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Capítulo 8
Peter Singer começa o capítulo de comparação entre ricos e
pobres citando a definição de pobreza absoluta usada pelo ex-
presidente do banco mundial Robert Mc Namara: “A pobreza
absoluta é caracterizada pelo analfabetismo, índice de
mortalidade infantil muito elevado, subnutrição, falta de
condições higiénicas”. Destaca também que 23% da população
mundial infelizmente vive nestas condições, e termina dizendo
que a pobreza absoluta é um dos responsáveis pelo sofrimento
da população.
Para contrastar Peter Singer analisa a riqueza, o padrão de vida
nos países mais ricos, relatando a desigualdade em relação à
distribuição de alimentos e de bens entre os países ricos e
pobres. Também comenta a riqueza absoluta, diz que não passa
de uma renda que fica acima no necessário para se satisfazer as
necessidades básicas quer consigo próprio quer com os que
dependem de si.
Peter Singer questiona-se sobre qual seria a diferença entre
permitir que alguém seja morto e ser o próprio sujeito a matar a
pessoa e enumera cinco fatores que ajudam a justificar a
diferença. São eles a motivação, a ausência de responsabilidade,
o preconceito, a certeza nas consequências e a identificação dos
agentes. Acaba por concluir que temos a obrigação de ajudar os
outros, na medida em que possamos impedir alguma maldade
sem sacrificar algo de igual importância.
Diz que a pobreza absoluta é um mal muito grande, e que há
uma pequena parcela de pobreza que é possível impedir sem ser
necessário sacrificar nada. Conclui que devemos ajudar os outros
mesmo que não os conheçamos, e rebate os argumentos que
contrariam a hipótese da obrigação de ajudar, como cuidar de
nós mesmos, direito à propriedade, entre outros.
Peter Singer termina a sua tese dizendo que os argumentos
acima ditos são aptos para apoiar a ideia sobre a obrigação de
ajudar e não a de a contrariar.
Capitulo 9
Neste capítulo o autor aborda um tema que até à atualidade tem
sido discutido que é o problema dos refugiados.
O autor começa por colocar uma hipótese futura: se em 2022
uma guerra nuclear provocasse um desastre de tal ordem que a
única solução para viver dignamente seria dentro de um abrigo
subterrâneo com todas as condições de vida (e até de luxo), e se
apenas uma parte da população tivesse acesso a esse abrigo,
(com mantimentos que durariam cerca de 20 anos, sendo que
seria possível voltar a viver no exterior após oito anos, vivendo a
maior parte da população fora dele) o que fazer em relação aos
desafortunados que não teriam acesso ao abrigo? O autor coloca
três hipóteses de resposta num eventual referendo: abrigar mais
10 mil pessoas, abrigar apenas 500 pessoas, ou não abrigar mais
ninguém, interpelando o leitor sobre qual seria a sua escolha.
Depois de analisar as várias alternativas, Singer conclui que a
alternativa ética mais aceitável era a de albergar mais 10 mil
pessoas, nem que para isso tivessem de terminar alguns luxos
(campos de ténis, etc.) da população originalmente residente no
abrigo, e nem que as condições de vida dos que já lá se
encontravam tivessem de piorar mas, claro, nunca ao nível das
condições de vida fora do abrigo.