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TRABALHO
DE
MÁQUINAS DE FLUXO
1.1-Objetivo
A ventilação industrial é a medida mais efetiva na promoção da qualidade de vida em ambientes
prejudiciais ao ser humano; tem a função de evitar a dispersão de contaminantes no ambiente
industrial e diluir gases e vapores evitando sua concentração.
Natural, quando não são empregados recursos mecânicos para provocar o deslocamento doar. A
movimentação natural do ar se faz através de janelas, portas, lantemins etc. Geral diluidora,
quando se empregam equipamentos mecânicos (ventiladores) para a ventilação do recinto. A
ventilação geral diluidora pode realizar-se por meio de: insuflação; exaustão; insuflação e
exaustão combinadas, constituindo o chamado Sistema Misto.
Estes objetivos são conseguidos da forma mais perfeita nas denominadas instalações de ar
condicionado.
2- Ar Atmosférico e Poluído
2.1- Composição do Ar
* 78% é nitrogênio; *
21% é oxigênio; *
0,91% são gases nobres; *
0,035 é gás carbônico.
Nitrogênio: Dois átomos de nitrogênio formam uma molécula desse gás. A sua fórmula
química é N2. Embora exista abundantemente no ar, já que está presente em 78% da
composição, os animais e as plantas não utilizam o nitrogênio daí. O processo é bastante
diferente, abarcando um grande ciclo que começa no solo, onde o gás penetra. Bactérias
presentes em raízes de plantas leguminosas absorvem o nitrogênio e o transformam em
nitratos. Esses, por sua vez, permanecem em partes das plantas para que elas utilizem na
produção de proteínas, das quais são totalmente dependentes. Os animais que são herbívoros
absorverão o nitrogênio quando se alimentarem das plantas. Já os animais carnívoros recebem
as proteínas oriundas do gás de maneira indireta, ao se alimentarem de outros animais que
ingeriram as plantas. O clico do gás de nitrogênio se inicia novamente com a morte dos
bichos. Ao se decomporem através de bactérias e fungos, o solo recebe e repassa o nitrogênio
à outras plantas, que serão alimento para outros animais.
Oxigênio: Esse gás é extremamente necessário para a existência dos seres vivos. Sua fórmula
é o O2. Aqueles que utilizam o gás de alguma forma, seja na respiração ou na alimentação,
são chamados de “seres aeróbicos”. É o caso das plantas e animais. Já os seres que não
utilizam o gás de oxigênio de maneira nenhuma, são denominados “seres anaeróbicos”, sendo
o caso de algumas bactérias. Os seres humanos não conseguem ficar muito tempo sem
oxigênio, pois todo sistema responsável pela respiração é dependente desse gás. É por isso
que se o homem parar de respirar, irá se sufocar rapidamente, pois há 21% de oxigênio no ar
atmosférico. Os órgãos humanos precisam de oxigênio, que funciona como uma espécie de
combustível para eles. O gás é necessário na ingestão e digestão dos alimentos, através dos
quais os órgãos extrairão esse combustível para que o corpo continue a funcionar
normalmente. Entretanto, quando misturado ao ferro (Fe) forma a ferrugem, que pode
danificar construções e aparelhos de metal ou até mesmo o organismo humano.
Gás carbônico: Outro gás essencial para a vida. Sua fórmula química é o CO2. Ele é o
responsável pela criação de glicose e energia no processo de fotossíntese dos vegetais. Além
do gás carbônico, esse processo necessita ainda de clorofila (substância que absorve a energia
luminosa), água e luz do sol. A planta absorve o gás através do ar, a água através do solo e a
luz solar. Misturando esses fatores, ela terá glicose e gás oxigênio necessário para sua
existência.
Gases nobres: Possuem essa denominação porque são gases que dificilmente se combinam
com outras substâncias. Suas Formulas são: He (hélio), Ar (argônio), Kr (criptônio), Xe
(xenônio) e Rn (radônio). Quando isolados, podem ser utilizados em muitas coisas, como em
flashes de máquinas fotográficas (Xe), letreiros luminosos (Ne e Kr) e em Lâmpadas (Ar).
Elementos variáveis da composição do ar
Vapor da água: Formam as nuvens depois da evaporação das águas dos mares, rios e lagos.
Mas o vapor presente no ar também vem da respiração e transpiração dos seres vivos. Ela
forma uma umidade muito importante para a conservação da vida no planeta.
Poeira: Está presente em praticamente todo o lugar, dentro e fora de construções. É possível
observar no ar as partículas sólidas que formam a poeira.
