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Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano ISSN 1980-0037

Artigo de Revisão Roberto Jerônimo dos Santos Silva 1

CAPACIDADES FÍSICAS E OS TESTES MOTORES VOLTADOS À


PROMOÇÃO DA SAÚDE EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES

PHYSICAL CAPACITY AND HEALTH-PROMOTION-ORIENTED


MOTOR TESTS IN CHILDREN AND ADOLESCENTS

RESUMO

Este artigo discute as capacidades físicas e os testes motores voltados à promoção da saúde em
crianças e adolescentes, de forma a subsidiar trabalhos em que este tema esteja em voga. A idéia de avaliar
a atividade física em uma população é baseada no desejo de determinar o estado de atividade atual da
mesma, e verificar se ela está de acordo com os critérios apropriados para uma boa saúde. Do ponto de vista
morfofuncional, uma boa “saúde relatada” é definida a partir dos componentes: composição corporal (não
abordado neste trabalho), força e resistência muscular e flexibilidade, componentes estes que são verificados
a partir da aplicação de testes ou baterias de testes que pretendem medir e verificar os níveis individuais e/ou
populacionais de saúde relatada. A literatura de referência, que classifica os testes motores como referenciados
a partir de normas ou critérios é o ponto de partida para esse debate.

Palavras-chave: crianças, adolescentes, VO2, força, flexibilidade.

ABSTRACT

This article discusses physical capacity and health-promotion-oriented motor tests in children and
adolescents, in order to provide a foundation for future studies that intend to debate this topic. The idea of
evaluating physical activity levels in a population is aimed to determine the level of physical fitness, and to
verify that this is in line with criteria for good health. From a functional point of view, .good health is defined
by the following components: body composition (not considered in this article), strength, muscular endurance
capacity and flexibility. These components are measured by test batteries that are intended to measure the
health of individuals and/or populations. The starting point for this debate is the published reference literature
that classifies motor tests as either norm-referenced or criterion-referenced standards.

Key words: child, adolescents, oxygen uptake, strength, stretching.

1
SEED-SE
76 Santos Silva

INTRODUÇÃO De um modo geral, quando se fala em


avaliar determinada característica, refere-se a
A idéia de avaliar a atividade física em
determinados padrões/parâmetros que têm a in-
uma população é baseada no desejo de deter-
tenção de melhor identificar as necessidades
minar o estado de atividade atual da mesma e individuais e populacionais. Dessa forma, vári-
verificar se ela está de acordo com os critérios os autores (Morrow Jr. et al, 2000; Docherty,
apropriados para uma boa saúde e desenvolvi- 1996; Safrit, 1995), colocam que estes padrões/
mento (Welk, Corbin & Dale, 2000 e Docherty, parâmetros referenciam os resultados encon-
1996), como também, verificar se a comunida- trados por norma ou por critério, sendo que cada
de analisada está de acordo com os parâme- uma destas maneiras tem vantagens e desvan-
tros apropriados para uma boa saúde e bem- tagens.
estar, sendo que Safrit (1995), afirma que a saú- Um parâmetro referenciado por norma,
de relatada é mensurada a partir dos seguintes refere-se à representação dos resultados a par-
componentes: capacidade aeróbia, força e re- tir da análise de um determinado grupo, sendo
sistência muscular, flexibilidade e composição que este parâmetro é obtido, geralmente, a par-
corporal. Desta forma, neste trabalho serão tir de um estudo populacional. Já um parâmetro
abordadas questões referentes aos testes mo- referenciado por critério, baseia-se na necessi-
tores e as capacidades físicas relacionadas à dade de se obterem valores/níveis mínimos de
promoção da saúde em crianças e adolescen- resposta a determinado teste.
tes. Segundo Docherty (1996), os parâme-
Segundo Morrow Jr., Jackson, Disch e tros referenciados por normas são mais apro-
Mood (2000), os testes com tal característica priados para comparações entre populações,
começaram a receber atenção a partir do mo- enquanto que os referenciados por critérios são
mento em que percebeu-se, durante as convo- adequados para avaliações individuais, sendo
cações para as 1ª e 2ª Guerras Mundiais, que utilizados como parâmetros primários de avali-
muitos adultos jovens nos Estados Unidos fo- ação.
ram reprovados nos testes físicos, sendo que Safrit (1995), complementa esta dis-
Docherty (1996), coloca que inicialmente estes cussão, colocando que geralmente as normas
testes referiam-se à eficiência da função mus- são expressas em percentís e cita as seguin-
cular e visavam puramente o desempenho mo- tes características das mesmas: 1. Dependem
tor e performance. de escores fixos usados para estabelecê-las;
2. Tabelas de normas não são apropriadas para
Partindo deste pressuposto, Docherty
avaliar escores individuais por não usarem a
(1996a), coloca que os testes de exercício para
média do grupo para classe ou faixa etária; 3.
crianças e adolescentes têm por objetivos: a)
Definir um determinado percentil como parâme-
desenvolver perfis que descrevam e entender
tro adequado, pode-se favorecer a criação de
variações individuais dentro dos padrões/parâ-
uma falsa expectativa entre os avaliados, po-
metros normais de crescimento, maturação e
dendo subestimá-los ou superestimá-los.
desempenho físico; b) avaliar o impacto dos fa-
Esta mesma autora, também cita as
tores ambientais no crescimento, maturação e
seguintes características para os parâmetros
Volume 5 – Número 1 – p. 75-84 – 2003

