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&ADVOGADOS
TATI1M
ASSOCIADOS S/C
0 f JUN 2007
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PAULO TATIM
S C
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livres e incluídas nas tarifas de uso dos sistemas de rede. O objetivo dessa
segregação entre a transmissão e as atividades de geração e comercialização
da energia é justamente viabilizar a concorrência no comércio de energia e
manter a neutralidade do acesso aos sistemas de rede.
5
O art. 9T da Lei ni. 9.648/1998 dispõe que: 'Art. 9P Para todos os efeitos legais, a compra e
venda de energia elétrica entre concessionários ou autorizados, deve ser contratada'
separadamente do acesso e uso dos sistemas de transmissão e distribuição. Parágrafoúúnico.
Cabe à ANEEL regular as tarifas e estabelecer as condições gerais de contratação d' acss
uso dos sistemas de transmissão e de distribuição de energia elétrica por conce ioái,1
permissionário e autorizado, bem como pelos consumidores de que iratam os arts. 15 e 16 da
Lei n2 9.074, de 1995
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7 ROLIM, João Dácio; SALIBA, Luciana F. Goulart. Não-incidência do ICMS sobra t rifas de
uso dos sistemas de distribuição (TUSD) e de transmissão (TUST) de -energia elétric .Revista
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F 13
(e-STJ Fl.13)
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j5i-
(e-STJ Fl.15)
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O periculum in mora:
MEIRELLES, HeIy Lopes. Mandado de segurança. ação popular. ação civil pública, m ndado
de injunção, habeas data. 13. ed. Revista dos Tribunais: São Paulo, 1989. p. 51.
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(e-STJ Fl.16)
PAULO TATIM
/C
ASSOCIADOS
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3. SÍNTESE CONCLUSIVA. PEDIDOS.
Da leitura das razões desta petição, especialmente dos arestos
supratranscritos, conclui-se que o Impetrante vem sendo onerado. de forma
ilegal pela incidência do ICMS sobre a TUSD e encargos de conexão. A
disponibilização do uso dos sistemas de rede, que no atualmente se dá de
forma autônoma ao fornecimento de energia, não se enquadra na hipótese de
incidência do ICMS.
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(e-STJ Fl.17)
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& ADVOGADOS ASSOCIADOS SIC
Termos em que,
Aguarda Deferimento.
Florianópolis/ SC, 30 de maio de 2007.
MARCO SP AALIBERTI
ABISC 18.539
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(e-STJ Fl.18)
S. M MENTOSE PARTIC A õ
ixRANDO
T
.A.
Maria Tereza Casagrande
Gerente Administrativa
Corporativa
OS o, AÇl'
O Raul An e o Randon /
Alexandr Randon
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Diretores
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(e-STJ Fl.149)
N*de Ordem:
Processo n0: 001/1.07.0106367-3
Natureza: Mandado de Segurança
Impetrante: Randon S.A. Implemrentos e Participações
Impetrado: Diretor do Departamento da Receita Pública Estadual
Juiz Prolator: Juiz de Direito - Cláudio Luís Martinewski
Data: 10/12/2007
2
64-1-200712841488 001/1.07,0106367-3
(e-STJ Fl.151)
3
64-1-2007/2841488 00111.07.010 67-3
(e-STJ Fl.152)
Publique-se.
Registre-se.
Intimem-se.
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Cláudio Lu s Martinewski,
Juiz d Direito.
4
64-1-2007/2841488 001/1.07.0106367-3
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0 0111.07.0106367-3
AUTOS NO
RECURSÕ DE APELAÇÃO
Contra a r'. sentença de fis. denegou a
__,que
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fato gerador.
-3-
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1MELO, José Eduardo Soares de. Icms - Teoria e Prática. 7. ed. São Paulo: Dialéti a, 04. p.
104.
2NETO, Horácio Villen. A incidência do ICMS na atividade praticada pelas concessi án sde
transmissão e distribuição de energia elétrica. RET ni. 32, jul.-ago. 2003. p.41.
-4-
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3ROLIM, João Dácdo; SALIBA, Luciania F. Goulart. Não-incidência do ICMS sobra s tarifas de
uso dos sistemas de distribuição (TUSD) e de transmissão (TUST) de energia elétni a. evista
dialética de direito tributário, ni.122, nov. 2006, p.66. \ d
Nessesentido "(.)o ICMS deve incidir sobre o vlrdengieétcafti et
consumida, isto é, a que for entregue ao consumidor, a que tenha saídodan e
-5-
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3. SÍNTESE CONCLUSIVA.
-7-
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(e-STJ Fl.191)
PDRJUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇAo
RJVsu
No 70023414949
2008/CÍVEL
* RELATÓRIO
RJVsu
No 70023414949
2008/CÍVEL
2
Número Verificador: 7002341494920081394215
(e-STJ Fl.193)
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA A
Segunda Câmara Cível
Edital n0 19/2008
Diário da Justiça n' 3938 de 25 de setembro de 2008
Sessão de 01 de outubro de 2008
Denise Ahrends Torelly Bastos
Secretária
75 - Processo 70023414949
Apelação Cível 1Direito Tributário
6.VARA FAZENDA PUB FORO CENTRAL PORTO ALEGRE Comarca de Porto
Alegre
Juiz da Sentença: DIR CLAUDIO LUIS MARTINEWSKI
Partes:
RANDON S.A. IMPLEMENTOS E PARTICIPACOES APELANTE
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL APELADO
* Composição:
Des. Amno Werlang
Des. Roque Joaquim Volkweiss Relator
Desa. Denise Oliveira Cezar Revisor
Dr Luiz Alberto Thompson Flores Lenz Procurador
Decisão:
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Partes:
RANDON S.A. IMPLEMENTOS E PARTICIPACOES APELANTE
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL APELADO
Composição:
Des. Amno Werlang
Des. Roque Joaquim Voíkweiss Relator
Desa. Sandra Brisolara Medeiros
Decisão:
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1
Número Verificador: 7002341494920081459082
(e-STJ Fl.195)
IRJV
No 70023414949
2008/CÍVEL
APELAÇÃO CÍVEL SEGUNDA CÂMARA CÍVEL
* RELATÓRIO
RJV
No 70023414949
2008/CÍVEL
2
Número Verif'icador: 7002341494920081394215
(e-STJ Fl.197)
RJV/DOC
No 70023414949
2008/CÍVEL
VENCIDO O RELATOR.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos os autos.
Acordam os Desembargadores integrantes da Segunda
Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado, por maioria, vencido o
Relator, em negar provimento à apelação.
Custas na forma da lei.
RJV/DOC
No 70023414949
2008/CÍVEL
RELATÓRIO
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RJV/DOC
No 70023414949
2008/CÍVEL
O Ministério Público de primeiro grau é pela admissibilidade do
apelo, enquanto a Procuradoria da Justiça, neste grau de jurisdição, na
pessoa do ilustrado Procurador Dr. JÚLIO CÉSAR PEREIRA DA SILVA, é
pelo provimento do apelo, decretando-se a não-incidência do ICMS tão-
somente sobre as referidas rubricas.
É o relatório, que submeto à douta revisão.
VOTOS
DES. ROQUE JOAQUIM VOLKWEISS (RELATOR)
RJV/DOC
No 70023414949
2008/CÍVEL
b) há legitimidade ativa da impetrante (por ser consumidora
final da energia, e não contribuinte do imposto que quer ver
declarado indevido), porque é na sua pessoa que se
operam os reflexos negativos da tributação indevida. Por
outro lado, a cobrança das parcelas tidas como indevidas,
na conta da energia elétrica, constitui prova mais do que
suficiente da prática do ato ilegal. Assim, está o
~cotrbuitede fato- (no caso, a impetrante) legitimado a
ajuizar ação judicial visando à cessação de atos ilegais
praticados contra, si, pelo Fisco. Em outras palavras, por
recair sobre o cntbutede fato- (usuário ou consumidor
do serviço de energia elétrica) o ônus do pagamento
indevido do ICMS, detém ele legitimidade para requerer
judicialmente, contra o agente estadual que determina a
cobrança ou em relação a ela se omite, a cessação da
cobrança do ICMS nas faturas que lhe são apresentadas
para pagamento.
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RJV/1DOC
No 70023414949
2008/CÍVEL
5
Número Verificador: 7002341494920081888777
(e-STJ Fl.202)
RJV/DOC
No 70023414949
2008/CÍVEL
financeiro do ~fato gerador-respectivo. efetivamente ocorrido (como por mim
dito à página 250 da obra antes citada - Direito Tributário Nacional):
"Como foi enfatizado ... , os elementos do fato gerador são
extremamente importantes para, entre outros aspectos, definir quais
os valores que podem ou devem, segundo a lei, integrar a base de
cálculo do tributo, ou seja, seu valor tributável, que é, no fundo, a
expressão ou dimensão do conteúdo econômico-financeiro ou
pecuniário de cada fato cierador
É que o elemento subietivo ou volitivo do fato -gerador(a ação
conscientemente voltada a ele> demarca tanto o início como o fim
deste (elemento temporal). qual seja. seu traleto ou 'iter actionis' (cicl
de formação). que é. também, o seu elemento obietivo ou material(d
exteriorização). Assim, considera-se consumado o fato gerador e,
consequentemente, existentes os seus efeitos jurídicos (nascimento
da obrigação), no preciso momento em que cessar, por ter sido
atingido o desiderato (o fato visado), a ação que o visa praticar,
servindo de medida do conteúdo econômico-financeiro ou pecuniário
desse fato (base de cálculo do tributo ou valor tributável), todos os
valores envolvidos no trajeto dessa ação".
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6
Número Verificador: 7002341494920081888777
(e-STJ Fl.203)
RJV/DOCsa
No 70023414949
2008/CÍVEL,
apurado.1
7. Recurso conhecido e provido por maioria.
8. Voto vencido no sentido de que o ICMS deve incidir sobre o valor
do contrato firmado que garantiu a ~demanda reservada de
potência'; sem ser considerado o total consumido".
(RESP n0 222810/MG, 14-03-2000, 1a Turma, STJ, rei. MILTON LUIZ
PEREIRA, DJ de 15/05/2000, p. 135, RSTJ vol. 135, p. 149).
7
Número Verificador: 7002341494920081888777
(e-STJ Fl.204)
RJV/DOC
No 70023414949
2008/CÍVEL
8
Número Verificador: 7002341494920081888777
(e-STJ Fl.205)
RJV/1DOC
No 70023414949
2008/CÍVEL
9
Número Verificador: 7002341494920081888777
(e-STJ Fl.206)
RJV/DOC
No 70023414949
2008/CÍVEL
Assim, deve ser incluído na base de cálculo do ICMS o valor
total da operação, incluindo os custos de geração, transmissão e
distribuição, como no caso, motivo porque denego a segurança.
É como voto.
10
Número Verificador: 7002341494920081888777
(e-STJ Fl.207)
RJV/1DOCsu
No 70023414949
2008/CÍVEL
DES. ARNO WERLANG Presidente
Apelação Cível nO 70023414949,
- -
70023414949
C E R TI DA0
DENkSEAHRENDS,
~ISecretária.
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(e-STJ Fl.214)
AUTOS No 70023414949
APELAÇÃO CIVEL EM MANDADO DE SEGURANÇA
Constituição Federal
RECURSO ESPECIAL
Requer seja o presente recurso admitido e, após as
formalidades legais, remetido ao EGRÉGIO SUPERIOR TRIBUNAL DE
JUSTIÇA para processamento e julgamento.
ARCO S ERTI
OABISC 18.539
PROTOCOLO
0035390913
(e-STJ Fl.215)
RECURSO, ESPECIAL
AUTOS No 70023414949
APELAÇÃO CIVEL EM MANDADO DE SEGURANÇA
Colenda Turma,
Documento digitalizado juntado ao processo em 20/10/2009 às 17:52:09 pelo usuário: IRISNEIDE MARIA ALMEIDA DO NASCIMENTO
Eminentes Ministros.
1. DA DECISÃO RECORRIDA.
Cuida-se de Mandado de Segurança com Pedido de
Liminar impetrado por Randon S.A, ora recorrente, contra ato ilegal do Diretor
do Departamento da Receita Pública Estadual em razão da inclusão da Tarifa
* de Uso dos Sistemas de Distribuição (TUSD) na base de cálculo do ICMS
incidente sobre o consumo de energia elétrica.
Prestadas as informações pela autoridade coatora, a
liminar pleiteada foi indeferida. Posteriormente, a ordem foi denegada ao
argumento de que todos os valores inerentes ao cumprimento da obrigação
contratual (distribuição da energia elétrica) devem ser incluídos na base de
cálculo do ICMS e que não se pode afirmar que a inclusão da TUSD na base
de cálculo do imposto não tenha correspondido à efetiva circulação da energia
elétrica, porquanto "na medida em que se'aluda à medição é porque esta se dá
sobre a efetiva circulação".
Não se conformando com a r. sentença, a empresa
recorrente interpôs competente Recurso de Apelação, o qual restou distribuído
e processado perante a Segunda Câmara Cível do E. Tribunal de Justiça do
Rio Grande do Sul sob o nO 70023414949, 'que, ao final, decidiu por não prover
o recurso, por maioria de votos, vencido o irelator, nos seguintes termos:
(e-STJ Fl.216)
pode, à toda evidência, por ficção, realizar equiparação, sob pena tratar
identicamente a energia elétrica em si e a tarifa de uso dos sistemas
dedistribuição ou os outros desembolsos congêneres.
Entender em sentido contrário a essa premissa, além de
ir de encontro à melhor interpretação e aplicação do artigo 13, §10, inciso li, "a",
da LC nO 87/96, é negar vigência ao artigo 110, do CTN, que dispõe:
Art. 110. A lei tributária não pode alterar a definição, o conteúdo e o alcance de
institutos, conceitos e formas de direito privado, utilizados, expressa ou
implicitamente, pela Constituição Federal, pelas Constituições dos Estados, ou
pelas Leis Orgânicas do Distrito Federal ou dos Municípios, para definir ou limitar
competências tributárias.
Assim, com os encargos de conexão, não se pode admitir que a referida tarifa seja
incluída na base de cálculo do ICMS, uma vez que estes não se identificam om
conceito de mercadorias ou de serviços.
(e-STJ Fl.221)
Nesse sentido, escreve Hugo de Britto Machado in Curso de Direito Tributário, 22a
edição, Ed. Malheiros, p.331:
Mercadorias são coisas móveis. São coisas porque bens corpóreos, que vaiem por
si e não pelo que representam. Coisas, portanto, em sentido restrito, no qual não
se incluem os bens tais como os créditos, as ações, o dinheiro, dentre outros. E
coisas móveis porque em nosso sistema jurídico os imóveis recebem
disciplinamento legal diverso, o que os exclui do conceito de mercadorias. A
própria Constituição Federal, na partilha das competências impositivas, já
determina sejam tratados diferentemente os bens imóveis, que não podem receber
do legislador, complementar ou ordinário, o tratamento jurídico-tributário
dispensado às mercadorias.
A referida tarifa constitui serviço, uma vez que não a transferência de mercadoria
se subsume à energia elétrica, o que já é devidamente tributado. Em se tratando
de serviço não se restrito a transporte interestadual ou intermunicipal, base
econômica para a incidência do ICMS, nem de comunicação, não há de se falar
em inserção desta tarifa na base de cálculo do citado tributo.
Por óbvio, não se pode argüir a inserção da última tarefa na base de cálculo do
imposto, porque eles revelam-se serviços, que não se relacionam a transporte ou
comunicação, conforme já defendido.
Pela não incidência do ICMS sobre o TUSD, escreve Leandro Paulsen in Direito
Tributário: Constituição e Código Tributário á Luz da Doutrina e da Jurisprudência,
8a edição, Ed. Livraria do Advogado, p.394:
uso da rede não devem fazer parte da base de cálculo do ICMVS incidente sobre a
prestação de serviço de transporte intermunicipal e interestadual' (Neto, horário
Villen. A Incidência do ICMS na Atividade Praticada pelas Concessionárias de
Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica. RET n1 32, julIagoIO3, p.41)
* 3. DOS PEDIDOS.
Diante de todo o e'xposto, requer a empresa recorrente
seja o presente Recurso Especial conhecido pelas alíneas "a"~ e "c' do artigo
105, inciso i, da Constituição Federal, e seja-lhe dado provimento,
reconhecendo-se que o v. acórdão recorri'do contraria o artigo 13, §10, inciso li,
alínea "a" da LOC n1 87/96, nega vigência ao artigo 110, do CTN e, ainda,
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OABISC 18.539
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(e-STJ Fl.228)
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(e-STJ Fl.230)
(e-STJ Fl.231)
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Documento digitalizado juntado ao processo em 20/10/2009 às 17:52:09 pelo usuário: IRISNEIDE MARIA ALMEIDA DO NASCIMENTO (e-STJ Fl.233)
Documento digitalizado juntado ao processo em 20/10/2009 às 17:52:09 pelo usuário: IRISNEIDE MARIA ALMEIDA DO NASCIMENTO (e-STJ Fl.234)
(e-STJ Fl.235)
PROTOCOLO
00'357,68456
(e-STJ Fl.236)
RAZOES DO RECORRIDO
Colenda Turma,
Eminente Ministro-Relator,
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rio, afirmando que a decisão a quo contrariou o artigo 13, § 10, li, "a", da Lei
Complementar nO 87/96, daí a interposição pela alínea a.
Por fim, sustenta que divergiu o acórdão de decisão proferida pelo
Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais.
Data venha, não obstante os fundamentos sob que deduzida, toda-
via inadmissível a inconformidade, posto que o Recurso Especial não preen-
che os requisitos hábeis a ensejar-lhe a admissibilidade e cabimento, conso-
ante elencados nos artigos 26, da Lei no 8.038/90 e, 255 do RISTJ (Lei no
7.746/89).
Outrossim, inexistente e, de qualquer forma, indemonstrada qual-
quer contrariedade ou negativa de vigência a direito federal, até porque não
evidenciado no acórdão recorrido nenhum fundamento hábil a ensejar o ca-
bimento do recurso pela alínea a do permissivo constitucional, não conveni-
entemente caracterizada a alegada divergência.
Incabível, pois, este Recurso Especial, por não atendidos os pres-
supostos elencados no art. 105,,111, da Constituição Federal.
(e-STJ Fl.238)
lii. MÉRITO
Documento digitalizado juntado ao processo em 20/10/2009 às 17:52:09 pelo usuário: IRISNEIDE MARIA ALMEIDA DO NASCIMENTO
preço do serviço e, portanto, não haveria como ser ela reposta, impondo, as-
sim, para não ocorrer a interrupção de um serviço de interesse coletivo, a ne-
cessidade de ser ele encampado pelo Poder Público.
Nesse ponto, veja-se que bem decidiu o acórdão guerreado:
"Trata-se neste processo da incidência ou não deste tributo em ra-
zão do custo do uso do sistema de distribuição da energia consumida, desta-
cado do preço total quando são distintas a empresa que distribui energia e a
que a fornece ao consumidor, como no caso, em que a RGE distribui a ener-
gia e a empresa Tractebel Energia S.A. fornece-a ao impetrante.
Como é natural, o valor da energia é composto dos custos decor-
rentes das atividades necessárias à sua disponibilização ao usuário final, que
compreendem a sua geração, transmissão, distribuição para o forneci-
mento final.
e compõem o
E evidente, portanto, que a "TUSD" e os "encargos de conexão"
preço, sobretudo como efeitos do necessário ressarcimento do
custo da energia, a ser arcado pelo consumidor final como ônus econômico
da aquisição da mercadoria. Todas as parcelas formadoras do custo da, mer-
cadoria efetivamente consumida compõem o valor da operação final e esta é
a base de cálculo do ICMS.
Na realidade, esse Superior Tribunal de Justiça, na recentíssima
decisão acima reportadã, adotou o entendimento de que a base de cálculo do
ICMS nas operações triLutadas com energia elétrica equivale ao valor total da
operação, que não representa 0o custo da mercadoria isoladamente conside-
rada, pressupondo, na verdade, todos os elementos envolvidos na circulação
econômica da mercadoria efetivamente fornecida (consumida, no caso).
(e-STJ Fl.246)
12
IV - DO PEDIDO
Documento digitalizado juntado ao processo em 20/10/2009 às 17:52:09 pelo usuário: IRISNEIDE MARIA ALMEIDA DO NASCIMENTO
Home oS im Neto,
Pro urador do stado
AB/RS 20 98
Documento digitalizado juntado ao processo em 20/10/2009 às 17:52:09 pelo usuário: IRISNEIDE MARIA ALMEIDA DO NASCIMENTO (e-STJ Fl.247)
(e-STJ Fl.248)
RMF
No 70029777455
2009/CÍVEL
Mjffj
STRIBUNAL
RMF
No 70029777455
2009/CíVEL
RMF
No 70029777455
2009/CÍVEL
10 VICE-PRESIDENTE.
3
Número Verificador: 7002977745520091547913
Documento digitalizado juntado ao processo em 20/10/2009 às 17:52:09 pelo usuário: IRISNEIDE MARIA ALMEIDA DO NASCIMENTO (e-STJ Fl.251)
(e-STJ Fl.252)
CERTIDÃO DE VALIDAÇÃO
__________________________________________
STJ - COORDENADORIA DE REGISTRO DE PROCESSOS
RECURSAIS
Documento eletrônico juntado ao processo em 23/10/2009 às 07:43:00 pelo usuário: DANIELA SILVA LEITE
(e-STJ Fl.253)
CERTIDÃO
TERMO DE REMESSA
CERTIDÃO
Distribuição
Encaminhamento
DESPACHO
Vista ao Ministério Público Federal.
Brasília, 30 de março de 2010.
Documento eletrônico VDA346511 assinado eletronicamente nos termos do Art.1º §2º inciso III da Lei 11.419/2006
Signatário(a): MINISTRO HAMILTON CARVALHIDO Assinado em: 30/03/2010 17:10:49
Código de Controle do Documento: 6AB8191A-F3FB-4B80-88B4-894EA13F3878
(e-STJ Fl.257)
REsp 1.163.020/RS
VISTA
__________________________________________
STJ - COORDENADORIA DA PRIMEIRA TURMA
*Assinado por SÍLVIO GABRIEL DA SILVA, Técnico
Judiciário,
em 07 de abril de 2010 às 13:07:53
* Assinado eletronicamente nos termos do Art. 1º § 2º inciso III alínea "b" da Lei 11.419/2006
(e-STJ Fl.258)
REsp 1.163.020/RS
JUNTADA
__________________________________________
STJ - COORDENADORIA DA PRIMEIRA TURMA
Documento eletrônico juntado ao processo em 04/05/2010 às 08:16:30 pelo usuário: GIL LUIZ DE RESENDE
* Assinado eletronicamente nos termos do Art. 1º § 2º inciso III alínea "b" da Lei 11.419/2006
Documento digitalizado juntado ao processo em 03/05/2010 às 08:52:04 pelo usuário: ROSA GONDIM DA MOTA TELES (e-STJ Fl.259)
Documento digitalizado juntado ao processo em 03/05/2010 às 08:52:04 pelo usuário: ROSA GONDIM DA MOTA TELES (e-STJ Fl.260)
Documento digitalizado juntado ao processo em 03/05/2010 às 08:52:04 pelo usuário: ROSA GONDIM DA MOTA TELES (e-STJ Fl.261)
Documento digitalizado juntado ao processo em 03/05/2010 às 08:52:04 pelo usuário: ROSA GONDIM DA MOTA TELES (e-STJ Fl.262)
Documento digitalizado juntado ao processo em 03/05/2010 às 08:52:04 pelo usuário: ROSA GONDIM DA MOTA TELES (e-STJ Fl.263)
(e-STJ Fl.264)
REsp 1.163.020/RS
CONCLUSÃO
__________________________________________
STJ - COORDENADORIA DA PRIMEIRA TURMA
Coordenadora
*Assinado por GIL LUIZ DE RESENDE, Técnico Judiciário,
em 04 de maio de 2010 às 09:10:39
* Assinado eletronicamente nos termos do Art. 1º § 2º inciso III alínea "b" da Lei 11.419/2006
(e-STJ Fl.265)
Atribuição
Em 10/08/2011 o presente feito, que tinha como relator o Exmo. Sr. Ministro
HAMILTON CARVALHIDO, foi atribuído ao Exmo. Sr. Ministro FRANCISCO FALCÃO,
PRIMEIRA TURMA.
