Вы находитесь на странице: 1из 66

INSTITUTO SUPERIOR MARIA MÃE DE ÁFRICA

Licenciatura em Ciências da Educação

O IMPACTO DA PROLIFERAÇÃO DE MERCADOS INFORMAIS À


VOLTA DAS ESCOLAS NO PROCESSO DE ENSINO E
APRENDIZAGEM, CASO DA ESCOLA PRIMÁRIA CASA DE
EDUCAÇÃO DA MUNHUANA

Lailade Achura Issufo Chaituir

Trabalho de Tese para Obtenção do Grau de Licenciatura em Ciências da Educação

Tutor: dr. Gito Amaral Mataba

MAPUTO, AGOSTO DE 2011


FOLHA DE APROVAÇÃO

Tutor:

_____________________________________________

(dr. Gito Amaral Mataba)


ÍNDICE

DECLARAÇÃO DE HONRA ......................................................................................................... I

DEDICATÓRIA .............................................................................................................................. II

AGRADECIMENTOS .................................................................................................................. III

LISTA DE GRÁFICOS ................................................................................................................. IV

LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS .....................................................................................V

INTRODUÇÃO ............................................................................................................................... 1

CAPÍTULO I: QUADRO TEÓRICO ............................................................................................. 4

CAPÍTULO II: CONTEXTUALIZAÇÃO ...................................................................................... 7

2.1 Localização do Local do Estudo ......................................................................................... 7

2.1.1Retrato do mapa da localização EPCCEM...................................................................... 7

2.2 Breve Historial sobre a Escola ............................................................................................ 8

2.3 Organização das principais áreas de actuação................................................................ 10

2.3.1 Organização do Sector Pedagógico .............................................................................. 11

2.3.2 Características da Infra-estrutura ................................................................................ 11

3.1 A Escola e sua função ........................................................................................................ 15

3.1.1 Escola como Instituição de Educação .......................................................................... 16

3.1.2 O papel da escola na Educação para paz e assimilação de valores ............................ 16

3.2 O processo de ensino e aprendizagem dos alunos ........................................................... 17

3.2.1 As diversificadas formas de aprendizagem ................................................................... 17

3.3. Condições para uma eficaz educação e leccionação das aulas ...................................... 18

3.3.1 Os objectivos a serem tidos em conta na leccionação das aulas .................................. 18

3.3.2 Os conteúdos o factor que determina a aquisição dos saberes .................................... 19

3.3.3 O ensino centrado no aluno como estratégia ideal na consecução dos conteúdos ...... 20

3.3.4 Princípios pedagógicos fundamentais da teoria construtivista .................................... 21


3.3.5 Abordagens sobre metodologias adequam ao ensino construtivista ............................ 22

3.4 A avaliação um processo de verificação permanente da aprendizagem ....................... 23

3.5 Entraves a serem tidos em conta durante o processo de aprendizagem ....................... 24

CAPÍTULO IV: ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS ................................................ 26

4.1 Caracterização do grupo alvo ........................................................................................... 26

4.2 Opinião sobre o mercado a volta da escola...................................................................... 29

4.2.1 Opinião sobre o impacto das acções do dia-a-dia no processo do ensino e


aprendizagem ......................................................................................................................... 29

4.3 Responsabilidade no baixo aproveitamento pedagógico verificando o ano passado ... 30

4.4 Relação da variação do comportamento face a localização da escola ........................... 31

4.5 Impacto do barulho no processo de ensino e aprendizagem .......................................... 32

4.6 Concretização dos objectivos da aula após interferência exterior ................................ 34

4.7 A Atitude dos alunos .......................................................................................................... 34

RECOMENDAÇÕES.................................................................................................................... 41

CONSTRANGIMENTOS ............................................................................................................. 41

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................................... 42

BIBLIOGRAFIA GERAL............................................................................................................. 44

APÊNDICES ................................................................................................................................. 47
DECLARAÇÃO DE HONRA

Lailade Achura Issufo Chaituir, declaro que este trabalho è resultado de investigação pessoal, sob
orientação do Tutor, o seu conteúdo é original nunca foi usado anteriormente para a obtenção de
qualquer nível académico estando patente na bibliografia todas as fontes consultadas.

Maputo, Agosto de 2011

____________________________________________________

(Lailade Achura Issufo Chaituir)

I
DEDICATÓRIA

À todos os alunos, professores e pessoal não docente da EPCCEM,

que no dia-a-dia das suas actividades sofrem directamente o impacto

das acções do Mercado Estrela Vermelha.

II
AGRADECIMENTOS

Agradeço em primeiro lugar à Deus por ter permitido que ganhasse forças, dando-me saúde para
a concretização do trabalho;

Ao dr. Gito Amaral Mataba, pela incansável colaboração na supervisão deste trabalho, a
seriedade assumida e paciência na explicação das falhas cometidas;

À todos os professores das diversas cadeiras tidas ao longo dos quatro anos, pelos subsídios
académicos que permitiram adquirir o nível para a efectivação do trabalho;

À minha família (marido, filhos) que me encorajaram a retornar a escola quebrando deste modo o
complexo, e pelos momentos que lhes faltei a assistência merecida como esposa e mãe;

III
LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 2.3.2.1-Efectivos dos alunos por género .......................................................................... 13

Gráfico 4.1.1-Género dos alunos ................................................................................................... 26

Gráfico 4.1.2-Idade dos alunos ...................................................................................................... 26

Gráfico 4.1.3-Género dos professores ........................................................................................... 27

Gráfico 4.1.4-Idades dos professores ............................................................................................ 27

Gráfico 4.2.1-Opinião sobre o Mercado a volta da Escola ............................................................ 28

Gráfico 4.2.1.1-Impacto das acções do dia-a-dia no PEA ............................................................. 28

Gráfico 4.3.1-Responsabilidade no Baixo Aproveitamento Pedagógico ...................................... 29

Gráfico 4.4.1-Razões da variação do comportamento nos alunos ................................................. 30

Gráfico 4.5.1-Impacto do barulho nos alunos ............................................................................... 31

Gráfico 4.5.2-Percepção da matéria face ao barulho ..................................................................... 32

Gráfico 4.6.1-A concretizacão dos objectivos da aula face a interferencia ................................... 33

Gráfico 4.7.1-Atitudes em situação de brigas no Mercado ........................................................... 34

Gráfico 4.7.2- Opinião dos professores sobre situações de brigas assistidas ................................ 34

Gráfico 4.7.3- Opinião dos professores sobre a presença de alunos alcoolizados ........................ 36

Gráfico 4.7.4-Impacto da emissão de sons durante as aulas ......................................................... 36

IV
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

EP1 Ensino Primário do 1º Grau

EP2 Ensino Primário do 2º Grau

EPCCEM Escola Primária Completa Casa de Educação da Munhuana

REGEB Regulamento Geral do Ensino Básico

V
INTRODUÇÃO

Durante a guerra de desestabilização que ocorreu no país, verificou-se nos centros urbanos a
proliferação de mercados informais, como resultado da necessidade de sobrevivência das
populações vindas das zonas de guerra e moradores, devido ao elevado índice de desemprego
sem se ter em conta as consequências que estes poderiam trazer nos locais instalados pelos seus
interessados em particular perto das escolas.

O translinear deste trabalho vai se cingir no tema sobre ―O Impacto da Proliferação de Mercados
Informais à volta das Escolas, no Processo de Ensino e Aprendizagem, caso da Escola Primária
Completa Casa de Educação da Munhuana‖, por se situar ao lado de um mercado informal cujas
acções do dia-a-dia possam estar a interferir no processo de ensino e na assimilação de valores,
por envolver pessoas de vária índole, originando situações de violência.

Pretende-se com o trabalho dar resposta a mais uma exigência das etapas definidas para a
conclusão do grau de Licenciatura, sendo imprescindível a apresentação e defesa de um trabalho
científico em monografia, cuja relevância se enquadra no estudo de uma situação concreta que
possa estar na origem de um problema que afecta directamente o ensino e aprendizagem do local
onde se desenvolve o estudo, aliando deste modo a teoria e a pratica.

O maior mercado informal da cidade de Maputo, está localizado entre duas escolas, na qual o
trabalho em epígrafe focaliza a escola citada no tema, por esta ser uma das que possa estar a
sofrer o impacto negativo resultante da sua localização no que concerne, ao processo de ensino e
aprendizagem a assimilação de valores.

Situações decorrentes no mercado influenciam no comportamento dos alunos durante as aulas, no


cumprimento de metas para 1ª classe todos os anos, na aceitação por alguns pais cujos filhos após
a conclusão da 5ª classe são afectas nesta escola, na destruição de carteiras e outras infra-
estruturas, na interrupção de actividades desportivas, no roubo de bens aos alunos fora e por
vezes dentro recinto escolar, nas transferências em massa para outras escolas.

Assume-se como objectivo principal avaliar o impacto das situações decorrentes no mercado
informal ―Estrela Vermelha‖, no processo de ensino e aprendizagem na Escola Primária
Completa Casa de Educação da Munhuana através do estudo do quotidiano da escola, para que se

1
concretize a investigação do tema, levantando dados concretos que demonstrem até que ponto as
acções do mercado interfere no processo de aprendizagem ao se confrontar com obras didácticas
metodológicas e as opiniões colhidas nas diversas sensibilidades que lidam com o problema.

Situações anómalas e alheias ao processo de aprendizagem tem se verificado ao lado da Escola


onde se instalou um mercado informal foco da proliferação de ruídos perturbadores das aulas,
crescimento de serviços a volta da Escola, a aceitação na compra de bebidas por adolescentes e
participação em jogos recreativos, a aglomeração de pessoas de conduta duvidosa, assistindo-se a
brigas que acabam em violência verbal e física assistida por alunos podendo tomar como valor.

Estas situações poderão ser minimizadas com o envolvimento da comissão de pais através de
contactos regulares com as estruturas do mercado, a ligação de um elo de ligação entre as
Estruturas do mercado, Escola e a política, com vista a sensibilização dos utentes do mercado, a
proibição da venda de bebidas alcoólicas a alunos por serem adolescentes, apelar para que os
lavadores de carro interfiram junto de seus clientes ao tocarem a música em seus carros e por fim
o reforço na segurança da Escola.

A importância ao estudo deste tema, se inscreve na necessidade de se avaliar o impacto das


situações descritas no processo de aprendizagem, por se tratar de uma realidade imprevista na
programação e implementação dos objectivos traçados para o ensino e na leccionação das aulas
no que concerne os procedimentos didácticos metodológicos a serem tidos em conta.

A relevância se insere na contribuição que este poderá trazer no âmbito académico, pela
demonstração destas situações, supondo que o resultado da investigação possa dar contributo para
os que tiverem acesso ao trabalho, ao terem em conta que situações destas estando a acontecer em
algumas escolas interferem negativamente na aprendizagem devendo ser operadas adaptações
curriculares que se adeqúem à realidade contextual.

A pesquisa é de natureza qualitativa pela necessidade em investigar os fenómenos decorrentes


onde a fonte de dados será num ambiente natural. O esclarecimento será feito através de dados
quantitativos e que vai permitir a explicação das hipóteses levantadas e a verificação das
variáveis, o que contribuirá para a validade dos resultados encontrados, e o método usado é o
estudo de caso com base no processo mental dedutivo o que permitiu testar com rigor os dados
em interacção.

2
O trabalho resulta de uma pesquisa de campo, através da observação indirecta dos factos com
base em questionários por inquérito com perguntas fechadas e abertas aplicados a alunos e
professores, uma entrevista a um membro da Direcção com a finalidade de produzir ou registar as
informações requeridas e da pesquisa bibliográfica e outros campos do saber.

As situações descritas envolvem directamente a comunidade escolar constituindo elementos para


a recolha de dados professores, alunos e a direcção da escola pela amostragem probabilística por
ter sido feita de forma aleatória simples dos pesquisados dando a oportunidade a cada membro da
população de ser escolhido (cf. Marconi e Lakatos, 2009), constituindo a amostra 30 professores
num universo de 50 e de 100 dos 1770 alunos e o posterior tratamento estatístico.

O tratamento de dados foi feito por meio de tabelas, gráficos estatísticos e suas frequências,
obedecendo a sequência lógica em forma de tópicos e subtópicos requerendo discussão cujos
fundamentos encontrados nas diversas obras consultadas.

