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Variação Linguística

Variação linguística é o movimento comum e natural de uma língua, que varia principalmente por fatores
históricos e culturais. Modo pelo qual ela se usa, sistemática e coerentemente, de acordo com o
contexto histórico, geográfico e sociocultural no qual os falantes dessa língua se manifestam verbalmente.
É o conjunto das diferenças de realização linguística falada pelos locutores de uma mesma língua. Tais
diferenças decorrem do fato de um sistema linguístico não ser unitário, mas comportar vários eixos de
diferenciação: estilístico, regional, sociocultural, ocupacional e etário. A variação e a mudança podem
ocorrer em algum ou em vários dos subsistemas constitutivos de uma língua
(fonético, morfológico, fonológico, sintático, léxico e semântico). O conjunto dessas mudanças constitui a
evolução dessa língua.

A variação é também descrita como um fenômeno pelo qual, na prática corrente de um dado grupo social,
em uma época e em certo lugar, uma língua nunca é idêntica ao que ela é em outra época e outro lugar, na
prática de outro grupo social. O termo variação pode também ser usado como sinônimo
de variante.[2]Existem diversos fatores de variação possíveis - associados a aspectos geográficos e
sociolinguísticos, à evolução linguística e ao registro linguístico.

Variedade ou variante linguística se define pela forma pela qual determinada comunidade de falantes,
vinculados por relações sociais ou geográficas, usa as formas linguísticas de uma língua natural. É um
conceito mais forte do que estilo de prosa ou estilo de linguagem. Refere-se a cada uma das modalidades
em que uma língua se diversifica, em virtude das possibilidades de variação dos elementos do seu sistema
(vocabulário, pronúncia, sintaxe) ligadas a fatores sociais ou culturais (escolaridade, profissão, sexo, idade,
grupo social etc.) e geográficos (tais como o português do Brasil, o português de Portugal, os falares
regionais etc.). A língua padrão e a linguagem popular também são variedades sociais ou culturais.
Um dialeto é uma variedade geográfica.[3]Variações de léxico, como ocorre na gíria e no calão, podem ser
consideradas como variedades mas também como registros ou, ainda, como estilos - a depender da
definição adotada em cada caso. Os idiotismos são às vezes considerados como formas de estilo, por se
limitarem a variações de léxico.

Utiliza-se o termo 'variedade' como uma forma neutra de se referir a diferenças linguísticas entre os
falantes de um mesmo idioma. Evita-se assim ambiguidade de termos como língua (geralmente associado
à norma padrão) ou dialeto (associado a variedades não padronizadas, consideradas de menor prestígio ou
menos corretas do que a norma padrão). O termo "leto" também é usado quando há dificuldade em decidir
se duas variedades devem ser consideradas como uma mesma língua ou como línguas ou dialetos
diferentes. Alguns sociolinguistas usam o termo leto no sentido de variedade linguística - sem especificar o
tipo de variedade. As variedades apresentam não apenas diferenças de vocabulário mas também
diferenças de gramática, fonologia e prosódia.

Nenhuma língua permanece a mesma em todo o seu domínio e, ainda num só local, apresenta um sem-
número de diferenciações.[...] Mas essas variedades de ordem geográfica, de ordem social e até individual,
pois cada um procura utilizar o sistema idiomático da forma que melhor lhe exprime o gosto e o
pensamento, não prejudicam a unidade superior da língua, nem a consciência que têm os que a falam
diversamente de se servirem de um mesmo instrumento de comunicação, de manifestação e de emoção.

A sociolinguística procura estabelecer as fronteiras entre os diferentes falares de uma língua. O


pesquisador verifica se os falantes apresentam diferenças nos seus modos de falar de acordo com o lugar
em que estão (variação diatópica), com a situação de fala ou registro (variação diafásica) ou de acordo com
o nível socioeconômico do falante (variação diastrática).e, de acordo com o contexto histórico, geográfico e
sociocultural no qual os falantes dessa língua se manifestam verbalmente. É o conjunto das diferenças de
realização linguística falada pelos locutores de uma mesma língua. Tais diferenças decorrem do fato de um
sistema linguístico não ser unitário, mas comportar vários eixos de diferenciação: estilístico, regional,
sociocultural, ocupacional e etário. A variação e a mudança podem ocorrer em algum ou em vários dos
subsistemas constitutivos de uma língua (fonético, morfológico, fonológico, sintático, léxico e semântico). O
conjunto dessas mudanças constitui a evolução dessa língua.[5]

