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Departamento de Química Orgânica

IQ-UFBA 2017.2
QUI-B37 – Química Orgânica Básica Experimental I-A

RELATÓRIO DE ATIVIDADES

Título: Cromatografia
Data: 01/11/2017
Autores: Ana Dídia Oliveira Lopes de Sena e Flávia Rocha Santos

1. Introdução

A cromatografia é um método físico-químico de separação. Ela está


fundamentada na migração diferencial dos componentes de uma mistura, que ocorre
devido a diferentes interações, entre duas fases imiscíveis, a fase móvel e a fase
estacionária. É uma técnica versátil e de grande aplicação, pois possui uma variedade
de combinações entre fases móveis e estacionárias.

Esta técnica foi praticamente ignorada até a década de 30, quando foi
redescoberta. A partir de então, diversos trabalhos na área possibilitaram seu
aperfeiçoamento e, em conjunto com os avanços tecnológicos, levaram-na a um
elevado grau de sofisticação, o qual resultou no seu grande potencial de aplicação em
muitas áreas.

A cromatografia pode ser utilizada para a identificação de compostos, por


comparação com padrões previamente existentes, para a purificação de compostos,
separando-se as substâncias indesejáveis e para a separação dos componentes de
uma mistura.

Princípio Cromatografia em Camada Delgada (CCD): partição de um soluto entre


duas fases, sendo uma estacionária (sílica ou alumina) e uma móvel (solvente); o
equilíbrio é constantemente deslocado pela fase móvel e os solutos são separados
pelas diferenças de mobilidade impregnada em placa de vidro ou alumínio. A escolha
da fase estacionária e móvel é fundamental para que a separação ocorra de maneira
adequada. A posição final de cada mancha, ou seja, a distância percorrida pelo
composto é dominado fator de retenção (Rf). É a distância medida por cada mancha a
partir da origem.

Objetivos
-Conhecer os fundamentos da técnica de cromatografia em coluna e
cromatografia em camada delgada;
-Utilizar a técnica de cromatografia em camada delgada para identificar os
compostos presentes numa mistura;
-Determinar índices de retenção para uma série de amostras e relacionar esses
valores com a polaridade das mesmas;
-Conhecer os métodos utilizados para visualização de diferentes amostras em
cromatografia em camada delgada.

2. Parte experimental

2.1.Resumo do experimento
Foram preparadas um total de seis placas de vidro com sílica-gel para ser
realizado a CCD. Quatro para a eluição de uma amostra de Fluoresceína(FLC) e
Acetanilida (ACT). E outras três placas para eluir uma amostra de Fluoresceína
(FLC) e 4-Carboximetil-(9)10H-acridinona (ACR).

Nas três primeiras placas marcamos em cada uma, com uma grafite, dois
pontos onde aplicamos com um capilar no ponto da direita uma solução contendo a
amostra de Acetanilida ACT e, no da esquerda, a amostra de Fluoresceína (FLC).
Três câmaras cromatográficas foram preparadas para que pudéssemos
revelar as placas. A primeira continha uma pequena quantidade de hexano; a
segunda, clorofórmio e a terceira, etanol.

Foram utilizadas como câmaras cromatográficas, dois frascos borel com


tampa, um béquer e um vidro de relógio como tampa deste em cada ponta de uma
das bancadas

Colocamos com uma pinça as três placas contendo a amostra de


Acetanilida (ACT) e Fluoresceína (FLC). Cada uma delas foi colocada para eluir em
uma câmara cromatográfica onde estavam presentes os solventes citados acima.

Assim que os solventes ascenderam até o limite superior marcado da


camada de sílica-gel, as placas foram retiradas de suas respectivas câmaras
cromatográficas. O percurso final do solvente foi marcado e aguardamos as placas
secarem para serem reveladas dentro da câmara escura com luz ultravioleta (UV) e
calculamos seus respectivos Rfs.

