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TERRAPLENAGEM

1. Conceitos Básicos
Terraplenagem é o conjunto de operações de escavação, carga, transporte, descarga e compactação dos solos
aplicadas da construção de aterros e cortes, dando a superfície do terreno a forma projetada para construção de
rodovias.
Corte: alinhamento obtido com a escavação do terreno natural.
Aterro: segmento de rodovia cuja implantação requer deposito de materiais provenientes de cortes e/ou de
empréstimos, no interior dos limites de seções de projeto (offsets) que definem o corpo estradal.
Empréstimo: material oriundo de outros segmentos da própria rodovia ou de jazidas próximas quando o segmento
atual apresentar material insuficiente para os aterros.
Bota-fora: depositar os solos excedentes ou inapropriados em locais pré-determinados, geralmente esses locais estão
fora da plataforma da rodovia e dentro da faixa de limites.

2. Categorias de Solos
1ª Categoria: terra em geral, piçarra ou argila em adiantado estado de decomposição, seixos rolados ou não, com
diâmetro máximo inferior de 15 cm. Compatíveis com dozer, scraper rebocado ou motorizado.
2ª Categoria: rocha com resistência à penetração inferior à da rocha não alterada, combina equipamentos de
escarificarão e pode envolver o uso de explosivos. Estão incluídos blocos de rocha com volume inferior a 2m³ e
matacões ou pedras com diâmetro médio compreendido entre 0,15m e 1,00m.
3ª Categoria: rocha com resistência à penetração superior ou igual a rocha não alterada de volume igual ou superior
a 1m, cuja extração se processam com o emprego continuo de explosivos.

3. Variações volumétricas: Observa que o material compactado no aterro terá uma densidade final superior
àquela do seu local de origem e, consequentemente, ocupará um volume menor do que o ocupado
originalmente.

4. Solos aplicados à compactação


Solos coesivos: solos muito finos, com predominância de silte e argila. A coesão tem origem na capacidade desse
solo absorver umidade. Porém qualquer acréscimo de água superior ao necessário faz com que as partículas se
separem.
Solos não coesivos (granulares): solos com predominância de grãos de rocha de tamanho variável. A parte fina
destes solos pode ser arenosa ou siltosa. A agua funciona como lubrificante, facilitando a movimentação e o
entrosamento.

5. Aspectos teóricos sobre a compactação - Objetivo: aplicação de forças destinadas a reduzir o volume do
solo até atingir sua densidade máxima.

6. Aterros sobre solos com baixa capacidade de suporte


1ª solução: remoção da camada problemática, com altura inferior a 3,0m, substituindo o volume resultante por material
de boa qualidade, inerte a ação da água.
2ª solução: execução de bermas de equilíbrio, consiste na execução de aterro envolto por banquetes laterais, fazendo
com que as distribuições das tensões ocorram em uma área bem mais ampla.
3ª solução: execução de aterros por etapas, consiste em sobrepor o terreno de baixa resistência por frações de aterro
projetado de forma monitorada, sendo esse processo repetido até que haja estabilidade total do aterro.
4ª solução: execução de drenos verticais, consiste em drenos verticais preenchidos por areia. A pressão exercida no
solo faz com que a água escorra para os drenos, sendo eliminada consequentemente.
5ª solução: reforço do terreno de fundação com geossintético, consiste em aplicar sobre a superfície de fundação um
geossistético do tipo têxtil, fazendo com que esse esforço atue na estabilidade do aterro e na redução dos
deslocamentos laterais. Eles possuem longa durabilidade, a alta resistência à tração, e flexibilidade.

7. Mecânica da compactação
Compressão: aplicação de força vertical, de maneira constante, o que provoca o deslocamento vertical do solo.
Amassamento: consiste na aplicação simultânea de forças verticais e horizontais.
Impacto: aplicação de forças verticais, com repetição até de 500 vezes por minuto.
Vibração: aplicação de forças verticais com frequência acima de 500 golpes por minuto.
Misto: combina dois processos num mesmo movimento.

8. Equipamentos de compactação
Rolos pé de carneiro: são mais eficientes em solos coesivos, nos quais é necessário aplicar altas pressões para
vencer a coesão do solo, tendo efeito nulo em solos de pouca coesão. Esse equipamento realiza compactação de
baixo para cima, possibilitando um grau de compactação uniforme em toda a espessura.
Rolos de pneus: possui boa eficiência em solos de granulação fina arenosa (mistura de areia, silte e argila), as
pressões aplicadas nos pneus têm efeito do amassamento.
Rolos lisos vibratórios: possui rolos metálicos dotados de sistema vibratório, que permite aplicar no solo uma
frequência de golpes por minuto. Indicado para solos granulares, arenosos.
Rolos lisos estáticos: esses rolos não são muito utilizados porque compactam de cima para baixo, deixando a parte
mais profunda do solo parcialmente solta.
Compactador manual: são empregados em áreas restritas, onde não é possível o uso de equipamentos convencionais
de maior porte.

9. Aterros sobre solos com baixa capacidade de suporte


1ª solução: remoção da camada problemática, com altura inferior a 3,0m, substituindo o volume resultante por material
de boa qualidade, inerte a ação da água.
2ª solução: execução de bermas de equilíbrio, consiste na execução de aterro envolto por banquetes laterais, fazendo
com que as distribuições das tensões ocorram em uma área bem mais ampla.
3ª solução: execução de aterros por etapas, consiste em sobrepor o terreno de baixa resistência por frações de aterro
projetado de forma monitorada, sendo esse processo repetido até que haja estabilidade total do aterro.
4ª solução: execução de drenos verticais, consiste em drenos verticais preenchidos por areia. A pressão exercida no
solo faz com que a água escorra para os drenos, sendo eliminada consequentemente.
5ª solução: reforço do terreno de fundação com geossintético, consiste em aplicar sobre a superfície de fundação um
geossistético do tipo têxtil, fazendo com que esse esforço atue na estabilidade do aterro e na redução dos
deslocamentos laterais. Eles possuem longa durabilidade, a alta resistência à tração, e flexibilidade.