Como garantia da confidencialidade de dados é tida pela ausência de nomes nos inquéritos como
forma de garantir o respeito aos participantes da sua integridade e dignidade desenvolvendo a
pesquisa dentro de padrões éticos.

A estruturação do trabalho permite a sequencialização e compreensão subscrevendo-se neste


trabalho o seguinte: Uma introdução que vai resumir aspectos fulcrais do projecto; o capítulo I o
quadro teórico como chave para a compreensão dos conteúdos a tratar no texto; o capítulo II a
contextualização que abarcará a Localização, Historial, a Organização da Escola; no capítulo III a
revisão bibliográfica e no capítulo IV a análise e interpretação de dados, fundamentando deste
modo de forma quantitativa as hipóteses levantadas como causas do problema. E por fim a
conclusão e recomendações.

3
CAPÍTULO I: QUADRO TEÓRICO

Esta etapa consiste na abordagem das principais obras bibliográficas, a serem confrontadas pelo
autor de forma reflexiva e científica que de acordo com Spector (2001) obriga o autor a
aprofundar-se na literatura pertinente, e a relatar, de forma didáctica, o status actual do
conhecimento sobre o tema.

A presente pesquisa vai se inserir no tema sobre o impacto da proliferação dos mercados à volta
das escolas caso da Escola Primária Completa Casa da Educação da Munhuana, uma questão
tratada com indiferença mas que suscitou interesse para o pesquisador no estudo de sua
interferência no processo de aprendizagem e na assimilação de valores através da confrontação de
obras didácticas metodológicas e de assimilação de valores.

A ideia da educação de cada povo depende da sua realidade concreta e de seus valores. A
educação visa uma tripla integração do indivíduo a nível pessoal, social e cultural. A pessoal
permite as múltiplas influências do seu meio integrando-as na maneira de pensar, agir e de se
comportar. A social permite a participação activa nas actividades e vida do grupo. A cultural faz
da personalidade de um modelo de acordo com o padrão próprio do grupo integrando valores
culturais (cf. Golias 1993).

Hoje como ontem a escola assume esta árdua tarefa de educar ―a escola terá cada vez mais de
responder não só a alunos que nela buscam um conjunto de «saberes» que «apenas» nela estão
disponíveis, o que nem sequer é real, mas fundamentalmente de responder ao enorme desafio de
formar indivíduos‖ (Morgado, 2001:14), no que implica um ambiente de paz e harmonia longe de
interferências sociais que possam deturpar o real significado de educar.

A escola deve ser o ambiente em que pais e professores promovam conjuntamente a educação,
um lugar em que as crianças ou jovens se reúnam entre si com educadores profissionais, para
tomarem consciência mais profunda de suas aspirações valores mais íntimos e mais legítimos, e
tomarem decisões mais esclarecidas sobre sua vida, a partir de aprendizagens significativas.
(Schmtz, 1982 citado por Piletti, 2008).

De acordo com Nericí (1988), sendo a aula o período de tempo variável destinado ao estudo de
um tema ou execução de uma tarefa, em função de uma unidade, em que o professor orienta o
ensino visando à aprendizagem do educando para que este alcance predeterminados objectivos
4
cabendo ao professor através da planificação de actividades, organizá-las de modo a estimular os
alunos a organizarem suas ideias para a construção do conhecimento, tendo em conta a situação
real, as condições materiais disponíveis para o efeito.

É de manter permanentemente a motivação de forma a superar as interferências externas e


garantir a atenção, Piletti (2008), sustenta que a motivação consiste em apresentar a alguém
estímulos e incentivos que lhe favoreçam determinado tipo de conduta. Em sentido didáctico,
consiste em oferecer ao aluno os estímulos e incentivos apropriados para tornar a aprendizagem
mais eficaz.

É um processo que se desenvolve no interior do indivíduo e o impulsiona a agir mental ou


fisicamente em função de algo. O indivíduo motivado encontra-se disposto a despender esforços
para alcançar certos objectivos. (Nérici, 1988). O professor deve identificar o estado de
motivação dos alunos na sala de aulas, de forma a incentivá-los a atingir os seus objectivos.

Para a concretização de uma aula é imprescindível que se tome em consideração factores que
possam interferir na comunicação professor/aluno ―No mesmo sentido, é de reforçar a ideia de
que se torna necessário estimular permanentemente a comunicação nos alunos, evitando que,
pela explicitação de juízos de valor acerca da maior ou menor competência demonstrada, estes
tendam a desenvolver mecanismos inibitórios dos comportamentos de comunicação‖ (Morgado,
2001:36) inviabilização a concretização dos objectivos programados para a aula numa altura em
que o ensino está centrado no aluno, no que se conclui necessário a comunicação permanente
entre professor e aluno para que seja possível a aula.

Sendo o aluno uma personalidade em formação é necessário que a aquisição de novos


conhecimentos ocorra sem temores, ―Um ambiente facilitador da aprendizagem pressupõe uma
atmosfera e um meio favorecedor, no qual a qualidade das relações interpessoais é considerada
o principal factor‖ (Vieira, 2005:39) salienta ainda o autor o facto de que muitas das nossas
atitudes e comportamentos são influenciados pela Posição Existencial Dominante.

As sociedades actuais têm enfrentado problemas no que concerne à educação em valores morais
tão reclamados actualmente pelos mais velhos pelo equívoco criado ao procurar perceber o que
realmente estará a acontecer, numa sociedade de antecedentes antropológicos que sempre pautou
pela preservação do que foi vivência dos antepassados procurando universalizar costumes e até
valores ―Há um grande número de “Universais Culturais” comuns a todos os grupos culturais: a
5
linguagem, a existência de um sistema de parentesco, a regulamentação do comportamento
sexual, o uso do fogo, as crenças num mundo sobrenatural, a música e outras artes, o domínio
do meio ambiente cozinhar os alimentos etc.‖ (Martinez, 2003: 23).

Hoje vive-se uma realidade onde as fontes pelas quais os adolescentes buscam informações são
oriundas dos mais diversificados quadrantes por causa da globalização cabendo a escola a
uniformização e explicação sobre o uso e selecção da informação.

―Nas sociedades actuais, caracterizadas por uma evolução extremamente rápida de conhecimentos e
fundamentalmente pelo enorme incremento da comunicação através dos diferentes meios, a escola é
ainda confrontada com a dificuldade de nos contornos interiores do seu trabalho, poder levar em
consideração toda a informação e gama de conhecimentos que circulam no espaço exterior à escola e
que frequentemente são percepcionados pelos alunos como bastante mais motivadores e apelativos do
que a informação e conhecimentos disponibilizados na escola” (Morgado, 2001: 15).

Segundo Piaget e Kohlberg (1979: 24), o respeito pelas regras amadurece quando a adolescente
chega ao estágio de cooperação, e a heteronomia começa a diminuir. Com o aumento da
autonomia, aparece claramente o respeito, pelas regras na própria obediência e conhecimento.
Ainda que tenha chegado ao necessário desenvolvimento cognitivo das actividades sociais, para o
adolescente é muito mais útil participar da formulação das regras do que recebê-las já prontas dos
adultos e ter que submeter-se a elas.

A restauração dos grandes valores morais humanos deve ser feita, no seio da família e da escola
combatendo a tendência à agressividade e á violência que todos os seres humanos trazem dentro
de si combatendo-a desde a infância e juventude sectores mais vulneráveis (cf. Moreno, 2002),
devendo ser educados longe da violência por representarem a esperança de um futuro melhor
levando-os a adquirirem os pilares do conhecimento que segundo (cf. Delors, 1996) aprender a
conhecer, aprender a fazer, aprender a viver juntos e por último aprender a ser esta última via
essencial que integra as três precedentes.

6
CAPÍTULO II: CONTEXTUALIZAÇÃO

Neste capítulo faz-se a descrição do local de estudo, em termos dos seus contextos geográfico e
administrativo.

2.1 Localização do Local do Estudo

Para permitir uma melhor compreensão do trabalho a etapa que se segue vai consistir na
descrição da localização da EPCCEM onde foi realizado o estudo da ocorrência do problema
levantado, que serve de matéria de investigação, para permitir uma melhor compreensão e
percepção do local onde a escola está inserida ―integração com a realidade, com o meio em que
se vive e com o que o mesmo se passa, a fim de despertar para o sentido de funcionalidade e da
pragmaticidade dos acontecimentos‖ (Nérici, 1988:72), no que toca as condições em que
decorrem as aulas e de formação da personalidade dos alunos.

A funcionar ao lado do maior Mercado informal da cidade de Maputo (Estrela Vermelha), a


EPCCEM está localizada no Bairro Municipal Kampfumu.

Posicionando-se da entrada usual uma vez encerrada a principal por questões de segurança temos
a Avenida Emília Daússe que a separa de Residências.

Na sua parte traseira encontra-se em uma parte o lar da Munhuana e a outra pequenos
compartimentos residenciais, e alguns a servirem de armazenamento de mercadorias dos
vendedores informais do mercado.

Do lado direito separados pela Rua Romão Fernandes Farinha a parte principal do Mercado
Estrela Vermelha.

À esquerda residências separadas por um muro às salas de aulas.

Embora a escola tenha 3 portões só um dá acesso de entrada ao recinto de alunos, professores e


carros.

2.1.1Retrato do mapa da localização EPCCEM

Como forma de melhor compreensão, o esboço que se segue em forma de mapa retrata a
localização da escola, do mercado estrela vermelha bem como parte de seus serviços auxiliares ao
redor das salas de aulas, as avenidas à volta da escola que servem de local de venda e prestação

7
de serviços, concretamente a Rua Fernandes Farinha ao lado do muro da escola onde se
posicionam as carrinhas de tracção manual, o verdadeiro foco de brigas supondo que seja por se
tratar de jovens sem ou pouca escolaridade. A Avenida Emília Daússe o passeio ligado a escola
por um muro é local de lavagem de carros que por vezes enquanto esperam dos serviços
prestados no local tocam música obrigando a direcção da escola a intervir constantemente. Na
parte traseira ao lado parte constituída pelos armazéns ligados as salas de aulas que por vezes
tocam música, conversam bem alto enquanto decorrem aulas na maior indiferença e empatia.

Mercado Estrela Vermelha

Rua Romão Fernandes Farinha

Lar da Munhuana Salas de Aulas

Igreja AV. Emília Daússe

Serviços anexos Salas de

ao Aulas

Mercado (armazéns) Residências

Figura 2.1.1.1: Mapa de localização da escola


(Fonte: Própria, adaptado)

2.2 Breve Historial sobre a Escola

O Historial da Escola Primária Casa de Educação da Munhuana esta intimamente ligada a


fundação da antiga Paróquia da Munhuana em 1909, pois embora sua missão fosse evangelizar os
povos sempre pautou por actividades sociais incluindo educacionais ―Construiu-se dificilmente
uma modesta Igreja e Escola anexa; mais tarde, sob iniciativa de D. Rafael, Prelado de
Moçambique, num terreno vizinho onde existia uma modesta casa paroquial, que foi fundada em
1929, a Casa da Educação para jovens raparigas‖. Zon et. al (2010).

8
Tendo sido neste local onde para além de actividades educacionais funcionou uma obra de
protecção à infância, um posto de saúde nos pavilhões que hoje servem de infra estruturas
habitacionais não pertencentes à escola, ligadas ao actual lar da Munhuana que prestava com
dinamismo e caridade assistência sanitária as populações, internato que albergava órfãs de
diversas nacionalidades.

Como nos lembra Zon e tal (2010) o nome da Escola ―Munhuana‖ é atributo da própria Paróquia
que funcionou no mesmo local desde à sua fundação a pedido de jovens Goenses que vieram da
Província de Santa Ana de Goa na Índia, que outrora se fixaram no Bairro Indígena tendo pedido
a autoridade eclesiástica que houvesse no subúrbio uma Paróquia como o nome de sua Padroeira
em Goa. Devido a própria localização foi acrescido o nome ―Munhuana‖ nome do Bairro
Indígena pelo facto de na época existir no local uma lagoa de água salgada e em língua ronga
―munhu‖ significa sal.