Esse procedimento foi repetido com as outras três placas de sílica-gel que
continham as amostras de Fluoresceína(FLC) e 4-Carboximetil-(9)10H-acridinona
(ACR), que substitui a Acetanilida (ACT) que não se observou deslocamento
nenhum, em dois dos solventes utilizados (Hexano e Etanol). Dessa vez, foram
usados como solventes o Hexano, a Acetona e o Acetato de etila.
Fluxograma:

 Fazer marcas com o lápis ou grafite


 Aplicar as amostras com o capilar

 Preparar a câmara
cromatográfica
 Introduzir a placa na câmara

 Eluir a placa
 Retirar a placa após eluir

 Revelar a placa por UV


 Calcular Rf
2.2. Materiais

i) Reagentes e solventes (substâncias químicas)


Etanol;
Hexano;
Clorofórmio;
Fluoresceína(FLC);
Acetanilida (ACT);
4-Carboximetil-(9)10H-acridinona(ACR);

ii) Vidraria
Capilar de vidro;
Béquer;
Vidro de relógio;
Proveta;
Frasco Borel;
Frasco comum;

iii) Materiais diversos


Pinça;
Régua;
Placas cromatográficas de vidro e alumínio com sílica-gel ;

iv) Equipamentos
Câmara escura com luz ultravioleta.

2.3. Tabela de propriedades físicas


d Tf Te T Solubilidade (g/100 mL)
Substância MM
g/mL oC oC n D H2O EtOH CHCl3 Et2O
332,3 Pouco
FLUORESCEÍNA (FLC) 1 - 320 - - solúvel solúvel - -
4-CARBOXIMETIL-(9)10H-
ACRIDINONA (ACR) - - - - - - - - -
135,1 1,22x
ACETANILIDA (ACT) 6 10³ 115 304 - solúvel - - -
119,3 1,47
CLOROFÓRMIO 8 4 -63 61 - solúvel - solúvel -
0,66
0a
0,67
HEXANO 86,18 5 -96 68 - insolúvel solúvel solúvel solúvel
0,79
ACETONA 58,08 1 -94,6 56,1 - miscível solúvel solúvel solúvel
0,90
ACETATO DE ETILA 88,11 2 77 -82,4 - solúvel solúvel solúvel solúvel
0,66
0a
0,67
ETANOL 46,07 5 -114 78 - miscível solúvel - solúvel
3. Resultados, discussão e conclusões

Após a realização do experimento, foram medidas com a régua as


distâncias percorridas pela amostra de cada uma das placas utilizadas, como
mostra a (tabela 1), assim com os resultados obtidos a partir dessas
medidas que foram utilizados para calcular o Rf de cada placa conforme
expresso na (formula 1).

Tabela 1: Distâncias em cm da base até as bandas.

Eluente/Amostra FLC ACT ACR

Hexano Não foi Não foi


observado observado _

Clorofórmio 5 3,8 _

Etanol 3,1 Não foi _


observado
Hexano 60% + Acetato 0,4 _ 3,5
40%
Acetona 2 _ 4,3

Acetato de Etila 1,1 _ 3,6

Fórmula 1: fator de retenção (Rf)

Rf =Dc/Ds

Onde:
Rf: fator de retenção
Dc: distância percorrida pela amostra
Ds: distância percorrida pelo eluente

Os valores de Rf encontrados podem ser vistos nas tabelas abaixo 2 e 3.


Tabela 2: Valores de Rf para os solventes da etapa 1
Amostra/Eluente Hexano Clorofórmio Etanol

FLC Não 0,94 0,56


obteve
ACT Não 0,71 Não obteve
obteve

Tabela 3: Valores de Rf para solventes da etapa 2


Amostra/eluente Hexano 60% + Acetona Acetato de etila
Acetato 40%
FLC 0,07 0,36 0,20
ACR 0,66 0,78 0,67

