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Recebido em 4 ago. 2006 / aprovado em 5 out.

2007

Análise do comportamento:
do que estamos falando?
Behavior analysis: what are we speaking of?

Eduardo Tadeu da Silva Alencar


Graduando 5º ano em Psicologia – Uninove; Técnico em Administração de Empresas. São Paulo – SP [Brasil] etadeu@gelre.com.br; eduardo_rh2000@yahoo.com.br

Editorial
Ponto de vista
Artigos
Neste artigo, apresenta-se uma das abordagens da ciência da Psicologia: a análise
do comportamento, tendo como base filosófica o behaviorismo radical do ameri-
cano B. F. Skinner (2000) que, em contraposição ao behaviorismo metodológico,
define comportamento como a interação entre indivíduos e seu meio ambiente,
o que nos permite observar, como cientistas, analisar e descrever condutas de

para os autores
maneira diferenciada dos demais referenciais teóricos da psicologia. Pretendeu-
se, por intermédio deste estudo, destacar, com base na literatura científica, as

Instruções
características conceituais e metodológicas utilizadas por essa corrente para
compreender o homem em suas relações com o mundo, promovendo, posterior-
mente, uma reflexão sobre a escolha do autor por essa diferente visão e prática
psicológica.
Palavras-chave: Análise do comportamento. Behaviorismo radical.
Comportamento humano. Psicologia.

In this article it is presented one of the approaches of the science of the psychol-
ogy: the analysis of the behavior, taking as philosophical basis the B. F. Skinner’s,
that, in contrast to the radical behaviorism methodological behaviorism, defines
behavior as the interaction among individuals and their environment, allowing
us, as scientists, to observe, analyze and describe differentiated conducts in rela-
tion to other theoretical references of Psychology. The aim was to point out, based
on the scientific literature, the conceptual and methodological characteristics
used by this theory to understand man’s interactions with the world, promoting,
subsequently, a reflection about the author’s choice for this different view and
psychological practice.
Key words: Behavior analysis. Human behavior. Psychology. Radical
behaviorism.

ConScientiae Saúde, São Paulo, v. 6, n. 2, p. 261-267, 2007. ISSN 1677-1028. 261


Análise do comportamento: do que estamos falando?

