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Aprendizagem da Natação:
Aplicação e comparação entre dois estilos de iniciação
São Cristóvão
2018
MICAEL VERÍSSIMO GUIMARÃES GARÓFALO ARAÚJO
Aprendizagem da Natação:
Aplicação e comparação entre dois estilos de iniciação
São Cristóvão
2018
MICAEL VERÍSSIMO GUIMARÃES GARÓFALO ARAÚJO
Aprendizagem da Natação:
Aplicação e comparação entre dois estilos de iniciação
BANCA EXAMINADORA
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São Cristóvão
2018
RESUMO
ABSTRACT
1. INTRODUÇÃO.........................................................................................................6
1.1. PROBLEMA DE PESQUISA................................................................................7
1.2. HIPÓTESE............................................................................................................7
1.3. JUSTIFICATIVA...................................................................................................7
1.4. OBJETIVO............................................................................................................8
2. REVISÃO DE LITERATURA...................................................................................8
2.2.1 CRAWL...............................................................................................................9
2.2.2 COSTAS............................................................................................................10
2.2.1 PEITO................................................................................................................12
2.2.1 BORBOLETA....................................................................................................13
3. METODOLOGIA....................................................................................................14
3.2. AMOSTRA..........................................................................................................14
3.3 INSTRUMENTOS.................................................................................................14
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO.............................................................................17
5. CONCLUSÃO........................................................................................................22
6. REFERÊNCIAS......................................................................................................23
8. ANEXOS................................................................................................................25
6
1. INTRODUÇÃO
Diferente dos animais, o homem não tem a capacidade de nadar como uma
habilidade natural, e sim como uma habilidade que precisa ser adquirida. Os
registros desta habilidade datam de mais de 9.000 anos, no deserto da Líbia foi
descoberto um desenho em uma caverna que ilustra a arte de nadar. E três mil anos
antes da nossa era, outra ilustração, o hieróglifo “nadar” mostra uma técnica muito
semelhante ao crawl da atualidade (CATTEAU e GAROFF, 1990).
De acordo com o Comitê Olímpico do Brasil (2015), no século XIX a natação
tornou-se um esporte. A travessia do canal da Mancha foi um dos acontecimentos
históricos que marcaram a modalidade. A primeira competição oficial de natação
ocorreu na Austrália, em 1858, posteriormente se espelhando pela Inglaterra e
Estados unidos.
Segundo Krug (1985), a natação chegou ao Brasil em Julho de 1897 quando
diversas instituições de ensino passaram a oferecer aulas de natação, praticadas
através dos quatro estilos: crawl, costas, peito e borboleta.
A aprendizagem caracteriza-se, segundo Magiil (1984), como uma mudança
interna no indivíduo, causando uma melhora permanente em seu desempenho,
ocasionada através da prática da ação. Ou seja, a aprendizagem se dá através da
prática, na natação não é diferente, quando um iniciante executa determinada tarefa
na aula de natação, espera-se que este tenha uma melhora nas habilidades
praticadas a cada aula.
A escolha do primeiro estilo de nado a ser aprendido torna-se quase um
problema. Para a maioria dos autores a escolha do primeiro nado depende do
objetivo que almeja, Para um objetivo de desporto competitivo inicia-se pelo crawl,
por ser o estilo mais rápido (HILBRECHT, 1976 apud D’ALBUQUERQUE, 1991).
De acordo com diversos autores, como Lotufo (1952), Palmer (1990) e Klemm
(1982), os professores de natação sempre se preocuparam com o estilo inicial, e por
muitos anos o nado peito foi estilo escolhido para ensinar os iniciantes.
Por causa das vantagens relacionadas à respiração, apontadas no estilo peito
comparado ao crawl, e as vantagens das técnicas de braçadas e pernadas deste
estilo, que segundo Palmer (1990) se relacionam com o movimento natural do
7
1.2. HIPÓTESE
1.3. JUSTIFICATIVA
deste nado é realizada com mais facilidade, sendo executada com a cabeça quase
que totalmente fora da água e posicionada de forma natural em relação ao corpo.
1.4. OBJETIVO
.
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.2.1. CRAWL
2.2.2. Costas
A Posição do corpo no estilo costas deve revelar seu peito plano e horizontal
e ao nível da superfície da água, o quadril permanecendo ligeiramente abaixo desta
superfície e a cabeça alinhada ao corpo com o olhar para cima ou suavemente
direcionado aos pés (PALMER, 1990).
Como no crawl, há divisões no movimento da braçada, denominadas por
Catteau e Garoff (1990), como recuperação (lateral e vertical) e fase motora (tração
e empurre), Palme (1990), utiliza os mesmos critérios do crawl para a divisão dos
momentos da braçada do estilo costas, que são fase propulsiva (agarre, tração e
empurre) e fase de recuperação (desmanchamento, recuperação fora da água e
entrada).
A pernada do nado costas é muito semelhante a do nado crawl, é utilizada
para dar propulsão ao nado e equilíbrio ao corpo. A diferença entre as pernadas dos
dois estilos é o momento de maior propulsão, onde na pernada do estilo costas
ocorre na parte ascendente e não na descendente como acontece no crawl (Catteau
e Garoff, 1990; Palmer, 1990).
