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³Tendo, pois, irmãos, intrepidez para entrar no Santo dos Santos, pelo sangue de Jesus,
pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou pelo véu, isto é, pela sua carne, e tendo
grande sacerdote sobre a casa de Deus, aproximemo-nos, com sincero coração, em
plena certeza de fé, tendo o coração purificado de má consciência e lavado o corpo com
água pura. Guardemos firme a confissão da esperança, sem vacilar, pois quem fez a
promessa é fiel. Consideremo-nos também uns aos outros, para nos estimularmos ao
amor e às boas obras. Não deixemos de congregar-nos como é costume de alguns; antes,
façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima´ (Hb 10.19-
25).
A Bíblia diz que Deus não ³fará nada sem primeiro nos avisar´ (Am 3.7). Em razão
desse fato, o autor aos Hebreus alista pelo menos seis atitudes que devemos tomar para
não sermos surpreendidos no Dia do Senhor. Essas providências são sempre realizadas
em caráter preventivo. Vejamos então quais são essas medidas que devemos tomar:
: ³intrepidez para entrar no Santo dos Santos´ (v. 19). Intrepidez (³parresian´)
também significa confiança, liberdade e ousadia. Isso quer dizer, que por meio de Jesus
ou do seu sacrifício redentor nós temos acesso livre diante de Deus e devemos usar esse
privilégio o tempo todo a fim de orar com fé. A oração aprofunda a nossa devoção a
Deus e nos ajuda a crescer espiritualmente.
: ³com sincero coração´ (v. 22). Está em vista aqui uma vida santa, casta e
cheia do Espírito Santo. Não podemos servir a Deus com fingimento (hipocrisia), pois
era assim que os fariseus expressavam a sua religiosidade no tempo de Jesus (Mt
23.27). Davi afirmou que Deus se agrada da nossa sinceridade (1Cr 29.17). Somos
sinceros quando assumimos nossos erros com humildade e buscamos o perdão de Deus
com verdadeiro arrependimento (1Jo 1.9).
: ³Consideremo-nos uns aos outros´ (v. 24). Está em foco o fortalecimento da
comunhão, o cuidado amoroso de uns pelos outros. Considerar (³katanoeo´), neste caso,
tem o sentido de notar, olhar para, estar atento às necessidades dos outros. O que
podemos fazer para ajudar? Orar, estender a mão ou ombro amigo (ex: aconselhar,
visitar), socorrer materialmente etc. (1Jo 3.17).
: ³Não deixemos de congregar´ (v. 25). A igreja local é como uma grande
família. É também uma espécie de ³agente de comunicação, integração e ajuda mútua
do povo de Deus´. Deixar de congregar é costume apenas dos que não oram, vacilam na
doutrina (cedem ao pecado) e descuidam da obra de Deus (ex: evangelização, ação
social).
: ³façamos admoestações´ (v. 25). O amor fraterno inclui a exortação, a correção
dos faltosos com brandura e paciência. Além de nos reunirmos (semanalmente ± At
20.7) para tributar louvores a Deus, também somos admoestados, isto é, (³parakaleo´ ±
exortar), corrigidos pela Palavra. A Palavra de Deus nos ³lava´ (Ef 5.26) para que
estejamos sempre em ordem e preparados para o Dia do Senhor.
Todo verdadeiro cristão deve estar sinceramente envolvido, pelos laços do amor, com a
sua igreja local. Além disso, precisa manifestar progressivamente os mais elevados
padrões de comportamento, em razão do seu trabalho em prol da causa de Deus (Jo
13.35) e do seu iminente encontro com o Salvador Jesus. Não há dúvida de que o Dia do
Senhor está mais perto do que outrora foi profetizado! Então, devemos considerar a
seguinte advertência de Cristo: ³Bem-aventurado aquele servo a quem seu senhor,
quando vier, achar fazendo assim´ (Lc 12.43).
Produtividade é a palavra chave no tocante à prestação de contas que se fará em
nosso encontro com Jesus logo após o arrebatamento. Nossa atenção deve estar em não
nos envolvermos excessivamente com as coisas desse mundo a ponto de comprometer
nossa produtividade espiritual. Deus não está interessado em meras palavras ou em
simples ³boas intenções´, Ele quer mesmo é frutos maduros, comestíveis, saudáveis (Lc
13.6-9), ou seja, evangelização efetiva, intercessão fervorosa, serviço de amor pelos que
sofrem, cuidado com novos crentes (ex: discipulado) etc.