Encaminhamento
Atribuição
Em 21/09/2012 o presente feito, que tinha como relator o Exmo. Sr. Ministro
FRANCISCO FALCÃO, foi atribuído ao Exmo. Sr. Ministro ARI PARGENDLER, PRIMEIRA
TURMA.
Encaminhamento
Atribuição
Em 18/09/2014 o presente feito, que tinha como relator o Exmo. Sr. Ministro ARI
PARGENDLER, foi atribuído à Exma. Sra. Ministra MARGA BARTH TESSLER (JUÍZA
FEDERAL CONVOCADA DO TRF 4ª REGIÃO), PRIMEIRA TURMA.
Encaminhamento
Atribuição
Em 09/06/2015 o presente feito, que tinha como relatora a Exma. Sra. Ministra MARGA
TESSLER (JUÍZA FEDERAL CONVOCADA DO TRF 4ª REGIÃO), foi atribuído ao Exmo. Sr.
Ministro OLINDO MENEZES (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TRF 1ª REGIÃO),
PRIMEIRA TURMA.
Encaminhamento
DECISÃO
As razões do recurso especial alegam violação dos arts. 13, § 1º, II, "a", da
Lei Complementar nº 87/96 e 110 do CTN, bem como divergência jurisprudencial,
sob o argumento de que a TUSD não deve compor o valor final da operação para
efeitos do cálculo e cobrança do imposto, uma vez que o ICMS incidente sobre a
energia elétrica não deve incidir sobre tarifas relativas à estrutura física correlata,
devendo se restringir à energia consumida, sem as tarifas de uso pelo sistema de
TDR
REsp 1163020 C5425485518451:0209911@ C218845029029=40@
2009/0205525-4 Documento Página 1 de 3
Documento eletrônico VDA13546844 assinado eletronicamente nos termos do Art.1º §2º inciso III da Lei 11.419/2006
Signatário(a): MINISTRO Olindo Menezes (Desembargador Convocado do TRF 1ª Região) Assinado em: 01/02/2016 18:16:37
Publicação no DJe/STJ nº 1905 de 05/02/2016. Código de Controle do Documento: D7ED7A7B-46CA-4A00-ABD6-396043772EC1
(e-STJ Fl.270)
Documento eletrônico VDA13546844 assinado eletronicamente nos termos do Art.1º §2º inciso III da Lei 11.419/2006
Signatário(a): MINISTRO Olindo Menezes (Desembargador Convocado do TRF 1ª Região) Assinado em: 01/02/2016 18:16:37
Publicação no DJe/STJ nº 1905 de 05/02/2016. Código de Controle do Documento: D7ED7A7B-46CA-4A00-ABD6-396043772EC1
(e-STJ Fl.271)
Intimem-se.
TDR
REsp 1163020 C5425485518451:0209911@ C218845029029=40@
2009/0205525-4 Documento Página 3 de 3
Documento eletrônico VDA13546844 assinado eletronicamente nos termos do Art.1º §2º inciso III da Lei 11.419/2006
Signatário(a): MINISTRO Olindo Menezes (Desembargador Convocado do TRF 1ª Região) Assinado em: 01/02/2016 18:16:37
Publicação no DJe/STJ nº 1905 de 05/02/2016. Código de Controle do Documento: D7ED7A7B-46CA-4A00-ABD6-396043772EC1
(e-STJ Fl.272)
REsp 1163020/RS
PUBLICAÇÃO
* Assinado eletronicamente nos termos do Art. 1º § 2º inciso III alínea "b" da Lei 11.419/2006
(e-STJ Fl.273)
REsp 1.163.020/RS
JUNTADA
__________________________________________
STJ - COORDENADORIA DA PRIMEIRA TURMA
*Assinado por CYNTIA MARIA DE SOUZA CRUZ FERRAZ
VOGEL
em 12 de fevereiro de 2016 às 09:19:09
* Assinado eletronicamente nos termos do Art. 1º § 2º inciso III alínea "b" da Lei 11.419/2006
STJ-Petição Eletrônica (CieMPF) 00036901/2016 recebida em 11/02/2016 20:09:26 (e-STJ Fl.274)
Documento assinado digitalmente por FLAVIO GIRON, em 11/02/2016 19:25. Para verificar a assinatura acesse
Petição Eletrônica juntada ao processo em 12/02/2016 às 09:19:08 pelo usuário: CYNTIA MARIA DE SOUZA CRUZ FERRAZ VOGEL
FLÁVIO GIRON
SUBPROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
REsp 1163020
TERMO DE CIÊNCIA
MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL intimado eletronicamente
do(a) Despacho / Decisão em 15/02/2016.
Termo gerado automaticamente pelo Sistema Justiça.
REsp 1.163.020/RS
JUNTADA
__________________________________________
STJ - COORDENADORIA DA PRIMEIRA TURMA
*Assinado por SEJANA LEITE DE JESUS E SILVA
em 22 de fevereiro de 2016 às 11:20:31
* Assinado eletronicamente nos termos do Art. 1º § 2º inciso III alínea "b" da Lei 11.419/2006
STJ-Petição Eletrônica (AgRg) 00050032/2016 recebida em 18/02/2016 18:57:44 (e-STJ Fl.464)
RESP Nº 1.163.020 - RS
RELATOR : MINISTRO OLINDO MENEZES
RECORRENTE: RANDON S/A IMPLEMENTOS E PARTICIPAÇÕES
RECORRIDO: ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
Objeto: AGRAVO REGIMENTAL
segue:
I. DA DECISÃO RECORRIDA
A decisão monocrática proferida pelo e. Ministro relator deu
provimento ao recurso especial da empresa, para reformar o acórdão do e.
Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, com base no seguinte
fundamento:
O Superior Tribunal de Justiça firmou o entendimento de que o
ICMS sobre energia elétrica tem como fato gerador a circulação da
mercadoria. Como decorrência, não fazem parte da base de cálculo
do imposto a TUST (Taxa de Uso do Sistema de Transmissão de
Energia Elétrica) e a TUSD (Taxa de Uso do Sistema de
Distribuição de Energia Elétrica).
4
Ver as duas Leis de Kirchhoff : teoria dos circuitos elétricos, consequência da conservação da
carga e da conservação da energia.
5
“O SIN – Sistema Interligado Nacional abrange as regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e parte
do Norte. Em 2008, era operado por 64 concessionárias de transmissão concentrando aproximadamente
900 linhas de transmissão que somam 89,2 mil quilômetros nas tensões de 230, 345, 440, 500 e 750 kV
(também chamada rede básica que, além das grandes linhas entre uma região e outra, é composta pelos
ativos de conexão das usinas e aqueles necessários às interligações internacionais). Além disso, abriga
96,6% de toda a capacidade de produção de energia elétrica do país – oriunda de fontes internas ou de
importações, principalmente do Paraguai por conta do controle compartilhado da usina hidrelétrica de
Itaipu.”
8
6
Art. 15. Respeitados os contratos de fornecimento vigentes, a prorrogação das atuais e as novas
concessões serão feitas sem exclusividade de fornecimento de energia elétrica a consumidores com carga
igual ou maior que 10.000 kW, atendidos em tensão igual ou superior a 69 kV, que podem optar por
contratar seu fornecimento, no todo ou em parte, com produtor independente de energia elétrica.
§1º Decorridos três anos da publicação desta Lei, os consumidores referidos neste artigo poderão estender
sua opção de compra a qualquer concessionário, permissionário ou autorizado de energia elétrica do
sistema interligado. (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)
§2º Decorridos cinco anos da publicação desta Lei, os consumidores com carga igual ou superior a 3.000
kW, atendidos em tensão igual ou superior a 69 kV, poderão optar pela compra de energia elétrica a
qualquer concessionário, permissionário ou autorizado de energia elétrica do mesmo sistema interligado.
§3º Após oito anos da publicação desta Lei, o poder concedente poderá diminuir os limites de carga e
tensão estabelecidos neste e no art. 16.
§4º Os consumidores que não tiverem cláusulas de tempo determinado em seus contratos de fornecimento
só poderão exercer a opção de que trata este artigo de acordo com prazos, formas e condições fixados em
regulamentação específica, sendo que nenhum prazo poderá exceder a 36 (trinta e seis) meses, contado a
9
deixa de estar vinculado à concessionária da área onde está localizado, uma vez que esta
é proprietária das redes de distribuição, monopólio natural.
Consumidor Cativo: “é aquele que somente comprar a energia
elétrica de sua distribuidora local”. São os consumidores residenciais e industriais que
não se enquadram na condição de consumidores livres.
Acesso e Conexão à Rede Básica: O livre acesso é o direito
previsto na lei regulamentar do sistema “de qualquer agente ou consumidor livre se
conectar e fazer uso do sistema elétrico mediante o ressarcimento dos custos
envolvidos, independentemente da comercialização da energia”, cabendo ao ONS
(Operador Nacional do Sistema Elétrico) a definição das condições de acesso à Rede
Básica e a contratação do seu uso.
remanescentes da concessionária de serviços públicos de energia elétrica que haja perdido mercado.
(Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)
§6º É assegurado aos fornecedores e respectivos consumidores livre acesso aos sistemas de distribuição e
transmissão de concessionário e permissionário de serviço público, mediante ressarcimento do custo de
transporte envolvido, calculado com base em critérios fixados pelo poder concedente.
§7º O consumidor que exercer a opção prevista neste artigo e no art. 16 desta Lei deverá garantir o
atendimento à totalidade de sua carga, mediante contratação, com um ou mais fornecedores, sujeito a
penalidade pelo descumprimento dessa obrigação, observado o disposto no art. 3o, inciso X, da Lei no
9.427, de 26 de dezembro de 1996. (Redação dada pela Lei nº 10.848, de 2004)
§8º Os consumidores que exercerem a opção prevista neste artigo e no art. 16 desta Lei poderão retornar à
condição de consumidor atendido mediante tarifa regulada, garantida a continuidade da prestação dos
serviços, nos termos da lei e da regulamentação, desde que informem à concessionária, à permissionária
ou à autorizada de distribuição local, com antecedência mínima de 5 (cinco) anos. (Incluído pela Lei nº
10.848, de 2004)
§9º Os prazos definidos nos §§ 4o e 8o deste artigo poderão ser reduzidos, a critério da concessionária, da
permissionária ou da autorizada de distribuição local. (Incluído pela Lei nº 10.848, de 2004)
§10. Até 31 de dezembro de 2009, respeitados os contratos vigentes, será facultada aos consumidores que
pretendam utilizar, em suas unidades industriais, energia elétrica produzida por geração própria, em
regime de autoprodução ou produção independente, a redução da demanda e da energia contratadas ou a
substituição dos contratos de fornecimento por contratos de uso dos sistemas elétricos, mediante
notificação à concessionária de distribuição ou geração, com antecedência mínima de 180 (cento e
oitenta) dias. (Incluído pela Lei nº 10.848, de 2004)
Art. 16. É de livre escolha dos novos consumidores, cuja carga seja igual ou maior que 3.000 kW,
atendidos em qualquer tensão, o fornecedor com quem contratará sua compra de energia elétrica.
1
0
cadeia restante (geração e transmissão), uma vez que desde a Lei nº 10.848/2004, que
alterou o artigo 4º da Lei nº 9.074/95, ocorreu a chamada “desverticalização do setor
elétrico” nacional, consequência que as concessionárias não podem mais operar na
geração e/ou transmissão de energia elétrica.
No entanto, se o consumidor final preenche as condições previstas nos
artigos 15 e 16 da Lei nº 9.074/95 e opta por adquirir diretamente da empresa geradora
e/ou comercializadora a energia elétrica que deseja consumir, como Consumidor
Livre, a remuneração do sistema se dará:
Ou seja, o consumidor cativo paga uma única tarifa fixada pelo órgão
regulador – ANEEL - à concessionária/distribuidora a qual está vinculado por região –
regime de monopólio -, englobando todos os custos da cadeia econômica/produtiva,
concessionária. Já o consumidor livre, adquire a energia elétrica que deseja consumir no
mercado, remunerando a cadeia através das tarifas TUST e TUSD, conforme o caso em
que a receber: via rede básica ou de distribuição, respectivamente.
7
NABAIS, José Casalta. A face oculta dos direitos fundamentais: os deveres e os
custos dos direitos. Revista MACKENZE; São Paulo, 2002
1
3
deveres fundamentais, já que esses últimos são a outra face dos primeiros. Destaca,
também, como essa outra face tem sido esquecida na sociedade moderna. Os deveres
fundamentais estão assentados na soberania do Estado, mas de um Estado assentado na
dignidade humana. Assim, o primeiro destinatário de tais deveres, segundo Casalta
Nabais, é o legislador ordinário. Os deveres são equivalentes, em sentido amplo, aos
custos dos direitos em determinada comunidade, comunidade essa que visa justamente
realizar sejam os direitos clássicos de liberdade e de propriedade, sejam os mais
modernos direitos sociais.
Tem-se, assim, conforme o jurista português, três tipos de custos num
Estado Democrático de Direito: (a) custo de defesa do país, que se materializa no dever
de defender ou Estado, materializado ou não do dever militar (b) custos ligados ao
funcionamento democrático do estado, consubstanciado no dever de votar; (c) custos
financeiros públicos; custos em sentido estrito – dever de pagar impostos.
E é o dever fundamental de pagar impostos que viabiliza a asseguração
Petição Eletrônica juntada ao processo em 22/02/2016 às 11:20:30 pelo usuário: SEJANA LEITE DE JESUS E SILVA
dos direitos fundamentais pelo Estado. Os direitos são liberdades individuais com
custos públicos. Não são autorrealizáveis e importam em cooperação social e liberdade
individual. Não podem ser realizados num Estado falido. Todos os direitos têm custos
financeiros públicos de forma indireta (liberdade e propriedade) ou direta (custos
sociais). Por isso, conclui Casalta Nabais:
1
5
das linhas de transmissão (grandes consumidores) quer através das redes de distribuição
(consumidores cativos), tudo gerenciado para que o sistema mantenha-se em equilíbrio.
Retornando-se aos fundamentos adotados nos acórdãos invocados pela
decisão monocrática, não há como se sustentar que os custos de transmissão – e
eventualmente o de distribuição – não integram a base de cálculo do ICMS incidente
sobre a comercialização de energia elétrica, ao argumento de que a conexão,
transmissão e distribuição não integram o conceito de mercadoria para os fins de ICMS,
ou que a “circulação jurídica” ocorreu quando da “aquisição” da energia elétrica junto
ao gerador ou comercializador livre.
Com o devido acatamento, trata-se de compreensão equivocada, pois não
há segregação temporal e material entre geração, transmissão e distribuição da
energia elétrica.
1
6
que os integram e lhes dão identidade. Quando, por exemplo, um indivíduo dirige-se a
estabelecimento comercial varejista, onde adquire determinado produto ou mercadoria,
essa atitude, em sede de direito tributário, é encarada como operação de circulação de
mercadorias, sujeita, pois, à incidência do ICMS, em que o hipotético comprador figura
como contribuinte de fato do imposto e o estabelecimento vendedor, como sujeito
passivo ou contribuinte de direito. Mesmo que, no exemplo dado, o adquirente, antes de
efetuar a compra, obtenha orientação técnica sobre o produto a ser escolhido e o modo
correto de utilizá-la, prestada por profissional a tanto destacado pela empresa ou pelo
próprio balconista, não se descaracterizará a figura impositiva afeta ao ICMS.
Tampouco isso ocorrerá pelo fato de o funcionário do estabelecimento
carregar a mercadoria até o veículo do comprador ou ante a circunstância de a própria
empresa entregá-la no domicílio desse último. Entre o ingresso do adquirente no
estabelecimento e o recebimento da mercadoria, ocorreram múltiplos eventos, inclusive
– e, sobretudo – incidências que, separadas de seu contexto, caracterizariam, em
Petição Eletrônica juntada ao processo em 22/02/2016 às 11:20:30 pelo usuário: SEJANA LEITE DE JESUS E SILVA
princípio, “prestação de serviços”, pouco ou nada indicando que se está frente a uma
operação de “circulação de mercadorias”. Contudo, todas essas etapas compõem o custo
de venda da mercadoria, sendo base de cálculo da incidência do ICMS.
Releva saber que, por imperativo lógico, respeitado (felizmente), no mais
das vezes, pelo ordenamento tributário, esses eventos são considerados elementos
secundários ou fragmentos inseparáveis da premissa maior (do fato imponível de
ICMS), como tal estabelecida em lei. Todavia, só dispõem de importância se
considerados em seu conjunto ou somatório, como instrumentos de realização daquela
premissa maior, sendo que, tomados isoladamente, como preconizado pela embargante,
perdem o sentido, ingressando na lógica do absurdo.
Daí que em sua redação atual a LC n.º 87/96, no seu art. 13, define que a
base de cálculo do imposto, nos seguintes termos:
1
8
cálculo do tributo engloba toda a cadeia econômica, não somente o “custo” de geração,
face suas peculiaridades.
Aqui, ainda, espaço para argumentar, diante, como já destacado, diante
da centralidade que assume na decisão recorrida o “custo da mercadoria” como
balizador da base de cálculo do tributo tomando este como sinônimo do preço de
“aquisição” da energia elétrica no mercado livre do gerador e/ou comercializador.
Ora, de tudo o que já foi dito, esse “preço” é tudo, menos “final”, porque
simplesmente a geração da energia está no início da “cadeia produtiva da energia
elétrica”.
Deve-se agregar o custo da transmissão/distribuição ou “entrega” dessa
energia adquirida no estabelecimento consumidor, custo que é fixado através de
ANEEL por meio de tarifas. No caso controvertido nos autos que seriam a TUST e
demais encargos de conexão.
1
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elétrica”, em evidente afronta ao texto constitucional (artigo 155, II e seu §3º do inciso
XII), mas também ao legal.
De fato, a LC nº 87/96 é clara em fixar a base de cálculo do ICMS na
comercialização de energia elétrica:
Federal não poderia a chamada desverticalização do sistema elétrico ter alterado a base
de cálculo do ICMS incidente sobre a comercialização da energia elétrica.
A segunda seria admitir-se que esta mesma desverticalização tenha
criado verdadeira isenção ou benefício tributário com relação a tributo de competência
estadual.
Ora tal situação é vedada pela Carta Federal de 1988 no seu artigo 151,
III, verbis:
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3
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4
2
5
nestes autos, não podendo servir de fundamentos exclusivo para justificar o provimento
monocrático do recurso especial.
III. DO PEDIDO
2
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REsp 1.163.020/RS
CONCLUSÃO
__________________________________________
STJ - COORDENADORIA DA PRIMEIRA TURMA
*Assinado por SEJANA LEITE DE JESUS E SILVA, Técnico
Judiciário,
em 22 de fevereiro de 2016
* Assinado eletronicamente nos termos do Art. 1º § 2º inciso III alínea "b" da Lei 11.419/2006
Documento eletrônico VDA13688624 assinado eletronicamente nos termos do Art.1º §2º inciso III da Lei 11.419/2006
Signatário(a): SEJANA LEITE DE JESUS E SILVA, COORDENADORIA DA PRIMEIRA TURMA Assinado em: 22/02/2016 11:22:20
Código de Controle do Documento: 14D78B98-D809-40D4-835B-4595D3F9586C
(e-STJ Fl.491)
Atribuição
Em 01/03/2016 o presente feito, que tinha como relator o Exmo. Sr. Ministro OLINDO
MENEZES (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TRF 1ª REGIÃO), foi atribuído ao Exmo.
Sr. Ministro GURGEL DE FARIA, PRIMEIRA TURMA.
Encaminhamento
DECISÃO
Nas suas razões (e-STJ fls. 464/489), o ente público defende a inclusão
da mencionada tarifa na base de cálculo da exação, aduzindo, para tanto, que:
Documento eletrônico VDA14181543 assinado eletronicamente nos termos do Art.1º §2º inciso III da Lei 11.419/2006
Signatário(a): MINISTRO Gurgel de Faria Assinado em: 15/05/2016 08:47:00
Publicação no DJe/STJ nº 1972 de 18/05/2016. Código de Controle do Documento: 1E53606B-B028-4217-B213-A6B73A096245
(e-STJ Fl.493)
(i) o art. 13, § 1º, II, "a" e "b", da Lei Complementar 87/1996,
preconiza que integram a base de cálculo o valor correspondente a: "seguros, juros e demais
importâncias pagas, recebidas ou debitadas, bem como descontos concedidos sob condição"
(alínea "a"), assim como o "frete, caso o transporte seja efetuado pelo próprio remetente ou por
sua conta e ordem seja cobrado em separado" (alínea "b");
Passo a decidir.
Documento eletrônico VDA14181543 assinado eletronicamente nos termos do Art.1º §2º inciso III da Lei 11.419/2006
Signatário(a): MINISTRO Gurgel de Faria Assinado em: 15/05/2016 08:47:00
Publicação no DJe/STJ nº 1972 de 18/05/2016. Código de Controle do Documento: 1E53606B-B028-4217-B213-A6B73A096245
(e-STJ Fl.494)
Publique-se. Intimem-se.
Relator
Documento eletrônico VDA14181543 assinado eletronicamente nos termos do Art.1º §2º inciso III da Lei 11.419/2006
Signatário(a): MINISTRO Gurgel de Faria Assinado em: 15/05/2016 08:47:00
Publicação no DJe/STJ nº 1972 de 18/05/2016. Código de Controle do Documento: 1E53606B-B028-4217-B213-A6B73A096245
(e-STJ Fl.495)
REsp 1163020/RS
PUBLICAÇÃO
* Assinado eletronicamente nos termos do Art. 1º § 2º inciso III alínea "b" da Lei 11.419/2006
(e-STJ Fl.496)
TERMO DE CIÊNCIA
Procuradoria-Geral d o Estado d o Rio Grande d o Sul
intimado eletronicamente do(a) Despacho / Decisão em 18/05/2016.
Termo gerado automaticamente pelo Sistema Justiça.
REsp 1.163.020/RS
JUNTADA
__________________________________________
STJ - COORDENADORIA DA PRIMEIRA TURMA
*Assinado por CYNTIA MARIA DE SOUZA CRUZ FERRAZ
VOGEL
em 20 de maio de 2016 às 07:42:15
* Assinado eletronicamente nos termos do Art. 1º § 2º inciso III alínea "b" da Lei 11.419/2006
STJ-Petição Eletrônica (CieMPF) 00231851/2016 recebida em 19/05/2016 19:25:33 (e-STJ Fl.498)
Documento assinado via Token digitalmente por FLAVIO GIRON, em 19/05/2016 19:24. Para verificar a assinatura acesse
RECORRIDO: ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
RELATOR: EXMO. SR. MINISTRO GURGEL DE FARIA
Petição Eletrônica juntada ao processo em 20/05/2016 às 07:42:14 pelo usuário: CYNTIA MARIA DE SOUZA CRUZ FERRAZ VOGEL
FLÁVIO GIRON
SUBPROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
REsp 1163020
TERMO DE CIÊNCIA
MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL intimado eletronicamente
do(a) Despacho / Decisão em 30/05/2016.
Termo gerado automaticamente pelo Sistema Justiça.
REsp 1.163.020/RS
CONCLUSÃO
__________________________________________
STJ - COORDENADORIA DA PRIMEIRA TURMA
*Assinado por WALKIR TEIXEIRA BOTTECCHIA, Analista
Judiciário,
em 07 de julho de 2016
* Assinado eletronicamente nos termos do Art. 1º § 2º inciso III alínea "b" da Lei 11.419/2006
Documento eletrônico VDA14671678 assinado eletronicamente nos termos do Art.1º §2º inciso III da Lei 11.419/2006
Signatário(a): WALKIR TEIXEIRA BOTTECCHIA, COORDENADORIA DA PRIMEIRA TURMA Assinado em: 07/07/2016 09:17:14
Código de Controle do Documento: 1EB5A5DD-06F8-4BE2-9603-9AB9286C59C6
(e-STJ Fl.501)
REsp 1.163.020/RS
JUNTADA
__________________________________________
STJ - COORDENADORIA DA PRIMEIRA TURMA
*Assinado por SEBASTIÃO ALVES DE SOUZA
em 12 de setembro de 2016 às 19:01:16
* Assinado eletronicamente nos termos do Art. 1º § 2º inciso III alínea "b" da Lei 11.419/2006
STJ-Petição Eletrônica (PROC) 00444862/2016 recebida em 09/09/2016 17:11:11 (e-STJ Fl.502)
www.braganascimento.com.br
Termos em que,
Pede deferimento.
