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Tecnologia em Processos Gerenciais

Economia

Introdução à Economia
1
Economia
Introdução à Economia

Objetivos da Unidade de aprendizagem


Associar a importância da economia e sua influência
nas organizações.

Competências
Associar a economia com o dia a dia dos alunos e das
empresas.

Habilidades
Desenvolver o conceito de economia, sistemas econô-
micos, fatores de produção e agentes econômicos.
Apresentação
Prezados alunos, sejam bem-vindos à disciplina de
economia do curso de Tecnologia em Processos
Gerenciais. Nesta primeira Unidade vocês compreen-
derão a importância do estudo da economia para o
gestor onde iremos contemplar a questão da escas-
sez de recursos que toda empresa tende a enfrentar.
Esse é o maior problema, pois os recursos são sempre
limitados, mas os desejos de criação, melhoria e oti-
mização dos negócios são ilimitados. O gestor precisa
encontrar o equilíbrio correto entre os recursos que
possui e a melhor forma de aplicá-los.
Vamos falar também sobre os dois sistemas econô-
micos que existem, o capitalista e socialista, e enten-
der como e por que existe a tendência de aproximação
entre os sistemas econômicos.
Para finalizar esta Unidade, vamos falar um pouco
sobre os três setores da economia (primário, secun-
dário e terciário) e os principais agentes econômicos
que integram o sistema econômico e os fatores de
produção que são a base da produção e desenvolvi-
mento dos bens e serviços para as empresas onde o
gestor possui um papel fundamental dentro um dos
cinco fatores de produção; a Capacidade Empresa-
rial, pois é através dela que o gestor irá demonstrar
a sua eficiência operacional e justificar o salário de
executivo, por meio de suas escolhas para o melhor
aproveitamento dos recursos disponíveis pela orga-
nização para serem utilizados no processo de produ-
ção de bens e serviços.
Bons estudos a todos.

Para Começar
Caro aluno,
Vamos iniciar o estudo de uma disciplina que está
presente nas nossas vidas, mas que em alguns aspec-
tos nós nem percebemos.
Certamente você já fez perguntas como: por que o preço do produto
subiu? Ou por que a taxa de juros está elevada?
Com esta disciplina, muitos questionamentos como esses podem
ser respondidos.
Além disso, você deve se lembrar de ter estudado na disciplina de
Administração Geral que as organizações necessitam sobreviver em
um ambiente em constantes mudanças. Uma das mais importantes
dimensões dessas mudanças é a economia. Sejam essas mudanças
regionais ou internacionais. Por isso, nesta disciplina trataremos os
dois níveis da análise econômica: a micro e a macroeconomia.
Termos estranhos, não?
Calma, vamos a uma breve explicação:
A Microeconomia estuda o comportamento dos agentes econômi-
cos como eu e você, as empresas e os mercados. Já a Macroeconomia
se encarrega de estudar as políticas públicas do governo e as variáveis
econômicas como um todo.
Por enquanto, você precisa ficar satisfeito com essas definições. No
entanto, até o final do curso esperamos que você seja capaz de formu-
lar uma definição clara e completa. Ao conseguir isso, você certamente
deverá ter aprendido sobre essa importante disciplina.
Mas, antes de continuar, gostaríamos de propor uma atividade de
reflexão. Observe as figuras 1 e 2 e procure responder quais são os
problemas econômicos tratados.

Figura 1.  Funcionários


demitidos. Fonte:
http://www.matutando.

com/2009/01/13/

charge-crise-economica
Figura 2.  Inflação.
Fonte: http://blogdoonyx.
wordpress.com/tag/

volta-da-inflacao/

Você já identificou quais são esses problemas?


As charges podem ser engraçadas, mas os problemas econômicos
apontados por elas não são nada divertidos. São eles: o desemprego e
a inflação, figura 1 e 2, respectivamente.
Ao longo do curso vamos discutir as origens e os mecanismos de
controle desses dois sintomas de que uma economia vai mal.

