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UNIVERSIDADE SEVERINO SOMBRA

TRABALHO
DE
MÁQUINAS DE FLUXO

“Ventilação industrial e controle da poluição”

PROFº: ABENILDO MENDONÇA


EQUIPE:
LUIZ GUSTAVO GOMES – 201420275
ANDRÉ LUIZ
ANDRÉ NICOLAU
JHONATAN RAMOS
1- Conceitos Fundamentais

1.1-Objetivo
A ventilação industrial é a medida mais efetiva na promoção da qualidade de vida em ambientes
prejudiciais ao ser humano; tem a função de evitar a dispersão de contaminantes no ambiente
industrial e diluir gases e vapores evitando sua concentração.

A aplicação de sistemas de ventilação industrial previne doenças profissionais causadas pela


concentração de pó suspenso no ar, gases venenosos ou tóxicos ou partículas nocivas.

Assim sendo, a ventilação é um método para se evitarem doenças profissionais oriundas da


concentração de pó em suspensão no ar, gases tóxicos ou venenosos e vapores.

O conceito da ventilação industrial está baseado na movimentação do ar de forma planejada para


que se possa atingir objetivos específicos no ambiente de trabalho industrial. A movimentação do
ar pode ocorrer através de meios mecânicos ou natural tendo em vista que deve - se observar a
dinâmica entre pressão positiva e pressão negativa no ambiente.

1.2 – Classificação sumária dos sistemas de ventilação

Os sistemas de ventilação se dividem em Sistemas de Ventilação Geral e em Sistemas de


Ventilação Local Exaustora. Vejamos em que consistem.

1.2.1 Sistema de ventilação geral

Realiza a ventilação de um ambiente, de um modo global e geral. Pode ser:

Natural, quando não são empregados recursos mecânicos para provocar o deslocamento doar. A
movimentação natural do ar se faz através de janelas, portas, lantemins etc. Geral diluidora,
quando se empregam equipamentos mecânicos (ventiladores) para a ventilação do recinto. A
ventilação geral diluidora pode realizar-se por meio de: insuflação; exaustão; insuflação e
exaustão combinadas, constituindo o chamado Sistema Misto.

A Ventilação Geral tem por finalidade:

a) Manter o conforto e a eficiência do homem. Para isto, procura realizar:

- o restabelecimento das condições ambientais do ar, alteradas pela presença do homem; - a


refrigeração do ar em climas quentes;

- o aquecimento do ar em climas frios; - o controle da umidade do ar.

Estes objetivos são conseguidos da forma mais perfeita nas denominadas instalações de ar
condicionado.

b) Manter a saúde e a segurança do homem. Visa a conseguir:


- reduzir a concentração de aerodispersóides e particulados nocivos, até um nível considerado
compatível com as exigências de salubridade;

- impedir que a concentração de gases, vapores e poeiras inflamáveis ou explosivas ultrapasse


limites de segurança contra a inflamabilidade ou a explosão.

c) Conservar em bom estado materiais e equipamentos (subestações elétricas em interiores;


"locais" de compressores, de motores a diesel e de geradores e motores elétricos).

1.2.2 - Sistema de ventilação local exaustora

Realiza-se com um equipamento captor de ar junto à fonte poluidora, isto é, produtora de um


poluente nocivo à saúde, de modo a remover o ar do local para a atmosfera, por um sistema
exaustor, ou a tratá-lo devidamente, a fim de ser-lhe dada destinação conveniente, isto é, sem
riscos de poluição ambiental.

2- Ar Atmosférico e Poluído

2.1- Composição do Ar

A composição do ar é formada por muitos elementos. Encontramos em sua composição alguns


gases, vapor de água, microrganismos e impurezas (poeira e fuligem). Os gases são componentes
não variáveis dentro da formação, ou seja, existem em uma determinada quantia. Já as impurezas,
microrganismos e o vapor da água irão variar de acordo com diversos fatores, como o clima, os
ventos e a poluição do ambiente.

A respeito dos gases, é possível observar que na composição ar atmosférico há oxigênio,


nitrogênio e gás carbônico. A proporção de cada um desses gases varia.

* 78% é nitrogênio; *
21% é oxigênio; *
0,91% são gases nobres; *
0,035 é gás carbônico.