RENATO MARCON
OAB/SP Nº 222.982
Rua Estados Unidos, 1.125 Av. Deputado Jamil Cecílio, 3310 SHIS Ql 17 – Conjunto 1
Jd. América 01427-001 5º andar Sl. 508/510 Casa 02 – Lago Sul
São Paulo SP 74810-100 Goiânia GO 71645-010 Brasília DF
Tel.: 11 3086-3900 Tel.: 62 3515-1505 Tel.: 61 3547-1170
Fax: 11 3082-9596 Fax: 62 3515-1603 Tel.: 61 3536-4562
Documento eletrônico e-Pet nºbraga@braganascimento.com.br
1924901 com assinatura digital ahassoc@ahbnadvogados.com.br slima@slimaadvogados.com.br
Signatário(a): RENATO MARCON:20663806879 NºSérie Certificado: 20395021752518914098
Id Carimbo de Tempo: 96139897418813 Data e Hora: 09/09/2016 17:11:11hs
Petição Eletrônica juntada ao processo em 12/09/2016 às 19:00:44 pelo usuário: SEBASTIÃO ALVES DE SOUZA STJ-Petição Eletrônica (PROC) 00444862/2016 recebida em 09/09/2016 17:11:11 (e-STJ Fl.503)
CERTIDÃO
REsp 1.163.020/RS
CONCLUSÃO
__________________________________________
STJ - COORDENADORIA DA PRIMEIRA TURMA
*Assinado por SÂMMYA BEATRIS MENEZES CASTRO,
Técnico Judiciário,
em 16 de setembro de 2016
* Assinado eletronicamente nos termos do Art. 1º § 2º inciso III alínea "b" da Lei 11.419/2006
Documento eletrônico VDA15106543 assinado eletronicamente nos termos do Art.1º §2º inciso III da Lei 11.419/2006
Signatário(a): SÂMMYA BEATRIS MENEZES CASTRO, COORDENADORIA DA PRIMEIRA TURMA Assinado em: 16/09/2016 17:56:25
Código de Controle do Documento: 4C4AEBC8-9570-4668-A9E8-241E2CC30A78
(e-STJ Fl.507)
CERTIDÃO
CERTIDÃO
REsp 1.163.020/RS
CONCLUSÃO
__________________________________________
STJ - COORDENADORIA DA PRIMEIRA TURMA
*Assinado por SÂMMYA BEATRIS MENEZES CASTRO,
Chefe,
em 18 de novembro de 2016
* Assinado eletronicamente nos termos do Art. 1º § 2º inciso III alínea "b" da Lei 11.419/2006
Documento eletrônico VDA15529862 assinado eletronicamente nos termos do Art.1º §2º inciso III da Lei 11.419/2006
Signatário(a): SÂMMYA BEATRIS MENEZES CASTRO, COORDENADORIA DA PRIMEIRA TURMA Assinado em: 18/11/2016 13:04:33
Código de Controle do Documento: D5E63435-21E8-48CB-8FDD-80C75B221895
(e-STJ Fl.511)
CERTIDÃO
CERTIDÃO
CERTIDÃO DE JULGAMENTO
PRIMEIRA TURMA
Relator
Exmo. Sr. Ministro GURGEL DE FARIA
Presidente da Sessão
Exmo. Sr. Ministro SÉRGIO KUKINA
Subprocurador-Geral da República
Exmo. Sr. Dr. ROBERTO LUÍS OPPERMANN THOMÉ
Secretária
Bela. BÁRBARA AMORIM SOUSA CAMUÑA
AUTUAÇÃO
RECORRENTE : RANDON S/A IMPLEMENTOS E PARTICIPAÇÕES
ADVOGADO : MARCOS SPADA ALIBERTI E OUTRO(S) - SC018539
RECORRIDO : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROCURADOR : HOMERO SO JOBIM NETO E OUTRO(S) - RS020098
ASSUNTO: DIREITO TRIBUTÁRIO - Impostos - ICMS - Imposto sobre Circulação de Mercadorias
CERTIDÃO
Certifico que a egrégia PRIMEIRA TURMA, ao apreciar o processo em epígrafe na
sessão realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão:
"Adiado por indicação do Sr. Ministro Benedito Gonçalves."
Documento eletrônico VDA16199504 assinado eletronicamente nos termos do Art.1º §2º inciso III da Lei 11.419/2006
Signatário(a): BÁRBARA AMORIM SOUSA CAMUÑA, COORDENADORIA DA PRIMEIRA TURMA Assinado em: 16/03/2017 17:25:30
Código de Controle do Documento: 4AF9F9B5-4E52-41A4-BDAD-F1E96A8F26A8
(e-STJ Fl.514)
EMENTA
Documento eletrônico VDA16240371 assinado eletronicamente nos termos do Art.1º §2º inciso III da Lei 11.419/2006
Signatário(a): MINISTRO Gurgel de Faria Assinado em: 22/03/2017 12:21:02
Publicação no DJe/STJ nº 2171 de 27/03/2017. Código de Controle do Documento: DB580656-A511-46B1-9583-B3C9280C5F5B
(e-STJ Fl.515)
ACÓRDÃO
Relator
Documento eletrônico VDA16240371 assinado eletronicamente nos termos do Art.1º §2º inciso III da Lei 11.419/2006
Signatário(a): MINISTRO Gurgel de Faria Assinado em: 22/03/2017 12:21:02
Publicação no DJe/STJ nº 2171 de 27/03/2017. Código de Controle do Documento: DB580656-A511-46B1-9583-B3C9280C5F5B
(e-STJ Fl.516)
RELATÓRIO
Documento eletrônico VDA15135627 assinado eletronicamente nos termos do Art.1º §2º inciso III da Lei 11.419/2006
Signatário(a): MINISTRO Gurgel de Faria Assinado em: 21/09/2016 18:08:38
Código de Controle do Documento: C72EEB30-7DBC-41B9-9321-50A977FCFF0D
(e-STJ Fl.517)
É o relatório.
Documento eletrônico VDA15135627 assinado eletronicamente nos termos do Art.1º §2º inciso III da Lei 11.419/2006
Signatário(a): MINISTRO Gurgel de Faria Assinado em: 21/09/2016 18:08:38
Código de Controle do Documento: C72EEB30-7DBC-41B9-9321-50A977FCFF0D
(e-STJ Fl.518)
VOTO
Documento eletrônico VDA15135627 assinado eletronicamente nos termos do Art.1º §2º inciso III da Lei 11.419/2006
Signatário(a): MINISTRO Gurgel de Faria Assinado em: 21/09/2016 18:08:38
Código de Controle do Documento: C72EEB30-7DBC-41B9-9321-50A977FCFF0D
(e-STJ Fl.519)
elétrica, agora a cargo de agentes desse setor, que foram divididos por atividades
(geração, transmissão, distribuição e comercialização da energia elétrica).
Também se estimulou a livre concorrência, isto é, a competição entre as empresas
dos setores de geração e comercialização de energia elétrica.
Mais especificamente, separam-se as atividades de geração, transmissão e
distribuição de energia elétrica e abriu-se a possibilidade de esta mercadoria ser
negociada livremente pelos grandes consumidores, que, assim, desvinculam-se dos
concessionários distribuidores (titulares de determinadas áreas geográficas de
concessão e, até então, únicos responsáveis pelo fornecimento de energia elétrica
aos usuários nelas instalados) e puderam adquirir o produto de quem lhes dessa
maiores vantagens econômicas.
Para que melhor se compreenda: atualmente as distribuidoras atendem ao "mercado
cativo" (pequenos e médios consumidores, que não podem escolher livremente os
seus fornecedores de energia elétrica) e ao "mercado livre" (grandes consumidores
aos quais a legislação faculta escolherem seus fornecedores, valendo-se de critérios
empresariais).
Quando as distribuidoras atendem aos "consumidores cativos" são por eles
remuneradas por meio de tarifas (tarifas de energia e tarifas de fio) e são
responsáveis, na condição de substitutas tributárias, pelo recolhimento do
ICMS-Energia Elétrica.
Já, quando as distribuidoras atendem aos consumidores livres limitam-se a receber
as tarifas de fio, cobradas pela utilização das infraestruturas de transmissão e/ou
distribuição (TUST/Tarifa de Uso do Sistema de Transmissão e/ou TUSD/Tarifa
do Sistema de Distribuição).(In ICMS, 17ª ed., Ed. Malheiros: São Paulo, 2015, p.
332/333).
Documento eletrônico VDA15135627 assinado eletronicamente nos termos do Art.1º §2º inciso III da Lei 11.419/2006
Signatário(a): MINISTRO Gurgel de Faria Assinado em: 21/09/2016 18:08:38
Código de Controle do Documento: C72EEB30-7DBC-41B9-9321-50A977FCFF0D
(e-STJ Fl.520)
Documento eletrônico VDA15135627 assinado eletronicamente nos termos do Art.1º §2º inciso III da Lei 11.419/2006
Signatário(a): MINISTRO Gurgel de Faria Assinado em: 21/09/2016 18:08:38
Código de Controle do Documento: C72EEB30-7DBC-41B9-9321-50A977FCFF0D
(e-STJ Fl.521)
Documento eletrônico VDA15135627 assinado eletronicamente nos termos do Art.1º §2º inciso III da Lei 11.419/2006
Signatário(a): MINISTRO Gurgel de Faria Assinado em: 21/09/2016 18:08:38
Código de Controle do Documento: C72EEB30-7DBC-41B9-9321-50A977FCFF0D
(e-STJ Fl.522)
Explico.
Por fim, cumpre lembrar que o mercado livre de energia elétrica está
disponibilizado apenas para os grandes consumidores, o que evidencia que a exclusão do custo
referente à transmissão/distribuição da base de cálculo do ICMS representa uma vantagem
econômica desarrazoada em relação às empresas menores que arcam com o tributo sobre o
"preço cheio" constante de sua conta de energia, subvertendo-se, assim, os postulados da livre
concorrência e da capacidade contributiva.
É como voto.
Documento eletrônico VDA15135627 assinado eletronicamente nos termos do Art.1º §2º inciso III da Lei 11.419/2006
Signatário(a): MINISTRO Gurgel de Faria Assinado em: 21/09/2016 18:08:38
Código de Controle do Documento: C72EEB30-7DBC-41B9-9321-50A977FCFF0D
(e-STJ Fl.523)
Documento eletrônico VDA15135627 assinado eletronicamente nos termos do Art.1º §2º inciso III da Lei 11.419/2006
Signatário(a): MINISTRO Gurgel de Faria Assinado em: 21/09/2016 18:08:38
Código de Controle do Documento: C72EEB30-7DBC-41B9-9321-50A977FCFF0D
(e-STJ Fl.524)
CERTIDÃO DE JULGAMENTO
PRIMEIRA TURMA
Relator
Exmo. Sr. Ministro GURGEL DE FARIA
Presidente da Sessão
Exmo. Sr. Ministro SÉRGIO KUKINA
Subprocurador-Geral da República
Exmo. Sr. Dr. ALCIDES MARTINS
Secretária
Bela. BÁRBARA AMORIM SOUSA CAMUÑA
AUTUAÇÃO
RECORRENTE : RANDON S/A IMPLEMENTOS E PARTICIPAÇÕES
ADVOGADO : MARCOS SPADA ALIBERTI E OUTRO(S) - SC018539
RECORRIDO : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROCURADOR : HOMERO SO JOBIM NETO E OUTRO(S) - RS020098
ASSUNTO: DIREITO TRIBUTÁRIO - Impostos - ICMS - Imposto sobre Circulação de Mercadorias
SUSTENTAÇÃO ORAL
Dr. RENATO MARCON, pela parte RECORRENTE: RANDON S/A IMPLEMENTOS E
PARTICIPAÇÕES e o Dr. ERNESTO JOSÉ TONIOLO, pela parte RECORRIDA:
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL.
CERTIDÃO
Certifico que a egrégia PRIMEIRA TURMA, ao apreciar o processo em epígrafe na
sessão realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão:
Após o voto do Sr. Ministro Relator negando provimento ao recurso especial, pediu
vista antecipada a Sra. Ministra Regina Helena Costa. Aguardam os Srs. Ministros
Napoleão Nunes Maia Filho, Benedito Gonçalves e Sérgio Kukina (Presidente).
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(e-STJ Fl.525)
VOTO-VISTA
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(e-STJ Fl.526)
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(e-STJ Fl.527)
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(e-STJ Fl.528)
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(e-STJ Fl.529)
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(e-STJ Fl.530)
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(e-STJ Fl.531)
efeitos civis e penais (arts. 83, I, do Código Civil e 155, § 3º, do Código
Penal), é considerada mercadoria para efeitos tributários, integrando a
materialidade do ICMS (art. 155, II, § 3º, CR).
Fixada tal premissa, segue-se que o deslocamento da
energia elétrica da fonte geradora para o sistema de transmissão e
distribuição constitui, por definição, circulação física, porquanto
caracterizadas como atividades-meio para o nascimento e
aperfeiçoamento do fato gerador do ICMS, efetivado tão somente no
instante do consumo da energia elétrica.
A rigor, os estágios de transmissão e distribuição
apresentam-se como elos na cadeia, interligando a geradora/produtora de
energia elétrica ao consumidor final.
Neste passo, impende traçar o panorama da evolução da
jurisprudência desta Corte sobre o tema.
Já no ano 2000, a Primeira Turma assentou o
posicionamento segundo o qual o ICMS deve incidir sobre o valor da
energia elétrica efetivamente consumida:
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(e-STJ Fl.532)
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(e-STJ Fl.533)
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(e-STJ Fl.534)
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(e-STJ Fl.535)
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(e-STJ Fl.536)
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(e-STJ Fl.537)
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(e-STJ Fl.538)
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(e-STJ Fl.539)
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(e-STJ Fl.540)
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(e-STJ Fl.541)
II - o valor correspondente a:
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(e-STJ Fl.542)
[...]
§ 7º. Ressalvado o disposto no § 2º, X, b, a incidência do imposto de que trata o inciso II
do caput, sobre energia elétrica e petróleo, inclusive lubrificantes, combustíveis líquidos e
gasosos dele derivados:
I – ocorre em todas as etapas da circulação, desde a saída do estabelecimento produtor
ou a importação até a sua destinação final;
II – em relação à energia elétrica, ocorre também nas etapas de produção, de
transmissão, de distribuição, de conexão e de conversão, até a sua destinação final. (NR)
(destaques meus)
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(e-STJ Fl.543)
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(e-STJ Fl.544)
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(e-STJ Fl.545)
CERTIDÃO DE JULGAMENTO
PRIMEIRA TURMA
Relator
Exmo. Sr. Ministro GURGEL DE FARIA
Presidente da Sessão
Exmo. Sr. Ministro SÉRGIO KUKINA
Subprocurador-Geral da República
Exmo. Sr. Dr. MANOEL DO SOCORRO T. PASTANA
Secretária
Bela. BÁRBARA AMORIM SOUSA CAMUÑA
AUTUAÇÃO
RECORRENTE : RANDON S/A IMPLEMENTOS E PARTICIPAÇÕES
ADVOGADO : MARCOS SPADA ALIBERTI E OUTRO(S) - SC018539
RECORRIDO : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROCURADOR : HOMERO SO JOBIM NETO E OUTRO(S) - RS020098
ASSUNTO: DIREITO TRIBUTÁRIO - Impostos - ICMS - Imposto sobre Circulação de Mercadorias
CERTIDÃO
Certifico que a egrégia PRIMEIRA TURMA, ao apreciar o processo em epígrafe na
sessão realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão:
Prosseguindo o julgamento, após o voto-vista da Sra. Ministra Regina Helena
Costa dando provimento ao recurso especial, concedendo a segurança para afastar a
incidência do ICMS sobre a Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição-TUSD, divergindo do
voto do Sr. Ministro Relator, pediu vista antecipada o Sr. Ministro Benedito Gonçalves.
Aguardam os Srs. Ministros Napoleão Nunes Maia Filho e Sérgio Kukina (Presidente).
Documento eletrônico VDA16230349 assinado eletronicamente nos termos do Art.1º §2º inciso III da Lei 11.419/2006
Signatário(a): BÁRBARA AMORIM SOUSA CAMUÑA, COORDENADORIA DA PRIMEIRA TURMA Assinado em: 21/03/2017 14:52:08
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(e-STJ Fl.546)
EMENTA
VOTO-VISTA
Documento eletrônico VDA16242549 assinado eletronicamente nos termos do Art.1º §2º inciso III da Lei 11.419/2006
Signatário(a): MINISTRO Benedito Gonçalves Assinado em: 22/03/2017 18:15:29
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(e-STJ Fl.547)
Na sequência, a Ministra Regina Helena Costa, ao apresentar seu voto vista na sessão de
17/11/2016, divergiu do Relator aos seguintes fundamentos:
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Signatário(a): MINISTRO Benedito Gonçalves Assinado em: 22/03/2017 18:15:29
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(e-STJ Fl.548)
E o relatório.
A controvérsia posta nos autos, como visto, cinge-se à legitimidade da inclusão da Tarifa
de Uso do Sistema de Distribuição (TSUD) na base de cálculo do ICMS.
Dentro da nova estrutura do setor energético brasileiro, conforme explicitado pelo Relator
e pela Ministra Regina Helena Costa, a partir de 1995, com a edição da Lei 9.074/1995 houve
uma descentralização no fornecimento da energia elétrica, que anteriormente era concentrada nos
entes estatais, passando a ser atribuída a agentes responsáveis pela geração, transmissão,
distribuição e comercialização da energia elétrica.
Documento eletrônico VDA16242549 assinado eletronicamente nos termos do Art.1º §2º inciso III da Lei 11.419/2006
Signatário(a): MINISTRO Benedito Gonçalves Assinado em: 22/03/2017 18:15:29
Código de Controle do Documento: E67BF82C-FAC3-4F07-9887-96EFD49ED1A7
(e-STJ Fl.549)
GMBG04
REsp 1163020 C5425485518451:0209911@ C0=455121805<854@
2009/0205525-4 Documento Página 4 de 9
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Código de Controle do Documento: E67BF82C-FAC3-4F07-9887-96EFD49ED1A7
(e-STJ Fl.550)
GMBG04
REsp 1163020 C5425485518451:0209911@ C0=455121805<854@
2009/0205525-4 Documento Página 5 de 9
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Código de Controle do Documento: E67BF82C-FAC3-4F07-9887-96EFD49ED1A7
(e-STJ Fl.551)
GMBG04
REsp 1163020 C5425485518451:0209911@ C0=455121805<854@
2009/0205525-4 Documento Página 6 de 9
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Código de Controle do Documento: E67BF82C-FAC3-4F07-9887-96EFD49ED1A7
(e-STJ Fl.552)
Nota-se, nesse contexto, que o etapa de distribuição, da qual resulta a exigência da tarifa
TUSD, é indispensável à integração do consumidor ao sistema energético. O consumidor não tem
opção pela contratação do uso de sistema de distribuição, haja vista que sem ele não é possível o
fornecimento de energia elétrica.
Assim, todo custo despendido para a entrega da energia elétrica, que será efetivamente
consumida, deve integrar a base de cálculo do ICMS (geração, transmissão e distribuição), de
forma que o imposto há de ser calculado sobre o preço praticado na operação final, entendimento
esse que se depreende do estabelecido no art. 9º, |II, da LC 87/1996 e no art. 34, § 9º, do ADCT.
GMBG04
REsp 1163020 C5425485518451:0209911@ C0=455121805<854@
2009/0205525-4 Documento Página 7 de 9
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Código de Controle do Documento: E67BF82C-FAC3-4F07-9887-96EFD49ED1A7
(e-STJ Fl.553)
Documento eletrônico VDA16242549 assinado eletronicamente nos termos do Art.1º §2º inciso III da Lei 11.419/2006
Signatário(a): MINISTRO Benedito Gonçalves Assinado em: 22/03/2017 18:15:29
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(e-STJ Fl.554)
Ante o exposto, peço vênias à senhora Ministra Regina Helena Costa, que inaugurou a
divergência, para negar provimento ao recurso especial, acompanhando o eminente Relator
Ministro Gurgel de Farias.
GMBG04
REsp 1163020 C5425485518451:0209911@ C0=455121805<854@
2009/0205525-4 Documento Página 9 de 9
Documento eletrônico VDA16242549 assinado eletronicamente nos termos do Art.1º §2º inciso III da Lei 11.419/2006
Signatário(a): MINISTRO Benedito Gonçalves Assinado em: 22/03/2017 18:15:29
Código de Controle do Documento: E67BF82C-FAC3-4F07-9887-96EFD49ED1A7
(e-STJ Fl.555)
CERTIDÃO DE JULGAMENTO
PRIMEIRA TURMA
Relator
Exmo. Sr. Ministro GURGEL DE FARIA
Presidente da Sessão
Exmo. Sr. Ministro SÉRGIO KUKINA
Subprocuradora-Geral da República
Exma. Sra. Dra. DARCY SANTANA VITOBELLO
Secretária
Bela. BÁRBARA AMORIM SOUSA CAMUÑA
AUTUAÇÃO
RECORRENTE : RANDON S/A IMPLEMENTOS E PARTICIPAÇÕES
ADVOGADO : MARCOS SPADA ALIBERTI E OUTRO(S) - SC018539
RECORRIDO : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROCURADOR : HOMERO SO JOBIM NETO E OUTRO(S) - RS020098
ASSUNTO: DIREITO TRIBUTÁRIO - Impostos - ICMS - Imposto sobre Circulação de Mercadorias
CERTIDÃO
Certifico que a egrégia PRIMEIRA TURMA, ao apreciar o processo em epígrafe na
sessão realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão:
Prosseguindo o julgamento, após o voto-vista do Sr. Ministro Benedito Gonçalves,
a Turma, por maioria, vencidos os Srs. Ministros Napoleão Nunes Maia Filho e Regina
Helena Costa (voto-vista), negou provimento ao recurso especial, nos termos do voto do Sr.
Ministro Relator.
Os Srs. Ministros Benedito Gonçalves (voto-vista) e Sérgio Kukina (Presidente)
votaram com o Sr. Ministro Relator.
Documento eletrônico VDA16239669 assinado eletronicamente nos termos do Art.1º §2º inciso III da Lei 11.419/2006
Signatário(a): BÁRBARA AMORIM SOUSA CAMUÑA, COORDENADORIA DA PRIMEIRA TURMA Assinado em: 22/03/2017 11:57:39
Código de Controle do Documento: 961752CA-8F1D-41BB-A2C0-5578554E9253
(e-STJ Fl.556)
PUBLICAÇÃO
______________________________________________
COORDENADORIA DA PRIMEIRA TURMA
TERMO DE CIÊNCIA
REsp 1.163.020/RS
JUNTADA
__________________________________________
STJ - COORDENADORIA DA PRIMEIRA TURMA
*Assinado por SEBASTIÃO ALVES DE SOUZA
em 27 de março de 2017 às 18:01:43
* Assinado eletronicamente nos termos do Art. 1º § 2º inciso III alínea "b" da Lei 11.419/2006
STJ-Petição Eletrônica (CieMPF) 00136498/2017 recebida em 27/03/2017 16:21:22 (e-STJ Fl.559)
Documento assinado via Token digitalmente por FLAVIO GIRON, em 27/03/2017 16:21. Para verificar a assinatura acesse
RECORRIDO: ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
RELATOR: EXMO. SR. MINISTRO GURGEL DE FARIA
FLÁVIO GIRON
SUBPROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
REsp 1.163.020/RS
JUNTADA
__________________________________________
STJ - COORDENADORIA DA PRIMEIRA TURMA
*Assinado por MARIA DAS GRAÇAS SOUSA SILVA
em 03 de abril de 2017 às 13:59:49
* Assinado eletronicamente nos termos do Art. 1º § 2º inciso III alínea "b" da Lei 11.419/2006
STJ-Petição Eletrônica (PROC) 00149025/2017 recebida em 31/03/2017 16:30:14 (e-STJ Fl.561)
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Termos em que,
Pede deferimento.