A modesta escola foi ampliada e reinaugurada a 11 de Fevereiro de 1934 tendo funcionado nas
suas infra estruturas educacionais a leccionação de aulas para rapazes, de um lado, raparigas do
outro como era característico naquele tempo a separação em sexos

Embora dando educação às populações do bairro esta era pautada pela discriminação ―A Casa de
Educação ―durante bastantes anos, recebeu nas sua escolas muitas meninas não indígenas para
p.s/ primário elementar e complementar, tendo muitas das senhoras daquele bairro recebido ali
a sua primeira educação‖ (Zon, et al .2010, 10), a leccionação das aulas era dada em separado
tendo se servido de um enorme pavilhão para as indígenas e as salas de aulas para as não
indígenas (fonte oral) contrariando os princípios educacionais que pautam por uma escola livre de
preconceitos de toda a espécie de raça, nacionalidade ou classe social.

Com a proclamação da Independência o ensino passou exclusivamente para a tutela do Estado e


todas escolas foram nacionalizadas perdendo deste modo a Paróquia a tutela e posse da Casa de
Educação da Munhuana.

A situação política e económica em que se encontrava o país fez surgir na cidade de Maputo,
mercados paralelos tendo um deles se instalado ao longo da Avenida Marien Guambi e por
ocasião da realização do 4º congresso em 1984 foram retiradas do local e ocupado um terreno
baldio que existia ao lado da escola (o actual mercado informal Estrela Vermelha) e o passeio ao
longo da Emília Daússe por vendedores de bebidas e retirados em 1998.
9
Devido ao avançado estado de degradação em que se encontrava a escola, esta beneficia de uma
reabilitação em todas as suas infra estruturas no ano 2000 e equipada em carteiras, quadros tendo
se procedido a uma reinauguração em 2001 pelo presidente do município de Maputo. Hoje
volvidos onze anos é visível a destruição do seu equipamento.

A escola tem servido de local de recreação de crianças e adolescentes nas horas livres, o que
contribui para o avançado estado de degradação das suas infra estruturas ―É fundamental que as
crianças, os adolescentes e a comunidade em geral tenham condições de se consciencializarem
da sua responsabilidade na preservação da escola. Ela é um património público e, como tal, lhes
pertence. Ao terem consciência, acredito que se diminuirão consideravelmente os casos de
depredação da instituição.‖ (Pedro, 2004:161)

2.3 Organização das principais áreas de actuação

Sendo esta uma instituição de ensino cujo objectivo principal é a implementação do currículo
traçado a nível central para o sector da Educação, a escola funciona seguindo o REGEB com uma
direcção constituída por um Director da Escola nomeado pelo Administrador Distrital sob
proposta do Director do Serviço Distrital de Educação, coadjuvado exercício das suas funções
pelo Director Adjunto Pedagógico e pelo chefe da secretaria. (cf. REGB, 2008: 19 Artigo 14), e
exercendo a sua missão auxiliados pelo corpo docente como mostra o organigrama que se segue:

Director da Escola

Director Adjunto Pedagógico Chefe da


Secretaria

Coordenadores Coordenadores Directores de


de ciclo de área Turmas Funcionários da Contínuos, serventes
Secretaria e guardas

Professores Alunos

Figura 2.3.1: Organograma da Escola


(Fonte: REGB, 2008)

10
2.3.1 Organização do Sector Pedagógico

Para prestar assistência educativa aos alunos e promover educação integral com a máxima
isenção a área do sector pedagógico constitui o grande suporte técnico metodológico, que garante
todos os trabalhos docentes e de acordo com o REGB no seu artigo 29 deve funcionar com um
conselho pedagógico.

Neste sector, a escola possui:

 Director da Escola;

 Director Adjunto Pedagógico;

 Coordenadores de ciclos;

 Coordenadores de áreas.

O conselho Pedagógico da Escola, é constituído por este conjunto de professores sob a direcção
da Directora da Escola reunindo-se uma vez por mês e extraordinariamente sempre que se julgue
necessário.

O director da Escola e o seu adjunto tem a obrigação de zelar por todas as tarefas que lhe são
incumbidas para este sector em coordenação com os professores coordenadores de área e de
ciclo. Para fazer face a Distribuição dos professores pelas turmas, classe e disciplina a escola
funciona com:

 50 Professores dois dos quais membros da direcção da Escola;

 22 Professores no EP1 dos quais 1 homem e 21 mulheres;

 24 Professores no EP2 dos quais 11 homens e 13 mulheres.

Todos os professores da escola apresentam-se de batas brancas durante o trabalho. De referir


também que são formados na área a que estão afectos.

2.3.2 Características da Infra-estrutura

A EPCCEM, é uma das maiores escolas em termos de infra-estruturas no Distrito municipal nº 1,


reunindo todos os requisitos para o funcionamento de uma escola, do ensino básico por estar a
funcionar com 21 salas de aulas espaçosas, quadros e carteiras que lamentavelmente estão a
11
avançar para um estado de degradação, um salão com um pequeno palco, duas salas de
professores das quais uma espaçosa não explorada por estes por se posicionar distante, a outra
que serve para os professores do EP1 por estar do lado onde funciona, casas de banhos dos dois
lados da escola para direcção, professores e alunos, sala para Biblioteca que neste momento
funciona como sala para professores do EP2, uma secretaria, duas cantinas uma de cada lado da
Escola, uma papelaria, um campo para as aulas de Educação Física, Caves e alguns
compartimentos não explorados.

Num terreno espaçoso a escola funciona em locais separados um lado para o EP1 das salas 1 a 10
e o gabinete Pedagógico separados ao meio a Igreja, que outrora fora a antiga ―Santa Ana da
Munhuana‖ e hoje dando cultos a estrangeiros depois de uma reabilitação tida em 2010, o outro
lado o EP2, o gabinete da Directora e a Secretaria da Escola.

Para garantir o seu funcionamento, a escola possui energia eléctrica, água canalizada, muros altos
que minimizam o dilema, quatro portões dos quais 3 encerrados por questões de segurança e
apenas três guardas para a segurança duma escola tão grande.

A EPCCEM encontra-se a funcionar de acordo com a Política Nacional de Educação adoptada


em 1995 para o Ensino Básico que compreende o Ensino Primário de 7 classes e a Alfabetização
e Educação de adultos que são de 1ª a 7ª classe, contribuindo deste modo para a aplicação na
prática do Plano Estratégico da Educação que reafirma como prioridades o aumento de acesso às
oportunidades educativas para todos, a melhoria da qualidade da Educação e o desenvolvimento
do quadro Institucional (cf. Plano Curricular do Ensino Básico, 2008: 14).

A funcionar em regime de dois turnos marcados no início pelo canto do Hino Nacional que
envolve professores, alunos do turno em exercício e segundo dados obtidos na entrevista a um
membro da Direcção a Escola possui no corrente ano lectivo:

A frequentarem no presente ano lectivo 1770 alunos nos dois níveis sendo 886 homens e 884
Mulheres distribuídos a nível dois níveis da seguinte maneira. (cf.Gráfico abaixo).

12
Gráfico 2.3.2.1-Efectivos dos alunos por género
(Fonte: MS Excel 2010, dados da pesquisa)
Para garantir o funcionamento das aulas e de acordo com o Regulamento Geral das Escolas do
Ensino Básico no seu Artigo 33 (2003:201), a distribuição de alunos por turma foi feita
respeitando a idade dos alunos e de modo a garantir o equilíbrio de género onde nas primeiras
turmas temos alunos mais novos e nas últimas os mais crescidos. ―O sistema escolar tenta
homogeneizar cada turma nela agrupando alunos com a mesma idade. Disso resulta uma
homogeneidade muito relativa, devido às disparidades, na mesma idade, dos níveis de
desenvolvimento e dos tipos de socialização familiar‖. (Perrenoud, 2000, 57), confrontando o
corpo docente nas últimas turmas com alunos pouco desejosos de aprender.

Entretanto a homogeneidade defendida peca pela falta de uma selecção prévia rigorosa que na
visão de Meirieu (1989) citado por Perrenoud (2000: 58) ele propõe que se renuncie à
composição de grupos homogéneos devidamente preparados para tratamento padronizado, para
enfrentar a heterogeneidade no âmbito de um grupo de trabalho, tal como se manifesta diante de
uma tarefa e, em particular diante de uma situação – problema uma situação patente na escola.

No caso concreto da EPCCEM, a formação de turmas em faixas etárias tem trazido vantagens em
certos aspectos e desvantagens em termos comportamentais pois adolescentes com a mesma
idade facilmente interagem no tipo de conduta que assim desejam combinando para se
ausentarem das aulas assim que o desejarem.

Os alunos apresentam-se vestidos de uniforme que é uma camisa azul claro e calças ou saia para
raparigas azul-escuro.

Face a necessidade de orientação e execução de tarefas administrativas este sector funciona com
4 funcionários na secretaria que lidam com a área burocrática da escola, 2 contínuos que

13
controlam a assiduidade e pontualidade dos professores e os toques que intercalam as aulas, 8
serventes que zelam pelas limpezas das diversas infra-estruturas da escola e 2 guardas.

14
CAPÍTULOIII: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

A presente confrontação bibliográfica vai se inserir na abordagem em forma detalhada de


aspectos inerentes ao tema sobre o impacto da proliferação dos mercados à volta das escolas caso
da EPCCEM, uma questão tratada com indiferença mas suscitou interesse para o pesquisador no
estudo sobre sua interferência no processo de aprendizagem e na assimilação de valores através
da confrontação de obras didácticas metodológicas e de assimilação de valores sobre os
procedimentos a ter em conta na aprendizagem.

Esta etapa consiste na abordagem das principais obras bibliográficas, a serem confrontadas pelo
autor de forma reflexiva e científica que de acordo com Spector (2001: 28) obriga o autor a
aprofundar-se na literatura pertinente, e a relatar, de forma didáctica, o status actual do
conhecimento sobre o tema.

3.1 A Escola e sua função

A escola é e sempre foi um local de preparação do indivíduo visando sua integração quer na
sociedade ou no mundo pelo seu carácter abrangente de transmissão de conhecimento superando
deste modo a família e a sociedade ―…uma organização na medida em que ela se constitui como
unidade social de agrupamentos humanos intencionalmente construídos ou reconstruídos”
Chiavenato (1983) citado por Carvalho (1999).

A escola como instituição tem a responsabilidade de educar, segundo programas e planos


sistemáticos os indivíduos nas diferentes idades da sua formação em edifícios onde se ministra o
ensino devendo existirem alunos, professores e outros funcionários para que possam ocorrer as
aulas, onde os alunos poderão colher experiências que contribuem para o amadurecimento da
personalidade (cf. Dicionário da Língua Portuguesa, 2011).

Esta propicia a interacção de conhecimentos de habilidades, atitudes ao acolher da família e da


comunidade grande número de crianças com atitudes, crenças e expectativas que facilitam ou
retardam seu ajustamento à escola (cf. Oliveira, 1998), permitindo um reconhecimento de uma
realidade em movimento, com interacções próprias, enquadrando factos, e organizando-os uns
em relação aos outros (Carvalho e Diogo, 1999).

15
3.1.1 Escola como Instituição de Educação

Um estabelecimento de ensino é uma entidade social orientada para fins específicos de acordo
com as políticas que determinam as filosofias que a orientam que entretanto num caso particular
do nosso país a necessidade do envolvimento de todos os actores da sociedade é maior para que
realmente se possa eliminar o analfabetismo e erradicar a pobreza que assola o país.

Para que a escola desempenhe o seu papel de Educar é necessário que tenha funcionamento todas
as condições mínimas exigidas para que as aulas possam ocorrer, estar localizada numa
comunidade cujo papel não se dissocia aos objectivos da Escola pois deve ser na comunidade
onde se poderão buscar valores ―…a escola precisa seleccionar os valores positivos da
comunidade em que está inserida a fim de transmiti-los às novas gerações”. (Oliveira, 1998:
150).

Sendo a escola uma instituição encarregue para ajustar os educandos a padrões culturais vigentes
tornando-os capazes de interagir em todos os aspectos da vida. Em particular o ensino básico tem
sido a base para a formação inicial dos alunos havendo para o efeito a necessidade de se ter em
conta todos os aspectos que possam servir de alicerce para a sua capacitação em habilidades e
capacidades que possam o permitir sua integração na sociedade onde se encontra inserido.