desempenho físico; c) avaliar os efeitos da ati- referenciados por critério: 1. A acurácia dos
vidade física regular no crescimento, matura- parâmetros/padrões fixados para os testes de
ção e saúde; d) examinar a treinabilidade de desempenho são questionáveis; 2. Devido ao
crianças durante os anos circumpubertários; e) condicionamento dos estudantes, os parâme-
monitorar potenciais lesões ocorridas a partir tros adotados podem ser fáceis ou difíceis de
da participação em esportes de alto rendimen- serem alcançados, o que pode desmotivar os
to durante os anos circumpubertários; f) enten- avaliados; 3. Os parâmetros referenciados por
der a resposta aguda ao exercício de crianças critério não têm a função de distribuir escores,
em várias intensidades; g) monitorar a tendên- o avaliador deve determinar a validade e confi-
cia secular. ança dos parâmetros encontrados.
Capacidades físicas e os testes motores voltados à promoção da saúde em crianças e adolescentes. 77

Entretanto, segundo Morrow Jr. et al quando necessário; 3. Treinar auxiliares minu-


(2000), um dos problemas mais freqüentes na ciosamente na prática dos testes; 4. Ter uma
caracterização dos testes e baterias de desem- conduta confiável.
penho, são as diferentes padronizações exis- Além destes passos, os autores suge-
tentes para testes com as mesmas caracterís- rem uma prática adequada e um treinamento
ticas, o que causa uma diferença na padroniza- apropriado, visto estas características serem
ção das normas ou critérios. Welk, Corbin e Dale importantes na administração de uma bateria
(2000) complementam esta colocação enfati- de testes de desempenho, além do fato de a
zando que devido a estas diferenciações torna- bateria ser adequada aos objetivos do progra-
se difícil fazer alguma afirmação conclusiva ma.
sobre os níveis de atividade física da criança. Nesta perspectiva, Safrit (1995), colo-
Nesta perspectiva, Safrit (1995), complementa ca que o professor pode montar sua própria
afirmando que o desempenho da criança é es- bateria de forma a aproximar a mesma de sua
pecífico às suas necessidades e níveis de ma- realidade. Para tal, atenta para as seguintes
turação. Desta forma, não se deve recomendar vantagens: a. a escolha dos componentes do
a utilização de modelos adultos de desempe- condicionamento que o avaliador ache mais
nho em crianças. Docherty (1996) complementa importante; b. criação de uma bateria que se
enfatizando que a relação entre estado matura- aproxime de sua realidade; c. desenvolver pa-
cional e desempenho físico é composto pela dronizações locais.
associação das relações entre idade cronológi-
ca e alterações no tamanho, proporção, físico e
Capacidade aeróbia em crianças e
composição corporal. adolescentes
Segundo Morrow Jr. et al (2000), Do-
cherty (1996) e Safrit (1995), com a intenção de Também conhecida por condiciona-
se diagnosticar e desenvolver parâmetros de mento aeróbio, a capacidade aeróbia, talvez seja
análise foram criadas várias baterias de testes a capacidade física considerada na promoção
que obtiveram grande aceitação entre os pro- da saúde, que mais se tem estudado, entretan-
fissionais da área. to, a maioria dos estudos estão relacionados a
No que se refere à aferição das carac- adultos e boa parte das respostas sobre esta
terísticas de saúde. Docherty (1996), coloca que capacidade e suas peculiaridades está relacio-
os testes com esta característica necessitam nada a esta faixa etária e a atletas.
de cuidadosa consideração no sentido de pro- Entretanto, quando se fala em capaci-
mover além do desempenho, atitudes positivas dade aeróbia, se faz interessante tocar em al-
em direção à melhora da qualidade de vida da guns pontos básicos de forma a facilitar o en-
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criança. tendimento, inclusive, de algumas siglas
Partindo deste princípio, Morrow Jr. et utilizadas no decorrer do texto.
al (2000) colocam que “[...] não há consenso De um modo geral, pode-se definir
universal sobre os baixos níveis de condiciona- condicionamento aeróbio como a capacidade
mento em jovens, é claro que o baixo nível de para realizar atividades de resistência e manter
condicionamento necessariamente não está determinado desempenho, com uma grande
relacionado a bom nível de saúde” (p.294). Des- dependência do metabolismo aeróbio (Léger,
sa forma, eles também sugerem que, de acor- 1996) e sendo determinado pela freqüência má-
do com a necessidade local, o avaliador atente xima de oxigênio (O2) que pode ser consumido
para uma bateria de testes que esteja mais pró- por minuto (McNaughton, Cooley, Kearvey &
xima da mesma, sendo que para aumentar a Smith, 1996).
confiança (r > 0.80) e reduzir o erro de medida, Nesta perspectiva, se faz interessante
devem ser seguidos os seguintes passos: 1. ressaltar que esta, de um modo geral, é repre-
Ter adequado conhecimento sobre a descrição sentada pela junção de três componentes que
e realização do teste; 2. Dar informações/ins- tendem a funcionar em conjunto de forma a fa-
truções claras aos avaliados, demostrando cilitar ao indivíduo suportar determinadas car-
78 Santos Silva