RENATO MARCON
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Petição Eletrônica juntada ao processo em 03/04/2017 às 13:59:48 pelo usuário: MARIA DAS GRAÇAS SOUSA SILVA STJ-Petição Eletrônica (PROC) 00149025/2017 recebida em 31/03/2017 16:30:14 (e-STJ Fl.562)
REsp 1.163.020/RS
JUNTADA
__________________________________________
Documento eletrônico juntado ao processo em 04/04/2017 às 08:12:18 pelo usuário: CRISTINA PINTO SANTOS
* Assinado eletronicamente nos termos do Art. 1º § 2º inciso III alínea "b" da Lei 11.419/2006
STJ-Petição Eletrônica (EDcl) 00153102/2017 recebida em 03/04/2017 19:36:37 (e-STJ Fl.564)
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STJ-Petição Eletrônica (EDcl) 00153102/2017 recebida em 03/04/2017 19:36:37 (e-STJ Fl.565)
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A seguir.
1
Art. 118. A definição legal do fato gerador é interpretada abstraindo-se:
I - da validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes, responsáveis, ou terceiros, bem
como da natureza do seu objeto ou dos seus efeitos;
3
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STJ-Petição Eletrônica (EDcl) 00153102/2017 recebida em 03/04/2017 19:36:37 (e-STJ Fl.567)
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O artigo 15, §§ 6º e 7º e artigo 16, ambos da lei n. 9.074/95, são claros ao assegurar o direito de uso das
redes de transmissão e distribuição aos consumidores, mediante pagamento do respectivo CUSTO DE
TRANSPORTE:
“Art. 15 (...)
§ 6º É assegurado aos fornecedores e respectivos consumidores livre acesso aos sistemas de distribuição e
transmissão de concessionário e permissionário de serviço público, mediante ressarcimento do CUSTO DE
TRANSPORTE ENVOLVIDO, calculado com base em critérios fixados pelo poder concedente.”
§ 7º O consumidor que exercer a opção prevista neste artigo e no art. 16 desta Lei deverá garantir o atendimento
à totalidade de sua carga, mediante contratação, com um ou mais fornecedores, sujeito a penalidade pelo
descumprimento dessa obrigação, observado o disposto no art. 3o, inciso X, da Lei no 9.427, de 26 de dezembro
de 1996. (destaques do Recorrente)
“Art. 16. É de livre escolha dos novos consumidores, cuja carga seja igual ou maior que 3.000 kW, atendidos em
qualquer tensão, o fornecedor com quem contratará sua compra de energia elétrica.” (destaques do Recorrente)
Já o artigo 9º, da lei n. 9.648/98 revela a autonomia entre os contratos de compra e venda de energia
(comercialização) e os contratos de uso, ou disponibilização, da rede de transmissão e distribuição:
“Art. 9º Para todos os efeitos legais, a compra e venda de energia elétrica entre concessionários ou autorizados,
deve ser contratada separadamente do acesso e uso dos sistemas de transmissão e distribuição.” (destaques da
Recorrente)
Petição Eletrônica juntada ao processo em 04/04/2017 às 08:12:16 pelo usuário: CRISTINA PINTO SANTOS
É de se destacar, ainda, a proibição do artigo 4º, §§ 5º e 7º, lei n. 9.074/95, com alterações introduzidas
pela lei n. 10.848/04, de os concessionários, permissionários ou autorizados do serviço de distribuição de
energia elétrica acumularem outras atividades no setor elétrico:
“Art. 4º (...)
§ 5º As concessionárias, as permissionárias e as autorizadas de serviço público de distribuição de energia
elétrica que atuem no Sistema Interligado Nacional – SIN não poderão desenvolver atividades:
I - de geração de energia elétrica;
II - de transmissão de energia elétrica;
III - de venda de energia a consumidores de que tratam os arts. 15 e 16 desta Lei, exceto às unidades
consumidoras localizadas na área de concessão ou permissão da empresa distribuidora, sob as mesmas condições
reguladas aplicáveis aos demais consumidores não abrangidos por aqueles artigos, inclusive tarifas e prazos;
(destaques da Recorrente)
(...)
§ 7º As concessionárias e as autorizadas de geração de energia elétrica que atuem no Sistema Interligado
Nacional – SIN não poderão ser coligadas ou controladoras de sociedades que desenvolvam atividades de
distribuição de energia elétrica no SIN. (destaques da Recorrente)
Por fim, importante citar o conforme artigo 1º, § 3º, da lei n. 10.848/04:
“Art. 1º (...)
§ 3º A contratação livre dar-se-á nos termos do art. 10 da Lei no 9.648, de 27 de maio de 1998, mediante
OPERAÇÕES DE COMPRA E VENDA DE ENERGIA ELÉTRICA ENVOLVENDO OS AGENTES
CONCESSIONÁRIOS E AUTORIZADOS DE GERAÇÃO, COMERCIALIZADORES E IMPORTADORES
DE ENERGIA ELÉTRICA E OS CONSUMIDORES que atendam às condições previstas nos arts. 15 e 16 da
Lei no 9.074, de 7 de julho de 1995, com a redação dada por esta Lei.” (destaques da Recorrente)
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STJ-Petição Eletrônica (EDcl) 00153102/2017 recebida em 03/04/2017 19:36:37 (e-STJ Fl.568)
conceitos de direito privado, que de acordo com o artigo 110 do CTN3, não podem ter
o seu sentido, conteúdo e alcance alterados pela legislação tributária, muito menos
podem ser utilizados para ampliar o aspecto material da hipótese de incidência do
ICMS, prevista na Constituição Federal e na Lei Complementar 87/96. Vale dizer, o
legislador tributário, e com menor razão Poder Judiciário, não pode estender o
conceito de consumo efetivo de energia elétrica, único fato imponível possível do
ICMS/energia, e incluir sem fundamento na lei e na Constituição, as etapas de
transmissão e distribuição, claramente anteriores, autônomas e desvinculadas da
“circulação jurídica”da energia consumida.
3
“Art. 110. A lei tributária não pode alterar a definição, o conteúdo e o alcance de institutos, conceitos e formas
de direito privado, utilizados, expressa ou implicitamente, pela Constituição Federal, pelas Constituições dos
Estados, ou pelas Leis Orgânicas do Distrito Federal ou dos Municípios, para definir ou limitar competências
tributárias.”
4
Súmula n. 334/STJ: O ICMS não incide no serviço dos provedores de acesso à Internet.
5
“(...) A chamada comunicação eletrônica, entre computadores, somente ocorre através das chamadas linhas
telefônicas de qualquer natureza, ou seja, a cabo ou via satélite. Sem a via telefônica impossível obter acesso à
Internet. Cuida-se, pois, de um serviço adicionado
às telecomunicações, como definiu o legislador. O provedor é usuário do serviço de telecomunicações. Assim o
diz a lei.'
Conclui-se, portanto, que, nos termos do artigo 110 do Código Tributário Nacional, não podem os Estados
ou o Distrito Federal alterar a definição, o conteúdo e o alcance do conceito de prestação de serviços de
conexão à Internet, para, mediante Convênios Estaduais, tributá-la por meio do ICMS.
Como a prestação de serviços de conexão à Internet não cuida de prestação onerosa de serviços de
comunicação ou de serviços de telecomunicação, mas de serviços de valor adicionado, em face dos
princípios da legalidade e da tipicidade fechada, inerentes ao ramo do direito tributário, deve ser afastada
a aplicação do ICMS pela inexistência na espécie do fato imponível. (1ª Seção, EREsp 456.650/PR).
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STJ-Petição Eletrônica (EDcl) 00153102/2017 recebida em 03/04/2017 19:36:37 (e-STJ Fl.570)
mercado cativo. Daí dizer que os termos “Grupo A” e “Grupo B”, por apenas
diferenciar os consumidores cativos quanto a tensão de fornecimento, não guardam
qualquer relação com os consumidores livres.
7
“TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. LEGITIMIDADE ATIVA DO
CONTRIBUINTE DE FATO. UTILIZAÇÃO DE LINHA DE TRANSMISSÃO E DE DISTRIBUIÇÃO DE
ENERGIA ELÉTRICA. ICMS SOBRE TARIFA DE USO DOS SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO (TUSD).
IMPOSSIBILIDADE. AUSÊNCIA DE OPERAÇÃO MERCANTIL.
1. O ICMS sobre energia elétrica tem como fato gerador a circulação da mercadoria, e não do serviço de
transporte de transmissão e distribuição de energia elétrica, incidindo, in casu, a Súmula 166/STJ. Dentre os
precedentes mais recentes: AgRg nos EDcl no REsp 1267162/MG, Rel. Ministro Herman Benjamin, Segunda
Turma, DJe 24/08/2012.”
[...] (AgRg no REsp 1.278.024/MG, Rel. Ministro Benedito Gonçalves, Primeira Turma, julgado em 07/02/2013,
DJe 14/02/2013).
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Termos em que,
Pede deferimento.
São Paulo, 3 de abril de 2017.
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(e-STJ Fl.572)
REsp 1163020/RS
PUBLICAÇÃO
_______________________________________
COORDENADORIA DA PRIMEIRA TURMA
*Assinado por BENEDITO JOSÉ DA SILVA
em 05 de abril de 2017 às 06:55:40
Documento eletrônico juntado ao processo em 05/04/2017 às 06:56:01 pelo usuário: BENEDITO JOSÉ DA SILVA
* Assinado eletronicamente nos termos do Art. 1º § 2º inciso III alínea "b" da Lei 11.419/2006
(e-STJ Fl.573)
TERMO DE CIÊNCIA
REsp 1163020
TERMO DE CIÊNCIA
REsp 1163020
TERMO DE CIÊNCIA
REsp 1.163.020/RS
JUNTADA
__________________________________________
STJ - COORDENADORIA DA PRIMEIRA TURMA
*Assinado por CÁSSIA TÔRRES LAMOUNIER
em 24 de abril de 2017 às 10:03:18
* Assinado eletronicamente nos termos do Art. 1º § 2º inciso III alínea "b" da Lei 11.419/2006
STJ-Petição Eletrônica (IMP) 00188465/2017 recebida em 20/04/2017 20:24:45 (e-STJ Fl.577)
*1163020*
Complementar 87/96.
o tema em debate.
10
2
A potência elétrica é “parte integrante”, da operação de energia elétrica. Ou seja, a geração de potência
(contratual ou efetivamente consumida) é, apenas, um dos elementos que integram o fato gerador e a
base de cálculo do ICMS.
12
13
REsp 1.163.020/RS
CONCLUSÃO
__________________________________________
STJ - COORDENADORIA DA PRIMEIRA TURMA
*Assinado por CÁSSIA TÔRRES LAMOUNIER, Técnico
Judiciário,
em 24 de abril de 2017
* Assinado eletronicamente nos termos do Art. 1º § 2º inciso III alínea "b" da Lei 11.419/2006
Documento eletrônico VDA16443726 assinado eletronicamente nos termos do Art.1º §2º inciso III da Lei 11.419/2006
Signatário(a): CÁSSIA TÔRRES LAMOUNIER, COORDENADORIA DA PRIMEIRA TURMA Assinado em: 24/04/2017 10:05:09
Código de Controle do Documento: 6C4EE287-16D6-4EBC-A247-E8D642E3E8A8
(e-STJ Fl.591)
CERTIDÃO
CERTIDÃO
EMENTA
PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.
PRESSUPOSTOS. INEXISTÊNCIA.
1. Os embargos de declaração têm por escopo sanar decisão judicial
eivada de obscuridade, contradição, omissão ou erro material (art.
1.022 do CPC/2015).
2. Hipótese em que o acórdão embargado, ao decidir pela inclusão da
TUSD na base de cálculo do ICMS, foi claro ao assentar que as fases
de geração, de transmissão e de distribuição formam o conjunto de
elementos essenciais e indissociáveis que compõem o aspecto material
do fato gerador concernente ao fornecimento de energia elétrica,
integrando o preço total da operação tributável pelo ICMS, não
podendo nenhuma dessas etapas ser decotada da base de cálculo do
imposto.
3. Embargos de declaração rejeitados.
ACÓRDÃO
Relator
Documento eletrônico VDA16809927 assinado eletronicamente nos termos do Art.1º §2º inciso III da Lei 11.419/2006
Signatário(a): MINISTRO Gurgel de Faria Assinado em: 10/06/2017 10:18:28
Publicação no DJe/STJ nº 2223 de 14/06/2017. Código de Controle do Documento: 0CF21743-A6E5-442D-9A19-32E8864E2108
(e-STJ Fl.594)
RELATÓRIO
Nas suas razões (e-STJ fls. 564/571), a empresa aduz que o acórdão
embargado incorreu em obscuridade, quando assenta que as Leis n. 9.074/1995, 9.648/1998 e
10.848/2004 são de "cunho eminentemente administrativo e concorrencial". Afirma também
que a invocação do art. 118, I, do CTN não guarda pertinência com "a reconhecida
possibilidade legal de contratação independentemente das diferentes etapas relacionadas ao
mercado de energia, muito menos tem a força de subverter ou ampliar a base de cálculo do
REsp 1163020 Petição : 153102/2017 C41<=40 1:218;00@
2009/0205525-4 Documento Página 1 de 4
Documento eletrônico VDA16809932 assinado eletronicamente nos termos do Art.1º §2º inciso III da Lei 11.419/2006
Signatário(a): MINISTRO Gurgel de Faria Assinado em: 10/06/2017 10:20:42
Código de Controle do Documento: B43E7E59-1F53-42CE-A711-F704152814DC
(e-STJ Fl.595)
É o relatório.
Documento eletrônico VDA16809932 assinado eletronicamente nos termos do Art.1º §2º inciso III da Lei 11.419/2006
Signatário(a): MINISTRO Gurgel de Faria Assinado em: 10/06/2017 10:20:42
Código de Controle do Documento: B43E7E59-1F53-42CE-A711-F704152814DC
(e-STJ Fl.596)
VOTO
Importa salientar, ainda, que a citação ao art. 118, I, do CTN foi feita
para respaldar o entendimento de que a decomposição do preço global do fornecimento de
energia elétrica, mediante celebração de contratos específicos com a geradora e a
transmissora/distribuidora, não desnatura o fato gerador do tributo, em conformidade, assim,
com o princípio da realidade, consagrado pelo aludido dispositivo legal.
Documento eletrônico VDA16809932 assinado eletronicamente nos termos do Art.1º §2º inciso III da Lei 11.419/2006
Signatário(a): MINISTRO Gurgel de Faria Assinado em: 10/06/2017 10:20:42
Código de Controle do Documento: B43E7E59-1F53-42CE-A711-F704152814DC
(e-STJ Fl.597)
telecomunicações como suporte pelos provedores de internet, embora configure mais uma
utilidade a essa rede (serviço de valor adicionado), não os caracteriza como prestadores de
serviço de telecomunicação.
É como voto.
Documento eletrônico VDA16809932 assinado eletronicamente nos termos do Art.1º §2º inciso III da Lei 11.419/2006
Signatário(a): MINISTRO Gurgel de Faria Assinado em: 10/06/2017 10:20:42
Código de Controle do Documento: B43E7E59-1F53-42CE-A711-F704152814DC
(e-STJ Fl.598)
CERTIDÃO DE JULGAMENTO
PRIMEIRA TURMA
EDcl no
Número Registro: 2009/0205525-4 PROCESSO ELETRÔNICO REsp 1.163.020 / R S
Relator
Exmo. Sr. Ministro GURGEL DE FARIA
Presidente da Sessão
Exma. Sra. Ministra REGINA HELENA COSTA
Subprocurador-Geral da República
Exmo. Sr. Dr. .
Secretária
Bela. BÁRBARA AMORIM SOUSA CAMUÑA
AUTUAÇÃO
RECORRENTE : RANDON S/A IMPLEMENTOS E PARTICIPAÇÕES
ADVOGADOS : GERMAN ALEJANDRO SAN MARTIN FERNANDEZ E OUTRO(S) -
SP139291
MARCOS SPADA ALIBERTI E OUTRO(S) - SC018539
RENATO MARCON E OUTRO(S) - SP222982
RECORRIDO : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROCURADOR : HOMERO SO JOBIM NETO E OUTRO(S) - RS020098
ASSUNTO: DIREITO TRIBUTÁRIO - Impostos - ICMS - Imposto sobre Circulação de Mercadorias
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
EMBARGANTE : RANDON S/A IMPLEMENTOS E PARTICIPAÇÕES
ADVOGADOS : GERMAN ALEJANDRO SAN MARTIN FERNANDEZ E OUTRO(S) -
SP139291
MARCOS SPADA ALIBERTI E OUTRO(S) - SC018539
RENATO MARCON E OUTRO(S) - SP222982
EMBARGADO : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROCURADOR : HOMERO SO JOBIM NETO E OUTRO(S) - RS020098
CERTIDÃO
Certifico que a egrégia PRIMEIRA TURMA, ao apreciar o processo em epígrafe na
sessão realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão:
A Turma, por unanimidade, rejeitou os embargos de declaração, nos termos do
voto do Sr. Ministro Relator.
Os Srs. Ministros Napoleão Nunes Maia Filho, Benedito Gonçalves e Regina
Helena Costa (Presidente) votaram com o Sr. Ministro Relator.
Ausente, ocasionalmente, o Sr. Ministro Sérgio Kukina.
Documento eletrônico VDA16644480 assinado eletronicamente nos termos do Art.1º §2º inciso III da Lei 11.419/2006
Signatário(a): BÁRBARA AMORIM SOUSA CAMUÑA, COORDENADORIA DA PRIMEIRA TURMA Assinado em: 18/05/2017 17:24:18
Código de Controle do Documento: 11014741-D2BD-4DD8-8249-80F95B1A4DFD
(e-STJ Fl.599)
PUBLICAÇÃO
______________________________________________
SEÇÃO DE PUBLICAÇÃO DA PRIMEIRA TURMA
TERMO DE CIÊNCIA
REsp 1.163.020/RS
JUNTADA
__________________________________________
STJ - COORDENADORIA DA PRIMEIRA TURMA
*Assinado por MARIA DAS GRAÇAS SOUSA SILVA
em 16 de junho de 2017 às 12:19:56
* Assinado eletronicamente nos termos do Art. 1º § 2º inciso III alínea "b" da Lei 11.419/2006
STJ-Petição Eletrônica (CieMPF) 00304084/2017 recebida em 14/06/2017 19:24:52 (e-STJ Fl.602)
Documento assinado via Token digitalmente por FLAVIO GIRON, em 14/06/2017 19:23. Para verificar a assinatura acesse
RECORRIDO: ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
RELATOR: EXMO. SR. MINISTRO GURGEL DE FARIA
FLÁVIO GIRON
SUBPROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
REsp 1163020
TERMO DE CIÊNCIA
REsp 1.163.020/RS
JUNTADA
__________________________________________
STJ - COORDENADORIA DA PRIMEIRA TURMA
*Assinado por LETÍCIA RODRIGUES MATOS
em 01 de agosto de 2017 às 13:11:22
* Assinado eletronicamente nos termos do Art. 1º § 2º inciso III alínea "b" da Lei 11.419/2006
STJ-Petição Eletrônica (EDv) 00366104/2017 recebida em 31/07/2017 16:47:22 (e-STJ Fl.605)
Nos termos do art. 1.043, inciso I, do CPC/2015 e art. 266, inciso II,
do RISTJ, os embargos de divergência são cabíveis em face de acórdão de órgão
fracionário que, em recurso especial, divergir do julgamento de qualquer órgão do
mesmo tribunal, sendo os acórdãos, embargado e paradigma, relativos ao juízo de
mérito.
2
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Id Carimbo de Tempo: 98274919829829 Data e Hora: 31/07/2017 16:47:22hs
STJ-Petição Eletrônica (EDv) 00366104/2017 recebida em 31/07/2017 16:47:22 (e-STJ Fl.607)
3
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STJ-Petição Eletrônica (EDv) 00366104/2017 recebida em 31/07/2017 16:47:22 (e-STJ Fl.608)
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STJ-Petição Eletrônica (EDv) 00366104/2017 recebida em 31/07/2017 16:47:22 (e-STJ Fl.609)
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STJ-Petição Eletrônica (EDv) 00366104/2017 recebida em 31/07/2017 16:47:22 (e-STJ Fl.610)
dos autos, evita-se verdadeira majoração do ICMS através do alargamento de sua base
de cálculo, pela inadequada inclusão de tarifa que não se confunde com as operações
(tributáveis) envolvendo energia elétrica propriamente ditas - na esteira do
entendimento já pacificado por esta C. Corte.
ii. daí dizer que as operações com energia elétrica tributáveis pelo ICMS, são
somente aquelas que se referem à energia elétrica efetivamente consumida;
iii. por isso, a base de cálculo do imposto estadual nas operações com energia elétrica
corresponde, exclusivamente, aos valores, ou tarifas, relacionadas ao consumo de
energia elétrica;
iv. razão pela qual a Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição (TUSD), por
remunerar exclusivamente a disponibilização ou uso da rede de distribuição, assim
tratada pela legislação de regência como serviço de transporte é estranha ao fato
6
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gerador possível do imposto. Logo, não pode compor a base de cálculo do ICMS nas
operações com energia elétrica.
7
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A seguir.
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Tal orientação foi seguida desde então por inúmeros julgados (AgRg
no REsp 797.826/MT, 1ª T., Min. Luiz Fux, DJ de 21.06.2007; AgRg
no Ag 828.282/SC, 2ª T., Min. João Otávio de Noronha, DJ de
25.04.2007; REsp 840.285/MT, 1ª T., Min. José Delgado, DJ de
16.10.2006; AgRg no REsp 855.929/SC, 1ª T., Min. Francisco Falcão,
DJ de 16.10.2006; REsp 838.542/MT, 2ª T., Min. Castro Meira, DJ de
25.08.2006
(...)
Acertadas, também, as conclusões que daí se retira em relação ao
ICMS sobre energia elétrica: "O ICMS deve incidir sobre o valor da
energia elétrica efetivamente consumida, isto é, a que for entregue
ao consumidor, a que tenha saído da linha de transmissão e entrado
no estabelecimento da empresa"; ‘Não há hipótese de incidência do
ICMS sobre o valor do contrato referente a garantir demanda
reservada de potência’.” (destaque-se)
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“Trata-se de recurso especial interposto por “Trata-se de recurso especial (fls. 692-701)
RANDOM S.A. IMPLEMENTOS E interposto em face de acórdão do Tribunal
PARTICIPAÇÕES, fundado nas alíneas "a" de Justiça de Santa Catarina que confirmou
Petição Eletrônica juntada ao processo em 01/08/2017 às 13:11:21 pelo usuário: LETÍCIA RODRIGUES MATOS
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elétrica diretamente dos agentes de 222.810/MG (1ª T., Min. José Delgado, DJ
comercialização ou de geração no mercado de 15.05.2000), assim ementado:
livre de energia elétrica – sofre a incidência "TRIBUTÁRIO. ICMS. ENERGIA
do ICMS e/ou compõe a sua base de cálculo. ELÉTRICA. CONTRATO DE
(...) DEMANDA RESERVADA DE
Pois bem. Não desconheço o entendimento POTÊNCIA. FATO GERADOR.
da doutrina e da jurisprudência do STJ pela INCIDÊNCIA.
inexigibilidade do ICMS sobre a TUST e a 1 - O valor da operação, que é a base de
TUSD, ao fundamento de que essas tarifas cálculo lógica e típica no ICMS, como era
remuneram o exercício de uma atividade no regime de ICM, terá de consistir, na
meio de "transporte de energia elétrica" que hipótese de energia elétrica, no valor da
foge ao espectro de incidência do tributo. A operação de que decorrer a entrega do
título ilustrativo, cito os seguintes produto ao consumidor (Gilberto Ulhôa
precedentes de ambas as Turmas de Direito Canto).