1 Introdução Matos e Tomanari (2002) parecem concor-


dar com Sidman quando afirmam que o behavio-
Atualmente, a psicologia concentra áreas rismo radical propõe que o objeto de estudo da
teóricas, conceituais, filosóficas e experimentais psicologia deva ser o comportamento dos seres
em constante desenvolvimento, o que possibili- vivos, especialmente o do homem. É radical na
ta infinitas maneiras de compreender o homem, medida em que nega ao psiquismo a função de
o mundo e a relação entre eles. Nas principais explicar o comportamento, embora não negue
abordagens que constituem a ciência denomi- a possibilidade de, por meio de uma estrutura
nada “Psicologia”, encontramos a análise do da linguagem, estudar eventos encobertos, tais
comportamento humano que possui suas raízes como pensamento e emoções, só acessíveis ao
filosóficas no behaviorismo radical do america- próprio sujeito, ou seja, tanto na filosofia quan-
no B. F. Skinner (2000). to no momento atual, o foco dessa abordagem
A análise do comportamento lida com o se mantém no comportamento humano. Difere,
manejo de nosso comportamento e o dos outros. ainda, do behaviorismo metodológico proposto
Como estamos sempre ajustando nossas ações por J. B. Watson, em 1913, em que a concepção
às demandas do mundo ao nosso redor, esse de ambiente se limitava apenas às condições ex-
tipo de análise compreende estudar tais ajus-
ternas e observáveis, e no qual se considerava
tamentos. Nesse contexto, é importante aceitar
de suma importância, em termos de rigor cien-
que pessoas, lugares e coisas sempre controlam
tífico, o critério de “verdade por consenso pú-
as ações de quaisquer indivíduos e que as con-
blico”, que só pode ser alcançado por meio de
dutas humanas estão sempre em reconstrução.
eventos externos e públicos. Na medida em que
Além disso, deve-se levar em consideração que
os aspectos do ambiente interno não são nem
o organismo vivo sofre influências de contin-
podem ser verificados por observadores inde-
gências filogenéticas (no nível do banco gené-
pendentes, conforme apontam Teixeira Júnior
tico das espécies), ontogenéticas (no nível de
e Souza (2006) e Hubner (2005), eles não pode-
repertórios comportamentais dos indivíduos) e
riam ser, de acordo com essa abordagem, objeto
culturais (no nível das práticas grupais de uma
de uma ciência.
cultura ou sociedade). Analistas do comporta-
Watson (1913) enquadra-se na busca de
mento tentam descobrir como estabelecer, faci-
uma sociedade administrativa e estritamente
litar, impedir ou evitar esse controle ou, ainda,
buscar ordem entre eventos, como complemen- funcional, na qual o comportamentalismo, na
tam Matos e Tomanari (2002). verdade, não seria um projeto de psicologia
científica, mas de uma nova ciência, ou seja,
uma ciência do comportamento que viria ocu-
2 Behaviorismo radical: filosofia da par o lugar da psicologia. Essa ciência deveria
análise do comportamento ser, segundo o autor, uma ciência natural, um
ramo da biologia, em que o sujeito se caracte-
Sidman (2003) afirma que a ciência da aná- rizaria como aquele que não sente, não pensa,
lise do comportamento tem suas raízes na filo- não decide, não deseja e não é responsável por
sofia; por isso, distinguiu-se como um ramo da seus atos, isto é, seria apenas um organismo e,
emergente disciplina da psicologia e, pelo fato nessa condição, o ser humano se assemelharia
de adquirir essa independência, está agora no a qualquer outro animal. Por essas influências
processo de desengajar-se dessa disciplina, que, é que a forma de conhecer a psicologia científi-
como o próprio nome sugere, preocupa-se com ca dedicou grande atenção aos estudos de seres
o estudo da mente e da alma. Já a análise do humanos com ratos, pombos, cachorros e maca-
comportamento é a ciência do comportamento. cos, entre outros animais.

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Milhollan e Forisha (1978) afirmam que, mento é assimilado pelo organismo ao longo de
contrapondo-se a esse tipo de behaviorismo, sua história de vida. O comportamento respon-
Skinner apresenta a mesma preocupação em re- dente é controlado pelos estímulos anteceden-
lação aos controles e aos critérios científicos, tan- tes à resposta de tal organismo; por exemplo,
to que realizou a maioria de suas experiências quando fecho os olhos (resposta do organismo),
com animais inferiores – principalmente pom- recebo um estímulo intenso de luz (evento ante-
bo e rato branco. Diferentemente de Watson, o cedente à resposta), tendo ainda como caracte-
americano B. F. Skinner desenvolveu o que se rística comportamentos relacionados à espécie,
tornou conhecido como “caixa de Skinner”, apa- ao fisiológico, também conhecidos como fatores
relho para o estudo do comportamento animal. filogenéticos que possuem caráter “mecânico”
Tipicamente, um rato é colocado em uma cai- estímulo-resposta. Por último, temos o compor-

Editorial
xa fechada que contém apenas uma alavanca e tamento verbal, introduzido por Skinner, em
um fornecedor de alimento. Quando o animal 1957, em substituição da palavra “linguagem” e
aperta a alavanca sob as condições/critérios es- que pode singelamente ser definido como aque-
tabelecidos pelo experimentador, uma bolinha le que é estabelecido e mantido por reforça-
de alimento cai sobre a tigela, recompensando- mento (estímulos que seguem uma resposta do
o. Depois da resposta, o experimentador pode organismo, afetando-o, fortalecendo ou enfra-

