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UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL

MICHELLE FONTOURA

PARÁBOLA,CIRCUNFÊRENCIA, ELIPSE E HIPERBOLE


Definição, exemplo e aplicação

Canoas 17/11/2015
1.0 DEFINIÇÃO GERAL
Em geometria, as cônicas são as curvas geradas na intersecção de um plano
que atravessa um cone (daí o nome). Numa superfície em forma de cone, existem
quatro tipos de intersecção que podem ser obtidos por esse processo e que
resultam na:
1) Elipse: a cônica obtida através da interseção de um plano que atravessa a
superfície de um cone obliquamente à base do mesmo;
2) Parábola: é a cônica também definida na intersecção de um plano que penetra a
superfície de um cone e também a circunferência da base;
3) Hipérbole: é a cônica definida na interseção de um plano que penetra um cone
paralelo ao seu eixo;
4) Circunferência, que é obtida através da intersecção de um plano que seja paralelo
à base do cone.

fig.01: as cônicas; em A temos a parábola, em B na parte de baixo temos a


circunferência e na parte de cima a elipse e em C temos a hipérbole. Fonte:
wikipédia.

2.0 A CIRCUNFERÊNCIA.

2.1 DEFINIÇÃO E EQUAÇÕES. Geometricamente, a circunferência é o conjunto de


todos os pontos que estão a uma igual distância de um ponto central, sendo que
essa distância é chamada de raio, que aqui designaremos pela letra 'r';
analiticamente falando, a circunferência é o lugar geométrico dos pontos que tem
distância fixa de um determinado ponto P:

Sendo assim, se considerarmos um plano xOy, e um ponto C (Xo, Yo) que


será o centro da circunferência, basta considerarmos um ponto genérico P (X, Y) e
usarmos a definição dada para encontrarmos a equação analítica da circunferência:

Elevando ambos os membros ao quadrado, temos:

(*)
A equação encontrada em (*) é a chamada equação reduzida da
circunferência. Se resolvermos os quadrados dos binômios e passarmos 'r' para o
segundo membro, teremos:
(**)

Essa equação encontrada em (**) é a conhecida como equação geral da


circunferência. Feita essa definição, vamos fazer agora uma revisão útil para
solucionarmos determinados problemas envolvendo circunferências.

2.2 POSIÇÕES RELATIVAS ENTRE UM PONTO E UMA CIRCUNFERÊNCIA

2.2.1 INTERNO OU INTERIOR

Significa que a distância do ponto considerado até o centro da circunferência


é menor que o raio dessa circunferência, ou seja, se A(X1, Y1) é um ponto interno da
circunferência, e C(Xo, Yo) é o centro dessa circunferência, temos que:

2.2.2 EXTERNO OU EXTERIOR

Significa que a distância entre o ponto considerado até o centro da circunferência é


maior que o raio dessa circunferência, e, do mesmo modo, se A(X1, Y1) é o ponto
considerado e C(Xo, Yo) é o centro dessa circunferência:

2.2.3 PERTENCENTE À CIRCUNFERÊNCIA


É quando o ponto fica exatamente sobre a circunferência, ou seja, a sua
distância até o centro é igual ao raio dessa circunferência; sendo assim, se A(X1,
Y1) é o ponto considerado e C(Xo, Yo) é o centro dessa circunferência:
Abaixo temos um esquema das três situações colocadas acima esboçadas em um
gráfico:

fig. 02: o ponto vermelho é um ponto exterior, o ponto azul é um ponto interior e o
ponto verde é um ponto pertencente à circunferência.

