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  • SINGLY, François. Tradução Rute E. Mota - Sociologia Da Família Contemporânea 2011. 1 Edição

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    SINGLY, François. Tradução Rute E. Mota - Sociologia da família contemporânea 2011. 1 edição

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    Qa ConTEMFORANEA ‘Ouvrage publié avec le soutien du Centre National du Livre = Ministére Frangais Chargé de la Culture dds Programmes d'aide & la publication 1 Frangais ‘Obra publicada com o apoio do Centro nacional do Livro io Francés da Cultura ~ Esa obra reve o apoio dos Programas de Apoio i Publicagso do Insticuro Frances —___ rrr _______ aginagio: Vier Pedro © Armand Colin, 4 édition, 2010 ‘Todos os direitos desta edicio reservados para Eddigbes Texto 8 Grafia, Lda “Avenida Oscar Monteio Torres, n° 55, 2° Esq 1000-217 Lisboa “Telefone: 21 797 70 66 Fax: 21.797 81 03, Eval: texto-grafia@cexto-grafia.pt worwsexto-graia pt Impressioe acabamento 1 edigho, novembro de 2011 ISBN: 978-989-8285-50-8 Depésivo Legal n° 336897/11 obra esté protegida pel lei, Néo pode ser reprodurida + que ja 0 modo utlizado, segue as normas do fico da Lingua Portuguesa de 1990. 7 : ee aia de conhecimento articulado com as neces- sidades de aquisigdo de uma cultura geral consistente que se projeta acoegio "Biblioteca Univeral”. ae ‘Tendo como base de trabalho uma selegio crteriosa de autores e cemas ~ dos quais se destacario as éreas das Ciéncias Sociais € Humans pretende-se quea colegio esteja aberta a codos os ramos desaber, sejam de natureza filoséfica, técnica, cientfica ou atistica. 1.DA «EAMILIA CONJUGAL» A «FAMILIA MODERNA 2» se tua-se no quadro de uma perspetiva histérica. As familias contemporaneas resultam do processo de vidualizagio que comesa a inscreverse na esfera politica com a Revolugio Francesa. No preficio de A Comédia Humana, Balzac exprime o seu desacordo relativamente is mudangas trazidas pela Revolusdo: «familia conjugal», uma vez que, por outro lado, ele pensa que +0 ‘casamento nio tem, sobre o suicidio, uma influéncia compardvel da familiav, ‘Oargumento em que Durkheim se baseia para chamar «conjugal» familia que se inicia no fim do século x1x nio é 0 adequado. Nao porque os filhos deixam os pais quando atingem a maioridade € porque se instalam na vida sem recurso & heranca econémica que as relagbes entre pais e filhos passam para segundo plano. Nos anos 1960, Aries designard esta familia por um termo oposto: a familia ‘educativay. Nem um nem outro tem razio, a familia € erelacionale, centrada tanto sobre as relagées dos cOnjuges como sobre as relacoes centre pais filhos. O erro de Durkheim resulta de ele ndo te previsto ‘a transformagio da heranga econémica em capital escola. E preciso notar que esta transformagio se generalizou a partir de meados do século xx. «Os herdeiross!, vio tornar-se progressivamente naqueles «¢ naquelas que beneficiam de melhores condigées familiares para ‘obterem diplomas. A reconversio do capital familiar permitiu « ‘conservagio da mobilizacéo da familia em torno da produgio ¢ da reprodugio deste novo patriménio. Muitos pais fazem tudo para que os seus filhos tenham éxito escolar, através da escolha da escola, recortendo ao ensino privado, a aulas particulares, acompanhando- -08.. A valorizagio das relages eo maior respeto pelas edivergéncias individuais» no seio da familia moderna tornaram-se compativeis com a manutengio de uma outra fungio da familia, mais univer- sal, a da ordem social entre as geracdes. Esta associacio € um dos indicadores da entrada na modernidade 2. 3. Uma segunda etapa da familia moderna De facto, a histria da familia moderna néo & homogénea. Deve ser dividida em dois periodos®. A familia da primeira modernidade Bourdieu, J-C. Passeron (1964), Les Herter alm das diferengas naionais, a transform: ‘em princpios comparivels au Gym DA FAMILIA CONTEMPORANEA. estende-se do fim do século x1x até aos anos 1960, com a produ- 40 social de uma coincidéncia entre ainsttuigéo do casamento € © enfoque sobre as relagées. Trés elementos formam um modelo de referencia pouco contestado durante este periodo: 0 amor no ccasamento, arigorosa diviséo do trabalho entre homem e mulher, a atengio dada & crianga, & sua sade e& sua educagio. Durante meio século (1918-1968), o facto de o homem trabalhar no exterior para ganhar o dinheiro da familia c de a mulher fcar em casa a cuidar acriangas 0 melhor possivel é de tal modo uma evidéncias que, no fim da Segunda Guerra Mund associadas ao Estado-providéncia concedem tum importante subsidio, chamado ssalério nico», afim de validar e reforcar este modelo ‘A passagem da sfamilia moderna I» «familia moderna 2» traduz ‘um aprofundamento dos principios da individualizaéo e de trans- formasio dos lagos, mais do que uma modificacao radical. Por este ‘motivo, Beck prefere designar o periodo por segunda modernidade Giddens por modernidade avangada, e néo pés-modernidade. Amodernidade 1 cede sob as repetidasinvestidas das exigéncias ‘mais individuais, e particularmente deste grande movimento social individualista que € feminism: as mulheres nfo querem continuar 4 ser definidas sobretudo enquanto esposas e macs. Mesmo depois do casamento, querem conservar um grau de independéncia e de auronomia. © modelo da mulher no lar € crticado, em particular pelo movimento social das mulheres e pelo feminismo. O subsdio de salétio inico ¢ suprimido em 1977. Em 1970, o poder paternal — 0 imples», composto pelo pai, pela mae e pelos filhos, dominante nas sociedades pouco urbanas, pouco industria. lizadas. A originalidade da familia moderna ndo esti, portanto, na sua estrutura, mas no seu sistema de relag6es, Nos anos 1920, um s0

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