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Músicas Cifradas

VIOLA CAIPIRA

Versão 1.2
Índice das Músicas
Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

60 dias apaixonado 167 De papo pro ar 144


Destino de carreteiro 65
A coisa tá feira 100 Disco voador 66
A filha do Rei 33 Ditado sertanejo 114
A Hora do Clarão - Ana Raio e Zé Trovão 4 Drama da vida 115
A mão do tempo 102
A noite do nosso amor 181 É necessário 15
A sementinha 166 Encantos da Natureza 158
A vaca foi pro brejo 101 Encontro de Bandeiras 145
A volta do boiadeiro 47 Encosta tua cabecinha no meu ombro 16
Adeus Mariana 48 Escolta de vagalumes 67
Adeus Rio Piracicaba 103 Estrada da Vida 161
Ainda ontem chorei de saudade 154 Eu, a viola e Deus 138
Amanheceu, peguei a viola 34
Amargurado 104 Fábulas de Carreiro 116
Amora 35 Felicidade 117
Arrependida 105 Filho de peão 68
Arroz a carreteiro 106 Filho pródigo 69
Assim é meu sertão 49 Final dos tempos 118
Fio de cabelo 170
Baita macho 50 Flor do cafezal 98
Baldrana macia 51 Fogão de lenha 171
Beijinho doce 5
Boi penacho 52 Galopeira 172
Boiada 6 Garça branca 70
Boiadeiro do Nabileque 7 Gente que vem de Lisboa / Peixinhos do mar 146
Boiadeiro é boi também 107
Boiadeiro errante 53 Iluminação 38
Brasil Caboclo 176 Índia 95
Brasil Poeira 8
Joana Flor das Alagoas 152
Cabecinha no ombro 9 João carreiro 71
Cabelo loiro 10 João de barro 72
Cabocla Tereza 168
Canção da madrugada 108 Kikiô 17
Candeeiro de fazenda 109 KM 45 73
Canoeiro 177
Cantar pra ser feliz 54 Lembrança 74
Cantiga do Boi Encantado 151 Lenço perdido 75
Canto do povo de um lugar 139 Leva eu mãinha 76
Casa de barro 140 Levando a vida 162
Casamento é uma gaiola 55 Luar do sertão 173
Casando fugindo 110
Casinha branca 36 Mágoa de boiadeiro 77
Cavaleiro da lua 11 Majestade, o Sabiá 174
Cavalo bravo 37 Marvada pinga 147
Cavalo preto 56 Menino da porteira 78
Chalana 12 Mês de maio 18
Chamada a cobrar 111 Meu primeiro amor 96
Cheiro de relva 169 Meu reino encantado 159
Chico mineiro 57 Meu sítio, meu paraíso 79
Chico Mulato 58 Meu veneno 19
Chora viola 112 Missões naturais 20
Chuá-Chuá 141 Moreninha linda 21
Cidades de Mato Grosso 59 Mundo velho 119
Cio da Terra 142
Cochilou o cachimbo cai 113 Na casa branca da serra 99
Colcha de retalhos 97 Na estrada do sonho 80
Comitiva esperança 13 No som da viola 120
Coração de papel 61 Nosso romance 121
Coração pantaneiro 60
Coração sertanejo 62 O feijão e a flor 182
Cortando estradão 14 O menino da gaita 81
Couro de boi 63 O prisioneiro e o pé de Ipê 122
Cuitelinho 143 O rio de lágrimas (O Rio de Piracicaba) 82
Cunhada boa 64 Obras de poeta 175

2
Montagem e editoração: Eduardo Villa Real
Oi paixão 123 Se eu não puder te esquecer 155
Olhos profundos 39 Seguindo seus passos 165
Os três boiadeiros 83 Seu amor ainda é tudo 156
Sina de violeiro 45
Pagode bom de briga 22
Pai João 124 Tá do jeito que eu queria 131
País maravilha 125 Tardes morenas de Mato Grosso 90
Panela velha 84 Tocando em frente 24
Paulistano 40 Trem de lata 25
Pé de bode 183 Trem do pantanal 26
Peão de boiadeiro 85 Tristeza do Jeca 91
Peito Sadio 136
Pinga ni mim 86 Uirapuru 92
Pingo D`água 87 Um homem rico 93
Piracicaba 178 Um violeiro toca 27
Pirilume 23
Poeira 88 Vaca Estrela e Boi Fubá 150
Poeira da Estrada 160 Vaqueiro do norte 132
Porta do Mundo 164 Varandas 28
Preto velho 126 Vaso quebrado 29
Velho Pai 179
Quando cai a chuva 127 Viciado em você 157
Quebra de milho 148 Vida bela vida 30
Vide vida marvada 137
Raízes 41 Vim dizer adeus 133
Rancho dos ipês 128 Viola cabocla 180
Rapaz caipira 42 Viola divina 134
Recordação 89 Viola e vinho velho 31
Rei do pagode 129 Viola vermelha 135
Reizado 149 Violêro 153
Rio de lágrimas 43 Vira bosta 46
Romaria 44 Você vai gostar 32
Você vai gostar (casinha branca) 94
Saudade de minha terra 163
Saudade me fez voltar 130

Artistas neste álbum (Por ordem de inserção das músicas):


• Almir Sater Ir para a primeira música deste cantor
• Renato Teixeira Ir para a primeira música deste cantor
• Sérgio Reis Ir para a primeira música deste cantor
• Cascatinha e Inhana Ir para a primeira música deste cantor
• Tião Carreiro e Pardinho Ir para a primeira música deste cantor
• Zé Carreiro e Carreirinho Ir para a primeira música deste cantor
• Rodando Boldrin Ir para a primeira música deste cantor
• Pena Branca e Xavantinho Ir para a primeira música deste cantor
• Elomar Ir para a primeira música deste cantor
• João Mineiro e Marciano Ir para a primeira música deste cantor
• Daniel Ir para a primeira música deste cantor
• Milionário e Zé Rico Ir para a primeira música deste cantor
• Peão Carreiro e Zé Paulo Ir para a primeira música deste cantor
• Chitãozinho e Xororó Ir para a primeira música deste cantor
• Tonico e Tinoco Ir para a primeira música deste cantor
• César e Paulinho Ir para a primeira música deste cantor

Seqüências Musicais dos Acordes

Î São proibidas a cópia, venda ou distribuição não autorizadas deste material Í

3
• A Hora do Clarão - Ana Raio e Zé Trovão
• Almir Sater
• Tom: A Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

A
Ana Raio e Zé Trovão diz a sabedoria
A
Tudo o que acontece hoje aconteceu um dia
E
Se esse mundo é o nosso pai o tempo é a magia

Que nos mostra a direção sem medo nem poesia


A D
Viver é a nossa alegria, seguir é a nossa missão

E tudo se resume estar aqui um dia


E7
Noutro dia não
A
Ana Raio e Zé Trovão
A
Ana Raio e Zé Trovão mulher e valentia

Um conhece a direção o outro a estrela guia


E
Um caminha pela luz o outro se alumia

São as cores do destino que os diferencia


A
Um dia, é um dia, é um dia
D
Que nasce do seu coração

E tudo se resolve na hora da aurora


E
Hora do clarão
A
Ana Raio e Zé Trovão
A
Ana Raio e Zé Trovão quem disse que sabia

Onde andará o vento quando é calmaria


E
Quem decide esta questão quem é que avalia

A nascente da canção, a mágica do dia


A
Pensar só nos traz alegria
D
Saber já é outra questão

Somente quando sonha o homem vai ao céu


E7
E o resto é pelo chão
A
Ana Raio e Zé Trovão

Ï Índice
4
• Beijinho doce
• Almir Sater
• Tom: A Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

E7 A A7
que beijinho doce
D
que ela tem
E7
depois que beijei ela
A
nunca mais beijei ninguém

D
que beijinho doce
B7
foi ela quem trouxe
E7
de longe pra mim
Refrão
D
se me abraça apertado
E7
suspira dobrado
A E7
que amor sem fim

A A7
coração que manda
D
quando a gente ama
E7
se estou junto dela

sem dar um beijinho


A
coração reclama

Refrão

Ï Índice
5
• Boiada
• Almir Sater
• Tom: A Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

A
Ele foi levando boi, um dia ele se foi no rastro da boiada
D
A poeira é como o tempo, um véu, uma bandeira, tropa viajada
A
Foram indo lentamente, calmos e serenos, lenta caminhada
D
E sumiram lá na curva, na curva da vida, na curva da estrada
E7
E depois dali pra frete, não se tem notícias, não se sabe nada
A G
Nada que dissesse algo
D A/E
De boi, de boiada, de peão de estrada
C G
Disse um viajante, história mal contada
Bb D/A C
Ninguém viu, nem rastro, nem homem, nem nada
A
Isso foi há muito tempo, tempo em que a tropa ainda viajava
D
Com seus fados e pelegos no rangeu do arreio ao romper da aurora
A
Tempos de estrelas cadentes, fogueiras ardentes, ao som da viola
D
Dias e meses fluindo, destino seguindo, e a gente indo embora
E7
Isso tudo aconteceu no fato que se deu, faz parte da história
A G D
E até hoje em dia quando junta a peãozada
A/E C
Coisas assombradas, verdades juradas
G/B Bb
Dizem que sumiram, que não existiram
D/A
Ninguém sabe nada
A
Ele foi levando boi, um dia ele se foi no rastro da boiada
D
A poeira é como o tempo, um véu, uma bandeira, tropa viajada
E
Foram indo lentamente, calmos e serenos, lenta caminhada
D
Dias e meses seguindo, destino fluindo, e a gente indo embora
E7
Isso tudo aconteceu no fato que se deu, faz parte da história
A G D
E até hoje em dia quando junta a peãozada
A/E C
Coisas assombradas, verdades juradas
G/B Bb
Dizem que sumiram, que não existiram
D/A
Ninguém sabe nada

Ï Índice
6
• Boiadeiro do Nabileque
• Almir Sater
• Tom: E Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

Intro: E4 E D/E E

E
Vai boiadeiro, rio abaixo
A
Vai levando gado e gente
B
O sol trouxe-me a semente
E E4 E
Eh, porto de Corumbá
Um amor, toda beleza
A
Como um canto de nobreza
B
Deslizar na veia d'água
E E4 E
Eh, rio Paraguai
F#m G
Rio acima, peixe-boi
F#m
Passarada, matagal
A G
Véio bugre entoando
E
Seu antigo ritual
E A B E
Pantaneiro...

Ï Índice
7
• Brasil Poeira
• Almir Sater
• Tom: D Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

Intro: D A7 D D7 G F#m A7 D

D A7 D
Ê, Brasil, poeira
D7
G D A7
Estradas de chão, violas, bandeiras
D D7 G
Terra de Tom, Tonico e Tião,
F#m A7
E Nossa Senhora, a Padroeira
D A7 D
Ê, paixão, primeira
D7 G F#m A7
E os sertões, nação das estrelas
D D7 G
Se o dia é luz, e a noite seduz
F#m A7 D
O coração, abre as portei.. ras
A7
Quando o gado, nos quintais do Brasil
D G D
E o sol clarear nosso chão
A7
Vem a semente, a água do ribeirão
D G D
E horizontes que ao longe se vão
A7 D
Ao som dos bem-te-vis
G D G D G D A7 D
Quem canta, espanta, seus males se diz
G D G D G D A7 D
Quem planta é quem colhe, é quem finca raiz
G D G D G D A7 D
Quem canta, espanta, seus males se diz
G D G D G D A7 D
Quem planta é quem colhe, é quem finca raiz int
G D G D G D A D
Quem canta, espanta, seus males se diz
G D G D G D A7 D
Quem planta é quem colhe, é quem finca raiz

Ï Índice
8
• Cabecinha no ombro
• Almir Sater
• Tom: C Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

C G7 C C7
Encosta a tua cabecinha no meu ombro e chora
F C
E conta logo tua mágoa toda para mim
G7 C Am
Quem chora no meu ombro eu juro que não vai embora,
Dm G7
que não vai embora
C G7
que não vai embora
C G7 C C7
Encosta a tua cabecinha no meu ombro e chora
F C
E conta logo a tua mágoa toda para mim
G7 C Am
Quem chora no meu ombro eu juro que não vai embora,
Dm G7
que não vai embora
C C7
porque gosta de mim

F C G7 C Am
Amor, eu quero o teu carinho, porque eu vivo tão sozinho
Dm F C
Não sei se a saudade fica ou se ela vai embora,
G7 C Am
se ela vai embora,se ela vai embora
Dm F C
Não sei se a saudade fica ou se ela vai embora,
G7 C
se ela vai embora,porque gosta de mim

Ï Índice
9
• Cabelo loiro
• Almir Sater
• Tom: D Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

D C
cabelo Loiro vai lá em casa passear
Refrão
G D7 G
vai vai cabelo loiro vai cabar de me matar

D C
Quem disse que bala mata, bala não mata ninguém
D7 D
a bala que mais me mata é o desprezo do meu bem

Refrão
D C
casa de pobre é ranchinho, casa de rico é de telha
D7 D
se ter amor fosse crime minha casa era cadeia

Refrão
D C
passarinho perder as pena, o peixe perde as escama
D7 D
eu já to perdendo tempo de amar quem não me ama

Refrão

D7 G D7 G
vai cabar de me matar, vai cabar de me matar

Ï Índice
10
• Cavaleiro da lua
• Almir Sater
• Tom: G Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

G F
Vem o vento e vai
C G F C G
Passando pelas folhas
F C G F C G
Varre o céu e vê o cavaleiro do luar
F C G
Eu criança no batente da porteira
F C G
Debruçado na janela das estrelas
F C G
Também sonho em ser o cavaleiro do luar

D D#
Galopar
D
Pela poeira do caminho
D G F G
Querendo os homens, meninos

Ï Índice
11
• Chalana
• Almir Sater
• Tom: D Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

D B7
Lá vai a chalana E se ela vai magoada
A D Em
Bem longe se vai Eu bem sei que tem razão
D A7
Navegando no remanso Fui ingrato
A D
Do rio do Paraguai Eu feri o seu meigo coração

G G
Ah! Chalana sem querer Ah! Chalana sem querer
D D
Tu aumentas minha dor Tu aumentas minha dor
A A
Nessas águas tão serenas Nessas águas tão serenas
D D
Vai levando meu amor Vai levando meu amor
G G
Ah! Chalana sem querer Ah! Chalana sem querer
D D
Tu aumentas minha dor Tu aumentas minha dor
A A
Nessas águas tão serenas Nessas águas tão serenas
D D
Vai levando meu amor Vai levando meu amor...

E assim ela se foi


A
Nem de mim se despediu
G
A chalana vai sumindo
A D
Na curva lá do rio

Ï Índice
12
• Comitiva esperança
• Almir Sater
• Tom: D Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

D G D
Nossa viagem não é ligeira, ninguém tem pressa de chegar
G D
A nossa estrada, é boiadeira, não interessa onde vai dar
G D G D
Onde a Comitiva Esperança, chega já começa a festança
A D A D A D
Através do Rio Negro, Nhecolândia e Paiaguá
A D A D A D A
Vai descendo o Piqueri, o São Lourenço e o Paraguai
D G D
Tá de passagem, abre a porteira, conforme for pra pernoitar
A D
Se a gente é boa, hospitaleira, a Comitiva vai tocar
G D7 G
Moda ligeira, que é uma doideira, assanha o povo e faz dançar
A G
Oh moda lenta que faz sonhar
D G D
Onde a Comitiva Esperança chega já começa a festança
A D A D A D
Através do Rio Negro, Nhecolândia e Paiaguás
A D A D A D
Vai descendo o Piqueri, o São Lourenço e o Paraguai
E A
É, tempo bom que tava por lá,
G D E
Nem vontade de regressar
A
Só vortemo eu vô confessar
A A
É que as águas chegaram em Janeiro, deslocamos um barco ligeiro
D
Fomos pra Corumbá

Ï Índice
13
• Cortando estradão
• Almir Sater
• Tom: D Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

D A D
Montado a cavalo, cortando estradão
A D
Assim é a vida, que leva o peão
G
Não tenho morada, não tenho rincão
A D
Eu não tenho dona do meu coração

D A D
Montar touro bravo, é a minha paixão
A D
Não encontro macho que jogue eu no chão
G
Pra jogar o laço também sou dos bom
A D
Em qualquer rodeio eu sou campeão

Refrão

G D
Ah, como é bom viver
A D
Sozinho no mundo sem nada a pensar
G D
Se o sol vem saindo eu já vou partindo
A D
E quando anoitece estou noutro lugar
G D
Se o sol vem saindo eu já vou partindo
A D
E quando anoitece estou noutro lugar

D A D
Se olho no bolso, me falta dinheiro
A D
Amanso três touros por trinta cruzeiros
G
Se pego transporte de uma boiada
A D
Já sou convidado pra ser boiadeiro

D A D
Por toda a cidade por onde eu passei
A D
Uma moreninha eu sempre deixei
G
Mas sou camarada pois sempre avisei
A D
Não goste de mim porque eu jamais gostei

Refrão

Ï Índice
14
• É necessário
• Almir Sater
• Tom: A Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

A D A D
É necessário, você preparar
A D A
Seu amor, arrumar sua cama
D A A7
Acender sua chama
D E A A7
Para me receber essa noite
D E A A7
Para não pretender mais que sou
D E A A7 D
Para se proteger, disso tudo seu pavor
E A
Ninguém vai nos fazer mal
A A7 D
Quando você cai dentro
E A
Do meu coração
A7 D
É como se o sol e a lua
E A
Se esparramassem pelo chão????..2x
A D A D
É importante, você me saber
A D A
Acolher, como eu colho em você
D A A7
Esperanças de querer
D E A A7
E deitar ao teu lado, de noite
D E A A7
E deixar que a paixão me domine
D E A
Num abraço pretender
A7 D
Ser mais forte do que as leis
E A
Que me prendem a você
A A7 D
Quando você cai dentro
E A
Do meu coração
A7 D
É como se o sol e a lua
E A
Se esparramassem pelo chão??????2x

Ï Índice
15
• Encosta tua cabecinha no meu ombro
• Almir Sater
• Tom: C Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

C G7 C C7
Encosta a tua cabecinha no meu ombro e chora
F C
E conta logo a tua mágoa toda para mim
G7 C Am
Quem chora no meu ombro eu juro que não vai embora,
Dm G7
que não vai embora
C G7
que não vai embora
C G7 C C7
Encosta a tua cabecinha no meu ombro e chora
F C
E conta logo a tua mágoa toda para mim
G7 C Am
Quem chora no meu ombro eu juro que não vai embora,
Dm G7
que não vai embora
C C7
porque gosta de mim
F C G7 C Am
Amor, eu quero o teu carinho, porque eu vivo tão sozinho
Dm F C
Não sei se a saudade fica ou se ela vai embora,
G7 C Am
se ela vai embora, se ela vai embora
Dm F C
Não sei se a saudade fica ou se ela vai embora,
G7 C
se ela vai embora, porque gosta de mim

Ï Índice
16
• Kikiô
• Almir Sater
• Tom: C Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

C(add9) G/B Am7


Kikiô nasceu no centro entre montanhas e o mar
Dm7 F7M
Kikiô viu tudo lindo tudo índio por aqui
F/G
Índia américa deu filhos foi tupi foi guarani
C(add9) G/B Am7
Kikiô morreu feliz deixando a terra para os dois
G7 F7M G7
Guarani foi pro sul tupi pro norte
C(add9) G/B Am7
E formaram suas tribos cada um no seu lugar
Dm7 F7M
Vez em quando se encontravam pelos rios da américa
F/G
E lutavam juntos contra o branco em busca de servidão
C(add9) G/B Am7
E sofreram tantas dores acuados no sertão
G7 F7M G7
Tupi entrou no amazonas guarani ainda chama...
C(add9) G/B Am7
Kikiô na lua cheia quer tupi quer guarani
F7M
Kikiô na lua cheia quer tupi quer guarani
G7
Kikiô na lua cheia quer tupi quer guarani

Ï Índice
17
• Mês de maio
• Almir Sater
• Tom: A Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

A D
Azul do céu brilhou
A D
E o mês de maio, enfim chegou
A D
Olhos vão se abrir, pra tanta cor
E D
É mês de maio, a vida tem seu resplendor
A D
A luz do sol entrou
A D
Pela janela, me convidou
A D
Pra tarde tão bela, e sem calor
E D
É mês de maio, saio e vou ver o sol se pôr
D A D E D E
Horizonte, de aquarela, que ninguém jamais pintou
D A D E D E A
E um enxame, de estrelas, diz que o dia terminou

Noite nem se firmou


E a lua cheia, já clareou
Sombras podem vir, façam favor
É mês de maio, é tempo de ser sonhador

Quem não se enamorou


No mês de maio, bem que tentou
E quem não tiver, ainda amor
Dos solitários, o mês de maio é o protetor

Boa terra, velha esfera, que nos leva aonde for


Pro futuro, quem nos dera, que te dessem mais valor

Ï Índice
18
• Meu veneno
• Almir Sater
• Tom: C Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

C
No Mato Grosso
G7
Fui a Poconé, Sinop,
Cuiabá, Barra do Garças,
C
Alta Floresta, Porto Jofre
Também passei
Por Várzea Grande,
G7
Rondonópolis,
Em Barão de Melgaço
C
Eu parei pra pernoitar
F
No Mato Grosso do Sul
E
Tem Três Lagoas,
A7 Dm G7 C C7
Campo Grande, Corumbá,
F
Aquidauana,
Fm C
Meu coração não me engana
A7 D7
De Potim saí um dia
G7 C G7 C
Só pra ver Ponta Porã.
F
Ji-Paraná, Rondônia,
A7 Dm
Guajará-Mirim, Cacoal,
G7 C
Ariquemes, Pimenta Bueno,
G7 C
Logo logo eu estarei em Porto Velho
G7
Que é a menina dos meus olhos
C
Meu veneno...

Ï Índice
19
• Missões naturais
• Almir Sater
• Tom: C Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

C F
Vou nas asas dessa manhã
C F
E bons tempos me levarão
F C
Para Goiás, Minas Gerais e Maranhão
F
Vai, como quem pra guerra vai
C F
Que depois eu vou com você
C F C F C
Vai, pra além daqui, além dali, além de nós
F
Êta destino mais atrevido
Seguir em seguir, seguindo
C
Por aí feito um cigano
F
Eu aprendi a ver esse mundo
Com meu olhar mais profundo
C
Que é o olhar mais vagabundo
Em F F/G
Eu ando pelas estradas
F/A C
Quem sabe a gente já se viu
Bb C/E F/G C
Por aí, um dia quem sabe
C F C F
Nessa vida tudo se faz sob três missões naturais
C F C
Primeiro nascer, depois viver e aprender
C F C F
Só o aventureiro é capaz de partir e não voltar mais
C F C
Se realizar, depois sonhar, então morrer
F
Disse meu pai, não lhe digo menino
Você há de aprender com o sino
C
Qual o rumo, qual a direção
F
E disse o sino: alegria garoto
Esse pai será sempre seu porto
C
Não se acanhe se houver solidão
Em F F/G
Eu ando pelas estradas
F/A C
Quem sabe a gente já se viu
Bb C/E F/G C
Por aí, um dia quem sabe

Ï Índice
20
• Moreninha linda
• Almir Sater
• Tom: G Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

G D7
Meu coração tá pisado
G
Com a flor que murcha e cai
C D7
Pisado pelo desprezo
G
De um amor quando desfaz
C D7
Deixando triste a lembrança
G
Adeus para nunca mais
D7 G
Moreninha linda do meu bem querer
D7 G D7 G D7 G
É triste a saudade longe de você
D7 G
O amor nasce sozinho não é preciso plantar
C D7 G
O amor nasce no peito, falsidade no olhar
C D7 G
Você nasceu para outro, eu nasci pra te amar
D7 G
Moreninha linda do meu bem querer
D7 G D7 G D7 G
É triste a saudade longe de você
D7
Eu tenho meu canarinho
G
que canta, quando me vê
C D7 G
Eu canto por ter tristeza, canário por padecer
C D7 G
Da saudade da floresta, e eu saudade de você

Ï Índice
21
• Pagode bom de briga
• Almir Sater
• Tom: B7 Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

B7 E
Tem relógio hoje em dia Levou muito dirigente

Que já nem faz "tic-tac" Para muito pouco craque


E B7
Tem viola que afina Desse jeito jogar duro Com a Argentina
ou com o Iraque
E outras são meio "Mandrake"
B7 No último instante
Violeiros tem dos bão
Só não pode é dar empate
Mas também tem uns de "Arake" E
Quando em pênalti decide
Muita gente dá lição B7 E (B7 E B7)
Quase mata nóis de enfarte
Com cultura de almanaque
E B7
Eu não vou lavar as mãos Tem político hoje em dia
B7 E (B7 E B7)
Que nem fez Pôncio Pilatis Que só fala disparate
E
B7 Tem banqueiro mafioso
Já cantei até no hospício
Que não foi pra atrás das grade
Pra levar a minha arte B7
E Valentão que fala grosso
Entre mil Napoleões
Quando cão morde não late
Fui eleito Bonaparte
B7 Meu pagode é bom de briga
Ciúme dessa menina
Isso foi amostra grátis
Pirulito que bate-bate E
Só não vou lavar as mãos
Quem gosta de mim é ela B7 E (B7 E)
Que nem fez Pôncio Pilatis
Quem gosta dela é a SWAT
E
Os beijo dessa menina
B7 E (B7 E B7)
Arde mais que Merthiolate

B7
O Brasil ganhou a Copa

Só jogou no contra-ataque

Ï Índice
22
• Pirilume
• Almir Sater
• Tom: G Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

Seqüências musicais dos acordes

Intro: D G G7 C D G

G D7 G
Pirilampo vagalume cadê luz pro meu cantar
D7 G
Tanta coisa acontece que carece matutar
B7 Em
Pirilampo boiadeiro tange o gado sem saber
C G D7 G
Que o gado é quem o leva quem é boi não tem querer

G D7 G
Vagalume na batéia no garimpo a rolar
D7 G
Oh peneira roda roda me ajuda a encontrar
B7 Em
A pepita que permita dessa lida eu repousar
C G D7 G
É debaixo desta terra que nos deixam descansar

D7 G D7 G G7
Voa vagalume pirilampo, voa vem meu canto iluminar
C G D7 C D7 G
Voa ilumina o meu destino ilumina meu caminho nessa noite sem luar

G D7 G
Pirilampo que beleza que lindeza o teu brilhar
D7 G
Pisca-pisca pirilume oh faísca de luar
B7 Em
Teu piscar teu lume incerto é poeira de ilusão
C G D7 G
É preciso armar fogueira pra acender o meu sertão

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23
• Tocando em frente
• Almir Sater
• Tom: E Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

E D
Ando devagar porque já tive pressa
A
e levo esse sorriso, porque já chorei demais
E D
Hoje me sinto mais forte, mais feliz quem sabe
A E
eu só levo a certeza de que muito pouco eu sei, eu nada sei
D Bm D
Conhecer as manhas e as manhãs,
Bm A
o sabor das massas e das maçãs,
D Bm D
é preciso amor pra poder pulsar,
D Bm D
é preciso paz pra poder sorrir,
A
é preciso a chuva para florir.
E D
Penso que cumprir a vida seja simplesmente
A
compreender a marcha,e ir tocando em frente
E D
como um velho boiadeiro levando a boiada,
A
eu vou tocando os dias pela longa estrada eu vou,
E
estrada eu sou
E D
Todo mundo ama um dia todo mundo chora,
A
Um dia a gente chega, no outro vai embora
E D
Cada um de nós compõe a sua história,
A
e cada ser em si, carrega o dom de ser capaz,
E
de ser feliz
E D
Ando devagar porque já tive pressa
A
e levo esse sorriso porque já chorei demais
E D
Cada um de nós compõe a sua história,
A E
e cada ser em si, carrega o dom de ser capaz, de ser feliz.