Público: 2 - O ICMS deve incidir sobre o valor da
(...) energia elétrica efetivamente consumida,
Ocorre que, depois de refletir mais isto é, a que for entregue ao consumidor,
detidamente, constatei que a controvérsia a que tenha saído da linha de transmissão
também pode ser analisada por outro e entrado no estabelecimento da empresa.
enfoque, o qual leva a conclusão diversa 3 - O ICMS não é imposto incidente
Petição Eletrônica juntada ao processo em 01/08/2017 às 13:11:21 pelo usuário: LETÍCIA RODRIGUES MATOS
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econômicos responsáveis por cada uma tributação da energia elétrica pelo ICMS, do
dessas etapas para a concretização do seguinte modo:
negócio jurídico tributável pelo ICMS, qual (...)
seja, o fornecimento de energia elétrica ao Percebe-se assim que, como afirmado, o
consumidor final. sistema normativo trata a energia
A circunstância de o "consumidor livre" ter elétrica, para fins de incidência do ICMS,
de celebrar um contrato com empresa de como mercadoria (ou seja, como um
geração, em relação à "tarifa de energia", e produto, um bem móvel) e não como
outro com empresa de serviço.
transmissão/distribuição, em relação à "tarifa Sendo assim, também nas operações
de fio", tão somente exterioriza a envolvendo energia elétrica, o ICMS está
decomposição do preço global do submetido à regra geral instituída pela
fornecimento, não desnaturando o fato Lei Complementar 87/96, ou seja, ele
gerador da operação. incide sobre as "operações relativas à
Nessa esteira, destaco que "a definição legal circulação de mercadorias (...)"(art. 2º,
do fato gerador é interpretada abstraindo-se I).
(...) da validade jurídica dos atos 4. Premissa (II) que também justifica a
efetivamente praticados pelos contribuintes, jurisprudência: a energia elétrica só é
responsáveis, ou terceiros, bem como da gerada e só circula quando há consumo:
natureza do seu objeto e dos seus efeitos" (...) Por isso mesmo, não se pode conceber a
Petição Eletrônica juntada ao processo em 01/08/2017 às 13:11:21 pelo usuário: LETÍCIA RODRIGUES MATOS
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Especial 1.649.658/MT
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18/3/2013).
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO
REGIMENTAL. CONTRADIÇÃO.
INEXISTÊNCIA. TRIBUTÁRIO. ICMS.
ENERGIA ELÉTRICA. DEMANDA DE
POTÊNCIA CONTRATADA. FATO
GERADOR. MATÉRIA DECIDIDA PELA
1ª SEÇÃO, NO RESP 960.476/SC, DJ DE
13/05/2009. JULGADO SOB O REGIME
DO ART. 543-C DO CPC.
1. Os embargos de declaração que
enfrentam explicitamente a questão
embargada não enseja recurso especial pela
violação do art. 535, II, do CPC.
2. A regra matriz constitucional estabeleceu
como critério material da hipótese de
incidência do ICMS sobre energia elétrica o
ato de realizar operações envolvendo
energia elétrica, salvo o disposto no art. no
art. 155, § 2º, X, "b". Embora equiparadas
Petição Eletrônica juntada ao processo em 01/08/2017 às 13:11:21 pelo usuário: LETÍCIA RODRIGUES MATOS
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STJ-Petição Eletrônica (EDv) 00366104/2017 recebida em 31/07/2017 16:47:22 (e-STJ Fl.635)
Conforme relatado, por meio do presente trazidos aos autos dados concretos a
recurso especial discute-se se a Tarifa de respeito da possível lesão à economia
Uso do Sistema de Distribuição – TUSD – pública estadual e, ainda, que a
que é paga pelo consumidor que adquire jurisprudência desta eg. Corte de Justiça
energia elétrica diretamente dos agentes tem-se manifestado no mesmo sentido da
de comercialização ou de geração no decisão a quo (fls. 121-123).
mercado livre de energia elétrica – sofre a (...)
incidência do ICMS e/ou compõe a sua O presente recurso não merece ser provido.
base de cálculo. A decisão hostilizada encontra-se vazada
(...) nos seguintes termos:
Pois bem. Não desconheço o De início, cumpre registrar que a
entendimento da doutrina e da legislação de regência do tema da
jurisprudência do STJ pela inexigibilidade suspensão de segurança e de liminar e de
do ICMS sobre a TUST e a TUSD, ao sentença (Leis ns.º 8.437/92 e 12.016/09)
fundamento de que essas tarifas prevê, como requisito autorizador à
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Digo isso porque essa lei, de cunho incidência de ICMS sobre a demanda
eminentemente administrativo e contratada e não utilizada de energia
concorrencial, apenas permite a atuação elétrica.
de mais de um agente econômico numa 4. É pacífico o entendimento de que ‘a
determinada fase do processo de Súmula 166/STJ reconhece que 'não
circulação da energia elétrica (geração). A constitui fato gerador do ICMS o simples
partir dessa norma, o que se tem, na deslocamento de mercadoria de um para
realidade, é uma mera divisão de tarefas, outro estabelecimento do mesmo
de geração, transmissão e distribuição, contribuinte.’
entre os agentes econômicos responsáveis Assim, por evidente, não fazem parte da
por cada uma dessas etapas para a base de cálculo do ICMS a TUST (Taxa de
concretização do negócio jurídico Uso do Sistema de Transmissão de Energia
tributável pelo ICMS, qual seja, o Elétrica) e a TUSD (Taxa de Uso do
fornecimento de energia elétrica ao Sistema de Distribuição de Energia
consumidor final. Elétrica)".
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detida das razões expostas no voto condutor do v. acordão embargado, não são capazes
de sustentar a tributação.
A seguir.
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87/1996.
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1
O tema é especialmente tratado pelo § 6º, art. 15, da Lei n. 9.074/1995, o qual assegura: “(...) aos fornecedores
e respectivos consumidores livre acesso aos sistemas de distribuição e transmissão de concessionário e
permissionário de serviço público, mediante ressarcimento do custo de transporte envolvido, calculado com
base em critérios fixados pelo poder concedente.”.
Instituiu-se, então, o conceito de consumidor livre (Ambiente de Contratação Livre – ACL). Por conseguinte, a
legislação tratou de assegurar o direito de uso das redes de transmissão e distribuição aos consumidores,
Petição Eletrônica juntada ao processo em 01/08/2017 às 13:11:21 pelo usuário: LETÍCIA RODRIGUES MATOS
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direito privado que, de acordo com o art. 110 do CTN4, não podem ter o seu sentido,
conteúdo e alcance alterados pela legislação tributária, muito menos com a finalidade
de ampliar o aspecto material possível da hipótese de incidência do ICMS, prevista na
CF/1988 e na LC n. 87/1996. Vale dizer, o legislador tributário, e com menor razão
a administração tributária, não pode estender o conceito de consumo efetivo de
energia elétrica, único fato imponível possível do ICMS nas operações com
energia elétrica, e incluir, sem fundamento na lei e na Constituição, as etapas de
transmissão e distribuição, claramente anteriores, autônomas e desvinculadas da
“circulação jurídica” da energia consumida.
4
“Art. 110 A lei tributária não pode alterar a definição, o conteúdo e o alcance de institutos, conceitos e formas
de direito privado, utilizados, expressa ou implicitamente, pela Constituição Federal, pelas Constituições dos
Estados, ou pelas Leis Orgânicas do Distrito Federal ou dos Municípios, para definir ou limitar competências
tributárias”.
5
Súmula n. 334/STJ: “O ICMS não incide no serviço dos provedores de acesso à Internet.”
6
“(...) A chamada comunicação eletrônica, entre computadores, somente ocorre através das chamadas linhas
telefônicas de qualquer natureza, ou seja, a cabo ou via satélite. Sem a via telefônica impossível obter acesso à
Internet. Cuida-se, pois, de um serviço adicionado às telecomunicações, como definiu o legislador. O provedor é
usuário do serviço de telecomunicações. Assim o diz a lei.
Conclui-se, portanto, que, nos termos do artigo 110 do Código Tributário Nacional, não podem os Estados
ou o Distrito Federal alterar a definição, o conteúdo e o alcance do conceito de prestação de serviços de
conexão à Internet, para, mediante Convênios Estaduais, tributá-la por meio do ICMS.
Como a prestação de serviços de conexão à Internet não cuida de prestação onerosa de serviços de
comunicação ou de serviços de telecomunicação, mas de serviços de valor adicionado, em face dos
princípios da legalidade e da tipicidade fechada, inerentes ao ramo do direito tributário, deve ser afastada
a aplicação do ICMS pela inexistência na espécie do fato imponível.”
(EREsp n. 456.650/PR, Primeira Seção).
39
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7
A energia elétrica é adquirida por meio de contratos de compra firmados livremente entre o consumidor e o
comercializador ou produtor de energia elétrica, nos termos do artigo 1º, § 3º da Lei n. 10.848/2004 7, nos exatos
termos definidos no Decreto n. 5.163/2004, em especial o art. 1º, § 2º7.
Já para o transporte da energia adquirida até o ponto de consumo, necessário se faz celebrar contratos
específicos, normalmente chamados CUSD (Contrato de Uso de Rede de Distribuição), com a Concessionária
distribuidora, consoante prescrevem as Leis n’s. 9.074/1995, 9.648/1998, 10.438/2002 e 10.848/2004, nos
Decretos n’s 2.003/1996 e 5.163/2004, bem como na Resolução ANEEL n. 281/99 7, primordialmente. A mesma
legislação prevê, ainda, a celebração de Contrato de Conexão ao Sistema de Distribuição (CCD) para acesso à
rede elétrica, custo que se vincula à TUSD.
8
Art. 118 A definição legal do fato gerador é interpretada abstraindo-se:
I - da validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes, responsáveis, ou terceiros, bem
como da natureza do seu objeto ou dos seus efeitos;
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“Art. 3º Os consumidores de energia elétrica das concessionárias ou permissionárias de serviço público que não
Petição Eletrônica juntada ao processo em 01/08/2017 às 13:11:21 pelo usuário: LETÍCIA RODRIGUES MATOS
exercerem a opção prevista nos arts. 15 e 16 da Lei no 9.074, de 7 de julho de 1995, deverão substituir os atuais
contratos de fornecimento de energia por contratos equivalentes de conexão e uso dos sistemas de transmissão e
distribuição e de compra de energia elétrica. (Vide Lei nº 11.943, de 2009)
§ 1o O valor da tarifa de energia elétrica referente aos contratos de compra de que trata o caput será
estabelecido em conformidade com a política energética e por regulamentação da Aneel.
§ 2º A alteração dos contratos de que trata este artigo será realizada sem prejuízo dos direitos estabelecidos nos
contratos em vigor, devendo as concessionárias e permissionárias, com antecedência de no mínimo noventa dias
da sua extinção ou prorrogação automática, encaminhar para o consumidor o texto dos novos contratos.
§ 3º Na aplicação deste artigo, salvo as alterações necessárias para constituição dos contratos de conexão e uso
dos sistemas elétricos, as decorrentes de dispositivos legais supervenientes e as livremente pactuadas pelas
partes, é vedado à concessionária e permissionária introduzir unilateralmente nos novos contratos de
fornecimento outras alterações.
10
Nesse ponto, o Decreto n. 4.562/2002 tratou da abertura dos contratos de fornecimento em contratos
específicos de uso dos sistemas de distribuição e/ou transmissão, conexão e compra de energia 10: “Art. 1º Os
consumidores do Grupo “A”, das concessionárias ou permissionárias de serviço público de geração ou de
distribuição de energia elétrica deverão celebrar contratos distintos para a conexão, uso dos sistemas de
transmissão ou distribuição e compra de energia elétrica, nos termos e condições firmados no art. 9º, do
Decreto nº 62.724, de 17 de maio de 1968, com as alterações do Decreto nº 4.413, de 7 de outubro de 2002.”.
O citado art. 9º, § 2º do Decreto n. 62.724/68 (redação dada pelo Decreto n. 4.667/03), novamente determina que
a ANEEL deverá promover a “(...) substituição dos atuais contratos de fornecimento de energia das
concessionárias ou permissionárias de serviço público de energia elétrica com consumidores do Grupo “A” por
contratos equivalentes de conexão e uso dos sistemas de transmissão ou distribuição e de compra de energia”.
Já o § 1º do art. 1º, do mesmo Decreto n. 4.562/2002 estabelece que na definição do valor das tarifas para os
contratos de uso dos sistemas de transmissão ou distribuição “(...) serão consideradas as parcelas apropriadas
dos custos de transporte e das perdas de energia elétrica, bem como os encargos de conexão e os encargos
setoriais de responsabilidade do segmento de consumo”, conforme regulamentado pela Resolução n. 166/2005
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da ANEEL, em especial os artigos 2º, XI e XII, 12 a 18, que consideram, dentre outros elementos, os encargos
de conexão e encargos setoriais como componentes da TUSD.
11
“Art. 1º
(...)
§ 3º A contratação livre dar-se-á nos termos do art. 10 da Lei no 9.648, de 27 de maio de 1998, mediante
operações de compra e venda de energia elétrica envolvendo os agentes concessionários e autorizados de
geração, comercializadores e importadores de energia elétrica e os consumidores que atendam às condições
previstas nos arts. 15 e 16 da Lei no 9.074, de 7 de julho de 1995, com a redação dada por esta Lei.”
12
“Art. 1º A comercialização de energia elétrica entre concessionários, permissionários e autorizados de serviços
e instalações de energia elétrica, bem como destes com seus consumidores no Sistema Interligado Nacional -
SIN, dar-se-á nos Ambientes de Contratação Regulada ou Livre, nos termos da legislação, deste Decreto e de
atos complementares.
(...)
§ 2o Para fins de comercialização de energia elétrica, entende-se como:
I - ambiente de Contratação Regulada - ACR o segmento do mercado no qual se realizam as operações de
compra e venda de energia elétrica entre agentes vendedores e agentes de distribuição, precedidas de
licitação, ressalvados os casos previstos em lei, conforme regras e procedimentos de comercialização
específicos;
II - ambiente de Contratação Livre - ACL o segmento do mercado no qual se realizam as operações de
compra e venda de energia elétrica, objeto de contratos bilaterais livremente negociados, conforme regras
e procedimentos de comercialização específicos (...).”
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STJ-Petição Eletrônica (EDv) 00366104/2017 recebida em 31/07/2017 16:47:22 (e-STJ Fl.647)
(docs. 6/7), firmados por consumidor livre e cativo, os quais se preserva o nome em
respeito ao sigilo profissional.
IV. DO PEDIDO
13
PLP 352/2002
“Ementa
Altera a Lei Complementar nº 87, de 13 de setembro de 1996, que dispõe sobre o imposto dos Estados e do
Distrito Federal sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de
Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação, e dá outras providências.
Explicação da Ementa
Estabelecendo que a incidência do ICMS sobre a energia elétrica alcance todas as etapas desde a produção ou
importação até a sua destinação final.”
Fonte: http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=101666
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Por fim, declara o advogado que esta subscreve que as cópias que ora
requer a juntada foram extraídas do site desse C. Superior Tribunal de Justiça, e
que são autênticas, sob sua responsabilidade pessoal, nos termos do art. 255,
parágrafo primeiro, alínea “a”, do RISTJ.
Termos em que,
Pede Deferimento.
De São Paulo/SP,
Petição Eletrônica juntada ao processo em 01/08/2017 às 13:11:21 pelo usuário: LETÍCIA RODRIGUES MATOS
RENATO MARCON
OAB/SP N. 222.982
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Petição Eletrônica juntada ao processo em 01/08/2017 às 13:11:21 pelo usuário: LETÍCIA RODRIGUES MATOS STJ-Petição Eletrônica (EDv) 00366104/2017 recebida em 31/07/2017 16:47:22 (e-STJ Fl.649)
ACÓRDÃO
Documento: 1538503 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 27/03/2017 Página 1 de 42
Relator
Petição Eletrônica juntada ao processo em 01/08/2017 às 13:11:21 pelo usuário: LETÍCIA RODRIGUES MATOS
Documento: 1538503 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 27/03/2017 Página 2 de 42
RELATÓRIO
relativas à estrutura física correlata". Aduz que "a celebração de contratos possibilitando o
uso dos sistemas de distribuição não consubstancia fato gerador do imposto, assim como a
mera circulação física ou econômica é irrelevante para configurar o seu fato gerador".
Documento: 1538503 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 27/03/2017 Página 3 de 42
É o relatório.
Petição Eletrônica juntada ao processo em 01/08/2017 às 13:11:21 pelo usuário: LETÍCIA RODRIGUES MATOS
Documento: 1538503 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 27/03/2017 Página 4 de 42
VOTO
tensão igual ou superior a 69 Kv, que podem optar por contratar seu fornecimento,
no todo ou em parte, com produtor independente de energia elétrica.
Documento: 1538503 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 27/03/2017 Página 6 de 42
Explico.
a qual pode ser aferida, exemplificadamente, da conta de energia elétrica de e-STJ fl. 38, na
qual consta que, de um total de R$ 170.074,71, a parcela referente ao Encargo do Uso do
Sistema de Distribuição corresponde a R$ 45.743,69.
Por fim, cumpre lembrar que o mercado livre de energia elétrica está
disponibilizado apenas para os grandes consumidores, o que evidencia que a exclusão do
custo referente à transmissão/distribuição da base de cálculo do ICMS representa uma
vantagem econômica desarrazoada em relação às empresas menores que arcam com o tributo
sobre o "preço cheio" constante de sua conta de energia, subvertendo-se, assim, os postulados
da livre concorrência e da capacidade contributiva.
É como voto.
Documento: 1538503 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 27/03/2017 Página 9 de 42
CERTIDÃO DE JULGAMENTO
PRIMEIRA TURMA
Relator
Exmo. Sr. Ministro GURGEL DE FARIA
Presidente da Sessão
Exmo. Sr. Ministro SÉRGIO KUKINA
Subprocurador-Geral da República
Exmo. Sr. Dr. ALCIDES MARTINS
Secretária
Bela. BÁRBARA AMORIM SOUSA CAMUÑA
AUTUAÇÃO
RECORRENTE : RANDON S/A IMPLEMENTOS E PARTICIPAÇÕES
ADVOGADO : MARCOS SPADA ALIBERTI E OUTRO(S) - SC018539
RECORRIDO : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROCURADOR : HOMERO SO JOBIM NETO E OUTRO(S) - RS020098
ASSUNTO: DIREITO TRIBUTÁRIO - Impostos - ICMS - Imposto sobre Circulação de Mercadorias
Petição Eletrônica juntada ao processo em 01/08/2017 às 13:11:21 pelo usuário: LETÍCIA RODRIGUES MATOS
SUSTENTAÇÃO ORAL
Dr. RENATO MARCON, pela parte RECORRENTE: RANDON S/A IMPLEMENTOS E
PARTICIPAÇÕES e o Dr. ERNESTO JOSÉ TONIOLO, pela parte RECORRIDA: ESTADO DO
RIO GRANDE DO SUL.
CERTIDÃO
Certifico que a egrégia PRIMEIRA TURMA, ao apreciar o processo em epígrafe na sessão
realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão:
Após o voto do Sr. Ministro Relator negando provimento ao recurso especial, pediu vista
antecipada a Sra. Ministra Regina Helena Costa. Aguardam os Srs. Ministros Napoleão Nunes Maia
Filho, Benedito Gonçalves e Sérgio Kukina (Presidente).
Documento: 1538503 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 27/03/2017 Página 1 0 de 42
VOTO-VISTA
artigo 13, § 1º, inciso II, 'a', da LC nº 87/96, é negar vigência ao artigo
110, do CTN [...]" (fl. 217).
II - o valor correspondente a:
[...]
Petição Eletrônica juntada ao processo em 01/08/2017 às 13:11:21 pelo usuário: LETÍCIA RODRIGUES MATOS
CERTIDÃO DE JULGAMENTO
PRIMEIRA TURMA
Relator
Exmo. Sr. Ministro GURGEL DE FARIA
Presidente da Sessão
Exmo. Sr. Ministro SÉRGIO KUKINA
Subprocurador-Geral da República
Exmo. Sr. Dr. MANOEL DO SOCORRO T. PASTANA
Secretária
Bela. BÁRBARA AMORIM SOUSA CAMUÑA
AUTUAÇÃO
RECORRENTE : RANDON S/A IMPLEMENTOS E PARTICIPAÇÕES
ADVOGADO : MARCOS SPADA ALIBERTI E OUTRO(S) - SC018539
RECORRIDO : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROCURADOR : HOMERO SO JOBIM NETO E OUTRO(S) - RS020098
ASSUNTO: DIREITO TRIBUTÁRIO - Impostos - ICMS - Imposto sobre Circulação de Mercadorias
Petição Eletrônica juntada ao processo em 01/08/2017 às 13:11:21 pelo usuário: LETÍCIA RODRIGUES MATOS
CERTIDÃO
Certifico que a egrégia PRIMEIRA TURMA, ao apreciar o processo em epígrafe na sessão
realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão:
Prosseguindo o julgamento, após o voto-vista da Sra. Ministra Regina Helena Costa dando
provimento ao recurso especial, concedendo a segurança para afastar a incidência do ICMS sobre a
Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição-TUSD, divergindo do voto do Sr. Ministro Relator, pediu
vista antecipada o Sr. Ministro Benedito Gonçalves. Aguardam os Srs. Ministros Napoleão Nunes
Maia Filho e Sérgio Kukina (Presidente).
Documento: 1538503 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 27/03/2017 Página 3 1 de 42
CERTIDÃO DE JULGAMENTO
PRIMEIRA TURMA
Relator
Exmo. Sr. Ministro GURGEL DE FARIA
Presidente da Sessão
Exmo. Sr. Ministro SÉRGIO KUKINA
Subprocurador-Geral da República
Exmo. Sr. Dr. ROBERTO LUÍS OPPERMANN THOMÉ
Secretária
Bela. BÁRBARA AMORIM SOUSA CAMUÑA
AUTUAÇÃO
RECORRENTE : RANDON S/A IMPLEMENTOS E PARTICIPAÇÕES
ADVOGADO : MARCOS SPADA ALIBERTI E OUTRO(S) - SC018539
RECORRIDO : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROCURADOR : HOMERO SO JOBIM NETO E OUTRO(S) - RS020098
ASSUNTO: DIREITO TRIBUTÁRIO - Impostos - ICMS - Imposto sobre Circulação de Mercadorias
Petição Eletrônica juntada ao processo em 01/08/2017 às 13:11:21 pelo usuário: LETÍCIA RODRIGUES MATOS
CERTIDÃO
Certifico que a egrégia PRIMEIRA TURMA, ao apreciar o processo em epígrafe na sessão
realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão:
"Adiado por indicação do Sr. Ministro Benedito Gonçalves."
Documento: 1538503 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 27/03/2017 Página 3 2 de 42
EMENTA
VOTO-VISTA
Documento: 1538503 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 27/03/2017 Página 3 3 de 42
Na sequência, a Ministra Regina Helena Costa, ao apresentar seu voto vista na sessão
de 17/11/2016, divergiu do Relator aos seguintes fundamentos:
Documento: 1538503 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 27/03/2017 Página 3 4 de 42
E o relatório.
Documento: 1538503 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 27/03/2017 Página 3 5 de 42
Documento: 1538503 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 27/03/2017 Página 3 6 de 42
de energia elétrica, retiram seu consumo, debitando-se respectivamente, sendo o balanço final de
resultado igual a zero” (CAMPOS, Clever M., Curso Básico de Direito de Energia Elétrica. Rio
de Janeiro, Synergia, 2010, p. 12).
Documento: 1538503 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 27/03/2017 Página 3 7 de 42
consumidor, que ocorre por meio de uma rede interligada, é um todo indissociável, devendo ser
atribuído um tratamento unitário ao sistema.
Documento: 1538503 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 27/03/2017 Página 3 8 de 42
Assim, todo custo despendido para a entrega da energia elétrica, que será efetivamente
consumida, deve integrar a base de cálculo do ICMS (geração, transmissão e distribuição), de
forma que o imposto há de ser calculado sobre o preço praticado na operação final,
entendimento esse que se depreende do estabelecido no art. 9º, |II, da LC 87/1996 e no art. 34, §
9º, do ADCT.
Documento: 1538503 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 27/03/2017 Página 3 9 de 42
Logo, o ICMS-Energia elétrica levará em conta todas as fases anteriores que tornaram
possível o consumo da energia elétrica. Esta fases anteriores, entretanto, não são
dotadas de autonomia apta a ensejar incidências isoladas mas apenas uma, tendo por
único sujeito passivo o consumidor final.