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Fundamentos
Introdução: Por que estudar a economia?
A economia está presente no cotidiano das pessoas de forma direta
ou indireta. Por exemplo: No momento da compra de um vestido, uma
calça, um televisor, na necessidade de ir ao médico, ao advogado, na
consultoria a um administrador, qualquer bem ou serviço que um indi-
víduo deseja adquirir, na maioria das vezes, irá envolver uma movi-
mentação econômica.
Diante do valor da taxa de juros você pode decidir entre uma forma
de pagamento à vista ou a prazo, sendo que essa taxa possui o seu
valor maior ou menor de acordo com a quantidade de moeda que cir-
cula na economia. A escassez ou falta da moeda gera uma taxa de
juros mais elevada fazendo com que o produto ou serviço fique mais
caro, no entanto, o excesso de moeda circulando na economia pode
causar uma redução na taxa de juros fazendo com que o produto ou
serviço fique mais barato.
Existem problemas econômicos que possuem uma maior complexi-
dade como o efeito da variação cambial sobre os produtos os serviços,
ou o problema que a alta da inflação gera ao elevar a perda do poder
aquisitivo das pessoas e consequente piora do bem-estar da população.
Independente do grau de complexidade do problema econômico, seja
a compra de uma peça de roupa ou a solução para o nível do desem-
prego na economia; a compra de um carro ou a elevação dos tributos
públicos. A economia enquanto ciência tem como objetivo principal
tentar solucionar os problemas econômicos das pessoas, empresas
(públicas ou privadas) ou governo.
Já para o cidadão, ao entender a economia, ele compreende melhor
o mundo em que vive. Essa compreensão pode torná-lo um partici-
pante mais perspicaz da economia para se defender das consequências
das crises e melhor aproveitar as oportunidades do desenvolvimento
econômico, além disso, torna-o compreensivo em relação aos poten-
ciais e os limites da política econômica do governo.
Para o administrador, entender de economia proporciona uma visão
de como poderá ser o comportamento do consumidor para tomar
uma decisão de investimento na produção, seja para aumentar o for-
necimento dos produtos ou serviços ofertados ao mercado, seja para
reduzir os custos operacionais, seja para atualização tecnológica, ou
para o não investimento, uma vez que podemos observar a subutiliza-
ção dos recursos de acordo com a demanda do mercado consumidor.

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É importante ressaltar que a economia é uma variável presente no
macroambiente das organizações e não pode ser controlada. Portanto,
as empresas precisam se adequar à realidade do mercado e tentar ana-
lisar qual a melhor decisão que deve ser tomada para definir o rumo da
organização. No passado, o grau de interdependência dos países era
baixo, no entanto, com a globalização, a internet e a velocidade que cir-
cula as informações, o mercado atingiu um nível de interdependência
tão elevado que qualquer acontecimento que ocorra no mundo acaba
gerando reflexo para todo o planeta. Podemos citar como exemplo a
crise da Grécia no primeiro semestre de 2010. A incapacidade da Grécia
de honrar o pagamento da dívida pública gerou uma desconfiança no
mercado internacional, refletindo na análise de que outros países da
Europa, como Portugal e Espanha, tivessem o mesmo problema. Esse
reflexo gerou um pessimismo mundial e consequente desestímulo ao
investimento na construção ou ampliação das unidades produtoras,
que possuíam como objetivo principal a venda de bens e serviços para
o mercado europeu, no mundo inteiro.

1. Conceitos básicos
Por enquanto, Economia ainda deve significar para você pessoas com-
prando e vendendo; indústrias produzindo; o governo anunciando
novas medidas de aquecimento da economia; trabalhadores fazendo
greve; lojas liquidando os estoques do último inverno; e várias outras
interações entre pessoas e organizações.
Tudo isso é Economia, mas parece um tanto confuso, não é?
No entanto, antes de “discutir” Economia, precisamos definir alguns
conceitos importantes a começar pela definição da palavra.