 1Tipos de variedades linguísticas

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 2Definições

Tipos de variedades linguísticas

 Variedades geográficas: dizem respeito à variação diatópica e são variantes devidas à distância
geográfica que separa os falantes.[9] Assim, por exemplo, a mistura de cimento, água e areia, se
chama betão em Portugal; no Brasil, se chama concreto.

As mudanças de tipo geográfico se chamam dialetos (ou mais propriamente geoletos), e o seu estudo é
a dialetologia. Embora o termo 'dialeto' não tenha nenhum sentido negativo, acontece que, erroneamente,
tem sido comum chamar dialeto a línguas que supostamente são "simples" ou "primitivas". Dialeto é uma
forma particular, adotada por uma comunidade, na fala de uma língua. Nesse sentido, pode-se falar de
inglês britânico, inglês australiano, etc. É preciso também ter presente que os dialetos não apresentam
limites geográficos precisos - ao contrário, são borrados e graduais - daí se considerar que os dialetos que
constituem uma língua formam um continuum sem limites precisos. Diz-se que uma língua é um conjunto
de dialetos cujos falantes podem se entender. Embora isto possa ser aproximadamente válido para o
português, não parece valer para o alemão, pois há dialetos desta língua que são ininteligíveis entre si. Por
outro lado, fala-se de línguas escandinavas, quando, na realidade, um falante sueco e um dinamarquês
podem se entender usando cada um a sua própria língua.

No que diz respeito ao português, além de vários dialetos e subdialetos, falares e subfalares, há dois
padrões reconhecidos internacionalmente: o português de Portugal e o português do Brasil.

 Variedades históricas : relacionadas com a mudança linguística, essas variedades aparecem quando se
comparam textos em uma mesma língua escritos em diferentes épocas e se verificam diferenças
sistemáticas na gramática, no léxico e às vezes na ortografia (frequentemente como reflexo de
mudanças fonéticas). Tais diferenças serão maiores quanto maior for o tempo que separa os textos. Cada
um dos estágios da língua, mais ou menos homogêneos circunscritos a uma certa época é chamado
variedade diacrônica. Por exemplo, na língua portuguesa pode-se distinguir claramente o português
moderno (que, por sua vez, apresenta diversidades geográficas e sociais) e o português arcaico.

 Variedades sociais : compreendem todas as modificações da linguagem produzidas pelo ambiente em


que se desenvolve o falante. Neste âmbito, interessa sobretudo o estudo dos socioletos, os quais se devem
a fatores como classe social, educação, profissão, idade, procedência étnica, etc. Em certos países onde
existe uma hierarquia social muito clara, o socioleto da pessoa define a qual classe social ela pertence.
Isso pode significar uma barreira para a inclusão social.

 Variedades situacionais : incluem as modificações na linguagem decorrentes do grau de formalidade da


situação ou das circunstâncias em que se encontra o falante. Esse grau de formalidade afeta o grau de
observância das regras, normas e costumes na comunicação linguística.

Os três tipos de variações linguísticas são:

 Variações diafásicas

Representam as variações que se estabelecem em função do contexto comunicativo, ou seja, a ocasião é


que determina a maneira como nos dirigimos ao nosso interlocutor, se deve ser formal ou informal.

 Variações diatópicas

São as variações ocorridas em razão das diferenças regionais, como, por exemplo, a palavra “abóbora”,
que pode adquirir acepções semânticas (relacionadas ao significado) em algumas regiões que se divergem
umas das outras, como é o caso de “jerimum”, por exemplo.

 Variações diastráticas

São aquelas variações que ocorrem em virtude da convivência entre os grupos sociais. Como exemplo
podemos citar a linguagem dos advogados, dos surfistas, da classe médica, entre outras.

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Definições

 Dialetos: variantes diatópicas, isto é, faladas por comunidades geograficamente definidas.

