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A IV Semana de Economia da UFAM ocorreu entre os dias 25 e 27 de fevereiro de 2014

e teve como tema “A Amazônia no Contexto da Economia Internacional no Século XXI”. Tema
este extremamente pertinente por levantar questões sobre o desenvolvimento socioeconômico de
nossa região no cenário atual.

Os BRICS e a posição do Brasil nas relações comerciais.

A primeira palestra da IV Semana de Economia da UFAM foi ministrada pela professora


da UFPB Dra. Márcia B. da Fonseca. Sua apresentação foi levada em tom mais expositivo e
menos crítico. Inicialmente abordou as questões gerais relacionadas aos BRICS - do que se trata,
como foi idealizado, quais países e etc. Explicou que o acrônimo referia-se inicialmente aos países
Brasil, Rússia, Índia, China (BRICs) e posteriormente, a convite do então presidente do grupo –
o chinês Yang Jiechi -, foi integrado o S (maiúsculo), que representa a África do Sul. O termo foi
cunhado pelo economista Jim O’Neill, chefe de pesquisa em economia global do grupo financeiro
Goldman Sachs em 2001, e na época seu estudo compreendia apenas os quatro países originais.
Ele notou algumas semelhanças entre estes países e suas economias, eles, por exemplo,
compreendem 25% do território e 42% da população mundial. Notou também que o crescimento
do PIB destes era superior aos do G6. Para se ter uma ideia, os BRICs, na primeira metade do séc.
XXI, cresceram em torno de 6,6%, enquanto a média de países da zona do euro foi em torno de
0,8%. Com essas informações Jim O’Neill previu que estes países superariam até 2050, em termos
de produto interno bruto, os países do G6, com exceção de Estados Unidos e Japão, formando um
novo G6. Além disso o Brasil e a Rússia são grandes fornecedores de commodities, e Índia e
Rússia possuem grande capacidade industrial e de desenvolvimento de tecnologia. A África do
Sul, apesar de não possuir as mesmas características dos outros países (população, extensão
territorial e etc.), possui função estratégica fundamental. Eles possuem o maior PIB do continente
africano e servem como porta de entrada de produtos, principalmente Chineses e Russos, na
Europa, onde estes países possuem acesso restrito.
O que até então era uma terminologia utilizada por economistas, em 2006, passou a ser
um mecanismo internacional de fato, pois os países decidiram dar um caráter diplomático a essa
expressão. Desde então medidas de cooperação econômica entre os BRICs passaram a ser
rotineiras. Apesar do caráter cooperativo os BRICS não funcionam como um bloco econômico
de fato pois não possuem um estatuto ou carta de princípios, porém compreendem uma série de
acordos (plurilaterais e até mesmo bilaterais), alguns inclusive informais, entre os países.
Dentre os dados estatísticos apresentados estava o Índice de Ambiente de Crescimento
(Growth Environment Score – GES) que é um índice, também criado pela Goldman Sachs, para
avaliar em que sentido as políticas econômicas e sociais e condições estruturais dos países em
desenvolvimento criam um ambiente saudável para o desenvolvimento. O GES possui 13 sub-
indicadores avaliativos que dividem-se em 5 categorias, são elas:
 Estabilidade Macroeconômica – inflação, déficit governamental e dívida
externa;
 Condições Macroeconômicas – investimento e abertura;
 Capacitações Tecnológicas – acesso a telefones, computadores e internet;
 Capital Humano – educação superior e especializações e expectativa de vida;
 Condições Políticas – estabilidade política, estado de direito e corrupção.
Neste índice o Brasil fica atrás de China e Rússia, entre os BRICS. Outro tema abordado
foi o IED (Investimento Estrangeiro Direto). Ela citou o caso Brasileiro em 2013, que foi o único
dos países dos BRICS que teve redução de investimento estrangeiro neste ano. Enquanto o país
mostrou retração de 3,9% dos investimentos, no entanto os países do grupo juntos cresceram 22%,
se comparados a 2012.
Por último a professora mencionou o Acordo de Cooperação Técnica entre os BRICS.
Disse que o trabalho do grupo está organizado em torno de dois objetos: a cooperação técnica
para o desenvolvimento e os sistemas de inovação científica e tecnológica dos países que
compõem os BRICS.

