e crítica A despeito de seu argu-
anos de idade, lhe causou do que sua mãe. Isto a levou mento defensivo, ela sub-
muito sofrimento por causa a se divorciar de seu marido e reptícia e vingativamente es-
de seu comportamento desa- a se afastar de sua filha. Por- pelha o comportamento nega-
fiador, que ela “teve” de toque, mesmo quando temos tivo de sua mãe de volta para
mar medidas contra ele. Até a uma relação destrutiva com ela (não importa que a Mãe
época em que Hermann com- nossas mães, viramos o rosto esteja viva ou morta). Devido
pletou 15 anos, Marie tentou para isto quando ela morre e à negação, à defensividade e
dobrar a vontade dele da só falamos sobre nosso amor à culpa ela defendeu sua mãe
mesma maneira que a dela foi por ela?” e justificou seu comporta-
dobrada pela mãe dela. Ela mento. Isto não lhe trouxe
chegou a ponto de enviá-lo Daí, Nancy sugere a ra-
zão do porque fazemos isto: - sua mãe de volta nem lhe
para uma instituição “para o comprou o amor de mamãe
bem dele”. (“Mamãe, agora “A maneira habitual de se evi-
tar o medo de enxergar as que ela perdeu quando crian-
você vai me amar?”) Esta é ça. É mais uma situação sem
outra clara ilustração de como partes que detestamos de
nossa mãe é sentimentalizá- saída. Suas cegueira e vin-
o Amor Negativo é passado gança contra sua mãe volta-
de geração a geração. É um la”. Este sentimentalismo é
ram-se contra sua própria vi-

da e ela perdeu seu marido e Ficar cegos a nossa ce- com a dor, o sofrimento e
sua filha. O amor Negativo gueira nos leva a viver nossas com situações difíceis. Isto
cobra um preço alto. vidas sem escolha. Contudo, não é verdade.
Definir amor sempre foi existem algumas opções re- A essência de nossa vi-
uma tarefa traiçoeira. Consi- ais. Para nos libertar, temos da, nossa psique, alma, men-
dere a possibilidade de que: de prestar contas a nós mes- te, espírito, foi criada por al-
O amor é o fluir, a entrega, o mos. Temos de querer ver guma fonte superior, a força
quem e o que nos tornamos,
transbordar do coração e da criativa universal toda inteli-
com total honestidade. De-
alma de bondade emocional, gente. Quando adultos agi-
vemos ousar sofrer a dor de
primeiro para você mesmo e mos como amedrontadas cri-
nossas infâncias e, ao fazer-
depois para os demais a sua anças de oito anos de idade
mos isto, sair do outro lado. A
volta. que fariam quase tudo para
dor será profunda mas de vi- evitar a dor. Esta criança viva
A verdade básica desta da breve. É melhor encarar dentro de nós resistirá à aju-
definição é: ninguém pode esta dor de uma vez por to-
dar amor a não ser que o te- da. Apesar disso, quando a-
das do que carregar o pesado
nha e o sinta. O que muitas dultos, não temos de isolar ou
fardo e a dor da compulsiva fingir que a dor não existe.
vezes passa por amor é me- programação do Amor Nega-
ramente a falsidade de repre- Encarando a verdade, pode-
tivo por nossas vidas inteiras.
sentar o amor a fim de rece- remos nos libertar das menti-
Do outro lado nos esperam a
ber ou conseguir amor dos ras comportamentais apren-
liberdade, a auto-aceitação, o
outros (dar para receber). O didas e programadas. O Pro-
perdão e o amor por nós cesso Hoffman da Quadrini-
amor verdadeiro só pode ser mesmos. Pessoas, dos quinze
manifestado quando nos acei- dade não fará isto por você.
aos setenta e nove anos, al- Ninguém pode nem irá balan-
tamos e nos amamos. Então cançaram, com sucesso, esta çar uma varinha de condão
poderemos dar por dar e não condição. sobre você e fazer tudo ir
ficar excessivamente preocu-
pados em receber algum re- É somente os programas embora. Como dizemos a to-
de nossos pais em nós que dos os nossos alunos, é você
torno. O que é nosso virá a
nosso encontro de qualquer nos fazem acreditar que não que deve fazer o trabalho do
maneira. podemos lidar com tarefas di- Processo. Não existem fadas
fíceis. Por Amor Negativo, madrinhas. O único herói é
O Amor Negativo é um compramos esta mentira você. Você é seu próprio sal-
vício compulsivo que impede também. Passamos a maior vador. Com orientação e aju-
nossa habilidade de amar li- parte de nossas vidas desen- da, você pode se salvar.
vremente. Ele nos tem sufo- volvendo um sofisticado mé- A questão é: quem vai
cado por muito tempo. É hora todo para evitar a verdadeira estar no controle de seu des-
de nos libertar. dor que causa os problemas tino? Mamãe, Papai e as ad-
Quando crianças, cons- em nossas vidas. Tínhamos monições, traços e personali-
tantemente tentávamos ga- medo de que encarando a re- dades deles ou seu eu real? A
nhar o amor de Mamãe e de alidade de nossa dor, doeria questão não é tão complicada
Papai. Pagamos muito caro muito. Em vez disso, desen- ou insuperável quanto possa
por isto. Em nossa identifica- volvemos um método de afas- parecer. Na verdade, ela é
ção negativa com nossos pais, tamento, como um avestruz simples, embora não simplis-
com efeito, vendemos nossas com sua cabeça na areia, de- ta. O esforço é intenso mas
almas até o fim de nossas vi- sejando que nossa dor vá de vida curta e o resultado fi-
das. É possível recuperar embora se não a olharmos. nal é recompensador.
nossa verdadeira essência Uma das maiores mentiras Um dos mais devas-
e limpá-la da negatividade com que fomos alimentados tadores padrões negativos
que a cobre. por nossos pais foi a de que é a invalidação. Ela existe
éramos incapazes de lidar quando se duvida do valor do