 Idioma é um termo intermediário na distinção dialeto-linguagem e é usado para se referir ao sistema


comunicativo estudado (que poderia ser chamado tanto de um dialeto ou uma linguagem) quando sua
condição em relação a esta distinção é irrelevante (sendo, portanto, um sinônimo para linguagem num
sentido mais geral);

 Socioletos: variedades faladas por comunidades socialmente definidas ou seja, por grupos de indivíduos
que, tendo características sociais em comum (profissão, faixa etária etc.), usam termos técnicos, gírias ou
fraseados que os distinguem dos demais falantes na sua comunidade. É também chamado dialeto social
ou variante diastrática. [10]

 linguagem padrão ou norma padrão ou norma culta: variedade linguística padronizada com base em
preceitos estabelecidos de seleção do que deve ou não ser usado, levando em conta fatores linguísticos e
não linguísticos, como tradição e valores socioculturais (prestígio, elegância, estética etc.). Corresponde à
variedade usualmente adotada pelos falantes instruídos ou empregada na comunicação pública.

 Idioletos: variedade peculiar a um único indivíduo ou o conjunto de traços próprios ao seu modo de se
expressar.

 registros (ou diátipos): o vocabulário especializado e/ou a gramática de certas atividades ou profissões

 Etnoletos : variedade falada pelos membros de uma etnia (termo pouco utilizado, já que geralmente
ocorre em uma área geograficamente definida, coincidindo, portanto, com o conceito de dialeto).

 Ecoletos, um idioleto adotado por um número muito reduzido de pessoas (membros de uma família ou
de um grupo de amigos, por exemplo).

Distinguem-se os dialetos, idioletos e socioletos não apenas por seu vocabulário, mas também por
diferenças na gramática, na fonologia e na versificação. Por exemplo, o sotaque de palavras tonais
nas línguas escandinavas tem forma diferente em muitos dialetos. Um outro exemplo é como palavras
estrangeiras em diferentes socioletos variam em seu grau de adaptação à fonologia básica da linguagem.

Certos registros profissionais, como o chamado legalês, mostram uma variação na gramática da linguagem
padrão. Por exemplo, jornalistas ou advogados ingleses frequentemente usam modos verbais, como
o subjuntivo, que não são mais usados com frequência por outros falantes. Muitos registros são
simplesmente um conjunto especializado de termos (veja jargão).

Variações Linguísticas

A linguagem é a característica que nos difere dos demais seres, permitindo-nos a oportunidade de
expressar sentimentos, revelar conhecimentos, expor nossa opinião frente aos assuntos relacionados ao
nosso cotidiano, e, sobretudo, promovendo nossa inserção ao convívio social.

E dentre os fatores que a ela se relacionam destacam-se os níveis da fala, que são basicamente dois: O
nível de formalidade e o de informalidade.

O padrão formal está diretamente ligado à linguagem escrita, restringindo-se às normas gramaticais de um
modo geral. Razão pela qual nunca escrevemos da mesma maneira que falamos. Este fator foi
determinante para a que a mesma pudesse exercer total soberania sobre as demais.

Quanto ao nível informal, este por sua vez representa a linguagem do dia a dia, das conversas informais
que temos com amigos, familiares etc.

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Compondo o quadro do padrão informal da linguagem, estão as chamadas variedades linguísticas, as


quais representam as variações de acordo com as condições sociais, culturais, regionais e históricas em
que é utilizada. Dentre elas destacam-se:

Variações históricas:

Dado o dinamismo que a língua apresenta, a mesma sofre transformações ao longo do tempo. Um
exemplo bastante representativo é a questão da ortografia, se levarmos em consideração a palavra
farmácia, uma vez que a mesma era grafada com “ph”, contrapondo-se à linguagem dos internautas, a qual
fundamenta-se pela supressão do vocábulos.

Analisemos, pois, o fragmento exposto:

Antigamente

“Antigamente, as moças chamavam-se mademoiselles e eram todas mimosas e muito prendadas. Não
faziam anos: completavam primaveras, em geral dezoito. Os janotas, mesmo sendo rapagões, faziam-lhes
pé-de-alferes, arrastando a asa, mas ficavam longos meses debaixo do balaio."

