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Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS

Escola de Engenharia - EE
Departamento de Engenharia Mecânica - DEMEC
Disciplina: MEC112 – Mecânica Aplicada Experimental
Prof.: Herbert Martins Gomes
Aluno: Eduardo Padoin Matrícula: 00211343
Data da Aula: 25/04/2012

RELATÓRIO DO
EXPERIMENTO No06
(Determinação das tensões e direções principais através de uso de strain-gauges)

Porto Alegre
Resumo:

O presente relatório apresenta os resultados obtidos para a determinação das


tensões e direções principais de flexão de uma viga, através da variação de resistência de
strain-gauges colados em forma de roseta a 45 graus. O procedimento é feito com o
acréscimo de cargas sucessivamente e analisando as deformações sofrida pela viga com os
strain-gages. Os resultados encontrados de forma experimental para o coeficiente de
Poisson e de Elasticidade do material ficaram próximos da literatura. Já os ângulos
encontrados mostram que houve um pequeno desalinhamento na hora da colagem dos
strain-gages.

1. INTRODUÇÃO

Este experimento apresenta uma forma de determinar as tensões principais, as


deformações principais e as direções principais através da deformação em uma roseta
retangular com ângulos de 45º entre cada strain gauge.

As rosetas de extensômetros podem ter diferentes configurações, a configuração


utilizada no experimento pode ser visualizada na figura 1.

A partir do ângulo conhecido entre cada strain-gauge e das deformações sofrida por
cada um deles, é possível determinar-se as tensões principais e direções principais para um
carregamento.

Figura 1 - Roseta a 45 graus.

2
2. OBJETIVOS

Calcular das tensões principais em uma régua de aço com o auxílio de um


extensômetro do tipo roseta retangular.

3. EQUIPAMENTOS UTILIZADOS

Para a realização deste experimento utilizou-se os seguintes materiais:


- 4 Strain-gauges do tipo PA-06-125HA-LEN, marca EXCEL com Gauge fator de
k=2.
- 1 ponte de Wheatstone;
- 1 régua de aço tipo triangular com strain-gages previamente colados;
- Um aparelho para aquisição de sinal.
- Fios para fazer as conexões;
- Paquímetro

4. PROCEDIMENTOS

Para a realização do experimento foram utilizados os canais de entrada do quadro de


nº 2, 3, 4, 5, sendo neles ligados os strain-gages identificados como D, C, B, A
respectivamente.
Na Figura 2 podemos verificar a barra de aço montada com os devidos strain gages,
podendo-se ter uma ideia do experimento.

3
D

Figura 2 - Esquema representativo do experimento.

Após corretamente fixado a régua na mesa e conectado os cabos nos canais de


entrada da ponte procedeu-se com os ajustes necessários para balancear a ponte e os canais.
As massas de carga foram adicionadas uma de cada vez e para cada uma foram
coletadas as leituras de deformações fornecidas pela ponte, tendo como passos seguintes.
- Aplicar carregamentos (F) crescentes e medir  A ,  B ,  C , D ;

- Avaliar para cada nível de carregamento as deformações principais  1 e ;

- Estimar coeficiente de Poisson 𝜈 através do gráfico  1 x  2 ;

- Estimar E, através da deformação principal de tração e da tensão teórica esperada.

A tabela 1 apresenta as dimensões da viga utilizada no experimento.

Tabela 1: Dimensões da viga.


DADOS DA VIGA
Valor
Dimensão (mm)
Largura 91,42
Comprimento 185
Espessura 2,0

4
5. RESULTADOS

A tabela 2 mostra os valores de tensão, bem como os valores de massa que foram
adicionadas na extremidade da viga para que as informações dos strain-gauges fossem
captadas.
Tabela 2: Valores medidos de tensão

Tensão saída (mm/mm*10^6)


Canal 2 Canal 3 Canal 4 Canal 5
Massa Força Strain Gauge Strain Gauge Strain Gauge Strain Gauge
(g) (N) D C B A
566,5 5,557 17 -30 -78 -33
1131,9 11,104 28 -60 -160 -65
1414,8 13,879 35 -74 -204 -84
1698,1 16,658 41 -93 -244 -100
1981 19,434 55 -106 -284 -110

A tabela 3 apresenta os valores medidos das deformações para cada strain-gauge:

Tabela 3: Valores medidos de deformação


Deformação (mm/mm)
canal 2 canal 3 canal 4 canal 5
Strain Gauge Strain Gauge Strain Gauge Strain Gauge
D C B A
0,017 -0,030 -0,078 -0,033
0,028 -0,060 -0,160 -0,065
0,035 -0,074 -0,204 -0,084
0,041 -0,093 -0,244 -0,100
0,055 -0,106 -0,284 -0,110

Com auxílio da equação (1) e (2) e do ângulo entre os strain-gauges que é de 45º,
pode-se calcular as deformações principais.

