Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
Processos agudos do periodonto são condições clínicas que se estabelecem rapidamente envolvendo
periodonto e às vezes gengiva associada, caracterizadas por dor, desconforto e infecção aguda.
Etiologia:
a) Fator etiológico primário: bactérias oportunistas (bactérias endógenas e que por alguma
alteração passam a proliferar em maior quantidade em detrimento de outras). As bactérias
responsáveis são anaeróbias, principalmente espiroquetas e bacilos fusiformes. As evidências para
isso incluem o fato de pacientes com GUN apresentarem alto número de anticorpos para essas
bactérias e o fato da doença regredir com o uso de Metronidazol (eficaz contra bactérias
anaeróbias).
b) Fatores predisponentes: gengivite preexistente, fumo, estresse emocional, deficiência
nutricional e doenças debilitantes.
Características clínicas:
Sempre presentes:
-Úlceras gengivais crateriformes na gengiva interdental e inversão papilar
-Vermelhidão
-Sangramento fácil ao toque ou espontâneo
-Dor e desconforto
Possivelmente presentes:
-Grande quantidade de placa bacteriana, porém não associadas à causa e sim como uma
consequência (o paciente não consegue manter uma correta higienização)
-Presença de pseudomembrana (formada por leucócitos etc.)
-Odor fétido
-Linfoadenopatia
-Febre
-Aumento de salivação
-Sensação de gosto metálico
Normalmente é observada na região anterior.
Muito se discute se realmente GUN e PUN são doenças diferentes ou se a PUN seria a progressão da
GUN.
Características clínicas:
-Todas da GUN
-Perda e desnudação óssea (o osso fica visível)
-Sequestro ósseo
Diagnóstico diferencial:
-Gengivoestomatite herpética
-Doenças infecciosas e condições mucocutâneas
-Lesões gengivais traumáticas
A gengivoestomatite herpética (GEH) é a mais frequentemente associada à GUN, por ser uma lesão
que pode apresentar ulcerações, acúmulo de biofilme, inflamação gengival, linfoadenopatia e febre.
O quadro abaixo lista diferenças entre elas que ajudam a diferenciá-las.
GUN GEH
Idade 15-30 Crianças
Sítio na gengiva Papila e gengival marginal Sem predileção
Úlceras Protuberantes e crateriformes Vesículas que se rompem
que sangram facilmente formando úlceras arredondadas
que não sangram facilmente
Febre Ausente ou moderada Alta
Dor Gengiva Boca toda
Duração 1 a 3 dias com tratamento Mais ou menos 1 semana com
tratamento
REAVALIAÇÃO FINAL
-Controle e manutenção
Abscesso periodontal
Abscesso é uma área circunscrita de inflamação que tem em sua parte central uma coleção de pus.
Abscessos odontogênicos:
Podem ser de origem endodôntica (dentoalveolares/periapicais) ou de origem periodontal. Os de
origem periodontal se dividem em três grupos:
1) Abscesso periodontal:
É uma infecção purulenta circunscrita, no interior da parede gengival de uma bolsa periodontal,
que resulta na destruição dos tecidos do periodonto de sustentação. É a terceira urgência
odontológica mais prevalente (representa de 15 a 20% delas).
Manifestações clínicas: apresenta tumefação geralmente na região interdental, com alteração
da consistência, grande profundidade de sondagem, sangramento à sondagem, desconforto
irradiado moderado, supuração à sondagem ou pressão, dente sensível à percussão, pode haver
mobilidade dentária, pode apresentar evidência radiográfica de perda óssea. Ocorre em
qualquer face.
Etiologia:
a) Fator etiológico primário: causado pela presença de bactérias patogênicas nos tecidos
periodontais.
b) Fatores predisponentes: dependem da presença ou não de bolsa preexistente.
Formados em locais COM bolsas periodontais preexistentes: são mais comuns,
tendem a ocorrer em pacientes com bolsas periodontais profundas e/ou sinuosas.
Podem decorrer da própria terapia periodontal (principalmente quando se faz a RAR
supragengival e a subgengival em outra), pode ter relação com o diabetes e
antibioticoterapia recente sem terapêutica periodontal.
Formados em locais SEM bolsas periodontais preexistentes: causados por corpos
estranhos impactados, fraturas, perfurações e reabsorções dentais ou, ainda, por forças
oclusais excessivas.
Diagnóstico:
Baseia-se na anamnese, características clínicas e achados radiográficos.
Abscesso periapical x periodontal:
Podem ser muito semelhantes, tendo em comum:
-Tumefação da gengiva/mucosa oral
-Dor
-Mobilidade dentária
-Sensibilidade à percussão
-Febre e linfoadenopatia
Tratamento:
Tratamento da fase aguda: dura mais ou menos 2 dias.
a) Na clínica:
-Drenagem (pode ser feita de duas maneiras: 1. Com a sonda no sulco, abre o caminho e faz
uma pequena raspagem para diminuir a carga bacteriana, irrigando com uma seringa com
Clorexidina a 0,12%; 2. Faz-se a antissepsia, anestesia tópica e depois por bloqueio e,
finalmente, a drenagem via bolsa ou incisão externa)
b) Em casa:
-Bochechos com Clorexidina a 0,12%, 2x ao dia
-Antibioticoterapia com Amoxicilina 500mg a cada 8h, por 4 a 5 dias (em caso de
manifestações sistêmicas, como febre, moleza e linfoadenopatia)
-Analgésicos como Paracetamol (se necessário)
2) Abscessos gengivais:
É uma infecção purulenta no sulco gengival, sem destruição dos tecidos periodontais de
suporte.
Manifestações clínicas: tumefação na gengiva marginal ou papilar em superfície lisa, brilhante
e avermelhada, de consistência flácida ou semi-flácida e dolorosa. Frequentemente ocorre em
locais de normalidade ou com bolsas periodontais não severas.
Etiologia: corpos estranhos introduzidos forçadamente nos tecidos gengivais, provocando uma
reação inflamatória local (Ex.: restos alimentares, palito, fio dental, fragmentos de materiais
restauradores, cerdas de escovas, bandas ortodônticas mal adaptadas etc.).
Diagnóstico: anamnese e exame físico periodontal.
Tratamento:
Consulta inicial: remoção do agente etiológico, drenagem (através do sulco ou por incisão
externa), bochecho com solução salina aquecida a cada 2 horas.
24 horas depois: RAR