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24
• Trem de lata
• Almir Sater
• Tom: A Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

Intro: D A7 D
Tô aqui, vão chegar
A
De repente lá bem longe A casa é sua, pode entrar
E7 E7
Aparece outro lugar Meus braços vão te abraçar

Novos campos e horizontes Há tanto pra plantar


D A A A E7
Tão ali pra eu passar Por aqui
Trem de ferro, trem de lata
Trem de ferro, trem de lata E7
E7 Tem alguém a m esperar
Tem alguém a m esperar
Não sei se eu que tô indo
Não sei se eu que tô indo D A
D A Ou ela quem vai chegar
Ou ela quem vai chegar
D A Somos pares que o destino
Quanta alegria, muito prazer E7
D Preferiu aproximar
Tô aqui, vão chegar
Dois amores, dois desejos
A casa é sua, pode entrar D A
E7 E um trem pra se esperar
Meus braços vão te abraçar

Há tanto pra plantar


A A E7
Por aqui
A
É assim, quando posso
E7
Vou aí lhe visitar

São dois trilhos me levando


D A
Daqui pra outro lugar

Somos pares que o destino


E7
Preferiu aproximar

Dois amores, dois desejos


D A
E um trem pra se esperar
D A
Quanta alegria, muito prazer

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25
• Trem do pantanal
• Almir Sater
• Tom: E Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

E G#7
Enquanto este velho trem atravessa o pantanal
C#m Bm E A F#7
As estrelas do cruzeiro fazem um sinal
E G#7
De que este é o melhor caminho
C#m C F#m B7 E B7
Pra quem é como eu, mais um fugitivo da guerra
E G#7
Enquanto este velho trem atravessa o pantanal
C#m Bm E A F#7
O povo lá em casa espera que eu mande um postal
E G#7 C#m C
Dizendo que eu estou muito bem vivo
F#m B7 E B7
Rumo a Santa Cruz de La Sierra
E G#7
Enquanto este velho trem atravessa o pantanal
C#m Bm E A F#7
Só meu coração esta batendo desigual
E G#7 C#m C
Ele agora sabe que o medo viaja também
F#m B7 E G#7
Sobre todos os trilhos da terra
F#m B7 E G#7
Rumo a Santa Cruz de La Sierra
F#m B7 E
Sobre todos os trilhos da terra

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26
• Um violeiro toca
• Almir Sater
• Tom: F Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

F C Bb7
Quando uma estrela cai, na escurão da noite,
Bb
e um violeiro toca suas mágoas.
C
Então os olhos dos bichos, vão ficando iluminados
Bb C Bb
Rebrilham neles estrelas de um sertão enluarado
F C Bb7
Quando o amor termina, perdido numa esquina,
Bb
e um violeiro toca sua sina.
C
Então os olhos dos bichos, vão ficando entristecidos
Bb C Bb
Rebrilham neles lembranças dos amores esquecidos.
F C Bb7
Quando um amor começa, nossa alegria chama,
Bb
e um violeiro toca em nossa cama.
C
Então os olhos dos bichos, são os olhos de quem ama
Bb C Bb
Pois a natureza é isso, sem medo nem dó sem drama
F C Bb7 C
Tudo é sertão, tudo é paixão, se o violeiro toca
Gm Bb F
A viola, o violeiro e o amor se tocam

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27
• Varandas
• Almir Sater
• Tom: G Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

G D D#º Em
A noite é um mistério
D C G
Que eu finjo em compreender
D D#º Em C
Sentado nas varandas
G A7 D
Esperando o amanhecer
G D D#º Em
Estrelas lá no céu
D C G
Fogueiras no sertão
D D#º Em C
E as luzes da cidade
G A7 D
Não espantam a solidão
Bb D# Bb
Dona lua já se foi
D# G# Bb
Polvilhar outro rincão
Gm Gm7 Cm
Com o trigo da saudade
A D7
Que é a mana do meu pão
G D D#º Em
A noite é um caso sério
D C G
Que eu não vou resolver
D D#º Em C
Enquanto dormir longe
G A7 D
De quem faz meu bem querer
Dona lua...

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28
• Vaso quebrado
• Almir Sater
• Tom: B Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

B
Só percebi, quando era tarde REFRÃO
F#
Tudo entre nós foi falsidade E
E Tentei mudar as leis
Com esse ar de inocência B
B Desprezei velho ditado
Me deixou enfeitiçado E
F# E Pensei ser ventania
Mas em tuas veias, ao invés de sangue B
B Logo veio tempestade
Corre o pecado F# E
B E não sem razão, a nossa paixão
Me decidi, não fiz alarde B
F# É um vaso quebrado
Nenhum de nós vai ter saudade F# E
E Restou só um beijo, um certo desejo
Se vou lembrar da experiência B
B Nos olhos molhados
Estou pouco preocupado F# E
F# E Apenas lamento, que meu juramento
Mas de tuas teias, de hoje em diante B
B Seja desprezado
Estou afastado F# E
E o seu tormento, hoje sai de dentro
REFRÃO B
de um rádio ligado
E
Tentei mudar as leis
B
Desprezei velho ditado
E
Pensei ser ventania
B
Logo veio tempestade
F# E
E não sem razão, a nossa paixão
B
É um vaso quebrado
F# E
Restou só um beijo, um certo desejo
B
Nos olhos molhados

B
Já te esqueci, fiz minha parte
F#
Só quis pra nós felicidade
E
Pra que usar de violência
B
E um dia ser castigado
F# E
Se o pior tormento, é a dor constante
B
De ser o culpado

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29
• Vida bela vida
• Almir Sater
• Tom: E Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

E A E A
intenções, orações, aflições, vamos repartir
E A
pensando bem, quantos sonhos deixamos pra trás
E A
outros porém, nós tornamos reais
F#m C#m B A
vida bela linda vida, só quero viver
F#m C#m B A
muito tempo ainda, junto com você

E A
deve existir, um motivo pra continuar
E A
aonde ir, ou pra onde voltar,
E A
indecisões, com o tempo só vem aumentar
E A
às desilusões, sempre tão fatais
E
nossos corações, quando podem ser felizes batem
A
muito mais
F#m C#m B A
vida bela linda vida, só quero viver
F#m C#m B A
muito tempo ainda junto com você
F#m C#m
vida bela linda vida
B A
por que não viver
F#m C#m B A
muito tempo ainda junto com você
E
junto com você

Ï Índice
30
• Viola e vinho velho
• Almir Sater
• Tom: E Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

E B7/F# E/G#
Quem tem viola não carece de transporte
A
Se for pra mode ir-se embora dos sertões
B7 Cº C#m
Mundão afora ele desce de carona
E/B B7 A F#m7 B7
Dos sonhos sob a lona o requinte faz canções
E B7/F# E/G#
Se por ventura lhe oferece a boa sorte
A
O passaporte para além dos rumos seus
B7 Cº C#m
Vai sem demora, dorme hoje sob a ponte
E/B B7 A F#m7 B7
E aos longes do horizonte a manhã se prometeu
Cº C#m B7 Cº E/B
Viola acha graça se o dono se apaixona
F/C C G C
||: Mas assim que ele sara ela estranha e semitona :||
E B7/F# E/G#
Deitado agora em um quarto de hotel
A
Sem ter mais céu pra lhe servir de cobertor
B7 Cº C#m
Um vinho velho lhe conforta o calafrio
E/B B7 A F#m7 B7
E a canção sai no feitio de um poeta fingidor
Cº C#m B7 Cº E/B
Saudade é o diploma de quem tem boca e foi a Roma
F/C C G C
||: Tristeza é mula brava, corcoveia mas se doma. :||

Ï Índice
31
• Você vai gostar
• Almir Sater
• Tom: Gm Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

Gm
fiz uma casinha branca
lá no pé da serra
D7
pra nós dois morar
fica perto da barranca
Gm
do rio Paraná
o lugar é uma beleza
G7
e eu tenho certeza
Cm
você vai gostar
fiz uma capela
Gm D7
bem do lado da janela
Gm
pra nós dois rezar
G
quando for tempo de festa
D7
você veste o seu vestido de algodão
quebro o meu chapéu na testa
G
para arrematar as coisas do leilão
C
satisfeito vou levar você de braço

B7 Em
dado atrás da procissão

C G
vou com meu terno riscado
D7
Bis
uma flor do lado
G
e o meu chapéu na mão

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32
• A filha do Rei
• Renato Teixeira
• Tom: A Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

A Bm7 E7 A
Quem quer casar com a filha do rei ?
F#7 Bm7 E7 A F#7
Ganha coroa feita de ouro
A Bm7 E7 A
Quem quer casar com a filha do rei ?
F#7 Bm7 E7 A
Ganha coroa feita de ouro
B7 E
Ganha a menina mais linda do reino
G#7 C#m7 E7
pra quem a fada madrinha previu
Bm7 E A
será prendada, inteligente
F#7 Bm7 E A
terá por certo mil pretendentes
Bm7 E A
será prendada, inteligente
F#7 Bm7 E A
terá por certo mil pretendentes
B7 E
Mas uma bruxa malvada falou
G#7 C#m7 E7
que a princesinha só encontra um amor
Bm7 E A
se ele for um bom cavaleiro
F#7 Bm7 E A F#7
que vença em luta trinta guerreiros
Bm7 E A
se ele for um bom cavaleiro
F#7 Bm7 E A
que vença em luta trinta guerreiros
B7 E
E que sozinho sem nada na mão
G#7 C#m7 E7
No corpo a corpo ele enfrente o dragão
B7 E
Mas como a estória não encontra ninguém
G#7 Cm7 E7
que lhe conceda um fim que convém
Bm7 E7 A
traga uma rosa dessas à toa
F#7 Bm7 E7 A
leva a princesa, ganha a coroa

Ï Índice
33
• Amanheceu, peguei a viola
• Renato Teixeira
• Tom: C Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

D G D G D G D |2
Amanheceu, peguei a viola botei na sacola e fui viajar |x

Sou cantador e tudo nesse mundo,


G
Vale pra que eu cante e possa praticar.
Fº D
A minha arte sapateia as cordas
E A
E esse povo gosta de me ouvir cantar.
D
Ao meio-dia eu tava em Mato Grosso,
G
Do sul ou do norte, não sei explicar.
Fº D
Só sei dizer que foi de tardezinha,
E A
Eu já tava cantando em Belém do Pará.
D
Em Porto Alegre um tal de coronel,
G
pediu que eu musicasse um verso que ele fez.

Para uma china, que pela poesia,
E A
Nem lá em Pequim se vê tanta altivez.
D
Parei em minas pra trocar as cordas,
G
E segui direto para o Ceará.
Fº D
E no caminho fui pensando, é linda,
E A
Essa grande aventura de poder cantar.

E A E A E A E |2
Amanheceu, peguei a viola botei na sacola e fui viajar |x

E
Chegou a noite e me pegou cantando,
A
Num bailão, no norte lá do Paraná.
Gº E
Daí pra frente ninguém mais se espanta,
F# B
E o resto da noitada eu não posso contar.
E A E A E A E
Anoiteceu, e eu voltei pra casa, que o dia foi longo e o sol quer descansar.

E A E A E A E |2
Amanheceu, peguei a viola botei na sacola e fui viajar |x
E A E A E A E
Amanheceeuuuuuuu...

Ï Índice
34
• Amora
• Renato Teixeira
• Tom: A Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

A D F# Bm B7
Depois da curva da estrada tem um pé de araçá,
B B7 Em
sinto vir água nos olhos, toda vez que passo lá.
G C G G#
sinto o coração flechado, cansado de solidão.
A D E A
penso que deve ser doce, a fruta do coração.
A7 A7/4 A7 D D4 D
vou contar para o seu pai, que você namora.
D7 G
vou contar pra sua mãe, que você me ignora.
C B7 Bdim Bbdim
vou pintar a minha boca, do vermelho da amora.
D E A
que nasce lá no quintal, da casa onde você mora.

solo: A D F# Bm B7 Em G C G A D E A

A7/4 A7 D D4 D
vou contar para o seu pai, que você namora.
D7 G
vou contar pra sua mãe, que você me ignora.
C B7 Bdim Bbdim
vou pintar a minha boca, do vermelho da amora.
D E A
que nasce lá no quintal, da casa onde você mora.
D F# GCG
depois da curva da estrada tem um pé de araçá..

Ï Índice
35
• Casinha branca (versão)
• Renato Teixeira
• Tom: Am Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

Am
Fiz uma casinha branca
A7
Lá no pé da serra
E7
Pra nós dois morar
Fica perto da barranca
Am
Do Rio Paraná
A paisagem é uma beleza
A7
Eu tenho certeza
Dm
Você vai gostar
Fiz uma capela
Am E7
Bem do lado da janela
A
Pra nós dois rezar
Quando for dia de festa
E
Você veste o seu vestido de algodão
Quebro meu chapéu na testa
A
Para arrematar as coisas do leilão
A7 D
Satisfeito eu vou levar
C#7
Você de braço dado
F#
Atrás da procissão
D A
Vou com meu terno riscado
F#7 B7 E7 A
Uma flor do lado e meu chapéu na mão

Ï Índice
36
• Cavalo bravo
• Renato Teixeira
• Tom: Am Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

Em G
Olhando um cavalo bravo

No seu livre cavalgar


C D
Passou-me pela cabeça
G C
Uma vontade louca
Em
De também ir

Para um cavalgar

G
Coração atrevido
C
Pernas de curioso

Olhos de bem-te-vi
G B7
E ouvidos de boi manhoso
C D
E lá vou eu mundo afora
C G/B Am G
Montado em meu próprio dorso

Ï Índice
37
• Iluminação
• Renato Teixeira
• Tom: G Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

G D
Ilumina, ilumina, ilumina meu peito canção.
C G A7 D7
Dentro dele, mora um anjo que ilumina o meu coração.
G D
Ilumina, ilumina, ilumina meu peito canção.
C G A7 D7
Dentro dele, mora um anjo que ilumina o meu coração.
C G D C G E7
Ai, ai, amor, misterioso segredo entra
Am Bb° G
na vida da gente iluminando.
G D
Ilumina, ilumina, ilumina meu peito canção
C G A7 D7
Dentro dele mora um anjo que ilumina o meu coração
C G D C G E7
Ai, ai, paixão, noite dos iluminados.
Am Bb° G
Nós nos trocamos olhares emocionados.
G D
Ilumina, ilumina, ilumina meu peito canção.
C G A7 D7
Dentro dele mora um anjo que ilumina o meu coração.
C G D C G E7
Só quem provou o doce desse melado
Am Bb° G
terá na boca o seu gosto eternizado.
G D
Ilumina, ilumina, ilumina meu peito canção
C G A7 D7
Dentro dele mora um anjo que ilumina o meu coração

Ï Índice
38
• Olhos profundos
• Renato Teixeira
• Tom: C Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

C F/A C
Feito um menino que permite ao coração
F/A Bb F
Sair correndo sem destino ou direção
G G/B C
Que vire vento e sopre feito um furacão
Bb A F
Que nesse fogo por amor eu ponho a mão
G F E7
E até permito as cantorias da paixão

C F/A C
O velho barco toda vez que vê o mar
F/A Bb F
Fica confuso, com vontade de zarpar
G G/B C
E ver o mar às vezes bem que é preciso
Bb A F
Pra ter certeza de ainda estar-se vivo
G F E7
Mesmo que o casco esteja velho e corroído

C F/A C
Por uma estrada que vai dar não sei aonde
F/A Bb F
Por meu destino o coração é quem responde
G G/B C
Braços abertos pra acender a luz do peito
Bb A F
Com grande amor que seja puro amor refeito
G F E7
Olhos profundos não me olhem desse jeito

Ï Índice
39
• Paulistano
• Renato Teixeira
• Tom: Am Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

(Am E)
Eu sou brasileiro, paulistano vindo do interior
(G C)
Sei dos meus direitos e trago no peito beleza e amor
(F Dm)
Homem do meu tempo, viajante atento, um trabalhador
(E F G) Am E (Am E)
Não semeio ventos e o meu pensamento é o meu condutor
(Am E)
Sempre um brasileiro, sempre um paulistano do interior
(G C)
Viajei o mundo fui longe no fundo, eu conheço o motor
(G Am)
Que toca o destino e abre caminhos por onde eu vou
(G C)
Fiz a minha estrada, plantei a chegada e aqui eu estou
(F E) (Am E)
Sempre um brasileiro, sempre um paulistano do interior
(Am E)
Conheci fronteiras, cruzei as barreiras, provei meu valor
(G C)
Segurei nos braços a força dos ventos e o peso da flor
(F Dm)
Hoje me conheço, me sinto seguro, eu sei onde estou
(E F G) (Am E) (Am E)
Olhe nos meus olhos, sinta o que eu lhe digo, saiba quem eu sou
(Am E)
Sempre um brasileiro, sempre um paulistano do interior

(G C)
Viajei o mundo fui longe no fundo, eu conheço o motor
(G Am)
Que toca o destino e abre caminhos por onde eu vou
(G C)
Fiz a minha estrada, plantei a chegada e aqui eu estou
(F E) (Am E)
Sempre brasileiro, sempre um paulistano do interior
(Am E)
Sempre brasileiro, sempre um paulistano do interior

Ï Índice
40
• Raízes
• Renato Teixeira
• Tom: G Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

G C G
Galo cantou Que caminha pras montanhas
Madrugada da Campina E A7
Manhã menina Se enfiando feito alma
G7 C D D11 D
Tá na flor do meu jardim Por dentro do matagal
D C
Hoje é domingo E quanto mais
C G C#º G
Me desculpe eu tô sem pressa A luz vai invadindo a terra
E A7 E A7
Nem preciso de conversa O que a noite não revela
D D11 D D7 G G7
Não há nada pra cumprir O dia mostra pra mim
C C
Passar o dia A rádio agora
C#º G C#º G
Ouvindo o som de uma viola Tá tocando Rancho Fundo
E A7 E A7
Eu quero que o mundo agora Somos só eu e o mundo
D7 G G7 D7 G
Se mostre pros bem-te-vi E tudo começa aqui
C D
Mando daqui Amanhecer...
C#º G
Das bandas do rural lembranças
E A7
Vibrações da nova hora
D7 G
Pra você que não tá aqui
D
Amanhecer
C G
É uma lição do universo
D
Que nos ensina
C G
Que é preciso renascer
C D C G
O novo amanhece
C D C G
O novo amanhece

Já tem rolinha
Lá no terreiro varrido
E o orvalho brilha
G7 C
Como pérolas ao sol
D
Tem uma nuvem

Ï Índice
41
• Rapaz caipira
• Renato Teixeira
• Tom: D Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

D G
Qui m'importa, qui m'importa
A7 D
O seu preconceito qui m'importa
G
Você diz que eu sou muito esquisito
A7 G
E eu às vezes sinto a sua ira
A7 D
Mas na verdade assim é que eu fui feito
E A7
É só o jeito de um rapaz caipira

Qui m'importa...
G
Se você quer maiores aventuras
A7 G
Vá pra cidade grande qualquer dia
A7 D
Eu sou da terra e não creio em magia
E A7
É só o jeito de um rapaz caipira

Qui m'importa...
G
Se dá problema eu subo na picape
A7 G
E no horizonte eu tiro a minha linha
A7 D
Quando me acalmo é que eu volto pra casa
E A7
Esse é o jeito de um rapaz caipira

Qui m'importa...

Ï Índice
42
• Rio de lágrimas
• Renato Teixeira
• Tom: D Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

D A7 D
O rio de Piracicaba
A7 D A7
Vai jogar água pra fora
D A7 D
Quando chegar a água
A7 D
Dos olhos de alguém que chora
A
Lá no bairro onde eu moro
Bm
Só existe uma nascente
A
A nascente dos meus olhos
D
Já formou água corrente
D7 G
Pertinho da minha casa
A D
Já formou uma lagoa
A7
Com lágrimas dos meus olhos
D
Por causa de uma pessoa
A
Eu quero apanhar uma rosa
Bm
Minha mão já não alcança
A
Eu choro desesperado
D
Igualzinho a uma criança
D7 G
Duvido alguém que não chore
A D
Pela dor de uma saudade
A
Eu quero ver quem não chora
D
Quando ama de verdade

Ï Índice
43
• Romaria
• Renato Teixeira
• Tom: A Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

INTRO: (A D A D)

A D A D A
É de sonho e de pó, o destino de um só Feito eu perdido em
F#m C#7 F#m B7 F#m
pensamentos Sobre o meu cavalo É de laço e de nó, de gibeira o
B7 F#m C#7 F#m
jiló, Dessa vida cumprida a sol

REFRÃO

D E7 A F#m D
Sou caipira, Pirapora Nossa Senhora de Aparecida Ilumina a mina
E7 A
escura e funda O trem da minha vida

D E7 A F#m D
Sou caipira, Pirapora Nossa Senhora de Aparecida Ilumina a mina
E7 G
escura e funda O trem da minha vida

A D A D A
O meu pai foi peão, minha mãe solidão Meus irmãos perderam-se na
F#m C#7 F#m B7 F#m B7
vida Em busca de aventuras Descasei, joguei, investi, desisti Se
F#m C#7 F#m
há sorte eu não sei, nunca vi

REPETE ESTRIBILHO

A D A D A
Me disseram porém que eu viesse aqui Pra pedir de romaria e
F#m C#7 F#m B7 F#m
prece Paz nos desaventos Como eu não sei rezar, só queria
B7 F#m C#7 F#m
mostrar Meu olhar, meu olhar, meu olhar

REPETE REFRÃO 2 VEZES

D E7 A C#7 F#m D
Sou caipira, Pirapora Nossa Senhora de Apareci...da Ilumina a mina
E7 F G A
escura e funda O trem da minha vida Aaaa....

Ï Índice
44
• Sina de violeiro
• Renato Teixeira
• Tom: D Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

Intro: (D G Am Bm C Am Bm G)

G G7 G7 D7
Meu pai chegou aqui Mariazinha Nos olhos calmos
C C G
Num fim de dia Se casou bem moça Do meu pai entrou
D7 D7 E7
Há muito tempo E foi com Bento Varreu as cores
G G Am
Em cima de um cavalo Homem trabalhador Do seu pensamento
E7 E7 D7
E era pobre e moço Mas veio um tempo Ele deitou na cama
Am Am G
E só queria G E nunca mais falou
D7 E nunca mais largou G7
Semear de calo G7 A minha mãe
G E assim a vida C
As mãos de plantador C Mulher de raça forte
G7 Foi-se como um rio D7
Com minha mãe D7 Pegou nas rédeas
C Meu pai dizia G
Casou-se assim que pode G Com as duas mãos
D7 Um dia será mar E7
Achar um rancho E7 E eu me enterrei
G E toda noite Am
No jeito e na cor Am De alma na viola
E7 Reunia a prole D7
Da terra boa D7 Onde plantei tristezas
Am E tinha cantorias G
E semeou o milho G E colhi canções
D7 Para se cantar G7
E semeou os filhos G7 Por isso mesmo amigo
G Não era fácil a lida C
E semeou o amor C É que eu lhe digo
G7 Mas valia D7
De sol a sol D7 Não tem sentido
C Porque um homem G
O braço do trabalho G Em peito de cantor
D7 Precisa lutar E7
Foi como um laço E7 Brotar o riso
G Nem quando a morte Am
Mas nunca sonhou Am Onde foi semeada
E7 Nos levou Rosinha D7
Por isso Pedro D7 A consciência viva
Am A mais pequenininha G
Nosso irmão mais velho G Do que é a dor.
D7 Deu pra fraquejar
Foi para bem longe G7
G Uma cegueira triste
E nunca mais voltou C
Negro em sua vida Certo dia
D7
Ele garrou na pinga

Ï Índice
45
• ira bosta
• Renato Teixeira
• Tom: D Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

D A
No meu quintal tem tico-tico e vira-bosta
G Bm
Tem periquito, papagaio e tangará
D G
Tem cajueiro, mamoeiro e abacateiro
A D
E tem um pé de bananeira que é pra gente se abaná 2X
D A
No meu quintal é só plantá que tudo cresce
G Bm
A terra é boa e nem precisa de adubá
D G
Já plantei porco pra poder colher lingüiça
A D
E vou plantá perna de moça que é pros bobo se babá 2X
D A
Além do canto do canário Volkswagen
G Bm
Emocionante o relincho de um corcel
D G
Que o meu olhar estranhamente agradecido
A D
Se embaçou de comovido e nunca mais eu vi o céu. 2X
D A
O meu quintal fica no centro da cidade
G Bm
Quase do lado do Viaduto do Chá
D G
Como se vê o clima é bom e o ar é puro
A D
Só falta é fazer o muro que é pro povo não me olhar. 2X

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46
• A volta do boiadeiro
• Sérgio Reis
• Tom: C Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

Intro: C G7 C

C G7
Por que voltei você vão saber agora
C
Por que voltei se sorrindo fui embora
C7 F
Por que voltei se deixei meu par de espora
C G7 C
E o meu cavalo esquecido campo a fora.
G7
Voltei trazendo no peito a dor da saudade
C
Do velho pingo, meu amigo de verdade
G7
Voltei de novo pra cantar lá nas pousadas
C
As velhas modas com você companheiradas.

C G7
Há muito tempo você devem estar lembrados
C
Por um alguém eu parti enfeitiçado
C7 F
Um boiadeiro que jamais foi dominado
C G7 C
Por essa ingrata acabou sendo enganado
G7
Voltei pra pôr minha bota empoeirada
C
E ouvir um galo anunciando a madrugada
G7
Quero abraçar meu cachorro campeiro
C
Ouvir de longe o berro dos pantaneiros

C G7
Se estou chorando com franqueza é que eu digo
C
Não é por ela ao passado já não ligo
C7 F
Igual a ave que retorna ao ninho antigo
C G7 C
Choro de alegre por rever velhos amigos
G7
Quem não sentiu o ar puro da campina
C
E nunca ouviu um berrante em surdina
G7
Não viu a lua deitado sobre um baixeiro
C
Não sabe amigos, como é bom ser boiadeiro.

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47
• Adeus Mariana
• Sérgio Reis
• Tom: C Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

Intro: C G7 F G7 F Em7 Dm C

(C G7 F G7 F Em7 Dm C)
Nasci lá na cidade, me casei na serra
Com a minha Mariana: moça lá de fora
Um dia estranhei o carinho dela
Disse: - adeus Mariana, que eu já vou embora

(C G7 F G7 F Em7 Dm C)
É gaúcha de verdade de quatro costados
Só usa chapéu grande de bombacha e espora
E eu que estava vendo o caso complicado
Disse: - Adeus Mariana, que eu já vou embora

(C G7 F G7 F Em7 Dm C)
Nem bem "rodemo" o dia, me tirou da cama
Celou o meu tordilho e saiu campo a fora
E eu fiquei danado e saí dizendo:
- adeus Mariana, que eu já vou embora

(C G7 F G7 F Em7 Dm C)
Ela não disse nada, mas ficou sismando
Se era desta vez que eu daria o fora
Segurou a açoiteira e veio contra mim
Eu disse: - larga Mariana que eu não vou embora

(C G7 F G7 F Em7 Dm C)
E ela de zangada foi quebrando tudo
Pegou a minha roupa e jogou porta a fora
Agarrei, fiz uma trouxa e saí dizendo:
- Adeus, Mariana que eu já vou embora.

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48
• Assim é meu sertão
• Sérgio Reis
• Tom: E Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

Intro: E

E B7 E
Quem não conhece as belezas dessas matas
A E7 A
Que não conhece uma rua de café
B7 A E
Quem não conhece estas pontes e cascatas
B7 E
Uma rocinha, um ranchinho de sapé
B7 E
Quem não conhece a batida de machado
A E7 A
Quem não conhece uma colheita de algodão
B7 A E
Quem não conhece um violeiro apaixonado
B7 E
Uma viola, uma saudade, uma canção!

B7 A E
Assim é que é o sertão,
B7 E
Assim é que é o sertão!

E B7 E
Quem não conhece o cantar da passarada
A E7 A
O milho verde bem no ponto de colher
B7 A E
Quem não conhece a primavera perfumada
B7 E
Perca um dia e venha de perto ver.
B7 E
Quem não conhece um estouro de boiada
A E7 A
Que o fazendeiro tem orgulho em ser sua
B7 A E
Quem não conhece uma festa no terreiro
B7 E
Que só termina quando esconde a lua.

B7 A E
Assim é que é o sertão,
B7 E
Assim é que é o sertão!

E B7 E
Quem não conhece o vigário da capela
A E7 A
Casamenteiro como ele outro não há
B7 A E
Quem não conhece a cabocla flor mais bela
B7 E
Que a natureza até hoje pode dar.

B7 A E
Assim é que é o sertão,
B7 E
Assim é que é o sertão!
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49
• Baita macho
• Sérgio Reis
• Tom: E Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

Intro: E B7 E B7 E

E B7
Amarrei o cavalo no tronco
A E
Entrei no baile chutando o capacho
E7 A
E já senti no olhar das velhas
B7 E
Nos suspiros das moças: - Mas que baita macho.

B7 E
Mas que baita macho, mas que baita macho.
Refrão
B7 E
Mas que baita macho, mas que baita macho.

E B7
E fui danças com uma mulher mais linda
A E
Nos apertamos de cima pra baixo
E7 A
Ela parou no meio da sala
B7 E
Me puxou no pala: - Mas que baita macho.

E B7
Tirei a gaita da mão do gaiteiro
A E
Toquei um xote de atolar nos baixos
E7 A
Os mais valentes se desmunhecaram
B7 E
E então gritaram: - Mas que baita macho.

