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Capítulo 1

Singer refere que o livro é sobre a ética prática, isto é, a


aplicação da ética às questões práticas como: o racismo,
igualdade de género, a morte dos animais para a nossa
alimentação, o aborto, o dever dos ricos em ajudar os pobres e a
eutanásia.
Algumas pessoas encaram a moral como proibições sem sentido
destinadas a evitar o divertimento das pessoas, algo que o autor
contesta.
O autor, para explicar o que para si é a ética, começa por dizer o
que ela não é.
Primeiro diz que a ética não é um conjunto de proibições em
relação ao sexo, isto é, segundo Peter Singer, se o sexo for
praticado de livre vontade dos participantes e se lhes der prazer
sem prejudicar terceiros, não há nada a condenar.
Em segundo lugar diz que a ética não pode ser apenas uma
teoria e que deve ser útil na prática. Algumas pessoas pensam
que a ética é inaplicável na atualidade pois encaram a ética como
algumas regras simples.
Uma ética prática deve partir de objetivos e não de regras
morais. A teoria mais conhecida é o utilitarismo.
O utilitarismo defende, por exemplo, que uma mentira pode ser
boa ou má, dependendo das consequências da mesma.
Em terceiro lugar, Singer diz que a ética deve ser totalmente
independente da religião. O que é contrariado pelos teístas
(crentes na existência de Deus) que defendiam que a ética não
faria sentido nenhum sem a religião pois, segundo eles, o
verdadeiro significado de bem era o que Deus aprova, mas os
teístas montam uma armadilha pois se o que Deus aprova é
bom, Deus só é bom se for aprovado por ele mesmo. Além disso,
isso significaria que se Deus aprovasse a tortura esta passaria a
ser boa.
A última ideia sobre a ética refutada por Peter Singer na sua obra
é a relatividade ou subjetividade da ética.
Singer defende que a ética não pode depender de uma
determinada cultura ou sociedade, pois isso impedir-nos-ia de
dizer, por exemplo, que a escravatura é um mal em qualquer
parte do mundo, em qualquer sociedade ou em qualquer época.
Seríamos obrigados a aceitar que uma determinada sociedade
considerasse a escravatura como um bem.
Por outro lado, a ética também pode ser subjetiva. Se, por
exemplo, a ideia de que agredir animais é um mal fosse apenas
uma questão de opinião pessoal, e se todas as opiniões fossem
corretas, então não haveria sequer lugar à discussão, pois toda a
gente teria razão, e agredir animais era tanto um bem como um
mal, e assim a ética deixaria de fazer sentido.
Depois de explicar o que a ética não é, Singer vai então
concretizar aquilo que entende ser a ética.
Assim, em primeiro lugar, o autor refere que a ética é universal,
ou seja, deve aplicar-se a todos os seres humanos e não deve
partir de uma perspetiva individualista. Isto implica assumir que
os “meus” interesses valem tanto como os interesses de
qualquer outra pessoa. Assim, quando decido qual é a melhor
ação possível, devo dar o mesmo peso aos meus interesses e
desejos que dou aos interesses e desejos de qualquer outro
indivíduo.
Esta ideia de universalidade da ética leva Singer a defender uma
perspetiva utilitarista da mesma: ou seja, a melhor ação é aquela
que beneficia mais interesses de mais pessoas. Assim, se tiver de
optar entre duas ações possíveis, devo escolher aquela que vai
de encontro aos desejos de mais indivíduos, por outras palavras,
devo escolher a ação cujas consequências tragam mais felicidade
geral. O importante são as consequências das nossas ações e não
as regras rígidas que as possam preceder. Resumindo, Singer é
um utilitarista, mas disposto a considerar ao longo do livro os
aspetos positivos de outras éticas, como as deontológicas.