10. Unidades de tração


São unidades autônomas básicas, as quais executam a tração ou empurram outras maquinas, podendo receber
diversos implementos.
Tratores de esteiras: apresentam melhor aderência, logo possuem uma grande capacidade de esforço trator. Além
disso, as esteiras exercem uma baixa pressão no solo, favorecendo a uma melhor flutuação. Indicadas para terrenos
com baixa capacidade de suporte, com rampas e grande declividade.
Tratores de pneus: se deslocam mais rápidos, sendo bastante utilizado em trabalhos de longas distâncias. Indicado
para terrenos de baixa declividade e com boa capacidade de suporte.

11. Unidades escavo empurradoras


Nos tratores são implantadas laminas destinados a função de escavação dos solos e nas operações de desmatamento,
nos tratores também são implementados escarificadores, cujo objetivo é facilitar o trabalho de escavação.

12. Unidades escavo transportadoras: executam escavação, carga, transporte e descarga.


Scraper Rebocado: caçamba montada sobre dois eixos com pneumáticos, normalmente tracionado por trator de
esteiras. A escavação do solo é feita por uma lamina de corte em contato com o terreno pelo abaixamento da caçamba.
Moto scraper: é um scraper unido com um rebocador motorizado; convencional, apesar de um motor próprio não
dispensa um trator de esteira; auto carregável, procura suprir a necessidade de auxílio do trator de esteiras; push-pull,
consiste no encaixe de dois moto-scraper que se ajudam.

13. Unidades escavo carregadoras: escavam e carregam o material até as unidades transportadoras.
Carregadeiras: geralmente montada sobre pneus, essa função é garantida pela caçamba frontal, onde é feita a
escavação, possuindo apenas a capacidade de fazer a escavação de materiais soltos.
Escavadeiras (hidráulicas ou retroescavadeiras): possui a mesma função das carregadeiras, geralmente montada
sobre pneus, porém com maior poder de escavação. Elas trabalham paradas, utilizando-se de seu eixo giratório.
Retroescavadeiras: equipamento versátil montado sobre rodas: possui uma lança com concha do tipo “shovel” e uma
concha carregadeira.

14. Unidades de transporte:


Caminhões basculantes: são equipamentos destinados ao transporte de solos e até de pedras. Esse equipamento é
recomendado para distancias superiores a 5km.
Caminhões basculantes “fora de estrada”: caminhões reforçados, que se destinam a trabalhos muito pesados e em
condições muito severas, geralmente utilizado no transporte de pedras.
Caminhões pipas: utilizados no umedecimento dos solos durante o processo de compactação.

15. Unidades aplanadoras: são unidades empregadas no acabamento do terraplenagem. Representando o


ajuste fino da geometria da via conforme o estabelecido pelo projeto. Geralmente, esses serviços são
executados pela motoniveladora. Esse equipamento apresenta grande mobilidade da lamina de corte e
precisão nos movimentos.

ESPECIFICAÇÕES DE SERVIÇOS
o Serviços Preliminares:
a) Desmatamento:

O desmatamento deve ser realizado dentro dos limites de offset da plataforma da rodovia.

Cortes: a camada de 60cm abaixo do greide deve ficar totalmente isenta de tocos ou raízes.

Aterros h < 2,00 m: a camada superficial do terreno contendo raízes e restos vegetais deve ser totalmente removida.

Aterros h > 2,00 m: o desmatamento deve ficar nivelado ao terreno natural, não havendo necessidade de
destocamento.

Vegetação de porte reduzido (diâmetro < 15 cm, medido a uma altura de 1,00 m do solo): o desmatamento poderá
ser realizado, exclusivamente, com tratores de esteiras. A medição desses serviços é feita em m².
Vegetação de maior porte (diâmetro maior > 15 cm, medido a uma altura de 1,00 m): o processo demanda o uso
adicional de motosserras, procedido de destocamento. A medição desses serviços é realizada por unidade.

Na operação de limpeza, quando o terreno for inclinado, o trator deve trabalhar sempre de cima para baixo.

Linhas de transmissão: o serviço normalmente é executado pelas próprias empresas concessionárias.

Remoção de construções: dependerá do estágio do processo de desapropriação.

Remoção de cercas: deve-se sempre construir primeiro a nova cerca, antes de remover a antiga.

b) Cortes:

Preparo: O segmento de corte e os segmentos de aterro deverão estar devidamente desmatados. As obras de arte
devem estar construídas e os caminhos de serviços devidamente concluídos.

Execução: Nos cortes de altura elevada, deve ser procedida a implantação de banquetas, de largura mínima de 3 m,
além de valetas revestidas e proteção vegetal.

Ocorrência de rocha sã ou em decomposição, deve resultar em rebaixamento do greide, da ordem de 0,40 m, e


preenchimento desse rebaixo com material inerte; Ocorrência de solos de expansão maior que 2% com baixa
capacidade de suporte, deve-se promover sua remoção, com rebaixamento de 0,60m.