A maior parte da composição


do ar é de nitrogênio. Os
gases nobres são compostos
por hélio, neônio, argônio,
criptônio, radônio e xenônio.
Elementos fixos da composição do ar

 Nitrogênio: Dois átomos de nitrogênio formam uma molécula desse gás. A sua fórmula
química é N2. Embora exista abundantemente no ar, já que está presente em 78% da
composição, os animais e as plantas não utilizam o nitrogênio daí. O processo é bastante
diferente, abarcando um grande ciclo que começa no solo, onde o gás penetra. Bactérias
presentes em raízes de plantas leguminosas absorvem o nitrogênio e o transformam em
nitratos. Esses, por sua vez, permanecem em partes das plantas para que elas utilizem na
produção de proteínas, das quais são totalmente dependentes. Os animais que são herbívoros
absorverão o nitrogênio quando se alimentarem das plantas. Já os animais carnívoros recebem
as proteínas oriundas do gás de maneira indireta, ao se alimentarem de outros animais que
ingeriram as plantas. O clico do gás de nitrogênio se inicia novamente com a morte dos
bichos. Ao se decomporem através de bactérias e fungos, o solo recebe e repassa o nitrogênio
à outras plantas, que serão alimento para outros animais.

 Oxigênio: Esse gás é extremamente necessário para a existência dos seres vivos. Sua fórmula
é o O2. Aqueles que utilizam o gás de alguma forma, seja na respiração ou na alimentação,
são chamados de “seres aeróbicos”. É o caso das plantas e animais. Já os seres que não
utilizam o gás de oxigênio de maneira nenhuma, são denominados “seres anaeróbicos”, sendo
o caso de algumas bactérias. Os seres humanos não conseguem ficar muito tempo sem
oxigênio, pois todo sistema responsável pela respiração é dependente desse gás. É por isso
que se o homem parar de respirar, irá se sufocar rapidamente, pois há 21% de oxigênio no ar
atmosférico. Os órgãos humanos precisam de oxigênio, que funciona como uma espécie de
combustível para eles. O gás é necessário na ingestão e digestão dos alimentos, através dos
quais os órgãos extrairão esse combustível para que o corpo continue a funcionar
normalmente. Entretanto, quando misturado ao ferro (Fe) forma a ferrugem, que pode
danificar construções e aparelhos de metal ou até mesmo o organismo humano.

 Gás carbônico: Outro gás essencial para a vida. Sua fórmula química é o CO2. Ele é o
responsável pela criação de glicose e energia no processo de fotossíntese dos vegetais. Além
do gás carbônico, esse processo necessita ainda de clorofila (substância que absorve a energia
luminosa), água e luz do sol. A planta absorve o gás através do ar, a água através do solo e a
luz solar. Misturando esses fatores, ela terá glicose e gás oxigênio necessário para sua
existência.

 Gases nobres: Possuem essa denominação porque são gases que dificilmente se combinam
com outras substâncias. Suas Formulas são: He (hélio), Ar (argônio), Kr (criptônio), Xe
(xenônio) e Rn (radônio). Quando isolados, podem ser utilizados em muitas coisas, como em
flashes de máquinas fotográficas (Xe), letreiros luminosos (Ne e Kr) e em Lâmpadas (Ar).
Elementos variáveis da composição do ar

 Vapor da água: Formam as nuvens depois da evaporação das águas dos mares, rios e lagos.
Mas o vapor presente no ar também vem da respiração e transpiração dos seres vivos. Ela
forma uma umidade muito importante para a conservação da vida no planeta.

 Poeira: Está presente em praticamente todo o lugar, dentro e fora de construções. É possível
observar no ar as partículas sólidas que formam a poeira.

 Fuligem de fumaça: Quanto maior a cidade, mais fuligem terá o ar. Isso porque ela está
presente em fumaças que saem de chaminés de fábricas e em veículos como carros, motos e
ônibus. Todos eles liberam fumaça no ar. O aparelho respiratório pode ser seriamente
comprometido por esses gases.

 Microrganismos: Podem ser nocivos ou não para a saúde humana. Alguns causam doenças
como tétano, gripe e tuberculose. Outros, que são inofensivos, podem ser utilizados na
fabricação de remédios. Existem em grande quantidade na atmosfera.

2.2- Poluentes do Ar

 Óxidos de nitrogênio e enxofre: esses gases tóxicos são liberados na queima industrial de
combustíveis fósseis como o carvão mineral e o óleo diesel. O dióxido de nitrogênio pode
provocar bronquite, asma e enfisema pulmonar. Quando esses gases se combinam com o vapor
de água presente na atmosfera, eles são convertidos em ácido nítrico e ácido sulfúrico. Diante
disso podemos concluir que eles são os responsáveis pelas chuvas ácidas. Os dois gases
diminuem a capacidade de formação de anticorpos no organismo.