Vivemos hoje dias agitados, muito corridos. Para os jovens o ³tempo não passa´, mas
para os adultos o ³tempo voa´. De qualquer modo, não podemos negar a rapidez com
que as coisas acontecem e a cada dia ficamos mais perto da segunda vinda de Cristo, os
sinais proféticos sinalizam isso. Apesar de acreditarmos que o retorno de nosso Senhor
é iminente, muitos de nós não estamos preparados para ele, esquecemos com freqüência
de que além de salvos também precisamos ser proativos, resilientes, bons despenseiros
do reino de Deus, pois assim que chegarmos ao céu teremos de prestar contas da nossa
mordomia (Lc 12.42-48). Mas antes que nos demos conta, outra atividade maravilhosa
tem lugar, um banquete para comemorar o encontro de Cristo (o Noivo) com sua amada
Igreja (a Noiva), então precisamos-nos ³ataviar´ com muito bom gosto (Ef 5.26, 27; Ap
19.7, 8). Então, vejamos detalhes desses dois acontecimentos celestiais:
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A parábola do bom e do mau servo, revela que Deus exige fidelidade no desempenho
dos deveres que Ele determina para o seu povo. Jesus emprega a palavra ii,
quando se refere a cada um de nós em particular. Este termo significa administrador de
bens alheios, encarregado (Lc 8.3), ³Quem está sobre a casa´ (Gn 44.4); e este serviço
nos dá uma relativa liberdade, com a garantia de crescermos (Lc 12.44) caso
desempenhemos nossas tarefas com amor, fidelidade e sabedoria (Mt 25.27). Mas no
futuro, após a vinda de Cristo, haverá uma rigorosa inspeção ou juízo divino e para não
sermos surpreendidos negativamente, precisamos nos organizar e pôr as coisas de Deus
em ordem de prioridade (Mt 6.33).
A receita de Jesus contra a preocupação de todo tipo (Mt 6.25-34), e para a garantia
de suprimento das nossas necessidades básicas, está toda ela contida nas palavras:
priorizar a vontade de Deus. O termo
, segundo o dicionário Aurélio
significa: ³Qualidade duma coisa que é posta em primeiro lugar, numa série ou ordem´;
esta palavra na sua origem é a junção de dois termos latinos
(³o primeiro entre
dois´) e (³modo de ser´, ³qualidade´, ³estado´). Em outras palavras, escolher
obedecer a lei, os santos mandamentos e preceitos que Deus determina em sua Palavra é
a maneira mais segura de garantir a bênção material de Deus e de recebermos um
glorioso galardão no dia do juízo das nossas obras (1Co 15.58).
+!
Jesus responde a pergunta de Pedro com outra pergunta: ³Quem é, pois, o mordomo fiel
e prudente...´, indicando que cada discípulo precisa concentrar-se em cumprir a vontade
de Deus para sua vida e ministério (Lc 12.47), sem se preocupar com as demais coisas.
Deus busca filhos fieis ou leais: ³Os meus olhos, procurarão os fieis da terra, para
que habitem comigo: O que anda em reto caminho, esse me servirá´ (Sl 101.6). O
Senhor é um Deus fiel (2Ts 3.3), e não tolera por muito tempo a mentira, a hipocrisia, o
desleixo, a desobediência, a falsidade, por parte daqueles que se consideram seus
servos. O cristão fiel e prudente não se embaraça com os negócios desta vida (2Tm 2.4).
O termo fiel no grego é ³pistos´, e também significa confiável; alguém que é firme
no cumprimento de suas obrigações. Que deveres o Senhor nos confiou? No que
estamos encarregados? Seja o que for, devemos: ³Fazer tudo na força que Deus nos dá´
(1Pe 4.11).
Está claro aqui, que Jesus espera que sejamos fieis e prudentes. O contrário de
prudente é insensato, tolo, descuidado, e está em pauta o crente que age como se não
fosse ³servo´ (³doulos´ no grego, que significa escravo ± Lc 12.45), mas o dono de
tudo, pois age como se não tivesse que prestar contas.
Nossa fidelidade a Deus reflete-se no serviço que lhe prestamos; na obediência a seus
mandamentos; na firmeza da visão que nos deu; na conduta piedosa e incorruptível no
meio de uma geração materialista e depravada etc.
Deus confiou a nós a construção ou promoção do Seu reino na terra, por meio da
evangelização e do discipulado, e também da manutenção material da Sua obra na terra
± ³O sustento´ (Lc 12.42); e isso tem relação com nossas contribuições financeiras (ex:
dízimos e ofertas alçadas).
Para o servo fiel, Jesus promete que ³Lhe confiará todos os seus bens´ (Lc 12.44).
Não haverá restrições, o acesso será livre ³sobre o muito´ de Deus (Mt 25.21). Muito de
oportunidades, bens, talentos e dons em forma de saúde física e capacidade de
realização que redundará em honra e felicidade. Vale à pena sermos fieis a Deus, pois,
no Senhor, todo o nosso ³trabalho não será vão´ (1Co 15.58).
" "
Jesus declara que o servo diz ³consigo mesmo´ que o seu senhor irá demorar a voltar:
³mas, se aquele servo disser (...), meu senhor tarda´. Note que Ele não descrê que o
dono da casa voltaria, antes, sua atitude dissoluta é própria de alguém que crê na
demora do juízo, da prestação de contas, entretanto, não se preocupa com a fidelidade
de sua mordomia.