Devem ser verificadas as condições do solo in natura nas camadas superficiais (últimos 60 cm). Não deve ser permitida
a presença de blocos de rocha nos taludes que possam colocar em risco a segurança do trânsito.
Controle da Execução: O controle geométrico da execução dos serviços deve ser feito por levantamento topográfico,
admitindo-se as seguintes tolerâncias:

Variação de altura máxima, para eixo e bordas:

Cortes em solo: ±5 cm

Cortes em rocha: ±10 cm

Variação máxima de largura de + 20 cm para cada sem plataforma, não se admitindo variação negativa.
Medição: A medição dos serviços deve levar em consideração o volume de material extraído e a respectiva dificuldade
de extração, medido e avaliado no corte (volume in natura) e a distância de transporte percorrida, entre o corte e o
local de deposição.

c) Empréstimo:
CARACTERÍSTICAS FISICAS DOS SOLOS

1. Classificação Granulométrica
Pedregulho: fração do solo que passa na peneira de 3” e é retida na peneira de 2,00 mm (nº 10);
Areia: fração do solo compreendida entre as peneiras de 2,00 mm (nº 10) e é retida na peneira de 0,075 mm (nº 200);
Areia Grossa: fração do solo compreendida entre as peneiras de 2,00 mm (nº 10) e de 0,42 mm (nº 40);
Areia fina: fração do solo compreendida entre as peneiras de 0,42 mm (nº 40) e de 0,075 mm (nº 200);
Silte: fração do solo com tamanho dos grãos compreendido entre 0,075 mm (peneira nº 200) e 0,005 mm;
Argila: fração do solo com tamanho dos grãos abaixo de 0,005 mm.
Observação: A análise por peneiramento é possível ser feita apenas para partículas de diâmetro superior a 0,075mm.
Para os solos com diâmetro menor que 0,075 mm se utiliza o método de sedimentação. Esse método estabelece o
diâmetro das partículas a partir da velocidade de sedimentação em um líquido de viscosidade e peso específico
conhecidos. Os resultados também são apresentados em uma curva granulométrica dos solos.
De maneira geral:
Areias e Pedregulhos (solos de comportamento arenoso): possuem granulação grossa, e grãos constituídos
principalmente de quartzo (sílica pura). Seu comportamento pouco varia com a quantidade de água que envolve os
grãos. São solos praticamente desprovidos de coesão. Sua resistência à deformação está atrelada ao entrosamento e
atrito entre os grãos.
Silte: solos intermediários, podendo apresentar comportamento tendendo ao arenoso ou ao argiloso, a depender da
sua distribuição granulométrica, da forma e da mineralogia dos grãos.
Argilas (solos com comportamento argiloso): possuem granulação fina, com grãos lamelares, alongados e tubulares,
com elevada superfície específica. Sua constituição é de minerais argílicos. O comportamento varia sensivelmente com
a quantidade de água que envolve os grãos. São solos coesivos. A coesão varia conforme a umidade, sendo maior em
argilas mais secas.

2. Propriedades físicas e mecânicas


Permeabilidade: A permeabilidade é uma propriedade que os solos apresentam ao permitir a passagem de água sob
a ação da gravidade ou de pressão, geralmente solos arenosos. Desse modo, quanto maior o índice de vazios de um
solo, maior será a velocidade de escoamento da água, e, portanto, maior será seu coeficiente de permeabilidade (k).
Capilaridade: É a propriedade que os solos apresentam de poder absorver água por ação da tensão superficial,
inclusive opondo-se à força da gravidade. Essa característica é presente em solos argilosos, pois as argilas, possuem
elevada superfície específica e um pequeno índice de vazios, portanto tem uma capacidade maior de capilaridade em
relação aos solos arenosos.
Compressibilidade: É a propriedade que os solos apresentam de se deformar, com diminuição de volume, sob a ação
de uma força de compressão. Porém, é importante destacar que na compactação, a redução de vazios se dá à custa
da expulsão de ar, enquanto no adensamento, pela expulsão de água. Ressaltando que solos permeáveis tem maior
facilidade de escoar a agua, ou contrário dos solos argilosos.
Elasticidade: A elasticidade é a propriedade que os solos apresentam de recuperar a forma original, após cessado um
esforço que os deformem. É desejável que os solos possuam essa característica, porém a repetição de forma excessiva
pode fissurar o pavimento.
Contratilidade: se refere a diminuição do volume em razão da diminuição da umidade (típico das argilas).
Expansibilidade: aumento do volume do solo com o aumento da umidade (típico das argilas).
Resistência ao cisalhamento: máxima resistência ao cisalhamento que o solo pode suportar sem sofrer ruptura. Essa
propriedade é determinada pelo atrito e pela coesão. O atrito representa a interação entre duas superfícies na região
de contato, portanto quanto maior o atrito menor será a probabilidade de deslizamentos. A coesão, por sua vez, é uma
propriedade dos solos argilosos, onde ocorre uma ligação entre os grãos, aumentando a resistência, mesmo sem
ocorrência de pressões externas ao solo.
3. Caracterização dos solos
Limites de consistência – objetivo: avaliar a plasticidade dos solos. Ou seja, capacidade de ser moldado sem variação
de volume em certas condições de umidade.
a) Limite de liquidez (LL): quanto maior a capacidade do solo em absorver a água sem entrar no estado líquido,
maior será o limite de liquidez.
b) Limite de plasticidade (LP): estado entre o estado plástico e semissólido.
c) Índice de plasticidade (IP): intervalo de umidade em que o solo se encontra no estado plástico. Representado
pela diferença numérica entre LL e LP. Como a plasticidade é uma propriedade das argilas, podemos dizer
que o IP é função da quantidade de argila presente no solo. No caso de solos sem a presença de argila o IP é
zero.
Índice de grupo: O índice de grupo é utilizado para auxiliar na classificação dos solos quanto a sua adequabilidade no
emprego em pavimentação. É um índice que varia de 0 a 20, sendo obtido através de uma fórmula, ao passo que,
quanto menor o valor de IG, melhor a qualidade do solo. Assim, solos com IG=0 têm um bom comportamento como
subleito nas rodovias.
Compactação dos solos: processo aplicado com o intuito de aumentar o atrito interno e a coesão entre as partículas,
reduzindo para isso o índice de vazios do solo. Nesse ensaio, verifica-se que o aumento de umidade de um solo implica
diretamente no aumento da massa específica aparente para uma mesma energia de compactação. Porém esse
aumento se dá até determinado ponto, chamado de umidade ótima. A partir dessa umidade, ao acrescentar água, a
massa específica do solo diminui, mostrando haver um excesso de água no solo. Atualmente além da energia de
compactação proctor normal, existem a energia do proctor modificado e intermediária. Elas proporcionam uma massa
especifica maior para o solo, a partir de uma umidade menor, se comparada com a energia proctor normal.
Índice de Suporte Califórnia (ISC ou CBR): O CBR é uma medida de resistência do solo e consiste em medir a relação
entre a pressão necessária para produzir uma penetração de um pistão num corpo de prova de solo, e a pressão
necessária para produzir a mesma penetração numa brita padronizada. Assim, o CBR é expresso em porcentagem,
numa comparação entre a resistência do solo e a resistência padronizada. Sendo que os valores de CBR para solos
podem variar de mínimos 1% até valores altos, como maiores que 100%.
O CBR é um importante parâmetro para a utilização dos solos em pavimentação. Para o subleito do pavimento, o CBR
exigido é de 2%, no mínimo. Para sub-base, o CBR deve ser superior a 20%, e para base, um mínimo de 60% ou até
80% a depender do tráfego da rodovia.
Quando o corpo de prova do CBR é imerso na água, durante 4 dias, é avaliada também a expansão axial do material
em relação à altura inicial do corpo de prova. Solos com grande expansão sofrem grandes deformações quando
submetidos à ação do tráfego. Assim, esse solo deve possuir a menor expansão possível. Por exemplo, para ser
utilizado nos aterros, o solo deve ter uma expansão máxima deve ser de 4%, e para os materiais empregados na sub-
base, 1%, e, para base, 0,5%.