Fuligem de fumaça: Quanto maior a cidade, mais fuligem terá o ar. Isso porque ela está
presente em fumaças que saem de chaminés de fábricas e em veículos como carros, motos e
ônibus. Todos eles liberam fumaça no ar. O aparelho respiratório pode ser seriamente
comprometido por esses gases.
Microrganismos: Podem ser nocivos ou não para a saúde humana. Alguns causam doenças
como tétano, gripe e tuberculose. Outros, que são inofensivos, podem ser utilizados na
fabricação de remédios. Existem em grande quantidade na atmosfera.
2.2- Poluentes do Ar
Óxidos de nitrogênio e enxofre: esses gases tóxicos são liberados na queima industrial de
combustíveis fósseis como o carvão mineral e o óleo diesel. O dióxido de nitrogênio pode
provocar bronquite, asma e enfisema pulmonar. Quando esses gases se combinam com o vapor
de água presente na atmosfera, eles são convertidos em ácido nítrico e ácido sulfúrico. Diante
disso podemos concluir que eles são os responsáveis pelas chuvas ácidas. Os dois gases
diminuem a capacidade de formação de anticorpos no organismo.
Monóxido de carbono: gás incolor, inodoro, mais leve que o ar e extremamente tóxico. Ao se
combinar com a hemoglobina, prejudica o transporte de oxigênio pelas células. Esse gás é
proveniente da queima incompleta de moléculas orgânicas e sua principal fonte de emissão são
os motores de veículos como automóveis, ônibus, caminhões, motos etc.
Compostos orgânicos voláteis: materiais como gasolina, solventes e soluções de limpeza que
se encontram no ar em estado de vapor.
São muitos os poluentes que resultam de operações e processos industriais. O organismo humano,
os animais e os vegetais podem vir a ser gravemente afetados, caso o grau de concentração desses
poluentes no ar venha a ultrapassar certos limites de tolerância.
Na prática, não existe a pretensão de se alcançar uma purificação total do ar, mas atingir um grau
de pureza que não ofereça riscos à saúde e à ecologia nem a médio nem alongo prazo.
Pesquisas quanto à suscetibilidade dos organismos à ação de agentes poluentes têm sido e
continuam sendo levadas a efeito por várias organizações de Saúde Pública e Higienistas em todo
o mundo.
A Lei Federa ln°6938, de 31 de agosto de 1981, dispõe sobre a Política Nacional do Meio
Ambiente no Brasil.
Estalei foi regulamentada em 1°de junho de 1983 pelo Decreto n°88.351, que conferiu ao
Ministro de Estado do Interior a coordenação geral da política nacional do meio ambiente. Em 15
de março de 1985 foi criado o Ministério de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente.
O Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA) tem como órgão superior o Conselho
Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), cujo Regimento inicial foi alterado em 03 de junho de
1985. Cabem ao CONAMA, entre outras atribuições, as seguintes:
- Estabelecer, com o apoio técnico da Secretaria Especial do Meio Ambiente (SEMA), normas e
critérios gerais para o licenciamento das atividades efetiva ou potencialmente poluidoras.
- Determinar, quando julgar necessário, antes ou após o respectivo licenciamento, a realização de
estudo das alternativas e das possíveis conseqüências ambientais de projetos públicos ou privados
de grande porte. Estabelecer, com base em estudos da SEMA, normas, critérios e padrões
relativos ao controle e à manutenção da qualidade do meio ambiente.
O Decreto, em seu artigo 9°, criou várias Câmaras Técnicas coordenadas pelo SEMA, sendo uma
delas encarregados a assuntos relativos à qualidade geral do ar, a DIPAR.
O órgão estadual do meio ambiente em São Paulo é a CETESB, e no Estado do Rio de Janeiro é a
FEEMA – Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente- e a SEMA, esta em caráter
supletivo.
Determinarão, sempre que necessário, a redução das atividades geradoras de poluição, para
manter as emissões gasosas sou efluentes líquidos e resíduos sólidos nas condições e limites
estipulados no licenciamento concedido.
O Decreto citado prevê multas a "quem causar poluição atmosférica que provoque a retirada,
ainda que momentânea, dos habitantes de um quarteirão urbano ou localidade equivalente".
b) TLY-8TEL (Threshold Limit Value-Short Term Exposure Umil). Ê a concentração para a qual
os trabalhadores podem ser expostos continuadamente por um curto intervalo de tempo, sem
sofrerem:
3. Narcose em grau tal que possa aumentara possibilidade de um acidente ou reduzira capacidade
de autodefesa, ou ainda, o rendimento no trabalho.
Trata-sede um parâmetro que suplementam as não exclui o TLY-TWA e se aplica a caso sem que
se saiba que existem conseqüências graves provocadas por substâncias cujos efeitos são primária
e normalmente de natureza crônica.