 Dióxido de carbono (gás carbônico): resulta das combustões e da respiração de animais e


plantas. Serve de matéria prima para os vegetais na fotossíntese. A cada dia sua concentração
no ar aumenta, sendo ele um dos principais responsáveis pelo efeito estufa.

 Monóxido de carbono: gás incolor, inodoro, mais leve que o ar e extremamente tóxico. Ao se
combinar com a hemoglobina, prejudica o transporte de oxigênio pelas células. Esse gás é
proveniente da queima incompleta de moléculas orgânicas e sua principal fonte de emissão são
os motores de veículos como automóveis, ônibus, caminhões, motos etc.

 Compostos orgânicos voláteis: materiais como gasolina, solventes e soluções de limpeza que
se encontram no ar em estado de vapor.

 Partículas em suspensão: as partículas que se encontram em suspensão no ar podem ser


líquidas ou sólidas, e elas são produzidas principalmente pelo desgaste de pneus e freios de
automóveis, poeiras lançadas por indústrias, como as siderúrgicas e as fábricas de cimento, que
liberam na atmosfera partículas de sílica, e que podem causar diversas doenças pulmonares
como fibroses e enfisemas.
 Metais pesados como chumbo, cádmio e mercúrio: antigamente o chumbo era utilizado na
gasolina para aumentar seu poder detonante, mas após coleta de sangue feita em várias
pessoas, verificaram-se altos níveis de chumbo. Diante disso, o governo aboliu o uso desse
metal pesado, sendo que desde 1988 ele não é utilizado na gasolina. O cádmio é utilizado nas
baterias recarregáveis de celulares e outros eletroeletrônicos, e o mercúrio são utilizados nas
baterias de relógios. Ambos são muito tóxicos e exigem extremo cuidado ao serem reciclados.

2.3- Valores Limiares de Tolerância

São muitos os poluentes que resultam de operações e processos industriais. O organismo humano,
os animais e os vegetais podem vir a ser gravemente afetados, caso o grau de concentração desses
poluentes no ar venha a ultrapassar certos limites de tolerância.

Na prática, não existe a pretensão de se alcançar uma purificação total do ar, mas atingir um grau
de pureza que não ofereça riscos à saúde e à ecologia nem a médio nem alongo prazo.

Pesquisas quanto à suscetibilidade dos organismos à ação de agentes poluentes têm sido e
continuam sendo levadas a efeito por várias organizações de Saúde Pública e Higienistas em todo
o mundo.

O levantamento das observações e os resultados apurados permitiram a elaboração de tabelas


indicativas dos limites de tolerância do organismo humano a um considerável número de
poluentes industriais.

Assim, por exemplo, a American Conference of Governmental Industrial Hygienists


(ACGIH) publica periodicamente uma tabela dos chamados valores limiares de tolerância
(Threshold limit values - TLV). A definição correta dos limiares de tolerância permitirá o cálculo
do limite total permissível de emissão de um determinado poluente. A partir daí poderão ser
estudados os métodos de redução da emissão, da coleta dos poluentes, do tratamento para a
purificação do ar em estabelecidos sistemas de controle do teor do poluente.

O Valor limiar de tolerância (YLT) corresponde a uma concentração média de substâncias


suspensas ou dispersas no ar de um certo ambiente de trabalho, em um determinado intervalo de
tempo, e que representa condições para as quais se pode presumir com certa segurança que quase
todos os trabalhadores possam estar expostos sem que ocorra manifestação de um efeito adverso
em seu organismo.

2.4 - Proteção do Meio Ambiente contra a Poluição

A Lei Federa ln°6938, de 31 de agosto de 1981, dispõe sobre a Política Nacional do Meio
Ambiente no Brasil.

Estalei foi regulamentada em 1°de junho de 1983 pelo Decreto n°88.351, que conferiu ao
Ministro de Estado do Interior a coordenação geral da política nacional do meio ambiente. Em 15
de março de 1985 foi criado o Ministério de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente.

O Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA) tem como órgão superior o Conselho
Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), cujo Regimento inicial foi alterado em 03 de junho de
1985. Cabem ao CONAMA, entre outras atribuições, as seguintes:

- Estabelecer, com o apoio técnico da Secretaria Especial do Meio Ambiente (SEMA), normas e
critérios gerais para o licenciamento das atividades efetiva ou potencialmente poluidoras.
- Determinar, quando julgar necessário, antes ou após o respectivo licenciamento, a realização de
estudo das alternativas e das possíveis conseqüências ambientais de projetos públicos ou privados
de grande porte. Estabelecer, com base em estudos da SEMA, normas, critérios e padrões
relativos ao controle e à manutenção da qualidade do meio ambiente.

O Decreto, em seu artigo 9°, criou várias Câmaras Técnicas coordenadas pelo SEMA, sendo uma
delas encarregados a assuntos relativos à qualidade geral do ar, a DIPAR.

Cabe aos Estados e Municípios a regionalização das medidas emanadas do SISNAMA,


elaborando normas e padrões supletivos e complementares.

O órgão estadual do meio ambiente em São Paulo é a CETESB, e no Estado do Rio de Janeiro é a
FEEMA – Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente- e a SEMA, esta em caráter
supletivo.

Determinarão, sempre que necessário, a redução das atividades geradoras de poluição, para
manter as emissões gasosas sou efluentes líquidos e resíduos sólidos nas condições e limites
estipulados no licenciamento concedido.

O Decreto citado prevê multas a "quem causar poluição atmosférica que provoque a retirada,
ainda que momentânea, dos habitantes de um quarteirão urbano ou localidade equivalente".

A Associação Brasileira de Meio Ambiente e a Fundação Brasileira para a Conservação da


Natureza defendem o meio ambiente contra a poluição e depredação ecológica. Existem três
valores limiares de tolerância mais conhecidas e que são:

a) TLY-TWA (Threshold Limit Value - Time Weighted Average). Corresponde a concentrações


ponderadas pelo tempo, para uma jornada de trabalho de 8 horas e uma semana de trabalho de 40
horas e para as quais todos os trabalhadores podem ser expostos repetidamente dia após dia, sem
efeito adverso.

b) TLY-8TEL (Threshold Limit Value-Short Term Exposure Umil). Ê a concentração para a qual
os trabalhadores podem ser expostos continuadamente por um curto intervalo de tempo, sem
sofrerem:

1. Irritação das mucosas e da pele;

2. Dano crônico ou irreversível de qualquer tecido;

3. Narcose em grau tal que possa aumentara possibilidade de um acidente ou reduzira capacidade
de autodefesa, ou ainda, o rendimento no trabalho.

Trata-sede um parâmetro que suplementam as não exclui o TLY-TWA e se aplica a caso sem que
se saiba que existem conseqüências graves provocadas por substâncias cujos efeitos são primária
e normalmente de natureza crônica.

Um STEL se define como a concentração durante um intervalo de tempo de15 minutos e que não
deve ser excedida em nenhum tempo durante um dia, supondo que a concentração ponderada
diária esteja dentro dos limites de TLY-TWA.

As exposições correspondentes ao STEL não devem exceder 15minutose não podem ser repetidas
mais de quatro vezes ao dia. Deve haver pelo menos 60 minutos entre duas exposições sucessivas
de. Um STEL.
c) TLY-C (Threshold Limit Value - Ceiling). Vem a concentração que não deverás ser excedida
em qualquer tempo da jornada de trabalho. Corresponde, pois a um "teto" ou limite superior que
não deve ser atingido. Sempre que possível, devem ser realizados estudos aprofundados para a
fixação dos limites de tolerância, uma vez que a capacidade de defesa e a resistência dos
organismos. Variam muito e é sempre conveniente trabalhar-se com boa margem de segurança.

Segundo a entidade que publica os valores, os TLY’s devem ser usados como guias no controle
do risco à saúde e não como se constituíssem limites precisos entre concentrações seguras e
perigosas.

Para o ar ambiente exterior à indústria, respirado pela população na vizinhança, os valores devem
ser muito mais baixos, pois o ar poluído será respirado durante as 24horas do dia.