2.3 RETAS E CIRCUNFERÊNCIA


Iremos ver agora as posições relativas entre uma reta e uma circunferência,
lembrando que a distância entre uma reta de equação AX + BY + C = 0 e um ponto
P(Xo, Yo) é dada por:

2.3.1 EXTERNA
É a reta que não cruza com a circunferência em nenhum ponto, ou seja, ela não
tem pontos em comum com a circunferência; sendo assim, a distância dessa reta
até a circunferência, em outras palavras, se 'd' é a distância do centro dessa
circunferência até a reta dada e 'r' é seu raio, temos que:
d>r

2.3.2 SECANTE
É a reta que cruza, secciona a circunferência, sendo assim, a reta secante tem dois
pontos em comum com a circunferência, portanto, a distância do seu centro até a
reta tem que ser menor que seu raio:
d<r
Obs: da geometria plana, a reta suporte que contém o raio da circunferência dada e
que passa pelo ponto médio determinado pela corda determinada pela reta secante
é perpendicular a essa reta secante.

2.3.3 TANGENTE

É a reta que toca a circunferência em apenas um ponto, tendo como consequência


que essa reta terá apenas um ponto em comum com essa circunferência, e logo, a
distância da reta até seu centro é igual ao próprio raio da circunferência:
d=r
Obs: da geometria plana, qualquer reta tangente a uma circunferência é
perpendicular à reta suporte que contém o raio da mesma e que passa pelo ponto
de tangência.

Abaixo temos uma visualização geométrica das três posições relativas entre a reta e
a circunferência:
fig. 03: a reta vermelha é externa, a reta azul é uma secante e a reta verde é uma
tangente.

2.3.4 DETERMINAÇÃO DOS PONTOS EM COMUM ENTRE UMA RETA E UMA


CIRCUNFERÊNCIA

Para determinarmos os pontos em comum entre uma reta de equação PX + QY + K


= 0 e uma circunferência de equação X2 + Y2 + AX + BY + C = 0, é só resolver o
sistema de equações formado entre elas, que é de 2º grau, observando que:
• r é secante: Δ > 0 ;
• r é tangente: Δ = 0 ;
• r é exterior: Δ < 0 .

2.4 DUAS CIRCUNFERÊNCIAS


Para essa parte, denotaremos por 'C1' e 'C2' os centros das duas circunferências, 'd'
a distância entre seus centros, e 'R1' e 'R2' os seus raios

2.4.1 CIRCUNFERÊNCIAS SECANTES


É quando duas circunferências possuem dois pontos em comum, ou seja, possuem
dois pontos em comum:
Para duas circunferências serem secantes, é necessário que |R1 - R2| < d < R1 +
R2, e veja também que o segmento de reta AB é perpendicular à reta suporte que
contém a distância entre C1 e C2.

2.4.2 CIRCUNFERÊNCIAS TANGENTES EXTERNAS


É quando duas circunferências possuem um ponto em comum e estão externas
uma em relação a outra:

fig. 04

E para a situação acima acontecer, deve-se ter d = R1 + R2.

2.4.3 CIRCUNFERÊNCIAS TANGENTES INTERNAS


Acontece quando duas circunferências tem um ponto em comum e são internas
uma em relação a outra:

fig. 05

Para tal situação acontecer, devemos ter d = |R1 - R2|


2.4.4 CIRCUNFERÊNCIAS EXTERNAS
É a situação na qual duas circunferências não tem pontos em comum:

Fig. 06
Veja que d > R1 + R2.

2.4.5 CIRCUNFERÊNCIAS INTERNAS


É a situação na qual duas circunferências não tem pontos em comum e uma
localiza-se internamente a outra:

Para isso, devemos ter d < |R1 - R2|.

2.4.6 CIRCUNFERÊNCIAS CONCÊNTRICAS.

É um caso especial de circunferências internas no qual d = 0, ou seja, as


circunferências tem o centro em comum:

fig. 08
3.0 A ELIPSE
A elipse é o nome dado ao lugar geométrico dos pontos do plano tais que a soma
das distâncias de qualquer ponto desse lugar geométrico a dois pontos fixos,
chamados focos, é constante e igual a 2a.
Abaixo listaremos seus principais elementos:

Centro: o ponto (Xo, Yo)


Eixo maior: o segmento AD = 2a
Eixo menor: o segmento BC = 2b
Distância focal: a distância entre os focos Fi e F2 = 2c
Relação notável: a2 = b2 + c2
Excentricidade: a razão entre 'c' e 'a' -> e = c/a. Se 'e' tende a zero, a elipse tende a
ser menos achatada e se parecerá com uma circunferência; se 'e' tende a um, a
elipse será bem achatada.