gas de trabalho. Estes componentes segundo vamente estável durante o crescimento e há


Léger (1996), são: a potência aeróbia máxima uma redução de acordo com o aumento da ida-
ou consumo máximo de oxigênio (VO2máx); a de para as meninas. Estes resultados são cor-
eficiência mecânica e a resistência aeróbia ou roborados por McNaughton et al. (1996) ao com-
limiar aeróbio. Se faz interessante ressaltar, que parar as respostas obtidas em dois tipos de
estes componentes “funcionam” de forma dife- testes de campo desenvolvidos para medir o
renciada na criança e no adolescente em rela- VO2máx.
ção ao adulto, sobretudo devido à influência da Entretanto, em um estudo que acom-
maturação. panhou durante três anos crianças de ambos
Quanto ao consumo máximo de oxi- os sexos, considerando o nível maturacional,
gênio, este tende a refletir uma boa função do Janz e Mahoney (1997), verificaram que nos
sistema cardiorrespiratório, o que favorece a meninos há um aumento do condicionamento
realização de atividades submáximas com me- aeróbio de forma absoluta, quando comparado
nor fadiga. com as meninas, não havendo diferença quan-
Segundo Wagner (2000), em sujeitos do considerados valores relativos ao peso cor-
descondicionados o VO2max indica a capaci- poral. No que se refere ao VO2 de pico, estes
dade metabólica oxidativa máxima e em atletas autores encontraram uma forte correlação com
o suprimento máximo de O2. Este autor tam- a maturação sexual para meninos, não ocor-
bém coloca que do ponto de vista conceitual, o rendo variação significativa quando considera-
VO2max não é um conceito absoluto, visto de- do o gênero feminino. Nas meninas também foi
pender de alterações em partes do ciclo meta- encontrada uma relação inversa entre VO2 de
bólico, sendo limitado pelo limite de transporte pico e somatório de dobras cutâneas, sendo que
de oxigênio. no gênero masculino foi demonstrado haver for-
Em indivíduos condicionados, ainda te relação entre VO2 de pico e massa livre de
segundo Wagner (2000), pode ser encontrado gordura, sendo este VO2 expresso de forma
um platô, em teste máximo progressivo, onde é relativa.
estipulado o VO2máx. Entretanto Léger (1996) Estes mesmos autores colocam que
e este mesmo autor colocam que este platô não quando considerado um aumento de VO2 de
é sempre observado, particularmente em cri- forma absoluta, para o gênero masculino, há
anças. Devido a esta dificuldade de aferição, o também um aumento na massa livre de gordu-
maior valor de VO2 encontrado em um teste ra e na massa do ventrículo esquerdo, enquan-
máximo progressivo de esforço, é chamado de to que no feminino, este aumento ocorre na
VO2 de pico, sendo que geralmente este está massa livre de gordura e na estatura.
muito perto ou é semelhante ao VO2máx. Ainda segundo Léger (1996), o VO2máx
Do ponto de vista prático, o VO2max absoluto aumenta durante o crescimento, o que
pode ser expresso de forma absoluta, ou seja, sugere ser este um bom indicador desta variá-
em l.min -1 ou relativo ao peso corporal vel. Um outro fato interessante relatado por este
(ml.Kg.min-1). Faz-se interessante ressaltar que autor, é que crianças com maior nível maturaci-
a utilização de uma ou outra notação vai depen- onal tendem a ter maior VO2 de pico. Estes fa-
der do objetivo do estudo ou teste. tores talvez influenciem os níveis de VO2 abso-
No que se refere a crianças e adoles- luto devido ao aumento da quantidade de massa
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centes, o estudo do VO2max, ainda exige algum muscular que estará ativa durante a atividade.
aprofundamento de forma a obter-se melhores Tomando por referência o nível matu-
explicações, sobre especificidades aí envolvi- racional, Williams, Armstrong e Powel (2000),
das. Nesta perspectiva, Léger (1996), coloca ao comparar dois tipos e treinamento por oito
que quando comparado com adultos as crian- semanas (um intervalado e outro em cicloergô-
ças e os adolescentes tendem a ter menor metro) em meninos pré-púberes, não se encon-
VO2máx quando este é expresso de forma ab- traram diferenças significativas nas variáveis
soluta (l.min-1), entretanto, quando considerado observadas, tanto máximas (pico de VO2max)
relativamente ao peso corporal (ml.kg.min-1), quanto submáximas (VO2, volume ventilatório
para meninos, esta variável tende a ser relati- ou freqüência cardíaca).
Capacidades físicas e os testes motores voltados à promoção da saúde em crianças e adolescentes. 79

