28/04/2016

Estimativa de Recursos

• Determinação da quantidade de
material contido em um reservatório ou
alguma das suas partes.
Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG
Departamento de Engenharia de Minas - DEMIN
• São calculadas em TM, quilogramas,
quilates e m³.

Pesquisa de Depósitos Minerais III • Procedimentos empíricos ou teórico é

Código da disciplina: EMN 0005 chamado Inventário Mineral. Este por
sua vez, é expressa em termos de
04: ESTIMATIVA DE RECURSOS E RESERVAS MÉTODOS recursos e reservas.
CONVENCIONAIS

Eng. de Minas Carlos Enrique Arroyo O.

Prof. Dr. do DEMIN/ UFMG

Introdução
• Os trabalhos de estimativa de recursos têm como principal objetivo calcular de
melhor maneira o teor e a tonelagem dos blocos de um corpo assim como também,
determinar os erros prováveis da estimativa com um determinado nível de
confiança.
• A relevância das estimativas depende da qualidade, quantidade e da distribuição
espacial das amostras e do grau de continuidade de mineralização.
• A quantidade das reservas de um reservatório, como um dos principais fatores que
determinam a sua viabilidade económica, tem uma grande influência sobre a
vida da mina, a produção anual e da decisão final de construir a empresa de
mineração.
• Durante as operações de mina os resultados obtido na fase de estimativa são
modificados pelos resultados do controle de qualidade de teores e reconciliação
Introdução
• Os diferentes métodos de estimativa de recursos utilizados hoje são
definidas pelos princípios da interpretação e as técnicas de interpolação
espacial.
• Assim, temos os métodos de cálculo clássica desenvolvida e utilizada
desde o início da mineração ate nossos dias, com base em
procedimentos manuais e onde os principais parâmetros são
estimados a partir da média aritmética e a média ponderada.
• De outra parte os métodos assistidos por computador que incluem o
método de ponderação pelo inverso da distância e os procedimentos de
geoestatística os quais se fundamentam em procedimentos matemáticos
de interpolação definidos a partir da informação espacial e estatísticas dos
dados.

Reservas Mineras
Introdução

• Agora, com a disponibilidade de computadores e software a preços

acessíveis, há uma tendência entre as empresas de mineração e
organizações governamentais para o uso de métodos
computacionais à custa de métodos tradicionais. Deve-se
ressaltar que em alguns tipos de depósitos minerais (ex. prazeres),
métodos clássicos fornecem os melhores resultados.

• Por estas razões, é evidente que a estimativa de recursos é vital

para o sucesso de um investimento de mineração, assim as
estimativas de grau e de tonelagem para ser tão confiável quanto
possível, a partir das amostras disponíveis, a qualidade de análise e
Reservas Geológicas
definição dos controles geológicos da mineralização

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Métodos Tradicionais de Categorização Métodos Tradicionais de Categorização

Fazem uso dos seguintes critérios

Densidade da malha para
Tipos de Jazida diferentes tipos de recursos
 Continuidade geológica Medida Indicado Inferida
 (continuidade física e geometria da mineralização ou das estruturas de Região carbonífera Witbank (África
controle) 250 x 250m 350 x350 m 500 x 500m
do Sul)
Depósito Ouro Saddleback
25 x 25 m 50 x 50 m 100 x 100m
(Austrália)
 Densidade da malha de exploração (nível de estudo),
Depósitos de níquel laterítico 25 x 25 m 50 x50 m 100 x 200 m
– baseada no tipo de depósito.
• (princípio da analogia) para outros depósitos semelhantes Prazeres de minerais pesados. Continuidad
200 x 40 m 400 x 80 m
e geológica