Um STEL se define como a concentração durante um intervalo de tempo de15 minutos e que não
deve ser excedida em nenhum tempo durante um dia, supondo que a concentração ponderada
diária esteja dentro dos limites de TLY-TWA.
As exposições correspondentes ao STEL não devem exceder 15minutose não podem ser repetidas
mais de quatro vezes ao dia. Deve haver pelo menos 60 minutos entre duas exposições sucessivas
de. Um STEL.
c) TLY-C (Threshold Limit Value - Ceiling). Vem a concentração que não deverás ser excedida
em qualquer tempo da jornada de trabalho. Corresponde, pois a um "teto" ou limite superior que
não deve ser atingido. Sempre que possível, devem ser realizados estudos aprofundados para a
fixação dos limites de tolerância, uma vez que a capacidade de defesa e a resistência dos
organismos. Variam muito e é sempre conveniente trabalhar-se com boa margem de segurança.
Segundo a entidade que publica os valores, os TLY’s devem ser usados como guias no controle
do risco à saúde e não como se constituíssem limites precisos entre concentrações seguras e
perigosas.
Para o ar ambiente exterior à indústria, respirado pela população na vizinhança, os valores devem
ser muito mais baixos, pois o ar poluído será respirado durante as 24horas do dia.
É sabido que o movimento do ar alivia a sensação de calor, uma vez que o mesmo abaixa a
temperatura da pele. É importante que se façam umas considerações sobre as perdas de calor
sofridas pelo corpo humano, para uma melhor compreensão do conforto relativo que se pode
alcançar com a ventilação. A assimilação dos alimentos após as transformações biológicas
realizadas, fornece continuamente o calor necessário ao equilíbrio metálico do organismo. Essa
quantidade de calor produzida aumenta conforme os esforços despendidos. Assim, um homem
em repouso (sentado, parado) desenvolve cerca de 100kcal/h, ao passo que em marcha rápida,
digamos a 6,0km/h, desenvolverá cerca de 300kcal/h. O corpo humano não tem, porém,
condições de armazenar calor à medida que o mesmo vai se produzindo, uma vez que a
temperatura interior ou subsuperficial é aproximadamente 37ºC, e a superficial, a 36ºC. Deverá,
portanto, haver uma permanente eliminação do excesso de calor formado, o que ocorre através da
pele, e esta eliminação deve fazer-se à medida e tão rapidamente quanto o calor vai sendo
produzido. É necessário que isto aconteça para que a temperatura do corpo não se eleve a ponto
de ameaçar o organismo, a ponto de causar um acidente circulatório respiratório. Quando no
ambiente local "faz frio", a perda de calor do corpo se processa rapidamente, mas se a
temperatura ambiente for elevada, o corpo humano passa a aquecer-se. O ar em movimento
favorece a transferência de calor através da pele, de modo a eliminar o excesso de calor
produzido pelo corpo ou adquirido pelo mesmo em consequência do calor reinante no ambiente.
Para que, em um clima tropical, seja possível trabalhar em condições ambientais necessárias
primordialmente à saúde e secundariamente à produtividade, deve-se procurar atender a
condições adequadas de ventilação. Às vezes se imagina que o problema da ventilação industrial
se relaciona apenas com a remoção de substâncias nocivas ao organismo, as quais possam
encontrar-se no ar.
Entretanto, é preciso atentar para o fato de que condições ambientais adversas de calor, traduzidas
por uma temperatura e grau de umidade elevados ou uma se cura excessiva do ar e baixa
temperatura, podem, em prazo maior ou menor, contaminar e abalar a resistência do organismo,
favorecendo o estabelecimento de uma série de doenças.
3.2 – Formas de transmissão de calor
4 - Ventilação Geral
4.1 - Ventilação geral para manutenção do conforto e eficiência do homem
Restabelece, para isso, as condições desejáveis para o ar, alteradas pela presença do homem; pelo
aquecimento devido a equipamentos ou a condições climatéricas; ou pelo resfriamento do ar
devido a certas instalações ou ao clima. É designado também como ventilação geral de ambientes
normais.
a) O fluxo de ar que penetra ou sai pelas aberturas de um prédio por ventilação natural
depende:
da diferença entre as pressões existentes no exterior e no interior do prédio ou recinto;
da resistência oferecida à passagem do ar pelas aberturas.
- "A superfície iluminante natural dos locais de trabalho deve ser no mínimo de um sexto ou um
quinto do total da área do piso" (conforme o município).
- "A área de ventilação natural deve corresponder no mínimo a 2/3 da superfície iluminante
natural".
