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e teve como tema “A Amazônia no Contexto da Economia Internacional no Século XXI”. Tema
este extremamente pertinente por levantar questões sobre o desenvolvimento socioeconômico de
nossa região no cenário atual.
A terceira noite do evento apresentou, para mim, a melhor palestra do evento. O Prof. Dr.
Elói Martins Senhoras, da UFRR, fez uma apanhado geral do Brasil nas relações exteriores,
sempre tendo em foco a questão amazônica.
Incialmente falou sobre a cultura estratégica brasileira nas Relações Internacionais. Disse
que com a re-emergência do capitalismo liberal, “quando o mercado ganha status de principal
motor do desenvolvimento, há como resposta a reformulação do papel do Estado no campo
econômico. Neste momento então o país se empenha cada vez mais na participação em fóruns
multilaterais (G20), arenas plurilaterais (BRICS) e em projetos de integração regional (Mercosul,
Unasul)” (SENHORAS, 2012, p. 03). Através dessa estratégia o país demonstra seu interesse em
tornar-se um player influente que procura destaque em arenas multilaterais e busca liderança
regional. Com essa intenção de crescimento global o país procura dar um padrão geoestratégico
as suas relações internacionais.
Com essa intenção, ocorre, durante o governo Lula (e nesse momento ele destaca este
como um dos pontos positivos do governo), a expansão de representações internacionais do
Itamaraty em mais de 40%. No entanto ele critica a falta de foco na abertura destas representações,
quando o Brasil instala-se em países onde tem pouco ou nenhum histórico de parcerias
econômicas como o Irã, por exemplo. No entanto não discute a importância estratégica de ser um
player com vários segmentos de negociação.
Além da importância diplomática na estratégia brasileira, o Professor Elói discutiu
também a questão político-militar. Cita a Amazônia, Mata Atlântica e o litoral brasileiro como
áreas estratégicas que necessitam proteção. Citou também que a Embraer já é uma das 90 maiores
empresas do setor bélico no mundo. Isso já demonstra uma nova diretriz estratégica.
A internacionalização de empresas foi outro tema abordado. Neste tópico levantou a
importância das agências de fomento, com destaque para o BNDES. Disse também que entre 1999
e 2009 houve um período de ouro no Brasil para a transnacionalização empresarial. Nunca antes
tantas empresas brasileiras comercializaram seus produtos no campo internacional.
O Paradoxo Brasileiro também foi tópico na palestra. A 6º economia mundial com a 3º
pior distribuição de renda do planeta.
UNILASALLE
FACULDADE DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS
ÁLEX JANSEN
Manaus
2014
ÁLEX JANSEN
Relatório
Manaus
2014