 Interpolação para a extrapolação - Os blocos cujos valores foram

estimados por interpolação ou estão localizados dentro da malha de
amostragem são classificados em mais confiáveis ​do que aqueles
localizados para além da última linha de poços (extrapolada).
 Considerações tecnológicas - inclui certos aspectos que podem ser
usados ​para discriminar ou rejeitar um recurso de uma dada
determinada categoria. Como um exemplo, eu poderia citar a
presença de elementos nocivos que impedem uma boa recuperação
ou torná-lo extremamente caro para extrair o componente útil no
processo de benefício.
 Qualidade de dados - A recuperação do testemunho, o volume de
amostras, como foram tomadas e do método de perfuração influencia
diretamente a qualidade dos dados. Os setores onde há problemas
de representatividade ou a confiabilidade da análise devem ser
excluídos da categoria de recursos medidos.
Seleção de Métodos de Avaliação
• Métodos convencionais o geométricos
• Métodos Geoestatísticos
• Anos 80 (Matheron) ( máximo esplendor, desenvolvimento de
computadores, extensos cálculos matemáticos)
• O equipe de trabalho tenha adequada formação teórica em
Geoestatística
• A empresa possua hardware e software necessários para sua
utilização
• Se conte com um numero elevado de sondagens, preferentemente
em direções determinadas (variograma)
• Exista uma Variável regionalizada (teor)
• No caso de que alguns de estes fatores não se cumpra, a estimação das
reservas pelos MG podem ser errôneas, enviesadas, muito superiores

Métodos Convencionais o Clássicos Métodos Convencionais o Clássicos

Estes se baseiam em critérios estritamente geométricos da malha de sondagem Parâmetros de estimativa reservas
e da posição dos dados de amostragem para determinar sua influência.

T = A* e * d * t,
Onde T= calcula a quantidade de metal ou componente útil (P).
A = área de projeção do corpo de minério em um determinado
plano.
e= espessura media do corpo de minério na direção
perpendicular ao plano de projeção
d = densidade
t= teor médio do componente útil.

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Métodos Convencionais o Clássicos Métodos Convencionais o Clássicos

Determinação da área do Deposito • Os métodos convencionais desenvolvidos e utilizados desde o início da

• Normalmente os depósitos com um mergulho superior a 45 ° são
projetados em um plano vertical, o mergulho inferior projetada em um plano
horizontal. Em ambos os casos a área projetada é menor que a área
real. plano vertical é:
mineração, baseiam-se principalmente nos princípios da interpretação
das variáveis ​entre dois pontos de amostragem adjacentes,
• A maioria dos métodos convencionais baseiam-se em critérios analíticos,
naturais ou intrínsecos, e empíricos.

• Plano vertical S’= S * sen. (β) I. Critérios Analíticos

• Para o plano horizontal: S’= S * cos.(β) Onde β é o ângulo de
mergulho  Regra das trocas graduais
 Regra dos pontos mais próximos
• Para calcular a área deve inicialmente determinar os contornos do corpo e
do depósito mineral. Comumente dois contornos são desenhados ou
limites: interno e externo.

Furo

Métodos Convencionais o Clássicos Fur

2

o1 Regra dos
pontos mais
Regra das trocas graduais E1 próximos
Consiste na interpolação linear ou não entre valores conhecidos de Ea
E2
forma que os elementos expressados numericamente se modificam de
forma gradual e continuamente ao longo de uma linha reta
a

Furo
2
Fur
o1

E1
Ea
Regra das trocas
E2
graduais
a

Métodos Convencionais o Clássicos Métodos Convencionais o Clássicos

Regra dos pontos mais próximos
II. Critérios Naturais ou Intrínsecos
Neste caso um determinado valor conhecido é extrapolado
(considerando constante) ate a metade da distancia entre ele e seus
vizinhos . É a regra analítica mais utilizada

III. Empíricos

Baseados na regra de generalização, que é muito arbitraria sendo

utilizada nas fases inicias de pesquisa

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Métodos Convencionais o Clássicos Método da área de Influência

• Todos estes princípios de interpretação são utilizadas para a subdivisão do
depósito mineral em blocos ou setores, que são avaliados individualmente e
depois integrado para determinar o total de recursos do deposito.
• Quando não há informação suficiente para explorar ou variabilidade é extrema
devem ser usados ​métodos geométricos ou tradicional.
• cada amostra tem uma área de influência no interior da qual, teoricamente,
o minério permanece com as mesmas características observadas na
amostra, o que equivale a considerar que as modificações de valores entre
duas áreas consecutivas se fazem de forma uniforme.