Ponto de vista
controlar seu comportamento por meio de uma quecendo a resposta, como no exemplo do abrir
infinita variedade e gama de estímulos. Além a porta), mediado por outra pessoa.
disso, tal(is) comportamento(s) pode(m) ser A ausência de uma compreensão clara
modelado(s) ou modificado(s) gradativamente desses conceitos, constatada por Thomaz et al.
até aparecerem respostas que, ordinariamente, (2006), faz com que os estudantes da gradua-
não faziam parte do repertório comportamental ção de psicologia critiquem injustamente essa
do indivíduo. O êxito desses esforços levaram abordagem. Brandão, Conte e Mezzaroba (2003)
Skinner a acreditar que as leis da aprendizagem apontam alguns exemplos de tais críticas: a) há
se aplicam a todos os organismos vivos e que, um tratamento mecanicista do ser humano; b)

Artigos
portanto, tudo que o homem faz, seja “dentro” não oferece tratamento para os problemas de
ou “fora” da pele, seria resultado de contingên- natureza emocional; c) entre outras.
cias de reforçamento. Todo comportamento, seja ele operante,
Em conjunto com as outras vertentes te- respondente ou verbal, alinhado a outros con-
óricas da psicologia, o behaviorismo radical ceitos da análise do comportamento (reforço,

para os autores
evoluiu a ponto de dividir, conceitualmente, o coerção, esquemas de reforçamento, punição,

Instruções
comportamento humano como: a) respondente, entre outras definições que percorrem a teo-
b) operante e c) verbal. O comportamento ope- ria), disponíveis na filosofia do behaviorismo
rante é fortalecido ou enfraquecido por eventos radical, organizados e propostos por Skinner
posteriores à resposta de um organismo: cada (1992/2000), proporciona aos psicólogos adep-
vez que eu abro a porta (resposta do organismo) tos dessa abordagem o exercício de eficientes
tenho acesso a outro lugar (evento posterior a práticas, análises funcionais e técnicas para
resposta). Nesse contexto, o comportamento de correção de déficits comportamentais, transtor-
abrir a porta para acessar outros lugares é forta- nos de ordem “mental” – obsessivo-compulsi-
lecido, de maneira que não vemos nenhum or- vo, anorexia, autismo, entre outros – da alçada
ganismo abrindo as paredes de uma casa quan- de psiquiatras e psicólogos.
do quer acessar determinados locais. Além de Sidman (2003) chama a nossa atenção para
sua característica principal de focar a possibi- o fato de que não é “nenhum bicho de sete ca-
lidade de aprendizagem e de interação entre o beças” analisar a conduta humana, desde que
homem e o ambiente, esse tipo de comporta- consigamos manter o rigor metodológico e cien-

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Análise do comportamento: do que estamos falando?