4. Agregados
 Classificação quanto à natureza
Agregados Naturais: oriundos da alteração das rochas pelos processos de intemperismo ou produzidos por processos
de britagem. Exemplos: pedregulhos, seixos, britas, areias, etc.
Agregados Artificiais: são produtos ou subprodutos de processo industrial por transformação física e química do
material. Exemplos: escória de alto forno, argila calcinada, argila expandida.

 Classificação quanto ao tamanho


Agregado Graúdo: é o material com dimensões superiores a 2,00mm, ou seja, fica retido na peneira no 10 (2,0 mm).
Exemplos: britas, cascalhos, seixos, etc.
Agregado Miúdo - é o material com dimensões inferiores a 2,00mm e superiores a 0,075mm, ou seja, passa na peneira
no 10 (2,0 mm) e fica retido na peneira no 200 (0,075 mm). Exemplos: pó de pedra, areia.
Agregado de enchimento ou material de enchimento - é o que passa pelo menos 65% na peneira no 200 (0,075 mm).
Exemplos: cal extinta, cimento portland, etc.
 Quanto à distribuição dos grãos
Graduação Densa: é aquela que apresenta distribuição contínua, com material fino, suficiente para preencher os vazios
entre os agregados maiores.
Graduação Aberta: é aquela que apresenta distribuição contínua, mas com insuficiência de material fino, resultando
em um maior volume de vazios.
Graduação Uniforme (tipo macadame): é aquele que apresenta a maioria de suas partículas com um mesmo tamanho.

 Propriedade dos agregados


Granulometria: Uma granulometria adequada assegura a estabilidade da camada onde o agregado é utilizado, daí sua
importância. Essa estabilidade está relacionada ao atrito entre os grãos.
Diâmetro Máximo: corresponde a abertura da menor peneira na qual passam, no mínimo, 95% do material.
Diâmetro Mínimo: corresponde a abertura da maior peneira na qual passam, no máximo 5% do material.
Diâmetro Efetivo (D10): corresponde ao ponto onde 10% dos grãos do solo possuem diâmetro inferior a ele.
Coeficiente de Uniformidade: representa a distribuição do tamanho dos grãos do solo. Valores próximos de 1 indicam
curva granulométrica quase vertical, com os diâmetros variando em um intervalo pequeno, enquanto que, para valores
maiores, a curva granulométrica irá se abatendo e aumentando o intervalo de variação dos diâmetros. A fórmula é
dada por: Cu = D60 / D10, onde D60 é o ponto da curva onde 60% dos grãos do solo possuem diâmetro inferior a ele.