que somos e do que fazemos. quando os traços dos alunos teimosia auto-resistente para
Aprendemos a invalidação incluem crítica, julgamento e a autovalidação positiva e se
tanto pela adoção dos pa- acusação. Quando damos vi- descobrir percorrendo o ca-
drões de invalidação de Ma- da a estes temas, resistimos e minho para a paz interior.
mãe, de Papai ou de ambos, invalidamos nosso eu verda-
A programação pode
quanto por aprender a nos in- deiro. Isto perpetua nosso
ser desprogramada. Haverá
validar porque eles nos invali- sentimento de incapacidade
sempre esperança de que a
davam. Alguns dos piores tra- de amar. Agora demos uma
vida possa ser vivida em paz
ços de invalidação são as ad- volta completa na roda do in-
amorosa no presente e no fu-
monições (abertas ou enco- fortúnio. Não foi a admonição
turo. Não está faltando nada
bertas): você não vai servir “Não sou digno de ser ama- em nenhum de nós. Nosso
para nada, você não vale na- do” que começou toda esta positivo eu real está sempre
da, você não presta, você não charada? Usar o padrão da
aqui. Infelizmente, devido as
faz nada direito, você nunca invalidação no Processo dá i-
suas próprias programações,
vai ter sucesso, não tente, nício a uma profecia auto-
nossos pais não souberam
porque se aborrecer?, você é executável além de ser auto-
como fortalecer nossa essên-
um perdedor. destrutivo. Você também po-
cia perfeita. Suas próprias es-
de usar a invalidação para
Os padrões de auto- sências não foram fortalecidas
perpetuar um programa de
invalidação fornecem a base pelos pais deles. Nunca lhes
“pobre de mim” / vítima /
lógica para a “desistência de ensinaram a honrar, respeitar
si mesmo”, preparando o ca- mártir.
e amar a eles mesmos, então,
minho para a resistir a ser a- Os traços negativos po- como nos poderiam dar o que
judado. Em vez de admitir dem ser usados de modo po- nunca tiveram? Fossem eles
que isto é auto-resistência, sitivo. Por exemplo; se você capazes de honrar suas es-
uma forma de autopunição, pusesse consciência em sua sências, teriam honrado as
os alunos muitas vezes trans- inconsciência, usasse o traço nossas e teríamos sido nutri-
ferem sua resistência para os da invalidação para invalidar a dos de amor e criados com
outros, em rebelião, e elegem invalidação e temporariamen- um profundo senso de segu-
um bode expiatório. Isto a- te a soltasse, constataria que rança interior.
contece com mais facilidade pode se mover para além da

Como o Sistema Familiar

Alimenta o Amor Negativo
D
o útero à puberdade, nossos pais ou pais substitutos (mesmo
não sendo culpados) nos influenciaram, programaram e controla-
ram (assim que foi!). Esta programação se processou de uma in-
finidade de maneiras sutis e não tão sutis. Esperançosamente, você vai
querer remover suas vendas defensivas e experimentar a verdade de
como você adotou os programas e padrões de seus pais. Então, saben-
do que estes programas não são você e que não são geneticamente de-
terminados, você pode aprender como desadotá-los. O primeiro passo
para se libertar dos padrões programados é revivenciar sua criança. Es-
te é o começo da jornada do autoconhecimento. Se for trilhada com
comprometimento consigo mesmo e dedicação, você chegará ao seu
bem merecido destino de amor por si mesmo e paz interna.
Primeiramente vamos e- les sobre nossos parceiros. Is-