E B7
Larguei a gaita e peguei a minha prenda
A E
E o salão quase veio a baixo
E7 A
O mulherio se descabelou
B7 E
Todo o salão cantou: - Mas que baita macho.

E B7
Dei de mão na minha morena
A E
E ela de mão no meu barbicacho
E7 A
E lá da estrada a gente escutava
B7 E
O povo que cantava: - Mas que baita macho.

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50
• Baldrana macia
• Sérgio Reis
• Tom: C Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

Intro: C G7 F C G7 C

C
Comprei um caco chapeado e uma baldrana macia
G7
Uma coxinilho dos brancos pra minha besta Luzia

Um peitoral de argolinha, uma estrela que brilha


C G7 C
Fui dar um passeio em Tupã, só pra ver o que acontecia.

C
Quando cheguei na cidade coma besta toda enfeitada
G7
O povo todo na rua parava em pé na calçada

As mulheres que passavam olhavam admiradas


C Introdução
No meio delas vi uma que me prendeu numa olhada.

C
Eu já vi moça bonita, mas não vi mulher assim
G7
Por onde eu em virava, via ela olhar pra mim

E eu vendo aquela flor parecida com jasmim


C G7 C
Eu falei comigo mesmo vou levar pro meu jardim

C
Eu andei mais um pouquinho e da besta eu apeei
G7
Fui chegando perto dela, lindas coisas eu falei

Ela então me respondeu se é por causa que eu olhei


C (G7)
Você está muito enganado foi da besta que eu gostei

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51
• Boi penacho
• Sérgio Reis
• Tom: A7 Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

A7 D
Vamos boiada
E7 A
Não deixe o carro parar
E7
Puxa na guia penacho
A
Que lá no riacho nós vamos descansar

A7 Bm E7 A
Meu carro é de cabriúva cabeçalho de araçá
E7 A
Eu fiz o eixo de piúva, canga de jacarandá -
Bm A
Encosto a carro na lenha carrego até onde dá
E7 A
Arrocho bem o arrocho pra lenha não escorregar.

A7 Bm E7 A
Trabalho com quaro juntas, todos eles sabem puxar
E7 A
Na guia tenho o penacho, boi que só falta falar -
Bm A
E quando o dia amanhece não precisa campear
E7 A
Eu grito lá na porteira, os oito vem me ajudar.

A7 Bm E7 A
Dou a ração de rastolho, gritos pros bois se arrumar
E7 A
Penacho é o primeiro, a procurar o seu lugar -
Bm A
Solto o meu carro na estrada, deixo meu carro rodar
E7 A
E pra largar o meu gado fico de lado e começo a cantar.

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52
• Boiadeiro errante
• Sérgio Reis
• Tom: G Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

G D7 G
eu venho vindo de uma querência distante
D7 G D7
sou um boiadeiro errante que nasceu naquela serra
C D7
o meu cavalo corre mais que o pensamento
C D7 G
ele vem no passo lento porque ninguém me espera
D7 G
tocando a boiada auê-uê-uê-ê boi eu vou cortando estrada uê boi
D7 G
tocando a boiada auê-uê-uê-ê boi eu vou cortando estrada
D7 G
toque o berrante com capricho Zé Vicente
D7 G D7
mostre para essa gente o clarim das alterosas
C D7
pegue no laço não se entregue companheiro
C D7 G
chame o cachorro campeiro que essa rês é perigosa
D7 G
olhe na janela auê uê uê ê boi que linda donzela uê boi
D7 G
olhe na janela auê uê uê ê boi que linda donzela
D7 G
sou boiadeiro minha gente o que é que há
D7 G D7
deixe o meu gado passar vou cumprir com a minha sina
C D7
lá na baixada quero ouvir a siriema
C D7 G
pra lembrar de uma pequena que eu deixei lá em Minas
D7 G
ela é culpada auê uê uê ê boi de eu viver nas estradas uê boi
D7 G
ela é culpada auê uê uê ê boi de eu viver nas estradas
D7 G
o rio tá calmo e a boiada vai nadando
D7 G D7
veja aquele boi berrando Chico Bento corre lá
C D7
lace o mestiço salve ele das piranhas
C D7 G
tire o gado da campana pra viagem continuar
D7 G
com destino a Goiás auê uê uê ê boi deixei Minas Gerais uê boi
D7 G
com destino a Goiás auê uê uê ê boi deixei Minas Gerais uê boi

Ï Índice
53
• Cantar pra ser feliz
• Sérgio Reis
• Tom: A Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

Intro: A E D D (2x)

A E D A E D
Pai hoje estamos aqui, pra ti ouvir cantar.
A E D A E D
Pai nos te pedimos licença, pra nosso amor cantar.
E D A
Nos crescemos nos espelhamos em você.
E D A D E
Com orgulho vendo você vencer, cantando o seu pais.
D A D E
Qualquer historia de amor, que faz sorrir ou chorar.
D E
Cantar pra ser feliz.
A E D A E D
Pai obrigado por tudo e parabéns meu pai.
A E D E D
Hoje quero cantar bem alto pra todo mundo ouvir. Nós amamos você.
A E D A E A
Pai hoje estamos aqui, pra ti ouvir cantar.

Ï Índice
54
• Casamento é uma gaiola
• Sérgio Reis
• Tom: G Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

Intro: (A7 D A7 D)

D A7 D A7 D
Tempo bom é o de solteiro a gente vai em qualquer lugar
A7 D A7 D
Pois eu falo: - Vou mulher. A mulher fala: - Não vá
D A7 D A7 D
Tempo bom é o de solteiro a gente vai em qualquer lugar
A7 D A7 D
Pois eu falo: - Vou mulher. A mulher fala: - Não vá

E7
O rapaz quando é solteiro anda limpo que nem santo
A7
Só fala coisa bonita e tem medo de quebranto
G D G
Mas depois que ele casa, fica mudo, perde o encanto
A7 D A7 D
Quando vem o primeiro filho, não veste mais terno branco.

Tempo bom ...

E7
A moça quando é solteira, se lambuza de pintura
A7
Sapato de salto alto balança bem a cintura
G D G
Mas depois que ela casa, reclama da vida dura
A7 D A7 D
Fica com o corpo redondo igual bolo na fritura.

Tempo bom ...

E7
Casamento é uma gaiola coisa ruim de engolir
A7
Quem está fora quer entrar, quem está dentro quer sair
G D G
Quando o arrepende é tarde, não tem por onde fugir
A7 D A7 D
A lei de Deus é sagrada e a gente tem que cumprir.

Ï Índice
55
• Cavalo preto
• Sérgio Reis
• Tom: A Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

Intro: A E A E D C#m Bm A

E
Eu tenho um cavalo preto
A
Por nome de ventania
D E
Um laço de doze braças
A
Do couro de uma novilha
D E
Tenho um cachorro bragado
A
Que é pra minha companhia
E
Sou um caboclo folgado
A
Eu não tenho família. introdução

No lombo do meu cavalo


Eu viajo o dia inteiro
Vou de um estado pro outro
Eu não tenho paradeiro
Quem quiser ser meu patrão
Me ofereça mais dinheiro
Eu sou muito conhecido
Por esse Brasil inteiro introdução

Tenho uma capa gaúcha


Que eu troquei num boi carreiro
Tenho dois pelego grande
Que é pura lã de carneiro
Um me serve de colchão
E outro de travesseiro
Com a minha capa gaúcha
Eu me cubro o corpo inteiro introdução

Adeus que eu já vou partindo


Vou pousar noutra cidade
Depois de amanhã bem cedo
Quero estar em Piedade
Deus me deu esse destino
E muita felicidade
Quando eu passo com meu Pingo
A E A
Deixo um rastro de saudade
Ï Índice
56
• Chico mineiro
• Sérgio Reis
• Tom: D Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

Declamado: A7 D
Cada vez que me lembro Numa Festa do Divino.
do amigo Chico Mineiro
Das viagens que eu fazia D A7
Ele era meu companheiro A festa tava tão boa
Sinto uma tristeza, uma vontade de D
chorar Mas antes não tivesse ido
Lembrando daqueles tempos A7
Que não mais hão de voltar. O Chico foi baleado
Apesar de ser patrão, eu tinha no D D7
coração Por um homem desconhecido
o amigo Chico Mineiro G
- caboclo bom e decidido, na viola Larguei de compra boiada
dolorido. A7 D
E era pião dos boiadeiros. Mataram o meu companheiro
Hoje, porém, com tristeza, Bm Em
recordando das proezas, Acabou-se o som da viola
das viagens e motins, A7 D
viajamos mais de dez anos, Acabou-se o Chico Mineiro
vendendo boiada e comprando,
por este rincão sem fim. D A7
Mas, porém, chegou um dia Depois daquela tragédia
que o Chico apartou-se de mim. D
Fiquei mais aborrecido
Intro: A7
D G A D Bm Em A7 D Não sabia da nossa amizade
D D7
D A7 Por que nós dois era unido
Fizemos a última viagem G
D Quando vi seus documentos
Foi lá pro sertão de Goiás A7 D
A7 Me cortou o coração
Foi eu e o Chico Mineiro Bm Em
D D7 De sabê que o Chico Mineiro
Também foi um capataz A7 D
G Era meu legítimo irmão.
Viajemo muitos dias
A7 D
Pra chegar em Ouro Fino
Bm Em
Aonde nós passemo a noite

Ï Índice
57
• Chico Mulato
• Sérgio Reis
Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

Intro: (F Eb Bb F7 Eb Bb)
Declamação: João Pacifico

Declamado:
Na volta daquela estrada bem em frente uma encruzilhada todo ano a gente via
Lá no meio do terreiro a imagem do Padroeiro, São João da Freguesia.

Solo (Bb F7 Bb F7 Bb)

No meio tinha fogueira em redor a noite inteira, tinha caboclo violeiro


E uma tal de Terezinha cabocla bem bonitinha, sambava nesse terreiro
Era noite de São João estava tudo no sertão, estava Romão, cantador,
Quando foi de madrugada fugiu com Teresa pra estrada pra confessar seu amor
Chico Mulato era o festeiro caboclo bom, violeiro sentiu um frio em seu coração
Tirou da sinta um punhal e foi os dois encontrar, era o rival, seu irmão.

(Bbm Ebm F7 Bbm Ebm F7 Bb)

Hoje na volta da estrada em frete aquela encruzilhada, ficou tão triste o sertão
Por causa de Terezinha essa tal de caboclinha nunca mais houve São João.

Bb F7 Eb Bb
Tapera beira de estrada que vive assim descoberta
Eb F7 Bb
Por dentro não tem mais nada, por isso fica deserta
F7 Bb
Morava Chico Mulato, o maior dos cantador
Eb F7 Bb Bb7
Mais quando Chico foi embora na vila ninguém mais sambou
Eb F7 Bb Introdução
Morava Chico Mulato, o maior dos cantador

Bb F7 Eb Bb
A causa dessa tristeza sabida em todo lugar
Eb F7 Bb
Foi a cabocla Teresa, com outro ela foi morar
F7 Bb
E o Chico acabrunhado largou então de cantar
Eb F7 Bb Bb7
Vivia triste calado, querendo só se matar.
Eb F7 Bb Introdução
E o Chico acabrunhado largou então de cantar

Bb F7 Eb Bb
Emagrecendo, o coitado foi indo até se findar
Eb F7 Bb
Chorando tanta saudade, de quem não quis mais voltar
F7 Bb
E todo mundo chorava a morte do cantador
Eb F7 Bb Bb7
Não tem batuque, nem samba, sertão inteiro chorou.
Eb F7 Bb (Bbm Ab Bbm)
E todo mundo chorava a morte do cantador.

Ï Índice
58
• Cidades de Mato Grosso
• Sérgio Reis
• Tom: D Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

Intro: D G A7 D D7 G A7 D

D G D
Chego até ficar maluco com o rasqueado apaixonado
A7 G D
Essa musica penetra no meu peito amargurado ?
A7 G D
Faz lembra do Paraguai, essa terra boa irmã
A7 D
Faz lembra Porto Esperança, faz lembrar Ponta Porá.
A7 D
Faz lembra Porto Esperança, faz lembrar Ponta Porá.

D G D
Meu prazer seria ouvir rasqueado a vida inteira .
A7 G D
Faz lembraras noites lindas que passei lá na fronteira.
A7 G D
Lembro então porto Murtinho,Bela vista e Corumbá
A7 D
Três Lagoas, Campo Grande, Aquidauana e Cuiabá.
A7 D
Três Lagoas, Campo Grande, Aquidauana e Cuiabá.

Introdução

(Repete toda a canção)

Ï Índice
59
• Coração pantaneiro
• Sérgio Reis
• Tom: F Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

Intro: (C7 F)

F C7
Meu coração pantaneiro Vejo o rosto dessa amada
Onde pulsa a natureza Ponteando na viola
Sol nascente do desejo A esperança de um sinal
C7 De poder em suas asas
Da paixão em correnteza F
Comandante em meu cavalo Revoar o pantanal
Nos caminhos boiadeiros Bb
Navegante pelas águas Tuiuiú, ai tuiuiú
F Voa, vai dizer a ela
Desses rios canoeiros F
Meu coração pantaneiro Que a paixão é verdadeira
Que o amor já fez morada C7
Dor de peão boiadeiro Diz que sou peão escravo
C7 F
Que procura sua amada Dessa garça pantaneira
Uma garça majestosa
Flor campeira de mulher
Bate asas tão distante
F
Inda não sabe o que quer
Bb
Tuiuiú, ai tuiuiú
Voa, vai dizer a ela
F
Que a paixão é verdadeira
C7
Diz que sou peão escravo
F
Dessa garça pantaneira
Bb
Tuiuiú, ai tuiuiú
Voa, vai dizer a ela
F
Que a paixão é verdadeira
C7
Diz que sou peão escravo
F
Dessa garça pantaneira
F
E assim, eu vou levando
Essa dor apaixonada
Em cada ponto de estrela
Ï Índice
60
• Coração de papel
• Sérgio Reis
• Tom: F Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

F Am
se você pensa que meu coração é de papel
D7 Gm
não vá pensando pois não é
A#
ele é igualzinho ao seu
A#m F Dm
e sofre como eu porque fazer
A# C
sofrer assim a quem lhe ama
F Am
se você pensa em fazer chorar a quem lhe quer
D7 Gm
a quem só pensa em você
A#
um dia sentirá
A#m F Dm
que amar é bom demais não jogue amor ao léu
A# C7 F
meu coração que não é de papel

F7 G# A A# C7
porque fazer chorar
A# C7
porque fazer sofrer
A# C7 F
um coração que só lhe quer
F7 G# A A#
B
o amor é lindo eu sei
i
A#m
s
e todo eu lhe dei
F Dm
você não quis
A#
jogou ao léu
C7 F
meu coração que não é de papel

Am A#
não é ah ah
C7 F
meu coração que não é de papel

Ï Índice
61
• Coração sertanejo
• Sérgio Reis
• Tom: F Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

Intro: (C7 F)

F
Meu coração pantaneiro C7
Onde pulsa a natureza Vejo o rosto dessa amada
Sol nascente do desejo Ponteando na viola
C7 A esperança de um sinal
Da paixão em correnteza De poder em suas asas
Comandante em meu cavalo F
Nos caminhos boiadeiros Revoar o pantanal
Navegante pelas águas Bb
F Tuiuiú, ai tuiuiú
Desses rios canoeiros Voa, vai dizer a ela
Meu coração pantaneiro F
Que o amor já fez morada Que a paixão é verdadeira
Dor de peão boiadeiro C7
C7 Diz que sou peão escravo
Que procura sua amada F
Uma garça majestosa Dessa garça pantaneira
Flor campeira de mulher
Bate asas tão distante
F
Inda não sabe o que quer
Bb
Tuiuiú, ai tuiuiú
Voa, vai dizer a ela
F
Que a paixão é verdadeira
C7
Diz que sou peão escravo
F
Dessa garça pantaneira
Bb
Tuiuiú, ai tuiuiú
Voa, vai dizer a ela
F
Que a paixão é verdadeira
C7
Diz que sou peão escravo
F
Dessa garça pantaneira
F
E assim, eu vou levando
Essa dor apaixonada
Em cada ponto de estrela

Ï Índice
62
• Couro de boi
• Sérgio Reis
• Tom: G Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

Intro: (C D Bm Em Am D G 2x)

(Declamado - na introdução)
Conheço um velho ditado, que é do tempo dos agáis.
Diz que um pai trata dez filhos, dez filhos não trata um pai.
Sentindo o peso dos anos sem poder mais trabalhar,
o velho, peão estradeiro, com seu filho foi morar.
O rapaz era casado e a mulher deu de implicar.
"Você manda o velho embora, se não quiser que eu vá".
E o rapaz, de coração duro, com o velhinho foi falar:

G D G
Para o senhor se mudar, meu pai eu vim lhe pedir
G D G
Hoje aqui da minha casa o senhor tem que sair
C G
Leve este couro de boi que eu acabei de curtir
D G
Pra lhe servir de coberta aonde o senhor dormir

(Intro 1x)

G D G
O pobre velho, calado, pegou o couro e saiu
G D G
Seu neto de oito anos que aquela cena assistiu
C G
Correu atrás do avô, seu paletó sacudiu
D G
Metade daquele couro, chorando ele pediu

(Intro 1 x)

G D G
O velhinho, comovido, pra não ver o neto chorando.
G D G
Partiu o couro no meio e pro netinho foi dando
C G
O menino chegou em casa, seu pai foi lhe perguntando.
D G
Pra quê você quer este couro que seu avô ia levando

(Intro 1 x)

G D G
Disse o menino ao pai: um dia vou me casar
G D G
O senhor vai ficar velho e comigo vem morar
C G
Pode ser que aconteça de nós não se combinar
D G
Essa metade do couro vai dar pro senhor levar

Ï Índice
63
• Cunhada boa
• Sérgio Reis
• Tom: A Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

Intro: E7 A E7 A E7

A E7
Hoje a minha cunhada se levantou pra fazer o café
A
Vestida de camisola, me dando bola, pisou no pé
D E7
Levei um susto danado, fiquei parado, que tentação,
A
Em casa tanta fartura e eu comendo arroz com feijão.

E7 A
Cunhada, cunhada boa
E7 A
Ah, se não fosse irmã da minha patroa
E7 A
Cunhada, cunhada boa
E7 A Introdução
Ah, se não fosse estaria numa boa!

A E7
Usa vestido curto, não por insulto, nem por maldade
A
Faz levantar defunto, mostrando tudo que a gente sabe
D E7
O que é segurar e ter que levar sanduíche me festa
A
Sentir o cheiro da comida e olhar nos olhos e lamber a testa

Refrão

A E7
Eu não sei até quando vou agüentar esse tererê
A
A patroa tá de greve e só serve se eu parar de beber
D E7
O que minha cunhada faz não desejo nem pro meu inimigo
A
A tempo estou em jejum e ela ainda vai acabar comigo.

Refrão

Ï Índice
64
• Destino de carreteiro
• Sérgio Reis
• Tom: D Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

Intro: D A7 D A7 G D G D

D A7 Em Bm
Aceno pra gente amiga, dou adeus e vou embora
A7 G D G D
Ponho óculos escuro, vou cortando estradão ?
A7 Em Bm
Cada frete transportado por esse mundão a fora
A7 G D G D
Vai traçando meu destino nas rodas do caminhão.
G D
Vou fazendo a minha história nos versos deste modão
G A7 D A7 D A7 G D
No repique da viola, ai, ai... no meu coração.

D A7 Em Bm
Quando chega o fim da tarde já vejo céu estrelado
A7 G D G D
Eu me lembro da morena que ficou a me esperar ?
D A7 Em Bm
Olá, companheiro amigo sigo em frente vou cuidar
A7 G D G D
Na noite o rádio ligado há de nos acompanhar.
G D
Vou fazendo a minha história nos versos deste modão
G A7 D A7 D F#7
No repique da viola, ai, ai... no meu coração.

Bm F#m Bm
Nem a geada sulina, nem as enchentes do norte
F#m G D A7
Impedem que a boa sorte me ajude sempre a chegar, ai ai,
D A7 G D
Sempre a chegar...

D A7 Em Bm
Nesse caminho de volta só me falta uma cidade
A7 G D G D
Eu falo em Aparecida, tenho promessa a pagar ?
D A7 Em Bm
Recordo missão cumprida e no peito uma saudade
A7 G D G D
De uma morena bonita que eu deixei a me esperar.
G D
Vou fazendo a minha história nos versos deste modão
G A7 D A7 D F#7
No repique da viola, ai, ai... no meu coração.

Bm F#m Bm
Nem a geada sulina, nem as enchentes do norte
F#m G D A7
Impedem que a boa sorte me ajude sempre a chegar, ai ai,
D A7 D
Sempre a chegar... Sempre a chegar

Ï Índice
65
• Disco voador
• Sérgio Reis
• Tom: C Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

Intro: G7 C G7 C

C G7 C
Tomara que seja verdade que exista mesmo disco voador
G7 C
Que seja um povo inteligente pra trazer pra gente a paz, o amor
G7 C
Se for por bem da humanidade que felicidade essa intervenção

C Introdução

Dm C G7
Aqui na terra só se pensa em guerra matar o vizinho é nossa intenção

G7 C
Se Deus que é todo poderoso fez este colosso suspenso no ar
G7 C
Por que não pode ter criado o mundo apartado da terra e do mar
G7 C
Tem gente que não acredita acha que são fitas os mistérios profundos

C Introdução

Dm C G7
Quem tem um filho, pode ter mais filho o senhor também pode ter outro mundo.

G7 C
Os homens do nosso planeta dão a impressão que já não tem mais crença
G7 C
Em fez de fabricar remédios pra curar o tédio e outras doenças
G7 C
Inventam armas de hidrogênio usam o seu gênio fabricando bombas

C Introdução

Dm C G7
Mas não se esqueça que por mais que cresça perante Deus qualquer gigante tomba.

G7 C
O nosso mundo é um espelho que reflete sempre a realidade
G7 C
Quem forma vinha, colhe uva e quem planta chuva colhe tempestade
G7 C
No tempo que Jesus vivia ele disse uma dia e não foi a esmo
Dm C G7 C
Que neste mundo onde a maldade infesta tudo que não presta morre por si mesmo.

Ï Índice
66
• Escolta de vagalumes
• Sérgio Reis
• Tom: A Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

Intro: (A) Bm E7 A D E7 A

A E7 F#m A7
Voltando pra minha terra eu renasci
D A7 D
Nos anos que fiquei distante acho que morri
E7 D A
Morri de saudade dos pais irmãos e companheiros
E7
Ao cair da tarde no velho terreiro
D A
Agente cantava as mais lindas canções
E7 D A
Viola afinada e na voz dueto perfeito
E7
Lá eu não cantava doía meu peito
D E7 A
Na cidade grande só tive ilusões

REFRÃO

E E7 F#m
Mas voltei, mas voltei, eu voltei
E7 D A
E ao passar na porteira a mata o perfume
E7
Eu fui escoltado pelos vagalumes
D A
Pois era uma linda noite de luar

E7 F#m
Mas chorei, mas chorei, eu chorei
E7 D A
Ao ver meus pais meus irmãos vindo ao meu encontro
E7
A felicidade misturou meu pranto
(D) (E7) A
Com o orvalho da noite deste meu lugar

Intro: (A) Bm E7 A A7 D E7 A

A E7 F#m A7
Ganhei dinheiro lá fora mas foi tudo em vão
D A7 D
A natureza é meu mundo, eu sou o sertão
E7 D A
Correr pelos campos floridos feito um menino
E7
Esquecer as magoas e os desatinos
D A
Que a vida lá fora me proporcionou
E7 D A
Ouvir sabiá cantando e a juriti
E7
E a felicidade de um bem-te-vi
(D) (E7) A
Que parece dizer meu amigo voltou

Ï Índice
67
• Filho de peão
• Sérgio Reis
• Tom: D Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

D D7 G
Eh, irmão... eh! Irmão
A7 G D
Eu sou nascidos das veredas do sertão
D7 G
Eh! Irmão... Eh! Irmão
A7 D
Eu sou valente, eu sou filho de peão.

D
Por aquelas cercanias
A7
Muitas léguas percorria no meu belo alazão
G
Labirintos e enredos
A7 D A7 D
Eu tomava por brinquedo dentro da escuridão.

A pintada amoitada
Am D7 G
Eu pegava de emboscada sem levar um aranhão
F#m
Cavalgava noite inteira
B7 Em A7 D
Sem perder a estribeira, sem temer assombração.

D
Dentro dessas minhas veias
A7
Corre sangue coma areia do bendito chão caboclo
G
O meu pai em ensinou
A7 D A7 D
Fazer tudo com amor mas se preciso, dar o troco.

Quando meu filho crescer


Am D7 G
Quero vê-lo aprender o que meu pai me ensinou
F#m
Quando eu em aposentar
B7 Em A7 D
Pra ele quero deixar o laço do seu amor.

D
Nos cerrados, nas Campinas
A7
Eu mostrava minha ginga ao laçar um boi matreiro
G
Se aboiada estourava
A7 D A7 D
Num instante eu ajuntava por eu ser bom boiadeiro

De uma coisa eu ando certo


Am D7 G
Mesmo longe eu estou perto daquele tempo que foi...
F#m
Quando por Deus eu for chamado
B7 Em A7 D
Eu quero ser transportado num velho carro de boi.

Ï Índice
68
• Filho pródigo
• Sérgio Reis
• Tom: A Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

A Bm
Eu tinha bom gado de corte, eu tinha bom gado leiteiro
E7 A
Eu tinha um cavalo baio, e um abundante celeiro
Bm
Eu era muito respeitado, eu fui campeão de rodeio
E7 A A7
E por todas as redondezas, queriam ouvir meus conselhos
D E7
Por causa de um par de olhos, azuis claros como o luar
D A E7
Eu disse: -Meu pai vou embora, eu vou procurar
D E7 A E7 A
Sem ela não posso ficar
A Bm
Andei lado a lado com a morte, por este mundo a vagar
E7 A
Eu que era amigo da sorte, fui companheiro do azar
Bm
Então me tornei vagabundo, a dor e a fome chegou
E7 A A7
Comi maltrapilho imundo, o pão que o diabo amassou
D E7
Depois de muitas andanças, encontrei-me com ela num bar
D A E7
Sorrindo e bebendo com outros, naquele lugar
D E7 A E7 A
Decidi que eu ia voltar
A Bm
Ao longo do caminho da volta, a vergonha e a solidão
E7 A
Sem saber se seria bem-vindo, por meus pais e também meus irmãos
Bm
Ao longe avistei minha casa, bateu forte o meu coração
E7 A A7
O pranto escorreu em meu rosto, molhando a poeira do chão
D E7
Meu pai com seus braços abertos, me disse meu filho voltou
D A E7
Três dias três noites de festa o sino tocou
D E7 A E7 A
Anunciando que a paz retornou

Ï Índice
69
• Garça branca
• Sérgio Reis
• Tom: A Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

Intro: D A E7 A

A E7 A
Avistei a garça branca na hora do escurecer
E7 A
Batendo asas serenas nas margens do rio Tiete
D A
Quem me dera se eu pudesse partir junto com você
E7 A
Pra buscar meu benzinho que tanto me fez sofrer.

Introdução

A E7 A
A graça branca sumiu e nunca mais ela voltou
E7 A
Me lembro do meu benzinho na hora que me deixou...
D A
Foi um dia muito triste, passarada não cantou
E7 A
Saudade, muita saudade neste meu peito ficou.

Introdução

A E7 A
Fosse coisa que eu pudesse também queria voar
E7 A
Pra ir com garça branca aonde meu bem está ?
D A
Mas não tenho esse poder preciso me conformar
E7 A D A
Sozinho, eu vou vivendo esperando ela voltar.

Ï Índice
70
• João carreiro
• Sérgio Reis
• Tom: A Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

Intro: A E7

A E7
O meu nome é João Carreiro conhecido no lugar
A
Eu vou contar minha história pra vocês não duvidar;
E7
Já estou velho, estou cansado, já não posso carrear,
A
Mas o galo quando morre deixa as penas por sinal.
E7
No tempo que eu fui carreiro muita figura eu fazia
A
Com doze juntas de boi, cabeçalho até a guia,
E7
João carreiro era falado, conhecido em demasia
A Introdução
Quando ele entrava na vila, o povo todo sabia!