Como colocado anteriormente, o se- qual inicia-se processo de fadiga. Segundo este
gundo componente que interfere na capacida- mesmo autor, este componente pode ser ex-
de aeróbia, é a eficiência mecânica, sendo que presso em %VO2 de maneira a acompanhar e
esta está relacionada ao gasto energético des- controlar o VO2máx e a eficiência mecânica, ou
pendido para a realização de uma determinada seja, de forma a medir a resistência aeróbia.
tarefa. É também devido à eficiência mecânica,
que duas pessoas com o mesmo VO2máx têm
O trabalho de força em crianças e
resultados diferentes em desempenho ou que adolescentes
tendo VO2máx diferentes, tenham resultados
semelhantes. Este componente está relaciona- Dentre as capacidades físicas voltadas
do à economia de movimento, fato que é tam- à promoção da saúde, pode-se citar a força
bém chamado de economia de corrida (muito como uma das mais importantes devido a sua
estudada em corredores). relação com a diminuição de lesões, aumento
Um fato interessante, é o relatado por da autonomia de movimento, sendo também
Williams et al. (2000), que colocam que os da- relatadas algumas melhoras anatômicas e psi-
dos existentes sobre as respostas obtidas em cológicas.
pré-púberes são esparsos, sendo que muitos Entretanto, antes de um maior aprofun-
estudos não controlaram ou monitoraram cui- damento desta questão, se faz interessante res-
dadosamente o nível maturacional, a modalida- saltar, que neste contexto serão abordadas
de de treino e a intensidade de exercício. idéias voltadas ao trabalho com exercícios re-
Nesta perspectiva, Léger (1996) colo- sistidos voltados à saúde e não à competição
ca que em atividades em que se tenha que car- em crianças e adolescentes.
regar o próprio peso, as crianças tendem a ter De um modo geral, pode-se definir for-
um maior consumo de energia que os adultos, ça como a capacidade máxima de tensão/tra-
entretanto, ele também relata que sujeitos mais ção que um músculo ou grupamento muscular
novos têm maior capacidade para manter altas pode gerar em um padrão específico de movi-
velocidades que os mais velhos, sendo que os mento em uma determinada velocidade de mo-
adultos têm menor economia de movimento que vimento, sendo dependente do código de fre-
as crianças para a mesma intensidade de tra- qüência e recrutamento das fibras motoras
balho. De forma a ilustrar melhor este fato, este (Fleck e Kraemer, 1999; Monteiro, 1999), como
autor durante a validação de um teste de cam- tal, o seu aprimoramento vem a partir da reali-
po para calcular o VO2 de crianças, adolescen- zação de exercícios que se adeqüem a esta
tes e adultos (Léger, Mercier, Gadoury & Lam- característica.
bert, 1988), verificou um alto gasto energético Quanto aos tipos de trabalho de força,
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em crianças, encontrando um aumento curvili- em âmbitos gerais, pode-se enfatizar que es-
near desta eficiência entre os 08 e 18 anos. tes se dividem em estático e dinâmico, onde no
De um modo geral, Léger et al (1988), primeiro caso, o ganho de força ocorrerá ape-
colocam que na criança a eficiência mecânica nas no ângulo treinado. Se faz interessante res-
é sempre constante independente da intensida- saltar que este tipo de trabalho também é cha-
de, entretanto, é sempre menor que os valores mado de isométrico.
dos adultos. Nesta perspectiva, Williams et al No que se refere ao trabalho dinâmico,
(2000), colocam que, há evidências de que a do ponto de vista prático, pode-se dividi-lo em
atividade física padrão de crianças e adolescen- excêntrico e concêntrico. Segundo Monteiro
tes, contenha períodos de cinco, 10 ou 20 mi- (1997), no primeiro caso há “um alongamento
nutos de atividade física sustentada. do músculo e o segmento será deslocado no
O terceiro componente, dentre os an- sentido oposto à linha de força”, enquanto que
teriormente relatados, é o limiar anaeróbio, tam- o trabalho concêntrico “a força gerada promove
bém conhecido como resistência aeróbia (Lé- um torque onde o músculo é encurtado e o se-
ger, 1996). De um modo geral, ele corresponde guimento é deslocado no sentido da força”. Ain-
à concentração sanguínea de lactato a partir da da segundo este autor, há o trabalho isocinéti-
80 Santos Silva