to recria o sistema familiar e
drinidade para detonar e evo-
car memórias primárias que
xaminar a interação de toda a
sua família e como lhe foi en- o horror da Síndrome do A- você pode ter pensado que
sinado a ser no mundo. Este mor Negativo. A projeção de esqueceu. Elas podem evocar
modelo de funcionamento era nossos pais, inconsciente e sofrimento, é verdade, mas é
seu sistema familiar de com- automaticamente sobre nos- um estágio necessário. De-
portamentos, traços, crenças sos amantes, figuras de auto- pois, quando a cura purifica-
e padrões programados de ridade, o chefe, nossos ami- dora chegar, a memória do
Amor Negativo. A maneira gos, colegas ou professores é sofrimento rapidamente de-
como Mamãe e Papai se conhecida como transferên- saparecerá.
relacionavam entre si e cia. Isto resulta em resistên- Ao fazer o trabalho do Pro-
com você tornou-se sua cia, conflito, rejeição (e / ou cesso, será pedido que você
maneira de se relacionar em criar situações para ser seja tanto participante quanto
consigo mesmo e com os rejeitado) e é um dos princi- espectador enquanto escreve
outros. O modo deles viver e pais entraves ao crescimento. a crônica de suas memórias e
amar tornou-se seu pelo ca- Muitas vezes é necessário re- sentimentos. Será pedido que
minho da adoção. Os conflitos lembrar os alunos da futilida- você entre honestamente na
de Mamãe e de Papai torna- de da transferência e pedir a realidade de suas experiên-
ram-se seus conflitos. Os de- eles que usem a resistência cias da infância. Os padrões
feitos deles tornaram-se seus para resistir à resistência cau- atuais precisam ser identifica-
sada por ela porque em últi-
defeitos. A cegueira deles tor- dos e então investigados até
ma análise, a resistência é
nou-se sua cegueira. a origem deles em seu siste-
contra si mesmo. Pense só no ma familiar. Você, leitor, está
Quantos de seus amantes quanto a resistência a si
convidado a participar deste
ou cônjuges manifestaram mesmo é ridícula e então to- processo até onde for capaz.
traços como os de Mamãe, de me a decisão de se opor a ela Você pode querer anotar as
Papai ou de ambos? Nós tan- com sua consciência. lembranças e as cenas que as
to atraímos tipos como Ma-
As questões seguintes são perguntas ativarão.
mãe e Papai quanto projeta-
usadas no Processo da Qua-
mos os comportamentos de-

No procedimento seguinte, não se apresse. Se você tem problemas em recordar, não fique
preocupado. Vá para a questão seguinte ou a próxima. Alguma coisa vai suceder e as memó-
rias reprimidas fluirão para sua consciência. Logo você achará a trilha e poderá ter uma experi-
ência surpreendente.
Agora respire profunda- xualidade ou a negação da va deles e como você reagia a

mente algumas vezes, deixe sexualidade? A educação era isso? Sua família gritava e
que seu corpo relaxe e limpe um problema? Status? Apa- berrava? Ou eles encobriam,
sua mente. Permita que sua rências? Saúde? Nutrição? reprimiam e abafavam a raiva
mente flutue de volta às lem- Limpeza? com um sorriso? Eles eram
sinceros ou falsos? Mamãe e
branças da infância. Visualiza Quais eram as regras e
Papai se relacionavam com a
e sinta-se de novo no útero comportamentos não verbais?
raiva da mesma forma? Ou de
da Mamãe. Por exemplo: “Sorria sempre.
formas diferente?
Você foi realmente deseja- Mantenha a fachada. Esconda
do pela Mamãe? Pelo Papai? seus verdadeiros sentimen- Como seus pais e sua famí-
Você foi um acidente? Você tos.” Você era alvo de olhares lia se comportavam quando
foi concebido porque ter um atravessados? Como você se estavam infelizes ou deprimi-
bebê era “a coisa certa a fa- sentia? Sua família era aber- dos? Eles falavam sobre isso?
zer”? ta? Eles realmente se comu- Eles expressavam e lidavam
nicavam e ouviam uns aos diretamente com os senti-
Você se sentiu consisten- outros? O que a linguagem mentos deles? Ou era tudo
temente amado e aceito por corporal deles transmitia? E- escondido, reservado e igno-
Mamãe e por Papai? Ou foi li- les eram tensos? Depois de rado?
teralmente ou emocionalmen- bebê, você se lembra de ter Quem era a figura de auto-
te abandonado? Você foi dado estado nos braços de Mamãe ridade, o chefe, na família?
para adoção? Mamãe e Papai e de Papai e de ter ouvido o Quem detinha o poder verda-
estavam presentes, mas não quanto era amado? Se eles deiro? Como você reagia a es-
estavam nem aí para você? diziam que o amavam, você te poder? Como eram mani-
Você foi abandonado por se- realmente se sentia amado? festados a autoridade, o po-
paração ou morte?
Como eram o humor e su- der e o controle? O que acon-
Você era o bonzinho? O as variações em sua família? tecia quando o controle dos
obediente? O submisso? O Que tipo de atmosfera do- pais era desafiado, se é que
tristinho? O doentinho? O méstica seus pais criavam? já foi desafiado?
zangado? O rebelde? Você Como sua família agia quando
era a vítima? O mártir? O a- Mantenha o foco nesses
estavam com raiva? Como e- pensamentos e permita-se
cusador? O delator? Você era ram os climas negativos? Co-
o salvador? O que ajudava lembrar das cenas, situações
mo era quando você estava
em tudo? O que causava con- e experiências que as pergun-
com raiva de Mamãe e de Pa-
fusão? Você era o pai / mãe tas ativarem. Permita-se revi-
pai? Como você lidava com
substituto para seus pais e / ver a infelicidade e o sofri-
sua raiva? Permita-se lembrar
ou irmãos? Você era o busca- mento do passado.
de uma cena específica onde
dor de atenção negativa? O a raiva era o traço que estava Seus pais eram centrados e
menino mau, a garota pro- sendo exibido por um ou am- estáveis ou corriam de um la-
blema ou o delinqüente? O bos os pais. Lembre-se de do para o outro freneticamen-
otário? O palhaço? uma cena quando você esta- te como baratas tontas? Co-
va com raiva de Mamãe, de mo eles lidavam com emer-
Qual era a principal preo-
Papai. A que ela se refere? gências e eventos inespera-
cupação em seu sistema fami-
Revivencie o que você sentiu. dos? Com medrosa ansieda-
liar? Era o dinheiro? Traba-
Como eles lidavam com a rai- de? Com equilíbrio? Ou entra-
lho? Realizações? Era a se-