[...] no mencionado art. 34, § 9º, do ADCT, estatuiu que as empresas distribuidoras
'serão as responsáveis' pelo pagamento do ICMS, 'desde a produção ou importação até
a última operação, calculado o imposto sobre o preço então praticado na operação
final' – no mesmo sentido a Lei Complementar 87/96, em seu art. 9º, II, De que ICMS
? Do único devido, pela operação praticada: a que levou - por intermédio da
distribuidora - a energia elétrica, da fonte produtora ao consumidor final.
Insistimos que este tributo incide sobre a realização de operações relativas à
circulação de energia elétrica (havida, pelo menos para fins tributários, como
modalidade de mercadoria). E tal circulação só pode ser jurídica; não meramente
física.
Não desconhecemos que cada etapa deste iter acrescenta riquezas novas, isto é,
aumenta o custo da energia elétrica fornecida ao consumidor final. Mas isto só
repercute na base de cálculo do ICMS, que será, a teor do dispositivo constitucional
transitório em exame, o preço então praticado na operação final
indissociável.
Nessa esteira, cabe salientar que a Constituição Federal, no art. 34, § 9º, do Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias, ao tratar da responsabilidade tributária das
concessionárias distribuidoras em relação aos consumidores que hoje permanecem
"cativos", deixou claro que todas as etapas do processo de fornecimento da energia
elétrica devem ser consideradas na composição do preço final da mercadoria a ser
suportada pelo usuário. Confira-se esse comando constitucional:
§ 9º. Até que lei complementar disponha sobre a matéria, as empresas distribuidoras
de energia elétrica, na condição de contribuintes ou de substitutos tributários, serão as
responsáveis, por ocasião da saída do produto de seus estabelecimentos, ainda que
destinado a outra unidade da Federação, pelo pagamento do imposto sobre operações
relativas à circulação de mercadorias incidente sobre energia elétrica, desde a
produção ou importação até a última operação, calculado o imposto sobre o preço
então praticado na operação final e assegurado seu recolhimento ao Estado ou ao
Distrito Federal, conforme o local deva ocorrer essa operação. (Grifos acrescidos).
Essa regra veio a ser ratificada pela Lei Complementar n. 87/1996, em seu art. 9º, §
1º, II.
Frise-se que a abertura do mercado de energia elétrica, disciplinada pela Lei n.
9.074/1995 (que veio a segmentar o setor), não infirma a regra matriz de incidência do
tributo, nem tampouco repercute na sua base de cálculo.
Digo isso porque essa lei, de cunho eminentemente administrativo e concorrencial,
apenas permite a atuação de mais de um agente econômico numa determinada fase do
Documento: 1538503 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 27/03/2017 Página 4 0 de 42
Ante o exposto, peço vênias à senhora Ministra Regina Helena Costa, que inaugurou a
divergência, para negar provimento ao recurso especial, acompanhando o eminente Relator
Ministro Gurgel de Farias.
Petição Eletrônica juntada ao processo em 01/08/2017 às 13:11:21 pelo usuário: LETÍCIA RODRIGUES MATOS
Documento: 1538503 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 27/03/2017 Página 4 1 de 42
CERTIDÃO DE JULGAMENTO
PRIMEIRA TURMA
Relator
Exmo. Sr. Ministro GURGEL DE FARIA
Presidente da Sessão
Exmo. Sr. Ministro SÉRGIO KUKINA
Subprocuradora-Geral da República
Exma. Sra. Dra. DARCY SANTANA VITOBELLO
Secretária
Bela. BÁRBARA AMORIM SOUSA CAMUÑA
AUTUAÇÃO
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ASSUNTO: DIREITO TRIBUTÁRIO - Impostos - ICMS - Imposto sobre Circulação de Mercadorias
Petição Eletrônica juntada ao processo em 01/08/2017 às 13:11:21 pelo usuário: LETÍCIA RODRIGUES MATOS
CERTIDÃO
Certifico que a egrégia PRIMEIRA TURMA, ao apreciar o processo em epígrafe na sessão
realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão:
Prosseguindo o julgamento, após o voto-vista do Sr. Ministro Benedito Gonçalves, a
Turma, por maioria, vencidos os Srs. Ministros Napoleão Nunes Maia Filho e Regina Helena Costa
(voto-vista), negou provimento ao recurso especial, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator.
Os Srs. Ministros Benedito Gonçalves (voto-vista) e Sérgio Kukina (Presidente) votaram
com o Sr. Ministro Relator.
Documento: 1538503 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 27/03/2017 Página 4 2 de 42
Relator
Documento: 1604366 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 14/06/2017 Página 1 de 6
RELATÓRIO
Nas suas razões (e-STJ fls. 564/571), a empresa aduz que o acórdão
embargado incorreu em obscuridade, quando assenta que as Leis n. 9.074/1995, 9.648/1998 e
10.848/2004 são de "cunho eminentemente administrativo e concorrencial". Afirma também
que a invocação do art. 118, I, do CTN não guarda pertinência com "a reconhecida
possibilidade legal de contratação independentemente das diferentes etapas relacionadas ao
mercado de energia, muito menos tem a força de subverter ou ampliar a base de cálculo do
ICMS em operações cujas etapas anteriores ao consumo, carecer de previsão legal e
constitucional para fins de tributação pelo imposto estadual". Assevera, ainda, que, segundo o
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É o relatório.
Petição Eletrônica juntada ao processo em 01/08/2017 às 13:11:21 pelo usuário: LETÍCIA RODRIGUES MATOS
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VOTO
Importa salientar, ainda, que a citação ao art. 118, I, do CTN foi feita
para respaldar o entendimento de que a decomposição do preço global do fornecimento de
energia elétrica, mediante celebração de contratos específicos com a geradora e a
transmissora/distribuidora, não desnatura o fato gerador do tributo, em conformidade, assim,
com o princípio da realidade, consagrado pelo aludido dispositivo legal.
É como voto.
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CERTIDÃO DE JULGAMENTO
PRIMEIRA TURMA
EDcl no
Número Registro: 2009/0205525-4 PROCESSO ELETRÔNICO REsp 1.163.020 / RS
Relator
Exmo. Sr. Ministro GURGEL DE FARIA
Presidente da Sessão
Exma. Sra. Ministra REGINA HELENA COSTA
Subprocurador-Geral da República
Exmo. Sr. Dr. .
Secretária
Bela. BÁRBARA AMORIM SOUSA CAMUÑA
AUTUAÇÃO
RECORRENTE : RANDON S/A IMPLEMENTOS E PARTICIPAÇÕES
ADVOGADOS : GERMAN ALEJANDRO SAN MARTIN FERNANDEZ E OUTRO(S) -
SP139291
MARCOS SPADA ALIBERTI E OUTRO(S) - SC018539
RENATO MARCON E OUTRO(S) - SP222982
RECORRIDO : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
Petição Eletrônica juntada ao processo em 01/08/2017 às 13:11:21 pelo usuário: LETÍCIA RODRIGUES MATOS
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
EMBARGANTE : RANDON S/A IMPLEMENTOS E PARTICIPAÇÕES
ADVOGADOS : GERMAN ALEJANDRO SAN MARTIN FERNANDEZ E OUTRO(S) -
SP139291
MARCOS SPADA ALIBERTI E OUTRO(S) - SC018539
RENATO MARCON E OUTRO(S) - SP222982
EMBARGADO : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROCURADOR : HOMERO SO JOBIM NETO E OUTRO(S) - RS020098
CERTIDÃO
Certifico que a egrégia PRIMEIRA TURMA, ao apreciar o processo em epígrafe na sessão
realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão:
A Turma, por unanimidade, rejeitou os embargos de declaração, nos termos do voto do Sr.
Ministro Relator.
Os Srs. Ministros Napoleão Nunes Maia Filho, Benedito Gonçalves e Regina Helena
Costa (Presidente) votaram com o Sr. Ministro Relator.
Ausente, ocasionalmente, o Sr. Ministro Sérgio Kukina.
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EMENTA
ACÓRDÃO
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Documento: 864342 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 13/05/2009 Página 2 de 37
RELATÓRIO
(d) os Estados do Acre, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão,
Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio
Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima, Sergipe
e o Distrito Federal (fls. 519-531 e fls. 568-591), alegando que (I) "se a base de cálculo do
imposto é o valor da operação, o valor da energia consumida e o da potência contratada
utilizada, ainda assim, não se revelariam suficientes para traduzir o valor real do negócio
jurídico subjacente, que pressupõe a incorporação de todos os elementos que são adicionados
ao custo da mercadoria, para formação do preço final e somente assim é atendida a correlação
lógica que deve existir entre o fato gerador e o montante sobre o qual deve incidir o imposto"
(fl. 528); (II) "a exclusão do componente tarifário da base de cálculo do imposto, nas
aquisições feitas pelos grandes consumidores, implica dispensar-lhes tratamento privilegiado,
pois os demais, inclusive os residenciais, arcam com seu pagamento, segundo esclarece a
ANEEL:'As tarifas do 'Grupo B' são estabelecidas somente para o componente de consumo
de energia, em reais, por megawatt-hora, considerando que o custo da demanda de potência
está incorporado no custo do fornecimento de energia em megawatt-hora ' (Cadernos
temáticos, 4, 2005), só não sendo objeto de medição porque as variações verificadas no perfil
de consumo não são de modo a exigir alterações substantivas no dimensionamento do sistema
elétrico" (fl. 529).
Também na condição de amicus curiae , manifestou-se pelo provimento do recurso a
Confederação Nacional da Indústria - CNI (fls. 597-606), aduzindo, essencialmente, que "a
hipótese de incidência da exação ora discutida não acontece em relação àquilo que foi
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Documento: 864342 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 13/05/2009 Página 5 de 37
EMENTA
Documento: 864342 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 13/05/2009 Página 6 de 37
3. Premissa (I) que justifica a jurisprudência: para efeito de ICMS, energia elétrica é
mercadoria, e não serviço:
A tributação, por ICMS, das operações envolvendo energia elétrica está prevista
no art. 155 da Constituição nos seguintes termos:
"Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:
(...)
II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de
serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação,
ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior;
(...)
§ 3° À exceção dos impostos de que tratam o inciso II do 'caput' deste
artigo e o art. 153, I e II, nenhum outro imposto poderá incidir sobre
Petição Eletrônica juntada ao processo em 01/08/2017 às 13:11:21 pelo usuário: LETÍCIA RODRIGUES MATOS
que haja consumo. Daí o acerto, mais uma vez, da jurisprudência do STJ: a demanda
de potência de energia simplesmente contratada ou mesmo disponibilizada, mas ainda
não utilizada, não está sujeita à incidência de ICMS, porque o contrato ou a
disponibilização, por si sós, não constituem o fato gerador desse tributo.
Entretanto, isso não significa dizer que o ICMS jamais pode incidir sobre a tarifa
correspondente à demanda de potência elétrica. Tal conclusão não está autorizada
pela jurisprudência do Tribunal. O que a jurisprudência afirma é que nas operações de
energia elétrica o fato gerador do ICMS não é a simples contratação da energia, mas
sim o seu efetivo consumo . Por isso se afirma que, relativamente à demanda de
potência, a sua simples contratação não constitui fato gerador do imposto. Não se
nega, todavia, que a potência elétrica efetivamente utilizada seja fenômeno
incompatível ou estranho ao referido fato gerador. Pelo contrário, as mesmas
premissas teóricas que orientam a jurisprudência do STJ sobre o contrato de demanda,
levam à conclusão (retirada no mínimo a contrario sensu ) de que a potência elétrica,
quando efetivamente utilizada, é parte integrante da operação de energia elétrica e,
como tal, compõe sim o seu fato gerador.
Do que até aqui se expôs, é evidente a importância de fazer a devida distinção
entre demanda de potência contratada e demanda de potência efetivamente utilizada .
Assim como a energia ativa (que, tecnicamente, é medida e expressa quantidade de
quilowatts-hora (kWh) (Resolução ANEEL 456/2000, art. 2º XII), também a potência
elétrica utilizada no consumo está sujeita a medição, que, tecnicamente, se expressa
Documento: 864342 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 13/05/2009 Página 1 2 de 37
O que se quer salientar, com isso, é que, para efeito de faturamento da tarifa de
energia consumida por unidades do Grupo A (em que o valor unitário do kWh
consumido é composto também por um elemento variável), torna-se indispensável o
permanente monitoramento do modo em que o consumo ocorre. Nesses casos,
portanto, a medição da quantidade consumida (o que se faz por uma aparelhagem), e
pela demanda potência elétrica utilizada no consumo (o que se faz por aparelhagem
própria). Daí a distinção, feita expressamente no art. 2º da Resolução ANEEL
456/2000, entre demanda contratada (estabelecida no inciso IX, já transcrito) e
demanda medida , assim conceituada:
"XII - Demanda medida: maior demanda de potência ativa, verificada por
medição, integralizada no intervalo de 15 (quinze) minutos durante o
período de faturamento, expressa em quilowatts (kW)".
É intuitiva a constatação, por isso mesmo, de que a demanda medida pode ser
menor, igual ou maior do que a demanda contratada. É o que também decorre do
mesmo art. 2º da Resolução, que estabelece no inciso X:
Petição Eletrônica juntada ao processo em 01/08/2017 às 13:11:21 pelo usuário: LETÍCIA RODRIGUES MATOS
Bem se vê, destarte, que a real pretensão da autora é haver a repetição do valor do
ICMS incidente sobre a potência elétrica contratada ("reservada"), sem, no entanto,
considerar nem abater a parcela correspondente à potência efetivamente utilizada.
Nessa compreensão, o pedido deve ser acolhido em parte, para condenar a demandada
a restituir a parcela do ICMS sobre a parte da tarifa correspondente à diferença entre a
potência elétrica contratada e a medida, quando esta for menor, conforme ficar
apurado em liquidação (...)”."
3. O caso dos autos é semelhante ao do precedente em que esse voto foi proferido. No
curso da inicial, entre outros fundamentos, afirma a impetrante o seguinte:
“No caso em tela, o tributo denominado ICMS recolhido pela Fazenda Estadual
não deve incidir sobre a parte da conta de energia elétrica referente à 'demanda
constantes nas faturas de energia elétrica, pois esta não tem relação com o valor pago
às concessionárias em função da energia efetivamente consumida no mês. O preço da
Petição Eletrônica juntada ao processo em 01/08/2017 às 13:11:21 pelo usuário: LETÍCIA RODRIGUES MATOS
Em suma: o pedido da impetrante deve ser acolhidos em parte, para reconhecer indevida
a incidência de ICMS sobre a parcela correspondente à demanda de potência elétrica
contratada mas não utilizada .
Documento: 864342 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 13/05/2009 Página 1 8 de 37
QUESTÃO DE ORDEM
Documento: 864342 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 13/05/2009 Página 1 9 de 37
QUESTÃO DE ORDEM
VOTO-VENCIDO
Documento: 864342 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 13/05/2009 Página 2 0 de 37
VOTO-VENCIDO
EXMO. SR. MINISTRO CASTRO MEIRA: Sr. Presidente, a matéria tem sido
bastante debatida. Já levamos esta questão à Turma, à Seção, o processo ficou suspenso e ouvimos
o brilhante voto do Ministro Teori Albino Zavascki, cujas premissas, em muitos pontos, em quase
todo o desenvolvimento, coincide com o voto-vista que eu havia também apresentado no Recurso
Especial nº 586.120/MG.
Relembro o voto que proferi naquela ocasião, apenas fazendo breves achegas que me
ocorreram posteriormente.
Começo por mostrar que o mercado de energia elétrica divide-se, atualmente, entre
consumidores livres, que podem optar pelo fornecedor, e os consumidores cativos, que estão
vinculados à concessionária que detém aquela exploração na área onde estão situados. A diferença
substancial entre esses dois tipos de consumidores está na quantidade de energia demandada. Se a
tensão de fornecimento for igual a três megawatts e 69.000 volts, adquire o consumidor a liberdade
de escolher o fornecedor de sua energia, sendo possível a contratação de distribuidor de outra
localidade ou até mesmo de produtor independente.
Petição Eletrônica juntada ao processo em 01/08/2017 às 13:11:21 pelo usuário: LETÍCIA RODRIGUES MATOS
Documento: 864342 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 13/05/2009 Página 2 1 de 37
Isso está também na resolução da ANEEL, no inciso XXXV, quando diz que:
Aqui, já foi sublinhado muito bem a necessidade que têm os grandes consumidores de
se aproximar o quanto possível desse montante, devido à tarifa de ultrapassagem.
Assim, a tarifa é binômia, já que abrange, além do valor da energia elétrica
efetivamente consumida, o valor devido a título de demanda contratada, nos termos do art. 2º,
XXXVI, da Resolução, que dispõe:
Petição Eletrônica juntada ao processo em 01/08/2017 às 13:11:21 pelo usuário: LETÍCIA RODRIGUES MATOS
'Uma casa de praia (Casa 1) tem apenas uma lâmpada de 100 Watts, ou
seja, de 0,1 kW, ligada 24 horas por dia, ininterruptamente. A casa vizinha (Casa 2)
tem apenas um chuveiro elétrico de 4,8 kW que é ligado por apenas trinta minutos, a
cada dia. No final de um mês, os medidores de energia de cada casa terão
registrado exatamente o mesmo consumo, ou seja, 72 kWh, mas não a mesma
demanda.
Se as casas fossem dotadas de medidores de demanda, a primeira casa
teria registrado a demanda de 0,1 kW no mês, enquanto a casa vizinha teria
registrado a demanda de 4,8 kW'.
Documento: 864342 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 13/05/2009 Página 2 7 de 37
VOTO
Documento: 864342 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 13/05/2009 Página 2 8 de 37
VOTO VENCIDO
Documento: 864342 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 13/05/2009 Página 2 9 de 37
Documento: 864342 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 13/05/2009 Página 3 1 de 37
VOTO
Documento: 864342 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 13/05/2009 Página 3 2 de 37
Documento: 864342 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 13/05/2009 Página 3 3 de 37
VOTO
Sr. Presidente, concordo com a delimitação feita para fixação da abrangência do fato
gerador apresentada no voto do eminente Ministro Relator. Entendo que não estamos
confundindo a situação de política tarifária, como foi dito anteriormente, com a delimitação
do fato gerador.
Pedindo vênia ao Sr. Ministro Castro Meira, que divergiu da posição do Sr. Ministro
Teori Albino Zavascki, dou parcial provimento ao recurso especial.
Petição Eletrônica juntada ao processo em 01/08/2017 às 13:11:21 pelo usuário: LETÍCIA RODRIGUES MATOS
Documento: 864342 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 13/05/2009 Página 3 4 de 37
VOTO-VOGAL
ser ICMS.
Adiro inteiramente ao voto do Sr. Ministro Relator, que desceu a detalhes
e, por isso, me confundi, dando parcial provimento ao recurso especial.
Documento: 864342 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 13/05/2009 Página 3 5 de 37
VOTO-VENCIDO
Documento: 864342 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 13/05/2009 Página 3 6 de 37
Relator
Exmo. Sr. Ministro TEORI ALBINO ZAVASCKI
Presidente da Sessão
Exmo. Sr. Ministro LUIZ FUX
Subprocurador-Geral da República
Exmo. Sr. Dr. MOACIR GUIMARÃES MORAIS FILHO
Secretária
Bela. Carolina Véras
AUTUAÇÃO
RECORRENTE : MONTEGUTI INDÚSTRIA COMÉRCIO E TRANSPORTES LTDA
ADVOGADO : FELIPE DE SOUTO E OUTRO(S)
RECORRIDO : ESTADO DE SANTA CATARINA
PROCURADOR : RICARDO DE ARAÚJO GAMA E OUTRO(S)
ASSUNTO: Tributário - ICMS - Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços
SUSTENTAÇÃO ORAL
Petição Eletrônica juntada ao processo em 01/08/2017 às 13:11:21 pelo usuário: LETÍCIA RODRIGUES MATOS
Carolina Véras
Secretária
Documento: 864342 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 13/05/2009 Página 3 7 de 37
ACÓRDÃO
Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, decide a
Petição Eletrônica juntada ao processo em 01/08/2017 às 13:11:21 pelo usuário: LETÍCIA RODRIGUES MATOS
Egrégia PRIMEIRA SEÇÃO do Superior Tribunal de Justiça, por maioria, vencida em parte a
Sra. Ministra Denise Arruda, rejeitar os embargos de declaração, nos termos do voto do Sr.
Ministro Relator. Os Srs. Ministros Castro Meira, Humberto Martins, Herman Benjamin,
Mauro Campbell Marques, Benedito Gonçalves e Eliana Calmon votaram com o Sr. Ministro
Relator.
Ausente, justificadamente, o Sr. Ministro Francisco Falcão.
Brasília, 24 de junho de 2009.
Documento: 897923 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 03/08/2009 Página 1 de 13
RELATÓRIO
Documento: 897923 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 03/08/2009 Página 3 de 13
VOTO
Documento: 897923 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 03/08/2009 Página 4 de 13
3. Premissa (I) que justifica a jurisprudência: para efeito de ICMS, energia elétrica é
mercadoria, e não serviço. (item 3 do voto - fls. 667/668)
Petição Eletrônica juntada ao processo em 01/08/2017 às 13:11:21 pelo usuário: LETÍCIA RODRIGUES MATOS
691/692).
(...)
Todavia, diante do voto-vista do Min. Castro Meira - proferido no recurso em
mandado de segurança 21.748 - passei a manifestar meu entendimento no sentido de
que deve incidir o ICMS na operação de energia elétrica conhecida como "demanda
contratada".
De fato, a própria agência reguladora do sistema elétrico entende que a
responsabilidade da distribuidora vai até a disponibilização da energia elétrica no
ponto de conexão do sistema elétrico. A partir daí, se a energia será ou não
consumida, não interessa para a incidência do ICMS.
O importante é que a energia foi disponibilizada ao consumidor, e que esta mesma
energia não retorna ao poder da distribuidora, tampouco poderá ela ser vendida a
terceiros, ou seja, a transferência da mercadoria esgotou-se no momento em que foi
colocada à disposição no ponto de conexão.
Desta forma, se a empresa reservou energia perante a distribuidora de energia elétrica,
deverá pagar ICMS, tendo como base de cálculo toda esta "reserva contratada" ,
independente ou não de tê-la utilizado" (fls. 688/690).
"3. Assim, para efeito de base de cálculo de ICMS (tributo cujo fato gerador supõe o
efetivo consumo de energia), o valor da tarifa a ser levado em conta é o
correspondente à demanda de potência efetivamente utilizada no período de
faturamento, como tal considerada a demanda medida , segundo os métodos de
medição a que se refere o art. 2º, XII, da Resolução ANEEL 456/2000,
independentemente de ser ela menor, igual ou maior que a demanda contratada." (fls.
665)
(...) o valor da tarifa mensal leva em consideração, como já se disse, não apenas a
quantidade de kWh consumida no período de faturamento, mas também o modo como
esse consumo ocorreu nesse período. Nesse caso, o valor unitário de cada kW
consumido leva em conta dois elementos (daí denominar-se tarifa binômia), a saber:
Petição Eletrônica juntada ao processo em 01/08/2017 às 13:11:21 pelo usuário: LETÍCIA RODRIGUES MATOS
(a) um de valor unitário fixo, que é multiplicado pela quantidade de kWh consumida
no período, e outro (b) de valor unitário variável, fixado de acordo com as condições
de utilização da demanda de potência elétrica no período de faturamento, para o que
se considera, entre outros fatores, (b.1) o horário do dia em que o consumo se deu
(nos horários de ponta a energia é mais cara; de madrugada é mais barata), (b.2) o dia
da semana em que ocorreu o consumo (nos dias úteis é mais cara; nos domingos e
feriados é mais barata), (b.3) a época do ano em que a energia é consumida (em época
de seca é mais cara; em período úmido é mais barata), e assim por diante. A
especificação desses elementos de cálculo constam dos artigos 49 a 52 da Resolução
ANEEL 456/2000.