Capítulo 8
Peter Singer começa o capítulo de comparação entre ricos e
pobres citando a definição de pobreza absoluta usada pelo ex-
presidente do banco mundial Robert Mc Namara: “A pobreza
absoluta é caracterizada pelo analfabetismo, índice de
mortalidade infantil muito elevado, subnutrição, falta de
condições higiénicas”. Destaca também que 23% da população
mundial infelizmente vive nestas condições, e termina dizendo
que a pobreza absoluta é um dos responsáveis pelo sofrimento
da população.
Para contrastar Peter Singer analisa a riqueza, o padrão de vida
nos países mais ricos, relatando a desigualdade em relação à
distribuição de alimentos e de bens entre os países ricos e
pobres. Também comenta a riqueza absoluta, diz que não passa
de uma renda que fica acima no necessário para se satisfazer as
necessidades básicas quer consigo próprio quer com os que
dependem de si.
Peter Singer questiona-se sobre qual seria a diferença entre
permitir que alguém seja morto e ser o próprio sujeito a matar a
pessoa e enumera cinco fatores que ajudam a justificar a
diferença. São eles a motivação, a ausência de responsabilidade,
o preconceito, a certeza nas consequências e a identificação dos
agentes. Acaba por concluir que temos a obrigação de ajudar os
outros, na medida em que possamos impedir alguma maldade
sem sacrificar algo de igual importância.
Diz que a pobreza absoluta é um mal muito grande, e que há
uma pequena parcela de pobreza que é possível impedir sem ser
necessário sacrificar nada. Conclui que devemos ajudar os outros
mesmo que não os conheçamos, e rebate os argumentos que
contrariam a hipótese da obrigação de ajudar, como cuidar de
nós mesmos, direito à propriedade, entre outros.
Peter Singer termina a sua tese dizendo que os argumentos
acima ditos são aptos para apoiar a ideia sobre a obrigação de
ajudar e não a de a contrariar.
Capitulo 9
Neste capítulo o autor aborda um tema que até à atualidade tem
sido discutido que é o problema dos refugiados.
O autor começa por colocar uma hipótese futura: se em 2022
uma guerra nuclear provocasse um desastre de tal ordem que a
única solução para viver dignamente seria dentro de um abrigo
subterrâneo com todas as condições de vida (e até de luxo), e se
apenas uma parte da população tivesse acesso a esse abrigo,
(com mantimentos que durariam cerca de 20 anos, sendo que
seria possível voltar a viver no exterior após oito anos, vivendo a
maior parte da população fora dele) o que fazer em relação aos
desafortunados que não teriam acesso ao abrigo? O autor coloca
três hipóteses de resposta num eventual referendo: abrigar mais
10 mil pessoas, abrigar apenas 500 pessoas, ou não abrigar mais
ninguém, interpelando o leitor sobre qual seria a sua escolha.
Depois de analisar as várias alternativas, Singer conclui que a
alternativa ética mais aceitável era a de albergar mais 10 mil
pessoas, nem que para isso tivessem de terminar alguns luxos
(campos de ténis, etc.) da população originalmente residente no
abrigo, e nem que as condições de vida dos que já lá se
encontravam tivessem de piorar mas, claro, nunca ao nível das
condições de vida fora do abrigo.

Uma definição possível de refugiado é qualquer pessoa que se


encontre fora do país da sua nacionalidade devido a medo
fundado de perseguição em virtude da sua raça, religião,
nacionalidade ou opinião política e que não deseje ou não possa
dispor da proteção do seu próprio governo
Na opinião de Peter Singer não se deve escolher o tipo de
refugiado que se quer abrigar mas sim tentar abrigar o máximo
número máximo de possível de refugiados. Os países ricos têm a
obrigação moral de receber muito mais refugiados do que
realmente recebem pois têm muito mais possibilidades do que
os países pobres e as consequências na sua população residente
não seriam tão dramáticas, isto é, os residentes não teriam de
beneficiar de todos os seus luxos, que se tinham esforçado para
ter, mas apenas viver um pouco menos luxuosamente.

Miguel Amaral Nº21 10ºB

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