Segundo Catteau e Garoff (1990), a emersão do nariz quase que por tempo
integral, faz parecer que não tem regras para a execução da respiração, portanto de
acordo com os autores, a inspiração começa quando inicia o movimento de
recuperação aérea dos braços.
A coordenação do estilo costas segue a mesma lógica do estilo crawl, o qual
o número de pernadas para cada ciclo será desenvolvido naturalmente e a depender
da velocidade do nado.
O problema do estilo costas para iniciantes é, segundo Catteau e Garoff
(1990), o posicionamento do corpo, que dificulta a aprendizagem de iniciantes, pois
estes se perdem na orientação e acabam flexionando a cabeça, encostando o
queixo no peito para conseguir se orientar, e naturalmente aumenta a resistência
frontal ocasionando a submersão do corpo.
Palmer (1990), já descreve o problema da iniciação através do nado costa
sendo a onda formada em torno da cabeça, a qual pode cobri-la e levar água ao
rosto, olhos e nariz, que para um iniciante pode ser muito aflitivo além da falta de
orientação.
12
2.2.3. Peito
O peito é o estilo mais antigo praticado em competições, por muito tempo foi o
estilo escolhido para ser ensinado aos iniciantes, segundo Klemm (1982) no ensino
a principiantes, deve-se dar preferencia ao estilo peito, pois neste estilo o impulso de
flutuação é relativamente grande, as possibilidades de respiração são boas, o nado
peito proporciona segurança e resistência e quando se domina o nado peito, os
outros estilos são aprendidos rapidamente e sem dificuldade.
O estilo peito pode ser definido como, deslocamento humano na água caracterizado
por uma posição ventral do corpo e movimento simultâneo, simétrico e coordenado
das extremidades superiores e inferiores, o movimento dos membros superiores
forma uma trajetória circular e o o dos membros inferiores um chute com a planta
dos pés, com um movimento ascendente e descendente dos ombros e quadris que,
coordenado com os membros superiores permite realizar a inspiração (Arellano,
1992).
A posição do corpo no estilo peito deve manter a água na linha das a linha do
cabelo deve se manter no nível da água, exceto durante a inspiração, os ombros
devem estar alinhados à superfície da água, o quadril não deve passar de alguns
centímetros abaixo da mesma superfície, os calcanhares não devem emergir
(PALMER,1990; CATTEAU e GAROFF, 1990).
Segundo Palmer (1990), a braçada do estilo peito é a menos propulsiva
dentre os 4 estilos, e a recuperação submersa é prejudicial à eficiência da propulsão
do estilo. No inicio do movimento, os braços devem estar unidos e estendidos a
frente do corpo a aproximadamente 10 cm abaixo da superfície da água, com os
dedos unidos e os polegares se tocando.
O movimento da braçada divide-se em pegada, quando a mão rotacional para
fora e para baixo, os punhos levemente flexionados, executando um movimento
acelerado para fora para baixo e para trás, a próxima fase do movimento da braçada
é a puxada, quando as palmas das mãos que estavam voltadas para fora se viram
para dentro e o cotovelo flexiona voltado para cima, em seguida a fase da remada,
que acontece na linha dos ombros, onde as mãos voltadas para dentro fazem o
movimento de aproximação logo abaixo do peito iniciando a recuperação.
A pernada do estilo peito é dividida em duas fases por Catteau e Garoff
(1990), a recuperação, quando há o relaxamento dos membros inferiores, os
13
calcanhares quase se unem, e ocorre a flexão dos joelhos. A segunda fase, ação
motora, inicia quando a flexão dos joelhos atinge o limite, os pés se direcionam com
as pontas para fora, os joelhos se afastam até igualar a largura do quadril e
estendendo o joelho projetando os pés para trás em um movimento de semicírculo
para cada perna.
A respiração pode ser executada em todos os ciclos de braçada, a inspiração
deve ser feita com a fase “pegada” do movimento da braçada, pois ao final da
inspiração os ombros do nadador tendem a afundar iniciando o processo de
expiração que se finda ao término da fase de recuperação da braçada.
(PALMER,1990)
2.2.4. Borboleta
3. METODOLOGIA
3.2. AMOSTRA
Inicialmente a amostra foi composta por 50 pessoas que se inscreveram no
projeto Nadar, do Departamento de Educação Física, da Universidade Federal de
Sergipe, foram inscritos por ordem de chegada, sendo impossibilitas de se
inscreverem as pessoas com menos de 18 anos; pessoas que já tiveram aula de
natação; e aquelas portadoras de alguma deficiência física ou motora.
Foram excluídas da pesquisa àquelas que faltaram mais de 2 aulas
consecutivas ou que não atingiram 75% da presença nos 16 encontros, e os
participantes que não compareceram aos testes.
Resultando em 40 participantes, 15 do sexo masculino e 25 do sexo feminino,
com idade média de 23,92 +- 4,08 anos, divididos em 2 grupos, que tiveram aulas de
crawl e peito.