Forma: Para se obter uma melhor resistência, é desejável que os grãos possuam formas cúbicas e de arestas afiladas,
resultando assim num maior Inter travamento dos grãos. Deve-se evitar grãos lamelares (em formato de lâmina) ou
alongados. Para se avaliar a forma dos grãos, é utilizado chamado o índice de forma. Esse índice varia de 0 a 1, onde
o valor 1 denota uma ótima cubicidade, e o valor 0 denota agregados lamelares.
Absorção de água: O ensaio consiste em submergir os agregados no período de 24 horas e avaliar a quantidade
absorvida de água por uma determinada massa de grãos. Os agregados porosos absorvem também os ligantes no
caso dos revestimentos asfálticos.
Resistência ao desgaste (Los Angeles): Com o objetivo de avaliar o desgaste dos agregados é comumente utilizado o
ensaio de abrasão Los Angeles (DNER-ME 035/98). O equipamento utilizado sofre diversas rotações, de modo que os
agregados sofram um desgaste proporcionado pelo contato com as esferas. Por meio da avaliação da massa de
agregados retidos na peneira no 12 (1,7mm) antes e depois das rotações, é que se obtém o índice de abrasão. O
índice pode variar de 0 a 100%. Dessa forma, o índice zero representa agregados muito duros. Já o índice 100%
representa agregados muito sensíveis. As normas do DNIT exigem índices iguais ou inferiores a 50% para os
agregados serem utilizados em pavimentação.
Durabilidade: Com o objetivo de avaliar a durabilidade dos agregados, existe um ensaio que avalia o comportamento
do agregado submetido a soluções padronizadas de sulfato de sódio ou de magnésio (DNER ME-089/94).
Basicamente, o ensaio consiste em imergir nessa solução uma determinada quantidade de agregados, por cinco vezes
com duração de 16 a 18 horas cada ciclo. A perda de massa dos agregados decorrente dessas imersões deve ser
inferior a 12% para o caso dos agregados utilizados em misturas asfálticas. Para os agregados usados em camadas
inferiores, a tolerância chega a ser de 20% para a solução em sulfato de sódio.
Limpeza: Avalia se no agregado contem impurezas como: argila e matéria orgânica, vegetação e etc, utilizando para
isso o ensaio de equivalente de areia. Basicamente, tal ensaio consiste em obter uma amostra com grãos inferiores a
4,8 mm e inseri-la em uma solução padronizada de cloreto de cálcio, glicerina e formaldeído dentro de uma proveta.
Após 20 minutos em repouso, a solução contendo o agregado é agitada, e, após isso, aguarda novamente em repouso
por mais 20 minutos. O equivalente de areia é obtido a partir da relação entre a altura, na proveta, dos agregados, e a
altura das impurezas. O equivalente de areia deve ser de no mínimo 55%.
Adesividade: O ensaio consiste em envolver uma amostra de agregados ao ligante (CAP, emulsão ou asfalto diluído).
Posteriormente, essa amostra é imersa na água no período de 72 horas. O resultado do ensaio é considerado
satisfatório se o ligante envolto no agregado não se deslocar. Sendo em alguns casos, necessário colocar algum
melhorador.
Massa especifica aparente: a massa específica aparente é a relação entre a massa do agregado seco e seu volume,
incluindo-se os vazios permeáveis.
ESTUDOS GEOTÉCNICOS

Métodos indiretos: a medida das propriedades das camadas do subsolo é feita indiretamente pela sua resistividade
elétrica ou pela velocidade de propagação de ondas elásticas. Incluem-se nessa categoria os métodos geofísicos. Os
Métodos diretos: consistem em operações destinadas a observar diretamente o solo ou obter amostras ao longo de
uma perfuração.

1) Poços: Destinam-se ao exame das camadas do subsolo ao longo de suas paredes, possibilitando a coleta de
amostras deformadas ou indeformadas. Seu emprego encontra limitação no seu elevado custo, pois exige
onerosos trabalhos de proteção a desmoronamentos e esgotamento d’água.
2) Trincheiras: As trincheiras facilitam a caracterização dos perfis geológicos em função dos solos encontrados
nas diferentes profundidades, assim como também permitem obter amostras indeformadas mais facilmente.

3) Sondagens a Trado: Trata-se de processo mais simples, rápido e econômico para as investigações das
condições geológicas. A finalidade dessa sondagem é a coleta de amostras deformadas, determinação da
profundidade do nível d’água, identificação dos horizontes do terreno, além de ser adotado para o ensaio de
penetração (SPT).
A sondagem deve ser iniciada com o trado cavadeira, utilizando-se ponteira para desagregação de terrenos duros ou
compactos, quando necessário. Quando o avanço se tornar difícil, deve-se utilizar o trado helicoidal. A sondagem a
trado é dada por terminada no caso de ocorrerem desmoronamentos sucessivos da parede do furo;
Sondagens a Percussão do tipo SPT
As sondagens de simples reconhecimento de solos, com SPT (Standard Penetration Test), têm por objetivo, além dos
citados anteriormente, determinar os índices de resistência à penetração (N) a cada metro.
Em resumo, o ensaio SPT consiste na cravação de um amostrador padrão no solo, através da queda livre de um peso
de 65 kg (martelo), caindo de uma altura determinada (75 cm).

Execução:
a) Monta-se sobre o terreno, um cavalete de quatro pernas denominado torre.
b) A sondagem deve ser iniciada com emprego do trado-concha ou cavadeira manual até a profundidade de 1 m.
c) Na profundidade de 1 m realiza-se o primeiro ensaio de penetração SPT, acoplando-se na extremidade de um
conjunto de hastes de 1” o amostrador padrão.
d) Não tendo ocorrido penetração igual ou maior do que 45 cm, prossegue-se a cravação do amostrador-padrão
até completar os 45 cm de penetração.
e) A soma do número de golpes necessários à penetração dos últimos 30 cm do amostrador é designada por N.
f) Quando, com a aplicação do primeiro golpe do martelo, a penetração for superior a 45 cm, o resultado da
cravação do amostrador deve ser expresso pela relação deste golpe com a respectiva penetração. Exemplo:
1/58.
g) Quando o avanço da perfuração com emprego do trado helicoidal for inferior a 50 mm após 10 min de
operação ou no caso de solo não aderente ao trado, passa-se ao método de perfuração por circulação de
água (CA), também chamado de lavagem.
h) A cada metro de perfuração, a partir de 1 m de profundidade, devem ser colhidas amostras dos solos por
meio do amostrador-padrão, com execução de SPT.
i) A circulação de água é realizada com emprego de uma moto-bomba, uma caixa-d'água com divisória para
decantação e um trépano.
j) Quando necessária à garantia da limpeza do furo e da estabilização do solo na cota de ensaio, deve-se usar
também, além de tubo de revestimento, lama de estabilização.
Critérios de Paralisação

