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Referéncias bibliograticas AUSTIN, JL. Como hacer cosas con palabras. Barcelona: Pal 1, 1008 BHABHA, Homi, 0 terceiro espago (entrevista conduzida por Jonathan Rutherford), Revista do Patrimdnio Histérico © Ar- tistico Nacional, 24, 1996: 35-41 BLANCHOT, Maurice, Lentrotion ini. Pris: Gallimard, 1969, BUTLER, Judith, Compos que pesam: sabre os limites discursivos| do “sens in; LOPES LOURO, Cacia (on). 0 eorpo ede teado. Pedogogias da sexualidade, Belo Horizonte: Auténtica, 1999, 151-172 DERRIDA, Jacques. Limited Ine, Campinas: Papirus, 1991, PARDO, José Las. Elsujeto inevitable, as CRUZ, Manvel (ors). Tiempo de subjetividad, Barcelona: Paidés, 1996: 139-154 SAPIR, Faward. Language. Nova York: Harcourt Brace, 1921 oe. 3, Quem precisa da identidade? ‘Stuart Halt explosi dscursiva em tomo do concoto de “Wlemtenes © Seco on shines seca eo cia Goosen epoca Se tesinarctanenessorcten a ee Esto omscmpin decent ea istscmmasaci sheen ei dea fo i. tas alana ie ogee ws Ne Heat a ie cat dss cide see at Gd aja locos eas Existem duas formas de se responder a essa questi, A Brimeira consiste em observer a existneia de algo que istingwe a critica desconstrutiva a qual muitos destes con 1a cei exscocalisas tr sid bets. iferentmente quotes formas dcrtca qu objelvam superar once tonnadequaos, sbstutndo-s por cnet nai Woes pra em oe conoetoe shave bob ar Os de rut” indie eh neti erinrnmnane i teen Sees cigeal ala smear arta oe ale aba eeriemenner ir eee eee ate eet pretreat ents com eles onora agra em ss fvmasdesttlzadas © Stace no se tabula mal 0 paraigna no thal cles vam ogtnente gerade a, 1005) Ae dae this eu sn ein ee a ping sen eeepineernmnatnn’ aoc enecnrip inert penny edocs dope "or melo dese eserit pl, prec ee | também marcar o intervalo entre a inversio que torna baixo brie eine epee ennai eer “Syst qu no se dee mals umes se deo uty pl ee eter (Devi 981) Mentdndes um deseseanctos qe open cas spite ae rane ae rer pa een re auan ey tenet ee (enor dure no pam sersoquer persis. ee donde cei relaioa qual conjunto de problemas emerge a ee rst secs stem cress da agéncia’ e da politica. Por “politica” entendo tanto a Itai content dos Ioviments polis em 10s suas formas modernas ~ do significante “identidude” e de su relagéo primordial com uma politica da localizagio, quanto as evidentes dificuldades ¢ instabilidades que {ém afetado todas as formas eontemporiineas da chamada ‘politica de identidade”. Ao falar em “agéneia’, nao quero | expressar nenhum desejo de retornar a uma nogie nao-ime diada ¢ transparente do sujito como o autor centrado da Dritica socil, nem tampouco pretendo adotar uma ahorda gem que “eologque o ponto de vista do sujeito na origem de toda historicidade ~ que, em suma, leve a uma conseidncia transcendental” (Foucault, 1970, p. XIV). Coneordo com Foucault quando diz. que o que nos fila, neste cas0, no é “uma teoria do sujeito cognoscente”, nag “uma teoria da pritica discursiva’, Actedito, entretanto, que que este descentramento exige — como a evolugio do Usabalho de Foucault claramente mostra = € mio um aban ono ou abolicéo mas uma reconceptualizagio do “sujeito” E preciso pensé-lo em sua nova posigo ~ deslocads om des. «centrada~ no interior do paradigma, Parece que é na tentativa derearticular arelagio entre sujeitase priticasdiscursvas que ‘aquestio da identidade—ou melhor aquestiodaidentficagio, ‘as0se prefiraenfatizar 0 processode subjetivagio [em veda, priticasdiseursivas) ea politica de exchsio que essa subj, vvagio parece implicar = volta a apareecr © conceito de “identifcagio” acaba por ser un dos coneeitos menos bem desenvolvidos dk teoria sociale cul. tural, quase to ardiloso ~ embora preferivel ~ quanto o de ‘dentidade”. Ele nao nos di, certamente, nenhuma garan. tia contra as dificuldades conceitaais que tém assolado 9 Sltimo, Resta-nos buscar compreensdes tanto no repertério. discursivo quanto no psicanalitico, sem nos limitarmos a hum deles.