0 оценок0% нашли этот документ полезным (0 голосов)
70 просмотров2 страницы
As diretivas antecipadas de vontade são documentos que expressam os desejos de um paciente sobre tratamentos médicos caso fique incapacitado de tomar suas próprias decisões. No Brasil, esses documentos incluem um testamento vital e um mandato duradouro, embora apenas o testamento seja obrigatório. As leis brasileiras protegem a autonomia do paciente e o direito de recusar tratamentos dolorosos ou extraordinários, apoiando as diretivas antecipadas de vontade.
As diretivas antecipadas de vontade são documentos que expressam os desejos de um paciente sobre tratamentos médicos caso fique incapacitado de tomar suas próprias decisões. No Brasil, esses documentos incluem um testamento vital e um mandato duradouro, embora apenas o testamento seja obrigatório. As leis brasileiras protegem a autonomia do paciente e o direito de recusar tratamentos dolorosos ou extraordinários, apoiando as diretivas antecipadas de vontade.
As diretivas antecipadas de vontade são documentos que expressam os desejos de um paciente sobre tratamentos médicos caso fique incapacitado de tomar suas próprias decisões. No Brasil, esses documentos incluem um testamento vital e um mandato duradouro, embora apenas o testamento seja obrigatório. As leis brasileiras protegem a autonomia do paciente e o direito de recusar tratamentos dolorosos ou extraordinários, apoiando as diretivas antecipadas de vontade.
De acordo com a resolução 1.995/12 do Conselho Federal de Medicina, as diretivas
antecipadas de vontade são “o conjunto de desejos, prévia e expressamente manifestados pelo paciente, sobre cuidados e tratamento que quer, ou não, receber no momento em que estiver incapacitado de expressar, livre e autonomamente sua vontade.” No Brasil, existem dois documentos que formam as diretivas, porém não é obrigatório que a pessoa faça os dois juntos. A pessoa pode fazer um testamento vital, que é o documento no qual escreve quais os tratamentos que deseja e que tem restrições no momento em que estiver nas condições descritas pelo CFM. A exigência para que se faça tal documento é ter 18 anos e recomenda-se que o paciente entre em contato com um médico de confiança para que este esclareça melhor os tratamentos que a pessoa possa ter dúvidas; um advogado para esclarecer quais tratamentos podem ou não ser feitos de acordo com a lei, para que o documento tenha validade jurídica; que a pessoa registre o documento em um cartório, que custa em média 360 reais e também gratuitamente em um site chamado Registro Nacional de Testamento Vital, o RENTEV, o único banco de testamentos vitais confiável no Brasil, no qual se cria um cadastro e que o paciente pode passar a senha deste para uma pessoa de confiança acessar o seu testamento vital. Essa mesma pessoa de confiança pode ser seu procurador, isto é, a pessoa que será a porta voz de suas vontades, tanto para dialogar com a família, quanto com o médico. O outro documento é o mandato duradouro, que regulariza este procurador. Todos esses procedimentos promovem maiores chances de que os desejos, vontades e autonomia do paciente serão garantidos. Porém são apenas recomendações, uma vez que não são regulamentados. Mas então, o que tem na lei? Há um documento infraconstitucional chamado Carta dos Direitos dos Usuários da Saúde elaborado pelo Conselho Nacional de Segurança, no qual em seu artigo 3º é descrito que a pessoa tem direito a escolha do local de morte, de alternativa de tratamento quando houver, e a consideração de recusa do tratamento proposto. Existem também três leis da constituição brasileira que respaldam a validação do testamento vital, sendo elas os princípios da Dignidade da Pessoa Humana (art. 1, III, Constituição da República Federativa do Brasil), da Autonomia Privada (princípio implícito no art. 5o) e a proibição constitucional de tratamento desumano (art. 5o, III).
Especificamente no Estado de São Paulo, está em vigor a Lei Mario Covas no
10.241/1999, na qual coloca no artigo 2º que “São direitos dos usuários dos serviços de saúde no Estado de São Paulo: XXIII- recusar tratamentos dolorosos ou extraordinários para tentar prolongar a vida e XXIV- optar pelo local de morte”. Apesar das leis que respaldam as diretivas antecipadas de vontade, ainda não há ampla divulgação ou respeito aos documentos que a formam. Em uma pesquisa realizada em 2013 por especialistas no tema com 209 sujeitos, dentre eles, médicos, advogados e estudantes de medicina, apenas 2% conheciam as Diretivas Antecipadas de Vontade. Dentre os médicos que conheciam, 49% não as levaria em consideração. Em uma outra pesquisa, entre 110 pacientes, em uma escala construída que ia de 0 a 10, 0,13 era o nível de conhecimento destes acerca do termo testamento vital e entre os familiares, o nível era de 0,41 pontos. Porém, após os pacientes conhecerem o documento, numa escala do mesmo tipo, 9,56 afirmaram que utilizariam. Segundo outra pesquisa, foi averiguado que após a resolução elaborada pelo Conselho Federal de Medicina, houve um aumento em 771% no número de testamentos vitais elaborados no Brasil. Por fim, considerando tudo que foi dito até agora, as decisões a respeito da vida do paciente têm como protagonista ele próprio, porém devem ser tomadas com base em um diálogo construtivo entre seu médico, seus familiares e seu representante legal para que seus desejos e vontades sejam atendidos da melhor maneira possível.