3.3. INSTRUMENTOS
Para a comparação entre grupos a idade, sexo e estilo foi utilizado o teste T
de Student para duas amostras independentes, e para analisar a aprendizagem foi
utilizado o teste T de Student para amostras pareadas. Os dados foram analisados
através do programa estatístico SPSS 20.0 IBM e foram considerados significativos
valores de p≤0,05.
17
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
80.00%
70.00%
60.00%
50.00%
40.00% crawl
30.00% peito
20.00%
10.00%
0.00%
INSUFICIENTE BOM MUITO BOM ÓTIMO
Na figura 3, pode ser identificado que o único parâmetro que obteve diferença
significativa foi no sexto item, referente à respiração, o grupo crawl obteve nota
média 1,05 +- 0,86 já o grupo peito teve média 1,79 +- 1,09, nenhum os outros sete
parâmetros não apresentaram diferenças estatisticamente significativa.
5. CONCLUSÃO
Este estudo indica que o ensino da natação para adultos principiantes, pode
ser realizado através de qualquer dos estilos analisados, crawl ou peito, pois os
resultados da aprendizagem destes indivíduos serão equivalentes, portanto o
primeiro estilo a ser apresentado a esta população não é determinante para uma
aprendizagem melhor.
O estudo mostrou que os homens conseguem melhores resultados no estilo
crawl comparados às mulheres. Através deste resultado podemos entender que as
mulheres precisam de mais tempo para aprender o estilo, portanto em uma turma
com ambos os sexos, o estilo peito pode ser a melhor escolha, levando em
consideração a homogeneidade da aprendizagem da turma.
O estilo peito apresenta vantagem sobre o crawl quando os comparamos
utilizando como parâmetro a respiração, esta foi a técnica que obteve diferença
significativa e isso ocorre devido a mecânica do nado peito que favorece a saída da
cabeça da água, facilitando o ato da respiração. Por outro lado, a dificuldade na
coordenação dos movimentos evitou que esse nado tivesse maior efetividade que o
crawl.
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6. REFERÊNCIAS
ANEXO 1 – TCLE
Nome do aluno:
idade:
sexo:
Distância
PADRÕES
O MB B I
DADOS A SEREM OBSERVADOS - CRAWL
1. POSIÇÃO DO CORPO: na horizontal, paralela à
16m superfície da água com rolamento do tronco em torno
de seu eixo longitudinal.
2. TRABALHO DE PERNAS: movimentos alternados, a
16m partir dos quadris. Joelho estendido na fase
descendente e flexionado na fase ascendente.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
CRAWL
1. POSIÇÃO DO CORPO
Tal qual estabelecido na ficha, porém...
Muito Bom: com pouquíssimo rolamento do tronco em torno de seu eixo longitudinal;
Bom: Com a cabeça muito alta;
2. TRABALHO DE PERNAS
Tal qual estabelecido na ficha, porém...
Muito Bom: Com pequena flexão da perna sobre a coxa no movimento ascendente;
Bom: com os pés saindo totalmente fora d’água;
6. RESPIRAÇÃO
Tal qual estabelecido na ficha, porém...
Muito Bom: Com o giro retardado da cabeça para a inspiração;
Bom: Com elevação exagerada da cabeça para inspiração;
Nome do aluno:
idade:
sexo:
Distância
PADRÕES
O MB B I
DADOS A SEREM OBSERVADOS - PEITO
1. POSIÇÃO DO CORPO: a parte de cima da cabeça deve estar fora da
16m água, os quadris, pernas e pés logo abaixo da linha da superfície.
2. TRABALHO DE PERNAS: na fase propulsora deve estar com as pontas
dos dedos voltadas para fora, os joelhos apontados para baixo e a
16m
recuperação deve ser feita com os pés juntos próximos da superfície da
água com uma flexão plantar.
3. BRAÇOS - FASE RECUPERAÇÃO: dedos apontados para frente, mãos
na linha horizontal. Cotovelos devem estar flexionados junto ao corpo,
16m
ao final do movimento os braços devem estar estendidos á frente e os
dedos juntos.
4. BRAÇOS - FASE PEGADA: inicia-se com as mãos abaixo da superfície
da água, palmas da mão voltadas para baixo, logo após há uma rotação
16m das mãos para fora e para baixo.
5. BRAÇOS - FASE PUXADA: movimento para fora para baixo e para trás
16m das mãos; puxada: cotovelos acima das mãos, levemente flexionados e
palma das mãos voltadas para trás.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
PEITO
1. POSIÇÃO DO CORPO
Tal qual estabelecido na ficha, porém...
Muito Bom: Com o quadril e pés saindo acima da superfície dá água;
Bom: Com o quadril muito abaixo da superfície da água;
2. TRABALHO DE PERNAS
Tal qual estabelecido na ficha, porém...
Muito Bom: Com os joelho voltados para fora;
Bom: Com os pés separados na recuperação;
6. RESPIRAÇÃO
Tal qual estabelecido na ficha, porém...
Muito Bom: Com a saída retardada da cabeça da superfície da água;
Bom: Com elevação exagerada da cabeça;