Documento: 897923 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 03/08/2009 Página 9 de 13
VOTO VENCIDO
Documento: 897923 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 03/08/2009 Página 1 1 de 13
CERTIDÃO DE JULGAMENTO
PRIMEIRA SEÇÃO
EDcl no
Número Registro: 2007/0136295-0 REsp 960476 / SC
Relator
Exmo. Sr. Ministro TEORI ALBINO ZAVASCKI
Presidente da Sessão
Exmo. Sr. Ministro LUIZ FUX
Subprocurador-Geral da República
Exmo. Sr. Dr. MOACIR GUIMARÃES MORAES FILHO
Secretária
Bela. Carolina Véras
AUTUAÇÃO
RECORRENTE : MONTEGUTI INDÚSTRIA COMÉRCIO E TRANSPORTES LTDA
ADVOGADO : FELIPE DE SOUTO E OUTRO(S)
RECORRIDO : ESTADO DE SANTA CATARINA
PROCURADOR : RICARDO DE ARAÚJO GAMA E OUTRO(S)
ASSUNTO: Tributário - ICMS - Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços
Petição Eletrônica juntada ao processo em 01/08/2017 às 13:11:21 pelo usuário: LETÍCIA RODRIGUES MATOS
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
EMBARGANTE : MONTEGUTI INDÚSTRIA COMÉRCIO E TRANSPORTES LTDA
ADVOGADO : TIAGO CONDE TEIXEIRA E OUTRO(S)
EMBARGADO : ESTADO DE SANTA CATARINA
PROCURADOR : RICARDO DE ARAÚJO GAMA E OUTRO(S)
CERTIDÃO
Certifico que a egrégia PRIMEIRA SEÇÃO, ao apreciar o processo em epígrafe na sessão
realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão:
"A Seção, por maioria, vencida em parte a Sra. Ministra Denise Arruda, rejeitou os
embargos de declaração, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator."
Os Srs. Ministros Castro Meira, Humberto Martins, Herman Benjamin, Mauro Campbell
Marques, Benedito Gonçalves e Eliana Calmon votaram com o Sr. Ministro Relator.
Ausente, justificadamente, o Sr. Ministro Francisco Falcão.
Documento: 897923 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 03/08/2009 Página 1 2 de 13
Carolina Véras
Secretária
Petição Eletrônica juntada ao processo em 01/08/2017 às 13:11:21 pelo usuário: LETÍCIA RODRIGUES MATOS
Documento: 897923 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 03/08/2009 Página 1 3 de 13
ACÓRDÃO
Documento: 1593478 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 05/05/2017 Página 2 de 10
RELATÓRIO
O recorrente alega que houve violação dos arts. 949 e 1.022 do CPC; 19
do Convênio ICMS 66/1988; 6°, §§ 1° e 2°, e 9°, § 1°, II, da LC 87/1996.
Afirma que, no preço praticado na operação final, devem ser incluídos os
serviços de distribuição, transmissão e transporte, ou seja, "todo o custo necessário
para a colocação da energia elétrica disponível para utilização na unidade
consumidora" (fl. 269).
Sustenta que a base de cálculo do ICMS sobre consumo de energia
elétrica deve representar "o valor da operação da qual decorra a entrega de energia
elétrica ao consumidor, vale dizer, o preço realmente praticado na operação final,
consoante estabelecido no art. 39, § 4°, do ADCT, da CR/1988, ainda que se cuide de
demanda de potência desde que efetivamente utilizada" (fl. 272).
Assevera que a Súmula 166/STJ "em nada tem a com o presente caso"
(fl. 275), pois não se está cobrando ICMS sobre deslocamento de mercadoria entre
Documento: 1593478 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 05/05/2017 Página 3 de 10
Documento: 1593478 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 05/05/2017 Página 4 de 10
VOTO
operação".
O STJ possui entendimento consolidado de que a Tarifa de Utilização do
Sistema de Distribuição – TUSD não integra a base de cálculo do ICMS sobre o
consumo de energia elétrica, uma vez que o fato gerador ocorre apenas no momento
em que a energia sai do estabelecimento fornecedor e é efetivamente consumida.
Assim, tarifa cobrada na fase anterior do sistema de distribuição não compõe o valor
da operação de saída da mercadoria entregue ao consumidor. Confiram-se:
Documento: 1593478 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 05/05/2017 Página 9 de 10
CERTIDÃO DE JULGAMENTO
SEGUNDA TURMA
Relator
Exmo. Sr. Ministro HERMAN BENJAMIN
Presidente da Sessão
Exma. Sra. Ministra ASSUSETE MAGALHÃES
Subprocurador-Geral da República
Exmo. Sr. Dr. JOSÉ FLAUBERT MACHADO ARAÚJO
Secretária
Bela. VALÉRIA ALVIM DUSI
AUTUAÇÃO
RECORRENTE : ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL
PROCURADOR : GABRIELA N NEVES P L DINIZ E OUTRO(S) - MT005219
RECORRIDO : MOTO CAMPO LTDA
ADVOGADO : DORAÍDES JOSÉ DOS REIS - MT018883
Petição Eletrônica juntada ao processo em 01/08/2017 às 13:11:21 pelo usuário: LETÍCIA RODRIGUES MATOS
CERTIDÃO
Certifico que a egrégia SEGUNDA TURMA, ao apreciar o processo em epígrafe na sessão
realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão:
"A Turma, por unanimidade, negou provimento ao recurso, nos termos do voto do(a)
Sr(a). Ministro(a)-Relator(a)."
Os Srs. Ministros Og Fernandes, Mauro Campbell Marques, Assusete Magalhães
(Presidente) e Francisco Falcão votaram com o Sr. Ministro Relator.
Documento: 1593478 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 05/05/2017 Página 1 0 de 10
ACÓRDÃO
Documento: 1509518 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 20/05/2016 Página 2 de 7
RELATÓRIO
interpõe agravo regimental contra decisão que proferi, indeferindo o pedido por ele formulado
2015.0001.010802-1, no Tribunal de Justiça, por meio do qual foi deferido o pedido liminar
formulado por Facilita Serviços Ltda. no sentido de retirar “da base de cálculo do ICMS
incidente sobre o consumo de energia elétrica da agravante [...] a Taxa de Uso do Sistema de
Na ocasião considerei que não teriam sido trazidos aos autos dados concretos a
respeito da possível lesão à economia pública estadual e, ainda, que a jurisprudência desta eg.
Corte de Justiça tem-se manifestado no mesmo sentido da decisão a quo (fls. 121-123).
Petição Eletrônica juntada ao processo em 01/08/2017 às 13:11:21 pelo usuário: LETÍCIA RODRIGUES MATOS
evidente.
É o relatório.
Documento: 1509518 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 20/05/2016 Página 3 de 7
VOTO
Documento: 1509518 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 20/05/2016 Página 5 de 7
O agravante limita-se a afirmar que esta Corte de Justiça não teria ainda
taxas TUST e TUSD, mas não cita um precedente sequer no sentido de sua pretensão. Em
sentido oposto, várias foram as decisões invocadas pela parte autora no bojo da ação
também não se mostra suficiente à concessão da pretendida contracautela, uma vez que a
regimental.
É o voto.
Petição Eletrônica juntada ao processo em 01/08/2017 às 13:11:21 pelo usuário: LETÍCIA RODRIGUES MATOS
Documento: 1509518 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 20/05/2016 Página 6 de 7
CERTIDÃO DE JULGAMENTO
CORTE ESPECIAL
AgRg na
Número Registro: 2015/0320218-4 SLS 2.103 / PI
Relator
Exmo. Sr. Ministro PRESIDENTE DO STJ
Presidente da Sessão
Exma. Sra. Ministra LAURITA VAZ
Subprocuradora-Geral da República
Exma. Sra. Dra. ELA WIECKO VOLKMER DE CASTILHO
Secretária
Bela. VÂNIA MARIA SOARES ROCHA
AUTUAÇÃO
REQUERENTE : ESTADO DO PIAUÍ
PROCURADOR : JOSÉ CARLOS BASTOS SILVA FILHO E OUTRO(S)
REQUERIDO : DESEMBARGADOR RELATOR DO AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº
201500010108021 DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PIAUÍ
INTERES. : FACILITA SERVIÇOS LTDA
Petição Eletrônica juntada ao processo em 01/08/2017 às 13:11:21 pelo usuário: LETÍCIA RODRIGUES MATOS
AGRAVO REGIMENTAL
AGRAVANTE : ESTADO DO PIAUÍ
PROCURADORES : MÁRCIA MARIA MACÊDO FRANCO
JOSÉ CARLOS BASTOS SILVA FILHO E OUTRO(S)
AGRAVADO : FACILITA SERVIÇOS LTDA
REQUERIDO : DESEMBARGADOR RELATOR DO AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº
201500010108021 DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PIAUÍ
CERTIDÃO
Certifico que a egrégia CORTE ESPECIAL, ao apreciar o processo em epígrafe na sessão
realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão:
A Corte Especial, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos
do voto do Sr. Ministro Relator.
Os Srs. Ministros Felix Fischer, João Otávio de Noronha, Humberto Martins, Herman
Benjamin, Napoleão Nunes Maia Filho, Jorge Mussi, Og Fernandes, Luis Felipe Salomão, Mauro
Campbell Marques, Benedito Gonçalves e Raul Araújo votaram com o Sr. Ministro Relator.
Ausentes, justificadamente, as Sras. Ministras Nancy Andrighi e Maria Thereza de Assis
Moura.
Presidiu o julgamento a Sra. Ministra Laurita Vaz.
Documento: 1509518 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 20/05/2016 Página 7 de 7
REsp 1.163.020/RS
REMESSA
__________________________________________
STJ - COORDENADORIA DA PRIMEIRA TURMA
*Assinado por ADRIANA DOS SANTOS SANTANA, Técnico
Judiciário,
em 01 de agosto de 2017
Documento eletrônico juntado ao processo em 01/08/2017 às 13:56:57 pelo usuário: ADRIANA DOS SANTOS SANTANA
* Assinado eletronicamente nos termos do Art. 1º § 2º inciso III alínea "b" da Lei 11.419/2006
(e-STJ Fl.856)
CERTIDÃO
Atribuição em 17/06/2011
Ministro Relator : RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA TERCEIRA TURMA
Ministro Relator para Acórdao :
Ministro Revisor :
Fase Atual
04/09/2012 Processo conexo ao REsp 1342190(201201815360)
4ª Região
50016424120104047
Assunto: DIREITO TRIBUTÁRIO - Contribuições - Contribuições Sociais - Contribuição Social sobre o Lucro
Líquido
Registro em 26/04/2017
Ministro Relator :
Ministro Relator para Acórdao :
Ministro Revisor :
Fase Atual
01/08/2017 Proferido despacho de mero expediente determinando remessa dos autos ao Supremo
Tribunal Federal (Publicação prevista para 03/08/2017)
02/06/2017 Conclusos para decisão ao(à) Ministro(a) BENEDITO GONÇALVES (Relator) com parecer
do MPF e petição
Distribuição em 24/03/2017
Ministro Relator : NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO PRIMEIRA TURMA
Ministro Relator para Acórdao :
Ministro Revisor :
Fase Atual
24/03/2017 Conclusos para decisão ao(à) Ministro(a) NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO (Relator) - pela
SJD
Distribuição
Encaminhamento
EMENTA
DECISÃO
Documento eletrônico VDA17107204 assinado eletronicamente nos termos do Art.1º §2º inciso III da Lei 11.419/2006
Signatário(a): MINISTRA Maria Thereza de Assis Moura Assinado em: 07/08/2017 18:10:44
Publicação no DJe/STJ nº 2259 de 14/08/2017. Código de Controle do Documento: 153231D2-F562-4233-BE0D-8A4323B92BD7
(e-STJ Fl.865)
Documento eletrônico VDA17107204 assinado eletronicamente nos termos do Art.1º §2º inciso III da Lei 11.419/2006
Signatário(a): MINISTRA Maria Thereza de Assis Moura Assinado em: 07/08/2017 18:10:44
Publicação no DJe/STJ nº 2259 de 14/08/2017. Código de Controle do Documento: 153231D2-F562-4233-BE0D-8A4323B92BD7
(e-STJ Fl.866)
Documento eletrônico VDA17107204 assinado eletronicamente nos termos do Art.1º §2º inciso III da Lei 11.419/2006
Signatário(a): MINISTRA Maria Thereza de Assis Moura Assinado em: 07/08/2017 18:10:44
Publicação no DJe/STJ nº 2259 de 14/08/2017. Código de Controle do Documento: 153231D2-F562-4233-BE0D-8A4323B92BD7
(e-STJ Fl.867)
EREsp 1163020/RS
PUBLICAÇÃO
* Assinado eletronicamente nos termos do Art. 1º § 2º inciso III alínea "b" da Lei 11.419/2006
(e-STJ Fl.868)
TERMO DE CIÊNCIA
Documento assinado via Token digitalmente por FLAVIO GIRON, em 15/08/2017 19:36. Para verificar a assinatura acesse
EMBARGANTE: RANDON S/A IMPLEMENTOS E PARTICIPAÇÕES
EMBARGADO: ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
RELATORA: EXMA. SRA. MINISTRA MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA
FLÁVIO GIRON
SUBPROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
EREsp 1163020
TERMO DE CIÊNCIA
EREsp 1.163.020/RS
CERTIDÃO DE TRÂNSITO
__________________________________________
STJ - COORDENADORIA DA CORTE ESPECIAL
*Assinado por LUIS ALCINDO SIQUEIRA BARBOSA
Documento eletrônico juntado ao processo em 05/09/2017 às 15:04:29 pelo usuário: LUIS ALCINDO SIQUEIRA BARBOSA
* Assinado eletronicamente nos termos do Art. 1º § 2º inciso III alínea "b" da Lei 11.419/2006
(e-STJ Fl.872)
EREsp 1.163.020/RS
REMESSA
__________________________________________
STJ - COORDENADORIA DA CORTE ESPECIAL
*Assinado por FRANCO DEYBSON SORIANO DE ARAÚJO,
Assessor B,
em 06 de setembro de 2017
* Assinado eletronicamente nos termos do Art. 1º § 2º inciso III alínea "b" da Lei 11.419/2006
Documento eletrônico VDA17358461 assinado eletronicamente nos termos do Art.1º §2º inciso III da Lei 11.419/2006
Signatário(a): FRANCO DEYBSON SORIANO DE ARAÚJO, COORDENADORIA DA CORTE ESPECIAL Assinado em: 06/09/2017 12:05:54
Código de Controle do Documento: AFAF6521-B61F-4B28-8F4A-79FCE40D3451
(e-STJ Fl.873)
Distribuição
Encaminhamento
EREsp 1163020
EREsp 1.163.020/RS
RECEBIMENTO
__________________________________________
STJ - COORDENADORIA DA PRIMEIRA SEÇÃO
Documento eletrônico juntado ao processo em 22/11/2017 às 09:37:33 pelo usuário: DANIEL DA SILVA COUTINHO
* Assinado eletronicamente nos termos do Art. 1º § 2º inciso III alínea "b" da Lei 11.419/2006
(e-STJ Fl.876)
EREsp 1.163.020/RS
JUNTADA
__________________________________________
STJ - COORDENADORIA DA PRIMEIRA SEÇÃO
*Assinado por ANDREA CRISTINA LEITE NUNES
em 22 de novembro de 2017 às 09:52:07
* Assinado eletronicamente nos termos do Art. 1º § 2º inciso III alínea "b" da Lei 11.419/2006
STJ-Petição Eletrônica (PET) 00626105/2017 recebida em 21/11/2017 17:40:42 (e-STJ Fl.877)
1
Julgamento anulado, por vício formal (ausência de publicação da pauta).
4
Art. 1.036.
[...]
§ 4o A escolha feita pelo presidente ou vice-presidente do tribunal
de justiça ou do tribunal regional federal não vinculará o relator
no tribunal superior, que poderá selecionar outros recursos
representativos da controvérsia.
§ 5o O relator em tribunal superior também poderá selecionar 2
Petição Eletrônica juntada ao processo em 22/11/2017 às 09:52:06 pelo usuário: ANDREA CRISTINA LEITE NUNES
10
4. Do pedido
EREsp 1.163.020/RS
CONCLUSÃO
__________________________________________
STJ - COORDENADORIA DA PRIMEIRA SEÇÃO
*Assinado por GILSON CARNEIRO DE ALMEIDA,
Coordenador em exercício,
em 22 de novembro de 2017
* Assinado eletronicamente nos termos do Art. 1º § 2º inciso III alínea "b" da Lei 11.419/2006
Documento eletrônico VDA17947461 assinado eletronicamente nos termos do Art.1º §2º inciso III da Lei 11.419/2006
Signatário(a): GILSON CARNEIRO DE ALMEIDA, COORDENADORIA DA PRIMEIRA SEÇÃO Assinado em: 22/11/2017 13:59:26
Código de Controle do Documento: 8F84BFC1-01FB-43F1-A7E3-C7EB27643D84
(e-STJ Fl.889)
CERTIDÃO DE JULGAMENTO
PRIMEIRA SEÇÃO
ProAfR nos
Número Registro: 2009/0205525-4 PROCESSO ELETRÔNICO EREsp 1.163.020 /
RS
Relator
Exmo. Sr. Ministro HERMAN BENJAMIN
Presidente da Sessão
Exmo. Sr. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES
Secretária
Bela. Carolina Véras
PROPOSTA DE AFETAÇÃO
EMBARGANTE : RANDON S/A IMPLEMENTOS E PARTICIPAÇÕES
ADVOGADOS : GERMAN ALEJANDRO SAN MARTIN FERNANDEZ E OUTRO(S) -
SP139291
MARCOS SPADA ALIBERTI E OUTRO(S) - SC018539
RENATO MARCON E OUTRO(S) - SP222982
EMBARGADO : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROCURADOR : HOMERO SO JOBIM NETO E OUTRO(S) - RS020098
CERTIDÃO
Certifico que a egrégia PRIMEIRA SEÇÃO, ao apreciar o processo em epígrafe na
sessão virtual com término nesta data, proferiu a seguinte decisão:
A PRIMEIRA SEÇÃO, por maioria, afetou o processo ao rito dos recursos
repetitivos (RISTJ, art. 257-C), suspendendo a tramitação de processos em todo território
nacional, inclusive os que tramitem nos juizados especiais, conforme proposta do Sr.
Ministro Relator.
Votaram com o Sr. Ministro Relator os Ministros Benedito Gonçalves, Sérgio
Kukina, Gurgel de Faria e Francisco Falcão. Quanto à afetação do processo, divergiram os
Srs. Ministros Napoleão Nunes Maia Filho, Og Fernandes, Assusete Magalhães e Regina
Helena Costa.
Documento eletrônico VDA18007891 assinado eletronicamente nos termos do Art.1º §2º inciso III da Lei 11.419/2006
Signatário(a): ZILDA CAROLINA VÉRAS RIBEIRO DE SOUZA, COORDENADORIA DA PRIMEIRA SEÇÃO Assinado em: 29/11/2017 18:29:54
Código de Controle do Documento: 6D68591A-4619-40BF-B701-4F2918C7917F
(e-STJ Fl.890)
EREsp 1.163.020/RS
RECEBIMENTO
__________________________________________
STJ - COORDENADORIA DA PRIMEIRA SEÇÃO
*Assinado por MÁRCIA RAQUEL MORAES OLIVEIRA
em 30 de novembro de 2017 às 16:00:07
* Assinado eletronicamente nos termos do Art. 1º § 2º inciso III alínea "b" da Lei 11.419/2006
(e-STJ Fl.891)
EMENTA
ACÓRDÃO
HB02
EREsp 1163020 Petição : 201700IJ1030 C5425485518451:0209911@ C830881191704320@
2009/0205525-4 Documento Página 1 de 1
Documento eletrônico VDA18121438 assinado eletronicamente nos termos do Art.1º §2º inciso III da Lei 11.419/2006
Signatário(a): MINISTRO Herman Benjamin Assinado em: 13/12/2017 17:17:51
Publicação no DJe/STJ nº 2341 de 15/12/2017. Código de Controle do Documento: AD1FFF22-D42B-4434-80C3-8D3DBEEACDAC
(e-STJ Fl.892)
RELATÓRIO
Documento eletrônico VDA17943922 assinado eletronicamente nos termos do Art.1º §2º inciso III da Lei 11.419/2006
Signatário(a): MINISTRO Herman Benjamin Assinado em: 21/11/2017 20:08:03
Código de Controle do Documento: A8CD7CC7-7E80-4D14-B602-B90EBE927454
(e-STJ Fl.893)
HB02
EREsp 1163020 Petição : 201700IJ1030 C5425485518451:0209911@ C=040<5113584155@
2009/0205525-4 Documento Página 2 de 4
Documento eletrônico VDA17943922 assinado eletronicamente nos termos do Art.1º §2º inciso III da Lei 11.419/2006
Signatário(a): MINISTRO Herman Benjamin Assinado em: 21/11/2017 20:08:03
Código de Controle do Documento: A8CD7CC7-7E80-4D14-B602-B90EBE927454
(e-STJ Fl.894)
VOTO
HB02
EREsp 1163020 Petição : 201700IJ1030 C5425485518451:0209911@ C=040<5113584155@
2009/0205525-4 Documento Página 3 de 4
Documento eletrônico VDA17943922 assinado eletronicamente nos termos do Art.1º §2º inciso III da Lei 11.419/2006
Signatário(a): MINISTRO Herman Benjamin Assinado em: 21/11/2017 20:08:03
Código de Controle do Documento: A8CD7CC7-7E80-4D14-B602-B90EBE927454
(e-STJ Fl.895)
HB02
EREsp 1163020 Petição : 201700IJ1030 C5425485518451:0209911@ C=040<5113584155@
2009/0205525-4 Documento Página 4 de 4
Documento eletrônico VDA17943922 assinado eletronicamente nos termos do Art.1º §2º inciso III da Lei 11.419/2006
Signatário(a): MINISTRO Herman Benjamin Assinado em: 21/11/2017 20:08:03
Código de Controle do Documento: A8CD7CC7-7E80-4D14-B602-B90EBE927454
(e-STJ Fl.896)
VOTO
28/11/2017 15:44:41
EREsp 1163020 Petição : 201700IJ1030 C5425485518451:0209911@ C=0483040=04=<05@
2009/0205525-4 Documento Página 1 de 1
Documento eletrônico VDA17992208 assinado eletronicamente nos termos do Art.1º §2º inciso III da Lei 11.419/2006
Signatário(a): MINISTRO Og Fernandes Assinado em: 28/11/2017 15:47:06
Código de Controle do Documento: 7B98BA7A-35E8-4FE8-BA77-478267A2D504
(e-STJ Fl.897)
VOTO
Documento eletrônico VDA17975108 assinado eletronicamente nos termos do Art.1º §2º inciso III da Lei 11.419/2006
Signatário(a): MINISTRA Regina Helena Costa Assinado em: 24/11/2017 18:15:17
Código de Controle do Documento: E40BEA2D-6180-49F3-83D9-067803A1570E
(e-STJ Fl.898)
Documento eletrônico VDA17975108 assinado eletronicamente nos termos do Art.1º §2º inciso III da Lei 11.419/2006
Signatário(a): MINISTRA Regina Helena Costa Assinado em: 24/11/2017 18:15:17
Código de Controle do Documento: E40BEA2D-6180-49F3-83D9-067803A1570E
(e-STJ Fl.899)
ADITAMENTO AO VOTO
Documento eletrônico VDA17980622 assinado eletronicamente nos termos do Art.1º §2º inciso III da Lei 11.419/2006
Signatário(a): MINISTRO Herman Benjamin Assinado em: 27/11/2017 15:21:09
Código de Controle do Documento: D202B553-EC0F-4ABD-804B-7F2F439D6DB7
(e-STJ Fl.900)
Lei 9.074/1995
Art. 15. Respeitados os contratos de fornecimento vigentes, a
prorrogação das atuais e as novas concessões serão feitas sem exclusividade de
fornecimento de energia elétrica a consumidores com carga igual ou maior que
10.000 kW, atendidos em tensão igual ou superior a 69 kV, que podem optar
por contratar seu fornecimento, no todo ou em parte, com produtor independente
de energia elétrica.
(...)
§ 6o É assegurado aos fornecedores e respectivos consumidores
livre acesso aos sistemas de distribuição e transmissão de concessionário e
permissionário de serviço público, mediante ressarcimento do custo de
transporte envolvido, calculado com base em critérios fixados pelo poder
concedente.