A cravação do amostrador-padrão é interrompida antes dos 45 cm de penetração sempre que ocorrer uma das
seguintes situações:

a) em qualquer dos três segmentos de 15 cm, o número de golpes ultrapassar 30 (Exemplo: 12/16 - 30/11);

b) um total de 50 golpes tiver sido aplicado durante toda a cravação (Exemplo: 14/15 - 21/15 - 15/7); e
c) não se observar avanço do amostrador-padrão durante a aplicação de cinco golpes sucessivos do martelo
(Exemplo: 10/0).

Após isso o ensaio deve avançar por circulação de água, durante 30 min, anotando-se os avanços do trépano obtidos
em cada período de 10 min. A sondagem deve ser dada por encerrada quando, no ensaio de avanço da perfuração
por circulação de água, forem obtidos avanços inferiores a 50 mm em cada período de 10 min ou quando, após a
realização de quatro ensaios consecutivos, não for alcançada a profundidade de execução do SPT. Caso isso venha
a ocorrer, deve-se, então, substituir a sondagem por penetração pelo método de perfuração rotativa.

Número de furos no terreno:

As sondagens devem ser, no mínimo, de:

a) uma para cada 200 m2 de área da projeção em planta do edifício, até 1200 m2 de área;

b) entre 1200 m2 e 2400 m2 deve-se fazer uma sondagem para cada 400 m 2 que excederem de 1200 m2;

c) acima de 2400 m2 o número de sondagens deve ser fixado de acordo com o plano particular da construção.

Em quaisquer circunstâncias o número mínimo de sondagens deve ser:

a) dois para área da projeção em planta do edifício até 200 m 2;

b) três para área entre 200 m 2 e 400 m2;

Nos casos em que não houver ainda disposição em planta dos edifícios, o número de sondagens deve ser fixado de
forma que a distância máxima entre elas seja de 100 m, com um mínimo de três sondagens.

Quanto à profundidade, as sondagens devem ser levadas até a profundidade onde o solo não seja mais
significativamente solicitado pelas cargas estruturais, ou seja, quando às cargas estruturais aplicadas, for menor do
que 10% da pressão geostática efetiva.

4) Sondagens Rotativas

A sondagem rotativa utiliza uma perfuratriz (sonda rotativa) com coroa diamantada quando o furo de sondagem atinge
uma camada de rocha, solo de alta resistência. O objetivo desse ensaio é obter testemunhos (amostras cilíndricas de
rochas) que permitem a identificação das descontinuidades do maciço rochoso.
Execução: Consiste na realização de manobras consecutivas, em que a sonda imprime às hastes os movimentos
rotativos e de avanço transferidos ao barrilete provido de coroa diamantada. Os barriletes são tubos ocos destinados
a receber o testemunho de sondagem e são presos na primeira haste a penetrar na rocha. O comprimento máximo de
cada manobra é determinado pelo comprimento do barrilete, que é em geral de 1,5 a 3,0 m. Terminada a manobra, o
barrilete é alçado do furo e os testemunhos são cuidadosamente retirados e colocados em caixas especiais com
separação e obedecendo à ordem de avanço da perfuração.
Resultados:

Índice de Fendilhamento (IF): estado de fendilhamento natural da rocha. Em cada manobra é contado o número de
fendas naturais existentes nos testemunhos de rocha, colocados na caixa, e marcados no sistema de eixos do boletim.

Grau de Fracionamento (IFr) ou Grau de Fraturamento: é determinado através da quantidade de fraturas com que se
apresenta a rocha numa determinada direção. Não se consideram as fraturas provocadas pelo processo de perfuração
ou soldadas por materiais altamente coesivos.

RQD (Designação Qualitativa da Rocha): Corresponde ao quociente da soma dos comprimentos superiores a 10 cm
de testemunhos sãos e compactos, pelo comprimento do trecho perfurado, expresso em percentagem.

Sondagem mistas

Entende-se por sondagem mista aquele que é executada à percussão nas camadas penetráveis por esse processo e
executada por sondagem rotativa nos materiais impenetráveis à percussão.
MECÂNICA DOS SOLOS

1. Tensões no solo:

Para fins práticos, ignora-se a natureza molecular da matéria. Adota-se a hipótese abstrata de que a matéria, seja
sólida, líquida ou gasosa, é um meio contínuo e como tal o material distribui-se, continuamente, em todo o espaço
considerado, sem deixar intervalos ou vazios.

a) Conceito de tensão: No estudo das forças internas essa intensidade denomina-se tensão. Cabe ressaltar que
o valor da tensão está vinculado a um determinado plano. Um corpo se encontra em equilíbrio, quando as
forças internas e as forças externas são iguais em valor e de direções opostas.
b) Conceito de Tensão Total nos Solos: são os valores médios das tensões distribuídas pelas partículas e vazios.
Em mecânica dos solos o termo tensão refere-se à tensão macroscópica, definida pela relação entre a força
atuante e a área total.
c) Tensão Vertical Total: Se o solo for constituído de n camadas com espessura e peso específico Hi e peso
específico Yi, a pressão vertical total, no elemento, será calculada pela expressão:

Os pesos específicos adotados devem considerar todos os elementos presentes no solo. Assim, nos solos saturados,
devem incluir os grãos minerais do solo e a água dos vazios, ou seja, o peso específico saturado (Ysat).

d) Conceito de Pressão Neutra: A pressão atuando na água dos vazios denomina-se pressão neutra (u).

u = p – patm = h x Ya

e) Princípio da Tensão Efetiva: o comportamento de um solo depende de uma combinação da tensão total e da
pressão neutra e não de seus valores individuais.