Agora, vamos achar a equação de uma elipse com centro na origem O(0,0) e eixo
maior paralelo ao eixo das abscissas:
fig. 09

Se a elipse tiver centro no ponto C(Xo, Yo), a equação será:

OBS. 01: Repare que se a = b, caímos na equação de uma circunferência:(X – Xo)2


+ (Y – Yo)2 = r2 assim, concluímos que toda circunferência é um caso particular de
uma elipse.
OBS. 02: Se a elipse tiver seu eixo maior paralelo ao eixo das ordenadas, sua
equação será:
Dica sobre elipses!!!
• Para identificar se o eixo focal da elipse é paralelo ao eixo Ox ou Oy, basta olhar
para a equação. Se a2 estiver embaixo do termo x, ela terá seu eixo maior paralelo
ao eixo Ox. Se o a2 estiver embaixo do termo y, a elipse tem eixo maior paralelo ao
eixo Oy.

4.0 HIPÉRBOLE.

4.1 DEFINIÇÃO: Dados dois pontos distintos F1 e F2, tais que a distância entre eles
seja constante e igual a 2c, e uma certa distância 2a, tal que 2a < 2c. A hipérbole é o
lugar geométrico dos pontos P de um plano tais que |d(PF1) - d(PF2)| = 2a:

fig.10
4.2 ELEMENTOS:

fig.11

Centro: ponto médio de F1 e F2;


Focos: F1 e F2;
Eixo real: A1A2;
Pontos de intersecção de F1F2 com A1A2: A1 e A2;
Segmento focal: F1F2
Eixo imaginário: B1B2, sendo que este é perpendicular a A1A2
Distância focal: d(F1F2) = 2a
Eixo transverso ou eixo imaginário: d(B1B2) = 2b
Semi eixo real: d(CA1) = a
Semi eixo imaginário: d(CB1) = b
Excentricidade: é a razão entre 'c' e 'a', e = c/a
Relação notável: c2 = a2 + b2

OBS:

Dizemos que uma hipérbole é equilátera se o comprimento do eixo focal é igual ao


comprimento do eixo não-focal, isto é, a = b.
Duas hipérboles tais que o eixo focal de cada uma é igual ao eixo não-focal da outra
são denominadas hipérboles conjugadas. Como os retângulos de base de duas
hipérboles conjugadas são iguais, elas têm o mesmo centro, mesmas assíntotas e
os focos a uma mesma distância do centro.

4.3 EQUAÇÕES DA HIPÉRBOLE

4.3.1 EIXO REAL HORIZONTAL


fig. 12

A equação reduzida da hipérbole nesse caso é dada por:

Onde (Xo, Yo) é o centro da hipérbole e 'a' e 'b' são respectivamente os semi-eixos
real e imaginários da hipérbole.

4.3.2 EIXO REAL VERTICAL

fig. 13
Nessa situação, a hipérbole terá a seguinte equação:

4.4 ASSINTOTAS DA HIPÉRBOLE.

Entendemos como assintotas da hipérbole as retas que passam pelo centro da


hipérbole e acompanham seus ramos, sem jamais tocá-los, ou seja, a hipérbole e
assintotas não tem pontos em comum:

fig.14: as assíntotas da hipérbole

Numa hipérbole de eixo horizontal. o coeficiente angular das assíntotas são dadas
por m = +/- b/a, e na de eixo vertical, as declividades são dadas por m = +/- a/b, e
suas equações são dadas por:
Eixo vertical: Y - Yo = +/-b/a.(X - Xo)
Eixo vertical: Y - Yo = +/-.a/b.(X - Xo)
5.0 A PARÁBOLA

5.1 DEFINIÇÃO: Desde cedo, os estudantes tem contato com essa cônica ao
estudarem por exemplo, as funções de segundo grau, cujo gráfico é uma parábola.
Todavia, a geometria analítica trabalha com parábolas cujo gráfico não é uma
função. Consideremos então uma reta 'r' e um ponto 'F', fora de 'r'; a parábola é o
lugar geométrico dos pontos de um plano tais que:
d(P,r) = d(P,F)

fig. 15: a parábola e seus elementos.