1.1 Definição de Economia


Vasconcellos e Garcia (2008) explicam que a palavra economia tem ori-
gem da palavra grega oikonomía (de óikos, casa; nómos, lei). Podemos
traduzir essa palavra como a administração da casa no sentido de lar,
administração na empresa no sentido de organizações ou na adminis-
tração do Estado no sentido de Nação.
A Economia possui como principal problema econômico o estudo do
problema da escassez de recursos produtivos ou fatores de produção.
O Problema da escassez refere-se à questão das necessidades
humanas que são ilimitadas e os recursos que são limitados. A Eco-
nomia é uma ciência que busca responder como podemos empre-
gar recursos escassos a fim de satisfazer as necessidades ilimitadas
dos indivíduos.

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Conceito
“Economia é a ciência social que estuda como o indivíduo e a
sociedade decidem (escolhem) empregar recursos produtivos
escassos na produção de bens e serviços, de modo a distribuí-los
entre as várias pessoas e grupos da sociedade, a fim de satisfazer
as necessidades humanas.” (VASCONCELLOS e GARCIA, 2008, p. 2).

Portanto, a economia tem como objetivo a melhor administração


possível dos recursos com o objetivo da maximizar sua utilização e o
seu retorno para satisfação das necessidades das pessoas, empresas
ou do governo.
De acordo com Vasconcellos e Garcia (2008), em qualquer socie-
dade, os recursos ou fatores de produção são escassos, ao mesmo
tempo em que as necessidades humanas são ilimitadas. Isso obriga a
sociedade a escolher entre alternativas de produção e de distribuição
dos resultados da atividade produtiva aos vários grupos da sociedade.
Da escassez dos recursos ou fatores de produção, associadas às
necessidades ilimitadas do homem originam-se os chamados proble-
mas econômicos fundamentais: O que e quanto produzir? Como pro-
duzir? Para quem produzir?

1. O que e quanto produzir? Dada a escassez de recursos de produ-


ção, é necessário escolher, dentro do leque de possibilidades de pro-
dução, quais produtos serão produzidos e as respectivas quantidades
a serem fabricadas.
2. Como produzir? A sociedade deve escolher qual o melhor método
de produção de acordo com o nível tecnológico existente e o menor
custo possível.
3. Para quem produzir? A sociedade ainda precisa decidir como seus
membros participarão da distribuição dos resultados de sua produção.
A distribuição da renda será determinada pelo nível de salários pagos,
do quanto se receberá pelas terras, pelos juros e benefícios do capital
e, também, pela repartição inicial da propriedade e da maneira como
ela se transmite por herança.

De acordo como uma sociedade se organiza politicamente, teremos os


diferentes sistemas econômicos.

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1.2 Sistemas Econômicos, Setores da Economia
Para tentar resolver o problema da escassez e responder às perguntas
o quê e quanto, como e para quem produzir, a sociedade desenvolve
um sistema econômico onde existe um conjunto de normas e regula-
mentos que determina o que as pessoas e as empresas podem ou não
fazer dentro da economia. Podemos classificar os sistemas econômi-
cos em sistema socialista e sistema capitalista.

Conceito
“Um sistema econômico pode ser definido como sendo a forma
política, social e econômica pela qual é organizada uma socie-
dade.” (VASCONCELLOS e GARCIA, 2008, p. 2).

a. O sistema capitalista ou economia de mercado é descentrali-


zado: O governo atua pouco e permite a livre iniciativa, livre concorrên-
cia, com todos os fatores de produção pertencentes aos empresários;
sua principal ideia é de que o mercado se autorregula e as empresas
irão oferecer os produtos e serviços de acordo com a demanda do
mercado. O aspecto negativo é que existem determinados momentos
em que existe a necessidade de intervenção do Estado e o mesmo, às
vezes, acaba demorando para tomar a decisão de intervenção.
b. O sistema socialista ou economia planificada: Existe grande
intervenção do governo onde o Estado define o que, quanto e como
devem ser produzidos os bens e serviços para a sociedade. Os meios
de produção são de propriedade do Estado e as decisões de produção
são tomadas pelo poder central. O aspecto negativo é que o Estado
normalmente não possui a capacidade rápida de resposta às necessi-
dades do mercado como a iniciativa privada, portanto, a decisões são
muito lentas devido ao alto grau de burocracia do Estado.