vam em pânico? Ficavam pa- vida”. Observe bem como de tal maneira que você podia
ralisados? Distraíam-se com seus pais lidavam com dinhei- aceitar o castigo justo sem se
outras tarefas sem importân- ro pois isto lhe dará indícios sentir rejeitado, magoado ou
cia? Como eles manifestavam que se referem a seus confli- abandonado? Como seus pais
depressão? tos e frustrações com dinheiro o castigavam?
Como sua família se com- hoje.
Quando um novo bebê
portava quando você estava Como eram a interação e a nasceu, foi-lhe ensinado que
doente ou quando eles esta- comunicação em sua família? era nosso bebê de modo que
vam doentes? Você era igno- Você tem alguma idéia de so- você pode amorosamente a-
rado quando ficava doente? bre o que eles falavam? Sobre ceitar nosso bebê ou era o
Ou aprendeu que fingindo-se o que eram as conversas, se bebê da Mamãe e do Papai?
de doente conseguiria aten- é que havia alguma? Quem Você se sentia deixado de la-
ção negativa? Você tem fingi- dominava a conversa? Quem do, rejeitado e inseguro
do estar doente sua vida in- nunca falava com franqueza? quando um novo bebê chega-
teira a fim de conseguir amor Sua Mãe ou seu Pai eram qui- va? Ontem você estava nos
e atenção? Quem era a vítima etos, zumbis isolados, formais braços da Mamãe e do Papai.
ou o mártir em seu sistema e mortos? Agora alguém usurpou seu
familiar? Como você atua com lugar. O resultado final é riva-
Como eram as demonstra-
esses mesmos traços hoje? lidade entre os irmãos. Como
ções de afeto em sua família?
Você gosta do que recebe por a ordem de nascimento dos
Como os membros de sua
representar o “pobre de irmãos afetou você? Como
família reagiam quando se to-
mim”? era ser filho único? O mais
cavam uns aos outros, se é
Como era sua casa ou ca- que o faziam? Mamãe e Papai velho? O do meio? O caçula?
sas da infância? Eram limpas, expressavam afeição física Seus pais encorajavam a riva-
confortáveis, seguras, acon- entre eles, se segurando, a- lidade entre os irmãos?
chegantes? Você se sentia braçando e afagando? O que Um de seus pais recrutava
cuidado por amor ou dever? você aprendeu ou não com você e as outras crianças para
Sua casa era uma ruína e um eles sobre demonstração físi- estarem do lado dele / dela
pardieiro? Talvez fosse anti- ca de amor e afeição? contra o outra / outro? Havia
séptica como uma enfermaria uma divisão dos filhos, alguns
O que seus pais faziam
de hospital onde não era per- da Mamãe e outros do Papai,
quando você ou seus irmãos
mitido sujar nada. causando conflitos sem fim?
eram travessos? Como você e
Como sua família se rela- eles eram castigados? Você Que tal sua vida hoje? Formar
cionava com dinheiro? Ele era disciplinado com sermões alianças e tomar partido são
causava grande ansiedade e ou levava palmadas, era es- problemas atuais para você?
preocupação? Falavam muito pancado, socado, chutado, A rivalidade entre irmãos é
a respeito dele? Lidavam rea- surrado ou insultado? Você um crime. As pessoas mais
listicamente com ele? Dinhei- era castigado com disciplina próximas em sua vida, bioló-
ro era o assunto principal na mão de ferro o que fazia com gica e fisiologicamente são
vida de seus pais? Eles eram que você se sentisse rejeita- seus irmãos e irmãs pois eles
mesquinhos ou esbanjadores? do? Você fugia do castigo de são, por assim dizer, cortes
Brigavam por causa dele, se modo que aprendeu que o da mesma peça de tecido.
atracavam por causa dele? comportamento negativo vale Você é biológica e fisiologi-
Nunca falavam de dinheiro? a pena? Ou Mamãe e Papai camente mais semelhante a
Eles se metiam em dificulda- usavam a mão firme da disci- seus irmãos do que jamais
des financeiros? Eles eram vi- plina coberta com a luva de poderia ser a Mamãe e a Pa-
ciados em bem estar, a sín- veludo do amor, ensinando-o pai pois você e seus irmãos
drome “o mundo me deve a a distinguir o certo do errado são uma mistura de ambos.