Denomina-se ventilação por gravidade o sistema de ventilação natural pelo qual o deslocamento
do ar é provocado por aberturas situadas na parte superior do ambiente ou da edificação
(lanternins, p. ex.) e pela diferença de densidade do ar. Aplica-se a edifícios industriais, ginásios
desportivos, garagens, salas de aula e até mesmo a edifícios públicos e habitações.
Quando não for possível adotar o sistema de ventilação natural, seja pelas características das
atividades, presença de poluentes, exigência de que o ambiente seja fechado, seja por imposição
arquitetônica, que não aceite lanternins, brise-soleil e outras aberturas, tem-se que adotar a
ventilação mecânica.
Observações:
- Qualquer que seja o sistema de ventilação que se aplique, deverá prever a remoção do ar
contaminado do recinto, mas de modo a não causar prejuízo à vizinhança.
- A diferença de elevação entre a altura média das tomadas e das saídas de ar (janelas) em relação
ao piso do prédio deve ser a máxima possível, para que o resultado obtido seja bom.
A menor densidade do ar quente faz com que o mesmo se eleve e tenda a escapar por aberturas
colocadas, nas partes elevadas, em lanternins etc. Esse escoamento se realiza pelo chamado efeito
de chaminé e proporciona uma vazão dada por
sendo:
A ventilação geral diluidora, além de não interferir com as operações e processos industriais, é
mais vantajosa que a ventilação local exaustora, nos locais de trabalho sujeitos a modificações
constantes e quando as fontes geradoras de poluentes se encontrarem distribuídas no local de
trabalho. Seu custo de instalação é relativamente baixo quando comparado com o da ventilação
local exaustora. é conveniente quando há interesse na movimentação de grandes volumes de ar na
estação quente. Diversas razões levam não-utilização frequente deste tipo de ventilação para
poeiras e fumos. A quantidade de material gerado é usualmente muito grande, e sua dissipação
pelo ambiente é desaconselhável. Além disso, o material pode ser muito tóxico, requerendo,
portanto, uma excessiva quantidade de ar de diluição.
Uma linha de dutos deverá ser instalada de acordo com o layout geral da fábrica, interligando
captores (coifas) ao sistema de coleta. Esta linha deverá ser do menor comprimento possível, a
fim de minimizar a perda de carga, consumindo dessa forma menos energia. Isto significa que o
sistema de coleta constituído por um exaustor-coletor deverá ser instalado o mais próximo
possível dos pontos de captação (coifas ou captores). Para o dimensionamento de dutos e
captores, bem como das singularidades ao longo deles, o projetista deverá levar em consideração
as vazões necessárias para cada captor, velocidade de transporte recomendada para o trecho
principal dos dutos e as devidas perdas de carga, a fim de determinar a potência do motor e
ventilador, bem como das secções dos dutos. Para tanto, a American Conference of
Governamental Industrial Hygienists (ACGIH) e demais literaturas a respeito possuem toda a
informação necessária para o cálculo das perdas de carga, expressas em milímetros ou polegadas
de colunas de água. É desaconselhável o uso de tubos de secção retangular para sistemas de
exaustão, por apresentarem cantos vivos, que facilitam a deposição de poeira, e que exigem,
portanto, motor de maior potência para manter a eficiência necessária; além disso, haverá um
maior desgaste dos dutos, implicando em frequentes manutenções. É interessante a adoção de
valores fixos (por exemplo, raio de curvatura r=2d), o que significa que todas as curvaturas serão
semelhantes, dando um aspecto arquitetônico à instalação, mesmo com pequeno acréscimo de
perda de carga.
9 – Ventiladores
Um sistema de ventilação local exaustora compreende várias partes básicas. Uma é a tomada de
ar ou captor, que deve ter a forma mais adequada de adaptação à máquina ou ao processo que
gera o contaminante.
Outra parte compõe-se das tubulações ou condutos, através dos quais circula o ar aspirado. A
velocidade do ar nas tubulações deve ser calculada de modo que o contaminante não se deposite
no seu interior por sedimentação.
Quando o contaminante é tóxico e sua dispersão na atmosfera pode contaminar outras áreas de
trabalho ou a vizinhança, o sistema deve incluir um dispositivo de coleta, localizado num ponto
do sistema antes que o ar evacuado seja lançado na atmosfera. Os sistemas existentes de uso mais
generalizado são os ciclones, câmaras de sedimentação, filtro de mangas, precipitadores
eletrostáticos, processos úmidos, lavadores, entre outros; seu uso e escolha dependem de
parâmetros como: granulometria do material, vazão a manipular, molhabilidade, toxicidade,
explosividade e ação corrosiva do contaminante.
11 – Purificação do ar