co, onde a produção de força é constante em visionado. Já Payne et al (1997), a partir de uma
toda a amplitude do movimento em função de meta-análise, colocam que independente do
uma determinada velocidade, o que só é con- participante ou características do estudo, quan-
seguido com alguns aparelhos e programas de do consideradas crianças e adolescentes, o trei-
computador que devido ao seu alto custo aca- namento de resistência é geralmente efetivo.
bam por tornarem-se inviáveis para a utilização Partindo destas afirmações retiradas
dos professores em geral. de trabalhos de revisão, pode-se supor não ha-
Especificamente no que se refere ao ver riscos para a criança e o adolescente quan-
trabalho com crianças e adolescentes, há uma do há um adequado acompanhamento e são
idéia geral de que este tipo de trabalho tende a seguidas algumas normas de segurança, sen-
trazer uma série de malefícios na forma de le- do ainda enfatizada a necessidade de ativida-
sões ósteo-mio-articulares que além de descon- des dinâmicas de forma a minimizar a monoto-
forto, tendem a favorecer a inibição do cresci- nia e aumentar o estímulo a este tipo de prática.
mento, prejudicando a estatura final. Dessa Do ponto de vista prático, parece não
forma, segundo Payne, Morrow Jr., Johnson e haver diferença entre os benefícios obtidos pelo
Dalton (1997), de um modo geral as idéias que treinamento de força entre crianças e adoles-
se opõem a prática regular de exercícios de re- cente e adultos, havendo um ganho de força
sistência por pré-púberes, se fundamentam nas entre os dois grupos, sendo que do ponto de
seguintes concepções: 1) crianças necessitam vista fisiológico nas crianças pré-púberes, este
de uma quantidade suficiente de androgênios aumento ocorre devido à melhoria na freqüên-
circulantes de forma a facilitar um significativo cia de transmissão e recrutamento das fibras
aumento na resistência muscular ou na força; motoras e não necessariamente a hipertrofia,
2) mesmo que haja aumento, não haverá me- fato que só passa a ocorrer com a puberdade
lhora no rendimento esportivo; 3) o treinamento devido ao aumento da quantidade de hormônio
de resistência em pré-púberes pode induzir de crescimento, sendo que nos meninos ainda
uma alta freqüência de lesões. Ainda segundo há o aumento da testosterona, o que tende a
estes autores, estas afirmações podem ser favorecer algumas respostas relacionadas à
equivocadas, pois, os mesmos não encontra- melhora da força.
ram tais afirmações em seus estudos. Nesta perspectiva, um ponto interes-
Nesta persepctiva, a partir de um tra- sante a ser relatado, refere-se à afirmação de
balho de revisão, Monteiro (1997), coloca que Payne et al (1997), que colocam que talvez haja
se adequadas aos estágios de maturação, as um baixo nível de condicionamento de resistên-
cargas utilizadas nos exercícios resistidos ten- cia muscular na criança e adolescente, devido
dem a trazer benefícios, pois segundo ele, “o ao fato de haver um provável estado de destrei-
importante não é saber a idade com que se co- namento desta variável em relação à capacida-
meça um treinamento com pesos, mas conhe- de aeróbia nesta faixa etária.
cer a correspondência das cargas usadas com Segundo Fleck e Figueira Júnior (1997),
as possibilidades da idade”. quando a criança se aproxima da puberdade,
Esta idéia é considerada por Oliveira e “o aumento da massa muscular em função do
Gallagher (1997), que em um trabalho de revi- treinamento com peso pode apresentar resul-
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são, coloca que “o treinamento tradicional de tados melhores que em outros períodos da vida”,
peso pode, desde que seja desenvolvido com o que sugere ser este um bom período para o
sufuciente intensidade, volume e duração, pro- trabalho de aumento de massa muscular.
piciar melhorias substanciais na força da crian- Oliveira e Gallagher (1997), comple-
ça pré-adolescente”. mentam estas colocações afirmando que há
Fleck e Figueira Júnior (1997), tendem aumento de força com aumento da estatura em
a completar estas afirmações, quando colocam ambos os sexos durante a infância, sendo que
que este tipo de trabalho não trás problemas após a puberdade ela tende a ser mais rápida
para esta faixa etária, inclusive ocorrendo be- nos meninos devido à ação hormonal. Estes au-
nefícios quando corretamente prescrito e super- tores também relatam que quando comparadas
Capacidades físicas e os testes motores voltados à promoção da saúde em crianças e adolescentes. 81