Efeito do Movimento do ar Sobre o Conforto de uma Pessoa

3.1 Sensação de frio e calor: condições de conforto

É sabido que o movimento do ar alivia a sensação de calor, uma vez que o mesmo abaixa a
temperatura da pele. É importante que se façam umas considerações sobre as perdas de calor
sofridas pelo corpo humano, para uma melhor compreensão do conforto relativo que se pode
alcançar com a ventilação. A assimilação dos alimentos após as transformações biológicas
realizadas, fornece continuamente o calor necessário ao equilíbrio metálico do organismo. Essa
quantidade de calor produzida aumenta conforme os esforços despendidos. Assim, um homem
em repouso (sentado, parado) desenvolve cerca de 100kcal/h, ao passo que em marcha rápida,
digamos a 6,0km/h, desenvolverá cerca de 300kcal/h. O corpo humano não tem, porém,
condições de armazenar calor à medida que o mesmo vai se produzindo, uma vez que a
temperatura interior ou subsuperficial é aproximadamente 37ºC, e a superficial, a 36ºC. Deverá,
portanto, haver uma permanente eliminação do excesso de calor formado, o que ocorre através da
pele, e esta eliminação deve fazer-se à medida e tão rapidamente quanto o calor vai sendo
produzido. É necessário que isto aconteça para que a temperatura do corpo não se eleve a ponto
de ameaçar o organismo, a ponto de causar um acidente circulatório respiratório. Quando no
ambiente local "faz frio", a perda de calor do corpo se processa rapidamente, mas se a
temperatura ambiente for elevada, o corpo humano passa a aquecer-se. O ar em movimento
favorece a transferência de calor através da pele, de modo a eliminar o excesso de calor
produzido pelo corpo ou adquirido pelo mesmo em consequência do calor reinante no ambiente.

Para que, em um clima tropical, seja possível trabalhar em condições ambientais necessárias
primordialmente à saúde e secundariamente à produtividade, deve-se procurar atender a
condições adequadas de ventilação. Às vezes se imagina que o problema da ventilação industrial
se relaciona apenas com a remoção de substâncias nocivas ao organismo, as quais possam
encontrar-se no ar.

Entretanto, é preciso atentar para o fato de que condições ambientais adversas de calor, traduzidas
por uma temperatura e grau de umidade elevados ou uma se cura excessiva do ar e baixa
temperatura, podem, em prazo maior ou menor, contaminar e abalar a resistência do organismo,
favorecendo o estabelecimento de uma série de doenças.
3.2 – Formas de transmissão de calor

Para uma melhor compreensão do modo segundo o qual o ar em movimento é favorável ao


conforto ambiental, convém lembrar que a temperatura do corpo é regida por três processos
físicos de transmissão de calor: a radiação, a convecção e a evaporação. A liberação de calor por
convecção e evaporação é consideravelmente influenciada pelo movimento do ar.

4 - Ventilação Geral
4.1 - Ventilação geral para manutenção do conforto e eficiência do homem

Restabelece, para isso, as condições desejáveis para o ar, alteradas pela presença do homem; pelo
aquecimento devido a equipamentos ou a condições climatéricas; ou pelo resfriamento do ar
devido a certas instalações ou ao clima. É designado também como ventilação geral de ambientes
normais.

4.2 - Ventilação geral visando à saúde e à segurança do homem

Controla a concentração ambiental de gases, vapores e partículas. É o que se pretende nos


ambientes industriais para diluir contaminantes gerados em um recinto quando não é possível
capturar o contaminante antes que o mesmo se espalhe, e, por isso, é conhecida como ventilação
geral diluidora, ou ventilação por diluição.

Pode-se realizar a ventilação geral por um dos seguintes métodos:

 Admissão e exaustão naturais do ar;


 Insuflação mecânica e exaustão natural;
 Insuflação natural e exaustão mecânica;

Insuflação e exaustão mecânicas. É o sistema misto.


5 – Entrada de ar e exaustão natural

A ventilação natural consiste em proporcionar a entrada e a saída do ar de um ambiente sob uma


forma controlada e intencional graças a aberturas existentes para esse fim, como é o caso de
janelas, portas e lanternins.

A ventilação natural é objeto das considerações que se fazem na elaboração do projeto de


arquitetura e se baseia nas constatações de que:

a) O fluxo de ar que penetra ou sai pelas aberturas de um prédio por ventilação natural
depende:
 da diferença entre as pressões existentes no exterior e no interior do prédio ou recinto;
 da resistência oferecida à passagem do ar pelas aberturas.

b) A diferença de pressão é uma consequência da ação direta do vento sobre as paredes e


coberturas e da diferença entre as densidades do ar no exterior e no interior do prédio (efeito de
chaminé).

As posturas municipais em geral estabelecem algumas exigências mínimas para orientação do


projeto arquitetônico, entre as quais citamos:

- "A superfície iluminante natural dos locais de trabalho deve ser no mínimo de um sexto ou um
quinto do total da área do piso" (conforme o município).

- "A área de ventilação natural deve corresponder no mínimo a 2/3 da superfície iluminante
natural".