No entanto, a maioria de nós mãe? Você tinha medo de um to? Você foi molestado sexu-
foi lesada de um relaciona- deles ou de ambos? Você ti- almente? Qual era o conflito
mento positivo, consistente e nha medo de sua irmã ou de sobre sexo? Seus pais fala-
amoroso com nossos irmãos. seu irmão? Ou você aterrori- vam com você sobre isso? E-
Como eram os dias especi- zava seus pais, suas irmãs e les se referiam a sexo como
ais em sua família? Natal, fe- seus irmãos? Como você era saudável, limpo e bonito? O
riados, aniversários - eram di- aterrorizado? sexo era uma parte amorosa
as seus ou deles? Tais dias Você gostava de estar com e alegre da vida deles e apro-
eram uma confusão intermi- sua família? Era divertido? priado para ser conversado?
nável ou considerados uma Amoroso? Alegre? Significati- Ou era escondido, sujo e cau-
experiência amorosa? Como vo? Verdadeiro? Ou era de- sava ansiedade? Eles fizeram
você se sente a respeito de primente? Entorpecido e mor- do sexo algo a ser temido e
dias especiais hoje? to? Um nada? Solitário? Era corrompido? A mensagem era
como “água, água por toda a “pegue quantas puder mas
Quando você trazia seu bo- não seja pego?” Era um de-
letim para casa, como ele era parte e nem uma gota para
se beber”? Como foi crescer ver? Algo a ser temido? Algo
recebido? Era uma experiên- para se ressentir do cônjuge?
cia feliz? Era a maneira pela em sua família? O que você
aprendeu sobre vida em famí- Algo para curar-se de uma
qual você comprava a apro- dor de cabeça? Algo que me-
vação de seus pais? Era uma lia? Mamãe é o modelo para
todas as mulheres e Papai pa- ninas de família não faziam?
ocasião cheia de apreensão e Algo que era pecado a não
medo de crítica e julgamento? ra todos os homens. A manei-
ra como você se relacionava ser que se fosse casado?
Você vivia de acordo com as
expectativas de seus pais ou com seus pais quando criança Se você é homossexual,
vingativamente se rebelou e é como hoje você se relaciona masculino ou feminino, como
tirava notas baixas para des- com as mulheres, homens, as atitudes de seus pais afe-
moralizá-los e deste modo di- amantes, cônjuges e seus fi- taram seus modo de vida?
ficultou seu próprio desenvol- lhos. Você tem vergonha de sua
vimento escolar? Você era a criança perfeita identidade sexual? Você vive
por quem Mamãe e Papai e- uma vida dupla, fingindo ser
Mamãe e Papai proviam hetero para encobrir sua ho-
companheirismo amoroso ou ram loucos? Se era, você está
sempre tentando provar seu mossexualidade? Você pode
punham os desejos deles em até estar lutando para repri-
primeiro lugar? Mamãe traba- valor e mostrar-se a altura
das expectativas impossíveis mir sua verdadeira identidade
lhava? Papai trabalhava? Ma- sexual para agradar a eles. Se
mãe e Papai punham o traba- deles. Se eles não eram lou-
cos por você e você não se assim for, o resultado final é
lho em primeiro lugar? Como tensão, ansiedade, infelicida-
você se sentia ao voltar para rebelou, ainda está envolvido
em ser a Sra. ou Sr Maravilha de e depressão.
casa e encontrá-la vazia? Pa-
pai era um tirano? Ou era um a fim de conseguir aprovação, Quaisquer que fossem a-
banana? (Se era, que modelo aceitação e amor dos outros. quelas mensagens sexuais da
de homem!) Mamãe e Papai Quais eram as atitudes se- infância, provavelmente você
relegaram seus cuidados e xuais em sua família? Como as carrega em sua vida adulta
criação a uma empregada ou sua Mãe se sentia a respeito (ou rebelou-se contra elas e
babá? Você era humilhado de sexo? Como seu Pai se continua a se sentir em confli-
por eles na frente de amigos sentia a respeito de sexo? Dá to). Como você recriou seu
e estranhos? Quem tinha me- para você até mesmo imagi- sistema familiar nos relacio-
do de quem em sua família? nar que eles tinham sexo? namentos que você tem ou
Mamãe tinha medo de Papai Havia fidelidade sexual? Havia não tem? Como você lida em
ou Papai tinha medo de Ma- casos secretos? Havia inces- sua vida atual com as mensa-
gens que você recebeu na in-