Método de isolinhas
Método de seções transversais
Método de polígonos
Método do triangulo
Método de média aritmética ou blocos semelhantes
Método de blocos geológicos
Método de blocos de exploração
Método de inverso da distancia .

Método de polígonos Deposito de sal de

Atacama (se trata de
salmueras com
conteúdo de lítio,
boro, potássio,
sulfatos).
Pontos de
amostragem e de
bombeamento .
Observar a agrupação
(cluster) dos pontos na
zona central.

Exemplo ilustrativo: Cubagem de jazida de argila do

Rio Baldum – Rio Grande do Norte.
Deposito de gipsita do Rio Cupari - Pará

Reserva medida 51.702 t

Reserva Lavrável 49.000 t
(95%)

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Método dos triângulos

• todos os planos do corpo são divididos em um retículo de triângulos

que surge após a união dos pontos do plano que possuem
informações de pesquisa.

Áreas de influências
(S1 e S2)
correspondentes aos
furos de sonda F1, F2,
F3 e F4.

Vantagens e Desvantagens do Método

Método dos triângulos
•
dos triângulos
 Cálculo da área do triangulo: A = (B x H) / 2
 Cálculo do volume do prisma de base triangular: V=  É um método basicamente analítico, não levando em consideração a
geologia e as características minerais;
1/3 ( a1+ a2 + a3 ) x A
 Este processo de avaliação é simples quando se utiliza fórmulas do tronco
– Onde a1; a2; e a3 são arestas do prisma. de prisma, quando se dispõe de triângulos equiláteros.

 O método não leva em conta considerações geológicas ou minerais;

 Cálculo da tonelagem do minério é T = V x dm
 Não retrata a forma da jazida;
• Onde dm é a densidade média dos furos de sondagem do triangulo.  Pode englobar valores pertencentes ao corpo mineralizado e vice-versa;
 Requer um grande número de triângulos e blocos;

 Cálculo do teor: tm = ( t1 + t2 + t3 ) / 3

Ex.: corpo niquelífero de Santa Cruz, Ipanema, MG

Ex: Deposito de níquel (Angeli, 1991)

Aplicações:

 Corpos grandes
sedimentares;

 Corpos disseminados
em geral quando
avaliados por malha
regular.

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Em cada seção, calcula-se a área ocupada pelo minério. A tonelagem

entre duas seções contínuas, como S1 e S2 da fig. 01 é encontrada,
Métodos das Seções Geológicas utilizando as formulas:

• Neste processo de computação são

S1  S2
traçadas seções geológicas
detalhadas, utilizando todas as
Q=T x t
T H d
informações disponíveis: Onde: 2
T= Tonelagem F F
F 2 F
S1 = Área da seção 1 1
3
4
S2 = Área da seção 2
H = Distância entre as seções 1 e 2 Minério da Seção
S1
D = Densidade do minério
t = Teor

Fig. 02 - Linha de Sondagem

definindo a seção geológica S1.
Fig. 01- Planta com a localização das sondagens.

Método do Inverso da distancia

Métodos das seções
geológicas: Exemplo  Implementado desde o uso de computadores pois precisa-se
fazer grande numero de cálculos repetitivos

 O principio que utilizado é que o teor e espessura estão

relacionados com os valores próximos
ti
Seções geológicas d m

definidas por sondagens tm  i

1
rotativas no corpo de  dm
i
minério laterítico
niquelífero de Santa Cruz,  O parâmetro m fará com que as amostras mais próximas
Ipanema, MG (Angeli, tenham mais peso a medida que ela é maior (depende
também das características do deposito)
1991).