E7
Com as dozes juntas de boi caminhava sossegado,
A
O carro do João Carreiro tinha um cantar apaixonado
E7
Distância de légua e meia quando subia o cerrado
A
Os dois cocões rangedor fazia um dueto chorado.
E7
Parelha do cabeçalho: Beija-Flor e Manzambinho
A
Parelha de boi de guia: Fortaleza e caboclinho,
E7
Na subida caminhava, Riachão e Riachinho,
A Introdução
Vamos embora Sereno, parelha de Passarinho!

E7
No riacho da Graúna quando meu carro parava
A
Os olhos de uma cabocla meu coração cutucava,
E7
Na volta lá da cidade de novo por lá passava
A
Os olhos desse malvada de novo me provocava!
E7
Assim fiquemos um tempão, cinco mês fiquemos assim,
A
Eu com receio dela, e ela com medo de mim .
E7
Um dia criei coragem, falei com ela por fim
A Introdução
Essa cabocla chamava Corina Flor do Alecrim!

E7
O alecrim não tem espinho e é danado pra cheirar
A
E mesmo não tendo espinho, alecrim pode magoar,
E7
Corina Flor do Alecrim só soube me judiar,
A
Me prometeu mil venturas e só me trouxe penar -
E7
Só tive um amor na vida, tristeza veio me dar
A
Fiquei velho aporreado já não posso carrear.
E7
Já contei a minha história antes de outro contar
A
Onde meu carro passou ficou rastro por sinal!

Ï Índice
71
• João de barro
• Sérgio Reis
• Tom: G Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

G D7 G
O João de Barro, pra ser feliz como eu
D7 C G
Certo dia resolveu, arranjar uma companheira
D7 G
No vai-e-vem, com o barro da biquinha
D7 C G
Ele fez sua casinha, lá no galho da paineira
D7 G D7 C D7 G
Laiá, laiá, laiá, laiá, laiá, laiá, laiá, laiá, laiá, laiá, laiá, laiá
D7 G
Toda manhã, o pedreiro da floresta
D7 C G
Cantava fazendo festa, pra aquela quem tanto amava
D7 G
Mas quando ele ia buscar o raminho
D7 C G
Pra construir seu ninho seu amor lhe enganava
D7 G D7 C D7 G
Laiá, laiá, laiá, laiá, laiá, laiá, laiá, laiá, laiá, laiá, laiá, laiá
D7 G
Mas como sempre o mal feito é descoberto
D7 C G
João de Barro viu de perto sua esperança perdida
D7 G
Cego de dor, trancou a porta da morada
D7 C G
Deixando lá a sua amada presa pro resto da vida
D7 G D7 C D7 G
Laiá, laiá, laiá, laiá, laiá, laiá, laiá, laiá, laiá, laiá, laiá, laiá
D7 G
Que semelhança entre o nosso fadário
D7 C G
Só que eu fiz o contrario do que o João de Barro fez
D7 G
Nosso senhor, me deu força nessa hora
D7 C G
A ingrata eu pus pra fora por onde anda eu não sei

Ï Índice
72
• KM 45
• Sérgio Reis
• Tom: C Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

Intro: C Em F G7

C Am F G
No quilometro 45 da castelo, pra quem vai no sentido interior
Em Am
Quem olhar para a direita vê um portão amarelo
F G7 C G7
É ali, é ali que mora o amor
C Am F G
No quilometro 45 da castelo, pra quem vai no sentido interior
Em Am
Quem olhar para a direita vê um portão amarelo
F G7 C
É ali, é ali que mora o amor
F G
A distancia não existe pra quem ama
Em Am
Ela tem toda beleza das manhãs
Dm G7
E os seus braços que ao me ver pro amor me chama
F G7 Am
Nosso amor, tem as cores da romã
F G Am
É ali, é ali que mora o amor
F G7 C
É ali, é ali que mora o amor

BIS

Ï Índice
73
• Lembrança
• Sérgio Reis
• Tom: D Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

Intro: G A7 D A7 D

D A7 D
Lembrança por que não foges de mim | Me ajude a arrancar do peito essa dor
A7 D
Afaste meu pensamento e o seu | Porque vamos reviver esse amor
A7 D
Amando nós parecemos iguais | Eu tenho o meu lar e ela também
A7 D D7
É triste ser prisioneiro e sofrer | Sabendo que a liberdade não tem

G A7 D A7 D D7
Vai, lembrança não voltes mais, para acalmar os meus ais, deste dilema de dor
G A7 D A7 D
Vai, para bem longe de mim, não posso viver assim, devo esquecer este amor

Introdução

D A7 D
Lembrança já imaginaste o que é | Distante dois corações palpitar
A7 D
Querendo juntos viver sem poder | Com outra ter que viver sem amar
A7 D
Enquanto você lembrança não for | É esse o nosso dilema sem fim
A7 D D7
Pensando nela eu vivo a sofrer | E ela também sofrendo por mim

Introdução

G A7 D A7 D D7
Vai, lembrança não voltes mais, para acalmar os meus ais, deste dilema de dor
G A7 D A7 D
Vai, para bem longe de mim, não posso viver assim, devo esquecer este amor

Ï Índice
74
• Lenço perdido
• Sérgio Reis
• Tom: E Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

Intro: (E B7 E B7)

E B7
Na macega deste meu campo, ai, ai quem achar um lencinho é meu,
E
Bordado nos quatro cantos, ai, ai,que foi meu bem quem me deu.
A B7 E
Não foi ontem, nem agora ai, ai, me deu no tempo passado,
A B7 E
Aquela mão cor de rosa, ai, ai, de ouro fez o bordado!

Introdução

E B7
Minha esperança procura, ai, ai, o lenço do meu apego,
E
Dia claro e noite escura, ai, ai, quem ama não tem sossego.
A B7 E
Só o meu lenço era o arminho, ai, ai, às vezes eu cismo e penso:
A B7 E
Que a perdiz fez o seu ninho, ai, ai, no arminho do meu lenço.

Introdução

E B7
Que vale um lenço perdido, ai, ai, ainda que esteja bordado,
E
Pois o amor só tem sentido, ai, ai, pra quem ama sendo amado.
A B7 E
Se ele sumisse na poeira, ai, ai, seus restos agora são:
A B7 E
Um vazio na algibeira, ai, ai, e um vazio no coração.

Introdução

Ï Índice
75
• Leva eu mãinha
• Sérgio Reis
• Tom: D Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

Intro: E7 E F# E

E A E
Oh, leva eu, Mãinha
A E
Aqui não posso ficar
A C#m
Oh, leva eu Mãinha
B7 A E
Que a saudade faz chorar.

A E A E
Tenho dinheiro nos sonhos, tenho amigos também
A C#m B7 E
Mas distante dos teus olhos eu me vejo sem ninguém
A E A E
O morango dos teus lábios coloriu a minha sorte
A C#m B7 E
O sabor da tua boca faz o sangue correr forte.

A E A E
De repente agora chove nas caatingas do sertão
A C#m B7 E
E vai o pranto dos meus olhos que alagou a plantação
A E A E
É tristeza que em encharca, é saudade que consome
A C#m B7 E
Um cacho dos teus cabelos faz eu me sentir mais homem.

A E A E
Se você voltar agora ganhara meu coração
A C#m B7 E
Viverá um novo sonho, selara nossa união
A E A E
Peço a Deus que seja breve a clareza dessa chama
A C#m B7 E
Que eu quero morrer velhinho nos braços de quem ma ama.

Ï Índice
76
• Mágoa de boiadeiro
• Sérgio Reis
• Tom: Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

Intro: G A7 D A7 D

A7 G D A7 D
Antigamente nem em sonho existia tantas pontes sobre os rios nem asfalto nas estradas
A7 G D A7 D D7
A gente usava quatro ou cinco sinueiros pra trazer os pantaneiros no rodeio da boiada
D7 G D Em A7 D
Mas hoje em dia tudo é muito diferente o progresso nossa gente nem sequer faz uma idéia
G A7 D G A7 D
Que entre outros fui peão de boiadeiro por esse chão brasileiro os heróis da epopéia

A7 G D A7 D
Tenho saudade de
rever nas currutelas as moçinhas nas janelas acenando uma flor
A7 G D
Por tudo isso eu lamento e confesso que a marcha do progresso é a minha grande dor
G D EM A7 D D7
Cada jamanta que eu vejo carregada transportando uma boiada já me aperta o coração
G A7 D G A7 D
E quando olho minha traia pendurada de tristeza dou risada pra não chorar de paixão

Intro: g a7 d a7 d

A7 G D A7 D
O meu cavalo relinchando campo a fora certamente tambémchora na mais triste solidão
A7 G D A7 D D7
Meu par de esporas meu chapéu de aba larga uma bruaca de carga o berrante e o facão
G D EM A7 D D7
O velho basto o meu laço de mateiro o polaco e o cargueiro o meu lenço e o gibão
G A7 D A7 D
Ainda resta a guaiaca sem dinheiro deste pobre boiadeiro que perdeu a profissão

A7 G D A7 D
Não sou poeta, sou apenas um caipira e o tema que me inspira é a fibra de peão
A7 G D A7 D D7
Quase chorando imbuído nesta mágoa rabisquei estas palavras e saiu esta canção
D7 G D EM A7 D
Canção que fala da saudade das pousadas que já fiz com a peonada junto ao fogo de um galpão
G A7 D A7 D
Saudade louca de ouvir um som manhoso de um berrante preguiçoso nos confins do meu sertão.

Ï Índice
77
• Menino da porteira
• Sérgio Reis
• Tom: A Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

A A
Toda vez que eu viajava Quis saber qual a razão
E7 Boiadeiro veio tarde
Pela estrada de Ouro Fino E7
De longe eu avistava Veja a cruz no estradão
A Quem matou o meu filhinho
A figura de um menino D E7 A
Foi um boi sem coração
Que corria abrir a porteira
E7 E7 A E7 A E7 A E7 A
Depois vinha me pedindo
Toque o berrante seu moço A
D E7 A Lá pra banda de Ouro Fino
Que é pra eu ficar ouvindo E7
D Levando gado selvagem
Quando a boiada passava Quando passo na porteira
E7 A
E a poeira ia baixando Até vejo a sua imagem
Eu jogava uma moeda
A O seu rangido tão triste
Ele saia pulando E7
Obrigado boiadeiro Mais parece uma mensagem
E7 Daquele rosto trigueiro
Que Deus vá lhe acompanhando D E7 A
Pra'quele sertão afora desejando-me boa viagem
D E7 A DA cruzinha do estradão
Meu berrante ia tocando E7
Do meu pensamento não sai
E7 A E7 A E7 A E7 A Eu já fiz um juramento
A
Nos caminhos desta vida Que não esqueço jamais
E7 Nem que o meu gado estoure
Muito espinho eu encontrei E7
Mas nenhum caso mais triste Que eu precise ir atrás
A Nesse pedaço de chão
Do que este eu passei D E7 A
Berrante eu não toco mais
Na minha viagem de volta
E7 E7 A E7 A E7 A E7 A
Qualquer coisa eu cismei
Vendo a porteira fechada
D E7 A
O menino não avistei
D
Apeei do meu cavalo
E7
Num ranchinho à beira chão
Vi uma mulher chorando

Ï Índice
78
• Meu sítio, meu paraíso
• Sérgio Reis
• Tom: E Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

Intro: B7 A E B7

E
Quanto mais o tempo passa mais aumenta a vontade
B7
De deixar esta saudade e voltar pro interior

No lugar da fumaceira, esta vida agitada


E
Vou andar pela invernada e sentir o cheiro da flor.
F#7 B7
É isso que vou fazer não estou mais indeciso
A B7 E Introdução
Volto a viver no mato, meu sitio, meu paraíso.

E
De manhã quando eu levanto, não me levanto sozinho
B7
Pois escuto os passarinhos alegrando a madrugada.

Sei que vou lá pro curral recolho as vacas leiteiras


E
Eu adoro a barulheira no mugir da bezerrada.
F#7 B7
É isso que vou fazer não estou mais indeciso
A B7 E Introdução
Volto a viver no mato, meu sitio, meu paraíso.

E
Quando é de tardezinha pego a tralha de pescar
B7
Com a matula no embornal eu vou lá pro ribeirão ?

Jogo o farelo no poço e a peixarada se assanha


E
E eu que conheço a manha pego peixe de montão.
F#7 B7
É isso que vou fazer não estou mais indeciso
A B7 E Introdução
Volto a viver no mato, meu sitio, meu paraíso.

E
Aos domingos lá no sito é daqui bem diferente
B7
A gente passa contente rodeado de amigos ?

Pescando, jogando a malha, oh, quanta felicidade


E
É por isso que a saudade até hoje está comigo.
F#7 B7
É isso que vou fazer não estou mais indeciso
A B7 E Introdução
Volto a viver no mato, meu sitio, meu paraíso.

Ï Índice
79
Na estrada do sonho
• Sérgio Reis
• Tom: G Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

Intro: G

G
Agarrei minha mochila, minha viola caipira
D7
Carreguei comigo pra espantar a dor

Embarquei num carrossel,


G
Um valente menestrel,mito de poeta e desbravador.

Em busca de um paraíso
G7 C
Onde não fosse preciso matar,nem morrer para sobreviver
G
Onde criança não passasse fome
D7
Onde o homem não matasse o homem
G
Eu caminhava para um lugar tranqüilo que nem sei dizer!

Introdução

G
A viagem eu seguia,eu cantava, eu sorria
D7
A felicidade me acompanhou,

Com amor e com carinho eu seguia para um cantinho


G
Mais lindo do mundo onde Deus ficou.

Onde o céu é mais azul, onde a natureza canta


G7 C
E a paz campeia sobre aquele chão;
G
Meu amor me abraçava
D7
E sem querer acordava
G
Pois eu sonhava que voltava lá pro meu sertão

D7 G
Ah, eu sonhei
D7 G Bis
Naquele lugar bonito eu era um rei

Ï Índice
80
• O menino da gaita
• Sérgio Reis
• Tom: A Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

A E7 D A
Era um rapaz... Olhos claros bem azuis
E7 D A A7
Andava só... Com uma gaita em sua mão
D A E7
Ouça sua linda canção... Olhos tristes no chão
D A D A A7
E cami...nha sozi....nho

D A E7
Ouça lá vai ele a tocar... Notas tristes no ar
D E7 A
É assim que pede amor

E7 D A
Caminha só, ninguém sabe de onde vem
E7 D A A7
Triste a tocar, pela rua sem ninguém
D A E7
Sente uma lágrima vem, o seu rosto molhar
D A D A A7
Como a chu...va que ca...i

D A E7
Ouça lá vai ele a tocar... Notas tristes no ar
D E7 A
É assim que pede amor (toca toca só pra mim)

Solo de gaita

D A E7
Ouça sua linda canção... Olhos tristes no chão
D A D A
E cami . . .nha sozi . . .nho
D A E7
Ouça lá vai ele a tocar... Notas tristes no ar
D E7 A
É assim que pede amor (toca, toca só pra mim)

Ï Índice
81
• O rio de lágrimas (O Rio de Piracicaba)
• Sérgio Reis
• Tom: D Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

D A D
O Rio de Piracicaba vai jogar água pra fora
A D
Quando chegar a água dos olhos de alguém que chora
A D
Lá no bairro que eu moro só existe uma nascente
A D
A nascente dos meus olhos já formou água corrente

G D
Pertinho da minha casa já formou uma lagoa
A D
Com lágrima dos meus olhos por causa de uma pessoa
D A D
O Rio de Piracicaba vai jogar água pra fora
A D
Quando chegar a água dos olhos de alguém que chora

A D
Eu quero apanhar uma rosa. minha mão já não alcança
A D
Eu choro desesperado igualzinho uma criança
G D
Duvido alguém que não chore pela dor de uma saudade
A D
Quero ver quem que não chora quando ama de verdade

D A D
O Rio de Piracicaba vai jogar água pra fora
A D
Quando chegar a água dos olhos de alguém que chora

Ï Índice
82
• Os três boiadeiros
• Sérgio Reis
• Tom: G Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

G
Viajando, nas estradas
G7 C
Zé Rolha na frente tocando berrante chamando a boiada
D7 G Em
O Chiquinho, sempre do lado
Am D7 G
Distraindo o gado tomando cuidado nas encruzilhada
Am D7 G D7 G
E a gente vivia, tocando a boiada
G
Mas um dia, na invernada
G7 C
Deu uma trovoada uma deslizada o gado estourou
D7 G Em
Nesse dia, morreu Zé Rolha
Am D7 G
Caiu do cavalo foi dentro do valo o gado pisou
Am D7 G D7
Fiquei eu e o Chiquinho, tocando a boiada
G
Num Domingo, de rodeio
G7 C
Chiquinho bebeu, não me obedeceu e tomou o picadeiro
D7 G Em
Num relance, apiêi da rês
Am D7 G
A pata tremeu mas num pulo que deu matou meu companheiro
Am D7 G D7
Eu fiquei sozinho, tocando a boiada
G
Viajando, nas estradas
G7 C
Não toco berrante nem vejo lá adiante meus dois companheiro
D7 G Em
Deste trio, ficou saudade
Am D7 G
E em toda cidade o povo pergunta dos três boiadeiros
Am D7 G
Eu fiquei sozinho, tocando a boiada
Am D7 G D7 G
Eu fiquei sozinho, tocando a boiada

Ï Índice
83
• Panela velha
• Sérgio Reis
• Tom: A Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

Intro: A7 D A E A - 2X

A E
Tô de namoro com uma moça solteirona,
A
a bonitona quer ser minha patroa, os
E
meus parentes já estão me criticando estão falando
A A7 D
que ela é muito coroa, ela é madura já

tem mais de trinta anos mais para mim o


A
que importa é a pessoa,
A E A
não interessa se ela é coroa panela velha é que faz comida boa.

A7 D A E A - 2 X

A E
Menina nova é muito bom mais mete medo não
A
tem segredo e vive falando a toa eu
E
só confio em mulher com mais de trinta,
A A7 D
sendo distinta a gente ela perdoa, para o capricho

pode ser de qualquer raça, ser africana, italiana


A A E
ou alemoa, não interessa se ela é coroa
A
panela velha é que faz comida boa

A7 D A E A - 2 X

A E
A nossa vida começa aos quarenta anos,
A
nasce os planos do futuro da pessoa,
E
quem casa cedo logo fica separado,
A A7 D
porque a vida de casado as vezes enjoa, dona de casa
A
tem que ser mulher madura, porque ao contrário o problema se amontoa,
A E A
não interessa se ela é coroa panela velha é que faz comida boa

A7 D A E A - 2 X

A E A
Vou me casar para ganhar o seu carinho, viver sozinho a gente desacossoa e o
E A A7
gaúcho sem mulher não vale nada é que nem peixe viver fora da lagoa,

D
to resolvido vou
A
contrariar meus parentes aquela gente que vive falando a toa,
A E A
não interessa se ela é coroa panela velha é que faz comida boa

Ï Índice
84
• Peão de boiadeiro
• Sérgio Reis
• Tom: A Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

Intro: A G D A

D
Sou um Peão de Boiadeiro
G D
Procurando paz
D G D
O caminho das estrelas eu deixei pra trás
G D G
Vou seguindo neste mundo, nesta solidão
G D G
Eu e meu cavalo, estrada de chão
D
Vou pensando nela, triste ilusão
A
Quero ser o seu amigo
G
Ser o seu abrigo tudo que lhe falta
D
Ser o seu Peão
A
Quero estar sempre ao seu lado
G
Ter o seu perfume
Ser o seu amado
D A
E não sentir ciúme, ciúme
D G D
Sou Peão de Boiadeiro amando demais
D G D
Eu que não acreditava um dia ser capaz
G D G
E se esse amor existe pode confessar
D G
Não me deixe triste basta um olhar
D
Para que eu sinta que o amor nasceu

Ï Índice
85
• Pinga ni mim
• Sérgio Reis
• Tom: G Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

G D7
Nesta casa tem goteira
G D7 G
Pinga ni mim, pinga ni mim, pinga ni mim
G D7
Nesta casa tem goteira
G D7 G
Pinga ni mim, pinga ni mim, pinga ni mim
G
Lá No Bairro Onde Eu Moro tem Alguém Que Eu Adoro
D7
Ela é minha ilusão

Pra aumentar meu castigo


C
Meu amor brigou comigo.
D7 G
Me deixou na solidão

Por incrível que Pareça


G7
Ela fez minha cabeça
C
Estou morrendo de paixão
G
Pra Curar O meu Despeito
D7
Vou meter pinga no peito
G
Sufocar meu coração
G D7
Nesta casa tem goteira
G D7 G
Pinga ni mim, pinga ni mim, pinga ni mim
G D7
Nesta casa tem goteira
G D7 G D7 G D7 G D7 G
Pinga ni mim, pinga ni mim, pinga ni mim

G
Eu Estou Apaixonado muito Doido Enciumado,
D7
Daquela linda mulher

Meu sentimento é profundo,


C
Não quero nada no mundo,
D7 G
Se Ela Não Me Quiser estou Amando Demais
G7
Esquecê-la não sou capaz,
C
Eu preciso dar um jeito.
G
Se eu vejo em outros braços,
D7
Vou fazer um tal regaço
G
E meter pinga no meu peito,
G D7
Nesta casa tem goteira
G D7 G
Pinga ni mim, pinga ni mim, pinga ni mim
G D7
Nesta casa tem goteira
G D7 G
Pinga ni mim, pinga ni mim, pinga ni mim
Ï Índice
86
• Pingo D`água
• Sérgio Reis
• Tom: D Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

D A7 G Gbm
Eu fiz promessa, pra que Deus mandasse chuva
B7 Em A7 D
Pra crescer a minha roça e vingar a criação
A7 G Gbm
Pois veio a seca, e matou meu cafezal
B7 Em A7 D
Matou todo o meu arroz e secou todo algodão
A7 G Gbm
Nessa colheita, meu carro ficou parado
B7 Em A7 D
Minha boiada carreira, quase morre sem pastar
A7 G Gbm
Eu fiz promessa, que o primeiro pingo d´água
B7 Em A7 D
Eu molhava a flor da santa, que tava em frete do altar
A7 G Gbm
Eu esperei, uma semana o mês inteiro
B7 Em A7 D
A roça tava tão seca, dava pena até de ver
A7 G Gbm
Olhava o céu, cada nuvem que passava
B7 Em A7 D
Eu da santa me alembrava, pra promessa não esquecer
A7 G Gbm
Em pouco tempo, a roça ficou viçosa
B7 Em A7 D
A criação já pastava, floresceu meu cafezar
A7 G Gbm
Fui na capela, e levei três pingos d´água
B7 Em A7 D A7 D
Um foi o pingo da chuva, doi caiu do meu olhar

Ï Índice
87
• Poeira
• Sérgio Reis
• Tom: E Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

Intro: E7 A B7 A E E7 A B7 E

E B7 A E
O carro de boi lá vai gemendo lá no estradão
B7 E D E
Suas grandes rodas fazendo profundas marcas no chão
A E A E D
Vai levantando poeira, poeira vermelha, poeira
E
Poeira do meu sertão

E B7 A E
Olha seu moço a boiada, em busca do ribeirão
B7 E D E
Vai mugindo, vai ruminando, cabeças em confusão
A E A E D
Vai levantando poeira, poeira vermelha, poeira
E
Poeira do meu sertão

E B7 E
Olha só o boiadeiro montado em seu alazão
B7 E D E
Conduzindo toda a boiada com seu berrante na mão
A E A E D
Seu rosto é só poeira, poeira vermelha, poeira
E
Poeira do meu sertão

E B7 A E
Barulho de trovoada coriscos em profusão
B7 E D E
A chuva caindo em cascata na terra fofa do chão
A E A E D
Virando em lama poeira poeira vermelha, poeira
E
Poeira do meu sertão

B7 A E
Poeira entra em meus olhos, não fico zangado não
B7 E D E
Pois sei que quando eu morrer meu corpo vai para o chão
A E A E D
Se transformar em poeira, poeira vermelha, poeira
E A E D E
Poeira do meu sertão, poeira do meu sertão, poeira Poeira do meu sertão

Ï Índice
88
• Recordação
• Sérgio Reis
• Tom: C Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

C G7 C A7 Dm
Amargurado pela dor de uma saudade fui ver de novo o recanto onde eu nasci
F G7 C Dm G7 C
Onde passei minha bela mocidade, voltei chorando da tristeza que senti
G7 C A7 Dm
Vi a campina que eu brincava com maninho vi a palmeira que meu velho pai plantou
F G7 C A7 Dm G7 C
Chorei demais com saudades do velhinho que deus no céu muitos anos já levou

C G7 C
E o onde estão meus estimados companheiros
A7 Dm G7 C
Se foram tantos janeiros desde que deixei meus pais
G7 C
Adeus lagoa poço verde da esperança
A7 Dm G7 C
Meus tempinhos de criança que não volta nunca mais

C G7 C A7 Dm
Meu pé de cedro desfolhado já sem vida final amargo de uma rósea esperança
F G7 C Dm G7 C
O monjolinho quero ouvir sua batida a embalar a minha alma de criança
G7 C A7 Dm
Manso regato que brotava ao pé da serra saudosa fonte que alegrava meu viver
F G7 C Dm G7 C
Adeus paisagem céu azul da minha terra rincão querido eu hei de amar-te até morrer

Ï Índice
89
• Tardes morenas de Mato Grosso
• Sérgio Reis
• Tom: G Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

Intro: A7 D A7 D C Bm D7 G

G D7 G
Com a rainha do meu destino fui conhecer o jardim de Alá
D7 G Eb D
Onde nas flores de madrugadas ainda cantam os sabiás
G Dm G7 C
Tardes morenas de Mato Grosso a paz do mundo achei por lá
Am G
Arvores lindas e bem cuidadas
E7 A7 D7 G
Soltando flores amareladas sobre as calçadas de Cuiabá

A7 D A7 D
Domingo triste da despedida chora viola lá no Crespim
D7 G D7 G
Deixei o Mato Grosso do Norte e pela Deusa chorando eu vim
F C Dm C
Eu fiz pra ela um simples verso, o universo sorriu pra mim
D7 G
Minha viola brilhou nos campos
Eb D7 G
Devido aos bandos de pirilampos nos verdes campos de lá Coxim

G D7 G
A novo aurora tão radiosa aconteceu e segui além
D7 G Eb D
Em Campo Grande passei pensando porque será quero outro alguém
G Dm G7 C
Mais um amor assim repentino as vezes vale por mais de cem
Am G
Tratei do modo tão caprichoso
E7 A7 D7 G
Aquele lindo rosto formoso, olhar manhoso de quem quer bem

A7 D A7 D
Adeus rainha matogrossense não sei se foi meu bem ou meu mal
D7 G D7 G
Só sei que nunca na minha vida eu conheci outro amor igual
F C Dm C
Adeus gatinha tão carinhosa estatua viva escultural
D7 G
Adeus menina de fala franca
Eb D7 G
Que tem a graça pureza e panca da garça branca do pantanal!

Ï Índice
90
• Tristeza do Jeca
• Sérgio Reis
• Tom: E Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

Intro: A G#m C#7 F#m B7 E A G#m C#7 F#m B7 E

A B7 E B7 E
Nestes versos tão singelos, minha bela, meu amor
A B7 E B7 E E7
Pra você quero contar o meu sofrer e a minha dor
A G#m C#7 F#m
Eu sou como o sabiá quando canta, é só tristeza
B7 E
Desde o galho onde ele está.
B7 E
Nesta viola eu canto e gemo de verdade
B7 E
Cada toada representa uma saudade

A B7 E B7 E
Eu nasci, naquela serra num ranchinho a beira chão,
A B7 E B7 E E7
Todo cheio de buracos onde a lua faz clarão
A G#m C#7 F#m
Quando chega a madrugada lá no mato, a passarada
B7 E
Principia um barulhão,
B7 E
Nesta viola eu canto e gemo de verdade
B7 E
Cada toada representa uma saudade

A B7 E B7 E
Lá no mato tudo é triste, desde o jeito de cantar
A B7 E B7 E E7
Sertanejo quando canta tem vontade de chorar
A G#m C#7 F#m
E o choro que vai caindo devagar vai se sumindo
B7 E
Como as águas vão pro mar
B7 E
Nesta viola eu canto e gemo de verdade
B7 E
Cada toada representa uma saudade
B7 E
Nesta viola eu canto e gemo de verdade
B7 E
Cada toada representa uma saudade

Ï Índice
91
• Uirapuru
• Sérgio Reis
• Tom: C7 Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

Intro: C7 F G7 C

C7 F
Uirapurú, uirapurú,
G7 C
Seresteiro cantador do meu sertão
Refrão
C7 F
Uirapurú, uirapurú,
G7 C
Ele canta as mágoas do meu coração!

F
A mata inteira fica muda ao seu cantar
G7 F C
Tudo se cala pra ouvir sua canção
F C F
Que vai ao céu numa sentida melodia
G7 C
Vai a Deus em forma triste de oração!