Através das tabelas, vemos que alguns solventes não conseguiram


eluir nenhuma substância, tendo como causa as interações entre a fase
sólida e os componentes da mistura/eluente, ou pela pureza dos
componentes da mistura que estavam em concentrações tão baixas que não
foi possível a visualização da banda na placa de CCD.
Analisando primeiramente os valores da primeira etapa com as
amostras de FLC e ACT (tabela 2), temos que o Rf apresenta resultados
iguais para o hexano (tabela 2), não ocorrendo eluição com nenhuma das
amostras, havendo um crescimento dos valores de retenção no clorofórmio
que também é solvente apolar, porém, mais polar do que o hexano. O fato
das amostras não correrem bem no hexano pode ter sido também por causa
da sua concentração, isso será explicado melhor na discussão da segunda
etapa do experimento. Como as duas amostras foram bem carreadas em
clorofórmio, isso evidencia que as amostras carreadas são mais polares. No
etanol, o Rf da amostra de FLC se mostrou bem próximo do ideal (0,50)
resultando em 0,56, isso acontece porque a molécula do etanol possui
uma parte apolar e uma extremidade polar, o grupo OH. Na amostra de
ACT não foi observado nenhuma eluição, talvez por alterações na amostra ou
por não haver interações intermoleculares. Também podemos dizer que as
interações intermoleculares entre as amostras e a fase sólida é fracamente
polar, havendo ligações fracas como as de Van der Waals. Vemos logo após,
uma alta eluência (conforme a tabela 2) para o solvente clorofórmio, que é
apolar, mas possui uma polaridade mais alta quando comparada com o
hexano.
Após, temos a segunda etapa do experimento utilizando outros
solventes. Com a mistura dos solventes Acetato 40% e Hexano 60%, que
teve uma pequena eluição da amostra de FLC (0,07) estando bem abaixo
dos valores ideais de Rf (0,50). Já para ACR, utilizado em substituição do
ACT que apresentou problemas para eluir nos solventes anteriores, o Rf
apresentou-se bem próximo do ideal (0,50), obtendo um valor de 0,66. Com a
acetona, o ACR apresentou uma grande eluição demonstrando ser uma
amostra polar, já na amostra de FLC não eluiu tanto, obtendo um Rf de 0,36.
Com acetato de etila que possui uma polaridade menor que a acetona as
eluições apresentaram um valor ainda menor de 0,67 para o ACR e 0,20 para
o FLC.

Analisando as estruturas das moléculas das amostras podemos ver


que a Acetanilida possui um grupamento amida e uma carbonila, ambos
grupos bastante polares, e a fluoresceína, que mostram em suas estruturas
funções álcool e amina, além da carbonila que tem o seu caráter polar. A 4-
Carboximetil-(9)10H-acridinona (ACR), pelos mesmos motivos da Acetanilida
(ACT) é uma estrutura bastante polar.

Figura : Acetanilida (ACT) Figura : Fluoresceína (FLC)

Figura : 4-Carboximetil-(9)10H-acridinona (ACR)

Esses grupamentos se ligam as moléculas de sílica da fase sólida e


formam ligações polares, de modo que o hexano não consegue eluir as
amostras em que o eluente conseguiu retirar toda a mistura retida na fase
estacionária da placa de CCD.
3.2.Observações

FIGURA 1: as revelações da cromatografia foram feitas em câmara escura com luz


ultravioleta (UV), onde foi possível visualizar as amostras que possuem grupos cromóforos
capazes de exibirem fluorescência.

FIGURA 2: primeira CCD realizada com as amostras FLC e ACT, nos solventes hexano,
clorofórmio e etanol, respectivamente.

FIGURA 3: segunda CCD realizada com as amostras FLC e ACR, nos solventes acetona,
hexano a 40% e acetato a 60% e acetato de etila, respectivamente.

4. Conclusão.

A partir do experimento pode-se observar que os compostos polares estavam presentes


em ambas as amostras testadas, havendo um deslocamento da amostra por diferença
de polaridade em relação aos solventes, evidenciado nas imagens acima. Pode-se
perceber que o hexano não é um solvente adequado para ser feita a técnica com essas
amostras, já que não houve deslocamento das amostras aplicadas.
A técnica de cromatografia em camada delgada foi então eficaz para se alcançar os
objetivos, e se mostrou bastante simples em sua execução.
5 Bibliografia.

ANDRIĆ, F., et al. Linear modeling of the soil-water partition coefficient normalized to organic
carbon content by reversed-phase thin-layer chromatography. Journal of Chromatography A, p 136-
144, jun 2016
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