HB02
EREsp 1163020 Petição : 201700IJ1030 C5425485518451:0209911@ C=048308188544=0@
2009/0205525-4 Documento Página 2 de 5
Documento eletrônico VDA17980622 assinado eletronicamente nos termos do Art.1º §2º inciso III da Lei 11.419/2006
Signatário(a): MINISTRO Herman Benjamin Assinado em: 27/11/2017 15:21:09
Código de Controle do Documento: D202B553-EC0F-4ABD-804B-7F2F439D6DB7
(e-STJ Fl.901)
Documento eletrônico VDA17980622 assinado eletronicamente nos termos do Art.1º §2º inciso III da Lei 11.419/2006
Signatário(a): MINISTRO Herman Benjamin Assinado em: 27/11/2017 15:21:09
Código de Controle do Documento: D202B553-EC0F-4ABD-804B-7F2F439D6DB7
(e-STJ Fl.902)
HB02
EREsp 1163020 Petição : 201700IJ1030 C5425485518451:0209911@ C=048308188544=0@
2009/0205525-4 Documento Página 4 de 5
Documento eletrônico VDA17980622 assinado eletronicamente nos termos do Art.1º §2º inciso III da Lei 11.419/2006
Signatário(a): MINISTRO Herman Benjamin Assinado em: 27/11/2017 15:21:09
Código de Controle do Documento: D202B553-EC0F-4ABD-804B-7F2F439D6DB7
(e-STJ Fl.903)
HB02
EREsp 1163020 Petição : 201700IJ1030 C5425485518451:0209911@ C=048308188544=0@
2009/0205525-4 Documento Página 5 de 5
Documento eletrônico VDA17980622 assinado eletronicamente nos termos do Art.1º §2º inciso III da Lei 11.419/2006
Signatário(a): MINISTRO Herman Benjamin Assinado em: 27/11/2017 15:21:09
Código de Controle do Documento: D202B553-EC0F-4ABD-804B-7F2F439D6DB7
(e-STJ Fl.904)
ADITAMENTO AO VOTO
Documento eletrônico VDA17989859 assinado eletronicamente nos termos do Art.1º §2º inciso III da Lei 11.419/2006
Signatário(a): MINISTRO Herman Benjamin Assinado em: 28/11/2017 11:39:35
Código de Controle do Documento: 43D60208-1114-4E7A-81B8-6739C1DAFAED
(e-STJ Fl.905)
REsp 1.525.174/RS:
"O art. 1.036, § 1º, do CPC vigente prevê que os Tribunais de 2º
Grau selecionarão dois ou mais recursos representativos da controvérsia, para
encaminhamento ao STJ, enquanto o art. 1.037, § 6º, do CPC/2015 permite que
o Relator, no STJ, afete dois ou mais recursos como representativos da
controvérsia jurídica. Peço, assim, autorização ao Colegiado para – após
requisitar, se o caso, aos Tribunais de 2º Grau, outros recursos, sobre as mesmas
teses jurídicas já afetadas – afetá-los monocraticamente, para futuro julgamento
colegiado, no mérito."
HB02
EREsp 1163020 Petição : 201700IJ1030 C5425485518451:0209911@ C=04 43=042211:0@
2009/0205525-4 Documento Página 2 de 2
Documento eletrônico VDA17989859 assinado eletronicamente nos termos do Art.1º §2º inciso III da Lei 11.419/2006
Signatário(a): MINISTRO Herman Benjamin Assinado em: 28/11/2017 11:39:35
Código de Controle do Documento: 43D60208-1114-4E7A-81B8-6739C1DAFAED
(e-STJ Fl.906)
PUBLICAÇÃO
______________________________________________
COORDENADORIA DA PRIMEIRA SEÇÃO
TERMO DE CIÊNCIA
EREsp 1.163.020/RS
JUNTADA
__________________________________________
STJ - COORDENADORIA DA PRIMEIRA SEÇÃO
*Assinado por ANDRE LUIZ PEREIRA SOARES
em 19 de dezembro de 2017 às 13:13:24
* Assinado eletronicamente nos termos do Art. 1º § 2º inciso III alínea "b" da Lei 11.419/2006
STJ-Petição Eletrônica (CieMPF) 00690818/2017 recebida em 18/12/2017 17:26:20 (e-STJ Fl.909)
Documento assinado via Token digitalmente por FLAVIO GIRON, em 18/12/2017 17:25. Para verificar a assinatura acesse
EMBARGANTE: RANDON S/A IMPLEMENTOS E PARTICIPAÇÕES
EMBARGADO: ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
RELATOR: EXMO. SR. MINISTRO HERMAN BENJAMIN
FLÁVIO GIRON
SUBPROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
CERTIDÃO
* Assinado eletronicamente nos termos do Art. 1º § 2º inciso III alínea "b" da Lei 11.419/2006
(e-STJ Fl.911)
EREsp 1163020
TERMO DE CIÊNCIA
EREsp 1.163.020/RS
JUNTADA
__________________________________________
STJ - COORDENADORIA DA PRIMEIRA SEÇÃO
*Assinado por ANDREA CRISTINA LEITE NUNES
em 30 de janeiro de 2018 às 16:07:52
* Assinado eletronicamente nos termos do Art. 1º § 2º inciso III alínea "b" da Lei 11.419/2006
STJ-Petição Eletrônica (PET) 00018169/2018 recebida em 26/01/2018 15:40:36 (e-STJ Fl.913)
EREsp nº 1.163.020/RS
Tema Repetitivo n. 986: Inclusão da Tarifa de Uso do Sistema de Transmissão de Energia
Elétrica (TUST) e da Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição de Energia Elétrica (TUSD) na
base de cálculo do ICMS.
1 “Art. 138. O juiz ou o relator, considerando a relevância da matéria, a especificidade do tema objeto da demanda
ou a repercussão social da controvérsia, poderá, por decisão irrecorrível, de ofício ou a requerimento das partes ou
de quem pretenda manifestar-se, solicitar ou admitir a participação de pessoa natural ou jurídica, órgão ou entidade
especializada, com representatividade adequada, no prazo de 15 (quinze) dias de sua intimação.
§ 1o A intervenção de que trata o caput não implica alteração de competência nem autoriza a interposição de
recursos, ressalvadas a oposição de embargos de declaração e a hipótese do § 3o.
§ 2o Caberá ao juiz ou ao relator, na decisão que solicitar ou admitir a intervenção, definir os poderes do amicus
curiae.
§ 3o O amicus curiae pode recorrer da decisão que julgar o incidente de resolução de demandas repetitivas”.
2 “Art. 1.038. O relator poderá:
I - solicitar ou admitir manifestação de pessoas, órgãos ou entidades com interesse na controvérsia, considerando a
relevância da matéria e consoante dispuser o regimento interno”;
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3 “Art. 26. Cabe ao Poder Concedente, diretamente ou mediante delegação à ANEEL, autorizar:
I - o aproveitamento de potencial hidráulico de potência superior a 5.000 kW (cinco mil quilowatts) e igual ou
inferior a 30.000 kW (trinta mil quilowatts), destinado a produção independente ou autoprodução, mantidas as
características de pequena central hidroelétrica”;
4 Estabelece os requisitos e procedimentos para a obtenção de outorga de autorização para exploração de
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5 “Art. 256-I, RISTJ. O recurso especial representativo da controvérsia apto, bem como o recurso especial distribuído
cuja multiplicidade de processos com idêntica questão de direito seja reconhecida pelo relator, nos termos do art.
1.037 do Código de Processo Civil, será submetido pela Seção ou pela Corte Especial, conforme o caso, ao rito dos
recursos repetitivos para julgamento, observadas as regras previstas no Capítulo II-B do Título IX da Parte I do
Regimento Interno.
Parágrafo único. O Superior Tribunal de Justiça manterá, em sua página na internet, em destaque, relação dos
recursos especiais afetados, com a respectiva descrição da questão de direito e com o número sequencial
correspondente ao tema afetado”.
6 Conforme já decidiu o STF, “a admissão de amicus curiae confere ao processo um colorido diferenciado,
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7. Desse modo, o Código de Processo Civil trouxe, em seu Capítulo V, art. 138, a
possibilidade de intervenção de terceiros como amicus curiae:
CAPÍTULO V
DO AMICUS CURIAE
Art. 138. O juiz ou o relator, considerando a relevância da matéria, a
especificidade do tema objeto da demanda ou a repercussão social da
controvérsia, poderá, por decisão irrecorrível, de ofício ou a
requerimento das partes ou de quem pretenda manifestar-se, solicitar
ou admitir a participação de pessoa natural ou jurídica, órgão ou
entidade especializada, com representatividade adequada, no prazo de
15 (quinze) dias de sua intimação.
9. Com efeito, para o ingresso como amicus curie, exige-se a (i) relevância da
matéria, (ii) a especificidade do tema objeto da demanda ou (iii) a repercussão social
da controvérsia. Trata-se, a rigor, de requisitos não cumulativos, bastando a presença
Petição Eletrônica juntada ao processo em 30/01/2018 às 16:07:51 pelo usuário: ANDREA CRISTINA LEITE NUNES
10. Nada obstante, o art. 138/CPC e o art. 256-J/RISTJ exigem igualmente que o
amicus curiae possua representatividade adequada, entendida como o interesse
institucional na causa ou, nas palavras do Em. Ministro Herman Benjamin, na “relação
direta entre a finalidade institucional e o objeto jurídico controvertido" (Recurso
Repetitivo: Tema n. 544. REsp 1309529/PR, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN,
PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 28/11/2012, DJe 04/06/2013).
11. De igual sentido, tem-se a lição de Fredie Didier Jr. e Leonardo Carneiro da
Cunha:
7 “Art. 256-J, RISTJ. O relator poderá solicitar informações aos Tribunais de origem a respeito da questão afetada e
autorizar, em decisão irrecorrível, ante a relevância da matéria, a manifestação escrita de pessoas naturais ou
jurídicas, órgãos ou entidades especializadas, com representatividade adequada, a serem prestadas no prazo
improrrogável de quinze dias”.
8 Trata-se de dispositivo que “permite ampla participação de terceiros intervenientes na qualidade de amici curiae.
Nada há que impeça, não obstante o silêncio do novo CPC, que os próprios recorrentes, individualmente
considerados, queiram se manifestar para os fins daquele dispositivo” (BUENO, Cassio Scarpinella. Novo Código de
Processo Civil anotado. São Paulo. Ed. Saraiva. 2015. p. 679).
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quem representa".
Nada impede que haja mais de um amicus curiae no processo. A
pluralidade de visões sobre o mesmo tema enriquece o debate e
qualifica, necessariamente, a decisão judicial" (Curso de direito
processual civil. Vol. 3. 13ª ed. Salvador: Juspodivm, 2016, p. 608-610).
13. Nesse contexto, a ABRAGEL entende que a sua admissão na presente demanda
se faz pertinente, pois, na realização de suas finalidades institucionais, conforme art.
4º de seu Estatuto Social, cabe à Requerente “promover a união dos geradores de
9AMARAL, Guilherme Rizzo. Comentários às Alterações do Novo CPC. São Paulo. Revista dos Tribunais. 2015. p. 215.
10Decisão monocrática proferida pelo Min. Herman Benjamin nos Embargos de Divergência em REsp 920.665/RS,
em 14.08.2009 e REsp 1.309.529/PR, em 06.08.2012.
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e jurídicos envolvidos11.
11 Nesse sentido: “(...) a intervenção do amicus curiae ganha permissão, sobretudo, quando se projetar a
conveniência de o direito disputado ter alargadas as suas fronteiras, máxime do interesse público, facultando a
composição judicial com o conhecimento de todas as suas implicações ou repercussões. Sem esse objetivo, o
distanciamento das questões advindas de situações sociais em confronto com a realidade jurídica resultará em
indesejável conseqüência psicossocial. Sim, a sociedade (interesse público ou coletivo) tem pré-compreensão
subjetiva dos aspectos e reflexos na definição dos direitos fundamentais. Quando não é ouvida, está constituída
verdadeira revolta contra os fatos” (PEREIRA, Milton Luiz. Amicus Curiae – Intervenção de Terceiros. Revista Síntese
de Direito Civil e Processual Civil, vol. 4, nº. 20, nov./dez., 2002, p. 05-10).
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17. Nesse contexto, a Requerente vem confirmar seu interesse no incidente cujo
processamento foi afetado pela 1ª Seção do Superior Tribunal de Justiça, nos
processos paradigmas (EREsp 1.163.020/RS, REsp 1.699.851/TO e REsp 1.692.023/MT),
cadastrado como Tema Repetitivo n. 986.
18. Na forma do art. 256-I, do Regimento Interno do STJ, assim foi resumido o tema
submetido à decisão do Tribunal:
19. Destaca-se que o tema foi afetado ao rito dos recursos repetitivos (art. 1.036,
CPC/15)12 considerando a existência de dois entendimentos antagônicos no âmbito do
E. STJ. Com efeito, o posicionamento inicialmente adotado por ambas as Turmas
competentes para julgamento da matéria (1ª e 2º Turmas) era pela não incidência do
ICMS sobre as tarifas de uso (TUSD/TUST) pagas por consumidores de energia elétrica,
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12 “Art. 1.036. Sempre que houver multiplicidade de recursos extraordinários ou especiais com fundamento em
idêntica questão de direito, haverá afetação para julgamento de acordo com as disposições desta Subseção,
observado o disposto no Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal e no do Superior Tribunal de Justiça”.
13 No mesmo sentido, vide as seguintes decisões, todas do STJ: AgRg no REsp 1135984/MG, Rel. Ministro Humberto
Martins, Segunda Turma, julgado em 08/02/2011; AgRg nos EDcl no REsp 1267162/MG, Rel. Ministro Herman
Benjamin, Segunda Turma, julgado em 16/08/2012; AgRg no REsp 1278024/MG, Rel. Ministro Benedito Gonçalves,
Primeira Turma, julgado em 07/02/2013; AgRg no REsp 1075223/MG, Rel. Ministra Eliana Calmon, Segunda Turma,
julgado em 04/06/2013; AgRg no REsp 1359399/MG, Rel. Ministro Humberto Martins, Segunda Turma, julgado em
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11/06/2013; EDcl no AgRg no REsp 1359399/MG, Rel. Ministro Humberto Martins, Segunda Turma, julgado em
27/08/2013; AgRg no REsp 1408485/SC, Rel. Ministro Humberto Martins, Segunda Turma, julgado em 12/05/2015,
DJe 19/05/2015; AgRg no REsp 1525740/MG, Rel. Ministro Herman Benjamin, Segunda Turma, julgado em
09/06/2015; AgRg no AREsp 845.353/SC, Rel. Ministro Humberto Martins, Segunda Turma, julgado em 05/04/2016;
AgRg na SLS 2.103/PI, Rel. Ministro Francisco Falcão, Corte Especial, julgado em 04/05/2016, DJe 20/05/2016; AgInt
no REsp 1607266/MT, Rel. Ministro Herman Benjamin, Segunda Turma, julgado em 10/11/2016, DJe 30/11/2016.
14 Os Srs. Ministros Benedito Gonçalves e Sérgio Kukina votaram com o Relator, Min. Gurgel de Faria, vencidos os
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22. Desta forma, atualmente, o STJ tem externado dois entendimentos: a sua
Primeira Turma, por maioria (3x2), entendeu, apenas em uma decisão, pela inclusão da
TUSD/TUST na base de cálculo do ICMS, ao passo que sua Segunda Turma, por
unanimidade, em diversos julgados, tem preservado seu entendimento em favor da
exclusão da TUSD/TUST da base de cálculo do aludido tributo.
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24. Desse modo, como veremos a seguir, a adequada análise do assunto afetado
ao rito dos recursos repetitivos – Tema n. 986 – passa pela compreensão: i) de
diversos fatos relacionados à regulação do setor elétrico; e ii) de alguns elementos de
direito tributário. Com efeito, a presente manifestação se concentrará nos referidos
aspectos regulatórios, sobretudo naqueles mencionados nas razões de decidir
expostas pelo STJ nos precedentes acima indicados.
28. A transmissão, por sua vez, corresponde à atividade que permite a propagação
de eletricidade, em alta tensão, comumente por longa distância. Note-se, por
oportuno, que o transmissor não compra e vende energia elétrica. Sua atividade é
limitada à disponibilização de instalações em alta voltagem e a correspondente
manutenção.
15Além dessas atividades, que possuem instalações próprias, há também os segmentos de comercialização de
energia elétrica e de consumo propriamente dito.
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34. Vale destacar que, na forma da Resolução Normativa ANEEL 414/2010, em seu
art. 2º, XXXVII e XXXVIII, os consumidores cativos são divididos em duas categorias: i)
os consumidores do Grupo A, que pagam tarifa binômia (tarifa formada por dois
16Apenas podem participar do ACL os consumidores de grande porte, isto é, com carga igual ou superior a 3.000
kW, denominados consumidores livres, ou com carga igual ou superior a 500 kW, intitulados consumidores
especiais. Ambas as categorias de usuário podem escolher o agente de quem compram eletricidade, para
atendimento à sua necessidade energética. Vale salientar que os consumidores especiais apenas podem adquirir
energia do tipo incentivada, ou seja, produzida a partir das fontes solar, eólica, biomassa ou PCH, conforme art. 26,
§5º da Lei 9.427/1996.
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37. Desse modo, o posicionamento acima pode ser sintetizado em dois principais
argumentos:
a) Suposta indissociabilidade entre transmissão/distribuição de energia e
o seu fornecimento: a segmentação da indústria de energia elétrica
traduz uma mera divisão de tarefas entre diversos agentes e a
decomposição do preço global de fornecimento, mas não a separação
entre as diferentes etapas do fornecimento de energia elétrica; e
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39. O argumento em análise foi assim exposto pelo Ministro Relator: "Não trata a
etapa de transmissão/distribuição de mera atividade meio, mas sim de atividade
inerente ao próprio fornecimento de energia elétrica, sendo dele indissociável."
43. Esta realidade já revela: a geração é uma atividade própria, inconfundível com a
transmissão e a distribuição.
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Geração
Energia elétrica não existe naturalmente. É necessário produzi-la por
equipamentos que transformam alguma outra forma de energia em
eletricidade. Essa outra forma de energia pode ser o calor decorrente
do aquecimento de carvão, óleo, gás natural, biomassa, fissão nuclear,
luz do sol, correntes de ar ou de água, ou quedas d’água.
Equipamentos – geradores de energia - convertem as diferentes
modalidades de energia em energia elétrica. (…)
Transmissão
O volume de energia elétrica produzido por unidades de geração é
conduzido para onde o insumo se faz necessário, por linhas de
transmissão. (...) Quanto mais alta a voltagem da linha de transmissão,
mais elevado o seu valor de implantação, mais altas serão suas torres,
com maior impacto estético ao meio ambiente, porém terá a
vantagem de conduzir muito mais eletricidade: uma linha com o dobro
da voltagem de outra é capaz de conduzir quatro vezes mais energia
elétrica. O custo, portanto, é menor e permite a construção de menos
Petição Eletrônica juntada ao processo em 30/01/2018 às 16:07:51 pelo usuário: ANDREA CRISTINA LEITE NUNES
linhas. (…)
Distribuição
Linhas de distribuição, ou fornecedoras, recebem a eletricidade de
uma subestação e a destinam à sua vizinhança. Essas linhas são muitas
vezes construídas em postes de madeira, e carregam de um a quatro
fios, a depender da voltagem, da qualidade e da quantidade de energia
elétrica prevista no seu projeto de implantação. A distâncias
periódicas, há transformadores na rede de distribuição, que reduzem a
voltagem da eletricidade para o nível utilizado em residências e
escritórios. Em seguida, as linhas de distribuição permitem que a
eletricidade em voltagem reduzida seja efetivamente utilizada por
esses usuários.18
17ÁLVARES, Walter T. Curso de Direito da Energia. Rio de Janeiro: Forense, 1978. p. 144
18 PHILIPSON, Lorrin; WILLIS, H. Lee. Understanding Electric Utilities and De-regulation. Boca Raton: Taylor &
Francis, 2006. pp. 6-8. Tradução livre do original.
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47. Caso o gerador não consuma a energia produzida, comumente eleva, por
transformadores, a tensão da eletricidade e a injeta na rede de transmissão. Mais uma
vez, como é de conhecimento dos agentes setoriais, há vezes em que o consumidor
acessa diretamente a rede de transmissão. Em tais casos, houve geração e
transmissão, mas não distribuição de eletricidade.
elétrica.
51. Desse modo, o precedente inaugurado pela maioria da Primeira Turma do STJ
acompanhou premissa equivocada ao afirmar que "não trata a etapa de
transmissão/distribuição de mera atividade meio, mas sim de atividade inerente ao
próprio fornecimento de energia elétrica, sendo dele indissociável". Como dito, a
transmissão e a distribuição podem ou não ocorrer, de modo que não são
indissociáveis do fornecimento de energia elétrica.
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54. Nesse quadro, o fornecimento de energia elétrica (que pode ser feito, no ACL,
por geradores e, no ACR, por uma distribuidora) deve ser a base de cálculo do ICMS. A
mera disponibilização de instalações de transmissão e de distribuição (remuneradas
via TUSD e TUST) não deve compor a base de cálculo do ICMS.
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58. Esta realidade pode ser comprovada pela análise da Resolução Normativa
ANEEL 414/2010, que é o principal regramento setorial sobre a relação entre o
consumidor e as concessionárias de distribuição. O seu art. 2º, em seus incisos XXXVII e
XXXVIII, traz as definições regulatórias dos consumidores cativos do Grupo A e do
Grupo B:
60. Logo, o consumidor cativo do Grupo A poderá, caso queira, requerer a exclusão
da TUSD (paga pela demanda de potência) da base de cálculo do ICMS.
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61. Além disso, há de se destacar que a tarifa monômia19 definida pela ANEEL para
os consumidores cativos do Grupo B, apesar de única, é composta por custos
referentes ao consumo de energia e por custos relacionados ao uso do sistema de
distribuição. Assim, também esse consumidor poderá pleitear, caso queira, a exclusão
de uma parte de sua tarifa monômia, correspondente aos custos de uso do sistema de
distribuição, da base de cálculo do ICMS.
V – CONCLUSÃO
64. Por vezes, é possível existir consumo de energia sem a utilização das atividades
Petição Eletrônica juntada ao processo em 30/01/2018 às 16:07:51 pelo usuário: ANDREA CRISTINA LEITE NUNES
19A razão de os consumidores cativos do Grupo B serem submetidos a uma mesma tarifa (monômia) é técnica. Os
seus medidores são rudimentares e não possibilitam a medição da demanda. Assim, aplica-se uma tarifa
simplificada, suficiente para remunerar à distribuidora tanto pelo consumo de energia quanto pelo uso dos sistemas
de distribuição.
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67. Portanto, nesse quadro, não deve incidir ICMS sobre a TUSD/TUST,
entendimento que, ainda hoje, é adotado pela maior parte dos Ministros deste Egrégio
Superior Tribunal de Justiça.
VI – PEDIDOS
69. Caso V. Exa. não entenda pela admissão da Requerente na figura do amicus
curiae, requer-se, subsidiariamente, a admissão da presente manifestação, de modo a
subsidiar a consolidação da tese jurídica a ser adotada no julgamento do Tema
Petição Eletrônica juntada ao processo em 30/01/2018 às 16:07:51 pelo usuário: ANDREA CRISTINA LEITE NUNES
Repetitivo n. 986, nos termos do art. 1.038, inciso I, do Código de Processo Civil, e art.
256-J, do RISTJ, conforme razões acima expostas.
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EREsp 1.163.020/RS
CONCLUSÃO
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STJ - COORDENADORIA DA PRIMEIRA SEÇÃO
*Assinado por GILSON CARNEIRO DE ALMEIDA,
Coordenador em exercício,
em 30 de janeiro de 2018
* Assinado eletronicamente nos termos do Art. 1º § 2º inciso III alínea "b" da Lei 11.419/2006
Documento eletrônico VDA18224287 assinado eletronicamente nos termos do Art.1º §2º inciso III da Lei 11.419/2006
Signatário(a): GILSON CARNEIRO DE ALMEIDA, COORDENADORIA DA PRIMEIRA SEÇÃO Assinado em: 30/01/2018 17:08:23
Código de Controle do Documento: D1E19673-6FFD-4257-9CAC-2FA945E0600C