3.1.2 O papel da escola na Educação para paz e assimilação de valores

O papel da escola hoje é complexo por se viver numa sociedade que se caracteriza por sua
complexidade onde os fenómenos sociais e as diversas maneiras e concepções de vida social são
um desafio para a escola os quais devem ser analisados e discutidos em cada momento de
aprendizagem e serem desenvolvidas e consolidadas as competências e habilidades através do
diálogo que possa levar o educando a compreender, processar, pensar, criticar e incorporar todas
as situações de aprendizagem quer de conhecimentos ou de valores.

É na escola onde o educando adopta a postura ética através da assimilação e reconstrução da


cultura da sociedade donde é oriundo e conhecimentos por ele construídos com base num
processo de criação que possa o preparar para a vida, podendo fazer a articulação da vida social
com o seu quotidiano perspectivando o futuro num mundo globalizado ―Permitir a cada um
construir os conhecimentos e as competências necessárias para fazer frente à complexidade do
mundo e da sociedade; muitos alunos saem da escola desprovidos de meios intelectuais para se

16
informar, para formar uma opinião, para defender um ponto de vista através da argumentação‖
(Perrenoud, 2005: 8).

Os conflitos gerados pela violência que se verifica em aglomerados populacionais são um


verdadeiro desafio para a escola que tanto luta para tornar o aluno um cidadão capaz se defender
da violência e capaz de optar por uma cultura de paz embora este seja oriundo de uma sociedade
onde segundo Columa (2007) a cultura da violência é normalmente associada à exclusão social,
altos índices de desemprego e falta de oportunidade de ascensão, enfraquecendo os alicerces da
escola e desnorteando seu rumo particularmente quando esta realidade se vive perto desta.

3.2 O processo de ensino e aprendizagem dos alunos

A ausência de obstáculos é a condição para que o homem aprenda para sua integração no meio
físico e social por meio da aprendizagem sendo esta ―um processo de aquisição e assimilação,
mais ou menos conscientes, de novos padrões e novas formas de perceber, ser, pensar e agir‖
(Schmitz, s/d: 53 citado por Piletti, 2001: 31).

Entretanto o comportamento humano modifica-se por duas razões: por maturação ou por
aprendizagem que é o processo pelo qual se adquirem novas formas de comportamento ou se
modificam formas anteriores onde o indivíduo só aprende quando estiver diante de situações para
as quais ele não tenha respostas adequadas de comportamento, induzindo-o a procurá-los e
descobri-las. (cf. Nerici, 1988)

As escolas são até então tidas como instituições de ensino onde ocorre a aprendizagem de forma
estruturada com condições específicas para a transmissão e assimilação de conhecimento e
habilidades que na visão tecnicista descrita por Piletti (2001), o ensino deve se inspirar nos
princípios de racionalidade, eficiência e produtividade devendo para isso planejar a educação e o
ensino de maneira a evitar interferências subjectivas que possam pôr em risco sua eficiência.

3.2.1 As diversificadas formas de aprendizagem

Como forma de fazer face ao actual contexto onde o aluno para além da escola no seu dia-a-dia
na convivência social por meio dos medias se processa a aprendizagem, as escolas tem estado a
reformular os seus métodos baseados nos fundamentos da pedagogia tradicional de transmissão
da matéria para um ensino construtivista cujos princípios caracterizam a abordagem centrada no
aluno levando-o a construir seu próprio conhecimento.

17
A aprendizagem é um processo que pode ocorrer em qualquer momento da vida do ser humano
no seu contacto com as diversas actividades podendo esta segundo Libâneo (1994) ser casual ou
organizada.

 Aprendizagem casual é espontânea natural resultante da interacção entre pessoas com o


ambiente em que vivem;

 Aprendizagem organizada com a finalidade específica de aprender determinados


conhecimentos, habilidades, normas de convivência social.

As transformações constantes que ocorrem na nossa sociedade repercutem na crença à escola pela
formação e a obtenção de qualificações através da aprendizagem proporcionada embora esta
possa ocorrer em vários cenários “A ênfase na aprendizagem reconhece que as qualificações e o
conhecimento podem ser adquiridos através de todo o tipo de encontros com amigos e vizinhos,
em seminários e museus, em conversas no bar local através da Internet, noutros meios, etc.”
(Giddens, 2001: 527), no entanto a escola ainda é considerada o local que propicia maiores
oportunidades de aprendizagem.

Com o desenvolvimento das novas tecnologias, há mudança na compreensão da Educação e do


ensino, por estas propiciarem aprendizagem para toda a vida através de oportunidades crescentes
em actividades de aprendizagem formação fora da sala de aula uma responsabilidade acrescida ao
educador na orientação sobre o que aprender.

3.3. Condições para uma eficaz educação e leccionação das aulas

A aula constitui um momento de articulação dos processos de ensino – aprendizagem, cuja


função didáctica é a de estruturação e gerência de forma metódica da construção dos
conhecimentos científicos, através da relação funcional e organizada dos conteúdos e segundo
Libâneo (1994), aula é um conjunto de meios e condições pelos quais o professor dirige e
estimula o processo de ensino em função da actividade própria do aluno no processo da
aprendizagem escolar, ou seja, a assimilação consciente e activa dos conteúdos.

3.3.1 Os objectivos a serem tidos em conta na leccionação das aulas


A concretização de um aula envolve a participação activa quer de alunos e professor na qualidade
de mediador da aprendizagem quer cognitiva, afectiva, social ou motora, os conteúdos como a
base para a concretização da aprendizagem tendo sempre em conta “… a delimitação de aspectos

18
como a sequencialização, o tempo, os materiais a utilizar, a avaliação a realizar, etc.” (Zabalza,
2001: 54).

Outros factores poderão ser tidos em conta pelo professor para que a aula seja concretizada a
começar pela definição clara dos objectivos que segundo Libâneo (1994):

 Objectivos os educacionais que requerem um posicionamento activo do professor em sua


explicitação no desenvolvimento das aulas;

 Os objectivos gerais que expressam o papel da escola e do ensino, diante das exigências
da realidade social e do desenvolvimento da personalidade dos alunos.

Os objectivos gerais são concretizados pelos objectivos específicos por determinarem exigências
e resultados esperados da actividade dos alunos no que concerne a conhecimentos, habilidades,
atitudes e convicções cuja aquisição e desenvolvimento de concretiza no processo de transmissão
e assimilação dos conteúdos programáticos.

Os objectivos de uma aula devem servir para desenvolver com qualidade e eficácia os processos
educativos através da clarificação do que se pretende fazer, ao servir de marco de referência para
organização da aula (cf. Zabalza, 2001). Devem conter a explicitação pedagógica dos conteúdos
preparadas pedagogicamente para que possam ser ensinados e assimilados pelos alunos.

3.3.2 Os conteúdos o factor que determina a aquisição dos saberes

Os conteúdos devem constituir para o aluno o garante a aquisição de novos saberes que resultarão
na formação de sua personalidade por estes serem

―…o conjunto de conhecimento, habilidades, hábitos, modos valorativos e atitudes de actuação social,
organizados pedagógicos e didacticamente, tendo em vista a assimilação activa e aplicação pelos alunos
na sua prática de vida. Englobam, portanto: Conceitos, ideias, processos, princípios, leis científicas
regras: habilidades cognoscitivas, modos de actividade, métodos de compreensão e aplicação, hábitos
de estudo, de trabalho e de convivência social: Valores, convicções, atitudes. Estando expressos nos
programas oficiais, nos livros didácticos nos planos de ensino e de aula, nas aulas, nas atitudes e
convicções do professor, nos exercícios, nos métodos e formas de organização de ensino.‖ (Libâneo,
1994:128).

No entanto o professor é a chave para que a concretização da assimilação destes saberes pelos
alunos se concretizem através da escolha de estratégias que utiliza na construção e sistematização

19
do conhecimento dinamizando a própria aula, observando e registando a todas as situações
decorrentes para que todos os alunos possam ter acesso aos saberes partindo de princípio que
cada aluno apresenta características individuais da aprendizagem que podem ser estática, onde a
aprendizagem é determinada geneticamente; situacional, onde o meio determina a aprendizagem
e interacionista, onde o equipamento genético e as experiências educacionais interagem. (cf. Cool
(s/d) citado por Silva, 2008)

A administração dos conteúdos deve obedecer a uma sequência lógica pois a ordem tem
incidência nos resultados da aprendizagem. Entretanto toda a tarefa didáctica tem um conteúdo
que deve ser trabalhado de forma formal, programando sempre a sua construção através da
planificação das aulas, onde se deve dar primazia no aluno por este constituir o foco da
aprendizagem.

3.3.3 O ensino centrado no aluno como estratégia ideal na consecução dos conteúdos

O processo de ensino e aprendizagem foi alicerçado durante muito tempo pelo ensino tradicional
onde o aluno era apenas receptor de conhecimentos transmitidos pelo professor dadas através de
métodos passivos que segundo Nericí (1988), se faz ênfase na actividade do professor, ficando os
alunos em atitude passiva, recebendo os ensinamentos para posterior memorização um
procedimento didáctico condenado por todas as correntes pedagógicas embora infelizmente ainda
muito usada em nossas escolas moçambicanas, procedimento que não habilitam o aluno a que no
futuro seja reflexivo e de iniciativas.

Hoje vive-se uma realidade em que os alunos são sujeitos ávidos de conhecimentos adquiridos no
dia-a-dia em espaços extra – escolares estando deste modo submetidos a estímulos intelectuais
que carecem de serem estruturados e organizados cabendo ao professor o papel fundamental de
potenciar o seu desenvolvimento, dando-lhes instrumentos conceptuais, afectivos e motores para
descodificar o seu próprio mundo, para integrar adequadamente os seus conhecimentos sobre ele
(cf. Zabalza, 2001).

A adopção do ensino centrado no aluno na sala de aulas é uma alternativa ideal para
aprendizagem dos conteúdos por ser o construtivismo ―…uma teoria psicológica que defende a
seguinte premissa (ideia central): O conhecimento é auto construído interacionalmente, ou seja é
construído ou reconstruído pelo indivíduo a partir de solicitações feitas pelo meio físico e social
(isto quando tais pedidos forem sentidos com tal) ‖ (Pedro, 2004: 41).

20
O sucesso do processo de ensino depende fundamentalmente do trabalho da interacção durante as
aulas pois como nos recorda Bartolomeis (1984) a actividade liberta espiritualmente quando
empenha as energias psíquicas a um nível criador ou seja quando o aluno está presente na
aprendizagem com a sua personalidade. Fundamenta ainda Deval (2003) usando para o efeito as
ideias de Piaget que considera o desenvolvimento da inteligência e a formação de conhecimentos
processos indissociáveis posição teórica próxima à de Kant contrapondo no entanto ao sustentar
que as categorias de pensamento não são ponto de partida mas o produto de uma construção.

Para Piaget (s/d) o conhecimento é resultante da interacção entre a condição de que os seres
humanos dispõem ao nascer e sua actividade transformadora do meio, uma posição que foi
denominada de construtivismo por ser o conhecimento um processo de criação e não de
repetição, o desenvolvimento cognitivo é um diálogo com os outros.

3.3.4 Princípios pedagógicos fundamentais da teoria construtivista

Um dos princípios do construtivismo é o ensino centrado no aluno pressupondo para a construção


de conhecimento uma interacção entre alunos e professores derivando deste modo segundo
Duarte et al. (2008) nos seguintes princípios pedagógicos:

 O aluno é activo;

 O professor é orientador;

 O trabalho realiza-se em pequenos grupos;

 A educação e integrada e integradora;

 Há individualização Curricular.

Nesta perspectiva o professor facilita, dá feedback tornando deste modo o aluno activo, discute
com os colegas e explora conhecimentos novos usando métodos cooperativos. Embora o papel do
professor mude os alunos necessitam mais o professor para orientá-los no processo de
aprendizagem, ajuda na compreensão do que estão a ler ou na orientação das discussões no
grupo.