Você pode estar se perguntando: Qual o melhor sistema econômico?


Não existe um melhor sistema econômico, o que podemos per-
ceber é que existe um continuum onde observamos que hoje os paí-
ses capitalistas têm necessitado de maior intervenção do Estado e os
países socialistas têm caminhado para um socialismo de mercado,
ou seja, aumentado o grau de liberdade para produção de bens e
serviços. A figura 3 mostra a ideia da convergência entre o sistema
capitalista e socialista.

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Figura 3. 
Convergência entre
capitalismo socialismo
o sistema capitalista
e socialista.
Fonte:  autores. 1900 2011 2011 1900

liberalismo centralização

Um sistema econômico pode ser definido como a união dos fatores


de produção (Terra, Trabalho, Capital, Tecnologia e Capacidade
Empresarial) e de cada empresa (pública ou privada) que possuem
como finalidade a produção, circulação, distribuição e consumo de
bens e serviços como o objetivo de melhoria do padrão de vida e bem-
-estar e satisfação das pessoas.
Nos sistemas econômicos as organizações encontram-se divididas
em três grandes setores de atividades econômicas.

→→ Setor primário corresponde a 6% do PIB brasileiro em 2007 tendo


como base as atividades relacionadas a exploração dos recursos natu-
rais (agropecuária, extrativismo vegetal e mineral), de forma geral serve
como base para captação de insumos para a indústria de transformação.
→→ Setor secundário corresponde a 28,1% do PIB brasileiro em 2007
sendo responsável pela transformação dos insumos em produtos
industrializados destinados ao consumo (roupas, automóveis, geladei-
ras, alimentação, cimento etc.).
→→ Setor terciário corresponde a mais de 66% do PIB brasileiro em
2007 sendo responsável pela prestação de serviços (saúde, educação,
telecomunicação, serviços bancário, serviços de limpeza, transporte etc.).

Segundo o IBGE, em 2007, o setor de serviços é o maior componente


do PIB com 66,8%, seguido pelo setor industrial, 29,7%. A agricultura
representa 3,5% do PIB. Já a força de trabalho brasileira é estimada
em 100,77 milhões, dos quais 10% são ocupados na agricultura, 19% no
setor da indústria e 71% no setor de serviços.
É importante ressaltar que o setor de serviços tem crescido continu-
amente em países como os EUA. Lá a participação do setor de serviços
é ainda maior, podendo chegar a mais de 80% do PIB.
Dando continuidade à apresentação dos conceitos básicos, na sequ-
ência procuramos explicar um importante conceito derivado da pró-
pria definição de Economia.

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1.3 Os trade-offs e o custo de oportunidade
Mankiw (2005) lembra que não importando o sistema econômico ou o
setor da atividade econômica, a economia é constituída de um grupo
de pessoas que interagem umas com as outras, tomando decisões. Ao
tomar decisões, a pessoa precisa fazer escolhas. E essas escolhas não
são de graça, ou seja, elas precisam ser tomadas tendo em vista, como
foi discutido, que os recursos são escassos e as necessidades são ilimi-
tadas. Portanto, seja indivíduo ou sociedade como um todo em algum
momento precisa fazer escolhas entre uma alternativa ou outra.
Você se lembra das charges sobre o desemprego e inflação. Pois é,
essas são alternativas a serem escolhidas em Economia.
Em outras palavras, quando um agente econômico se vê numa situ-
ação de escolha entre uma alternativa e outra, sendo que uma impede
a realização da outra, ele se encontra diante de um trade-off.
Esse é um importante conceito em Economia, porque com nossos
recursos escassos (nossos salários, por exemplo) precisamos decidir o
que comprar. Esse é também um problema cotidiano de dirigentes de
empresas e de organizações governamentais. A qualidade desta esco-
lha trará maior ou menor satisfação ao agente econômico.
Essas escolhas, do ponto de vista econômico, envolvem custos.
Quando escolhemos uma alternativa temos como custo (ou perda) o
valor da alternativa preterida. Ou seja, o custo da alternativa escolhida
é dado pelo valor da alternativa que não foi escolhida. Esse custo é
chamado de custo de oportunidade. Essa expressão indica o custo de
uma ação. Por exemplo, se você decidiu ficar em casa ao invés de ir
trabalhar, como deveria, o custo de oportunidade de ficar em casa é o
desconto que irá receber no seu salário pela sua ausência. Portanto,
custo de oportunidade é o que se perde ou se deixa de ganhar ao fazer
uma escolha qualquer.
Então, custo de oportunidade e trade-offs significam uma situação
de escolha conflitante. Um dos maiores exemplos de trade-off que
as autoridades governamentais devem administrar é a decisão entre
políticas de redução da taxa de desemprego ou políticas para evitar o
aumento da taxa de inflação.
Então, seja qual for o agente econômico, ele terá que fazer escolhas
e deverá arcar com o custo dessas escolhas.