Carlos Drummond de Andrade

Comparando-o à modernidade, percebemos um vocabulário antiquado.

Variações regionais:

São os chamados dialetos, que são as marcas determinantes referentes a diferentes regiões. Como
exemplo, citamos a palavra mandioca que, em certos lugares, recebe outras nomenclaturas, tais
como: macaxeira e aipim. Figurando também esta modalidade estão os sotaques, ligados às características
orais da linguagem.

Variações sociais ou culturais:

Estão diretamente ligadas aos grupos sociais de uma maneira geral e também ao grau de instrução de uma
determinada pessoa. Como exemplo, citamos as gírias, os jargões e o linguajar caipira.

As gírias pertencem ao vocabulário específico de certos grupos, como os surfistas, cantores de rap,
tatuadores, entre outros.

Os jargões estão relacionados ao profissionalismo, caracterizando um linguajar técnico. Representando a


classe, podemos citar os médicos, advogados, profissionais da área de informática, dentre outros.

As variações linguísticas reúnem as variantes da língua, que foram inventadas pelos homens e vem sendo
reinventada a cada dia.

Dessas reinvenções surgem as variações que envolvem diversos aspectos históricos, sociais, culturais e
geográficos.

No Brasil, é possível encontrar muitas variações linguísticas, por exemplo, a linguagem regional.

Tipos de Variações Linguísticas

Há diversos tipos de variações linguísticas segundo o campo de atuação:

 Variações Geográficas: está relacionada com o local em que é desenvolvida, por exemplo, as variações
entre o português do Brasil e de Portugal.

 Variações Históricas: ela ocorre com o desenvolvimento da história, por exemplo, o português medieval
e o atual.

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 Variações Sociais: são percebidas segundo os grupos (ou classes) sociais envolvidos, por exemplo, um
orador jurídico e um morador de rua.

 Variação Situacional: ocorre de acordo com o contexto o qual está inserido, por exemplo, as situações
formais e informais.

Exemplos

Dentre os tipos de variações linguísticas podemos destacar:

 Regionalismo: particularidades linguísticas de determinada região.

 Dialetos: variações regionais ou sociais de uma língua.

 Socioletos: variantes da língua utilizadas por determinado grupo social.

 Gírias: expressões populares utilizadas por determinado grupo social.

Linguagem Formal e Informal

Quanto aos níveis da fala, podemos considerar dois padrões de linguagem, a linguagem formal e informal.
Certamente, quando falamos com pessoas próximas utilizamos a linguagem dita coloquial, ou seja, aquela
espontânea, dinâmica e despretensiosa.

No entanto, de acordo com o contexto que estamos inseridos devemos seguir as regras e normas impostas
pela gramática, por exemplo, quando elaboramos um texto (linguagem escrita) ou organizamos nossa fala
numa palestra (linguagem oral). Em ambos os casos, utilizaremos a linguagem formal, a qual está de
acordo com a normas gramaticais.

Observe que as variações linguísticas são expressas geralmente nos discursos orais, uma vez que quando
produzimos um texto escrito, seja em qual for o lugar do Brasil, seguimos as regras do mesmo idioma: o
português.

Saiba mais sobre a Oralidade e a Escrita.

Preconceito Linguístico

O preconceito linguístico está intimamente relacionado com as variações linguísticas, uma vez que ele
surge para julgar as manifestações linguísticas ditas superiores.

Para pensarmos nele não precisamos ir muito longe, posto que no nosso país, embora o mesmo idioma
seja falado em todas as regiões, cada uma delas possui suas peculiaridades que envolvem diversos
aspectos históricos e culturais.

Sendo assim, a maneira de falar do norte é muito diferente da falada no sul do país. Isso ocorre porque nos
atos comunicativos, os falantes da língua vão determinando expressões, sotaques e entonações de acordo
com as necessidades linguísticas.

De tal modo, o preconceito linguístico surge no tom de deboche, sendo a variação apontada de maneira
pejorativa e estigmatizada.

Quem comete esse tipo de preconceito, geralmente tem a ideia de que sua maneira de falar é correta e
ainda, superior a outra.

Entretanto, devemos salientar que todas variações são aceitas e nenhuma delas é superior, ou
considerada a mais correta.