A construção de conhecimentos envolve a participação activa do aluno, sem se descurar da acção


permanente do professor na verificação constante das actividades a serem desenvolvidas para que

21
possam ter um acompanhamento que permita superar de imediato as dificuldades encontradas, e
que em particular os trabalhos em grupo sejam realmente cooperativos e não mais uma barreira
para acanhar mais os alunos com lacunas e passivos.

3.3.5 Abordagens sobre metodologias adequam ao ensino construtivista

No construtivismo para que o ensino se centre no aluno é imprescindível a adopção de estratégias


que estimulem a aprendizagem através da escolha de métodos onde o aluno possa reflectir e por
em prática o que aprendem ―Torna-se o método, neste caso, mero recurso de activação e
incentivo do educando para que ele passe à acção física ou mental, visando a realizar autêntica
aprendizagem. Logo o método activo se desenvolve à base da realização da aula por parte do
aluno em que o professor torna-se um orientador, um incentivador e não um transmissor de
saber, um ensinador” (Nerici, 1998: 271).

Não basta que o método seja por si só activo é necessário que o professor tenha atitudes
didácticas – metodológicas na sua aplicação para não incorrer-se no risco de torná-lo tradicional
onde no entanto é sobretudo o professor quem fala, e os alunos o fazerem quando interrogados
tornando os seus estados normais na imobilidade e no silencio. (cf. Bartolomeis, 1984).

Conceber o processo de ensino e aprendizagem na perspectiva construtivista implica o trabalho


em grupo, o conforto de ideias, a coordenação de pontos de vista, a superação de ferramentas
intelectuais incompletas e insuficientes e a elaboração de outras que permitem assimilar a
complexidade dos conteúdos. (cf. Delval, 2003), recorda ainda o autor que o professor deve pôr
os alunos em constante actividade na sala de aula através dos trabalhos em grupos que não seja
numerosos, promover estudos dirigidos, debates e discussões só desta forma a aula contribuirá
para favorecer o desenvolvimento dos indivíduos; socializá-los metodicamente; ajudá-los a
adquirir conhecimentos e valores, a desenvolver a inteligência e a se converter em adultos
autónomos.

Numa realidade em que a interferência externa as aulas é constante o ensino centrado no aluno
pode ser uma alternativa de tornar o aluno participativo e envolvido nas tarefas da aula podendo
ganhar a concentração às suas actividades e ser capaz de ficar alheio à situações que distorcem o
processo de ensino e aprendizagem.

22
3.4 A avaliação um processo de verificação permanente da aprendizagem

A avaliação é uma das características do processo do ensino a ser tido em conta em todos os
momentos da aprendizagem e na obtenção dos resultados educacionais no geral, por esta ser uma
tarefa didáctica necessária e permanente do trabalho docente a ser acompanhada passo a passo, de
forma a com base nos resultados obtidos compará-los aos objectivos propostos podendo constatar
progressos, dificuldades, reorientar o trabalho na consecução das correcções necessárias. (cf.
Libâneo, 1994).

Ao ser mal interpretada em vários modelos de ensino esta pode se tornar segundo Zabalza (2001),
no autêntico campo de confrontação, tanto ideológica como técnica, é repressiva, um instrumento
de poder, aliena o aluno, é memorística, reflecte um estilo conservador e autoritário de ensinar
provocando efeitos muitos negativos na personalidade e desenvolvimento intelectual dos alunos
sendo nesta óptica o professor conservador, e retrógrado, autoritário e enraizado em formas
ultrapassadas de ensinar.

A actividade docente a leccionação das aulas devem ser acompanhadas por instrumentos de
avaliação para que sejam detectadas paulatinamente as modificações que ocorrem bem como as
dificuldades encontradas durante o processo ―Nesse âmbito, faz-se necessário recordarmos o
propósito de toda e qualquer sistemática avaliativa: fornecer subsídios, para que os
responsáveis pela coordenação e planeamento de acções educativas possam tomar decisões
visando o seu aperfeiçoamento.” (Andriola e Andriola, 2005: 844).

Na sala de aulas é responsabilidade do professor avaliar os seus alunos, para que de forma
didáctica possa julgar a sua actuação e o seu progresso individual, podendo rever os
procedimentos pedagógicos utilizados adequando-os a realidade contextual, as disponibilidades
oferecidas e criando mecanismos inovadores na implementação curricular.

Dada a sua congruência e funcionalidade no âmbito de um determinado contexto escolar a


avaliação tem como tarefas segundo Libâneo (1994), a verificação do aproveitamento dos alunos
através de exercícios e tarefas ou outros meios auxiliares, como observação de desempenho; a
qualificação através da comprovação dos resultados alcançados em relação aos objectivos;
apreciação qualitativa que é a avaliação propriamente dita dos resultados, no que concerne a
padrões de desempenho esperados.

23
Esta ao ocorrer em todos os momentos de aprendizagem tem como funções segundo Nérici
(1988), diagnóstica quando tem por objectivo esclarecer condições e possibilidades de
aprendizagem; de controle da aprendizagem quando permitem se inteirar se os objectivos ensino
estão sendo ou não alcançados; de discriminação e classificação quando se pretende avaliar o
desempenho do educando ou da classe após um período de ensino podendo se cingir no aspecto
de discriminação e no aspecto de classificação.

3.5 Entraves a serem tidos em conta durante o processo de aprendizagem

O sucesso do processo de ensino e aprendizagem, não resulta apenas do desempenho quer da


escola ou do professor em particular. É necessário que o aluno esteja motivado a levar em
consideração a tarefa que executar sendo imprescindível que em todas as actividades se tenha em
conta a motivação por esta consistir na abordagem de Piletti (2008), em apresentar a alguém
estímulos e incentivos que favoreçam determinado tipo de conduta no geral e no sentido
didáctico oferecer ao aluno estímulos e incentivos para tornar a aprendizagem mais eficaz.

Porém é necessário que o próprio sujeito da aprendizagem esteja também pré disposto a acatar os
estímulos e incentivos proporcionados através da sua própria motivação psicológica ―… é o
processo que se desenvolve no interior do indivíduo e o impulsiona a agir, mental ou fisicamente
em função de algo.‖ (Nerici, 1988: 72).

A não observância desta etapa pelo professor poderá interferir negativamente no alcance dos
objectivos sendo necessário que em todos os momentos da aula ou de qualquer actividade escolar
os alunos sejam motivados pois dela depende o sucesso da aula independentemente de qualquer
técnica ou método usado.

É de notar que toda realidade social é marcada por diversificados conflitos no seio social em
particular da família, que directa ou indirectamente podem interferir na aprendizagem dos
educandos. A escola é um local de convergência de alunos oriundos de diversas realidades
familiares, cabendo ao professor no desenvolvimento da sua actividade ter em conta esta
componente e tornando a motivação alicerce para que as actividades escolares ocorram
plenamente e sejam rentáveis o que contribuirá para o pretendido.

Sendo assim ao se pretender que o ensino paute pelo construtivismo na sala de aulas só a
motivação o tornará activo como nos recorda Duarte e tal (2008), o aluno é estimulado a adoptar
uma postura activa, que lhe permita aprender a usar competências cognitivas, afectivas e
24
psicomotoras, buscando e avaliando as informações disponíveis e desenvolvendo a sua
capacidade de análise, concretização possível se o aluno estiver motivado.

Um outro factor determinante é a atenção pois só dela depende a concentração e assimilação da


matéria. No entanto esta não depende apenas do aluno, o professor deve criar condições para que
as aulas ministradas suscitem interesse no aluno, que nenhum outro factor externo o tire a razão
da sua atenção às aulas muito menos as actividades dadas.

25
CAPÍTULO IV: ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS

A análise e interpretação de dados é a principal etapa do trabalho que tem por objectivo
apresentar o esboço dos dados colhidos no campo dando deste modo a veracidade ou não do
problema levantado através da análise e interpretação de dados que segundo Dencker (2000)
citado por Guambe (2011), o objectivo da análise é reunir as observações de maneira coerente e
organizada respondendo ao problema da pesquisa e a interpretação vai dar mais sentido aos dados
recolhidos fazendo a ponte entre eles e o conhecimento existente.

O tratamento de dados vai consistir na elucidação das dimensões operacionais quantitativas dos
inquéritos efectuados como uma estratégia numa pesquisa científica ―A análise de dados, ainda
que não se dissocie das demais fases, tem como objectivo compreender o que foi colectado,
confirmar ou não os pressupostos da pesquisa e ampliar a compreensão de contextos para além
do que se pode verificar nas aparências do fenómeno.‖ (Souza, 2010: 34) demonstrando de
maneira coerente e organizada através de tabelas e gráficos os resultados obtidos de forma que
seja possível responder ao problema de pesquisa.

4.1 Caracterização do grupo alvo

Os resultados demonstrados neste capítulo resultam da aplicação de inquéritos a população da


EPCCEM, onde foram inqueridos 100 alunos dos quais 49 masculinos e 51 femininos em idades
que variam dos 8 aos 17 anos e 30 professores dos quais 10 masculinos e 20 femininos em idades
que variam dos 27 a 62 anos, que de forma aleatória e voluntária responderam a questões
colocadas no inquérito sem a presença do pesquisador.

a) Género dos alunos

Gráfico 4.1.1-Género dos alunos

26
(Fonte: MS Excel 2010, dados da pesquisa)
A amostra apresenta um número aproximado na sua composição, entre indivíduos do sexo
masculino e feminino sendo positivo por se verificar um equilíbrio de género, embora tenha sido
feita de forma aleatória pois a avaliar pelo total de alunos da escola as turmas na sua essência são
equilibradas.

b) Idade dos alunos

Gráfico 4.1.2-Idadedos alunos


(Fonte: MS Excel 2010, dados da pesquisa)
Este gráfico é referente a amostra colhida na EPCCEM, donde foram inqueridos 100 alunos com
idades que variam dos 8 aos 17 anos de forma aleatória nas classes de 4ª a 7ª visto reunirem
mínimos requisitos académicos para preencherem de forma independente as questões colocadas.

c) Género dos professores

Gráfico 4.1.3-Género dos professores


(Fonte: MS Excel 2010, dados da pesquisa)

27
Num universo de 50 professores, foram submetidos a amostra de forma aleatória simples30
professores dos quais 67% do sexo feminino e 33% do sexo masculino.

d) Idade dos professores

Gráfico 4.1.4-Idades dos professores


(Fonte: MS Excel 2007, dados da pesquisa)

A tabela retrata o agrupamento em classes, sobre dados da amostra colhida com base em
inquéritos na EPCCEM feita de forma aleatória, num universo de 30 dos 50 professores com
idades compreendidas entre os 27 aos 62 anos.

28
4.2 Opinião sobre o mercado a volta da escola

Gráfico 4.2.1-Opinião sobre o Mercado a volta da Escola.

(Fonte: MS Excel 2010, dados da pesquisa)

A maioria dos inquiridos correspondendo a 79% não concorda com a existência de um mercado à
volta da sua escola, 0.17% são favoráveis à existência tendo percebido que se trata de crianças
cujos pais possuem banca naquele local. Entretanto 4 não responderam correspondendo a 0.04%
não se percebendo o porquê da indiferença apenas nesta questão por parte destes.

4.2.1 Opinião sobre o impacto das acções do dia-a-dia no processo do ensino e aprendizagem

Gráfico 4.2.1.1-Impacto das acções do dia a dia no PEA

(Fonte: MS Excel 2010, dados da pesquisa)

29
Os professores são na sua maioria numa percentagem de 86,6 de opinião que as acções
decorrentes no mercado estrela vermelha interferem no processo de aprendizagem, 10% deles
dizem que não, 0,03 diz que talvez e ninguém afirmou não saber.

A existência de alguns alunos que aparecem as aulas embriagados tem sido notória embora os
mesmos tentem disfarçar. Em alguns casos nem retornam as aulas após o intervalo maior levando
os colegas a afirmarem que os viram beber no mercado.

4.3 Responsabilidade no baixo aproveitamento pedagógico verificando o ano passado

Gráfico 4.3.1-Responsabilidade no Baixo Aproveitamento Pedagógico

(Fonte: MS Excel 2010, dados da pesquisa)

Nos meados do 2º trimestre do ano passado a EPCCEM foi alvo de uma brigada do supervisão
pedagógica da Direcção Distrital com vista a se inteirar das razões que levaram a escola a ter um
baixo aproveitamento pedagógico, tendo levado a brigada a assistência as aulas de todos os
professores e sua posterior análise.