Denomina-se ventilação por gravidade o sistema de ventilação natural pelo qual o deslocamento
do ar é provocado por aberturas situadas na parte superior do ambiente ou da edificação
(lanternins, p. ex.) e pela diferença de densidade do ar. Aplica-se a edifícios industriais, ginásios
desportivos, garagens, salas de aula e até mesmo a edifícios públicos e habitações.

Quando não for possível adotar o sistema de ventilação natural, seja pelas características das
atividades, presença de poluentes, exigência de que o ambiente seja fechado, seja por imposição
arquitetônica, que não aceite lanternins, brise-soleil e outras aberturas, tem-se que adotar a
ventilação mecânica.

Observações:

- Qualquer que seja o sistema de ventilação que se aplique, deverá prever a remoção do ar
contaminado do recinto, mas de modo a não causar prejuízo à vizinhança.

- A diferença de elevação entre a altura média das tomadas e das saídas de ar (janelas) em relação
ao piso do prédio deve ser a máxima possível, para que o resultado obtido seja bom.

Pode-se dividir o estudo da ventilação natural em três partes:

- Ventilação devida à ação do vento;

- Ventilação devida à diferença de temperaturas;


- Ventilação pela ação combinada da ação do vento e da diferença de temperaturas.

Conforme o projeto, a localização e a posição do prédio, dependendo das condições atmosféricas


e climáticas, poderá haver predominância da ação do vento ou do movimento do ar decorrente da
diferença de temperatura. Sob certas condições, estas ações se somam. O projeto de localização
de aberturas como brise-soleils, janelas e lanternins deve ser feito procurando conseguir que os
efeitos favoráveis à ventilação devidos à ação do vento e da diferença de temperaturas se somem
e não se contraponham.

6 - Movimento do ar nos recintos em virtude da diferença de temperatura

A menor densidade do ar quente faz com que o mesmo se eleve e tenda a escapar por aberturas
colocadas, nas partes elevadas, em lanternins etc. Esse escoamento se realiza pelo chamado efeito
de chaminé e proporciona uma vazão dada por

Qc = 9,4 x A x √ℎ(𝑇𝑖 − 𝑇𝑒)

sendo:

Qc = vazão de ar (pés cúbicos/min - cfm)

A = área livre das entradas ou saídas supostas iguais (pe2)

h = distância vertical entre as aberturas de entrada e saída = diferença de alturas (pé)

Ti = Temperatura média do ar interior à altura das aberturas de saída (0F)

Te = Temperatura do ar exterior (0F)

9,4 = constante de proporcionalidade, incluindo o valor correspondente a 65% para levar em


conta a efetividade das aberturas. Deve-se reduzir este valor para 50% (a constante passa a ser
7,2) as condições de escoamento entre a entrada e a saída não forem favoráveis.

7 – Ventilação geral diluidora

A ventilação geral diluidora é um método de insuflar ar em um ambiente ocupacional, de exaurir


ar desse ambiente, ou ambos, a fim de promover uma redução na concentração de poluentes
nocivos. Essa redução ocorre pelo fato de que, ao introduzirmos ar limpo ou não poluído em um
ambiente contendo certa massa de determinado poluente, faremos com que essa massa seja
dispersa ou diluída em um volume maior de ar, reduzindo, portanto, a concentração desses
poluentes. Uma observação a ser feita é a de que esse método de ventilação não impede a emissão
dos poluentes. Os objetivos de um sistema de ventilação geral diluidora podem ser: - Proteção da
saúde do trabalhador, reduzindo a concentração de poluentes nocivos abaixo de um certo limite
de tolerância. - Segurança do trabalhador, reduzindo a concentração de poluentes explosivos ou
inflamáveis abaixo dos limites de explosividade e inflamabilidade. - Conforto e eficiência do
trabalhador, pela manutenção da temperatura e umidade do ar ambiente. - Proteção de materiais
ou equipamentos, mantendo condições atmosféricas adequadas. Em casos em que não é possível,
ou não é viável, a utilização de ventilação local exaustora, a ventilação geral diluidora pode ser
usada. A aplicação, com sucesso, de ventilação geral diluidora depende das seguintes condições: -
O poluente gerado não deve estar presente em quantidade que exceda a que pode ser diluída com
um adequado volume de ar. - A distância entre os trabalhadores e o ponto de geração do poluente
deve ser suficiente para assegurar que os trabalhadores não estarão expostos a concentrações
médias superiores ao limite de tolerância. - A toxicidade do poluente deve ser baixa ( LT > 500
ppm ). - O poluente deve ser gerado em quantidade razoavelmente uniforme.