Refrão

C F
Se Deus ouvisse o que lhe sai do coração
G7 F C
Entenderia que é de dor, sua canção
F C F
E dos teus olhos tanto pranto rolaria
G7 C
Que daria pra salvar o meu sertão!

Ï Índice
92
• Um homem rico
• Sérgio Reis
• Tom: C Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

Intro: F G7 C G7 C F C

C
Um homem rico de uma cidade
G7
Dono de indústria e propriedades
F G7
Tinha de tudo que o dinheiro comprava
C
Só lhe faltava a felicidade.

Falou com um sábio que lhe deu um conselho


C7 F
Vá a procura até encontrar
C
Um homem feliz contente cantando, peça a ele
G7 C
Sua camisa que a felicidade você vai achar.

D7 G
Buscou em seu meio, mas não encontrou
F G7 C
O homem que o sábio havia falado
G7
Mandou seu chofer seguir por estrada
F G7 C
Sentindo-se triste e desanimado.
G7
Era um dia quente e o sol castigava
F G7 C
Pararam na sombra pra se refrescar
C7 F
Olhando pra serra viram trabalhando
G7 C Introdução
Um caboclo feliz, pois estava a cantar.

C
Subindo a onde o caboclo cantava
G7
Para a sua camisa pedir
F G7
Mas ao chegar perto é que viu que o pobre
C
Não tinha camisa nem para vestir.

Tinha as costas queimada do sol


C7 F
Rosto cansado banhando em suor ?
C
Cantando mostrava que a felicidade
G7 C
Só é encontrada onde existe amor.

D7 G
O ricaço vendo o quadro singelo
F G7 C
Daquele caboclo e a simplicidade
G7
O seu coração bateu forte em seu peito
F G7 C
A felicidade ela tinha encontrado.
G7
E na humildade de um simples caboclo
F G7 C
Foi que o homem rico então compreendeu
C7 F
Que o gesto mais nobre do rico ou do pobre
G7 C
Em tudo na vida é dar graças a Deus.

Ï Índice
93
• Você vai gostar (casinha branca)
• Sérgio Reis (versão)
• Tom: AM Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

Am E7
Fiz uma casinha branca lá no pé da serra pra nós dois morar
Am
Fica perto da barranca, do rio Paraná
A7 Dm
O lugar é uma beleza eu tenho certeza você vai gostar
Am E7 Am
Fiz uma capela, bem do lado da janela pra nós dois rezá
A E7
Quando for dia de festa você veste o seu vestido de algodão
A
Quebro o meu chapéu na testa, para arrematar as coisas do leilão
D C7 Fm
Satisfeito vou levar você de braço dado atrás da procissão
D A E7 A E7 A
Vou com meu terno riscado, uma flor do lado e meu chapéu na mão

BIS

Ï Índice
94
• Índia
• Cascatinha e Inhana
• Tom: Am Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

Am
Índia teus cabelos no ombros caídos
Dm Am
Negros como a noite que não tem luar
Am
Teus lábios de rosa para mim sorrindo
Dm Am 5 - 52 - 53
E a doce meiguice desse teu olhar
Dm Am
Índia da pele morena
E7 A6
Tua boca pequena, eu quero beijar

Bm E7 A6
Índia, sangue Tupi / Tens o cheiro da flor
Ebº Bm
Vem que eu quero te dar
E7 A 42 - 41 - 4 - 54 - Am
Todo o meu grande amor

Am
Quando eu for embora para bem distante
Dm Am
E chegar a hora de dizer-te adeus
Am
Fica nos meus braços só mais um instante
Dm Am 5-52-53
Deixa os meus lábios se unirem aos teus
Dm Am
Índia levarei saudade
E7 A6
Da felicidade que você me deu

Bm E7 A6
Índia a tua imagem / Sempre comigo vai
Ebº Bm E7 A Dm A
Dentro do meu coração/ Todo o meu Paraguai

Ï Índice
95
• Meu primeiro amor
• Cascatinha e Inhana
• Tom: Em Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

Intro: F#7 B7 E

Em
Saudade, palavra triste,
B7
Quando se perde um grande amor

Na estrada longa da vida,


Em
Eu vou chorando a minha dor

Igual uma borboleta,


B7
Vagando triste por sobre a flor
C
Teu nome sempre em meus lábios,
B7
Irei chamando por onde for
E
Você nem sequer se lembra
E7 Am
De ouvir a voz desse sofredor
Em
Que implora por teu carinho,
B7 E
Só um pouquinho do seu amor

Meu primeiro amor, tão cedo acabou,


F#m
Só a dor deixou nesse peito meu
B7 F#m
Meu primeiro amor, foi como uma flor,
B7 E
Que desabrochou e logo morreu
E7
Nesta solidão, sem ter alegria,
A
O que me alivia são meus tristes ais
Am E D C#7
São prantos de dor, que dos olhos caem
F#7 B7
É porque bem sei, quem eu tanto amei
E
Não verei jamais

Ï Índice
96
• Colcha de retalhos
• Cascatinha e Inhana
• Tom: E Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

E
Aquela colcha de retalhos que tu fizeste
B7
Juntando pedaço em pedaço foi costurada

Serviu para nosso abrigo em nossa pobreza


E B7 E E7
Aquela colcha de retalhos está bem guardada
A
Agora na vida rica que estas vivendo
E
Terás como agasalho colcha de cetim
B7
Mas quando chegar o frio no teu corpo enfermo
E B7
Tu hás de lembrar da colcha e também de mim
E
Eu sei que hoje não te lembras dos dias amargos
B7
Que junto de mim fizeste um lindo trabalho

E nessa sua vida alegre tens o que queres


E B7 E E7
Eu sei que esqueceste agora a colcha de retalhos
A
Agora na vida rica que estas vivendo
E
Terás como agasalho colcha de cetim
B7
Mas quando chegar o frio no teu corpo enfermo
E B7 E
Tu hás de lembrar da colcha e também de mim

Ï Índice
97
• Flor do cafezal
• Cascatinha e Inhana
Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

Intro: A7 D

A7 D
Meu cafezal em flor, quanta flor meu cafezal
A7 D
Meu cafezal em flor, quanta flor meu cafezal
A D A D
Ai menina, meu amor, branca flor do cafezal
A D A D
Ai menina, meu amor, branca flor do cafezal
A G D
Era florada, lindo véu de branca renda
A7 D
Se estendeu sobre a fazenda, igual a um manto nupcial
A G D
E de mãos dadas fomos juntos pela estrada
A7 D
Toda branca e perfumada, fina flor do cafezal
A7 D
Meu cafezal em flor, quanta flor meu cafezal
A7 D
Meu cafezal em flor, quanta flor meu cafezal
A D A D
Ai menina, meu amor, branca flor do cafezal
A D A D
Ai menina, meu amor, branca flor do cafezal
A G D
Passa-se a noite vem o sol ardente bruto
A7 D
Morre a flor e nasce o fruto no lugar de cada flor
A G D
Passa-se o tempo em que a vida é todo encanto
A7 D
Morre o amor e nasce o pranto, fruto amargo de uma dor
A7 D
Meu cafezal em flor, quanta flor meu cafezal
A7 D
Meu cafezal em flor, quanta flor meu cafezal

Introdução

Ï Índice
98
• Na casa branca da serra
• Cascatinha e Inhana – Vicente Celestino
• Tom: C Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

C G7 C Eº
Na casa branca da serra
Dm Dº C C#º
Onde eu ficava horas intei-ras
Bbº Eº F7M F#º
Entre as esbeltas palmei- ras
G7 Dº C C7
Ficaste calma e feliz
F7M F#º C C#º
Tudo em meu peito me des- te
Dm Dº C C#º
Quando eu pisei na tua ter- ra
F7M F#º C C#º
Depois de mim te esqueces- te
G7 G/B C C#º Dm G7
Quando eu deixei teu país.

C G7 C Eº
Nunca te visse oh! formo-sa
Dm Dº C C#º
Nunca contigo falas- se
Bbº Eº F7M F#º
Antes nunca te encontras- se
G7 Dº C C7
Na minha vida enganosa
F7M F#º C C#º
Por que não se abriu a ter- ra
Dm Dº C C#º
Por que os céus não me puni- ram
F7M F#º C C#º
Quando os meus olhos te vi- ram
G7 G/B C C#º Dm G7
Na casa branca da serra.

Instrumental

C G7 C Eº
Embora tudo bendi-go
Dm Dº C C#º
Desta ditosa lembran- ça
Bbº Eº F7M F#º
Que sem me dar esperan- ça
G7 Dº C C7
De unir-me ainda contigo
F7M F#º C C#º
Bendigo a casa da ser- ra
Dm Dº C C#º
Bendigo as horas faguei- ras
F7M F#º C C#º
Bendigo as belas palmei- ras
G7 G/B C C#º Dm G7 C
Queridas da tua terra.

Ï Índice
99
• A coisa tá feia
• Tião Carreiro e Pardinho
• Tom: E Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

Intro: E B7 E

E B7 E
Burro que fugiu do laço tá debaixo da roseta
B7 E
Quem fugiu de canivete foi topar com baioneta
A B7
Já está no cabo da enxada quem pegava na caneta

Quem tinha mãozinha fina foi pegar na picareta


E B7 E
Já tem doutor na pedreira dando duro na marreta!

F# B7
A coisa tá feia,......a coisa tá preta
E B7 E
Que não for filho de Deus, tá na unha do capeta!

E B7 E
Criança na mamadeira já esta fazendo carreta
B7 E
Até o leite das crianças virou droga na chupeta
A B7
Já está pagando o pato até filho de proveta

Mundo velho é uma bomba girando neste planeta,


E B7 E
Qualquer dia a bomba estoura, é só relar na espoleta!

E B7 E
Quem dava caixinha alta, já está cortando a gorjeta
B7 E
Já não ganha mais esmola nem quem anda de muleta,
A B7
Faz mudança na carroça quem fazia na carreta

Colírio de dedo duro é pimenta malagueta


E B7 E
Sopa de caco de vidro, é banquete de cagueta!

E B7 E
Quem foi o rei do baralho virou trouxa na roleta
B7 E
Gavião que pegava cobra, já foge de borboleta,
A B7
Se o Picaço fosse vivo ia pintar tabuleta

Bezerrada de gravata, que se cuide, não se meta,


E B7 E
Quem mamava no governo, agora secou a teta!

Ï Índice
100
• A vaca foi pro brejo
• Tião Carreiro e Pardinho
• Tom: C Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

Intro: (F C G7 C) G7 C

C
Mundo velho está perdido já não endireita mais
G7
Os filhos de hoje em dia já não obedece os pais

É o começo do fim. já estou vendo sinais


F G7 C G7 C
Metade da mocidade estão virando marginais
F
É um bando de serpente
G7 C G7 C
Os mocinhos vão na frente, as mocinhas vão atrás... INTRO

C
Pobre pai e pobre mãe morrendo de trabalhar
G7
Deixa o coro no serviço pra fazer filho estudar

Compra carro a prestação para o filho passear


F G7 C G7 C
Os filhos vivem rodando fazendo pneu cantar
F
Ouvi um filho dizer
G7 C G7 C
O meu pai tem que gemer, não mandei ninguém casar... INTRO

C
O filho parece rei filha parece rainha
G7
Eles que mandam na casa e ninguém tira farinha

Manda a mãe calar a boca coitada fica quietinha


F G7 C G7 C
O pai é um zero à esquerda, é um trem fora da linha
F
Cantando agora eu falo
G7 C G7 C
Terrero que não tem galo quem canta é frango e franguinha... INTRO

C
Pra ver a filha formada um grande amigo meu
G7
O pão que o diabo amassou o pobre homem comeu

Quando a filha se formou foi só desgosto que deu


F G7 C G7 C
Ela disse assim pro pai: "quem vai embora sou eu"
F
Pobre pai banhado em pranto
G7 C G7 C
O seu desgosto foi tanto que o pobre velho morreu... INTRO

C
Meu mestre é Deus nas alturas o mundo é meu colégio
G7
Eu sei criticar cantando: Deus me deu o privilégio

Mato a cobra e mostro o pau eu mato e não apedrejo


F G7 C G7 C
Dragão de sete cabeças também mato e não alejo
F
Estamos no fim do respeito
G7 C G7 C G7 C
Mundo velho não tem jeito, a vaca já foi pro brejo... INTRO

Ï Índice
101
• A mão do tempo
• Tião Carreiro e Pardinho
• Tom: F# Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

F# B
A solidão do meu peito
F#
O meu coração reclama
Por amar quem esta distante
B
E viver com quem não ama
B7
Eu sei que você também
E F#
Da mesma sina se queixa
Querendo viver comigo
B
Mas o destino não deixa

B
Que bom se a gente pudesse
F#
Arrancar do pensamento
E sepultar a saudade
B
Na noite do esquecimento
B7
Mas a sombra da lembrança
E F#
É igual a sombra da gente
Pelos caminhos da vida
B
Ela esta sempre presente

B
Vai lembrança e não me faça
F#
Querer um amor impossível
Se o lembrar nos faz sofrer
B
Esquecer é preferível
B7
O que adianta querer bem
E F#
Alguém que já foi embora
É como amar uma estrela
B
que foge ao romper da aurora

B
Arranque da nossa mente
F#
horas distantes vividas
Longas estradas que um dia
B
Foram por nós percorridas
B7
Apague com a mão do tempo
E F#
os nossos rastros deixados
Como flores que secaram
B
Do chão do nosso passado
Ï Índice
102
• Adeus Rio Piracicaba
• Tião Carreiro e Pardinho
• Tom: D Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

Intro: D A7

D A7
Adeus, rio Piracicaba
D
Adeus, terra tão querida
A7 D
Estou chorando na despedida
A7 D A7
Piracicaba, Piracicaba é minha vida.

D A7 D
Já foi o rio mais bonito - quem conheceu acredita
A7 D
Da linda Piracicaba foi o cartão de visita -
D7 G A7 D
A cachoeira murmurante de água pura cristalina
A7 G A7 D
Era o véu que enfeitava nossa noiva de colina.

D A7 D
Entre as águas poluídas vejo lágrimas correndo
A7 D
São as lágrimas do povo pelo rio que está morrendo
D7 G A7 D
Eu também estou chorando e a tristeza não acaba
A7 G A7 D
Eu choro por ver morrendo o rio de Piracicaba.

Ï Índice
103
• Amargurado
• Tião Carreiro e Pardinho
• Tom: E Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

Intro: E

E
O que é feito daqueles beijos que eu te dei
B7
Daquele amor cheio de ilusão que foi a razão do nosso querer
A B7
Pra onde foram tantas promessas que me fizeste
A B7 E B7 E
Não se importando que o nosso amor viesse a morrer

E
Talvez com outro estejas vivendo bem mais feliz
E7 A
Dizendo ainda que nunca houve amor entre nós
B7 E
Pois tu sonhavas com a riqueza que eu nunca tive
B7 E
E se ao meu lado muito sofreste, o meu desejo é que vivas melhor

B7 A B7 E
Vai com Deus, sejas feliz com o teu amado
E B7 A E E7
Eis aqui um peito magoado que muito sofre por te amar
A E
Eu só desejo que a boa sorte siga teus passos
B7
Mas se tiveres algum fracasso
E
Creias que ainda te posso ajudar

B7 A B7 E
Vai com Deus, sejas feliz com o teu amado
E B7 A E E7
Eis aqui um peito magoado que muito sofre por te amar
A E
Eu só desejo que a boa sorte siga teus passos
B7
Mas se tiveres algum fracasso
E
Creias que ainda te posso ajudar

Solo final: A E B7 A B7 E

Ï Índice
104
• Arrependida
• Tião Carreiro e Pardinho
• Tom: C Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

Intro: G C F G

C G
Eu não sou culpado se hoje você chora
C
Foi você mesma que me abandonou
G
Emplorei tanto pra não ir embora
F C
Mas minhas súplicas não escutou
G
Hoje você chora triste arrependida
C
Para os meus braços você quer voltar
C7 F
Você foi maldosa arruinou minha vida
G C
Me compreenda não vou perdoar

Introdução

C G
Na sua ausência eu chorei de dor
C
Não suportei fui á sua procura
G
Encontrei você com um novo amor
F C
Trocava beijos e fazia juras
G
Naquela noite fiquei embriagado
C
Amanheci bebendo no bar
C7 F
Estava triste e desesperado
G C
Chamei seu nome comecei a chorar
G C
Segue mulher, vai viver de mão em mão
G C
Porque o remorso pouco a pouco lhe consome
C7 F
Sinto uma dor aqui dentro do meu coração
C
Tenho vergonha
G C
Por você usar... o meu sobrenome

Ï Índice
105
• Arroz a carreteiro
• Tião Carreiro e Pardinho
• Tom: D Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

Intro: D A E7 D

D
Eu deixei meu rio grande lá no sul do meu país
A
E "arribei" por essas bandas esperando ser feliz
D
Hoje aqui longe dos patos, da querência e do galpão
A
A saudade é mais amarga do que o próprio chimarrão
E7
Minha China prometida eu deixei lá em Caxias
A
Lá em Passo Fundo perto de Santa Maria

O gaúcho da coxilha é que nem um Beija-Flor


D A
Por toda a Parte que passa sempre deixa um velho amor

A – D – E7 – A – D – A – D - E7 – A – D

D
Santana do Livramento essa saudade é cruel
A
Ajudai-me São Leopoldo e também São Gabriel
D
Quem me dera estar agora onde o pensamento vai
A
Pra rever a minha china e também meu velho pai
E7
O arroz à carreteira que a minha velha fazia
A
Era o prato mais gostoso no Rincão onde eu vivia

Tenho medo do regresso ao pensamento me vem


D A
Pois talvez que lá chegando não encontre mais ninguém

A – D - E7 – A – D – A - "D - A"

Ï Índice
106
• Boiadeiro é boi também
• Tião Carreiro e Pardinho
• Tom: B Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

B7 E B7 E
Vai boiada, vai, deixando rastros pra trás
B7 E B7 E
Eu vou com você boiada, eu vou e não volto mais.

E B7 E
A boiada vai pro corte, no corte já estou
B7 E B7
No corte da ingratidão que senhor preparou
E B7 E
Com muita dor e tristeza, vou levando esta boiada
B7 E B7 E
Se a dor ocupasse espaço, não cabia nesta estrada.

E B7 E
Nesta boiada vai boi que puxou carro e arado
B7 E B7
Sofreu debaixo da canga sem receber ordenado
E B7 E
Eu também sofri na unha de um patrão muito malvado
B7 E B7 E
Que, à custa do meu suor, tesouro ele tem guardado.

E B7 E
Engoli muita poeira, em cima de um arreio
B7 E B7
Esperando recompensa, que até agora não veio
E B7 E
Boiadeiro e boiada são dois filhos de ninguém
B7 E B7 E
Nas mãos de um alguém, boiadeiro e boi também.

Ï Índice
107
• Canção da madrugada
• Tião Carreiro e Pardinho
• Tom: C Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

Intro: C Dm G7 C Dm G7
C G7 C
A lua cheia está no céu brilhando
G7
Enfeita o mundo com seus raios de prata

E nesta hora que apaixonado o poeta canta


C
Quase chorando lá na janela pra mulher ingrata.
F
Mulher bonita venha na janela
C
Quero que ouça minha serenata
G7
O seu desprezo é uma corrente
C
E deu um nó que só você desata
D7 G7
Eu vim aqui pra lhe pedir carinho
C
Se eu não ganhar esta paixão me mata.
G7
Mulher bonita estou desenganado
C
Quem me destrói é paixão recolhida
G7
O meu remédio esta nos seus lábios
C
Só os seus beijos me devolvem a vida.
G7 C
Eu vou tirar o meu coração do peito
G7
E colocar no piso da sua calçada

E dos meus braços vou fazer a grade


C
A segurança da minha mulher amada.
F
E dos meus olhos vou fazer um farol
C
Pra a sua vida ser iluminada.
G7
Do seu desprezo faço uma canção
C
Pra enfeitar a sua madrugada
D7 G7
Pra terminar lhe dou a minha vida
D
Eu lhe dou tudo pra viver sem nada.

Mulher bonita ........

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108
• Candeeiro de fazenda
• Tião Carreiro e Pardinho
• Tom: E Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

E7 A
Chibante valente, bordado e coração
E7 A
Marmelo marcante carreiro Pai João
E7 A
Na frente o candeeiro seguindo de pé no chão
E7 A
Ele era apaixonado pela filha do patrão.

E7 A
Ai meu Deus o menino era eu
E7 A
Ai meu Deus o menino era eu
E7 A
A paixão virou ferrão como fere o peito meu

E7 A
A menina se formou, tem um diploma na mão
E7 A
Eu na escola do mundo não aprende a lição
E7 A
Hoje ela está casada está morando na cidade
E7 A
Está nos braços de outro eu nos braços da saudade

E7 A
Pai João já foi para o céu, sua boiada morreu
E7 A
O velho carro de boi nem sei o que aconteceu
E7 A
Eu não bati na boiada mas o mundo me bateu
E7 A
A saudade virou ferrão e o boi de carro sou eu.

Ï Índice
109
• Casando fugindo
• Tião Carreiro e Pardinho
• Tom: D Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

D A D A
Tenho um burrão de raça "Saímo" cortando estrada
G A G A
que é uma taça lá no meu retiro já de madrugada no burrão do ano
G A G A
Pra falar mesmo a verdade O pai dela era um torpedo
G D G D
em qualquer cidade ele enfrenta tiro que até dava medo de ver o baiano
D D
Quando levanto o meu braço Eu fazia fé no trinta
Bm Em Bm Em
ele espicha o baço e dá um suspiro que tinha na cinta com um palmo de cano
A A
meu burrão já está na história trinta bala na guaiaca
G A D G A D
tem tantas vitórias que até me admiro dois palmos de faca que fazia dano

D A
Na cidade de Campinas D A
G A Bem antes de "nóis" casa
Tem uma menina disse quem me ama G A
G A eu mandei soltar o burrão no pasto
Fui pedir a mão da moça G A
G D Quando "vortamo" da igreja
O velho fez força quase que "nóis" trama G D
D mandei vim cerveja da venda do Basto
A moça muito faceira, D
Bm Em Aí chegou o baiano
Sem fazer zueira se jogou na cama Bm Em
A que veio bufando em cima do rastro
Garantiu pro meu amigo A
G A D confessou no meu ouvido
De fugir comigo no burrão de fama... G A D
casando fugindo, é menor o gasto
D A
Chegando o dia marcado Final: D A G F#m A7 D A7 D
G A
Eu sai armado pra encontrar com ela
G A
Mas como o prédio era baixo
G D
encostei o macho na sua janela
D
Quase que caí de susto
Bm Em
quando vi o busto da linda donzela
A
me veio no pensamento
G A D
era o casamento em qualquer capela

Ï Índice
110
• Chamada a cobrar
• Tião Carreiro e Pardinho
• Tom: D Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

D A G A
Hoje o meu telefone tocou bem cedinho ao me despertar
G D A D
Notei que era interurbano pois a ligação chamava a cobrar
D A G A
Assim quando completou essa ligação notei sem demora
G D A D
A voz de um ex-amor que há muito tempo tinha ido embora
A G D
Ela me falou chorando ó meu grande amor por Deus me ajude
A G D
Nos braços de um canalha eu perdi a paz e a minha saúde
E A
Meu coração magoado todo o meu passado me fez recordar
A G D
Quando a gente ama a distância encurta e a saudade expande
A D
No primeiro vôo para Campo Grande eu juro que vou te busca

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111
• Chora viola
• Tião Carreiro e Pardinho
• Tom: E7 Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

Intro: E7

E7
Eu não caio do cavalo, nem do burro e nem do galho

Ganho dinheiro cantando a viola é meu trabalho


A B7 (B7, A, B7)
No lugar onde tem seca eu de sede lá não caio
E B7 E
Levanto de madrugada e bebo pingo de orvalho, chora viola !

E7
Não como gato por lebre, não compro cipó por laço

Eu não durmo de botina, não dou beijo sem abraço


A B7 (B7, A, B7)
Fiz um ponto lá na mata caprichei e dei um nó
E B7 E
Meus amigos eu ajudo, inimigo tenho dó, chora viola !

E7
A lua é dona da noite e o sol é dono do dia

Admiro as mulheres que gostam de cantoria


A B7 ( B7, A, B7)
Mato a onça e bebo o sangue, furo a terra e tiro o ouro
E B7 E
Quem sabe agüentar saudade, não agüenta desaforo, chora viola !

E7
Eu ando de pé no chão, piso por cima da brasa

Quem não gosta de viola que não ponha o pé lá em casa


A B7 (B7, A, B7)
A viola está tinindo o cantador tá de pé
E B7 E
Quem não gosta de viola, brasileiro bom não é, chora viola !

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112
• Cochilou o cachimbo cai
• Tião Carreiro e Pardinho
• Tom: G Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

G D7
Refrão É de madrugada é de madrugada que o galo canta
G D7
É de manha cedo é de manha cedo que se levanta
G
Quando eu cheguei em São Paulo
D7
dava pena dava dó
Minha mala era um saco
G
o cadeado era um nó
Tem muita gente com inveja
D7
porque viu que eu subi
eu nasci pra trabalhar
G
vagabundo pra durmi

Refrão

G
Perdição do vagabundo
D7
é gosta do travesseiro
depois fica de olho gordo
G
em cima do meu dinheiro
Estou com a vida mansa
D7
acho ela muito boa
eu levanto bem cedinho
G
pra fica mais tempo à toa

Refrão

G
Quem chegou a General
D7
quem chegou a coronel
levanto de madrugada
G
chego cedo no quartel
sem trabalho ninguém vive
D7
sem trabalho ninguém vai
minha gente a vida é dura
G
cochilou cachimbo cai

Ï Índice
113
• Ditado sertanejo
• Tião Carreiro e Pardinho
• Tom: G Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

Intro: G D7 G D7 G D7 G

G D7 G
No lugar que canta galo, de certo que mora gente
C D7 G D7 G
Que é muito bonito é lindo, que muito feio é indecente
C D7 G
A água parada é poço, riacho é água corrente
C D7 G D7 G D7 G D7 G
Toda briga de muié, o que faz é língua quente.
G D7 G
Onde tem moça bonita, de certo que tem namoro
C D7 G D7 G
Onde tem muié baixinha, tem relia e desaforo
C D7 G
Mistura sogra com nora, pode ver que ali sai choro
C D7 G D7 G D7 G D7 G
Na vila que tem polícia, banho de pau d'água é couro.
G D7 G
Amor de muié rusguenta, catinga jaraca ataca
C D7 G D7 G
Doença do rico é gripe, doença do pobre é ressaca
C D7 G
Dança de rico é baile, dança do pobre é fusaca
C D7 G D7 G D7 G D7 G
O rico educa na escola e o pobre educa no tapa.
G D7 G
O que agrada moça é carinho, o que agrada véio é café
C D7 G D7 G
O homem que fala fino, não é homem nem muié
C D7 G
A muié que fala grosso, ninguém não sabe o que é
C D7 G D7 G D7 G D7 G
O lar que não crê em Deus, quem domina é o Lucifer.
G D7 G
O que faz sapo pular, tem que ser necessidade
C D7 G D7 G
Pessoas que falam muito, nem todos disse a verdade
C D7 G
Com o tempo a flor perde a cor, e nóis perde a mocidade
C D7 G D7 G
O janeiro traz velhice e a velhice traz saudade.

Ï Índice
114
• Drama da vida
• Tião Carreiro e Pardinho
• Tom: G Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

G D7 G D7
Tristonho vivo a procura, quero de novo encontrar
G
Alguém que se despediu partiu pra não mais voltar -
D7 G
Hoje eu vivo no relento
G7 C
É um sofrimento sem ela a meu lado
G
Nesse meu drama cruel
D7 G D7
Represento o papel de um fracassado

G D7 G D7
A gente quando é feliz deve amar e ter compreensão
G
Eu confesso que errei desprezei sem ter razão -
D7 G
Mandei meu amor embora
G7 C
Hoje meus olhos choram esperanças perdidas -
G
Dois corações que se amam
D7 G
Padecem e reclamam no drama da vida.

G D7 G D7
Se eu tivesse a certeza que ela voltasse pra mim
G
Saía a sua procura por este mundão sem fim -
D7 G
Se com outro ela estiver
G7 C
Esta ingrata mulher vai matar de dor -
G
Meu coração não resiste
D7 G
O fim do drama é triste morrer por amor.