Quem vigia, está atento e o ³ladrão´ não pode furtá-lo (Mt 24.43), mas quem está
³embriagado´ com os seus próprios interesses, ou com a satisfação dos desejos da carne
± que é o mesmo que as ³preocupações deste mundo´ (Mt 21.34) ± será surpreendido
quando o sinistro, o golpe, a justa sentença vier como um laço. Como deu para notar, o
infiel geralmente não sabe que está construindo a sua vida sobre a areia, sobre o nada e
que um dia sua ³casa vai cair´.
Em Lucas 6.49 lemos o seguinte; ³Mas o que ouve e não pratica é semelhante a um
homem que edificou uma casa sobre a terra sem alicerces, e, arrojando-se o rio contra
ela, logo desabou, e aconteceu que foi grande a ruína daquela casa´. Duas coisas para
destacar: a casa sem alicerces e o juízo futuro. A casa é um símbolo da nossa vida, e o
rio que a inundou, fala dos problemas que inevitavelmente virão no futuro, mas também
é uma figura do juízo final ou do juízo das nossas obras. Quem não se preparou, não se
antecipou, será surpreendido negativamente naquele dia.
Está previsto um terrível castigo (Lc 12.46) para o crente infiel, sobretudo, para
aquele que ³conheceu a vontade do seu Senhor e não se aprontou´ (Lc 12.47). O castigo
inclui: ³muitos açoites´, e por fim será considerado um perdido, um condenado, caso
não mude ± em tempo ± de atitude e mente (ver: Mt 24.51).
Cada cristão em particular encarna a figura do servo ou mordomo do reino de Deus
descrito no texto em foco. Se negligenciarmos nossos deveres, ou aquilo que somente a
Igreja pode fazer como evangelizar o perdido, discipular o novo convertido, dizimar e
ofertar para a manutenção da obra do Senhor na terra, louvar e adorar a Deus, manter-se
em comunhão com os demais membros da igreja, servir fielmente no ministério que
recebeu de Deus etc., certamente haverá um juízo disciplinador ou corretivo da parte de
Deus (Hb 12.4-13).
Todos os nossos atos e palavras serão julgados (Mt 12.36, 37). Se abrirmos o coração
para Deus, recebendo a Cristo como Senhor e Salvador das nossas almas, então, todo
pecado e culpa serão apagados, mas a partir dai precisamos ³escrever´ uma nova
história para a nossa vida, pois Deus também irá julgar os crentes salvos (1Co 3.10-15).
Deus nos dá tempo, saúde, talentos, dons e muitas oportunidades para que
frutifiquemos, mas se mesmo assim não apresentarmos a devida produção, ou somente
folhas (Lc 13.6-9), que equivalem à simples palavras ou tentativas malogradas;
sofreremos algum tipo de represália. Paulo parece sugerir isso na primeira carta que
escreveu aos Coríntios (1Co 9.16, 17).
Poupar é uma atitude prudente para alguém que pensa no futuro, que quer melhorar
seu patrimônio. Mas para isso é necessário muito esforço, por pouco tempo, para
desfrutar de um conforto e tranqüilidade, por muito tempo. Do mesmo modo,
precisamos negar a nós mesmos, no sentido de mortificarmos a natureza humana
pecaminosa, e pormos mãos à obra enquanto é dia (tempo da Graça), pois a noite virá
(grande tribulação e juízo final), quando ninguém mais poderá fazer algo para Deus (Jo
9.4). Nossa peregrinação aqui na presente vida pode durar até cem anos (Sl 90.10), mas
a vida eterna com Deus no céu será sem fim.
O servo fiel e sábio é aquele que busca ser o mais perfeito possível em sua mordomia, e
em hipótese alguma irá abusar da liberdade (livre arbítrio) que o Senhor lhe dá (Os 14.9;
1Co 6.12). Esta parábola salienta duas verdades: a tolerância ou confiança que Deus põe
em nós e a severidade com que nos pune se abusarmos de sua paciência. Deus é amor,
mas também é fogo consumidor (Hb 12.29) cabe a nós escolhermos, como queremos
encará-lo. Hoje nós temos um grande Advogado diante de Deus (1Jo 2.1; Hb 7.25), Ele
intercede (ou defende) em favor do crente sincero e humilde que reconhece seus erros e
os confessa e deixa (Pv 28.13). Por outro lado, no dia do juízo Jesus deixa de ser
Advogado e passa a ser Juiz (Jo 5.27-30). O juiz julga segundo o que está escrito na lei,
e executa o que ela determina. Esperar para conferir é uma tolice. O melhor mesmo é
nos esforçar hoje para encará-lo com tranqüilidade, sem estresse, sabendo que esse
encontro será de felicitações e elogios (Mt 25.21).