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RESUMO
Este trabalho teve como objetivo principal propor um modelo para a elaboração e utlização de multimídias
no ensino de química. Para isto, foi realizada inicalmente uma seleção, avaliacão e classificação de
multimídias educacionais de ciências (química, biologia, física e matemática) existentes em língua
portuguesa e espanhola, nos aspectos das teorias de aprendizagem subjacentes, na sua arquitetura, na
interface e na navegabilidade, visando estabelecer critérios para a elaboração de futuras multimídias. Após o
estabelecimeto destes critérios foram construídas multimídias educacionais de ciências, dentre elas diversas
de química. Apresentamos neste trabalho 2(duas) multimídias de química elaboradas. Os materiais
elaborados serão utilizados posteriormente como ferramentas didáticas para os ensinos médio, de graduação
e de pós-graduação, bem como disponibilizados no portal do Núcleo SEMENTE (Sistema para Elaboração
de Materiais Educacionais com uso de Novas Tecnologias) da Universidade Federal Rural de Pernambuco
(UFRPE), para serem utilizados por alunos e professores interessados.
Palavras-chave. Multimídia; Ensino de Química; Flexibilidade Cognitiva
ABSTRACT
The elaboration of educational multimedias for the Chemistry teaching: “ionic bonds” and
“chemical synetic”. This work proposes a model for the multimedias elaboration and utilization in the
Chemistry teaching. It was first made a selection, avaliation and classification of the educational
multimedias of the sciences existents in the portuguese and spanish languages, about the subjacent
learning theories, its architecture, in the interface and navigability, aimming to establish the criterias to the
future multimedias elaboration. After the criterias establishment it was made the sciences educational
multimedias, many about Chemistry, two of them are presented in this work.
Key-words. Multimedia; chemistry teaching; cognitive flexibility.
* E-mail: mbcleao@terra.com.br
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Existem na literatura algumas classificações interface ajuda em uma compreensão mais rápi-
para os tipos de estrutura de multimídias. Neste da por parte do usuário, dos objetivos da multi-
trabalho utilizamos a proposta de Ana Amélia mídia, desenvolvendo no usuário um modelo
Carvalho4 que define e classifica as estruturas em mental do documento. Como regra geral, a inter-
três ti pos: es tru tu ra li ne ar ou se qüen ci al, face deve ser consistente, simples, intuitiva e
hierárquica e em rede. A estrutura linear é a mais funcional4. Em relação à consistência, a multi-
simples, onde o usuário percorre a multimídia de mídia deve apresentar os seus diversos elemen-
forma linear (para frente e para trás). Esta tos de modo a aparecerem nos mesmos locais du-
estrutura obriga o usuário a percorrer uma rante a navegação, e como as mesmas funções.
seqüência pré-definida pelo elaborador, ficando Os ícones selecionados devem representar ade-
limitado a poucas opções, e com pouco controle quadamente os seus objetivos. Cabe ressaltar,
do processo. A estrutura hierárquica consiste em que o aspecto de uma interface é de extrema im-
uma abordagem do geral para o particular. Uma portância na motivação ou no desinteresse por
forma de apresentação deste tipo de estrutura é o parte do usuário. Davis enumera cinco caracte-
formato de árvore. Este formato apresenta uma rísticas de design para a interface de uma multi-
navegação simples, disponibilizando um maior mídia: comunicar com clareza; manter consis-
leque de opções ao usuário, sem, contudo, criar tência visual, conceitual e mecânica; tirar partido
uma situação de desorientação. O usuário neste dos contrastes; evitar a confusão e a desordem,
tipo de estrutura constrói um modelo mental da proporcionado o equilíbrio; aplicar os princípios
arquitetura da multimídia e das relações entre as do cinema (início para envolver, o meio para
sua conexões (links ou nós). Por fim temos a apresentar o conteúdo, e no final, os utilizadores
estrutura em rede que é, entre as citadas, a de devem partir com vontade de regressar)5.
