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Durante muito tempo, no Brasil e no mundo, o mercado de capitais foi

considerado território masculino. Seja para o exercício profissional. As próprias


escolas de economia e negócios também formavam poucos estudantes do
sexo feminino, sendo que entre as formandas poucas eram as que se
interessavam e eram admitidas em corretoras e bancos de investimento.

Essa realidade começou a mudar no Brasil a partir do início dos anos 80 do


século XX. A 1 a. geração de mulheres pós-68, além de vencer as tradicionais
barreiras de gênero, também passou a disputar lugar de destaque no mundo
corporativo e na política. E assim, o mercado de capitais começou a empregar
mulheres analistas de investimento, recrutadas das melhores universidades do
país e na sequência surgiram as administradoras de recursos, operadoras de
mesa e gerentes de underwriting. Principalmente mediante concurso, as
mulheres também foram ocupando vagas nos órgãos reguladores.

Foram muitas as dificuldades, desde as mais comuns, como as analistas serem


consideradas como secretárias, por ocasião de contatos com as companhias
abertas, até imposições sobre postergação de maternidade e falta de respeito
profissional. Muitas mulheres não tiveram estrutura para aguentar e desistiram
de atuar na área. Os próprios requerimentos da atividade, tais como viagens
constantes, jornadas de trabalho irregulares e alto nível de stress também
foram elementos de pressão para a saída, inclusive por parte de familiares.

Mas, o sucesso de uma minoria, a relativa boa remuneração e a própria


transformação da cultura da sociedade foram estimulando as gerações
seguintes de mulheres. De início elas passaram o ocupar cerca da metade das
vagas das faculdades de economia e finanças já nos anos 90 e se formaram
considerando conscientemente a possibilidade de fazer carreira no mercado
financeiro e de capitais. Aumentou o número de profissionais do gênero
feminino no mercado de capitais e algumas mulheres foram atingindo o topo da
carreira, ainda que com mais esforço. E o mercado observou que a maior
presença feminina contribuiu com uma visão mais holística, com maior
sensibilidade para questões de sustentabilidade e habilidade para o trabalho
em grupo.

Encerramos a primeira década no século XXI com grandes avanços. A geração


dos anos 80 está no topo das organizações, incluindo muitas mulheres. No
mercado de capitais, temos mulheres diretoras, conselheiras e presidentes, em
corretoras, bancos, associações de classe, companhias abertas e órgãos
reguladores. Mas, ainda em visível minoria: na média as estatísticas de
presença feminina no mercado de capitais não passam de 25%, incluindo as
investidoras. No nosso segmento, apenas 20% dos profissionais de
investimento certificados são mulheres. Ou seja, persiste o desafio de
conquistar espaço no mercado de capitais. Uma das estratégias é aperfeiçoar a
qualificação profissional, através da educação formal, treinamento
especializado e certificação. (SOUZA Lucy. A presença da mulher no Mercado
de Capitais. Em:<http://apimec.com.br/Apimec/show.
aspx?id_canal=186&id_materia=21706> Acesso em 16 de setembro 2017)

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