Dos professores inquiridos, 23% diz ser por causa da localização da escola e 0% aos alunos não
sendo incutida a estes a responsabilidades no aproveitamento, 76.6% afirmam que o baixo
aproveitamento verificado se deveu a outros factores e segundo Campos (1990), de uma forma
consciente ou inconsciente, os professores evocam o meio familiar dos alunos para justificar o
seu rendimento escolar acusando os pais da não verificação dos cadernos de seus filhos muito
menos exigir destes a realização do trabalho de casa.
30
4.4 Relação da variação do comportamento face a localização da escola

Gráfico 4.4.1-Razões da variação do comportamento nos alunos

(Fonte: MS Excel 2007, dados da pesquisa)

A avaliar pela opinião dos inquiridos professores 40% afirma que a variação do comportamento
dos alunos talvez se deve à localização da escola, 33.3% diz que não, 26.6 afirma que sim se deve
à localização.

Tem se verificado na EPCCEM uma variação em termos comportamentais nos alunos sendo os
das últimas turmas com a idade compreendida entre os 14 em diante com tendência em não se
preocupar com as aulas faltando e até a tomar atitudes que obriguem ao professor a se sentir mal
ao entrar na sala que entretanto segundo Bartolomeis (1984), a tarefa do professor é precisamente
a de fornecer aos alunos um ambiente de experiências mais rico, tornando possíveis ou
facilitando ambientes humanos, provas de colaboração, criando uma atmosfera sugestiva na qual
valores encontrem toda sua força de incidência moral.

A EPCCEM, enfrenta um desafio da sua localização perto de um mercado, a avaliar pela natureza
e conduta dos seus utentes que segundo o membro da Direcção entrevistado, o ambiente externo
influência nos trabalhos e na educação pois os alunos assistem constantemente ao
desenvolvimento de actividades ilegais da venda do produto que poderão ser tidas como
referência. Esforços tidos diante de alguns visados redundaram num fracasso por se dizerem ser

31
vizinhos da escola, não devendo os ter como inimigos pois em situações anómalas situações
poderão ser eles a acudir na ausência de um membro directivo.

Esta é uma reacção defensiva em defesa de suas actividades ilícitas.

―Em todos os casos em que enfrentam qualquer problema que encerre o embaraço ou ameaça
substanciais, seres humanos agem de maneira a ladear da melhor maneira que puderem, o embaraço ou
a ameaça. Para que funcione a medida de desvio precisa ser oculta. Uma vez que a maioria das pessoas
age dessa maneira, tais actos tornam-se parte do tecido da vida diária. E porque tantas praticam
frequentemente esses actos eles se tornam normais, organizacionais. Os actos passam a ser
considerados como racionais, sensatos e realistas.‖ (Aguilar, 1996: 46).

A escola é alternativa para a preparação dos jovens devendo-se pautar por princípios
compartilhados um trabalho conjunto, os mesmos objectivos sem o qual dificilmente se pode
eliminar todos os males sociais.

4.5 Impacto do barulho no processo de ensino e aprendizagem

Embora o ruído seja factor perturbador para a concentração as aulas no universo dos inquiridos
16% afirmam estarem habituados referindo-se a indiferença que têm pelo barulho, 17% afirmam
que mesmo com o barulho concentram-se à aula sendo positivo se for verdade e 67%
constituindo a maioria dizem distrair-se com o barulho referido.

Gráfico 4.5.1-Impacto do barulho nos alunos

(Fonte: MS Excel 2010, dados da pesquisa)

32
É bem patente nos resultados obtidos sobre a reacção dos alunos no que concerne ao barulho
durante as aulas pois 97% responderam que não entendem a matéria factor que pode contribuir
para a não concretização dos objectivos pelos alunos, 4% afirmam perceber e 3% sem opinião a
respeito da questão colocada.

Gráfico 4.5.2-Percepção da matéria face ao barulho

(Fonte: MS Excel 2010, dados da pesquisa)

O professor deve recorrer a metodologias de ensino que criem motivação aos alunos pondo-os a
trabalhar durante a aula, a adopção de métodos activos é necessária nestas situações pois
segundo, Pilleti (2008), bom mesmo é que o professor sinta certa dificuldade de ser ouvido para
desestimular recaídas nas aulas expositivas, uma equipe bem motivada não se importa com o
barulho. Entretanto para Duarte, et al (2008). o professor ser detentor de competências diversas
para que o aluno possa adquirir conhecimentos, desenvolver habilidades práticas. Adquirir
maturidade construir boas relações com e no ambiente da escola

33
4.6 Concretização dos objectivos da aula após interferência exterior

Gráfico 4.6.1-A concretizacão dos objectivos da aula face a interferencia.

(Fonte: MS Excel 2010, dados da pesquisa)

A elaboração e sua concretização têm em vista a concretização de determinados objectivos


relativos ao tema a se tratar. Verifica-se no entanto com base nos dados dos professores
inquiridos que 20% afirmam que as aulas ministradas numa situação de interferência raramente é
possível a concretização dos objectivos, 70% diz que às vezes 0.03 diz que quase sempre atinge
objectivos e 0.06, diz que sempre.

4.7 A Atitude dos alunos

Em situações em que os utentes dos mercados se envolvem em brigas os alunos a entrarem ou


saírem de regresso a casa 55% afirmam que não assistem, 29% tem por vezes assistido, 12%
param para ver, 0.04% não responderam.

Gráfico 4.7.1-Atitudes em situação de brigas no Mercado


(Fonte:MS Excel, dados da pesquisa 2007)
34
As brigas que ali ocorrem são uma demonstração clara de violência assistida por crianças e
adolescentes embora grande parte afirme que não assiste, as que presenciam estas atitudes
comportamentais em nada contribui para a sua educação ―As crianças e jovens, que necessitam
de modelos de identificação e admiração, interiorizam estas situações e personagens
imaginárias muitas vezes carregadas de negatividade. E assim inclinam-se com facilidade rumo
ao negativo.‖ (Canas, 1998:44), é necessário um trabalho intenso de sensibilização para que
situações similares não sejam assistidas por estas.

Os professores inquiridos 73.3% são categóricos em afirmar que as brigas assistidas podem
contribuir para a sua assimilação pelos alunos, 16.6% diz que talvez 1% diz que não. As brigas ao
serem praticadas por adultos e assistida por crianças pode se tornar uma verdadeira aprendizagem
e por ser negativo poderá contribuir para a degradação de valores que segundo Perrenoud
(2000:145), os professores não podem contentar-se em lembrar que a violência não compensa
porque alguns dos seus alunos assistem todos os dias provocando uma reacção de incompreensão
ou de divertimento.

Gráfico 4.7.2- Opinião dos professores sobre situações de brigas assistidas

(Fonte: Ms Excel 2010, dados da pesquisa)

Os resultados obtidos no inquérito demonstram claramente o sentimento hostil que os professores


em exercício nesta escola sobre os efeitos das acções do mercado no desenvolvimento da sua
actividade em particular na concretização dos objectivos de automatização ―Deve ser levado em
conta também como objectivos de automatização, hábitos, atitudes e valores que se deseje ver

35
incorporados no comportamento dos educandos‖. (Nérici, 1988: 69), a avaliar pelas observações
feitas no comportamento dos alunos que aos intervalos frequentam aquele local.

Na questão colocada em aberto a maioria é de opinião que se retire o mercado para outro local, e
a outra parte defende apenas a retirada da venda de bebidas alcoólicas por estas serem uma droga
procurada pelos adolescentes e a razão da concentração em massa de pessoas de comportamento
alheios à actividade de Leccionação das aulas.

É crescente a preocupação de pais e encarregados de educação quando perto da escola de seu


filho se vive um ambiente de interferência, brigas, agressões pois interfere significativamente na
assimilação de valores que nos dizeres da entrevistada membro da direcção da escola a
convergência de pessoas de todo tipo em redor da escola a desenvolverem todo tipo de
actividades contribui negativamente para prática de boas atitudes.

Afirma ainda a entrevistada que as alunas adolescentes são as principais vítimas ao serem
aliciadas em dinheiro pelos vendedores numa altura em que se luta por escolaridade obrigatória e
equilíbrio de género decretado como um princípio básico no plano estratégico da educação
―Conclusão de sete anos de educação primária por toda a criança Moçambicana, com equilíbrio
de género, objectivos a serem alcançados até o ano 2015, objectivos do desenvolvimento do
milénio endossados pela comunidade internacional” (Ubisse e Chitará 2010: 54)

Em relação aos resultados desta questão colocada aos professores é patente nos resultados que
50% afirma ter visto alunos embriagados, 23,3% afirma que às vezes e 26,6% diz nunca ter visto.

Gráfico 4.7.3- Opinião dos professores sobre a presença de alunos alcoolizados

(Fonte: Ms Excel 2010, dados da pesquisa)

36
A presença de alunos adolescentes sob efeito de álcool nas aulas em particular no turno da tarde e
após o intervalo maior adquirido no mercado é uma realidade que interfere directamente na
assimilação dos conteúdos por estes e na concentração à aula dos restantes tal como nos recorda
Schargel (2002), os estudantes consumidores de drogas não só reduzem a qualidade de seu
aprendizado, como também quase sempre tumultuam a sala de aula e interferem no aprendizado
dos outros, pois os restantes ao se aperceberem da presença de colegas alcoolizados já não
prestam atenção.

A atenção as aulas é fulcral para a concretização dos objectivos definidos para a mesma. Na
opinião dos professores 97% dos alunos distraem-se ao serem emitidos sons no mercado 3%
alega ignorarem o sucedido e em relação a atenção a aula ninguém afirma prestarem atenção.

Gráfico 4.7.4-Impacto da emissão de sons durante as aulas.

(Fonte:MS Excel 2010, dados da pesquisa)

A atenção é indispensável para a percepção dos conteúdos tratados na aulas independentemente


da metodologia a ser aplicada na aula, embora a escola em estudo esteja a passar por situações
em vive constantes interferências externas é tarefa do professor segundo Zabalza (1987), saber o
que deverá fazer para que os alunos prestem atenção ao que se faz na aula, se impliquem nisso e
que essa implicação se mantenha apesar dos numerosos estímulos distractores e ruídos
comunicacionais.

Dos resultados obtidos dos inquéritos aplicados quer aos alunos tanto a professores, é patente o
sentimento de hostilidade com relação à localização do mercado perto da escola, a avaliar pelo
37
impacto das situações lá decorrentes na leccionação das aulas inviabilizando a concretização dos
objectivos, na atenção dos alunos, na prática do alcoolismo pela facilidade com que obtêm o
produto durante os intervalos e na exposição dos alunos a situações de brigas o que poderá
contribuir para a assimilação de práticas violentas.

Entretanto embora representando uma percentagem baixa, parte de inquiridos alegam


familiarizar-se com a situação ficando indiferentes mesmo em situações de barulho. Um outro
aspecto verificado nos resultados é de alunos que acatando orientações quer dos pais ou dos
professores dizem não pararem para presenciar brigas.

38
CONCLUSÃO

O sucesso educativo não depende apenas do desempenho dos intervenientes directos do processo,
há que se ter em conta o contexto específico no qual a escola esta inserida, o momento histórico e
cultural por convergirem directa ou indirectamente nas actividades académicas através de
valores, conhecimentos, atitudes a serem observadas e assimiladas pelos alunos contribuindo para
a formação da sua personalidade.

Na definição dos objectivos de uma escola é imprescindível que se tenha em conta os factores
sociológicos, sócio demográficos, sócio económicos para que se possa adequar a implementação
do currículo educativo ao contexto em que está a ser implementado como forma de regulamentar
a aprendizagem e que os alunos saibam seleccionar do oculto o que realmente deve ser
assimilado como valor que complemente sua formação integral.

Reflectindo sobre as opiniões dos pesquisados, verifica-se que os mesmos têm um sentimento
unânime sobre o papel da escola na formação científica, moral e ética dos alunos e um sentimento
de repulsa nas acções por eles vividas no seu dia-a-dia no que concerne as constantes e
inesperadas acções externas que intervêm nas actividades lectivas e na assimilação de valores
sobre o respeito, a honestidade, solidariedade, responsabilidade, dignidade, paz, a ser trabalhados
pela escola.

