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Para a vida toda

Da redação 18 de agosto de 2017 Destaques, Estante Nenhum comentário 205 Visualizações

Novo livro de George Knight mostra que a proposta educacional adventista está relacionada ao cotidiano e vai
muito além da sala de aula
“É impossível chegar ao destino a menos que você saiba para onde está indo”
é uma das muitas frases instigantes do livro Educando Para a
Eternidade (CPB, 2017, 160 p.), do eloquente e provocador George Knight. A
obra do prolífico historiador e educador adventista traz à tona uma reflexão
profunda e necessária sobre o propósito da educação.

Leitura obrigatória a todos os pais, tutores, professores, administradores


escolares e pastores, o livro é dividido em duas seções: fundamentos
filosóficos da educação adventista e suas implicações. Na primeira parte são
retomados, de forma didática e aplicada à educação, os conceitos básicos de
filosofia com o entendimento de que as concepções sobre realidade
(metafísica), verdade (epistemologia) e valores (axiologia) determinam nossas
decisões, seja no âmbito pessoal ou profissional. Para Knight, a escolha de
uma filosofia define as metas e molda a elaboração dos planos de ação de um
A visão educacional adventista vai
indivíduo ou grupo social.
além do estabelecimento de uma
rede escolar, tem que ver com um
sistema educacional mais Na visão do autor, faz parte da missão adventista o estabelecimento de um
abrangente, composto pela família, sistema educacional mais abrangente, que não se restrinja a uma rede escolar
mídia, grupos de pares e a igreja e à educação formal, mas que seja composto pela família, mídia, grupos de
pares e a igreja. Todos esses atores sociais são co-responsáveis pela formação da geração seguinte e preocupados em
proporcionar um ambiente de educação unificado.

Nesse contexto, o educador adventista é peça-chave. Ele precisa agir com base em pressuposições sobrenaturais,
diferenciando sua abordagem da educação secular, que é limitada por uma visão naturalista da realidade. Por isso, não
basta mesclar propostas filosóficas; é preciso atuar a partir de uma teoria cristã de educação. E o livro de George Knight
cumpre muito bem o papel de ajudar a delinear essa teoria.

Na segunda parte da obra, o autor descreve as implicações da filosofia para a educação adventista. Para isso, retoma
conceitos de Ellen White, pioneira adventista, que também se dedicou ao tema, especialmente no livro Educação. Knight
destaca a necessidade de considerar a natureza do ser humano e o propósito de Deus ao criá-lo, a mudança ocorrida na
condição humana após a
queda moral no Éden e o plano divino de redimir Suas criaturas e o Universo.

O estado de perdição humana oferece o propósito da educação cristã. Em um sentido mais amplo, educação é
redenção, restauração e reconciliação. Restauração da imagem divina em cada estudante e a reconciliação dele com
Deus, seus semelhantes, consigo mesmo e o mundo natural.

Como parte desse processo, há na sequência o objetivo de desenvolver uma mentalidade cristã, adquirir conhecimento,
preparar-se para o mercado de trabalho e desenvolver plena saúde física e emocional. Entretanto, tudo isso perde o
sentido se não for redirecionado para o propósito máximo da educação adventista: serviço a Deus e ao próximo, agora e
na eternidade.
Esses propósitos não devem apenas ser ensinados pelo professor, mas vividos por ele, que incutirá nos alunos a
convicção de que o serviço cristão não é algo que começa após o recebimento do diploma; ao contrário, é parte da vida
do cristão desde o momento de sua conversão. É preciso fazer com que os alunos não apenas internalizem o amor, mas
o externalizem também por meio de um estilo de vida voltado para o bem-estar alheio.

Nessa dinâmica, o educador desempenha um papel pastoral com seus alunos, estabelecendo bons relacionamentos, a
exemplo do próprio Cristo, inspirando esperança e demonstrando coerência. Para isso, precisa unir dependência de
Deus e conhecimento elevado das matérias de ensino. Com integridade moral deve agregar elevadas aquisições
literárias e ser capaz de relacionar o conteúdo que ensina ao sentido máximo da existência humana.

Sobre o currículo escolar, o autor considera a máxima de que toda verdade é a verdade de Deus e por isso, em todas as
áreas, ela vem de Deus. Essa reflexão é de extrema importância, pois corre-se o risco de haver uma falsa dicotomia
entre o conhecimento secular e o religioso, mesmo não sendo essa a premissa bíblica. Assim, a Bíblia exerce um papel
estratégico na grade curricular, servindo de moldura interpretativa dentro da qual os conceitos podem ser trabalhados.

Na escolha da metodologia, os professores irão selecionar e enfatizar aquelas que os ajudem a desenvolver nos alunos
um caráter mais semelhante ao de Cristo e a alcançar as outras metas da educação adventista. Knight apresenta vários
recursos metodológicos para que o educador possa delinear os processos da verdadeira educação.

Ao tratar sobre a função social, o autor ressalta o papel conservador, mas também revolucionário da educação
adventista, posto que ela deve ser agente de mudança, proclamando reformas e conclamando seus jovens a ser
atuantes na pregação da mensagem final. Nesse sentido, a função da escola adventista é educar os jovens para o
serviço a Deus e seus semelhantes, e não simplesmente instruí-los para a sobrevivência e o sucesso profissional.

Com a máxima de Ellen White de que “é inútil a educação que não fornece conhecimento tão duradouro como a
eternidade”, George Knight fecha com maestria o livro, revisando os conceitos trabalhados ao longo dos capítulos e
instigando com perguntas de reflexão que servem a todo leitor interessado em educar e ser educado para a eternidade.

TRECHOS

“Uma escola adventista é cristã somente quando ensina todas as matérias a partir da perspectiva da Palavra de Deus.”

“A maior necessidade do aluno é de um renascimento espiritual que coloque Deus no centro da existência.”

ADRIANA TEIXEIRA é graduada em Letras, mestre em Linguística Aplicada e editora de livros didáticos na Casa
Publicadora Brasileira

(Resenha publicada originalmente na edição de agosto de 2017)

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