com faixas etárias superiores, as crianças pré- Flexibilidade em crianças e adolescentes


adolescentes tendem a possuir maior treinabili-
dade no desenvolvimento da força. De um modo geral, pode-se definir fle-
No que se refere a alterações fisiológi- xibilidade como sendo a capacidade de uma
cas, Oliveira e Gallagher (1997), também ob- articulação se mover por uma grande amplitu-
servaram que o processo de crescimento e de de movimento (Nieman, 1999), sendo que
maturação tende a fornecer o desenvolvimento Weineck (1999: 470) a define como a capaci-
da força, assim como a adaptação neurológi- dade e a característica de uma pessoa “(...)
ca, a melhoria no desempenho de habilidades executar movimentos de grande amplitude, ou
motoras e coordenação, melhora nos níveis de sob forças externas, ou ainda que requeiram a
lipídios sanguíneos, medidas de composição movimentação de muitas articulações”, o que
corporal, redução da pressão arterial em ado- remete a idéia de que a mesma tende a ser in-
lescentes hipertensos. dividual (Maffetone, 1999). Dessa forma, perce-
Já Fleck e Figueira Júnior (1997), com- be-se ser esta uma capacidade física importante
pletam estes benefícios relatando que o aumen- na vida de todo ser humano até para realizar
to da densidade óssea pode ser resultado de várias atividades do cotidiano, pois, por menor
adaptações ao trabalho de força. Nesta pers- que seja a ação executada, há a necessidade
pectiva, Cassel, Benedict e Specker (1996), re-
de um mínimo de flexibilidade nas articulações,
latam que, como encontrado em adultos, em
principalmente nas regiões dorsal e posteriores
crianças de 7 a 9 anos, há um aumento da den-
da coxa (ACSM, 2000; Heyward, 1997).
sidade óssea, que varia de acordo com a ativi-
Partindo deste princípio, Coelho e Ara-
dade e o estress causado na estrutura óssea
pela ação mecânica muscular. Esta idéia é com- újo (2000), Maffetone (1999) e Guedes (1995),
plementada por Nickols-Richardson, Modlesky, colocam que um bom grau de flexibilidade im-
O’Connor e Lewis (2000), que colocam que em plica na facilidade de movimento sendo que
meninas em idade escolar com participação em pessoas com bons arcos articulares tendem a
competições de ginástica olímpica e que prati- ficar menos susceptíveis a lesões, caso sejam
cam esta modalidade por uma década ou mais, submetidas a esforços mais intensos ou a mo-
pode-se obter uma associação com o desen- vimentos bruscos. Percebe-se, então, que a fle-
volvimento de alta densidade óssea. xibilidade tende a ser uma capacidade física
Estes autores também atentam para importante para a realização de várias tarefas,
a possibilidade de lesões, sendo que eles reco- ficando evidenciado que a mesma é igualmen-
mendam que a força máxima ou próxima dela, te importante para a saúde, aptidão física e a
sejam evitadas para minimizar a possibilidade qualidade de vida. Nesta perspectiva, Maffulli
de lesões na linha epifisária e fraturas, e enfati- (1998), coloca que esta capacidade é particu-

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zam a necessidade das técnicas apropriadas larmente determinada por fatores genéticos e
de forma a minimizar a possibilidade de lesões pela autonomia de movimento a que a articula-
crônicas.
ção é regularmente sujeita.
Partindo do exposto, pode-se perceber
No que se refere a crianças e adoles-
que o trabalho de força não só pode ser realiza-
centes, Farinatti (1995) e Maffulli (1998), colo-
do em um ambiente composto por crianças e
cam que as meninas tendem a ser mais flexí-
adolescentes, como também traz benefícios aos
mesmos. Entretanto em um ambiente escolar, veis que os meninos, entretanto, Farinatti (1995)
observa-se que o trabalho de força com imple- afirma que não se tem certeza se estas dife-
mentos e aparelhos tende a se tornar de difícil renças ocorrem devido a particularidades aná-
realização, sobretudo na escola pública. Des- tomo-fisiológicas ou influências ambientais.
sa forma, neste ambiente, sugere-se que a Quanto às alterações ocorridas com o
força seja trabalhada a partir de exercícios em crescimento e desenvolvimento, Weineck (1999)
grupos individuais, como os de resistência mus- e Farinatti (1995), colocam que há uma tendên-
cular localizada, devido a sua facilidade de exe- cia à diminuição desta capacidade com o au-
cução, sobretudo no que se refere a implemen- mento da idade, sendo que Farinatti (1995) tam-
tos. bém afirma que as meninas apesar de apresen-
82 Santos Silva