tífico em nossas práticas; por isso, afirma que, existenciais). A diferença entre elas é que, nes-
pela freqüência de respostas, é possível detectar se contexto, o behaviorismo é radical, na me-
determinada conduta, ou seja, chamamos alguns dida em que busca chegar à raiz dos compor-
alunos de falantes pelo fato de observarmos que tamentos e observar a ordem entre os eventos
falam bastante; uns de inteligentes, em razão de (homem e suas relações).
estudarem muito; outros de céticos, pois questio- Embora tenham muito mais a oferecer, os
nam muito seus professores; há também os feli- analistas do comportamento são, talvez, mais
zes, porque sorriem demais, e assim por diante. freqüentemente chamados para lidar com pro-
Nessa abordagem, portanto, não precisamos re- blemas de comportamento – autodestruição em
correr a aspectos “mentais” para realizar análises retardos ou autismo, destruição do ambiente
do comportamento humano. Considera-se ainda (exceto, naturalmente, quando os exploradores
que a consciência, os sentimentos, as emoções e a fazem isso por lucro), violações de normas so-
personalidade são decorrentes de contingências ciais e condutas que afligem as famílias e a co-
que formam repertórios comportamentais que munidade.
socialmente aprendemos a nomear de inteligen- Um exemplo dessas contribuições é apon-
te, dinâmico, carinhoso, bravo, chato, legal, ativo, tado na obra de Sidman (2003) que nos ensina
perspicaz, burro, entre outras topografias. que, se quisermos diminuir a desistência dos
alunos nas escolas e, ao mesmo tempo, aumen-
tar a sua participação, um primeiro passo útil
3 Demandas e possibilidades será realizar uma análise comportamental (fun-
de atuação de um analista do cional), com o objetivo de detectar se o ato “de-
comportamento sistir”, afinal de contas, poderia ser considerado
um comportamento decorrente de contingências
Mesmo parecendo “simples” ou “mecani- (ontogenéticas, filogenéticas e culturais). Uma
cista”, a abordagem comportamental vai além do maneira de torná-lo mais ou menos provável
que chamamos de “fácil” ou “causal”. Embora consistiria em arranjar conseqüências apropria-
o comportamento operante, por exemplo, fique das para atingir a freqüência ou comportamento
sob controle de estímulos (antecedentes, poste- desejado: comece examinando a interação entre
riores, ou ambos à resposta de um organismo), alunos e professores, alunos e alunos, alunos e
tal controle é apenas parcial e condicional. A administradores escolares, para, posteriormen-
resposta operante de erguer o garfo para comer, te, identificar e eliminar estimulações aversivas
por exemplo, não é simplesmente eliciada pela (o que enfraquece a freqüên­cia de resposta de ir
vista da comida no prato ou pela presença do à escola) de que tornam a fuga desse ambiente
garfo. Depende também de variáveis, tais como tão reforçador (fortalece a freqüência da respos-
nossa fome, preferências alimentares que fazem ta de circular por outros ambientes que não a
parte de nossa história de vida, sensibilidade a escola), e assim por diante.
reforçadores, entre outras condições de contro- A observação de freqüência das respostas
le. No campo do comportamento verbal e refle- dá ao observador dados concretos sobre como
xo, também observamos um leque de variáveis os eventos operam entre si, fornecendo, portan-
que influenciarão a análise e as considerações to, bases, via probabilidade e contextualização
de um cientista do comportamento. de variáveis, para prevenção e intervenções
Analisar o comportamento humano comportamentais, que poderiam ser ampliadas
(abordagens comportamentais), portanto, tor- das mais diversas relações “homem-ambiente”,
na-se tão complicado quanto esmiuçar a men- tais como funcionário-empresa, em Sidman
te humana (abordagens psicodinâmicas) ou a (2003), Borges (2004), Miguel (2001); cliente-tera-
existência do homem no mundo (abordagens peuta, em Zamignani (2002); sujeito-família, em

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Sidman (2003); sujeitos e seus sentimentos, em terapêutica – presentes nos ambientes de cada
Carvalho (1999); sujeito-educação, em Milhollan sujeito, controlando e afetando, de forma única e
e Forisha (1978) e Hubner (2005); sujeito-depres- peculiar, diversos repertórios comportamentais.
são, em Cavalcante (1997); sujeito-estresse, em Embora não possam atuar efetivamente
Thomaz (2005); sujeito-cultura, em Martone, na área de estímulos incontroláveis, a modali-
Moreira e Todorov (2005) e Lamal (1991), e sujei- dade de acompanhamento terapêutico e a prá-
to-leis, em Macedo (2004). tica clínica extraconsultório, sob a ótica analí-
tico‑comportamental proposta por Zamignani,
Kovac e Vermes (2007), já aproximam o terapeu-
4 Considerações finais ta dos ambientes naturais de nossos clientes e,
conseqüentemente, de observação, avaliação e

Editorial
Gostaríamos de finalizar este artigo expli- intervenção diferenciada em atendimento clíni-
cando por que somos adeptos da terapia com- co, na medida em que a postura terapêutica não
portamental. Inicialmente, destacamos o aspec- se limita a “quatro paredes”.
to mais distinto que esse tipo de terapia oferece Na graduação de psicologia, passamos a
a psicoterapeutas: a possibilidade de comando concordar com Sidman (2003) a respeito de que
tanto no planejamento da estratégia geral da a análise de contingências é um procedimento