‘Trataese de um campo semintico dennasia. ddamente complexo para ser deslindado aqui, mas ¢ itil es. {abelecer, pelo menos indicativamente, sa televaneia pana 108, ‘um mesmo ideal. E em cima dessa fundacdo que corre 0 106 O conceito de identifi -o herd, comegan com seu (so psicanalitico, un rico legado semantic, Freud euma-a { de “a mais remota expressio de wm lago emocionl com oulra pessoa” (Freud, 1921/1991). Nocontexto do compleao le Fdipo, 0 conceto toma, entretanto as figuras do pate da mie tanto como objetos de amor quanto como abjetos de competigio, inserindo, assim, a ambivaléncia no centro mesmo d processo."Aidentificago, na verdae, ambive, lente desde o inicio” (Frend, 1921/1991: p. 134) Em Lure imelancota, ela néoéaquilo que prende alguém aum objeto {que existe, mas aquilo que prende alguésn a escolha de un objeto perdido Tata-se, no primeira caso, de uma "moda. gem de acordo com o outro”, como uma compensago pela perda ds prazeveslibidinas do warcsismo primal. Eest findadana fantasia, na projegio naideaizagio. Sev objeto tanto pode ser aquecle que € odiado quanto aquele que avdoado. Com a mesma freqiéneis com que ela anspor: ) fade de volta ou inconsciente, cla “empurrac eu para fora / de'si mesmo”, Foi em relagio a idea de identiiengaa que Freud desenvolvew a importante distingio entre “ser” ¢ “ter” © outro, Ela se comporta “como um derivado da Drimeira fase da orgunizagio da ibid, da fase oral, em que © objeto que prezamos e pelo qual ansiamos & assim pela ingestio,sendo dessa maneira aniquilado como tal” (Feud, 1921/1991: p. 135). "As identificagbes vistas como ‘um todo", observa Laplanche e Ponals (1985), “nao so, de form alguna, um sistema relacional eoerente. Coeals. tern no interior de uma agéneia como o supereso[supereut Por exemplo, demandas que sio diversas, conflitiosas ¢ Aesordenadas. De forma similas 0 ego ideal &eomposto de itdentifcagoes com ideas euturais que ni sio necessatia. mente harmoniosos(p. 208). io estou sugerindo quo todas essas conotagies devam, Ser importadas em bloco © sem traducao ao nosso petsa ‘mento sobre a “identidade”; elas so eitadas aqut para indi uw? car os novos signilieados que o termo esti agora recebendo, ‘Oconceito de identidadeaqui desenvolvido nio€, portanto, unr conceito essencialista, mas um conceito estratégico ¢ posicional. Isto é de forma diretamente contréria Aguilo ‘que parece ser sua carreirasemintica oficial, esta concepcao de identidade ndo assinala aquele niiceo estivel do en que ‘passa, do inicio ao fim, sem qualquer mudanga, por todas as vicissitudes da historia. Esta concepcio nio tem como refe- réncia aquele segmento do eu que perianece, sempre e ji, “o mesmo", idéntico a si mesmo 20 longo do tempo. Ela tampouco se refee, se pensamos agora na questio da iden- tidade cultural, aquele “eu coletivo ou verdadeiro que se ‘esconde dentro de muitos outros eus ~ mais superficiais ou mais artficialmente impostos ~ que um povo, com uma histéria ¢ uma ancestralidade partlhadas, mantém em co- mum” (Hall, 1990}. Qu seja, um eu coletivo expaz de esta bilizar,fxar ow garantir 0 pertencimento cultural ow uma “unidade”imutavel que se sobrepde a todas as outras dife- rencas ~ supostamente superficias. Essa concepgo acelta ‘que as identidades nio so nunca unifieadas; que elas s40, nna modernidade tardia, cada vez mais fragmentadas e fra- turadas; que elas nio nio sio, nunca, singulares, mas mul- tiplamente