tarem graus de flexibilidade maiores que os jo em crianças e adolescentes de 05 a 15 anos,


meninos, tendem a ter uma perda maior da encontrou uma boa correlação entre os resul-
mesma a partir da puberdade, fato que não está tados deste teste e a flexibilidade total durante o
esclarecido. período circumpubertal, sugerindo a utilização
Segundo Weineck (1999) a diminuição deste teste como parâmetro para a flexibilidade
da flexibilidade com o aumento da idade ocorre total de crianças e de adolescentes.
devido às alterações resultantes do desenvolvi- Uma outra questão interessante pre-
mento do aparelho passivo e ativo. Weineck sente na vivência de algumas práticas esporti-
(1999), também coloca que é durante a puber- vas, é a hipermobilidade. Segundo Maffulli
dade onde há maior diminuição dos graus de (1998), a presença ou exacerbação de um tra-
flexibilidade, pois, há [...] uma diminuição da re- balho de hipermobilidade pode favorecer o apa-
sistência mecânica do aparelho motor passivo recimento de lesões ligamentares, especial-
devido a alterações hormonais (sobretudo de- mente após a adolescência, principalmente se
vido ao hormônio do crescimento e aos hormô- a força não é suficiente para estabilizar as arti-
nios sexuais), [...] em função do crescimento culações. Weineck (1999), contribui para a dis-
longitudinal (p.510). cussão colocando que se esta hipermobilidade
Por este mesmo motivo, há uma redu- for seguida de debilidade postural, deve ser fei-
ção da tolerância à carga das cartilagens da to um treinamento de fortalecimento muscular,
coluna vertebral, o que sugere cautela na utili- evitando-se a abrangência de exercícios de alon-
zação de alguns exercícios desenvolvidos. gamento, de forma a fortalecer o sistema mo-
Um fato interessante a ser relatado, tor passivo de maneira a favorecer a melhora
refere-se à avaliação da flexibilidade. Vários es- da postura.
tudos têm utilizado como referência de análise
tabelas de normas e critérios que se baseiam
na análise da flexibilidade de tronco. Segundo CONCLUSÃO
Farinatti (1995), em um estudo feito com crian-
Partindo do exposto, pode-se concluir
ças com idade entre 05 e 15 anos em que se
acerca do tema abordado que, no que se refere
utilizou o flexíndice como parâmetro, verificou-
à capacidade aeróbia em crianças e adolescen-
se que os movimentos de tronco são os que
mais marcam as diferenças entre os sexos, tes, a resposta cardiorrespiratória ocorre de for-
sendo que quando considerados os primeiros ma diferenciada quando comparada com a do
anos escolares, estes movimentos são respon- adulto. No que se refere à quantificação do VO2,
sáveis pela diferença entre as idades menores quando considerado absolutamente (l/min), este
em relação às maiores. Estes fatos, segundo grupo tende a obter menores que o adulto, sen-
aquele autor, sugerem que os movimentos de do que em valores relativos ao peso corporal
tronco, melhor que outros grupos articulares, (ml/Kg/min), há uma tendência ao mesmo ser
quando consideradas as diferenças entre os estável durante o crescimento nos meninos,
sexos, são os que melhor identificam o com- ocorrendo redução com o avançar da idade nas
portamento da flexibilidade total, o que sugere a meninas.
utilização do teste de sentar e alcançar para uma Quando comparados os sexos e con-
Volume 5 – Número 1 – p. 75-84 – 2003

boa avaliação da flexibilidade em crianças e siderado o nível maturacional, os meninos pos-


adolescentes. suem maior VO2 absoluto, não havendo diferen-
Ainda sobre o teste de sentar e alcan- ça no VO2 relativo. Em ambos os sexos há
çar, Docherty (1996) relata que Jackson e Balker aumento do VO2 absoluto durante o crescimen-
ao tentarem relacionar este teste com a flexibi- to, causado provavelmente pela maturação e au-
lidade da musculatura posterior do tronco e dos mento da massa muscular para a atividade.
tendões, concluíram que este teste não é válido Quanto à eficiência mecânica, na criança é sem-
para avaliar a flexibilidade nestes locais. No en- pre constante independente da intensidade, en-
tanto Farinatti (1995), ao verificar a relação en- tretanto está sempre menor que a verificada em
tre este teste e o flexiteste desenvolvido por Araú- adultos.
Capacidades físicas e os testes motores voltados à promoção da saúde em crianças e adolescentes. 83

