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FAMENE
NETTO, Arlindo Ugulino.
MICROBIOLOGIA
SALMONELOSES
(Professora Socorro Vieira)
A salmonelose € definida por qualquer infec•‚o alimentar causada por bact€rias do gƒnero Salmonella,
transmitida por „gua ou alimentos. Causa diarr€ia intensa e outros sintomas abdominais. Afeta mais frequentemente
crian•as pequenas e idosos.
Coloniza quase todos os animais dom€sticos, mas especialmente aves, e € ingerida em comida ou „gua
contaminada. Os ovos e carne de aves mal cozidos s‚o as fontes mais comuns da infec•‚o. Nas crian•as pequenas a
transmiss‚o fecal oral direta de outra crian•a infectada € outra forma de transmiss‚o freq…ente.
S. parathyphi A A 1, 2, 12 a
S. parathyphi B B 1, 4, 5, 12 b
S. typhimurium 1, 4, 5, 12 i
S. cholerasuis C1 6, 7 c
S. typhi D1 9, 12, Vi d
Para os humanos, as salmonelas de maior importŒncia cl†nca s‚o: Salmonella typhi, S. cholereasuis, S.
paratyphi A e S.paratyphi B.
Febre tifóide: € uma infec•‚o sistemica causada pela S. typhi, que se inicia na mucosa intestinal e progride
para n†vel sistƒmico. O homem € •nico reservatˆrio, sendo portanto disseminada pela „gua e alimentos
contaminados com fezes humanas ou pelo contato direto entre os portadores – por€m, seja qual for a origem, a
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Arlindo Ugulino Netto – MICROBIOLOGIA – MEDICINA P3 – 2008.2
única porta de entrada é a via digestiva. Essa bactéria se instala e coloniza o epilélio intestinal. Após isso, ela
chega a atravessar a barreira epitelial e a lâmina própria, alcançando assim a corrente linfática e, por meio dela,
chega a corrente sanguínea, onde se multiplica e gera uma sepsemia, que atinge órgãos como fígado, baço,
vesícula biliar, etc, culminando assim em uma infecção sistêmica.
Sintomas: febre alta, diarréia e vômito.
Lesões: necrose do tecido linfóide, hepatite, inflamação da vesícula biliar e pulmões.
Tratamento: tratamento com quimioterápicos antimicrobianos. Entretanto, o indivíduo tratato e aparentemente
curado deve ser avaliado e acompanhado rotineiramente por cerca de um ano uma vez que ele continuará
servindo como um reservatório da salmonela. Essa condição se explica no fato de que essa salmonela tem uma
grande afinidade por tecidos gordurosos, se intalando, por exemplo, na vesícula biliar. A medida que a bile é
lançada na luz intestinal, o indivíduo continua capaz de disseminar essa patologia.
Febres entéricas: são produzidas pelas salmonelas S. paratyphi A, S. paratyphi B, S. paratyphi C. Apesar de
estas salmonelas realizarem septicemia (vão se multiplicar na corrente sanguínea), elas não vão trazer um
caráter patogênico tão grave quanto a S. typhi.
Sintomas: septicemia, febre, diarréia e vômito.
Enterocolites: tem como agente etiológico a S. typhimurium, cujo período de incubação leva cerca de 8 a 48h.
Após a ingestão e a incubação, o indivíduo apresenta como sintomas náuseas, cefaléia e diarréia profusa, que
podem facilmente ser tratadas com o uso de soro caseiro. Durante as lesões inflamatórias em nível intestinal,
ocorre uma grande liberação de prostaglandinas e adenilclase, culminando um aumento de água e eletrólitos,
explicando assim a diarreia aquosa.
DIAGN„STICO L ABORATORIAL
Material: fezes (para enterocolites), sangue (na suspeita de septicemia da febre tifóide ou entérica), e líquor (nos
casos de meningites). Esses materiais podem apresentar dois destinos (os que seguem):
Métodos bacteriológicos: os meios de cultura para o crescimento de salmonela é o Ágar verde brilhante,
Agar SS e Ágar McConkey. Há um enegrecimento do meio devido a presença de H2S.
Métodos sorológicos: anti-soros para identificação de sorotipos de importância clínica (Salmonella typhi, S.
cholereasuis, S. paratyphi A e S. paratyphi B). Esse diagnóstico se dá de maneira mais rápida.
TRATAMENTOS
O tratamento é das salmoneloses é feito por meio de antibióticos, tais como: cloranfenicol, ampicilina,
trimetropim, sulfametoxisazol, cefalosporinas. Deve-se ressaltar sempre a importância do antibiograma. Mesmo que já
tenha sido iniciado o tratamento, deve-se enviar amostras de material para ser realizado esse teste de resistência.
EPIDEMIOLOGIA
Os principais reservatórios dessas bactérias são as aves domésticas, porcos, roedores, gado, animais de
estimação. Os produtos alimentícios derivados desses animais devem ser cozidos e bem tratados: carnes, excrementos
e ovos.
Deve-se ter noção da importância que os ex-portadores, após a infecção, ainda podem manifestar a doença ou
carregá-la de forma sub-clínica (portadores convalescentes ou sadios liberam uma grande sobrecarga de salmonela,
principalmente no caso da febre tifóide). A salmonela aloja-se em tecidos gordurosos devido a sua filia por esses tecidos.
Como fontes de infecção mais importantes, temos: água, leite e derivados (sorvetes, queijo, creme), frutos do
mar, ovos desidratados ou congelados, carne e seus produtos, drogas como a maconha, animais domésticos
(tartarugas, cães e gatos).
MEDIDAS DE C ONTROLE
Cozimento adequado dos alimentos e uma conservação adequada
Proteção do contato com moscas
Análise periódica de fezes (coprocultura) de manipiladores de alimentos
Inspeção periódica dos locais de processamento de alimentos
Boas práticas pessoais sanitárias e higiênicas
OBS: Manipulador de produtos alimentícios. Qualquer indivíduo que trabalhar na produção, preparação,
processamento, embalagem, armazenamento, transporte, distribuição e venda de alimentos.
OBS²: Contaminação. Presença de qualquer material prejudicial nos alimentos seja bactéria, metal, veneno ou qualquer
outro elemento que torne esses produtos imprestáveis para o consumo humano.
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