maior expressão, constituindo a essência de um
hipertexto. Numa estrutura em rede as conexões
(links ou nós) estão todos ligados entre si. O alto Navegabilidade de uma multimídia
número de ligações nesta estrutura revela uma A maior facilidade ou dificuldade na
riqueza de interação da multimídia. Deve-se, navegação por parte do usuário, em relação a uma
contudo ter-se cuidado com este tipo de estrutura mul ti mí dia, pode re pre sen tar uma ma i or
para não provocar uma desorientação no usuário motivação ou uma desistência precoce de seu uso.
pelo excesso de ligações. A preocupação do elaborador com esta questão
Uma outra característica interessante a ser deve ser sempre considerada. Devemos ter em
considerada na arquitetura de uma multimídia é a mente a diversidade de habilidades dos diversos
utilização de metáforas. Bartolomé fundamenta tipos de usuários de multimídias, para evitar
esta característica afirmando que quando se processos de desmotivação ou de desorientação.
utiliza metáforas consegue-se fazer referência ao
tema central da multimídia, bem como tornar
mais simples a utilização da mesma, pois agora,
todos os elementos gráficos que são utilizados
. Metodologia
fazem referência e lembram o tema central2. Nes te tra ba lho fo ram ini ci al men te
selecionadas diversas multimídias educacionais de
ciências em língua portuguesa e espanhola.
Interface de uma multimídia
Inicialmente as multimídias foram organizadas em
A interface estabelece o contato, a comuni- 3(três) classes: Associassionista, Construtivista e
cação, entre a multimídia e o usuário. Uma boa Associassionista/Construtivista. Neste caso foi
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Multimídias elaboradas
Figura 2. Tela Inicial da multimídia Ligação Iônica.
A partir então, do modelo proposto, foram
construídas diversas multimídias educacionais de
ciências. Algumas delas (voltadas para o ensino Depois foram discutidos os conteúdos sobre
de química) são apresentadas neste trabalho: ligação iônica a serem tratados. Após essa etapa
procurou-se observar, para efeito da estruturação
Ligações iônicas
da multimídia, algumas bases da TFC (casos e
minicasos). A interação com o usuário foi uma
• Definição dos objetivos pedagógicos, ques tão de fun da men tal im por tân cia na
da natureza do(s) conceito(s) a ser(em) elaboração da multimídia. Ela foi elaborada para
trabalhado(s) e do perfil do usuário: permitir ao usuário manipular pelo mouse do
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computador e por botões e links, várias opções e A terceira tela inicia com um texto sobre
ani ma ções que o aju dam a vi su a li zar e íon e ligação iônica, apresentando ainda a
experimentar virtualmente como se realizam os formaçao dos íons Na+ e Cl-, bem como a
processos da ligação iônica. formação da estrutura do NaCl (Figura 5).
A primeira tela contém um texto simples,
introdutório e curto sobre a natureza da ligação
química, bem como uma simulação da variação
de energia quando da aproximação de dois
átomos para formar a ligação. Ressalta-se o
ponto de menor energia como o ponto da
distância média de ligação (Figura 3).
Cinética química
• Definição dos objetivos pedagógicos,
da natureza do(s) conceito(s) a ser(em)
Figura 3. Tela “Introdução” da multimídia Ligação Iônica. trabalhado(s) e do perfil do usuário:
– Objetivos formativos: conhecimentos
A se gun da tela apre sen ta um tex to básicos e conhecimentos complexos.
introdutório e curto sobre a regra do octeto, bem – Conceitos: energia de ativação, com-
como uma simulação da formação do octecto plexo ativado, fatores que influenci-
em um átomo de Neônio (Figura 4). am a velocidade da reação, teoria das
colisões.
– Perfil do usuário: com pouca expe-
riência em informática.
Figura 4. Tela “Teoria do Octeto” da multimídia Ligação Iônica. Inicialmente foram discutidos os aspectos
pedagógicos norteadores da construção da
hipermídia a partir das características principais da
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. Conclusões
Cabe por fim ressaltar, que a utilização de
multimídias no ensino, no caso da química, não
pode ser vista como um substituto de outros
recursos. Acreditamos que o êxito de uma
multimídia de química deve estar atrelado a dois
pontos fundamentais:
Figura 6. Tela principal da multimídia Cinética Química.
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