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INFORMATIVOS 2017 – NULIDADES

PLENÁRIO - STF
A Lei 11.719/2008 alterou o art. 400 do CPP estabelecendo que o interrogatório deve ser feito
depois da inquirição das testemunhas e da realização das demais provas. Essa alteração repercutiu
no CPPM? No procedimento do CPPM, o interrogatório deve ser o último ato da instrução? 
SIM (1ª Turma do STF)  NÃO (2ª Turma do STF) E se o interrogatório foi realizado no começo
da instrução, mas este ato ocorreu antes da Lei 11.719/2008, haverá nulidade? NÃO. Não haverá
nulidade porque a Lei 11.719/2008 não pode ser aplicada para atos processuais praticados antes
de sua entrada em vigor (20/8/2008). Incide o princípio do tempus regit actum, de forma que
deve ser aplicada a legislação em vigor no momento da sua prática. Ex: João foi denunciado pela
prática do crime de concussão (art. 305 do CPM). Em 2007, foi realizado seu interrogatório como
primeiro ato do processo (antes da oitiva das testemunhas). Em 2009, o réu foi condenado e a
defesa suscitou nulidade afirmando que a Lei 11.719/2008 teria alterado o momento do
interrogatório para o final. O STF considerou que não houve nulidade, já que, quando o ato
processual foi aplicado, não havia nenhuma dúvida de que o interrogatório era o primeiro ato do
processo, pois assim dispunha a legislação. STF. Plenário. HC 123228/AM, Rel. Min. Cármen
Lúcia, julgado em 24/6/2015 (Info 791).
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1ª TURMA - STF
Neste julgado, podemos destacar quatro importantes conclusões: I – O prefeito detém
prerrogativa de foro, constitucionalmente estabelecida. Desse modo, os procedimentos de
natureza criminal contra ele instaurados devem tramitar perante o Tribunal de Justiça (art. 29, X,
da CF/88). Isso significa dizer que as investigações criminais contra o Prefeito devem ser feitas
com o controle (supervisão) jurisdicional da autoridade competente (no caso, o TJ). II – Deve
ser rejeitada, por ausência de justa causa, a denúncia que, ao arrepio da legalidade, baseia-se em
supostas declarações, colhidas em âmbito estritamente privado, sem acompanhamento de
qualquer autoridade pública (autoridade policial, membro do Ministério Público) habilitada a
conferir-lhes fé pública e mínima confiabilidade. III – A denúncia contra Prefeito por crime
ocorrido em licitação municipal deve indicar, ao menos minimamente, que o acusado tenha tido
participação ou conhecimento dos fatos supostamente ilícitos. O Prefeito não pode ser incluído
entre os acusados unicamente em razão da função pública que ocupa, sob pena de violação à
responsabilidade penal subjetiva, na qual não se admite a responsabilidade presumida. IV – Se o
réu é denunciado por crime previsto no art. 1º do DL 201/67 em concurso com outro delito cujo
rito segue o CPP, ex: art. 312 do CP, art. 90 da Lei nº 8.666/93, o magistrado ou Tribunal, antes
de receber a denúncia, deverá dar oportunidade para que o denunciado ofereça defesa prévia.
Não pode a defesa prévia ser concedida apenas para a imputação Informativo 856-STF
(20/03/2017) – Esquematizado por Márcio André Lopes Cavalcante| 11 referente ao art. 1º do
DL 201/67. A defesa prévia antes do recebimento da denúncia é prevista no art. 2º, I, do DL
201/67, que é considerado procedimento especial e, portanto, prevalece sobre o comum. STF.
1ª Turma. AP 912/PB, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 7/3/2017 (Info 856).
Não viola o Princípio do Promotor Natural se o Promotor de Justiça que atua na vara criminal
comum oferece denúncia contra o acusado na vara do Tribunal do Júri e o Promotor que
funciona neste juízo especializado segue com a ação penal, participando dos atos do processo até
a pronúncia. No caso concreto, em um primeiro momento, entendeu-se que a conduta não seria
crime doloso contra a vida, razão pela qual os autos foram remetidos ao Promotor da vara
comum. No entanto, mais para frente comprovou-se que, na verdade, tratava-se sim de crime
doloso. Com isso, o Promotor que estava no exercício ofereceu a denúncia e remeteu a ação
imediatamente ao Promotor do Júri, que poderia, a qualquer momento, não ratificá-la.
Configurou-se uma ratificação implícita da denúncia. Não houve designação arbitrária ou quebra
de autonomia. STF. 1ª Turma. HC 114093/PR, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min.
Alexandre de Moraes, julgado em 3/10/2017 (Info 880).
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3ª SEÇÃO - STJ
O termo inicial da contagem do prazo para impugnar decisão judicial é, para o Ministério Público,
a data da entrega dos autos na repartição administrativa do órgão, sendo irrelevante que a
intimação pessoal tenha se dado em audiência, em cartório ou por mandado. STJ. 3ª Seção. REsp
1.349.935-SE, Rel. Min. Rogério Schietti Cruz, julgado em 23/8/2017 (recurso repetitivo) (Info
611)
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5ª TURMA - STJ
Não há nulidade na decisão que indefere pedido de incidente de falsidade referente à prova
juntada aos autos há mais de 10 anos e contra a qual a defesa se insurge somente após a prolação
da sentença penal condenatória, uma vez que a pretensão está preclusa. STJ. 5ª Turma. RHC
79.834-RJ, Rel. Min. Felix Fischer, julgado em 07/11/2017 (Info 615).

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