No que se refere ao trabalho de força, REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


verificou-se que, se adequadas aos estágios
ACSM (2000). Teste de esforço e prescrição de
maturacionais, as cargas utilizadas nos exercí- exercício. 5ed. Rio de Janeiro: Revinter.
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do necessário que o professor responsável co- aumento da flexibilidade e facilitações na execu-
nheça a adequada correspondência entre as ção de ações cotidianas em adultos participan-
cargas utilizadas e as possibilidades e caracte- tes de programa de exercício supervisionado.
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Desempenho Humano, 2(1), 31-41.
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cia a partir da puberdade devido ao aumento da Docherty, D. (1996). Filel tests ans test batteries. In:
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Parece não haver diferença entre os exercise science. (p.285-334) Britsh Columbia:
benefícios adquiridos com o trabalho com pe- Canadian Society for Exercise Physiology/Human
Kinetics.
sos entre crianças, adolescentes e adultos,
Farinatti, P.T.V. (1995). Criança e atividade física.
podendo-se citar aqui o aumento da densidade Rio de Janeiro: Sprint.
óssea como um destes benefícios. Faz-se in- Fleck, S. & Figueira Júnior, A.J. (1997). Riscos e be-
teressante ressaltar que, ao considerar-se esta nefícios do treinamento de força em crianças:
faixa etária, um programa de exercícios resisti- novas tendências. Revista Brasileira de Ativi-
dos deve coexistir com atividades dinâmicas de dade Física e Saúde, 2(1), 69-75.
forma a minimizar a monotonia e aumentar o Fleck, S. J. & Kraemer, W. J. (1999). Fundamentos
do treinamento de força muscular. 2ed. Art-
estímulo à atividade.
med : São Paulo.
De um modo geral, parece que o tra- Janz, K.F. & Mahoney, L.T. (1997). Three-year follow-
balho de força, em crianças e adolescentes, up of changes in aerobic fitness during puberty:
segue princípios que o diferenciam do realiza- The Muscatine Study. Research Quarterly for
do em adultos, sendo possível sua execução Exercise and Sport, 68(1), p.1-9.
sem prejuízos para estes grupos etários, prin- Léger, L. (1996). Aerobic performance. In: D. Docher-
cipalmente se for evitada a utilização da força ty (Ed.). Measurement in pediatric exercise
máxima ou próxima dela, o que minimizaria a science. (pp.183-223).Brithsh Columbia (Ca):
Human Kinetics/Canadian Society for Exercise
possibilidade de lesões na região epifisária, fra- Physiology.
turas ou lesões crônicas. Léger, L.; Mercier, D.; Gadoury, C. & Lambert, J.
Quando considerado o ambiente esco- (1988). The multistage 20 metre shutle run test

Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano


lar, sugere-se a utilização de exercícios de for- for aerobic fitness. Journal of Sports Sciences,
ça em grupos, com exercícios individuais ou 6, 93-101.
coletivos, devido à facilidade de execução dos Maffetone, P. (1999). Complementary spors medi-
mesmos. cine: balancing traditional and nontraditional trat-
ments. Champaign (Il): Human Kinetics.
No que se refere à flexibilidade, suge-
McNaughton, L.; Cooley, D.; Kearvey, V. & Smith, S.
re-se que os movimentos de tronco são os que (1996). A comparasion of two different shutle-run
melhor identificam o comportamento da flexibi- tests for the estimation of VO2max. The Journal
lidade total, corroborando a utilização do teste of Sports Medicine and Physical Fitness,
de sentar-e-alcançar como um bom parâmetro 36(2), 85-89.
para esta faixa etária. Monteiro, W.D. (1997). Força muscular: uma aborda-
Faz-se interessante ressaltar que a gem fisiológica em função do sexo, idade e trei-
namento. Revista Brasileira de Atividade Físi-
exacerbação de um trabalho de hipermobilida-
ca e Saúde, 2(2),50-66.
de, sem um complemento com exercícios de Nichols-Richardson, S.M.; Modlesky, C.M.; O’Connor,
força, pode favorecer o aparecimento de lesões P.J. & Lewis, R.D. (2000). Premenarcheal gym-
ligamentares, principalmente após a adolescên- nasts possess higher bone mineral density than
cia, pois um trabalho adequado e complemen- controls. Medicine and Science in Sports and
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84 Santos Silva

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Endereço do autor:

Roberto Jerônimo dos Santos Silva Recebido em 21/04/2002


Rua “E”, 55 – Cj. Jessé Pinto Freire Revisado em 28/05/2002
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Volume 5 – Número 1 – p. 75-84 – 2003

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