Dica
“[...] cada família precisa alocar seus recursos escassos a seus
diversos membros, levando em consideração as habilidades,
esforços e desejos de cada um” (MANKIW, 2005, p. 3).

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1.4 Os agentes econômicos
A fim de esclarecer quem toma essas decisões que determinam a dinâ-
mica da Economia são os agentes econômicos. Trata-se de pessoas de
natureza física ou jurídica que, por meio de suas ações, contribuem
para o funcionamento do sistema econômico, tanto capitalista quanto
socialista.
Segundo Rossetti (2003), há três diferentes grupos de agentes eco-
nômicos que interagem, participando direta ou indiretamente de todas
as transações que se realizam dentro de determinado sistema econô-
mico, são eles:

→→ Famílias – Representam o indivíduo ou as unidades familiares que


irão consumir os bens ou serviços produzidos pelas empresas.
→→ Empresas – Representam as unidades responsáveis pela
comercialização ou produção de bens e serviços para as famílias ou
outras empresas.
→→ Governo – Que é responsável por manter o sistema econômico no
país e fazer com que as empresas respeitem as normas e regulamentos
existentes. O Estado nas três esferas (Federal, Estadual ou Municipal),
além de estabelecer as leis e normas do mercado é também um grande
produtor e consumidor de bens e serviços.

Alguns desses agentes econômicos podem e produzem bens e servi-


ços. Para isso eles precisam dos fatores de produção.

1.5 Fatores de Produção e Agentes Econômicos


Os fatores de produção são os necessários para a produção de bens e
serviços na economia e os agentes econômicos são os agentes respon-
sáveis pelo fornecimento ou gerenciamento desses fatores de produção.
Segundo Vasconcellos e Garcia (2008), como principais fatores de
produção temos:

→→ Terra (recursos naturais) – São todos os recursos existentes na


natureza (Recursos minerais, solo, subsolo, recursos hídricos, recursos
animais e vegetais etc.).
→→ Trabalho – É toda força de trabalho que as pessoas oferecem ao
mercado podendo ser mão de obra especializada ou não.
→→ Capital (bens de capital) – São todos os recursos financeiros de
que a empresa dispõem como o ativo financeiro (dinheiro), máqui-
nas, equipamentos, instalações, edifícios, todos os bens que de forma

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direta ou indireta contribuem para o fornecimento de bens e serviços
pela empresa.
→→ Tecnologia – É o know-how de conhecimento e capacidade de ino-
vação e criação de uma tecnologia que posso gerar um diferencial de
seu produto ou serviço par ao mercado pode ser de alta tecnologia
como processadores no campo da informática como um modelo de
forno de pizza.
→→ Capacidade empresarial – É responsável pela ligação entre os
quatro fatores de produção para que tenham o melhor gerenciamento
possível com o objetivo de maximizar os recursos e elevar o lucro da
empresa. Cada empresário possui características e conhecimentos
específicos que definem sua capacidade de gestão. Sua capacidade
será discutida futuramente em UAs de empreendedorismo e gestão.