5.2 ELEMENTOS:
Foco: o ponto F;
Diretriz: a reta r;
Vértice: o ponto V;
Eixo de simetria: a reta que passa por V e é perpendicular à diretriz;
Parâmetro: a distância do foco até a reta diretriz.

5.3 EQUAÇÕES:
Agora, iremos postar as quatro equações básicas da parábola, bem como a
situação em que cada uma ocorre. Não faremos a dedução da equação da parábola
em nenhum casa, mas caso queira fazer isso, use a definição dada em 5.1.
5.3.1:

fig. 16

Neste primeiro caso, a diretriz é paralela com o eixo das abscissas e a concavidade
da parábola é para cima, assim, sua equação é dada por:
(X – Xv)2 = 2p.(Y – Yv)
5.3.2:

fig. 17

Neste segundo caso, a diretriz é paralela com o eixo das abscissas e a concavidade
da parábola é para baixo, assim, sua equação é dada por:
(X – Xv)2 = - 2p.(Y – Yv)

5.3.3:

fig. 18
Neste terceiro caso, a diretriz é paralela com o eixo das ordenadas e a concavidade
da parábola é para a direita, assim, sua equação é dada por:
(Y – Yv)2 = 2p.(X – Xv)

5.3.4:

fig. 19

Neste quarto caso, a diretriz é paralela com o eixo das ordenadas e a concavidade
da parábola é para a direita, assim, sua equação é dada por:
(Y – Yv)2 = - 2p.(X – Xv)

5.4 APLICAÇÕES PRÁTICAS:


Em nosso dia-a-dia, as parábolas são utilizadas em diversos equipamentos e
sistemas de vital importância para nossa sociedade. Dentre eles, podemos destacar:
Antenas parabólicas e Radares: é comum observarmos no alto de residências e
edifícios as Antenas Parabólicas, que captam ondas eletromagnéticas que são
enviadas por satélites em órbita ao redor da terra. Isto somente é possível devido à
propriedade da parábola de refletir o conjunto de raios recebidos em um único ponto
(o foco da parábola). Neste ponto encontra-se posicionado o receptor de ondas, que
enviará o sinal recebido para um conversor que as decodificará e enviará para o
receptor de televisão. Os aparelhos de radar operam de forma semelhante às
antenas parabólicas, recebendo o eco de pulsos eletromagnéticos.
Faróis de veículos: os refletores parabólicos de faróis e lanternas permitem
que a luz da lâmpada localizada no foco se propague em raios paralelos ao eixo da
parábola formando o facho. As lentes parabólicas posicionadas na parte de trás dos
faróis dos veículos permitem que a luz gerada pelos mesmos seja direcionada para
um ponto específico, o foco da parábola, que normalmente é apontado para o solo,
evitando desta forma que a luz de um carro ofusque a visão de um motorista que
venha em direção oposta.
Lançamento de projéteis: quando lançamos um objeto (míssil, pedra, flecha,
etc.), desprezando a resistência do ar, este descreve uma curva parabólica. Por que
isso? Devido a combinação dos movimentos horizontal e vertical, todo objeto
arremessado para cima tem a trajetória vista do solo em formato de parábola.
6.0 REFERÊNCIAS:

> Matemática: construção e significado/obra coletiva concebida e desenvolvida pela


Editora Moderna; editora responsável: Juliane Matsubara Barroso - São Paulo, 2008.
Sousa, Maria Helena Soares de. Matemática 2° grau, São Paulo, Scipione, 2001.

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