A ventilação geral diluidora, além de não interferir com as operações e processos industriais, é
mais vantajosa que a ventilação local exaustora, nos locais de trabalho sujeitos a modificações
constantes e quando as fontes geradoras de poluentes se encontrarem distribuídas no local de
trabalho. Seu custo de instalação é relativamente baixo quando comparado com o da ventilação
local exaustora. é conveniente quando há interesse na movimentação de grandes volumes de ar na
estação quente. Diversas razões levam não-utilização frequente deste tipo de ventilação para
poeiras e fumos. A quantidade de material gerado é usualmente muito grande, e sua dissipação
pelo ambiente é desaconselhável. Além disso, o material pode ser muito tóxico, requerendo,
portanto, uma excessiva quantidade de ar de diluição.

8 – Dutos para condução do ar

Uma linha de dutos deverá ser instalada de acordo com o layout geral da fábrica, interligando
captores (coifas) ao sistema de coleta. Esta linha deverá ser do menor comprimento possível, a
fim de minimizar a perda de carga, consumindo dessa forma menos energia. Isto significa que o
sistema de coleta constituído por um exaustor-coletor deverá ser instalado o mais próximo
possível dos pontos de captação (coifas ou captores). Para o dimensionamento de dutos e
captores, bem como das singularidades ao longo deles, o projetista deverá levar em consideração
as vazões necessárias para cada captor, velocidade de transporte recomendada para o trecho
principal dos dutos e as devidas perdas de carga, a fim de determinar a potência do motor e
ventilador, bem como das secções dos dutos. Para tanto, a American Conference of
Governamental Industrial Hygienists (ACGIH) e demais literaturas a respeito possuem toda a
informação necessária para o cálculo das perdas de carga, expressas em milímetros ou polegadas
de colunas de água. É desaconselhável o uso de tubos de secção retangular para sistemas de
exaustão, por apresentarem cantos vivos, que facilitam a deposição de poeira, e que exigem,
portanto, motor de maior potência para manter a eficiência necessária; além disso, haverá um
maior desgaste dos dutos, implicando em frequentes manutenções. É interessante a adoção de
valores fixos (por exemplo, raio de curvatura r=2d), o que significa que todas as curvaturas serão
semelhantes, dando um aspecto arquitetônico à instalação, mesmo com pequeno acréscimo de
perda de carga.
9 – Ventiladores

Um ventilador ou ventoinha é um dispositivo mecânico utilizado para converter energia mecânica


de rotação, aplicada em seus eixos, em aumento de pressão do ar. Foi inventado nos EUA
(Estados Unidos da América) em 1882, pelo americano Schuyler S. Wheeler.
Este aparelho pode ser de distintos tipos, consoante o sentido de fluxo de ar em relação ao
ambiente ventilado: sopradores (se há injeção de ar no ambiente) ou exaustores (se há retirada de
ar do ambiente).
Existem basicamente dois tipos de ventiladores, cuja escolha depende basicamente da aplicação:
os axiais e os centrífugos.
Os ventiladores podem encontrar-se em diversos tamanhos e formatos, podendo ser fixados no
solo (através de pedestais) na parede ou no teto. Geralmente também se usam como objeto
decorativo acompanhando muitas vezes lustres e luminárias.

10 – Ventilação local exaustora


A ventilação local exaustora é um dos sistemas mais eficazes para prevenir a contaminação do ar
na indústria. O princípio em que se baseia é o de capturar o contaminante no seu ponto de origem,
antes que atinja a zona respiratória do trabalhador, usando para isto a menor quantidade de ar
possível. O contaminante capturado é levado por tubulações ao exterior ou ao sistema de coleta
do contaminante.

Um sistema de ventilação local exaustora compreende várias partes básicas. Uma é a tomada de
ar ou captor, que deve ter a forma mais adequada de adaptação à máquina ou ao processo que
gera o contaminante.

Outra parte compõe-se das tubulações ou condutos, através dos quais circula o ar aspirado. A
velocidade do ar nas tubulações deve ser calculada de modo que o contaminante não se deposite
no seu interior por sedimentação.