Antigamente

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Antigamente, as moças chamavam-se mademoiselles e eram todas mimosas e muito prendadas. Não
faziam anos: completavam primaveras, em geral dezoito. Os janotas, mesmo sendo rapagões, faziam-lhes
pé-de-alferes, arrastando a asa, mas ficavam longos meses debaixo do balaio.

Carlos Drummond de Andrade

Ao travarmos contato com o fragmento ora exposto, percebemos que nele existem certas expressões que
já se encontram em desuso, tais como: Mademoiselles, prendadas, janotas, pé-de-alferes, balaio.

Caso fôssemos adequá-las ao vocabulário atual, como ficaria?


Restringindo-se a uma linguagem mais coloquial, os termos em destaque seriam substituídos por “mina”,
“gatinha”, “maravilhosas”, “saradas”, “da hora”, “Os manos”, “A galera,” “Davam uma cantada”, e assim por
diante.

Perceberam que a língua é dinâmica? Ela sofre transformações com o passar do tempo em virtude de
vários fatores advindos da própria sociedade, que também é totalmente mutável.

Existem diferentes variações ocorridas na língua, entre elas estão:

Variação Histórica - Aquela que sofre transformações ao longo do tempo. Como por exemplo, a palavra
“Você”, que antes era vosmecê e que agora, diante da linguagem reduzida no meio eletrônico, é apenas
VC. O mesmo acontece com as palavras escritas com PH, como era o caso de pharmácia, agora, farmácia.

Variação Regional (os chamados dialetos) - São as variações ocorridas de acordo com a cultura de uma
determinada região, tomamos como exemplo a palavra mandioca, que em certas regiões é tratada por
macaxeira; e abóbora, que é conhecida como jerimum.
Destaca-se também o caso do dialeto caipira, o qual pertence àquelas pessoas que não tiveram a
oportunidade de ter uma educação formal, e em função disso, não conhecem a linguagem “culta”.

Variação Social - É aquela pertencente a um grupo específico de pessoas. Neste caso, podemos destacar
as gírias, as quais pertencem a grupos de surfistas, tatuadores, entre outros; a linguagem coloquial, usada
no dia a dia das pessoas; e a linguagem formal, que é aquela utilizada pelas pessoas de maior prestígio
social.
Fazendo parte deste grupo estão os jargões, que pertencem a uma classe profissional mais específica,
como é o caso dos médicos, profissionais da informática, dentre outros.

Variantes Linguísticas

A língua pode transformar-se através do tempo devido a vários fatores vindos da própria sociedade.
Conheça as variantes linguísticas que ocorrem na língua

A língua pode transformar-se através do tempo devido a vários fatores vindos da própria sociedade, pois
ela não é regida por normas fixas e imutáveis. Uma mesma língua sempre estará sujeita a variações, como
a diferença de épocas, regionalidade, grupos sociais e diferentes situações, como a fala formal e informal.

Você já deve ter percebido que, mesmo dentro do Brasil, por exemplo, existem várias maneiras de falar a
Língua Portuguesa. As pessoas se comunicam de formas diferentes e diversos fatores devem ser
considerados no nosso falar, incluindo a época, a região geográfica, idade, ambiente e o status
sociocultural dos falantes.

As variantes linguísticas que ocorrem na língua

Diante de tantas variantes linguísticas, é importante ressaltar que não existe forma mais correta de se falar,
e sim a maneira mais adequada de se expressar de acordo com o contexto e o interlocutor. Nós
adequamos o nosso modo de falar ao ambiente e não falamos da mesma forma que escrevemos.

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Por exemplo, usar a linguagem formal escrita em uma comunicação informal é inadequado, pois pode soar
como artificial e pretensioso. O ideal é que saibamos adequar a nossa fala ao contexto de comunicação, o
que inclui o ambiente e o nosso interlocutor.

Confira a seguir quais são as diferentes variações linguísticas que ocorrem na língua:

 Variações diafásicas: Trata-se das variações que ocorrem em função do contexto comunicativo. A
ocasião determina como falaremos com o nosso interlocutor, podendo ser formal ou informal.