Cada um desses fatores de produção possui um tipo de remuneração


correspondente, que são:

→→ Terra possui como remuneração o aluguel cobrado por sua


utilização;
→→ Trabalho é remunerado por meio de um salário que pode ser
fixo, variável ou misto;
→→ Capital é remunerado por meio dos juros que são cobrados pela
sua utilização;
→→ Tecnologia tem como remuneração os royalties no caso de tecno-
logia patenteada e direitos autorais no caso de propriedade intelectual;
→→ Capacidade empresarial que é remunerada por meio dos
lucros que o empresário consegue com uma boa administração da
organização.

A Tabela 1 sintetiza o que apresentamos até o momento sobre o fator


de produção e sua respectiva remuneração.

Tabela 1.  Fator de fator de produção tipo de remuneração


produção e tipo de
trabalho salário
remuneração.
capital juros
Fonte:  Adaptado
terra aluguel
de Vasconcellos e
Garcia (2008). tecnologia royalty
capacidade empresarial lucro

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Para finalizar esta etapa de apresentação dos conceitos básicos, faltam
ainda dois conceitos, que serão apresentados na sequência.

1.6 Tipos de bens


Em Economia, segundo Rossetti (2003), o conceito de “bem” se refere a
tudo aquilo que contribui para a satisfação direta ou indireta dos dese-
jos e necessidades humanos e de acumulação da sociedade.
Os bens podem ser classificados de acordo com o seu caráter, fun-
ção e natureza. Segundo o caráter, os bens podem ser:

→→ Bens livres: são úteis e não possuem preços. Existem em quanti-


dade ilimitada e podem ser obtidos sem nenhum esforço na natureza.
Ex: a luz do Sol;
→→ Bens econômicos: são úteis, mas possuem preços, são escassos e
supõem a ocorrência de esforço humano para obtê-lo.

Esses bens de acordo com a sua natureza são classificados em


dois grupos:

→→ Bens materiais (ou produtos): são de natureza material, podem


ser estocados, tangíveis (podem ser tocados), como roupas, alimentos,
livros, TV etc.;
→→ Serviços: não podem ser tocados (intangíveis) e não podem ser
estocados. Ex: serviço de um médico.

E segundo sua destinação, os bens materiais classificam-se em:

→→ Bens de consumo: são aqueles diretamente usados para a satisfa-


ção das necessidades humanas. Os bens de consumo podem ser:

a.  Bens de consumo duráveis (como carros, móveis,


eletrodomésticos);
b.  Bens de consumo não duráveis (como os alimentos);

→→ Bens de capital: são bens de produção, ou seja, são bens que per-
mitem produzir outros bens, por exemplo: equipamentos, computado-
res, edifícios e outros.

Tanto os bens de consumo quanto os bens de capital são classificados


como:

Economia  /  UA 01  Introdução à Economia 13


→→ Bens finais: são bens acabados, pois já passaram por todas as eta-
pas de transformação possíveis;
→→ Bens intermediários: são aqueles que precisam ser transforma-
dos para atingir a sua finalidade principal. Ex: o aço, o vidro e a borra-
cha usados na produção de carros.

Os bens podem ser classificados, ainda quanto à posse, em:

→→ Bens públicos: são bens não exclusivos e não disputáveis. Refe-


rem-se ao conjunto de bens fornecidos pelo setor público: transporte,
segurança e justiça;
→→ Bens privados: são bens exclusivos e disputáveis. São produzidos
e possuídos privadamente: como carro, computador etc.