Sistemática do Método do Inverso da

Exemplo
distancia
 Determinação das amostras validas Determinar o teor médio no ponto B a partir dos teores dos pontos
para a avaliação (elimina amostras localizados na figura e considerar os seguintes critérios de avaliação
com outras particularidades)
Selecionar as 7 amostras mais próximas ao centro
Critério angular entre duas amostras 18°
 Se estabelece um gride regular
m=2
A rocha é homogênea
 Parâmetros de estimativa
 Radio da circunferência • Amostras que ficam excluídas ?
 Critério angular (evita a interação ti
de amostras muito próximas d m
tm  i

ang. menor de 25°) 1

 dm
i

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Exemplos Crítica geral a os métodos Clássicos

• De todo o antes mencionado

podemos mencionar sobre os
métodos de estimativa
clássicos ou convencionais:

 São empíricos...
 Demasiado geométricos.
 Não consideram a
estrutura do fenómeno
mineralizado.
 Por estrutura
entenderemos o seguinte: Teores de Fe, sondagens verticais, nos
dois tem mesmo teor de 32% de Fe. Qual
é mais continuo

• Exemplo: No caso da figura abaixo, os teores z1 = 1.25 e z2 = 1.75 são

Crítica geral a os métodos Clássicos simétricas com respeito ao bloco (se observam quatro isoteores):

• A possível presença de Bloque a estimar e isoteores

anisotropias, ou seja, anisotrópicas em una planta.
Na mina Chuquicamata a
direções nas quais a situação es similar, os teores
variação de teores e decrescem sistematicamente
privilegiada (ver figura). de oeste a este, ver figura

Anisotropias dos teores de Cu num

deposito, Valores interpolados

Esses métodos apresentam fenómenos conhecidos como sesgo

condicional, o qual se traduze na superestimação una subestimação. Crítica geral a os métodos Clássicos

 O existe mineral
com teor 1.0 ou
existe estéril com
teor 0.0.

 O mineral se
representa de cor
gris e o valor
numérico
corresponde a
proporção do
mineral

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Vantagens e desvantagens dos M.

Introdução Geral - Histórico
Convencionais

 Observações empíricas de volume X variância X continuidade de

 Facilidade de Aplicação, rápidos
 Não requerem grandes investimentos
 Facilidade de Adaptação
 Se produz uma superestimação nas reservas quando são assignados altos
teores a grandes volumes
 O erro pode ser muito alto se, aplicados arbitrariamente ditos métodos
 A ponderação por áreas e volumem e arbitraria e não ótima
matematicamente
 São aplicados teores constantes a zonas determinadas o que não pode ser
adequado geologicamente sim os sondagens estão muito dispersos
minério de Au na África do Sul – Krige, década de 50
 Estruturação matemática, nascimento e formalização da teoria
geoestatística como ciência – Matheron, década de 60
 Popularização e desenvolvimento computacional – décadas de 70
e 80
 Uso rotineiro de técnicas geoestatísticas – décadas de 90 e 2000

Definição de Geoestatística Definição de Geoestatística

• Por que usar geoestatística?

• Conjunto de técnicas estatísticas utilizadas para analisar
e estimar valores de uma variável que são distribuídos
(e fisicamente correlacionados) no espaço ou tempo
como, por exemplo, a maioria dos dados da área de
geociências e dados de GIS.
• Onde a estatística clássica falha?
– Os valores das amostras não são independentes.
– Existe uma continuidade espacial e/ou temporal.
• .

Definição de Geoestatística Definição de Geoestatística

 Quais são os principais usos da geoestatística?  O que a geoestatística não faz?

 Transformação do conhecimento físico de um fenômeno em números  Substituir dados adicionais;

(quantificação);  Substituir o bom entendimento e correto julgamento do problema físico
 Predição de valores desconhecidos; em questão (interpretação do fenômeno geológico).
 Estimar em uma malha regular (grid) – adensar a informação;
 Modelagem de incertezas;  Funcionar como uma caixa preta (uso indevido de softwares);
 Gerar mapas por simulação para estudos de sensibilidade;
 Otimização amostral.  Reduzir o tempo de trabalho.

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Vantagens e desvantagens dos M.

Estimativa Global ou Local
Geoestatística

• Teoricamente se obtém resultados matematicamente, ótimos

• São métodos mais complexos

• Os dados são quase sempre escassos nos primeiros estudos de

viabilidade pelo que é quase impossível obter semivariogramas que
permitam levar a cabo uma interpretação logica

• A suavização pode ser incorreto especialmente si existem zonas com

baixas ou altos teores onde os contatos geológicos jogam um papel
predominante

Estimativa Global teor médio Estimativa Local teor médio

Polígonos, Inverso da distância, Krigagem.