Ï Índice
115
• Fábulas de Carreiro
• Tião Carreiro e Pardinho
• Tom: G Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

Intr.: A, E7, A, E7, A

A E7
Ai, eu botei Ai a saudade não é brinquedo
E7 D E7 A
Meus boi na canga Quando se apossa de um coração
D E7 A E7
E carreguei meu carretão Ai, eu às vezes me acordo cedo
E7 D E7 A
Ai, era ainda noite cerrada Me estremeço na solidão
D E7 A
Já eu estava no espigão Ai, minha pareia
E7 E7
Ai, era eu e o boi malhado Minha pareia
D E7 A D E7 A
Empareiado ao boi marrão Puxando o carro no chapadão
E7 E7
Ai, só nois três na madrugada Ai era assim desde menino
D E7 A D E7 A
Cortando a estrada, escuridão Mas o destino me fez traição

A7 D E7
Ai, uma estrela se desgarrou,ai Lá ueh, ueh, ueh,
E7 A A
E fulminou meu carretão Meu boi marrão
A7 D A7
Minha pareia se abalou, ai Ai quando eu lembro
E7 A D
E se matou no ribeirão Choro abafado, ai
A7 E7
Lá ueh, ueh, ueh E quando canto
D A
Meu boi malhado, ai É de paixão

E7
Lá ueh, ueh, ueh,
A
Meu boi marrão
A7
Ai quando eu lembro
D
Choro abafado, ai
E7
E quando canto
A
É de paixão
Ï Índice
116
• Felicidade
• Tião Carreiro e Pardinho
• Tom: D Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

Intro: E7 A A7 D E7 A

D A
Faz muito tempo eu ainda me lembro
E7
Foi numa festa lá no Jaraguá,
D A
Foi mais ou menos por fim de setembro
E7 A
Eu nestes versos quero relembrar.

D A
Felicidade, oh! Felicidade
E7
Tão pouco tempo você durou
D A
Eu vivo agora curtindo a saudade
E7 A
Veio a tristeza e comigo ficou.

D A
Não tenho mais aquela companheira
E7
Que muitas vezes comigo sofreu
D A
Felicidade foi tão passageira
E7 A
Toda alegria do meu peito morreu.

D A
Felicidade, oh! Felicidade
E7
Volte de novo em meu peito viver!
D A
Se ela voltasse, oh! Felicidade
E7 A
Eu te agradeço e que bom que vai ser.

Ï Índice
117
• Final dos tempos
• Tião Carreiro e Pardinho
• Tom: A Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

A7
Já está na beira do abismo nosso mundo sem escora
D
Já foi tudo pro vinagre não tem sinal de melhora
A7
A sogra foge com o genro e o sogro foge com a nora
D
Velório já virou festa no enterro ninguém chora

A7
O que é ruim está aumentando e o que é bom de mundo some
D
Honestidade e trabalho não trás vitória pro homem
A7
Se ficar o bicho pega se correr o bicho come
D
O escravo do trabalho ganha o salário da fome

A7
O homem vive explorando a lua, a terra e o mar
D
Quantas crianças na rua sem escola e sem um lar
A7
Gastaram tanto dinheiro fazendo armas de guerra
D
Daria pra fazer casa para todo os pobres da terra

A7
Falência e concordata filhas da maracutaia
D
Duas bruxas sem vassoura estão levantando a saia
A7
Velho chicote arrebenta no lombo do nosso povo
D
Descamisados ganhando no natal chicote novo

A7
Quanta miséria na terra fortuna explode no espaço
D
É este o final dos tempos o mundo virou um bagaço
A7
Nosso pai que está no céu deu a vida pelo povo
D
Se voltar aqui na terra vai morrer na cruz de novo

Ï Índice
118
• Mundo velho
• Tião Carreiro e Pardinho
• Tom: A Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

Intro: A E7 A

A E7
Deus fez o mundo tão lindo, só beleza que rodeia
A E7 A
Colocando no espaço lua nova e lua cheia
E7
Fez o sol e a luz divina que o mundo inteiro clareia
D A E7 A
No céu estrelas paradas a lua e o sol passeia.
E7
Deus fez o amor azulado e o castelo da sereia
A E7 A
Fez peixe grande e pequeno e também fez a baleia
E7
Fez a terra onde formei meu cafezal de ameia
D A E7
Baixadão cheio de água onde o meu arroz cacheia.

A E7
Deus fez cachoeiras lindas lá na serra serpenteia
A E7 A
Fez papagaio que fala, passarada que gorjeia
E7
Tangará canta de bando, natureza ponteia
D A E7 A
Os catireiros de pena que no galho sapateia.
E7
Mundo velho mudou tanto que já esta entrando areia
A E7 A
Grande pisa nos pequenos, coitadinhos desnorteiam
E7
Quem trabalha não tem nada, enriquece quem tapeia
D A E7
Pobre não ganha demanda, rico não vai pra cadeia.

A E7
Na moral do mundo velho quem não presta pisoteia
A E7 A
Os mandamentos de Deus tem gente que até odeia
E7
Igrejas estão vazias? antigamente eram cheias
D A E7 A
O que é ruim tá aumentando, o que é bom ninguém semeia.
E7
O meu Deus venha na terra por que a coisa aqui tá feia
A E7 A
Mas que venha prevenido e traga chicote e correia ?
E7
Tem até mulher pelada no ligar da Santa Ceia;
D A E7
Só Deus pode dar um fim no que o Diabo desnorteia.

Ï Índice
119
• No som da viola
• Tião Carreiro e Pardinho
• Tom: B Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

Intro: B7

B7
É hoje que a terra treme é hoje que a pedra rola

E F#7 B
Este é o som da minha terra cheguei no som da viola!

B7 E
Não sei de vim pra ensinar ou se vim pra aprender
F#7 B7
Eu sou pimenta nos olhos daquele que não quer ver;
E F#7
Quem bateu tem que apanhar, quem matou tem que morrer
G#7 C# F# F#7 B7
Covarde morre gritando, o valente sem gemer!

B7 E
Sem sangue não tem chouriço, sem luta não tem vitória
F#7 B7
É preciso muita garra pra subir os degraus da glória
E F#7
Como farofa e areia, dou a mão à palmatória
G#7 C# F# F#7 B7
Se um dia ver um covarde que fez bonito na história.

B7 E
Urutu de cruz na testa vê a morte mas não corre
F#7 B7
Vai de encontro com fogo, dando bote ela morre;
E F#7
Homem que apanha calado, ele pra mim não nasceu;
G#7 C# F# F#7 B7
Homem que tombou na luta é um herói que não morreu.

Ï Índice
120
• Nosso romance
• Tião Carreiro e Pardinho
• Tom: E Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

(E) B7 E
chora viola apaixonada
B7 A E
que o seu dono tem paixão e também chora

Refrão BIS

B7 A E
quanta gente por amor está sofrendo
B7 E
igual a eu suspirando toda hora
A
pra onde foi a mulher que mais eu amo
B7 E
pode estar perto também pode estar distante

meu deus do céu não existe dor maior


B7 E
do que a distância que separa dois amantes
A E7 E
onde andara a paixão da minha vida
B7 E
será que canta ou será que está chorando

se nesta hora ela estiver me ouvindo


B7 E
perdão querida se lhe maltrato cantando

Refrão
A
tenho certeza que ela nunca esquece
B7 E
nunca esquece daquelas horas tão belas

o nosso mundo pequenino foi tão lindo


B7 E E7
quatro paredes uma porta e uma janela
A E7 A
fomos felizes num pedacinho de mundo
B7 E
só o silêncio estava de sentinela

aquele beijo que durou quinze minutos


B7 E
depois meu braço foi o travesseiro dela

Refrão

Ï Índice
121
• O prisioneiro e o pé de Ipê
• Tião Carreiro e Pardinho
• Tom: A Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

Intro: A A7 D D7 E A

A E A E A
Quando a muito anos fui aprisionado nessa cela fria
E
Do segundo andar da penitenciária lá na rua eu via
D
Quando um jardineiro plantava um Ipê e ao correr dos dias
A E A E A A7
Ele foi crescendo e ganhando vida enquanto eu sofria

Refrão
D A
Meu ipê florido junto a minha cela
E A A7
Hoje tem altura de minha janela
D A
Só uma diferença há entre nós agora
E
Aqui dentro é noite não tem mais aurora
D E A
Quanta claridade tem você lá fora

Introdução

A E A E A
Vejo em teu tronco cipó parasita te abraçando forte
E
Enquanto te abraça suga tua seiva te levando a morte
D
Assim foi comigo ela me abraçava depois me traia
A A E A A7
Por isso a matei e agora só tenho sua companhia

Refrão

Ï Índice
122
• Oi paixão
• Tião Carreiro e Pardinho
• Tom: C Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

C G7
Não suportando a saudade, meu bem vim lhe visitar
C C7
Trazendo flores bonitas, pra o nosso amor enfeitar
F G7
Distante dos teus carinhos, eu sofro tanto e reclamo
F G C
Te juro minha querida, vou terminar minha vida, nos braços de quem eu amo
G7 C G7 C G7 C
Ooohhh, Hoooi paixão, nos braços de quem eu amo

G7
Nosso amor não tem limite, não sei onde vai parar
C C7
Quanto mais você me ama, mais eu quero te amar
F G7
Uma dor de cotovelo, machuca eu e você
F G C
Somos dois apaixonados, vive alguém ao nosso lado, fazendo a gente sofrer
G7 C G7 C G7 C
Ooohhh, Hoooi paixão, fazendo a gente sofrer

G7
O nosso caso de amor, esta correndo perigo
C C7
Mais quem tem anjo de guarda, não cai nas mãos do inimigo
F G7
Somente as forças ocultas, poderão nos castigar
F G C
Mais amar não é pecado, Deus esta do nosso lado, ninguém vai nos separar
G7 C G7 C
Ooohhh, Hoooi paixão, ninguém vai nos separar

Ï Índice
123
• Pai João
• Tião Carreiro e Pardinho
• Tom: A Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

A D E A
caminheiro quem passar naquela estrada
D E A
vê uma cruz abandonada como quem vai pro sertão
D E A
há muitos anos neste chão foi sepultado um preto veio
B7 E A
e herado por nome de pai João

Solo

A D E A D E A
pai João na fazenda dos coqueiros foi destemido carreiro
E A D E A
querido do seu patrão sua boiada ausilante e rubrioso
B7 E A
no morro mais perigoso arrastava o carretão

Solo

A D E A D E A
numa tarde pai João não esperava que a morte lhe rondava
E A D E A
lá na curva do areião e de uma queda em baixo do carro caiu
B7 E A
do mundo se despidiu preto veio pai João

Solo

A D E A D E A
caminheiro aquela cruz no caminho já contei tudo certinho
E A D E A
a historia de pai João,resta saudade daquele tempo que foi
B7 E A
o velho carro de boi no fundo do mangueirão

Ï Índice
124
• País maravilha
• Tião Carreiro e Pardinho
• Tom: B Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

B7
O Brasil que tanto amo não existe outro igual
E E7
Aqui a chuva do bem apagou o pó do mal
A B7
Na rua não tem mendigo, trombadinha e marginal
E
E ninguém teve dinheiro preso no banco central
F# B7 E
No quartel o soldado come na mesa com o general

B7
Não tem viciado em droga, traficante e assassino
E E7
Não existe contrabando, nem garimpo clandestino
A B7
Não existe lar desfeito, ninguém vive em desatino
E
Não existe falsidade nem baixo nível de ensino
F# B7 E
Filho de pobre é criado, igual filho de granfino

B7
Não existe desemprego, nem greve nem inflação
E E7
Nunca existiu seqüestro, suborno e corrupção
A B7
Não tem jogo de azar, não tem pobre na prisão
E
Cada lavrador é dono do seu pedaço de chão
F# B7 E
E jamais teve renuncia de um chefe de nação

B7
É uma fonte de saúde o ar que a gente respira
E E7
O Brasil não deve nada o mundo inteiro admira
A B7
Quem tem o poder nas mãos muito faz e nada tira
E
Tudo que o governo faz o povo aplaude e delira
F# B7 E
Só depois que acordei, vi que tudo era mentira

Ï Índice
125
• reto velho
• Tião Carreiro e Pardinho
• Tom: E Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

E B7
Perguntei ao preto velho: - por que chora, meu herói
E
Preto velho respondeu: - É meu coração que dói!

B7
Eu já fui bom candeeiro, fui carreiro e fui peão,
E
Já derrubei muito mato e já lavrei muito chão
E7 A
Com carinho carreguei os filhos do meu patrão
B7 E
Em troca do que fiz só recebi ingratidão!

B7
Sempre chamei de senhor quem me tratou a chicote
E
Livrei o patrão de cobra, na hora de dar o bote
E7 A
Eu sempre fui a madeira e o patrão foi o serrote
B7 E
Sofri mais do que boi velho com canga no cangote!

B7
Da terra eu terei o ouro e o patrão fez o seu anel
E
Mas agora estou velho, e meu patrão mais cruel
E7 A
Esta me mandando embora vou viver de léu em léu,
B7 E
O que me resta é esperar a recompensa do céu!

Ï Índice
126
• Quando cai a chuva
• Tião Carreiro e Pardinho
• Tom: A Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

Intro: (A7 D A E7 A)

A Bm
Quando a chuva cai lembro meu bem que me abandonou
E7 Bm E7 A
Partiu para bem distante em meus braços não mais voltou
A7 D
Quando cai a chuva olhando as flores do meu jardim ?
A E7 A
Lembro do meu benzinho que hoje vive longe de mim.

E7 A E7 A
Quando cai a chuva aumenta mais o meu dissabor
E7 A E7 A
Por que a fria chuva me traz lembrança do meu amor ?

Falado

A noite era chuvosa e eu me lembro


Cruéis recordações me fazem sofrer.
Recordo a hora, o mês, era uma noite de dezembro.
Aquela noite, não consigo esquecer.
Segui seus passos até a estação
E no momento que ela partia
As lágrimas que rolavam dos olhos meus
Misturavam-se com a chuva que caia.
Por isso quando cai a chuva
Molhando as flores do meu canteiro.
Em meu quarto solitário,
Minhas lágrimas molham a fronha do meu travesseiro.

Ï Índice
127
• ancho dos ipês
• Tião Carreiro e Pardinho
• Tom: B7 Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

B7 E B7 E
Lá no rancho dos ipês um dia fui convidado
B7 E B7
Pra passar um fim de semana no interior do meu estado

Quatro dias quatro noites que até hoje são lembrados


A B7 E
Eu parecia um rei, do jeito que fui tratado
B7 E B7 E
Eu passei horas contente, só havia ali presente gente boa do meu lado

B7 E B7 E
Lá no rancho dos ipês onde fiquei hospedado
B7 E B7
É o recanto de beleza é um jardim encantado

Os ipês quando florescem, tudo ali fica dourado


A B7 E
Parece um céu na terra que por Deus foi preparado
B7 E B7 E
Neste céu o que mais brilha são garrotes e novilhas pelos campos esparramados

B7 E B7 E
A bonita Echaporã fica logo ali pregada
B7 E B7
É a terra dos Gonçalves que caiu nos seus agrados

O Joãozinho e o Zezinho dois negociantes de gado


A B7 E
Seu Luiz é o pai dos moços um senhor considerado
B7 E B7 E
A família é um talento tem milhões em movimentos fora os capitais parado

B7 E B7 E
Para o rancho dos ipês um dia quero voltar
B7 E B7
Rever muita gente boa a saudade eu vou matar

Minha esperança é verde, eu não deixo madurar


A B7 E
Mais tarde ou mais cedo, de novo vou visitar
B7 E B7 E
Amigo Geraldo Prado vai meu abraço apertado bem longe de ir por lá

Ï Índice
128
• ei do pagode
• Tião Carreiro e Pardinho
• Tom: D Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

D A7 D A7 D
Afirme o pé companheiro grampeia o nó da gravata
A7 D A7
Nós vamos canta o pagode que chegou na hora exata

Por ai tem uns caboclo quando canta me maltrata


G D7 G
Eu vou dar minha resposta que não é muito pacata
A7 D A7 D A7 D
Vou tratar meus inimigos do jeito que eles me tratam.

D A7 D A7 D
Tenho dó desse coitado, eu deixo que ela se bata
A7 D A7
Com sua língua nos dentes com modas que desacatam

Na escada do sucesso ela subiu dando tapa


G D7 G
A queda foi dura, no tombo quase se mata,
A7 D A7 D A7 D
Não acerta mais o passo, está jogado pras baratas.

D A7 D A7 D
A verdade é cristalina é igual água de cascata
A7 D A7
Essas modas de abater é uma coisa muito chata -

Não falar mal dos colegas é uma coisa mais sensata


G D7 G
Esses violeiro invejoso reclamam da sorte ingrata
A7 D A7 D A7 D
Nos escravos da inveja meu pagode é um chibata.

D A7 D A7 D
No lugar a onde eu canto o povo todo me acata
A7 D A7
Sou querido das morenas, das loirinhas e das mulatas -

Ganhei medalha de ouro, não contando as de prata


G D7 G
O Brasil inteiro fala dos violeiros eu sou a nata
A7 D A7 D A7 D
Onde eu canto meu pagode, meu sucesso é na batata.

D A7 D A7 D
Sou um leão africano quando dá um grito na mata
A7 D A7
Os bichos pequenos correm igualzinho um vira lata -

No lugar que pisa um leão cachorro não põe a pata


G D7 G
Nossa coroa de rei quero ver quem arrebata
A7 D A7 D A7 D
Nosso laço de amizade é um nó que não desata.

Ï Índice
129
• Saudade me fez voltar
• Tião Carreiro e Pardinho
• Tom: A Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

Intro: A E7 A E7 A

A
Meu bem estou de regresso antes do dia marcado
E7 D A
Porque sentia no peito o meu coração sufocado -
E7 A
A paixão formou barreira, eu não pude atravessar
B A
Pensando em seus carinhos, saudade me faz voltar!

A
Com você no pensamento mais a saudade aumentava
E7 D A
Representavam seu rosto as flores que eu avistava -
E7 A
As nuvens formavam curvas e o por do sol coloria,
B A
Com as curvas do seu corpo, mais a saudade crescia!

A
A noite veio chegando, o dia me disse adeus
E7 D A
Em cada estrela eu via o brilho dos olhos teus
E7 A
A brisa da madrugada me trazia sua voz
B A
Aumentando a lembrança do amor vivido por nós!

A
Meu bem estou novamente aquecido em seu olhar
E7 D A
Sentindo a felicidade, essência do nosso amor -
E7 A
Respirando seu perfume, feliz quero adormecer,
B A E7 A
Nosso amor não vai ter fim enquanto a gente viver!

Ï Índice
130
• Tá do jeito que eu queria
• Tião Carreiro e Pardinho
• Tom: F Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

F C7
Mãe menininha me protegeu na Bahia -
F
Mãe menininha, tá do jeito que eu queria!

C7
O leão que pensava em me pegar, perdeu a pata
F
A cobra que pensava em me picar, sumiu na mata
Bb C7
Cachorro que pensava em me morder ficou sem dente
F
Feiticeiro que pensava em me matar ficou doente.
Bb C7
Feiticeiro tá morrendo, o cão desapareceu
F C7 F
Cobra ficou sem veneno, leão sem patas morreu!

F C7
Para me queimar com vida prepararam uma fogueira
F
Um burro pra me arrastar prepararam na mangueira -
Bb C7
Um laço pra me amarrar foi feito de couro grosso
F C7 F
Uma espada de aço pra cortar o meu pescoço.
Bb C7
O burro virou carneiro, laço grosso arrebentou
F C7 F
A espada virou santa, a fogueira se apagou.

Ï Índice
131
• Vaqueiro do norte
• Tião Carreiro e Pardinho
• Tom: E Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

Intro: E| A| A E| A E| A|

E A E A D
Eu vi um vaqueiro do no norte, montado firme no seu alazão, pela estrada
A
levando o seu gado, e cantando uma linda canção, assim vai de quebrada em
E A
quebrada tocando a boiada rompendo o estradão.

Intro

E A E A D
O vaqueiro descansa o gado, bem na beira do ribeirão, na broaca traz
A E
rapadura a farinha e o bom requeijão, enquanto o feijão com toicinho
A
cozinha sozinho lá no caldeirão.

Intro

E A E A D
Seu chapéu é de couro cru, agüenta chuva e o sol de verão, o gibão e a calça
A E
de couro, também serve de proteção, pra livrá dos arranha gato que tem lá
A
nos mato do nosso sertão.

Intro

E A E A D
É um herói dentro das caatingas e também na poeira do chão, o valente
A
vaqueiro do norte não perdeu sua tradição peço a Deus que acompanhe os
E A B E A
vaqueiros que são os pioneiros da nossa nação.

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132
• Vim dizer adeus
• Tião Carreiro e Pardinho
• Tom: E Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

E B7
Eu vim dizer adeus amor
E
Sei que me dói demais o adeus
B7
Mas levarei por onde for
A
As marcas deste amor
E
Amor que não morreu
B7
Amor que vive em mim
E
Amor que não é meu
A E
Eu não tenho mais o teu calor
B7
Teus longos beijos de amor
E
Pra outro eu perdi
A E
Não, não adianta esperar
B7
Se já tem outro em meu lugar
E
Nada mais me prende aqui

Ï Índice
133
• Viola divina
• Tião Carreiro e Pardinho
• Tom: D Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

Intro: D A7 D A7 D

D A7
Viola, minha viola, cavalete de pau preto
D
Morro com você nos braços de joelho lhe prometo
G A7
Viola, minha viola, de jacarandá e canela

Na alegria e na tristeza eu vivo abraçado nela


D A7 D
Minha viola divina eu ganho a vida com ela.

D A7
O quando da Santa ceia doze apostolo tem
D
Minha viola não e santa, tem doze cordas também,
G A7
Doze meses tem o ano, doze horas tem o dia

Doze horas tem a noite, esta'noite de alegria;


D A7 D
Essa viola divina já me deu o que eu queria.

D A7
Não aprendi fazer guerra na escola da cantoria
D
Fazer guerra é muito fácil, quero ver fazer poesia
G A7
Com esta viola divina um pedido vou fazer

Para Deus matar a morte, pro cantador não morrer


D A7 D
Enquanto existir viola cantador tem que viver.

D A7
Até no ano dois mil se uma viola só existir
D
Garanto vai ser a minha que não parou de tinir -
G A7
O cantador sem viola na carreira nada tem

Minha viola é divina das mãos de Deus é que vem,


D A7 D
Quem não gosta de viola não gosta de Deus também.
Ï Índice
134
• Viola vermelha
• Tião Carreiro e Pardinho
• Tom: A Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

A E7 A
Esta viola vermelha cor de bandeira de guerra
E7 A
Cor de sangue da caboclo, cor de poeira de terra

Foi a file companheira numa longa trajetória


D A
De um artista tão querido que deixou o nome na história.
E7
Canhoteiro de fibra um exemplo de violeiro

Com talento e traquejo


A E7 A
Do progresso sertanejo ele foi um pioneiro.

A E7 A
Esta viola vermelha já fez tristeza acabar
E7 A
Fez muitos lábios sorrir, fez platéia delirar

Mas um dia entristeceu no silencio da saudade


D A
Quando seu dono partiu pra vida da eternidade.
E7
Ela chora apaixonada que ate meu corpo arrepia

Dá um gemido em cada corda


A E7 A
Quando comigo recorda esta imortal melodia.

( D A7 D A7 )
" Vou contar a minha vida do tempo que eu era moço
De uma viagem que eu fiz lá pro sertão do mato Grosso
Fui buscar uma boiada, isso foi no mês de agosto".

A E7 A
Esta viola vermelha que tanto alegrou o povo
E7 A
Defendendo o que é nosso está na luta de novo,

Voltou a ser aplaudida como foi antigamente


D A
O seu passado de gloria revive em seu presente
E7
Florêncio descansa em paz, por que esta viola é sua

Voltou para o pé do eito


A E7 A D A
Encostada no meu peito sua luta continua.

D G D G
Esta viola vermelha está chorando comigo
A D A D
Ela perdeu o seu dono e eu perdi um grande amigo. Ï Índice
135
• Peito Sadio
• Zé Carreiro e Carreirinho
• Tom: E Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

E A * d(1) B7
Foi as quatro horas da manhã Quando nóis cheguemo no catira
B7 E * d(2) E
Meu cachorro de guarda latiu Os mais fraco na hora assumiu
B7 * d(3) E7 A
Levantei para ver o que era Só cantemo moda de campeão
E * d(4) ? A B7 E
E vesti meu casaco de frio E os tarrr que era bão nem se quer reagiu
A * d(5)
Então vi que chegou um mensageiro Solo da Introdução
B7 E * d(6)
Amuntado num burro turtil E A
B7 * d(7) Perguntei para o dono da festa
Apiou e me disse "bom dia" B7 E
E Onde foi que o senhor conseguiu
E o bolso da bargana ele abriu B7
E7 A* d(8) Esses tar violeiro famoso
Uma carta o rapaz me entregou E
? A B7 E Que as moda de nóis engoliu
E de novo amuntou e na estrada sumiu A
O festeiro ficou pensativo
Solo da Introdução B7 E
E mordeu no cigarro e cospiu
E A B7
Dei a carta pro meu irmão ler "Oceis são dois caboco batuta...
B7 E E
Ele leu e me olhando sorriu ...quem falou poder crer não mentiu".
B7 E7 A
"É convite pra nóis ir na festa... Teve algum canta esprementou
E ? A B7 E
...vai haver um grande desafio". Mais o peito faiô e voiz não saiu
A
O meu pai já correu no vizinho Solo da Introdução
B7 E
Foi chamar o vovô e o titio E A
B7 As viola nóis faiz de encomenda
Nóis cheguemo aculá de contente B7 E
E Nossa peito é tratado e sadiu
Lá em casa ninguém mais dormiu B7
E7 A Já cantemo três noite seguida
Pra quebrar aqueles campeonato E
? A B7 E E as moda nóis não repetiu
Nem com sindicato ninguém conseguiu A
Quem repete é relógio de igreja
Solo da Introdução B7 E
E o triste cantar do Tisíl
E A B7
Violeiros que mandam convite E agora com esta vitória
B7 E E
Moram lá do outro lado do rio Inda mais nossa fama subiu
B7 E7 A
Eles pensa que nóis num vai lá E vocês num deve descutir
? A B7 E
E Se viemos aqui foi vocês quem pediu
Mais nóis semo caboco de bril
A E no fim base: B7 E
A peteca aqui do nosso lado
B7 E
Por enquanto no chão não caiu

Ï Índice
136
• Vide vida marvada
• Rolando Boldrin
• Tom: E Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

E7
Corre um boato aqui donde eu moro
Que as mágoas que eu choro são mal ponteadas
Que no capim mascado do meu boi
A baba sempre foi santa e purificada
Diz que eu rumino desde minininho fraco e mirradinho
A ração da estrada vou mastigando o mundo
E ruminando e assim vou tocando essa vida marvada

A E7
E que a viola fala alto no meu peito mano
A
E toda a moda é um remédio pros meus desenganos
E7
É que a viola fala alto no meu peito mano
A
Refrão E toda a mágoa é um mistério fora desse plano
A7 D
Pra todo aquele que só fala que eu não sei viver
Chega lá em casa pra uma visitinha
A
Que no verso ou no reverso de uma vida inteirinha
E7 A
Há de encontrar-me num cateretê

E7
Tem um ditado tido como certo
Que cavalo esperto não espanta a boiada
E quem refuga o mundo resmungando
Passará berrando esta vida marvada
Cumpadre meu que envelheçeu cantando
Diz que ruminando dá pra ser feliz
Por isso eu vaguei ponteando
E assim procurando a minha flor de liz

Refrão

Ï Índice
137
• Eu, a viola e Deus
• Rolando Boldrin
• Tom: G Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

G Em Am
Eu, vim me embora e na hora cantou um passarinho
D7 G
Porque eu vim sozinho, eu, a viola e Deus
Em Am
Vim parando, assustado espantado com as pedras no caminho
D7 G G7
Cheguei bem cedinho, a viola, eu e Deus

C
Esperando encontrar o amor
D7 G
E das velhas toadas canções
D7
Feito as modas pra gente cantar
G G7
Nas quebradas dos grandes sertões
Refrão
C
Na poeira do velho estradão
D7 G
Deixei marcas do meu coração
D7
E nas palmas da mão e do pé
G
Os catiras de uma mulher, Eeeiiihhh!