Ponto de vista
terapia quanto no controle de seus detalhes à ativo, não uma especulação intelectual. É um
medida que prossegue. tipo de experimentação que não ocorre apenas
É ilusão acreditar que essa característica em laboratório, mas também no mundo coti-
seja sinônimo de “manipulação do comporta- diano. Bons analistas do comportamento estão
mento”. Refere-se a “comando”, a flexibilidade sempre experimentando, analisando contin-
funcional em dirigir a terapia quando estamos gências, transformando-as e testando suas aná-
sensíveis às contingências (relação sujeito-am- lises, além de observarem se o comportamento
biente), tendo por base as discussões anteriores mudou ou não, ficando sensível ao cliente, não
desta abordagem sobre o comportamento (ho- simplesmente por meio de técnicas como faziam

Artigos
mem e suas relações com o meio) e os estímulos os “modificadores do comportamento” no auge
que o afetam. Nesse sentido, não apenas no con- do behaviorismo metodológico.
texto clínico, mas também no organizacional, Outro atrativo dessa ciência é que as ob-
hospitalar, educacional, esportivo, forense, de servações científicas, também chamadas de
trânsito, marketing, acompanhamento terapêuti- “análises funcionais”, permitem a previsão e,

para os autores
co e nos demais campos de atuação do psicólo- conseqüentemente, o planejamento de efica-

Instruções
go, quando um tipo de técnica falha em mudar zes intervenções. Tais aspectos fortalecem o
condutas humanas, outra, imediatamente, é ten- fato de que essa terapia é muito requisitada
tada. Quando há mudanças desejadas, torna-se para ajustar hábitos indesejados (neuroses,
nítida a observação dos resultados, podendo ser transtornos, psicoses etc.), tanto por profissio-
facilmente mantida e/ou reforçada a depender nais da saúde quanto pelos próprios psicólo-
dos ambientes com os quais os nossos clientes gos adeptos de outras abordagens. Os demais
se relacionam. conceitos disponíveis em seu arcabouço teó-
Os desafios para um analista do comporta- rico, tais como metacontingências, macrocon-
mento, portanto, além das variáveis discutidas, tingência, controle de estímulos, esquemas
certamente esbarrarão na gama de estímulos de reforçamento, equivalência de estímulos,
incontroláveis – morte, envelhecimento, chu- coerção, e modelos experimentais de psicopa-
va, calor, neve, furto, roubo, enchentes, ou seja, tologia, complementam uma ciência que, em-
o rol de manifestações ambientais que afetarão bora seja relativamente nova em comparação
nossos clientes, independentemente de conduta com as tradicionais abordagens psicológicas,

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Análise do comportamento: do que estamos falando?

BRANDÃO, M. Z. S.; CONTE, F. C. S.; MEZZAROBA, S. M.


já tem muito que contribuir para as demandas B. Tudo (ou quase tudo) que você gostaria de saber para viver
clínicas, organizacionais, educacionais, hospi- melhor. São Paulo: ESEtec, 2003.
talares, jurídicas, como apontado por Sidman
CARVALHO, S. G. O lugar dos sentimentos na ciência
(2003), ao dizer que há muito mais demanda do comportamento e na psicoterapia comportamental.
para um analista do comportamento do que Universidade Presbiteriana Mackenzie. Revista Psicologia:
simplesmente receber, em seu consultório, ca- teoria e prática, v. 1, n. 2, p. 33-36, 1999.