A formação e educação dos alunos não deve ser vista como apenas tarefa da escola pois esta não
é uma ilha ela se encontra inserida numa sociedade que deve contribuir conjuntamente com a
escola na determinação das acções a serem empreendidas para que as actividades lectivas e
educativas possam surtir efeitos esperados e que a escola possa desempenhar com dignidade a
missão pela qual foi criada.

Todos os actores sociais têm uma árdua tarefa na complementaridade do que se transmite na
escola. A educação deve ser uma acção conjunta entre professores, pais e a sociedade no geral
cabendo a todos o sentido de responsabilidade e tomada de consciência na concretização dos
ideais, aspirações, valores através do exemplo a ser dado aos educandos.

Para que a aprendizagem ocorra segundo o previsto, é necessário que a escola esteja localizada
num ambiente social, cujos objectivos das acções empreendidas não sejam perturbadoras do
desenvolvimento das actividades escolares em particular das aulas, por estas constituírem o

39
principal momento onde a função didáctica que visa a construção dos conhecimentos científicos e
a assimilação de valores ocorra.

As acções alheias ao processo de ensino e aprendizagem podem contribuir para a desmotivação


dos alunos às aulas bem como na atenção, às mesmas razões para que os objectivos preconizados
para a aula não se concretizem ao não serem assimilados na sua integra os conteúdos
programados para a aula que visam o desenvolvimento de habilidades, competências, valores,
convicções, atitudes que tem em vista a aprender a conhecer, aprender a fazer, condição para a
sua integração no seio da sociedade.

O professor é o elemento chave no enquadramento do aluno às aulas através do uso de


metodologias que o envolvam na totalidade na reflexão e praticando o que aprende sendo o
ensino centrado no aluno a opção ideal por ser construtivista onde o conhecimento e auto
construído ou reconstruído por ele se este for bem orientado o que vai permitir que ele seja activo
a trabalhar quer individualmente ou em grupo na exploração de novos conhecimentos ficando
deste modo alheio às acções externas que possam perturbar as aulas.

A avaliação para o professor construtivista deve constituir o elemento chave que o permita
acompanhar o trabalho desenvolvido para que em cada momento da aprendizagem se possam
detectar lacunas e superá-las de imediato devendo para o efeito que seja diagnóstica, de controle
e por fim a de classificação só assim poderá a cada momento de aprendizagem saber se os
objectivos de ensino estão sendo alcançados.

A abordagem tecida nos parágrafos anteriores é em particular a solução para a minimização do


impacto da interferência externa vivida na EPCCEM à leccionação das aulas, pois não se
vislumbra uma solução imediata por se tratar de acções que nem sempre são programadas pelos
seus mentores, pois são situações muitas vezes resultantes de situações emocionais.

O barulho propalado durante as aulas, pode reflectir na concretização dos objectivos pois na
questão colocada referente a este no processo de ensino e aprendizagem 97% afirmaram não
entender a matéria caso haja barulho, um aspecto observado na questão colocada aos professores
referente a emissão de sons durante as aulas 96, 6% afirmaram que os alunos se distraem
inviabilizando deste modo a atenção elemento indispensável à assimilação dos conteúdos e na
questão sobre a concretização dos objectivos 70% diz que às vezes não atingem os objectivos.

40
No que concerne as brigas embora 55% afirma não assistir e 29% por vezes e 12% assistem
poderá contribuir para a assimilação de atitudes comportamentais negativas que podem distorcer
a formação da personalidade que deles se espera e a avaliar pelos resultados a nível dos
professores 40% afirma que a variação do comportamento pode estar relacionada e 26, 6% diz
que se deve ao mercado e quanto às brigas 73, 3 são categóricos em afirmar que pode contribuir
para a assimilação de valores.

Entretanto na questão em aberto ou mesmo nos inquéritos verifica-se uma unanimidade nos
resultados pelo sentimento de influência negativa do mercado à volta da escola em todos os
aspectos relacionados com o processo educativo a avaliar pelos resultados obtidos quer na análise
ou na interpretação de dados.

RECOMENDAÇÕES
Para que a Escola desempenhe na totalidade a missão pelo qual foi criada é necessário o
envolvimento da sociedade em particular dos pais e população que se encontra ao redor da
mesma nas actividades escolares para que possam se inteirar directamente nas acções que de
alguma maneira inviabilizam as suas actividades;

A adopção do ensino centrado no aluno seria uma alternativa correcta para situação idêntica a que
se verifica na EPCCEM para que o aluno em constante actividade fique alheio a acções
perturbadoras das aulas;

Criação de núcleos que possam sensibilizar os alunos a não se envolverem com álcool, por este
ser nefasto ao organismo, principalmente em adolescentes, como forma de auxiliar os professores
que embora tratem do assunto nas aulas são cada vez crescente o número destes a se envolverem
com o álcool.

CONSTRANGIMENTOS
Constituíram constrangimentos na realização do trabalho, a exiguidade de obras que tratam
directamente do problema por ser alheio na previsão da avaliação dos problemas educacionais, a
disponibilidade em termos de tempo para a procura e leitura de obras relacionais devido a
ocupações de índole académica e profissionais.

41
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Andriola, W. e Andriola, C. (2005). Avaliação da Aprendizagem Através de provas de
Rendimento: Aportes Metodológicos. Brasil: Universidade Federal do Ceará

Bartolomeis,F.(1984).Introdução à Didáctica da Escola Activa. 1ªedição.Lisboa:Livros


Horizonte

Cañas, J.(1998). Das drogas à Esperança. São Paulo: editora Paulinas

Campos, B.P.et al (1990). Psicologia do Desenvolvimento e Educação de jovens. Lisboa:


Universidade Aberta

Carvalho, A. E Diogo, F. (1999). Projecto Educativo. 3ª Edição. Porto Editora: Afrontamento

Columa, E. (2007). Como educar para a paz. Rio de Janeiro: Revista Semestral

Delors, J. et al. (1996). Educação um tesouro a descobrir. 9ª Edição. Porto: ASA Editores

Delval, J. (2003). Pedagogias do século xx: O conhecimento um processo de criação. Porto


Alegre: Artmed

Dicionário de Língua Portuguesa: htt

Duarte, et al (2008), Manual de Supervisão de Práticas pedagógicas, Educar - UP

Duska, R. e Whelan, M.(1979). O Desenvolvimento Moral na Idade Evolutiva: Um Guia a Piaget


e Kohlberg.São Paulo: Edições Loyola

Giddens, A. (2001). Sociologia. 8ª Edição. Lisboa: Fundação Calouste

Guambe, A. J. (2011). Metodologia de Pesquisa: Manual do estudante. 1ª Edição. Maputo

Libâneo, J. C. (1994). Didáctica. São Paulo: Cortes Editora.

Lakatos, E. e Markoni, M. (2009). Metodologia do Trabalho Cientifico.7ª Edição. São Paulo:


Editora Atlas

Martinez, F. L.(1975). Antropologia Cultural.5ª Edição. Maputo: Paulinas

42
MEC – Moçambique (2008): Regulamento Geral do Ensino Básico (REGEB). Maputo:
DINEG/MEC

MEC. Moçambique (2003). Regulamento Geral das Escolas do Ensino Básico. Maputo

Morgado, J. (2001). A Relação Pedagógica: Diferenciação e Inclusão. 2ª Edição. Lisboa:


Editorial Presença.

Nérici, G.(1988). Didáctica: uma introdução.2ª edição. São Paulo: Atlas

Oliveira, P. (1998). Introdução à Sociologia da Educação. São Paulo: Editora Ática

Pedro, S.N (2004). Ética, indisciplina e Violência nas Escolas.3ª edição. Petrópolis: Editora
vozes

Perrenoud, P. (2000). 10 Novas Competências para Ensinar. Porto Alegre: Artmed

Perrenoud, P. (2005). Escola e Cidadania: o papel da escola na formação para a democracia.


Porto Alegre: Artmed

Piletti, C. (2001). Didáctica geral. 23ª Edição. São Paulo: Editora Ática.

Silva C. (2008). Qualidade de Ensino e Avaliação Institucional. Brasil: ALRS

Souza, M. B et al (2010). A análise de conteúdo como forma de tratamento de dados. Porto


Alegre

Spector, N. (2001). Manual para a redacção de teses, projectos de pesquisas e artigos


científicos. 2ª Edição. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan

Texeira,E. As três metodologias.5ª Edição. Rio de Janeiro: Editora Vozes

Ubisse, A. S e Chitará, M. C. (2010). Agenda do Professor 2011. Maputo: Ministério da


Educação

Vieira, H. (2005). A comunicação na Sala de Aula. 2ª Edição. Lisboa: Editora Presença.

Zon, A.V. et al (2010). Memórias do Centenário. Maputo: Mc gifts, Lda

Zabalza, M. (2001). Planificação e Desenvolvimento Curricular na Escola. 6ª Edição. Porto: ASA


Editores
43
BIBLIOGRAFIA GERAL
Andriola, W. e Andriola, C. (2005). Avaliação da Aprendizagem Através de provas de
Rendimento: Aportes Metodológicos. Brasil: Universidade Federal do Ceará

Bartolomeis,F.(1984).Introdução à Didáctica da Escola Activa. 1ªedição.Lisboa:Livros


Horizonte

Cañas, J.(1998). Das drogas à Esperança. São Paulo: editora Paulinas

Campos, B.P.et al (1990). Psicologia do Desenvolvimento e Educação de jovens. Lisboa:


Universidade Aberta

Carvalho, A. E Diogo, F. (1999). Projecto Educativo. 3ª Edição. Porto Editora: Afrontamento

Columa, E. (2007). Como educar para a paz. Rio de Janeiro: Revista Semestral

Delors, J. et al. (1996). Educação um tesouro a descobrir. 9ª Edição. Porto: ASA Editores

Delval, J. (2003). Pedagogias do século xx: O conhecimento um processo de criação. Porto


Alegre: Artmed

Diagneffe, F. et al (1995), Práticas e Métodos de Investigação em Ciências Sociais. 1ª Edição.


Lisboa: Gradua

Dicionário de Língua Portuguesa: htt

Duarte, et al (2008), Manual de Supervisão de Práticas pedagógicas, Educar - UP

Duska, R. e Whelan, M.(1979). O Desenvolvimento Moral na Idade Evolutiva: Um Guia a Piaget


e Kohlberg.São Paulo: Edições Loyola

Eco, U (1977). Como se faz Uma Tese. 13ª Edição. Portugal: Editorial Presença

Giddens, A. (2001). Sociologia. 8ª Edição. Lisboa: Fundação Calouste

Guambe, A. J. (2011). Metodologia de Pesquisa: Manual do estudante. 1ª Edição. Maputo

Libâneo, J. C. (1994). Didáctica. São Paulo: Cortes Editora.

44
Lakatos, E. e Markoni, M. (2009). Metodologia do Trabalho Cientifico.7ª Edição. São Paulo:
Editora Atlas

Martinez, F. L.(1975). Antropologia Cultural.5ª Edição. Maputo: Paulinas

MEC – Moçambique (2008): Regulamento Geral do Ensino Básico (REGEB). Maputo:


DINEG/MEC

MEC. Moçambique (2003). Regulamento Geral das Escolas do Ensino Básico. Maputo

Morgado, J. (2001). A Relação Pedagógica: Diferenciação e Inclusão. 2ª Edição. Lisboa:


Editorial Presença.

Nérici, G.(1988). Didáctica: uma introdução.2ª edição. São Paulo: Atlas

Oliveira, P. (1998). Introdução à Sociologia da Educação. São Paulo: Editora Ática

Pedro, S.N (2004). Ética, indisciplina e Violência nas Escolas.3ª edição. Petrópolis: Editora
vozes

Perrenoud, P. (2000). 10 Novas Competências para Ensinar. Porto Alegre: Artmed

Perrenoud, P. (2005). Escola e Cidadania: o papel da escola na formação para a democracia.


Porto Alegre: Artmed

Piletti, C. (2001). Didáctica geral. 23ª Edição. São Paulo: Editora Ática.