 Variações diastráticas: Variações que ocorrer devido à convivência entre os grupos sociais. Como
exemplos desta modalidade de variantes linguísticas temos as gírias, os jargões e o linguajar caipira. Trata-
se de uma variante social pertencente a um grupo específico de pessoas. As gírias pertencem ao
vocabulário de certos grupos, como, por exemplo, os surfistas, estudantes, policiais; já os jargões estão
relacionados com as áreas profissionais e se caracterizam pelo linguajar técnico. Como exemplo, podemos
citar os profissionais da Informática, os advogados e outros.

 Variações históricas: A língua não é fixa e imutável, mas sim dinâmica e sofre transformações ao longo
do tempo. A palavra “você”, por exemplo, tem origem na expressão de tratamento “vossa mercê” e que se
transformou sucessivamente em “vossemecê”, “vosmecê”, “vancê” até chegar no abreviado “vc”.

 Variações diatópicas: São as variações que ocorrem pelas diferenças regionais. As variações regionais
são denominadas dialetos e fazem referência a diferentes regiões geográficas, de acordo com a cultura
local. A palavra “mandioca”, por exemplo, em certos lugares do Brasil, recebe outras denominações, como
“macaxeira” e “aipim”. Você já deve ter percebido que um mineiro não fala igual ao paulista, gaúcho ou
nordestino, por exemplo. São os sotaques, pertencentes a esta modalidade de variante linguística e que
estão ligados às marcas orais da linguagem.

 Estamos inseridos em um sociedade dinâmica, a qual se transforma com o passar do tempo e acaba
transformando o modo pelo qual as pessoas estabelecem seus relacionamentos interpessoais. Um bom
exemplo de tais mudanças é a linguagem dos internautas, que em meio a tantas abreviações e
neologismos termina por criar um universo específico, no qual somente os interlocutores são capazes de
decifrar o vocabulário por eles utilizado.

Partindo dessa prerrogativa, ocupemo-nos em discorrer acerca dos tipos de variações que as línguas
apresentam, os quais dependem de fatores específicos, tais como condição social, faixa etária, diferenças
existentes entre uma região e outra, enfim...

Variações diafásicas

Representam as variações que se estabelecem em função do contexto comunicativo, ou seja, a ocasião é


que determina a maneira como nos dirigimos ao nosso interlocutor, se deve ser formal ou informal.

Variações diatópicas

São as variações ocorridas em razão das diferenças regionais, como, por exemplo, a palavra “abóbora”,
que pode adquirir acepções semânticas (relacionadas ao significado) em algumas regiões que se divergem
umas das outras, como é o caso de “jerimum”, por exemplo.

Variações diastráticas

São aquelas variações que ocorrem em virtude da convivência entre os grupos sociais. Como exemplo
podemos citar a linguagem dos advogados, dos surfistas, da classe médica, entre outras.

Variação linguística – A língua em movimento

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A variação linguística é um interessante aspecto da língua portuguesa. Pode ser compreendida por meio
das influências históricas e regionais sobre os falares.

Você sabe o que é variação linguística?

A variação linguística é um fenômeno que acontece com a língua e pode ser compreendida por intermédio
das variações históricas e regionais. Em um mesmo país, com um único idioma oficial, a língua pode sofrer
diversas alterações feitas por seus falantes. Como não é um sistema fechado e imutável, a língua
portuguesa ganha diferentes nuances. O português que é falado no Nordeste do Brasil pode ser diferente
do português falado no Sul do país. Claro que um idioma nos une, mas as variações podem ser
consideráveis e justificadas de acordo com a comunidade na qual se manifesta.

As variações acontecem porque o princípio fundamental da língua é a comunicação, então é compreensível


que seus falantes façam rearranjos de acordo com suas necessidades comunicativas. Os diferentes falares
devem ser considerados como variações, e não como erros. Quando tratamos as variações como erro,
incorremos no preconceito linguístico que associa, erroneamente, a língua ao status. O português falado
em algumas cidades do interior do estado de São Paulo, por exemplo, pode ganhar o estigma pejorativo de
incorreto ou inculto, mas, na verdade, essas diferenças enriquecem esse patrimônio cultural que é a nossa
língua portuguesa. Leia a letra da música “Samba do Arnesto”, de Adoniran Barbosa, e observe como a
variação linguística pode ocorrer:

Samba do Arnesto

O Arnesto nos convidou pra um samba, ele mora no Brás


Nós fumos não encontremos ninguém
Nós voltermos com uma baita de uma reiva
Da outra vez nós num vai mais
Nós não semos tatu!
No outro dia encontremo com o Arnesto
Que pediu desculpas mais nós não aceitemos
Isso não se faz, Arnesto, nós não se importa
Mas você devia ter ponhado um recado na porta
Um recado assim ói: "Ói, turma, num deu pra esperá
Aduvido que isso, num faz mar, num tem importância,
Assinado em cruz porque não sei escrever.

Samba do Arnesto, Adoniran Barbosa

Há, na letra da música, um exemplo interessante sobre a variação linguística. É importante ressaltar que o
código escrito, ou seja, a língua sistematizada e convencionalizada na gramática, não deve sofrer grandes
alterações, devendo ser preservado. Já imaginou se cada um de nós decidisse escrever como falamos?
Um novo idioma seria inventado, aboliríamos a gramática e todo o sistema linguístico determinado pelas
regras cairia por terra. Contudo, o que o compositor Adoniran Barbosa fez pode ser chamado de licença
poética, pois ele transportou para a modalidade escrita a variação linguística presente na modalidade oral.

As variações linguísticas acontecem porque vivemos em uma sociedade complexa, na qual estão inseridos
diferentes grupos sociais. Alguns desses grupos tiveram acesso à educação formal, enquanto outros não
tiveram muito contato com a norma culta da língua. Podemos observar também que a língua varia de
acordo com suas situações de uso, pois um mesmo grupo social pode se comunicar de maneira diferente,
de acordo com a necessidade de adequação linguística. Prova disso é que você não vai se comportar em
uma entrevista de emprego da mesma maneira com a qual você conversa com seus amigos em uma
situação informal, não é mesmo?

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A adequação é um tipo de variação linguística que consiste em adequar a língua às diferentes situações
comunicacionais

A tirinha Calvin e Haroldo, do quadrinista Bill Watterson, mostra-nos um exemplo bem divertido sobre a
importância da adequação linguística. Já pensou se precisássemos utilizar uma linguagem tão rebuscada e
cheia de arcaísmos nas mais corriqueiras situações de nosso cotidiano? Certamente perderíamos a
espontaneidade da fala, sem contar que a dinamicidade da comunicação seria prejudicada. Podemos
elencar também nos tipos de variação linguística os falares específicos para grupos específicos: os
médicos apropriam-se de um vocabulário próprio de sua profissão quando estão exercendo o ofício, mas
essas marcas podem aparecer em outros tipos de interações verbais. O mesmo acontece com os
profissionais de informática, policiais, engenheiros etc.

Portanto, apesar de algumas variações linguísticas não apresentarem o mesmo prestígio social no Brasil,
não devemos fazer da língua um mecanismo de segregação cultural, corroborando com a ideia da teoria
do preconceito linguístico, ao julgarmos determinada manifestação linguística superior a outra, sobretudo
superior às manifestações linguísticas de classes sociais ou regiões menos favorecidas.

A variação de uma língua é a forma pela qual ela difere de outras formas da linguagemsistemática e
coerentemente. Uma nação apresenta diversos traços de identificação, e um delesé a língua. Esta pode
variar de acordo com alguns fatores, tais como o tempo, o espaço, o nívelcultural e a situação em que um
indivíduo se manifesta verbalmente.ConceitoVariedade é um conceito maior do que estilo de prosa ou
estilo de linguagem. Alguns escritoresde sociolingüística usam o termo leto, aparentemente um processo
de criação de palavras paratermos específicos, são exemplos dessas variações:

• dialetos (variação diatópica?), isto é, variações faladas por comunidades geograficamente

definidas.