Para o entendimento do significado do princípio da tensão efetiva, serão considerados a seguir três corolários:

- Corolário 1: Dois solos com as mesmas características geotécnicas, submetidos a tensões totais e pressões
neutras diferentes, terão idênticos comportamentos de engenharia, se as tensões efetivas forem iguais.

- Corolário 2: Se um solo é carregado ou descarregado, sem variação de volume e sem sofrer qualquer distorção,
não ocorrerão modificações na tensão efetiva.

- Corolário 3: Um solo sofrerá uma expansão (aumento de volume) e uma compressão (diminuição de volume) se
somente a pressão neutra, respectivamente, aumentar ou diminuir.

f) Significado Físico da Tensão Efetiva: A tensão efetiva, em qualquer ponto de uma massa de solo é,
aproximadamente, a força suportada pelo esqueleto sólido, expressa por unidade de área. A elevação das
tensões efetivas induzirá a diminuição dos vazios do solo.
g) Pressão Geostática: são tensões produzidas pelo peso das camadas de solo, sobrejacentes a um determinado
plano. No estudo das tensões geostáticas estuda-se a distribuição da pressão total, pressão neutra e pressão
efetiva, em diversas profundidades de um terreno.
EMPUXO DE TERRA

Estruturas de arrimo: são utilizadas quando se necessita manter uma diferença de nível na superfície do terreno,
mas o espaço disponível não é suficiente para vencer o desnível através de taludes. Classificação:

Rígidas: a forma da estrutura não se altera com a pressão lateral de terra e experimenta, somente, rotação e
translação como um todo.

Flexíveis: estruturas que apresentam distorções decorrentes da pressão de terra.

a) Contenção: É todo elemento ou estrutura destinado a contrapor-se a empuxos ou tensões geradas em maciço cuja
condição de equilíbrio foi alterada por algum tipo de escavação, corte ou aterro.

b) Muros: São estruturas corridas de contenção constituídas de parede vertical ou quase vertical apoiada numa
fundação rasa ou profunda.

c) Escoramentos: São estruturas provisórias executadas para possibilitar a construção de outras obras. Geralmente
obras enterradas ou o assentamento de tubulações.

d) Cortinas: São contenções ancoradas ou apoiadas em outras estruturas, caracterizadas pela pequena
deslocabilidade.

e) Reforços do terreno: São construções em que um ou mais elementos são introduzidos no solo com a finalidade de
aumentar sua resistência para que possa suportar as tensões geradas por um desnível abrupto.

Empuxo de Terra: é o esforço exercido pela terra contra o muro. Classificação:

O empuxo passivo: quando atuar do muro contra a terra (escoramentos de valas e galerias). Devido expansão.

O empuxo ativo: designa-se pela resultante da pressão da terra contra o muro, o qual é chamado simplesmente de
empuxo. Devido contração.

A boa norma de execução recomenda o apiloamento com soquete manual ou mecânico (sapo) em camadas sucessivas
de 20 cm, com um grau de umidade que dê ao solo seu maior peso específico.

Convém lembrar que o excesso de umidade e o encharcamento d'água no solo, aumentam o efeito do empuxo, razão
pela qual se coloca obrigatoriamente a drenagem de brita e barbacans (tubos) ao longo da altura do muro.

Fatores determinantes do valor do empuxo: desnível vencido pela estrutura; tipo e características do solo;
inclinação do terreno e do tardoz; posição do lençol freático no terreno; deformação sofrida pela estrutura. As
determinações dos empuxos de terra seguem os seguintes tipos de tratamento:

Estruturas de Arrimo

a) Muros de Gravidade são estruturas corridas, massudas, que se opõem aos empuxos horizontais pelo peso
próprio. Em geral são empregadas para conter desníveis pequenos ou médios, inferiores a cerca de 5 m.
Podem ser construídos de concreto simples, ciclópico ou com pedras, argamassadas ou não. A largura da
seção transversal é da ordem de 40% da altura a ser arrimada.
b) Muros "Atirantados" são estruturas mistas em concreto e alvenaria de blocos de concreto ou tijolos, com barras
quase horizontais, contidas em planos verticais perpendiculares ao paramento do muro, funcionando como
tirantes, amarrando o paramento a outros elementos embutidos no maciço, como blocos, vigas longitudinais
ou estacas. São construções de baixo custo utilizadas para alturas até cerca de 3 m.
c) Muros de Flexão são estruturas mais esbeltas, com seção transversal em forma de "L" que resistem aos
empuxos por flexão, utilizando parte do peso próprio do maciço arrimado, que se apoia sobre a base do “L”,
para manter-se em equilíbrio. No mais das vezes são construídos em concreto armado, tornando-se, em geral,
antieconômicos para alturas acima de 5 a 7 m.
d) Mistos são muros com características intermediárias entre os supracitados, que funcionam, portanto,
parcialmente pelo peso próprio e parcialmente a flexão, utilizando parte do terrapleno como peso para atingir
uma condição geotêxtil de equilíbrio.
e) Muros de Contrafortes são os que possuem elementos verticais de maior porte, chamados contrafortes ou
gigantes, espaçados, em planta, de alguns metros, e destinados a suportar os esforços de flexão pelo
engastamento na fundação. O paramento do muro, nesse caso, é formado por lajes verticais que se apoiam
nesses contrafortes.
f) Muros de Gabiões são muros de gravidade constituídos pela superposição de "gaiolões" de malhas de arame
galvanizado cheios com pedras cujos diâmetros mínimos devem ser superiores à abertura de malha das
gaiolas. São empregados para faixas de alturas da mesma ordem de grandeza das dos muros de gravidade.
São construídos posicionando-se os gabiões no local em que deverão ficar enchendo-os com pedras de mão
para formar as sucessivas fiadas que formarão um arrimo de gravidade.
g) "Crib Wall" (Parede de engradados) são estruturas formadas por elementos pré-moldados de concreto armado
ou de madeira ou aço, que são montados no local, em forma de "fogueiras" justapostas e interligadas
longitudinalmente, cujo espaço interno é cheio de preferência com material granular graúdo.