Quando o contaminante é tóxico e sua dispersão na atmosfera pode contaminar outras áreas de
trabalho ou a vizinhança, o sistema deve incluir um dispositivo de coleta, localizado num ponto
do sistema antes que o ar evacuado seja lançado na atmosfera. Os sistemas existentes de uso mais
generalizado são os ciclones, câmaras de sedimentação, filtro de mangas, precipitadores
eletrostáticos, processos úmidos, lavadores, entre outros; seu uso e escolha dependem de
parâmetros como: granulometria do material, vazão a manipular, molhabilidade, toxicidade,
explosividade e ação corrosiva do contaminante.
11 – Purificação do ar

A filtragem ou purificação do ar, tem como objetivo eliminar ou minimizar as quantidades de


particulados, condensados (água ou óleo p.e), e remover ou diminuir a concentração de gases que
possam ser nocivos ao ser humano1.
Compreender a capacidade do material do filtro para coletar partículas de um fluxo de ar que
passa por ele é fundamental para o projeto bem sucedido.
As partículas são capturadas no interior de um meio poroso. Como o ar segue um caminho
tortuoso do fluxo criado por uma série de espaços vazios interconectados formados pela estrutura
microscópica (por exemplo, sílica gel, alumina ativa, carvão ativado, nanofibra ou microfibra por
exemplo), cada vez que as moléculas de condensado ou particulados se chocam com as paredes
da membrana de filtragem essas partículas decantam e se depositam na estrutura, principalmente,
ou decantam no fundo dos vasos de filtragem através dos mecanismos de captura.
Como o gás flui em torno dos elementos estruturais, as partículas podem ser primeiramente ser
removidas do fluxo de ar através dos mecanismos de seleção de partículas de difusão,
interceptação, impactação inercial e deposição eletrostática. Mecanismos de importância menores
incluem peneiramento e sedimentação gravitacional. A eficiência de captura de partículas de cada
mecanismo é principalmente dependente do tamanho da partícula, velocidade do ar e do tamanho
da estrutura do filtro (por exemplo, diâmetro da fibra). Abaixo temos uma breve explanação dos
princípios de captura de partículas.

Difusão: Deposição de partículas através de resultados de difusão quando as partículas colidem


com a estrutura do filtro devido ao seu movimento aleatório browniano. Este movimento
aleatório (ziguezague) ocorre quando pequenas partículas colidem com as moléculas do gás,
alterando assim a trajetória de partículas em torno da estrutura do filtro. Este movimento, e,
portanto, o grau de captura de partículas, torna-se mais pronunciado como o diâmetro da partícula
torna-se menor, especialmente para partículas menores que 0,1 mm
Interceptação: Uma partícula é depositada através do mecanismo de intercepção, se uma partícula
de tamanho finito é introduzida dentro de um raio de partícula da estrutura do filtro em que segue
as linhas de corrente de fluxo em torno da estrutura do filtro. A coleta de partículas através deste
mecanismo aumenta com o aumento de tamanho de partículas. A interceptação torna-se o
mecanismo de captura dominante para partículas na faixa de tamanho 0,1-1 mm e maiores.
Impactação inercial: Através da criação de caminhos tortuosos dentro do sistema de filtragem, as
partículas são incapazes de seguir o caminho da curva do ar e assim decantam ou se depositam
em torno da estrutura do filtro. Esse mecanismo se torna um meio cada vez mais significativo de
coleta de partículas de partículas maiores (massa de partículas), e maiores velocidades de gás.
Esse mecanismo se torna importante para partículas maiores que 0,3 a 1,0 mm, dependendo da
velocidade do gás e tamanho da estrutura do filtro. Ex: poeira, aerodispersóides.
Efeitos eletrostáticos: Partículas presentes na amostra de ar quando carregadas eletrostaticamente
são atraídas para a membrana interna de um filtro carregado eletricamente com carga de valor
oposto, ambas, criam forças eletrostáticas de magnitude suficiente para se atrair e assim
permanecem retidas dentro ou na supefície do filtro eletrostático.
Sedimentação gravitacional: Partículas grandes (isto é, maior que 10 mm), em velocidades
relativamente baixas, pode ser capturada por sedimentação gravitacional se a sedimentação de
partículas faz com que o desviar do seu caminho original e entrar em contato com a estrutura do
filtro.
Peneiramento: Partículas incapazes de passar através de aberturas na estrutura do filtro, devido ao
seu tamanho maior, são capturados através do mecanismo de peneiramento. Embora esse
mecanismo seja operável em filtragem de ar, partículas capazes de ser capturadas através de
peneiramento geralmente são capturados através de intercepção ou impactação inercial antes que
eles podem ser capturados através de peneiramento.

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