sos extremamente complicados que necessitam CAVALCANTE, S. N. Notas sobre o fenômeno depressão a
de uma mudança imediata de repertório com- partir de uma perspectiva analítico-comportamental. São
portamental dos sujeitos. Paulo. Rev Psicologia, Ciência e Profissão, v. 17, n. 2, p. 2-12,
1997.
Cada abordagem psicológica compartilha
reflexões em comum e extremamente diferentes HUBNER, M. M. C. O Skinner que poucos conhecem:
contribuições do autor para um mundo melhor, com
sobre a visão de homem X mundo X suas rela-
ênfase na relação professor-aluno. Momento do professor.
ções. Nessa diversidade que compõe a ciência
Revista de Educação Continuada, São Paulo, ano 2, n 4,
psicológica, podemos afirmar que Sidman tam- p. 44-49, 2005.
bém tinha razão quando dizia que somos afor-
TEIXEIRA JÚNIOR, R.R.; SOUZA, M. A. O. de. Vocabulário
tunados por nosso comportamento ser sensível de análise do comportamento: um manual de consultas de
às suas conseqüências, e o deste articulista, termos usados na área. São Paulo: ESEtec, 2006.
nesse contexto, ficou sensível à análise do com-
LAMAL, P. A. Behavioral analysis of societies and cultural
portamento cujas raízes filosóficas surgiram do practices. Washington, DC: Hemisphere Publishing, 1991.
behaviorismo radical, de B. F. Skinner. p. 39-73.
Por fim, acreditamos que, se cada verten-
MARTONE, R. C; MOREIRA, M. B.; TODOROV, J. C.
te teórica continuar a investir rigorosamente Metacontingência, comportamento, cultura e sociedade. São
em sua filosofia / epistemologia, metodolo- Paulo: ESETec, 2005.
gia, pressupostos éticos, visões de homem e MACEDO, L. M. D. S. Os projetos de lei municipal sobre
mundo, técnicas, produção e revisão literária, violência da cidade de São Paulo (1991 a 2003): uma
organização e produção de conhecimento, ex- categorização comportamental. 2004. Dissertação
tensão de sua prática aos infinitos campos de (Mestrado em Análise Experimental do Comportamento)
– Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São
atuação (clínica, escola, organizações, trânsito,
Paulo, 2004.
forense, marketing, hospitalar, afins), autocrí-
ticas e preenchimento de lacunas conceituais, MATOS, M. A.; TOMANARI, G. Y. A análise do
comportamento no laboratório didático. São Paulo: Manole,
todas tenderão a tornar-se ciências indepen-
2002. cap. I e II.
dentes. Enquanto não atendem a essas neces-
sidades, elas se complementam, esbarram-se, MIGUEL, C. F. Uma introdução ao gerenciamento
organizacional das organizações. In: DELITTI, M. (Org.).
enfrentam-se e se entrelaçam em diversas te-
Sobre comportamento e cognição. São Paulo: ESETec, 2001.
máticas agrupadas na ciência, hoje conhecida
como Psicologia. MILHOLLAN, F.; FORISHA, B. E. Skiner & Rogers:
maneiras contrastantes de encarar a educação. 8. ed. São
Paulo: Summus, 1978.

SIDMAN, M. Coerção e suas implicações. Campinas: Livro


Referências Pleno 2003.

SKINNER, B. F. Verbal behavior. Cambridge,


BORGES, B. N. Análise aplicada do comportamento:
Massachusetts: Prentice-Hall, 1992.
utilizando economia de fichas para melhorar
desempenho. Revista Brasileira de Terapia Comportamental e ______. Ciência e comportamento humano. São Paulo:
Cognitiva, São Paulo, v. 1, n. 1, p. 31-38, jun. 2004. Martins Fontes, 2000.

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ALENCAR, E. T. da S.

THOMAZ, C. R. C. O efeito da submissão a estressores ZAMIGNANI, D. R.; LABETE, M. C. A vida em outras


crônicos e moderados. São Paulo: PUC-SP, 2005. cores: superando o transtorno obssessivo compulsivo e a
síndrome de Tourette. 1. ed. Santo André: ESETec, 2002.
THOMAZ,C. R. C. et al. Conhecimento do aluno sobre o
behaviorismo radical e sua concepção de psicologia. São Paulo: ______.; KOVAC, R.; VERMES, J. S. A clínica de
Redepsi, 2006. Disponível em: <http://www.redepsi.com. portas abertas: experiências e fundamentações do
br/portal/modules/smartsection/item.php?itemid=306>. acompanhamento terapêutico e da prática clínica em
Acesso em: out. 2007. ambiente extraconsultório. São Paulo: ESETec, 2007.

WATSON, J. B. Psychology as the behaviorist views it.


Psychological Review, n. 20, p. 158-177, 1913.

Editorial
Ponto de vista
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para os autores
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ALENCAR, E. T. da S. Análise do comportamento: do
que estamos falando? ConScientiae Saúde, São Paulo, v. 6,
n. 2, p. 261-267, 2007.

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