Pólis: Enciclopédia Verbo da Sociedade e do Estado, São Paulo/Lisboa

Silva C. (2008). Qualidade de Ensino e Avaliação Institucional. Brasil: ALRS

Souza, M. B et al (2010). A análise de conteúdo como forma de tratamento de dados. Porto


Alegre

Spector, N. (2001). Manual para a redacção de teses, projectos de pesquisas e artigos


científicos. 2ª Edição. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan

Texeira,E. As três metodologias.5ª Edição. Rio de Janeiro: Editora Vozes

Ubisse, A. S e Chitará, M. C. (2010). Agenda do Professor 2011. Maputo: Ministério da


Educação
45
Vieira, H. (2005). A comunicação na Sala de Aula. 2ª Edição. Lisboa: Editora Presença.

Zon, A.V. et, al (2010). Memórias do Centenário. Maputo: Mc gifts, Lda

Zabalza, M. (2001). Planificação e Desenvolvimento Curricular na Escola. 6ª Edição. Porto: ASA


Editores

46
APÊNDICES

47
Apêndice I: Instrumentos de recolha de dados

INSTITUTO SUPERIOR MARIA MÃE DE ÀFRICA

Curso de Licenciatura em Ciências da Educação

A presente entrevista, visa a obtenção de dados a um membro da Direcção da Escola Primária


Completa Casa de Educação da Munhuana, para um trabalho de carácter estritamente académico,
sobre o impacto da proliferação dos mercados à volta das escolas em particular na escola acima
citada, estando garantida a confidencialidade dos dados fornecidos, pelo que apelo à colaboração
na contribuição para a ciência.

Entrevista a um membro da direcção da escola

1. Quantos anos de experiência têm em exercício nesta Escola?

2. Como tem sido para a Senhora, ocupar um cargo de direcção numa escola localizada perto do
maior mercado informal do país?

3. Já presenciou algum acto que comprometa o processo de aprendizagem dos alunos?

4. Se sim que atitude terá tomado para fazer face a situação?

5. Que opinião tem a respeito das incursões do mercado a serem assistidas por alunos na
assimilação de valores?

6. A direcção cessante sempre reclamou o incumprimento de metas na 1ª classe, na tua opinião


terá como razão a localização da escola?

7. Qual é a tendência em termos numéricos de alunos a se matricularem comparativamente aos


anos anteriores, aumentou ou reduziu?

8. As transferências de alunos para outras escolas estarão de alguma maneira associadas à


localização da escola?

9. O que achas do comportamento dos alunos desta escola?

10. Se é mau, não terá nenhuma relação com a localização da escola?

48
INSTITUTO SUPERIOR MARIA MÃE DE ÁFRICA

Curso de Licenciatura em Ciências de Educação

Com a finalidade de elaborar um trabalho de pesquisa de carácter estritamente académico, o


presente inquérito visa a recolha de informações sobre o impacto da proliferação dos mercados à
volta das escolas em particular na Escola Primária Completa Casa de Educação da Munhuana,
estando garantida a confidencialidade dos dados fornecidos, pelo que apelo à colaboração.
Para o preenchimento coloque ―x‖ no que achares conveniente e sugestivo

Inquérito para professores

1. Características dos inqueridos

- Sexo: Masculino Feminino Idade

- Anos de experiência nesta escola Anos de Carreira

2. Concordas que de alguma maneira as acções do dia-a-dia do mercado circunvizinho interferem


no processo de aprendizagem

Sim Não

3. Durante as aulas o que tem reparado nos alunos ao serem emitidos sons do lado do mercado
como a música, buzinas e brigas.

Ficam atentos à aula Distraem-se ignoram o sucedido

4. Tem sido possível a concretização dos objectivos da aula após uma situação irregular de
interferência exterior

Raramente As vezes Quase sempre Sempre

5. A quem responsabilizas o baixo aproveitamento pedagógico verificado o ano passado que


levou a escola a ser alvo de uma supervisão pedagógica.

Aos alunos à localização da escola outros factores


49
6. O comportamento dos alunos na escola tem sido variável de acordo com a faixa etária. Achas
que estará relacionado com localização geográfica da escola?

Sim Não Talvez

7. Em algum momento terá presenciado alunos sob efeito de álcool nas aulas ou pátio escolar nos
últimos três anos.

Sim Não Às vezes

8. Já se sentiu alguma vez impossibilitado de agir por temer represálias por parte de alunos.

Raramente As vezes Quase Sempre Sempre

9. Muitos alunos tem assistido a brigas no mercado ao entrar ou sair das aulas, na tua opinião essa
situação poderá contribuir para a conduta e valores dos alunos

Sim Não Talvez

10. Terá sido abordado por um pai ou encarregado de educação com receio de matricular seu
filho nesta escola por temer a sua localização?

Raramente Às vezes Quase Sempre Sempre

11. Tem alguma opinião relacionada com localização da escola perto do Mercado Estrela
Vermelha, no que concerne à interferência de acções lá decorrentes no processo de
aprendizagem?

______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________

Obrigado!

50
INSTITUTO SUPERIOR MARIA MÃE DE ÀFRICA

Curso de Licenciatura em Ciências da Educação

Com a finalidade de elaborar um trabalho de pesquisa de carácter académico, pretende-se com o


presente inquérito recolher informações sobre o impacto dos mercados à volta das escolas em
particular na Escola Primária Completa Casa de Educação da Munhuana.

Inquérito para alunos

Preenche colocando ―x‖ nas questões que sugeres

1. Características dos Inqueridos

Idade :______anos

Sexo: Masculino Feminino Classe

2. Concordas com a localização de um mercado à volta da tua escola?

Sim Não

3. Como te sentes ao escutares o barulho das buzinas, disparos, brigas e música durante as aulas.

Concentrado na aula Distraem-te ou já te habituaste

4. A música é agradável de se escutar será quando ouves uma boa música do teu gosto continuas
atento à aula?

Raramente ás vezes Quase Sempre Sempre

5. É possível entenderes a matéria com o barulho que escutas do mercado?

Sim Não

6. Ao entrares ou sair da escola a brigarem no mercado como te comportas?

Paras para ver Passas Ou às vezes é que assistes

51
7. Tratando-se de um mercado já lá foste durante o período das aulas:

Jogar matraquilhas Comprar bebida Outros produtos

8. Tratando-se de um local de venda de bebidas sabes de alguns colegas que compram esse
produto durante as aulas

Sim Não

9. Alguma vez te sentiste ameaçado ao passares pelo mercado por temeres que alguém te possa
tirar algo valioso

Raramente às vezes Quase sempre Sempre

10. Tens alguém da tua família que tenha banca no mercado?

Sim Não

11. Diga em poucas palavras o que têm te dito teus pais sobre o que tens presenciado no mercado.

______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________

Muito obrigado pela colaboração!

52
Apêndice II: Processo de obtenção das faixas etárias dos alunos

1. 1 Dados referentes aos alunos

1. 1. 1 Dados brutos

11, 11, 11, 12, 12, 12, 12, 12, 11, 12, 11, 11, 12, 12, 11, 12, 12, 15, 12, 11, 11, 11, 11, 13, 12, 13,
13, 12, 11, 13, 11, 12, 12, 11, 14, 15, 14, 15, 15, 15, 15, 15, 16, 16, 16, 16, 16, 15, 14, 16, 16, 15,
15, 15, 17, 15, 15, 14, 12, 11, 9, 8, 10, 9, 10, 9, 8, 9, 11, 11, 11, 11, 11, 11, 11, 11, 12, 11, 11, 11,
11, 11, 11, 11, 11, 11, 9, 13, 10, 10, 10, 12, 10, 10, 10, 9, 10, 11, 10, 10, 10.

1. 1. 2 Rol

8, 8, 9, 9, 9, 9, 9, 9, 10, 10, 10, 10, 10, 10, 10, 10, 10, 10, 10, 10, 11, 11, 11, 11, 11, 11, 11, 11,
11, 11, 11, 11, 11, 11, 11, 11, 11, 11, 11, 11, 11, 11, 11, 11, 11, 11, 11, 11, 11, 11, 11, 11, 11, 11,
12, 12, 12, 12, 12, 12, 12, 12, 12, 12, 12, 12, 12, 12, 12, 12, 12, 12, 13, 13, 13, 13, 13, 14, 14, 14,
14, 15, 15, 15, 15, 15, 15, 15, 15, 15, 15, 15, 15, 16, 16, 16, 16, 16, 16, 17.

1. 1. 3 Amplitude Total

∆T = Idade Máxima – Idade Mínima

∆T = 17 – 8 = 9

1. 1. 4 Número de classes

K= =10

1. 1. 5. Número de elementos em cada classe

53
Apêndice III: Processo de obtenção das faixas etárias dos professores

2. 1 Dados Brutos

37, 39, 45, 39, 49, 44, 34, 57, 39, 51, 57, 38, 43, 57, 48, 37, 48, 58, 47, 62, 49, 37, 27, 29, 39, 30,
34, 41, 38, 50.

2.2 Rol

27, 29, 30, 34, 34, 37, 37, 37,38,38, 39, 39, 39, 39, 41, 43, 44, 45, 47, 48, 48, 49, 49, 50, 51, 57,
57, 57, 58, 62.

2.3 Amplitude Total

∆T = 62 – 27 = 35

2.4 Número de classes

2.5 Número de elementos em cada classe

54
Apêndice IV: Tabelas da Pesquisa

Tabela 1: Idades dos alunos

Classe Idade frequência fr% Fa Fa%


1ª 8---9 8 0.08 8 0,08
2ª 10---11 46 0,46 54 0,54
3ª 12---13 23 0,23 77 0,77
4ª 14---15 16 0,16 93 0,93
5ª 16—17 7 0,07 100 1,00
∑ 100 100
(Fonte: Dados da pesquisa)

Esta tabela de frequência é referente a amostra colhida na EPCCEM, donde foram inqueridos 100
alunos com idades que variam dos 8 aos 17 anos de forma aleatória nas classes de 4ª a 7ª visto
reunirem mínimos requisitos académicos para preencherem de forma independente as questões
colocadas.

Tabela 2 : Idades dos professores

Classes Idades frequência fr% Fa Fa%


1ª 27-34 5 16,6 5 16,6
2ª 35-41 10 33,3 15 50
3ª 42-48 6 0,2 21 70
4ª 49-55 4 13,3 25 83,3
5ª 56-62 5 16,6 30 1,00
∑ 30 99,8
(Fonte: Dados da pesquisa)

A tabela retrata o agrupamento em classes sobre dados da amostra colhida com base em
inquéritos na EPCCEM feita de forma aleatória num universo de 30 com idades compreendidas
entre os 27 aos 62 anos.

55
Tabela 3: O comportamento dos alunos na escola tem sido variável de acordo com a faixa
etária

Relação frequência fr% Fa Fa%


Sim 8 26.6 8 26.6
Não 10 33.3 18 60.0
Talvez 12 40.0 30 1.00
Não Sabe 0 0 0
∑ 30 99.9
(Fonte: Dados da pesquisa)

A avaliar pela opinião dos inquiridos professores 40% afirma que a variação do comportamento
dos alunos talvez se deve à localização da escola, 33.3% diz que não, 26.6 afirma que sim se deve
à localização.

Tabela 4: Presença de alunos sob efeito do álcool nas aulas ou no pátio escolar nos últimos
três anos

Relação frequência fr% Fa Fa%


Sm 15 50.0 15 50.0
Não 8 26.6 23 46.0
Às vezes 7 23.3 30 1.00
∑ 30 99.9
(Fonte: Dados da pesquisa)

Em relação aos resultados desta questão colocada aos professores é patente nos resultados que
50% afirma ter visto alunos embriagados, 23,3% afirma que às vezes e 26,6% diz nunca ter visto.

Tabela 5: Situação de brigas

Relação Frequência Fr% Fa Fa%


Sim 22 73.3 22 73.3
Não 3 1.0 25 83.3
Talvez 5 16.6 30 1.00
Não sabe 0 0

56
∑ 30 1.00
(Fonte: Dados da pesquisa)

Os professores inquiridos 73.3% são categóricos em afirmar que as brigas assistidas podem
contribuir para a sua assimilação pelos alunos, 16.6% diz que talvez 1% diz que não.

57

Вам также может понравиться