Cortinas

Uma cortina ou parede é flexível quando seus deslocamentos, por flexão, são suficientes para influenciar
significativamente a distribuição de tensões aplicadas pelo maciço. Rígidas são cortinas cujas deformações podem
ser desprezadas. As ancoragens são barras ou tirantes embutidos no próprio maciço a ser arrimado, localizadas
em planos perpendiculares a uma cortina, funcionando a tração, com um comprimento que lhe confira capacidade
para se contrapor aos empuxos gerados por esse maciço, servindo, na extremidade livre, de apoio à própria cortina
de arrimo.

Escoramentos

Compõem-se dos seguintes elementos:

a) Parede: é a parte em contato direto com o solo a ser contido, formada por materiais como madeira, aço ou
concreto.

b) Longarina: é um elemento linear, longitudinal, em que a parede se apoia. Pode ser constituída de vigas de
madeira, aço ou concreto armado.

c) Estroncas ou escoras: são elementos de apoio das longarinas. Dispõem-se, portanto, no plano horizontal das
longarinas, sendo perpendiculares às mesmas. Podem ser constituídas de barras de madeira ou aço (são
reutilizáveis).

d) Tirantes: são elementos lineares introduzidos no maciço contido e ancorados em profundidade por meio de um
trecho alargado, denominado bulbo. Trabalhando a tração, podem suportar as longarinas em lugar das estroncas.
Ideal em casos de contenção de encostas.

Paramentos

a) Estacas-Prancha: As estacas-prancha metálicas são implantadas através de cravação por percussão ou por
vibração. Elas formam um paramento estanque que evita o fluxo d'água e o carreamento de material para o interior
das escavações.

b) Perfil Pranchado: utilizado em obras de contenções implantadas acima do lençol freático e em solos que podem,
por um efeito de arqueamento (areias) ou devido à sua coesão (siltes e argilas), permanecer estáveis
temporariamente, de modo a permitir a escavação do terreno, entre perfis, para instalação do prancheamento.

c) Paramentos com Estacões: São cortinas constituídas por estações escavados com lama bentonítica, estações
revestidas com camisas metálicas e também cortinas de tubulões executados a céu aberto. Solução muito adotada
na execução de contenções em que o solo a ser contido é constituído por argilas médias, rijas e duras ou solos,
acima do N.A.
d) Cortinas com Microestacas ou Estacas Tipo Raiz: Estacas de pequeno diâmetro não são os elementos mais
apropriados para serem utilizados como paramento de uma contenção, pois, tendo pouca capacidade para resistir
a momentos fletores devido a sua reduzida seção transversal, exigem um maior número de pontos escorados. Seu
emprego tem sido limitado a situações onde outros sistemas se mostram inviáveis.

e) Cortinas com Estacas Tipo Hélice Contínua: elas apresentam como vantagem o fato de não utilizarem lama
bentonítica e ou camisas metálicas para conter o terreno, mas apresenta os mesmos problemas que as cortinas
de estações.

f) Colunas "Jet Grout": são colunas de solo/cimento e, como tal, têm pouca resistência à tração, não sendo, por
este motivo, muito utilizadas como paramento, a não ser em casos de contenção de pequena altura. Elas são
estruturas provisórias e, portanto, não substituem a contenção definitiva.

g) Estruturas de Gravidade: são muros de concreto e dispensam a utilização de escoramentos. São pouco
utilizadas em obras de fundação, devido necessitarem de muito espaço. Para serem implantadas abaixo do N.A.
exigem a instalação de sistemas de rebaixamento. Têm sido utilizadas com alturas até 6m.

h) Muros de Flexão: dispensam a utilização de escoramentos. Necessitam ser implantados em terrenos com boas
características de fundação ou sobre fundações profundas. Exige a instalação de sistemas de rebaixamento.
Utilizadas com altura geralmente não superior a 8 metros.

i) Cortinas: consiste na execução de paramentos de concreto armado, geralmente são escorados por tirantes ou
bermas durante a fase executiva e pela estrutura definitiva quando da obra pronta. O processo executivo é
geralmente lento e demanda muita mão de obra. As cortinas têm sido muito utilizadas (com tirantes definitivos)
como estrutura permanente na contenção de encostas.

j) Paredes-diafragma: permite executar ao longo do perímetro da contenção uma parede contínua de concreto
armado, sem provocar vibrações ou desconfinar o terreno adjacente praticamente em qualquer tipo de solo, acima
ou abaixo do N.A. Permite realizar com relativa facilidade, segurança e economia escavações profundas mesmo
junto a edificações já existentes. No caso em que se utilizam tirantes como escoramento, dispensam a execução
das vigas (longarinas metálicas ou de concreto) para distribuição das cargas. Exige a utilização de equipamentos
pesados e de grande porte. A presença de matacões pode inviabilizar sua utilização.

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