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Um reizinho
chamado Artur
Edição do Autor
2013
Copyright © 2012 by Flávio G. Vichinsky
Texto e ilustrações: Flávio G. Vichinsky
Revisão: Letícia Caroline Vichinsky
Transporte / Digitalização: Vitória C. Vichinsky
(Guerra Junqueiro)
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Ofereciemento
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Um reizinho
chamado Artur
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C erto dia, o menino Artur
cismou que era rei.
Cismou que a casa era
reino, que o cachorro era cavalo,
que a lata de biscoito era coroa
e que o irmãozinho (bebê ainda)
era um cavaleiro andante.
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C ismou também, e podia
jurar, que o cavaleiro
andante estava preso
numa caverna chamada Lo
Berço e que um enorme dragão
chamado Papai (que de vez em
quando soltava fumaça pelo
nariz de cachimbo) guardava a
entrada da caverna para que
ninguém pudesse chegar perto
do pequeno cavaleiro que
dormia sob o efeito de um
feitiço maligno.
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M as a cisma maior foi
quando o menino
Artur, que era o Rei
Artur, achou que tinha-porque-
tinha uma missão a cumprir:
salvar o cavaleiro enfeitiçado. O
plano era tirá-lo da caverna Lo
Berço para que pudessem
brincar juntos nos bosques do
castelo (que era o tapete da
sala).
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P ara pôr em prática o seu
plano, precisava de uma
fada encantada. O menino
Artur, que era o rei Artur,
montou no seu cavalo (não foi
fácil, porque o bicho mexia-se
muito) e saiu procurando pelo
reino.
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P
Roupa,
assou pelas terras úmidas
do Chuveiro,
florestas
pelas
do
pelas
Guarda-
montanhas
sinistras do Sofá, até chegar à
alegre aldeia do Fogão. Ela
estava lá! A fada de quem
precisava!
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N ão era uma fada-
madrinha, era uma fada-
mãezinha. E
mãezinhas não atendem aos
fadas-
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L á estava ele, o cavaleiro
dorminhoco. E lá estava
também o dragão Papai,
sentado na entrada da caverna
Lo Berço, soltando fumaça pelo
nariz de cachimbo. A fada era
poderosa mesmo! Porque, assim
que viu aquela fumaça toda,
disse umas palavras encantadas
que fizeram o dragão sair
voando para o mundo do Lá-
Fora.
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C om aquele barulho todo
só podia acontecer uma
coisa: o cavaleiro
enfeitiçado acordou. O Rei
Artur, que era o menino Artur,
ficou muito feliz e pediu para a
fada-mãezinha fazer outro
encantamento que libertasse o
cavaleiro da caverna e os
pusesse nos bosques do castelo.
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A fada-mãezinha (cheia de
tarefas para fazer, como
todas as
mãezinhas) achou aquilo uma
fadas-
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E assim o rei cumpriu a sua
missão tão cheia de
aventura. Feliz que só
vendo, ele e o cavaleiro andante
ficaram por um tempão rindo,
brincando e conversando (na
linguagem que era só deles),
sentados no bosque do castelo.
Isso sem que ninguém pudesse
adivinhar (nem mesmo o menino
Artur, que era o rei Artur) que
amanhã o bosque seria
transformado no planeta Marte,
a coroa, num capacete espacial,
a caverna, numa nave
intergaláctica e o cavaleiro
andante, num etezinho verde
com antenas radioativas...
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Fim
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São Paulo - MMXIII
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