1 1
 1  (A  C )  (A  C ) 2  (2B  A  B) 2 (1)
2 2

1 1
2  (A  C )  (A  C ) 2  (2B  A  B) 2 (2)
2 2

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Com a equação (3) e (4) calculamos respectivamente a tensão teórica e o módulo de
elasticidade, porém para este experimento foi obtido através da inclinação da reta que foi
ajustada, figura 4.
6⋅P⋅L
σteórico = = Pa (Pascal) (3)
b0 ⋅ t 2

σteórico
E= = Pa (Pascal) (4)
|ԑmaior |

Onde:
P – carga aplicada na viga;
L – distância da aplicação da carga ao ponto de fixação da viga;
b0 – largura da viga;
t – espessura da viga;
E - módulo de elasticidade do material da viga;

Tabela 4: Valores medidos de deformações principais

Carga σteórico E ε1 ε2
Leitura P (N) (MPa) (GPa) (mm/mm) (mm/mm)
1 5,56 16,87 -216 0,000015 -0,000078
11,10 33,71 -211 0,000035 -0,000160
3 13,88 42,13 -206 0,000046 -0,000204
4 16,66 50,57 -207 0,000051 -0,000244
5 19,43 58,99 -208 0,000068 -0,000284

Em seguida construiu-se o gráfico de deformação longitudinal (𝜀1 ) versus


deformação transversal (𝜀2 ) figura 3, e através da inclinação da reta pode-se obter o
coeficiente de Poisson que ficou em: 0,245.

6
y = -0.2449x - 4E-06
R² = 0.9824 Comparativo Ԑ1 x Ԑ2
0.000080
0.000070
0.000060

Deformação Ԑ1
0.000050
0.000040
0.000030
0.000020
0.000010
0.000000
-0.000300 -0.000250 -0.000200 -0.000150 -0.000100 -0.000050 0.000000
Deformação Ԑ2
Fonte: Experimento sala de aula

Figura 3 - Deformação longitudinal versus deformação transversal.

Com o valor obtido do coeficiente de Poisson, utilizou-se as equações (5) e (6) para o
cálculo das tensões principais.

E ԑA +ԑC 1 (5)
σ1 = 2 ⋅ [ + 1+ν √2(ԑA − ԑB )2 + 2(ԑB − ԑC )2 ]=Pa (Pascal)
1−ν

E ԑA +ԑC 1 (6)
σ2 = 2 ⋅ [ − 1+ν √2(ԑA − ԑB )2 + 2(ԑB − ԑC )2 ]=Pa (Pascal)
1−ν

A equação (7) e (8) nos fornece os ângulos das direções principais:

1 2𝜀𝐵 − 𝜀𝐴 − 𝜖𝐶 (7)
𝜃1 = 𝑡𝑎𝑛−1 ( )
2 𝜖𝐴 − 𝜀𝐶

θ2 = 90° − θ1 (8)

O módulo de elasticidade foi obtido através da inclinação da reta da figura 4,


Podemos ver que o módulo de elasticidade ficou com valor de 203,69 GPa.

7
Comparativo σteórico x Ԑ2
70.00

60.00
y = 203689x + 0.9277
50.00 R² = 0.9998
40.00
σteórico

30.00

20.00

10.00

0.00
0.000000 0.000050 0.000100 0.000150 0.000200 0.000250 0.000300
Deformação Ԑ2
Fonte: Experimento sala de aula

Figura 4 - Tensão teórica versus deformação experimental.

Os valores obtidos das tensões principais para a última carga são:

σ1 = −31,67 MPa
σ2 = 67,25 MPa

As direções principais para a última carga são obtidas através das equações (7) e (8):

1 −2 ∗ 0,000284 + 0,00011 + 0,000106


θ1 = arctg ( ) = 44,67°
2 −0,00011 + 0,000106

O outro ângulo será a 90 graus do primeiro, ou seja:

θ2 = 90 ° − 44,67° = 45,33°

6. DISCUSSÃO

O experimento é válido e apresenta resultados satisfatórios. A fonte de erros, como


em qualquer ensaio com strain gauges, vem da má fixação dos extensômetros (devido não
estarem exatamente na posição adequada no sistema roseta Tripla 45°), problemas de
medição, irregularidades da viga e as propriedades do material. Os valores de módulo de
elasticidade do material e coeficiente de Poisson, ficaram bem próximo ao valor obtido na

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literatura que é de E = 210 GPa e ν = 0,3. Através dos cálculos obteve-se um valor de
203,69 GPa para módulo de elasticidade, e o Poisson obtido foi de 0,245. Além disso, algum
desvio na colagem dos strain gages, ou no engaste da barra, talvez seja a causa das tensões
principais não estarem exatamente alinhadas com os 45˚ da posição dos strain gages.

7. CONCLUSÕES

Deve-se ter cuidado quanto ao alinhamento dos strain gauges a fim de se obter os
valores de tensões principais válidos com relação ao eixo longitudinal da peça. Os resultados
obtidos são válidos e consistentes com a teoria. Como a configuração das rosetas pode variar
conforme o que se deseja, essa metodologia se mostra bastante útil para determinar as
tensões principais que ocorrem numa peça.

8. REFERÊNCIAS

GOMES, H. M. Extensômetros Elétricos - Guia de aulas, Ed. UFRGS.

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