• idioma é um termo intermediário na distinção dialeto

-linguagem e é usado para se referir aosistema comunicativo estudado (que poderia ser chamado tanto de
um dialeto ou umalinguagem) quando sua condição em relação a esta distinção é irrelevante (sendo,
portanto, umsinônimo para linguagem num sentido mais geral);

socioletos, isto é, variações faladas por comunidades socialmente definidas

• linguagem padrão ou norma padrão, padronizada em função da comunicação pública e da

educação

• idioletos, isto é, uma variação particular a uma certa pessoa

• registros (ou d

iátipos), isto é, o vocabulário especializado e/ou a gramática de certasatividades ou profissões

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• etnoletos, para um grupo étnico

• ecoletos, um idioleto adotado por uma casa

Variações como dialetos, idioletos e socioletos podem ser distingüidos não apenas por seuvocabulários,
mas também por diferenças na gramática, na fonologia e na versificação. Porexemplo, o sotaque de
palavras tonais nas línguas escandinavas tem forma diferente em muitosdialetos. Um outro exemplo
é como palavras estrangeiras em diferentes socioletos variam emseu grau de adaptação à fonologia básica
da linguagem.Certos registros profissionais, como o chamado legalês, mostram uma variação na gramática
dalinguagem padrão.

Por exemplo, jornalistas ou advogados ingleses freqüentemente usam modosgramaticais, como o modo
subjuntivo, que não são mais usados com freqüência por outrosfalantes. Muitos registros são simplesmente
um conjunto especializado de termos (veja jargão).É uma questão de definição se gíria e calão podem ser
considerados como incluídos no conceitode variação ou de estilo. Coloquialismos e expressões idiomáticas
geralmente são limitadascomo variações do léxico, e de, portanto, estilo.

ESPÉCIES DE VARIAÇÃO

Variação Histórica

Acontece ao longo de um determinado período de tempo, pode ser identificada ao se comparardois


estados de uma língua. O processo de mudança é gradual: uma variante inicialmenteutilizada por um grupo
restrito de falantes passa a ser adotada por indivíduossocioeconomicamente mais expressivo. A forma
antiga permanece ainda entre as gerações maisvelhas, período em que as duas variantes convivem; porém
com o tempo a nova variante torna-se normal na fala, e finalmente consagra-se pelo uso na modalidade
escrita. As mudançaspodem ser de grafia ou de significado.

Variação GeográficaTrata das diferentes formas de pronúncia, vocabulário e estrutura sintática entre
regiões. Dentrode uma comunidade mais ampla, formam-se comunidades linguísticas menores em torno
decentros polarizadores da cultura, política e economia, que acabam por definir os padrõeslingüísticos
utilizados na região de sua influência. As diferenças lingüísticas entre as regiões sãograduais, nem sempre
coincidindo com as fronteiras geográficas.Variação SocialAgrupa alguns fatores de diversidade: o nível
sócio-econômico, determinado pelo meio socialonde vive um indivíduo; o grau de educação; a idade e o
sexo.

A variação social nãocompromete a compreensão entre indivíduos, como poderia acontecer na variação
regional; ouso de certas variantes pode indicar qual o nível sócio-econômico de uma pessoa, e há
apossibilidade de alguém oriundo de um grupo menos favorecido atingir o padrão de
maiorprestígio.Variação EstilísticaConsidera um mesmo indivíduo em diferentes circunstâncias de
comunicação: se está em umambiente familiar, profissional, o grau de intimidade, o tipo de assunto tratado
e quem são osreceptores. Sem levar em conta as graduações intermediárias, é possível identificar dois
limitesextremos de estilo: o informal, quando há um mínimo de reflexão do indivíduo sobre as
normaslingüísticas, utilizado nas conversações imediatas do cotidiano; e o formal, em que o grau
dereflexão é máximo, utilizado em conversações que não são do dia-a-dia e cujo conteúdo é
maiselaborado e complexo.

Não se deve confundir o estilo formal e informal com língua escrita efalada, pois os dois estilos ocorrem em
ambas as formas de comunicação.As diferentes modalidades de variação lingüística não existem
isoladamente, havendo um inter-relacionamento entre elas: uma variante geográfica pode ser vista como
uma variante social,considerando-se a migração entre regiões do país. Observa-se que o meio rural, por
ser menosinfluenciado pelas mudanças da sociedade, preserva variantes antigas. O conhecimento
dopadrão de prestígio pode ser fator de mobilidade social para um indivíduo pertencente a umaclasse
menos favorecida.

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