Em Am
Esta hora da gente ir-se embora é doida
D7 G
Como é dilurida, eu a viola e Deus
Em Am
Eu, vou me embora e na hora vai cantar um passarinho
D7 G
Porque eu vou sozinho, eu a viola e Deus
Em Am
Vou parando assustado espantado com as pedras do caminho
D7 G
Vou chegar cedinho, a viola, eu e Deus

Refrão

Ï Índice
138
• Canto do povo de um lugar
• Pena Branca e Xavantinho
• Tom: C Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

C Am
Todo dia o sol se levanta
F G C
E a gente canta ao sol de todo dia
C Am
Finda a tarde a terra cora
F
E a gente chora
G C
Porque finda a tarde
C Am
Quando a noite a lua mansa
F G C
E a gente dança venerando a noite

Ï Índice
139
• Casa de barro
• Pena Branca e Xavantinho
• Tom: A Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

A E/B A/C#
Aquela casa de paredes barreada
E/B A F#7 Bm F#7
Lá na beira da estrada, já não tem morador
Bm F#7 Bm
Há quanto tempo ela esta abandonada
A E/G# E7 A E7
Uma tapera largada, poucos sabem o seu valor
A E/B A/C#
Sabe seu moço, quem morava dentro dela
G/B A G D
Levando a vida singela, era um roceiro feliz
E7 C#m
Saindo cedo pros caminhos do roçado
F#m Bm E7 A E7
Hoje conto seu passado, assim o destino quis...
A E/B A/C#
Faz muito tempo o dia certo eu não me lembro
E/B A F#7 Bm F#7
Mas foi num mês de setembro, em uma tarde de sol
Bm F#7 Bm
A codorninha piava lá na paiada
A E/G# E7 A E7
E a poeira avermelhada rodava em caracol
A E/B A/C#
Lá na baixada as batidas da porteira
G/B A G D
Na estrada boiadeira ecoava o chapadão
E7 C#m
E aquele moço começava uma viagem
F#m Bm E7 A E7
Levando fé e coragem em cima de um caminhão
A E/B A/C#
Trocando a vida do sertão por uma cidade
E/B A F#7 Bm F#7
Obrigando a vontade o matuto despediu
Bm F#7 Bm
Deixou no rancho seus costumes de caboclo
A E/G# E7 A E7
Pensando ter muito pouco naquela beira de rio

A E/B A/C#
Tem certas coisas que se passa com a gente
G/B A G
Quando muda de repente na sorte que
D
Deus nos deu
E E7 C#m7
Sabe seu moço, esse mundo é uma escola
F#m Bm E7 A
A enxada é uma viola e o roceiro sou eu

Ï Índice
140
• Chuá-Chuá
• Pena Branca e Xavantinho
• Tom: A Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

A Bm7 E7 A
Deixa a cidade formosa morena Da cachoeira fazendo escarcéus
E7 F#7 Bm7
Linda pequena Quando esta luz lá na altura distante
A E7
E volta ao sertão Loira ofegante
Bm7 A A7
Beber a água da fonte que canta No poente a cair
E7 D E7 A
Que se levanta Dá-me essa trova que o pinho desceira
A F#7 Bm7
Do meio do chão Que eu volto pra serra
Bm7 E7 A
Se tu nasceste cabrocha cheirosa Que eu quero partir
E7 E7
Cheirando a rosa É a fonte a cantá
A A7 Chuá, chuá
Do peiro da terra A
D E7 A E as água a corrê
Volta pra vida serena da roça Chuê, chuê
F#7 Bm7 D
Daquela palhoça Parece que alguém
E7 A E A
Do alto da serra Que cheio de mágoa
E7 F#7 Bm
E a fonte a cantã Deixasse quem há de
Chuá, chuá E7 A
A Dizer a saudade
E as água a corrê E7
Chuê, chuê No meio das água
D E
Parece que alguém Rolando também
E A
Que cheio de mágoa
F#7 Bm
Deixasse quem há de
E7 A
Dizer a saudade
E7
No meio das água
E A7 D Dm A Co Bm E7 A
Rolando também
A Bm7
A lua branca de luz prateada
E7
Faz a jornada
A
No alto dos céus
Co Bm7
Como se fosse uma sombra altaneira

Ï Índice
141
• Cio da Terra
• Pena Branca e Xavantinho
• Tom: Am Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

Am
debulhar o trigo
G C G F C F
recolher cada bago do trigo
C F C F G C D
forjar do trigo o milagre do pão
G C D
e se fartar de pão
Am
decepar a cana
G C G F C F
recolher a garapa da cana
C F C F G C D
roubar da cana a doçura do mel
G C D
se lambuzar de mel
Am
afagar a terra
G C G F C F
conhecer os desejos da terra
C F C F G C D
cio da terra propícia estação
G C D
e fecundar o chão

Ï Índice
142
• Cuitelinho
• Pena Branca e Xavantinho
• Tom: G Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

G
Cheguei na beira do porto
D
Onde as ondas se espáia
G
As garça dá meia volta
D
E senta na beira da praia
E o cuitelinho não gosta
G D C D G
Que o botão de rosa caia, ai, ai, ai
G
Aí quando eu vim de minha terra
D
Despedi da parentaia
G
Eu entrei no Mato Grosso
D
Dei em terras paraguaia
Lá tinha revolução
G D C D G
Enfrentei fortes bataia, ai, ai, ai
G
A tua saudade corta
D
Como aço de navaia
G
O coração fica aflito
D
Bate uma, a outra faia
Os óio se enche d`água
G D C D G
Que até a vista se atrapaia, ai, ai, ai

Ï Índice
143
• De papo pro ar
• Pena Branca e Xavantinho
• Tom: E Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

E
Não quero outra vida
B7
Pescando no rio de Gereré
Tem peixe bom
Tem siri patola
E
De dá com o pé
B7
Quando no terreiro
Faz noite de luá
E vem a saudade
Me atormentá
Eu me vingo dela
Tocando viola

E
De papo pro á

Se compro na feira
Feijão, rapadura,
B7
Pra que trabaiá
Eu gosto do rancho
O homem não deve
E
Se amofiná

Ï Índice
144
• Encontro de Bandeiras
• Pena Branca e Xavantinho
• Tom: e Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

E B E B E
Ai, que bandeira é essa, ai, ai
A A9 E
Na porta da tua morada
A A9 E
Aonde mora o cálix bento
B B7 E
E a hóstia consagrada
A A9 A A9 B B7 E B E
E a hóstia consagrada - e e ei

E B E B E
E encontro tão bonita, ai, ai
A A9 E
E que pena que agora
A A9 E
Os três reis do Oriente
B B7 E
São José e Nossa Senhora
A A9 A A9 B B7 E B E
São José e Nossa Senhora - e e ei

E B E B E
A bandeira vai-se embora, ai,ai
A A9 E
As que tavam avoando
A A9 E
Se despede do festeiro
B B7 E
Pra vortá no outro ano
A A A9 B B7 E B E
Pra vortá no outro ano - e e ei

Ï Índice
145
• Gente que vem de Lisboa / Peixinhos do mar
• Pena Branca e Xavantinho
• Tom: E Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

E B7 E
Gente que vem de Lisboa
B7 E
Gente que vem pelo mar
F#
Laço de fita amarela
E
Na ponta da vela
B7 E
No meio do mar
A
Ei nós, que viemos
B7 E
De outras terras, de outro mar
A F#m
Temos pólvora, chumbo e bala
B7 E
Nós queremos é guerrear
E
Quem me ensinou a nadar
Quem me ensinou a nadar
A E
Foi, foi marinheiro
B7 E
Foi os peixinhos do mar
A
Ei nós que viemos
B7 E
De outras terras, de outro mar
A F#m
Temos pólvora, chumbo e bala
B7 E
Nós queremos é guerrear

Ï Índice
146
• Marvada pinga
• Pena Branca e Xavantinho
• Tom: G Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

G G
Com a marvada pinga Já fico babando crio dois espírito
D7 D7 G
É que eu me atrapaio Oi lá
G G D7
Eu pego no copo e já dou meu taio Pinga temperada eu não modifico
C D7 Quem manda no bule
Eu chego na venda e dali não saio G
Ali memo eu bebo Eu chupo no bico
Ali memo eu caio C
Só pra carregar nunca dei trabaio Vou rolar na pueira
D7 G D7
Oi lá Que nem tico-tico
G Vou de quatro pé destripando o bico
Sempre bebo a pinga Junta a mosquiteira
D7 G
Porque gosto dela Mas eu não implico
Bebo da branquinha, D7 G
G Oi lá
Bebo da amarela G
C D7 A muié me disse
Eu bebo no copo, bebo na tigela D7
Bebo temperada com cravo e canela Ela me falou
Seja em qualquer tempo vai Largue dessa pinga
G G
Pinga na goela Peço por favor
D7 G C
Oi lá Prosa de muié
G D7
Venho da cidade Nunca dei valor
D7 Bebo no sol quente
Já venho cantando Pra esfriar o calor
Trago um garrafão G
G E bebo de noite pra fazer suador
Que venho chupando D7 G
C Oi lá
Venho pro caminho, G
D7 A muié me disse
Venho trupicando D7
Chutando o barranco Largue de beber
Venho cambetiando Pois eu com essa pinga
No lugar que eu caio G
G Hei de combatê
Já fico roncando C
D7 G Você fique quieto largue
Oi lá D7
G De tremer
Não largo da pinga Depois que se embriaga
D7 Não levanto ocê
Nem que eu tome pito Vô deixá da pinga
G
Que é de inclinação eu acho bonito
C D7
O cheiro da pinga fico meio aflito
Bebo uma garrafa e já quero um litro

Ï Índice
147
• Quebra de milho
• Pena Branca e Xavantinho
• Tom: G Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

G D G
Mês de agosto é tempo de queimada
C D G
Vou lá pra roça preparar o aceiro
C B7 Em
Faísca pula que nem burro brabo
A7 D G
E faz estrada lá na capoeira
C D G
A terra é mãe, isso não é segredo
C D G G7
O que se planta esse chão nos dá
C D G
Uma promessa a São Miguel Arcanjo
Em A7 D G
Pra mandar chuva pro milho brotar...

G D G
Passou setembro, outubro já chegou
C D G
Já vejo o milho brotando no chão
C B7 Em
Tapando a terra feito manto verde
A7 D G
Pra esperança do meu coração
C D G
Mês de dezembro vem as boas novas
C D G G7
A roça toda já se embonecou
C D G
Uma oração agradecendo a Deus
Em A7 D G
E comer o fruto que já madurou...
G D G
Mês de janeiro, comer milho assado
C D G
Mingau e angu no mês de fevereiro
C B7 Em
Na palha verde enrolar pamonha
A7 D G
E comer cuscuz durante o ano inteiro
C D G
Quando é chegado o tempo da colheita
C D G G7
Quebra de milho, grande mutirão
C D G
A vida veste sua roupa nova
Em A7 D G
Pra ir no baile lá no casarão...

Ï Índice
148
• Reizado
• Pena Branca e Xavantinho
• Tom: E Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

E
O galo cantou no Oriente
A
Ai, ai, ai, ai
B7 E
Surgiu a estrela da guia ai, ai
Anunciando à humanidade
A
Ai, ai, ai, ai
B7 E B7
Que o Menino-Deus nascia ai, ai, ai, ai
E
Em uma estrebaria ai, ai
Vinte e cinco de Dezembro
A
Ai, ai, ai, ai
B7 E
Não se dorme no colchão ai, ai
Deus-menino fez a cama
A
Ai, ai, ai, ai
B7 E B7
De folhas secas no chão ai, ai, ai, ai
E
Pra nossa salvação ai, ai
Senhora dona da casa
A
Ai, ai, ai, ai
B7 E
Oia a chuva no telhado ai, ai
Venha ver o Deus Menino
A
Ai, ai, ai, ai
B7 E B7
Como está todo molhado ai, ai, ai, ai
E
Com os três reis a seu lado, ai, ai
Deus lhe pague a bela oferta
A
Ai, ai, ai, ai
B7 E
E voz deu com alegria, ai, ai
Ao Divino Santo Reis
A
Ai, ai, ai, ai
E B7
São José Santa Maria ai, ai, ai, ai
E
Há de ser vossa guia, ai, ai
Ï Índice
149
• Vaca Estrela e Boi Fubá
• Pena Branca e Xavantinho
• Tom: D Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

D A7 A7
Seu dotô me dê licença Não nasceu capim no campo
D D
Pra minha história eu contá Para o gado sustentá
A7 A7
Se hoje eu estou com terra estranha O sertão esturricou
D D
E é bem triste o meu pená Fez o açude secá
A7 A7
Mas eu já fui muito feliz Morreu minha vaca Estrela
D D
Vivendo no meu lugá Se acabou meu boi Fubá
A7 G
Eu tinha cavalo bão Perdi tudo quanto eu tinha
D G A7 D
Gostava tanto de campiá e todo dia Nunca mais pude aboiá
aboiava D A7
A7 D E hoje nas terras do sul
Na portera do currá D
A7 D Longe do torrão natá
Eh eh há A7
G D Quando vejo em minha frente
Eh eh eh eh Vaca Estrela D
A7 D A7 D Uma boiada passá
Oh, oh, oh, oh, Boi Fubá A7
A7 As águas corre dos óio
Eu sou fio do Nordeste D
D Começo logo a chorá
Não nego meu naturá A7
A7 Me lembro da vaca Estrela
Mas uma sexa medonha D
D Me lembro do boi Fubá
Me tangeu de lá pra cá G
A7 Com sodade do Nordeste
Lá eu tinha meu gadinho A7 D
D Dá vontade de aboiá
Não é bom nem maginá A7 D
A7 Eh eh há
Minha bela vaca Estrela G D
D Eh eh eh eh Vaca Estrela
E o meu lindo boi Fubá A7 D A7 D
G Oh oh oh oh Boi Fubá
Quando era de tardinha
D
Eu começava aboiá
A7 D
Eh eh há
G D
Eh eh eh eh Vaca Estrela
A7 D A7 D
Oh oh oh oh Boi Fubá
A7
Aquela seca medonha
D
Fez tudo se trapaiá

Ï Índice
150
• Cantiga do Boi Encantado
• Elomar
• Tom: A Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

A
Ê Ê Ê Ê Ê Ê ... boi encantado e aruá
B
Ê boi quem havera de pegá

B A B
Na mia vida de vaquêro vagabundo
E A B
já nem dô conta dos pirigo qui infrentei
A
apois aqui das nação de gado qui ai no mundo
E B7
num tem um só boi qui num peguei
A
Ê Ê Ê Ê Ê Ê ... boi encantado e aruá
B
Ê boi quem havera de pegá
B A B
Eu vim de longe, bem pra lá daquela serra
E A B
qui fica adonde as vista num pode alcançar
A
Ricumendado dos vaquêro de mia terra
E A B
Pra nessas banda eles nóis representar
A
Alas qui viemo in dois eu e mais Ventania
E A B
O mais famado dos cavalo do lugá
B A B
Meu sabaruno rei do largo e do grotão
E A B
Vê si num isquece da premessa qui nóis feiz
A
Naquela quadra de terra, laço e moirão
E A B
Na luz da tarde os olhos dela e meu cantá
A
A mais bunita de brumado ao pancadão
E B E B7
Juremo a ela viu ti pegá boi aruá
A
Ê Ê Ê Ê ... boi encantado e aruá
B
Ê boi quem havera de pegá
B A B
De indubrasil nerol' xuite guadimá
E A B
Mouro junquêro pintado nuve e alvação
A
Junquêro giz pé duro landrêis malabá
E A B
Pintado laranjo rajado lubião
A
Boi de gabarro banana môcho armado
E A B
De curralêro ao levantado barbatão
B A B
De todos boi qui ai no mundo já peguei
E A B
Afóra lá ele qui tem parte cum cão
A
O tal boi bufa cum este nunca labutei
E A B
E o encantado qui distinemo a pegá
A
Pra nóis levá pras terra daquela donzela
E B E B7
Juremo a ela viu te levá boi aruá (bis)
A
Ê Ê Ê Ê Ê Ê ... boi encantado e aruá
B
Ê boi quem havera de pegá

Ï Índice
151
• Joana Flor das Alagoas
• Elomar
• Tom: A Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

A Bm
Joana forma as alagoa
E B7
Se alevanta e vem vê
E Bm
O truvão longe ressôa
B A
Tiranas de bem querer
A D
Joana flor das alagoas
C Bm
Olha como Deus é bom
E Bm
Encheu d´água as alagoa
E Bm E Bm
Sem flor, em flor
E D
Joana flor das açucena
E D
Teus olhos têm pena ver tanta beleza
A E
Sem ninguém pra ver
A D E
Olha a noite vai cresceno e a chuva caino
D E
E as lagoa encheno e os bicho cantano
D
Cânticas de amô
E
E só você durmino
D
Oh, Joana em flor
D A E
Ai, Joana em flor
E Bm
Ai saudade lá nos brejos
E
As Saracuras canta
Bm
Fais tempos que num vejo
E Bm
Nessa terra santa umas coisa assim
E D
Joana se alevanta todas as açucena
E D
Meus olhos tem pena ver tantas beleza
E Bm E B7
Ninguém, pra ver...
A Bm D B7 E
Louvado nosso sinhô, que ouviu minhas
A
oração

Refrão

A B Bm
E nessa noite chorô
E B7 Bm
A chuva no meu sertão
E Bm E Bm E Bm
Joana, vem ver, os sapinho tão cantano
D E Bm
Tiranas de bem quer

Ï Índice
152
• Violêro
• Elomar
• Tom: Dm Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

( Dm C Bb C Dm )
Vô cantá no canturi primeiro / as coisa lá da minha mudernage
( Gm Dm Bb C Dm )
Qui mi fizero errante e violêro / eu falo sério e num é vadiage
( Gm Dm C F )
I pra você qui agora está me ôvino / juro até pelo Santo Minino
( Bb C F G Dm )
Vige Maria qui ôve o qui eu digo / si fô mintira me manda um castigo

C G Dm Bb C Gm C Bb Dm C Gm
Apois pro cantadô i violêro / só hai trêis coisa nesse mundo vão
( Dm C Bb C F C Dm )
Refrão
Amô, furria, viola, nunca dinhêro
( C Gm A Dm )
viola, furria, amô, dinhêro não 2X
( Dm C Bb C Dm )
Cantadô di trovas i martelo / di gabinete, ligeira i moirão
( Gm Dm Bb C Dm )
Ai cantadô já curri o mundo intêro / já inté cantei nas portas de um castelo
( Gm Dm C F )
Dum rei qui si chamava di Juão / pode acreditá meu companhêro
( Bb C F G Dm )
Dispois di tê cantado u dia intêro / o rei mi disse fica, eu disse não
Refrão

( Dm C Bb C Dm )
Si eu tivesse di vivê obrigado / um dia inhantes desse dia eu morro
( Gm Dm Bb C Dm )
Deus feiz os hóme e os bicho tudo fôrro / já vi iscrito no Livro Sagrado
( Gm Dm C F )
Que a vida nessa terra é u'a passage / i cada um leva um fardo pesado
( Bb C F G Dm )
É um insinamento que derna a mudernage / eu trago bem dent' do coração guardado
Refrão

( Dm C Bb C Dm )
Tive muita dô di num tê nada / pensano qui êsse mundo é tud' tê
( Gm Dm Bb C Dm )
Mais só dispois di pená pelas istrada / beleza na pobreza é qui vim vê
( Gm Dm C F )
Vim vê na procissão lôvado-seja / i o malassombro das casa abandonada
( Bb C F G Dm )
Côro di cego nas porta das igreja / i o êrmo da solidão das istrada
Refrão

( Dm C Bb C Dm )
Pispiano tudo du cumêço / eu vô mostrá como faiz o pachola
( Gm Dm Bb C Dm )
Qui inforca u pescoço da viola / rivira toda moda pelo avêsso
( Gm Dm C F )
I sem arrepará si é noite ou dia / vai longe cantá o bem da furria
(Bb C F G Dm )
Sem um tostão na cuia o cantadô / canta inté morrê o bem do amô
Refrão

Ï Índice
153
• Ainda ontem chorei de saudade
• João Mineiro e Marciano (Interpretação)
• Tom: C Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

Intro: C Dm G7 C G7 C C7 F C G7 C

C Am Dm
Você me pede na carta que eu desapareça
G7 C G7
Que eu nunca mais te procure pra sempre te esqueça
C Am Dm
Posso fazer sua vontade atender seu pedido
G7 C G7
Mas esquecer é bobagem é tempo perdido

C G7
Ainda ontem chorei de saudade
C G7
Relendo a carta, sentindo o perfume
Refrão C G7
Mas que fazer com essa dor que me invade
C G7
Mato esse amor ou me mata o ciúme
(no fim) C7 F C G7 C

Introdução

C Am Dm
O dia inteiro te odeio, te busco, te caço
G7 C G7
Mas em meu sonho de noite te beijo e te abraço
C Am Dm
Porque os sonhos são meus ninguém rouba e nem tira
G7 C
Melhor sonhar na verdade que amar na mentira

Ï Índice
154
• Se eu não puder te esquecer
• João Mineiro e Marciano
• Tom: G Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

G
se eu não puder te esquecer
D7
mando dizer numa flor
Am
mando uma estrela avisar
D7 G D7
que o velho amor acordou
G
se não puder me esquecer
D7
basta dizer por aí
Am
quando você sussurrar
D7 G G7
meu coração vai ouvir
C D7 G
esquecer difícil demais
Em Am
ninguém é capaz
D7 G G7
se amou um pouquinho
C D7 G
esquecer você nem pensar
Em Am
e quando eu tentar
D7 G
que eu morra sozinho

Ï Índice
155
• Seu amor ainda é tudo
• João Mineiro e Marciano
• Tom: Am Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

Am Dm
muito prazer em revê-la você está bonita
E7 Am
muito elegante, mais jovem, tão cheia de vida
Dm
eu ainda falo de flores e declamo seu nome
E7 A E7
mesmo meus dedos me traem e disco seu telefone

A
é minha cara, eu mudei minha cara
D
mas por dentro eu não mudo
Bm
o sentimento não para, a doença não sara
E7 A E7
seu amor ainda é tudo, tudo
Refrão
A F#m Bm
daquele momento até hoje esperei você
E7 A E7
daquele maldito momento até hoje só você
A F#m Bm
eu sei que o culpado de não ter você sou eu
E7 A E7
e esse medo terrível de amar outra vez é meu

Am Dm
sei, não devia dizer, disse perdoa
E7 Am
bem que eu queria encontrar e sorrir numa boa
Dm
mas convenhamos a vida nos faz tão pequenos
E7 A E7
nos preparamos pra muito e choramos por menos

Refrão

Ï Índice
156
• Viciado em você
• João Mineiro e Marciano
• Tom: C Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

Intro: G7 C F G7 C

C
Todos os dias e todas as noites
G7
Você está vivendo em meu pensamento

Você é meu vício número um


F G7 C
Você é a causa do meu sofrimento

A todo instante no meu desabafo


C7 F
Eu fumo um cigarro pra disfarçar
C
Meu segundo vício é fumar bastante
D7
Coisa que aprendi no vazio da noite
G7 C
Você é culpada até por eu fumar

G7
Mas quando eu sinto
C
Que nem o cigarro poderá dar conta
G7
Dessa saudade que no peito é tanta
F C
Daí eu bebo pelo que me fez
G7
Por sua culpa
C
Vai piorando está minha vida
D7
De vagarinho me vi na bebida
G7 C Introdução
Que já é meu vício de número três.

C
Você é culpada de todos meus erros
G7
Até você mesma é um grande vício

Porque não a deixo, não a esqueço


F G7 C
Você é a causa do meu sacrifício

Muita gente fala que isso é fraqueza


C7 F
Eu até concordo mas fazer o que?
C
Resumindo tudo em poucas palavras
D7
Se tenho meus erros é por sua causa
G7 C
Afinal estou viciado em você

Mas quando eu sinto ...

Ï Índice
157
• Encantos da Natureza
• Daniel
• Tom: A Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

A E7
Tu que não tiveste a felicidade
A
Deixa a cidade, vem conhecer
E7
Meu sertão querido meu reino encantado
A
Meu berço amado que me viu nascer
D E7
Venha o mais depressa, não fique pensando
A
Estou te esperando para-te mostrar
E7
Vou mostrar os lindos rios de águas claras
A E7 A E7
E as belezas raras do nosso luar
A E7
Quando a lua nasce, por detrás da mata
A
Fica cor de prata, a imensidão
E7
Então fico horas e horas olhando
A
A lua banhando lá no ribeirão
D E7
Muitos não importam, com este luar
A
Nem lembra de olhar, o luar na serra
E7
Mais estes não vive, são seres humanos
A E7 A E7
Estão vegetando, em cima da terra
A E7
Quando a lua esconde, logo rompe aurora
A
Vou dizer agora, do amanhecer
E7
Raios vermelhados, riscam o horizonte
A
O sol lá no monte, começa a nascer
D E7
Lá na mata canta, toda passarada
A
E lá na paiada, pia o chororó
E7
O rei do terreiro, abre a garganta
A E7 A E7
Bate a asa e canta em cima do paio
A E7
Quando o sol esquenta, cantam cigarras
A
Em grande algazarra na beira da estrada
E7
Lindas borboletas, de variadas cores
A
Vem beijar as flores já desabrochadas
D E7
Este pedacinho de chão encantado
A
Foi abençoado, por nosso senhor
E7
Que nuca nos deixa faltar no sertão
A E7 A
Saúde união a paz e o amor

Ï Índice
158
• Meu reino encantado
• Daniel
• Tom: G Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

G G
Eu nasci num recanto feliz Nosso sítio que era pequeno
D7 D7
Bem distante da povoação Pelas grandes fazendas cercado
Foi ali que eu vivi muitos anos Precisamos vender a propriedade
C D7 G C D7 G
Com papai mamãe e os irmãos Para um grande criador de gado
G G
Nossa casa era uma casa grande E partimos pra a cidade grande
D7 D7
Na encosta de um espigão A saudade partiu ao meu lado
Um cercado pra guardar bezerro A lavoura virou colonião
G G
E ao lado um grande mangueirão E acabou-se meu reino encantado

Introdução Introdução

G G
No quintal tinha um forno de lenha Hoje ali só existe três coisas
D7 D7
E um pomar onde as aves cantava Que o tempo ainda não deu fim
Um coberto pra guardar o pilão A tapera velha desabada
C D7 G C D7 G
E as traias que papai usava E a figueira acenando pra mim
G G
De manhã eu ia no paiol E por ultimo marcou saudade
D7 D7
Um espiga de milho eu pegava De um tempo bom que já se foi
Debuiava e jogava no chão Esquecido em baixo da figueira
G G
Num instante as galinhas juntava Nosso velho carro de boi...

Introdução

G
Nosso carro de boi conservado
D7
Quatro juntas de bois de primeira
Quatro cangas, dezesseis cansis
C D7 G
Encostados no pé da figueira
G
Todo sábado eu ia na vila
D7
Fazer compras para seman inteira
O papai ia gritando com os bois
G
Eu na frente ia abrindo as porteiras.

Introdução

Ï Índice
159
• Poeira da Estrada
• Daniel
• Tom: G Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

G
Levantei a tampa voltei ao passado
D7
Meu mundo guardado dentro de um baú
D7
Encontrei no fundo todo empoeirado
G
O meu velho laço bom de couro cru
Me vi no arreio do meu alazão
G7 C
Berrante na mão no meio da boiada
G
Abracei o laço velho companheiro
A7
Bateu a saudade, veio o desespero
C D7 G
Sentindo o cheiro da poeira da estrada
D7 G
Estrada que era vermelha de terra
D7 G
Que o progresso trouxe o asfalto e cobriu
D7 G
Estrada que hoje chama rodovia,
D7 G
Estrada onde um dia meu sonho seguiu,
G7 C G
Estrada que antes era boiadeira
D7 G7
Estrada de poeira, de sol, chuva e frio,
G7 C G
Estrada ainda resta um pequeno pedaço
D7 G
A poeira do laço que ainda não saiu

G
Poeira da estrada, só resta a saudade
D7
Poeira na cidade é a poluição
Não se vê vaqueiros tocando boiada
G
Trocaram o cavalo pelo caminhão
E quando me bate saudade do campo
G7 C
Pego a viola e canto a minha solidão
G
Não me resta muito aqui na cidade
A7
E quando a tristeza pega de verdade
C D7 G
Eu mato a saudade nas festas de peão
D7
Estrada que era......

Ï Índice
160
• Estrada da Vida
• Milionário e Zé Rico
• Tom: C Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

C G C
Nesta longa estrada da vida,
G
vou correndo não posso parar.
F C
Na esperança de ser campeão,
G C C7
alcançando o primeiro lugar. (x2)
F
Mas o tempo secou minha estrada
G C
e o cansaço me dominou,
G
minhas vistas se escureceram
F G C
e o final da corrida chegou.
C G C
Este é o exemplo da vida,
G
pra quem não quer compreender:
F C
Nós devemos ser o que somos,
G C C7
ter aquilo que bem merecer.