Economia  /  UA 01  Introdução à Economia 14


antena
parabólica

1.  DÁVILA, S. Morre Morre Friedman, Nobel de Economia1


Friedman, Nobel de
Economia. Folha de S. Defensor do livre mercado, americano foi um dos econo-
Paulo. 17 nov. 2006. mistas mais influentes dos últimos 50 anos; Exerceu grande
influência em líderes como Reagan e Thatcher e economis-
tas latino-americanos que fizeram reformas liberais.
Um dos economistas mais importantes dos últimos 50
anos, ganhador do Prêmio Nobel em 1976, morreu ontem
Milton Friedman, 94, de problemas cardíacos.
De Ronald Reagan a Margaret Thatcher, passando por
economistas e políticos que fizeram as reformas de cunho
liberal na América Latina nos últimos 20 anos, o mais conhe-
cido defensor e modernizador da teoria do livre mercado
influenciou pessoas e ideias sem nunca ter participado
diretamente do poder. Friedman era considerado o her-
deiro espiritual de Adam Smith (1723-1790), propositor da
teoria do “laissez-faire”, segundo a qual o melhor governo
é o que governa menos.
A única ação que ele via como adequada ao governo era
a de controlar a oferta de dinheiro, reativando um moneta-
rismo que estava fora de moda na época.
As teorias monetárias do nova-iorquino, que previram
a combinação até então inédita de desemprego e inflação
crescentes (a estagflação dos anos 1970), valeram-lhe o Prê-
mio Nobel.
Iconoclasta, Friedman foi um dos pioneiros em tentar
tornar acessível um tema espinhoso, a economia, ao man-
ter uma coluna semanal de linguagem simples na revista
Newsweek entre 1966 e 1983 e dar entrevistas para revistas
como a Playboy, nos anos 1970. [...]
Popularizou no léxico mundial a expressão “There is no
such a thing as a free lunch” (“Não existe almoço de graça”),
provavelmente originada nos EUA do século XIX, que virou
título de um livro seu de 1975. Queria dizer que, sempre
que o governo gasta dinheiro com iniciativas populares, é a
própria população que acaba pagando a conta depois. [...]
E agora, José?
Como UA introdutória, podemos ressaltar os principais
pontos estudados:

→→ O problema da escassez e a definição de Economia;


→→ O peso do setor de serviços na economia brasileira;
→→ Os fatores de produção que influenciam na
determinação do desenvolvimento e produção de
bens e serviços;
→→ Os Agentes Econômicos que são os principais ato-
res do sistema econômico;
→→ Trade-offs e o custo de oportunidade;
→→ Os tipos de bens.

Na próxima Unidade vamos estudar outros conceitos


básicos, como o que é economia positiva e normativa
e a diferença entre macroeconomia e microeconomia.

Atividades
Você já conheceu o conceito de economia, sistemas
econômicos, fatores de produção e agentes econômi-
cos que tal testar seus conhecimentos nas atividades
propostas?
Glossário
Empíricas: Que se apoia exclusivamente na expe- Exemplo variáveis econômicas, demográfi-
riência e na observação, e não em uma teoria cas, político-legais, tecnológicas.
científica comprovada. Conhecimento derivado Maximizar: utilizar a máxima capacidade dos
do aprendizado prático sem análise científica. recursos disponíveis.
Macroambiente: São as variáveis que afetam Produto Interno Bruto (PIB): É a soma de todas as
o ambiente onde as organizações estão riquezas (bens e serviços) produzidas no país. É a
inseridas e que não podem ser controladas. renda gerada de tudo que foi produzido no país.

Referências
B log do Onyx. Disponível em <http:// MANKIW, N. G. Introdução a economia. São
blogdoonyx.wordpress.com/tag/volta-da- Paulo: Thomson Pioneira, 2005.
inflacao/>. Acesso em: 26 mar. 2012. ROSSETTI, J. P. Introdução a Economia. São
Blog Matutando. Disponível em: <http://www. Paulo: Atlas, 2003.
matutando.com/2009/01/13/charge-crise- VASCONCELLOS, M. A. S; GARCIA, M. E. Fundamen-
economica/>. Acesso em: 26 mar. 2012. tos de Economia. São Paulo: Saraiva, 2008.
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística. Disponível em: <http://www.
ibge.gov.br>. Acesso em: 26 mar. 2012.

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