fância acerca do amor? E da sentir deles. A maioria de nós De um ponto de vista inte-
afeição? Intimidade? Emoção? desperdiça a vida ainda pro- lectual, deve-se deduzir que
Como você lida atualmente curando pela Mamãe e Papai nossos pais são culpados mas
com os sentimentos de ina- amorosos e confiáveis que não têm culpa, exatamente
dequação e de desvalorização precisávamos e desejávamos como nós. Mas desde quando
incutidos por seus pais? mas que não tivemos. pode o intelecto por si só mo-
dificar comportamentos emo-
Um de seus pais era dro- Tal conflito estimula a des-
gado, um papa pílulas ou um cionais negativos? Se nosso
truição em nossos relaciona-
hipocondríaco? E com refe- mentos. Ainda que uma parte intelecto fosse tão esperto e
rência a você hoje? de nosso ser esteja ávida por
tivesse as respostas certas,
amor e queira alcançá-lo, os estaríamos OK.
Se você nunca aprendeu a
confiar em seus pais ou se e- programas automáticos de Ao responder honestamen-
les desconfiavam de você, en- nossa infância obtém a vitória te às questões, você reuniu
no final. Não sabendo nada um farto material. O roteiro
tão você nunca aprendeu a
melhor quando crianças, ab- familiar de sua infância criou
confiar em você mesmo nem
sorvemos o sistema familiar e as camadas de mentiras, fin-
nos outros. Quando crianças
fomos ensinados a ser de- internalizamos os programas gimentos, padrões e progra-
pendentes de Mamãe e de e negatividades paternos por mas do Amor Negativo. Estas
causa do Amor Negativo. camadas podem ser desfeitas.
Papai para todas as nossas
necessidades. Se eles nos tra- Quando compulsivamente re- Você pode ser livre. Você po-
íram em não satisfazer nossas encenamos velhos roteiros de redescobrir sua própria
necessidades emocionais de familiares em nossa vida atu- maravilha, perfeição e capaci-
al, o resultado final é que en- dade de amar. A libertação do
amor, então quando adultos
somos pegos entre querer / contramos rejeição, infelicida- Amor Negativa pode ser con-
necessitar deles ou nos res- de, solidão e insegurança. quistada.

A Quadrinidade
Seus Componentes e Seus Efeitos
E
m 1967, criei o termo “Quadrinidade”. Ele se refere aos quatro
aspectos do ser: físico, emocional, intelectual e espiritual. Nosso
corpo físico abriga o cérebro físico e a mente não física ou força
vital. Os componentes da mente são a Trindade de emoções, intelecto e
espírito. O cérebro físico é o veículo ou órgão que torna a atividade
mental possível. O esforço científico ainda tem de provar a existência fí-
sica da “mente”. Nossa premissa é de que a alma-mente é a força vital,
a energia eletromagnética que opera o corpo. Quando desconectada do
corpo, advém o fenômeno da morte corporal.
físicos poderão se tornar seus emocional, intelectual e espi-
Já que nada é perdido aliados e ajudar a trazer paz ritual. Menos que isto resulta-
mas só muda de forma, então para os outros dois aspectos ria somente numa resolução
o que acontece com esta e- de sua mente, seus conturba- parcial, não total.
nergia alma-mente? Simples- dos intelecto e criança.
A resolução que busca-
mente propomos que esta
Infelizmente nosso Eu Es- mos é a integração positi-
energia seja parte e provenha
piritual ou perfeita essência va dos quatro aspectos do
de uma fonte ou força vital
foi encoberta e oculta pro- eu, a Quadrinidade. Para
espiritual não física maior e
gressivamente pela negativi- que isto aconteça devemos
portanto que seja indestrutí-
dade dos padrões dos pais encontrar total auto-
vel. Já é hora de que o com-
desde a concepção no útero aceitação, total perdão por
ponente espiritual de nossa
da Mamãe. O que vem à nós mesmos, total reconhe-
mente, nossa verdadeira es-
mente é uma analogia de um cimento do próprio valor e
sência, seja utilizada para su-
lindo, perfeito e indestrutível sincero amor por nós mes-
perar os problemas causados
diamante revestido de sujeira mos. Então e somente assim
pela nossa programação da
e fuligem e escondido da vi- poderemos nos livrar do Amor
infância.
são. A sujeira representa a Negativo. Para conseguir isto
Você acreditaria ser possí- Síndrome do Amor Negativo. se requer a coragem de um
vel para você ter uma experi- Você só precisa removê-la e honesto auto-exame, assim
ência direta e testemunhar a sua brilhante essência de di- como o desejo de aceitar o
realidade de seu Eu Espiritual, amante será revelada. Esta desafio. Para nos livrarmos
sua essência perfeita, assim essência é sua verdadeira do Amor Negativo deve-
como a Fonte (a Luz) de onde realidade e nunca foi perdida. mos encontrar (1) com-
ele vem? Uma visualização Ela só foi encoberta e escon- preensão sem condenação
mental habilidosamente apre- dida de sua percepção. Já não por nossos pais reais e por
sentada pode levá-lo a conta- é hora de descobri-la e permi- nossos pais substitutos; (2)
tar e se conectar com esta tir que seu esplendor brilhe? compaixão pela infância que
parte perfeita de seu ser. Para realizar isto, você deve eles viveram; (3) perdão pe-
Quando você se identificar atacar a Síndrome do Amor lo que eles fizeram conosco e
com sua própria essência es- Negativo em todos os seus pelo que fizemos a eles; (4)
piritual, seu corpo e cérebro quatro níveis do ser: físico, aceitação total deles por