Oportunidades para o Economista na Área Internacional

Durante a segunda noite do evento tivemos mais duas apresentações de representantes de


duas instituições importantes para o desenvolvimento do estado. O primeiro palestrante foi Farid
Mendonça Jr., assessor da SEARI (Secretaria Adjunta de Relações Internacionais), secretaria
adjunta a Secretaria de Estado de Planejamento e Desenvolvimento Econômico. O palestrante,
que parecia não muito à vontadTrae, fez uma breve introdução sobre o que são e a importância
das Relações Internacionais. Descreveu setores de atuação de um profissional da área
internacional em agências, empresas e no governo. Além disso fez uma breve apresentação do
que se trata a SEARI e suas funções que compreendem basicamente o auxílio e recebimento de
comitivas internacionais em nosso estado. Além disso explicou que a SEARI organiza também a
participação de pequenas empresas locais em feiras de negócios no exterior, formando comitivas
que viajam para estas feiras com intuito da promoção e internacionalização de empresas
amazonenses.
O segundo palestrante fez uma pequena intervenção sobre a Suframa. Abordou
principalmente 3 tópicos:
 A Terra do Fogo e a ZFM;
 A China e PIM;
 A Panamazônia e a Amazônia Ocidental.

Trajetória e Perspectivas da Economia Internacional: a Amazônia em Destaque

A terceira noite do evento apresentou, para mim, a melhor palestra do evento. O Prof. Dr.
Elói Martins Senhoras, da UFRR, fez uma apanhado geral do Brasil nas relações exteriores,
sempre tendo em foco a questão amazônica.
Incialmente falou sobre a cultura estratégica brasileira nas Relações Internacionais. Disse
que com a re-emergência do capitalismo liberal, “quando o mercado ganha status de principal
motor do desenvolvimento, há como resposta a reformulação do papel do Estado no campo
econômico. Neste momento então o país se empenha cada vez mais na participação em fóruns
multilaterais (G20), arenas plurilaterais (BRICS) e em projetos de integração regional (Mercosul,
Unasul)” (SENHORAS, 2012, p. 03). Através dessa estratégia o país demonstra seu interesse em
tornar-se um player influente que procura destaque em arenas multilaterais e busca liderança
regional. Com essa intenção de crescimento global o país procura dar um padrão geoestratégico
as suas relações internacionais.
Com essa intenção, ocorre, durante o governo Lula (e nesse momento ele destaca este
como um dos pontos positivos do governo), a expansão de representações internacionais do
Itamaraty em mais de 40%. No entanto ele critica a falta de foco na abertura destas representações,
quando o Brasil instala-se em países onde tem pouco ou nenhum histórico de parcerias
econômicas como o Irã, por exemplo. No entanto não discute a importância estratégica de ser um
player com vários segmentos de negociação.
Além da importância diplomática na estratégia brasileira, o Professor Elói discutiu
também a questão político-militar. Cita a Amazônia, Mata Atlântica e o litoral brasileiro como
áreas estratégicas que necessitam proteção. Citou também que a Embraer já é uma das 90 maiores
empresas do setor bélico no mundo. Isso já demonstra uma nova diretriz estratégica.
A internacionalização de empresas foi outro tema abordado. Neste tópico levantou a
importância das agências de fomento, com destaque para o BNDES. Disse também que entre 1999
e 2009 houve um período de ouro no Brasil para a transnacionalização empresarial. Nunca antes
tantas empresas brasileiras comercializaram seus produtos no campo internacional.
O Paradoxo Brasileiro também foi tópico na palestra. A 6º economia mundial com a 3º
pior distribuição de renda do planeta.
UNILASALLE
FACULDADE DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS
ÁLEX JANSEN

IV SEMANA DE ECONOMIA DA UFAM

Manaus
2014
ÁLEX JANSEN

IV SEMANA DE ECONOMIA DA UFAM – A Amazônia no Contexto da Economia


Internacional No Século XXI

Relatório

Professor: Frederico Alexandre Lima

Manaus
2014

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