2x

Ï Índice
161
• Levando a vida
• Milionário e Zé Rico
• Tom: D Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

Intro: A7 D F#m Em A7 D A7

D A7 D
Como pode um homem viver assim
F#m Em
Sendo escravo do amor e da paixão...
A7
Eu preciso apagar da minha mente
Em A7
Necessito esquecer urgentemente
G A7 D G A7
De pessoas que só feriram meu coração!

D A7 D
Eu pretendo construir um novo lar
D7 G
Ter mais filhos, com uma esposa de verdade...
D
Pois o mundo é uma bola e está girando
A7
Em suas voltas os mais fracos vão ficando
D
Feliz daquele que tem histórias pra contar!

Bm Em A7
Vou levando a vida
D
E a vida me levando
A7
Nunca tive preconceito
Bis
Fazer o bem sei que é
direito

D
E assim vou levando a
vida!

Ï Índice
162
• Saudade de minha terra
• Milionário e Zé Rico
• Tom: D Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

Intro: D A7 D A7 G F#m Em

D F#m Bm A7
De que me adianta, viver na cidade, se a felicidade não me acompanhar
G A7 D
Adeus paulistinha, do meu coração, lá pro meu sertão eu quero voltar
G A7
Ver na madrugada, quando a passarada, fazendo alvorada, começa a cantar
G F#m Em D
Com satisfação, arreio o burrão, cortando o estradão, saio a galopar
G A7 D
E vou escutando, o gado berrando, o sabiá cantando no jequitibá

Introdução

D F#m Bm A7
Por Nossa Senhora, meu sertão querido, vivo arrependido por ter te deixado
G A7 D
Esta nova vida, aqui na cidade, de tanta saudade eu tenho chorado
G A7
Aqui tem alguém, diz que me quer bem, mas não me convém, eu tenho pensado
G F#m Em D
Eu fico com pena, mas esta morena, não sabe o sistema em que fui criado
G A7 D
Tô aqui cantando, de longe escutando, alguém está chorando com o rádio ligado

Introdução

D F#m Bm A7
Que saudade imensa, do campo e do mato, do manso regato que corta as campinas
G A7 D
Aos domingos ia, passear de canoa, na linda lagoa de águas cristalinas
G A7
Que doce lembrança, daquelas festanças, onde tinha danças e lindas meninas
G F#m Em D
Eu vivo hoje em dia, sem ter alegria, o mundo judia mas também ensina
G A7 D
Estou contrariado, mas não derrotado, eu sou bem guiado pelas mãos divinas

Introdução

D F#m Bm A7
Pra minha mãezinha, já telegrafei, que já me cansei de tanto sofrer
G A7 D
Nesta madrugada estarei de partida, pra terra querida que me viu nascer
G A7
Já ouço sonhando, o galo cantando, o inhambu piando no escurecer
G F#m Em D
A lua prateada, clareando as estradas, a relva molhada desde o anoitecer
G A7 D A7 D
Eu preciso ir, pra ver tudo ali, foi lá que nasci, lá quero morrer

Ï Índice
163
• Porta do Mundo
• Peão Carreiro e Zé Paulo
• Tom: D Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

Intro: D G Gm D A7 D

D G A7
O som da viola bateu no meu peito doeu meu irmão
G D
Assim eu me fiz cantador sem nenhum professor, aprendi a lição.
D7 G
São coisas divinas do mundo que vem num segundo a sorte mudar
D E A7
Trazendo pra dentro da gente as coisas que a mente vai longe buscar
G D A7 D
Trazendo pra dentro da gente as coisas que a mente vai longe buscar
G A
Em versos se fala e canta o mal se espanta e a gente é feliz
G D
No mundo da rima e provas eu sempre dei provas das coisas que fiz
D7 G
Por muitos lugares passei, mas nunca pisei em falso no chão.
D E A7
Cantando interpreto a poesia levando alegria onde há solidão
G D A7 D
Cantando interpreto a poesia levando alegria onde há solidão.

Introdução

D G A7
O destino é o meu calendário o meu dicionário é a inspiração
G D
A porta do mundo é aberta minha alma desperta buscando a canção
D7 G
Com minha viola no peito meus versos são feitos pro mundo cantar
D E A7
É a luta de um velho talento menino por dentro sem nunca cansar
G D F A7 D
É a luta de um velho talento menino por dentro sem nunca cansar

Ï Índice
164
• Seguindo seus passos
• Peão Carreiro e Zé Paulo
• Tom: A Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

Intro: E7 D A E7 A

A
Se eu fosse um ser invisível
E7
Estaria sempre perto de você

Dirigido pelas mãos da mente


D A
Seguindo seus passos sem ninguém me ver

Seria seu anjo da guarda


A7 D
Para que ninguém a tomasse de mim
A
Ouviría-se a cada segundo
B7
A frase de amor mais linda do mundo
E A
Com a voz do vento lhe dizendo assim
E7 D A E7 D A
Te amo, te amo, te amo, te amo, te amo, te amo.

A
No quarto em que você dorme
E7
Eu iria ser o seu despertador

Lhe acordando todas as manhãs


D A
Banhando seu corpo na loção do amor

Cada passo que você mudasse


A7 D
Estaria mais junto de mim,
A
Bem pertinho do seu coração
B7
Na ternura da minha paixão
E7 A
Com a voz do vento lhe dizendo assim:
E7 D A E7 D A
Te amo, te amo, te amo, te amo, te amo, te amo.

Ï Índice
165
• A sementinha
• Chitãozinho e Xororó
• Tom: A7 Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

A7
Lá na casa da fazenda onde eu vivia
D
Numa manhã de garoa e de céu nublado
B7 Em
Achei no chão do terreiro uma sementinha
A7 D
Pensei logo em plantá-la no chão molhado.

A7
O tempo passou depressa e a mocidade
D
Chegou como chega a noite ao cair da tarde
B7 Em A7
Veio morar na fazenda uma cabocli- nha
D
Graciosa, bela e meiga e na flor da idade.

A7
Iniciou-se um romance entre eu e ela
D
Na sombra aconchegante de uma paineira
B7 Em
Dei a ela uma rosa com muita esperança
A7 D
Que eu colhi de um galhinho daquela roseira.

A7
Marcamos o casamento pro o fim do ano
D
Pra mim só existia ela e pra ela só eu
B7 Em A7
Pouco mais de uma semana pra o nosso idí- lio
D
A minha flor prometida doente morreu.

A7
Arranquei o pé de rosa na primavera
D
E plantei na sepultura de minha amada
B7 Em
Todas as tardes eu molhava com o meu pranto
A7 D
A roseira foi murchando e acabou em nada.

A7
A chuva se foi embora e o sol ardente
D
Matou a minha roseira e secou meu pranto
B7 Em A7
Só não matou a saudade da cabocli- nha
D
Pois eu vejo sua imagem em todo o canto.

A7
Por isso é que eu vivo longe de minha terra
D
Seguindo a longa estrada de minha vida
B7 Em
Procuro viver sorrindo mas no entanto
A7 D
Eu choro ao me recordar a amada querida.

A7
O destino como sempre é caprichoso
D
É cheio de traições e de sonhos loucos
B7 Em A7
Tal qual aquela roseira e a minha ama- da
D
Eu pressinto que também vou morrendo aos poucos.

Ï Índice
166
• 60 dias apaixonado
• Chitãozinho e Xororó
• Tom: C Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

C G F C
Viajando pra Mato Grosso, Aparecida do Taboado
G C
lá conheci uma morena, que me deixou amarrado
G C
deixei a linda pequena por Deus confesso, desconsolado
F G C
Mudei o jeito de ser, bebendo pra esquecer, 60 dias apaixonado

C G F C
Dois meses juntinho dela eternamente serão lembrados
G C
pedaço da minha vida, lembranças do meu passado
G C
jamais será esquecida a imagem dela de um anjo amado
F G C
Dois meses passaram logo. É no copo que eu afogo 60 dias apaixonado.

G F C
Se alguém fala em Mato Grosso eu sinto o peito despedaçado
G C
O pranto rola depressa no meu rosto já cansado
G C F
jamais eu esquecerei Aparecida do Taboado, deixei a minha querida
G C G...C...
Deixei minha própria vida 60 dias apaixonado.

Ï Índice
167
• Cabocla Tereza
• Chitãozinho e Xororó
• Tom: A Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

Intro: E/G# A A/C# E D C#m Bm A

E E/G# A A/C# E D C#m Bm A - Solo D E7


Lá no alto da montanha Vivi um ano feliz
Numa casa bem estranha D E7 A
Toda feita de sapé Sem nunca isso esperar
Parei uma noite o cavalo
Por causa de dois estalos Solo: G/B A/C# D G/D D G/D
Que ouvi lá dentro bater
Apeei com muito jeito D G D
Ouvi um gemido perfeito E muito tempo passou
Uma voz cheia de dor: A7
"Você, Tereza, descansa Pensando em ser tão feliz
jurei de fazer vingança G A7
por causa do meu amor." Mas a Tereza, doutor
Pela fresta da janela G A7 D
Por uma luizinha amarela Felicidade não quis
De um lampião quase apagando G D
Vi uma cabocla no chão Pus meu sonho neste olhar
E um cabra tinha na mão A7
Uma arma alumiando Paguei caro o meu amor
Virei meu cavalo a galope G A7
Risquei de espora e chicote Por causa de outro caboclo
Sangrei a anca do tal G A7 D
Desci a montanha abaixo Meu rancho ela abandonou
E galopando aquele macho
O seu doutor fui chamar Solo: D A E7 A D/A A D/A
Voltemos lá pra montanha
Naquela casinha estranha A D A
Eu e mais seu doutor Senti meu sangue ferver
Topei um cabra assustado E7
Que chamando nós prum lado Jurei a Tereza matar
A sua história contou D E7
O meu alazão arriei
completa com: A D/A A D/A D E7 A
E ela eu fui procurar
A D A D A
Há tempo eu fiz um ranchinho Agora já me vinguei
E7 E7
Pra minha cabocla morar É esse o fim deste amor
D E7 D E7
Pois era ali nosso ninho Essa cabocla eu matei
D E7 A D E7 A
Bem longe deste lugar É a minha história, doutor
D A
No alto lá da montanha
E7
Perto da luz do luar

Ï Índice
168
• Cheiro de relva
• Chitãozinho e Xororó
• Tom: Dm Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

Intro: Gm Dm E7 A7 Dm

A7
Como é bonito
Dm
Estender-se no verão
A7
As cortinas do sertão
Dm D7
Na varanda das manhãs
Gm Dm
Deixar entrar pedaços de madrugadas
E7
E sobre a colcha azulada
A7 D
Dormi calma a lua irmã

cheiro de relva
F#m Bm
traz do campo a brisa mansa
G
Que nos faz sentir criança
E7 A7
A embalar milhões de ninhos
Em A7
A relva esconde, flores lindas orvalhadas

Quase sempre abandonadas


G D
nas encostas do caminhos
F#m Bm
A juriti madrugadeira da floresta
G
Com o seu canto abre a festa
D G
Revoando toda selva
A7 D
O rio manso, caudaloso, se agita
Bis
B7 Em
Parecendo achar bonita
A7 D
A terra cheia de relva Introdução
A7
Um sol vermelho
Dm
se esquenta e aparece
A7
O vergel todo agradece
Dm D7
pelos ninhos que abrigou
Gm
Cordões de ouro
Dm
Se desprende dos seus galhos
E7
São as gotas de orvalhos
A7 D
De uma noite que passou

Ï Índice
169
• Fio de cabelo
• Chitãozinho e Xororó
• Tom: E Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

Intro: E B E E7 A B E

E
Quando a gente ama
B E
Qualquer coisa serve para relembrar
E7
Um vestido velho da mulher amada
A
Tem muito valor
B E
Aquele restinho do perfume dela que ficou no frasco
C#m
Sobre a penteadeira
A
Lembrando que o quarto
B E
Já foi o cenário de um grande amor

B E
E hoje o que encontrei me deixou mais triste
B
Um pedacinho dela que existe
A E E7
Um fio de cabelo no meu paletó
B
Lembrei de tudo entre nós
E
Do amor vivido
B
Aquele fio de cabelo comprido
A B E
Já esteve grudado em nosso suor

E
Quando a gente ama
B E
E não vive junto da mulher amada

Qualquer coisa à toa


E7 A
É um bom motivo pra gente chorar
B
Apagam-se as luzes ao chegar a hora
E
De ir para a cama
C#m B
A gente começa a esperar por quem ama
B E
Na impressão de que ela venha se deitar

Ï Índice
170
• Fogão de lenha
• Chitãozinho e Xororó
• Tom: G Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

Intro: D Bm G Em A7

D F#7 Bm D7
Espere minha mãe estou voltando
G B7 Em
Que falta faz pra mim um beijo seu
G F#7 Bm
O orvalho da manhã cobrindo as flores
Em A7
Um raio de luar que era tão meu
D F#7 Bm
O sonho de grandeza, ó mãe querida
G B7 Em
Um dia separou você e eu
G F#7 Bm
Queria tanto ser alguém na vida
Em A7
Apenas sou mais um que se perdeu
D D7 G
Pegue a viola, e a sanfona que eu tocava
Em A7 D A7
Deixe um bule da café em cima do fogão
D D7 G
Fogão de lenha, e uma rede na varanda
Em A7 D
Arrume tudo mãe querida, que seu filho vai voltar

Solo: D Bm G Em A7

D F#7 Bm D7
Mãe eu lembro tanto a nossa casa
G B7 Em
As coisas que falou quando eu saí
G F#7 Bm
Lembro do meu pai que ficou triste
Em A7
E nunca mais cantou depois que eu parti
D F#7 Bm D7
Hoje eu já sei, ó mãe querida
G B7 Em
Nas lições da vida eu aprendi
G F#7 Bm
O que eu vim procurar aqui distante
Em A7
Eu sempre tive tudo e tudo está aí

Ï Índice
171
• Galopeira
• Chitãozinho e Xororó
• Tom: E Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

Intro: B7 E B7 E

E
Foi num baile em assunción capital do Paraguai onde eu vi as
B7 A
paraguaias sorridentes a bailar e ao som de suas guitarras
B7 E B7 E
quatro guapos a cantar Galopeira, galopeira eu também entrei a dançar

E
Foi num baile em assunción capital do Paraguai onde eu vi as
B7 A
paraguaias sorridentes a bailar e ao som de suas guitarras
B7 E B7
quatro guapos a cantar Galopeira, galopeira eu também entrei
E B7 C#m B7
a dançar Galope....ira nunca mais te esquecerei galope....ira
A E B7
pra matar minha saudade pra minha felicidade paraguaia, eu
E B7 E
voltarei pra minha felicidade paraguaia, eu voltarei

Introdução

B7 C#m B7
Galopei.....ra nunca mais te esquecere......ei galopei.....ra
A E B7
pra matar minha saudade pra minha felicidade paraguaia, eu
E B7 E
voltarei pra minha felicidade paraguaia, eu voltarei

Ï Índice
172
• Luar do sertão
• Chitãozinho e Xororó
• Tom: C Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

G Em Am
Oh que saudade do luar da minha terra
D7 G D7
Lá na serra branquejando, folhas secas pelo chão
G Em Am
Este luar cá da cidade tão escuro
D7 G D7
Não tem aquela saudade, do luar lá do sertão!
G Em Am D7 G D7
Não há, ó gente, oh! Não, luar como esse do sertão
G Em Am D7 G D7
Não há, ó gente, oh! Não, luar como esse do sertão
G Em Am
Se a lua nasce por detrás da verde mata
D7 G D7
Mais parece um sol de prata, prateando a solidão
G Em Am
E a gente pega na viola e ponteia
D7 G D7
E a canção e a lua cheia, a nascer no coração

G Em Am
Quando vermelha no sertão desponta a lua
D7 G D7
Dentro da alma flutua, também rubra nasce a dor
Refrão G Em Am
2x E a lua sobe e o sangue muda em claridade
D7
E a nossa dor muda em saudade
G D7
Branca assim da mesma cor

Ï Índice
173
• Majestade, o Sabiá
• Chitãozinho e Xororó
• Tom: G Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

Intro: G D7 G D7 G D7

G
Meus pensamentos tomam forma e eu viajo
Am
Eu vou pra onde Deus quiser
D7
Um vídeo tape que dentro de mim
Am D7
Retrata todo meu inconsciente
G
De maneira natural
C
Ah! Tô indo agora pra um lugar todinho meu
G
Quero uma rede preguiçosa pra deitar
Em minha volta sinfonia de pardais
D7 D
Cantando para a Majestade, o Sabiá
G
A Majestade, o Sabiá
G
Tô indo agora tomar banho de cascatas
Am
Quero adentrar nas matas onde Oxossi é o Deus
D7 Am
Aqui eu vejo plantas lindas e cheirosas
D7
Todas me dando passagem
G
Perfumando o corpo meu
C
Ah! Tô indo agora pra um lugar todinho meu
G
Quero uma rede preguiçosa pra deitar
Em minha volta sinfonia de pardais
D7 D
Cantando para a Majestade, o Sabiá
G
A Majestade, o Sabiá
G
Esta viagem dentro de mim foi tão linda
Am
Vou voltar à realidade pra este mundo de Deus
D7 Am
É que o meu eu este tão desconhecido
D7 G
jamais será traído pois este mundo sou eu
C
Ah! Tô indo agora pra um lugar todinho meu
G
Quero uma rede preguiçosa pra deitar
Em minha volta sinfonia de pardais
D7 D
Cantando para a Majestade, o Sabiá
G
A Majestade, o Sabiá

Ï Índice
174
• Obras de poeta
• Chitãozinho e Xororó
• Tom: D Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

C G7 C
Os passarinho enfeitam, os jardins e as florestas
G7 F G7 C C7
São iguais as melodias, vivem n`alma dos poetas
F A7 Dm A7 Dm
Qualquer tipo de canção, sertaneja ou popular
G7 F G7 C G7 C
Serve de inspiração, como tema pra rimar
G7 C
O construtor da floresta, faz seu prédio na paineira
G7 F G7 C C7
E o maestro sabiá, faz seu show na laranjeira
F A7 Dm A7 Dm
Na copada de um pinheiro, canta alegre o Bem-te-vi
G7 F G7 C G7
C
À tarde na cachoeira, canta triste a Juriti
G7 C
Quando ouço o disparo, de espingarda tenho dó
G7 F G7 C C7
Por saber que na palhada, está morrendo o xororó
F A7 Dm A7 Dm
Quando o Gavião malvado, vem chegando de mansinho
G7 F G7 C G7
C
Atacando sem piedade, deixa viúvo o canarinho
G7 C
No pomar a vida passa, as mais variadas flores
G7 F G7 C C7
Num constante vaivém, dos pequenos beija-flores
F A7 Dm A7 Dm
No moinho o Tico-tico, enche o papo de fubá
G7 F G7 G7 C
E a pombinha mensageira, foi pra nunca mais voltar

Ï Índice
175
• Brasil Caboclo
• Tonico e Tinoco
• Tom: A Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

Intro: A E A E A

Declamado:

No amanhecer na minha roça, vem surgindo um clarão,


Caboclo deixa a "paióça" pra fazer a plantação
O carro de boi gemendo no "arto" do chapadão,
"Os passarinho" cantando começando um "baruião",
Este é o Brasil caboclo, este é meu sertão!

E A E
Casinha de "páia" lá no ribeirão,
A
Uma linda cabocla e um cavalo "bão".
A7 D
Som de uma viola alegra a solidão.
A E A
Este é o Brasil caboclo, este é o meu sertão!

Introdução

E A E
Choro da cascata, cai lá no grotão,
A
A lua de prata, ouvindo a canção.
A7 D
"Vóis" da serenata, gemer do violão...
A E A
Este é o Brasil caboclo, este é o meu sertão!

Introdução

E A E
Sino da capela dobra em oração,
A
Cigarra cantando, tarde de verão.
A7 D
Cabocla sambando, noite de São João.
A E A
Esse é o Brasil caboclo, este é o meu sertão!

Introdução

Ï Índice
176
• Canoeiro
• Tonico e Tinoco
• Tom: B Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

Intro: B7 E

B7
Domingo de tardezinha, eu estava mesmo a toa

Convidei meu companheiro pra ir pescar na lagoa

Levemo a rede de lance,


E B7 E B7 E
Ai, ai, vamos pescar de canoa

B7
Eu levei meus apreparo pra dá uma pescada boa

Saímo cortando água na minha velha canoa

A garça avistei de longe,


E B7 E B7 E
Ai, ai, chega perto ela voa

B7
Fui descendo rio abaixo remando minha canoa

Eu entrei numa vazante fui saí noutra lagoa

É o remanso do Rio Pardo


E B7 E B7 E
Ai, ai, aonde o pintado amoa

B7
Pra pegá peixe dos bão, dá trabalho a gente soa

Eu jogo o timbó na água, com isso o peixe atordoa

Jogo a rede e dou um grito,


E B7 E B7 E
Ai, ai, o dourado amontoa

B7
O rio tava enchendo muito, tava cobrindo a taboa

Acumpanhei a maré, encostei minha canoa

Cada remada que eu dava,


E B7 E B7 E
Ai, ai dava um balanço na proa

Ï Índice
177
• Piracicaba
• Tonico e Tinoco
• Tom: F Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

Intro: F Bb C7 F

C7 F
Piracicaba que eu adoro tanto
C7 F
Cheia de flores, cheia de encantos.
Refrão
C7 F D7
Ninguém compreende a grande dor que sente,
Gm C7 F
Um filho ausente a suspirar por ti.

F Bb
Numa saudade que surge e mata
C7 F
Que sorte ingrata longe de ti
Bb
Entre suspiro triste e sem termo
C7 F
Fico no ermo "des" que parti.

Refrão

F Bb
Só vejo estranho meu berço amado
C7 F
Ter a meu lado o que perdi
Bb
Poucos se importam com teus encantos
C7 F
Que eu amo tanto "des" que nasci

Refrão 2x

F Bb
Em outras plagas que vale a sorte
C7 F
Prefiro a morte junto de ti
Bb
Adoro os prados, novo horizonte,
C7 F
A terra e o monte onde nasci.

Intro

Ï Índice
178
• Velho Pai
• Tonico e Tinoco
• Tom: G Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

Intro: C G D7 G G7 C G D7 G

G D7 G
O meu pai já tá velhinho não pode mais trabalhar
D7 G
Brincando com seus netinhos passa o tempo a recordar
D7 G
Quando pega na viola pra tristeza disfarçar
D7 G Introdução
Canta modas do passado e depois pega a chorar.

D7 G
Ele conta sua vida de quando era solteiro
D7 G
Das proezas que fazia no tempo de boiadeiro
D7 G
Sempre foi bem respeitado por esse Brasil inteiro
D7 G Introdução
E cumpriu sempre com a lei, o dever de um brasileiro!

D7 G
Quando encontrar um velhinho, respeite a sua idade
D7 G
É uma sombra do passado é o espelho da saudade
D7 G
Respeite como seu pai com carinho a amizade
D7 G Introdução
Ela só dá bom conselho para o bem da mocidade!

D7 G
Todo velho já foi moço, todo o moço foi criança
D7 G
A velhice é o fim da vida onde morre a esperança
D7 G
Mas quem sempre faz o bem a glória no céu alcança
D7 G Introdução
Seu nome fica na história e o passado por lembrança

Ï Índice
179
• Viola cabocla
• Tonico e Tinoco
• Tom: E Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

Intro: B7 E B7 E B7 E B7 E

E
Viola cabocla não era lembrada
B7
Veio pra cidade sem ser convidada

Junto com os vaqueiros trazendo a boiada


E
No cheiro do mato, no pó da estrada
F# B7 E
Fez grande sucesso com a disparada........

E
Viola cabocla feita de pinheiro
B7
Que leva alegria ao sertão inteiro

Trazendo a saudade dos que já morreram


E
Nas noites de lua, no chão do terreiro
F# B7 E
Consolando a mágoa do triste violeiro!

E
Viola cabocla é bem brasileira
B7
Sua melodia atravessou fronteira

Levando a beleza pra terra estrangeira


E
No nosso sertão é a mensageira
F# B7 E
É o verde amarelo da nossa bandeira.....

E
Viola cabocla seu timbre não falha
B7
Criada no mato como a samambaia,

Veio pra cidade com chapéu de palha


E
E trouxe sucesso vencendo a batalha
F# B7 E
Voltou pro sertão trazendo a medalha!

Ï Índice
180
• A noite do nosso amor
• César e Paulinho
• Tom: E Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

A Bm
A noite esta fria, não deixe seu corpo sem cobrir
E A E
Encoste em mim, porque nos teus braços quero dormir
A Bm
Me abrace me beije, deixe o futuro pra pensar depois
E A
Não diga nada, deixe o silêncio falar por nós dois
E
Por mim este amor amanhã pode até acabar
D E A
Sabendo que nesta noite vamos amar
E
Depois desta noite ao seu lado que importa sofrer
D E A
Porque levo a certeza que um dia amei você

Ï Índice
181
• O feijão e a flor
• César e Paulinho
• Tom: C Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

C G7 C
No quintal da minha casa eu plantei, um pé de flor e um pezinho de feijão
G7 C
Com carinho e cuidado eu reguei, aquela planta era minha ilusão

G7 C G7 F C
A flor era você e o feijão era eu, abraçados um ao outro comigo você cresceu
G7 C G7 F C
Que harmonia, que beleza multicor, você me alimentava e eu lhe dava o meu amor
G7 C G7 F C
Que dia triste, me fez chorar, fui aguar minha plantinha minha flor não estava lá
G7 C G7 F C
Na sua casa chorando corri pra ver, tudo estava tão vazio nem um sinal de você
G7 C G7 F C
Flor do amor, volte correndo, sem abraços e carinhos seu feijão está morrendo
G7 C G7 F C
Flor do amor, volte correndo, sem abraços e carinhos seu feijão está morrendo
G7 C G7 F C
A flor era você e o feijão era eu, abraçados um ao outro comigo você cresceu
G7 C G7 F C
Que harmonia, que beleza multicor, você me alimentava e eu lhe dava o meu amor
G7 C G7 F C
Que dia triste, me fez chorar, fui aguar minha plantinha minha flor não estava lá
G7 C G7 F C
Na sua casa chorando corri pra ver, tudo estava tão vazio nem um sinal de você
G7 C G7 F C
Flor do amor, volte correndo, sem abraços e carinhos seu feijão está morrendo
G7 C G7 F C
Flor do amor, volte correndo, sem abraços e carinhos seu feijão está morrendo

Ï Índice
182
• Pé de bode
• César e Paulinho
• Tom: E Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

Intro: E B7 E B7 E

A B7
Para provar que não se brinca
E
Com quem pode
Eu comprei um pé de bode e sai
B7
Firme na pista
Dei um rolê testei ele na cidade
A
E na sexta-feira à tarde
B7 E
Fui pra baixada Santista
A B7 E
Com o pé de bode lotadinho de mulher
E7 A
No maior do aranzel serra abaixo eu dirigia
B7 E
Faltou freio numa curva da estrada
B7 E
E então a mulherada começou a baixaria

E B7
Puta que pariu, pisa no freio Zé
E
Refrão
Veja em nossa frente o tamanho do buraco
B7
Puta que pariu, pisa no freio Zé

E
Se o pé de bode cair, nós vamo pro saco

Introdução

A B7 E
Domingo à tarde todos de bunda queimada
B7
E a cabeça pesada de cachaça até a tampa
Então peguei, meu pé de bode possante
A B7 E
Fui ao posto enchi o tanque revisei ele na rampa
A B7 E
Quando eu voltava subindo a serra lotada
E7 A
Dirigindo apertado igual um pinto no ovo
B7 E
A mulherada me abraçava e me espremia
B7 E
E o pé de bode já ia para o buraco de novo

Refrão

Ï Índice
183
Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

Seqüências musicais dos acordes

Seqüência de Dó Maior Seqüência de Dó Menor Seqüência de Dó Sustenido Menor

Seqüência de Ré Maior Seqüência de Ré Menor Seqüência de Ré Sustenido Maior

Seqüência de Ré Sustenido Menor

Seqüência de Mi Maior Seqüência de Mi Menor

Seqüência de Fá Maior Seqüência de Fá Menor Seqüência de Fá Sustenido Maior

Ï Índice
184
Montagem e editoração: Eduardo Villa Real

Seqüências musicais dos acordes

Seqüência de Fá Sustenido Menor

Seqüência de Sol Maior Seqüência de Sol Menor Seqüência de Sol Sustenido Menor

Seqüência de Lá Maior Seqüência de Lá Menor Seqüência de Lá Sustenido Maior

Seqüência de Lá Sustenido Menor

Seqüência de Si Maior

Ï Índice
185

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