quem e o que foram e são; e possuir as qualidades atribuí- mos fé e que simplesmente
então (5) poderemos amá- das a esta Fonte. Os atribu- aceitemos a Luz, Deus. Isto
los por quem são , sem ex- tos primários atribuídos à freqüentemente toma a forma
pectativas irreais. Somente Fonte são a habilidade pa- de uma admonição ou até
então seremos livres para nos ra amar e exercer o livre mesmo de uma ameaça pois
amar plenamente. Não há arbítrio. se não obedecermos esta
meta ou conquista mais valio- A humanidade tem, perene
admonição, nos é dito que
sa na vida do que acabar com e incessantemente, procurado
poderemos ser condenados
o eterno e perene tagarelar por formas de se conectar e
ao fogo do inferno e ao enxo-
negativo em nossas cabeças e entrar em comunhão com es-
fre. Para agir com cautela,
encontrar paz interna. ta força que alguns chamam
podemos comprar segurança
e prestar louvores fingidos a
Por milhares de anos a de Deus. Através dos anos,
nossa religião e a Deus.
humanidade tem tentado muitos homens e mulheres
compreender e chegar a um atestaram ter vivenciado exa- Poucos tiveram a experiên-
acordo a respeito do mistério tamente tal conexão. A des- cia de ver uma entidade que
da vida e da própria criação. crição comum desta experiên- pudessem chamar de “Deus”.
Uma duradoura hipótese cia é de unicidade, alegria, Aqueles que vivenciaram a i-
mantém que a “Fonte” é uma plena felicidade, paz, perfei- luminação atestam ter expe-
energia não física, sobrenatu- ção e amor. Quando vivencia- rimentado uma magnífica luz
ral, inteligente, amorosa e do, tal momento de verdade e branca e sentido como se es-
perfeita. Embora a maneira iluminação é freqüentemente tivessem na presença de, se
exata pela qual as pessoas transformador da vida. O me- você quiser, Deus. Eles rela-
vejam esta mais alta autori- do da morte é muitas vezes tam que freqüentemente nas
dade tenha sofrido inúmeras superado. A experiência é visualizações mentais apare-
metamorfoses, a crença em uma poderosa visualização de cem figuras simbólicas, tipo
sua existência persiste, mes- estar em uma luz branca bri- profetas, para ajudar a per-
mo neste tempo de ascen- lhante mas não ofuscante. sonalizar a experiência. Este
dência da racionalidade cientí- Muito foi escrito sobre a-
“ser” assume o papel de ami-
fica. Nossos ancestrais, a fim queles que, próximo à morte,
go, protetor, mentor, guia es-
de se relacionarem com este lembram-se de ter emergido
piritual ou professor. Muitas
poder abstrato, criaram vários da escuridão para uma mag-
vezes sucede comunicação te-
“deuses” simbólicos. Eles e- nífica luz branca e amorosa;
lepática com este ser, trazen-
ram símbolos da crença deles com paz perfeição e amor a
do muito conforto, sabedoria
em um Super-Ser dos seres, espera deles. Alguns busca-
e conhecimento.
não físico. Preces e oferendas dores decidem alcançar este Em 1976, eu e Ron Kane
eram feitas para as imagens momento especial de ilumina- (um terapeuta e amigo meu
para se obter favores, ajuda, ção através de caminhos reli- de longa data) estávamos
orientação e boa sorte. For- giosos orientais e / ou ociden- discutindo o fenômeno de es-
mas de cultos aos ídolos con- tais. Gurus do oriente nos a- tar na Luz. Ocorreu-me que
tinuam até hoje. O conceito cenam para seguirmos sua se fôssemos realmente desta
monoteísta Judaico-Cristão e metodologia com o objetivo Luz, seríamos capazes de nos
Islâmico, de um poder ou en- de vivenciarmos o sublime comunicar e fazer contato
tidade invisível evoluiu destes momento que eles chamam com ela diretamente e à von-
primitivos sistemas de crença. de “satori”. Embora existên- tade, sem intermediários. Se
Vamos filosofar: se nossa in- cias e fortunas sejam gastas isso fosse universalmente
visível energia vital a que nos na busca, poucos alcançam a possível, teríamos uma prova
referimos como alma-mente, meta e se o fazem, raramente positiva de que nossa essên-
provém de uma Fonte criati- é uma experiência duradoura. cia é de perfeição e não os
va, deduz-se que devemos A religião propõe que tenha- programas negativos de nos-