constiuidas ao longo de discursos, priticas © ‘posiges que poem se cruzer ou ser antagOnicos. As iden- Uidades estao sujeitas a uma historicizacio radical, estando constantemente em processo de mudanca e transforma. Precisamos vineular as diseussdes sobre identidade a {todos aqueles provessos e préticas que tem perturbado 0 “cariter rlativamente “estabelecido” de muitas populagdes fe culturas: os pracessos de globalizacio, os quais, eu a rmentaria, coincidem com a modernidade (Hall, 1996), e os ‘processos de mizragia forcada (ou “livre”) que tém se tor ruadlo um Fendmeno global do assim chamado mundo ps-co- lonial. As identidades parecem invocar um origem que residiria em tim passado histérieo com o qual eas continuae 10s, ‘riam a manter uma certa conespondé a Jenbietinto, com a-questao da utilizagdo dos recursos da |Win ds autre da ate asec (eevee © “como essa representacao afeta a forma mate writ, tradigto, a qual elas nos obriga s'ler nas eon ee cot cm ne a ‘stv doesnt neces } eficicia discursiva, material ou politica, mesmo na 7 | s1sio de pertencimento, ou sejaa “stir stor por meio da qual as identidades surgem, estej, em parte, no | Imiginro (assim como no simbslico} e, portanto, semp em parte, construida na fantasia ou, a0 menos, no interior de um campo fantasmitico, ce 0 thistéria” por mesmidade que tudo inclu, una identidade sem eostunes inteiriga, sem diferenciagio interna. : / assim, mais o pro- io do queo signo 109 Acima de tudo, ede forma diretamente contraria iquela pela qual elas sio constantemente invocadas as identidases, io construidas por meio da diferenca e nfo fora dela. Isso implica 0 reconhecimento radicalmente perturbador de {que & apenas por meio da relacio com 0 Outro, da relagio ‘com aquilo que nao é, com precisamente aguilo que falls, ‘com aquilo que tem sido chamado de seu exterior constitue tivo, que o significado “positivo" de qualquer termo ~ e, assim, sta “ientidade” — pode ser construido (Derrida, 191; Laclau, 1990; Butler, 1996). As identidades podem funcionar, a longo de toda a sua historia, como pontos de ‘dentificagao e apego apenas por causa de sua Capacidade jparaexclui,paradessar de fora, para transforma o diferente fem “exterior”, em abjeto. Toda identidade tem, & sua “i gem” um excesso,algoa mais. A unidade; a homogeneidade interha, que termo “identidade” assume como fundaeional no é uma forma natural, mas uma forma construfda de fechamento: toda identidade tem necessidade daquilo que The “falta” — mesmo que esse outro que Ihe falta seja um outro silenciado e inarticulado. Laclau (1990) arguments, de forma persuasiva, que “a constituigio de uma identidade social é um ato de poder”, - J pois se una ientidade consegue se afirmar é apenas por ‘nei da tepressio daguflo que a ameaga. Derrida mos {row comoa eonstituigio deuma identidadeesté sempre Iraseada no ato-de exclur algo de estabelocer uma vjolenta Ierarguia entre o: dois polos resultantes ~ hhomeminulher ee. Agullo que € peculiar ao segundo termo € asim reduzide ~ em oposigi A essoncialidade {do primelro a fungio deum acidente. Ocorreamesina ‘olea com a rlagso negrofbranco, na qual o branco 6. Sbviamente, equivalente a "ser humane" "Mather" © nao” so, asim, "mares" (St 6, trmos marcidos) em contraste com os tertnos nosmarcaos bomen” e“bran- 0" (Lalas, 1900: p. 33) Assim, as “unidadles" que as identidades proclamam, io, na verdade, construidas no interior do jogo do poder ho edict cla soo resuady node uma tlie tint url map tli. sbedetormnad de “chamet Te ‘1994; Hall, 1993). oe __ Seas identdades” sb podem se lids a contrape, sto & no cornoaguilo queixa oj da dferengacm um ponto

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