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TEMA: Arquitetura popular na educaçao

Cultura Popular e Produção do Espaço Urbano: o Tambor de Crioula no Alto da Sereia


(Salvador-BA)

cultura popular; tambor de crioula; espaço urbano

Este artigo pretende trazer uma articulação sobre a produção do espaço urbano dito
informal nas cidades brasileiras e sua relação com a existência e perpetuação de
formas de expressão referidas como populares e salvaguardadas enquanto Patrimônio
Imaterial pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).
O discurso modernizador dos processos de urbanização contemporâneos contribui
para achatamentos e apagamentos da produção e expressão cultural nas cidades, nas
quais, cada vez mais, a realização e o fazer ditos populares só são admitidos quando
espetacularizados a serviço de políticas de turismo e entretenimento. Buscamos neste
trabalho apresentar como os espaços urbanos ditos informais, tais como as favelas ou
periferias urbanas, que existem para além das normatividades do urbanismo
hegemônico, exercem decisiva influência na manutenção, resistência e perpetuação de
práticas culturais ditas populares, uma vez que são espaços mais permissivos a outras
lógicas de (re)produção cultural.
Apresentaremos esta discussão a partir da análise da territorialização da prática do
Tambor de Crioula, manifestação cultural afrodiaspórica de origem maranhense, no
Alto da Sereia, comunidade de baixa renda em Salvador-BA. Tal estudo foi realizado a
partir de observação e participação cotidianas junto à comunidade que resultaram em
uma cartografia subjetiva (ROLNIK, 2006) e insere-se dentro de uma pesquisa com o
tema Direito à Cidade e Africanidades, realizada no âmbito de mestrado em
Arquitetura e Urbanismo (UFBA).
Mobilizamos as questões acima apresentadas a partir de uma articulação entre os
modos de fazer da cultura popular e os modos de produção de cidade nos “espaços
opacos” (SANTOS, 2008), ambos inseridos, mas não completamente regidos, pela
institucionalidade e temporalidade modernas.
Todo este estudo é permeado pela premente discussão sobre categorias “popular” e
“tradicional” nos processos de patrimonialização de bens materiais e imateriais,
valendo-se dos estudos de decolonialidade trazidos por Frantz Fanon (1968) e
atualizados em Stuart Hall (1992).

Cibele Moreira nobre bonfim

bonfimcibele@gmail.com
lisboautl

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