sa existência no plano terres- pode vivenciar e revivenciar tos, devaneios, imagens e vi-
tre. Além disso, pensei que a seu Eu Espiritual como sendo sualizações. Quando usamos
experiência de estar na Luz da e estando na Luz. a expressão “com os olhos de
resultaria na união dos Eus nossa mente”, estamos nos
A revolucionária “Revela-
Físico e Espiritual em uma ali- referindo à habilidade de nos-
ção Mental da Viagem da Luz”
ança. Com tal aliança, eles sa psique projetar imagens e
proveu o catalisador necessá-
disporiam da energia neces- visualizações em nosso cére-
rio para controlar e minimizar
sária para subjugar os teimo- bro. Já que a maior parte das
a auto-resistência da Criança
sos e auto-resistentes pro- causas subjacentes de nossas
Emocional e do Intelecto. O
gramas, emocionais e intelec- negatividades são de nature-
efeito é o de reduzir enor-
tuais, do Amor Negativo do za inconsciente, em nosso
memente o tempo necessário
plano terrestre. Isto então trabalho empregamos o uso
para uma mudança bem su-
prepararia o terreno para uma de visualização ou sonhos a-
cedida - apressando o dia da
forma de ser mais positiva, cordados para prover as ver-
integração e resolução. Esta
pacífica e produtiva. dades necessárias ao fazer
técnica permite à Criança e ao
A erradicação da causa da Intelecto a realística oportu- contato consciente e inteli-
Síndrome do Amor Negativo nidade de terminar com a au- gente com nossa psique in-
nos dá o poder de controlar e to-resistência e de se entre- consciente. O aspecto in-
diminuir os efeitos de nosso gar ao Eu Espiritual ou Eu Re- consciente de nosso ser
“lado escuro”. O lado escuro, al. nunca mente. Ele sempre
descrito através de toda a his- mostrará nossos reais
A Viagem da Luz é condu- sentimentos, realística e /
tória não é nada mais que a
zida via visualização e envolve ou simbolicamente. As Reve-
incorporação de nossos pa-
o uso da imagens mentais. No lações ou Viagens Mentais
drões negativos.
estado de sono físico, nossa (assim chamadas porque a
Aconteceu! Em 1976 de- mente se comunica conosco mente revela tudo) são uma
senvolvi um Processo em que incessantemente na forma de importante ferramenta do
todos podem entrar na luz da sonhos. No estado alerta, Processo e provêm acesso às
paz. Esta experiência provou nossa mente se comunica verdades escondidas da Qua-
ser de um valor inestimável. com nosso corpo e nosso cé- drinidade.
Se desejado, qualquer pessoa rebro através de pensamen-

Copyright ©1992 by Bob Hoffman.
Todos os direitos reservados. É vedada a
reprodução total ou parcial deste materi-
al, sem a prévia autorização por escrito
do Hoffman Institute International, 3100,
White Sulphur Springs Road, St Helena,
CA 94574.
Revisado em julho de 2005

Caixa Postal 31 – 95660-000 Três Coroas – RS
Tel/fax: +51 3546-8228
E-mail: info@hoffmanpoa.com
Internet: http://www.hoffmanpoa.com

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A Síndrome do

O Problema: Amor Negativo

Infelizmente, em todos prendemos comportamentos

INSTITUTO HOFFMAN DE PORTO ALEGRE PÁGINA 1

Alguns perderam o pai velmente os problemas vol- um profundo senso de

INSTITUTO HOFFMAN DE PORTO ALEGRE PÁGINA 2

“Porque Fazemos Isto Conosco”

Surpreendentemente sência, quem somos de modo

INSTITUTO HOFFMAN DE PORTO ALEGRE PÁGINA 3

Traços de Amor Negativo Traços de Amor Positivo

Sem carinho/Não dá apoio Carinhoso/Dá apoio

INSTITUTO HOFFMAN DE PORTO ALEGRE PÁGINA 4

Atitudes Negativas Atitudes Positivas

Você não é o bastante Você merece e é maravilhoso

INSTITUTO HOFFMAN DE PORTO ALEGRE PÁGINA 5

É importante perceber pessoa que é atacada pode libertá-lo do comportamento

Há três maneiras básicas de reagirmos na Síndrome

1. Adoção Enquanto agimos com o mente, podemos nos compor-

INSTITUTO HOFFMAN DE PORTO ALEGRE PÁGINA 6

Em seu doloroso sofri- tem impotentes para parar a

INSTITUTO HOFFMAN DE PORTO ALEGRE PÁGINA 7

3- “Oh, não! Agora que 6- “Agora você vai me

Isto é um círculo vicioso. Se você vencer, perde.

Você adota traços negativos para conseguir amor,

Quanto mais você tenta ser amado pelos seus pais,

INSTITUTO HOFFMAN DE PORTO ALEGRE PÁGINA 8

INSTITUTO HOFFMAN DE PORTO ALEGRE PÁGINA 9

INSTITUTO HOFFMAN DE PORTO ALEGRE PÁGINA 10

INSTITUTO HOFFMAN DE PORTO ALEGRE PÁGINA 11

Como o Sistema Familiar

Primeiramente vamos e- les sobre nossos parceiros. Is-

INSTITUTO HOFFMAN DE PORTO ALEGRE PÁGINA 12

Agora respire profunda- xualidade ou a negação da va deles e como você reagia a

INSTITUTO HOFFMAN DE PORTO ALEGRE PÁGINA 13

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