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pedrolemostavares@terra.com.br
pedrolemos@peb.ufrj.br
10/12/2002
Resumo - Neste trabalho são abordados os principais conceitos presentes nas Redes de
Sensores Sem-fio. Como o tópico ainda não possui muitas implementações e sim grupos
de estudo, como o IEEE P1451.5 [4], é dada preferência a explicitação do problema e
possíveis soluções no âmbito conceitual. Detalhes práticos muitas vezes são omitidos
justamente pela falta de um padrão atualmente definido.
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Índice
I. Introdução.............................................................................................................5
II. Aplicações............................................................................................................6
i. Aplicações Médicas..................................................................................................6
ii. Aplicações Ambientais............................................................................................6
iii. Aplicações Domésticas...........................................................................................7
iv. Aplicações Militares...............................................................................................7
v. Outras Aplicações Comerciais................................................................................8
III. Fatores determinantes em Redes de Sensores Sem-fio..........9
i. Tolerância à Falha....................................................................................................9
ii. Escalabilidade.......................................................................................................10
iii. Custo de Produção...............................................................................................10
iv. Restrições de Hardware.......................................................................................10
v. Topologia de Redes de Sensores Sem-fio.............................................................12
vi. Ambiente de Operação........................................................................................13
vii. Meio de Transmissão..........................................................................................13
viii. Consumo de Energia.........................................................................................14
IV. Arquitetura de Redes de Sensores Sem-fio..................................15
i. Camada de Aplicação............................................................................................17
ii. Camada de Transporte.........................................................................................19
iii. Camada de Rede..................................................................................................19
iv. Camada de Enlace................................................................................................22
v. Camada Física.......................................................................................................23
V. Conclusão............................................................................................................25
VI. Referências........................................................................................................26
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I. Introdução
As redes de sensores sem-fio vem sendo objeto de estudo já faz algum tempo,
principalmente devido as inovações tecnológicas introduzidas pelo avanço nos sistemas
micro-eletro-mecânicos, as comunicações sem-fio e a eletrônica digital. O princípio de
uma rede de sensores sem-fio é o uso de uma quantidade grande de nós-sensores
sujeitos a falha com interligação sem-fio entre eles. Tais nós-sensores devem ser de
baixo custo, baixo consumo e pequenos no tamanho. Estas restrições implicam em uma
série de requisitos para os protocolos de comunicação nunca antes encontrados em tal
escala. Muito já foi pesquisado mas ainda há uma quantidade muito maior de pesquisas
a serem realizadas para que este tipo de rede realmente passe a ser utilizado.
Mas qual realmente é o problema de uma rede de sensores sem-fio? Para responder
a esta pergunta começaremos explicitando o problema do sensoriamento
tradicionalmente empregado:
Sensores podem ser posicionados longe do evento a ser monitorado. Neste tipo de
aplicação os sensores podem ser grandes e complexos. Esta solução é muito
utilizada em sistemas de sensoriamento ambiental.
Muitos sensores são colocados estrategicamente próximos ao evento a ser
monitorado e enviam apenas os valores para uma central de processamento. A
topologia de comunicação é estudada com cuidado e métodos próprios para cada
aplicação são desenvolvidos.
Já numa rede de sensores sem-fio temos uma rede composta por um grande número
de nós-sensores. Tais nós são colocados ou dentro do fenômeno ou próximos a ele. As
posições de cada nó não precisam ser pré-determinadas ou pré-calculadas. Assim a
posição do sensor é algo aleatório e deve ser tratada pelos protocolos de comunicação e
gerenciamento da rede em questão. Logo isto quer dizer que os protocolos de
comunicação e gerenciamento da rede devem ter capacidades de auto-organização.
Outra característica fundamental de uma rede de sensores sem-fio vem do fato das
fontes de energia serem limitadas. Em um esforço conjunto os nós-sensores podem
cooperar entre si de modo a transportar os dados de uma forma eficiente quanto ao gasto
de energia. Assim um nó transmite até um outro nó próximo os valores do
sensoriamento, esperando que este nó se encarregue de passar os dados para o próximo
nó. Tudo isto para economizar a energia do transmissor que assim não precisará utilizar
um sinal com potência muito elevada, devido a proximidade com o nó vizinho.
Todas estas características permitem o uso de redes de sensores sem-fio em
aplicações que vão desde o campo militar ao médico e de segurança. Mas tudo isto
depende da solução de alguns problemas. Como exemplo podemos lembrar que esta é
uma rede sem-fio descentralizada (ad-hoc) e precisamos de algoritmos de roteamento
especiais. Para o caso das redes de sensores estes algoritmos possuem requisitos
diferentes do que os das redes sem-fio descentralizadas, comumente encontradas em
redes de computadores sem-fio. Isto acontece principalmente pelo fato explicitado no
parágrafo anterior, de que os recursos energéticos são limitados, pois isto implica em
um roteamento com base em informações quanto a energia disponível no sistema e os
gastos inerentes a transmissão e recepção do sinal.
No resto do trabalho serão aprofundados todos estes conceitos e alguns problemas
serão explicados com detalhes. Algumas soluções já implementadas serão indicadas
com comentários quanto as suas capacidades e possíveis problemas.
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II. Aplicações
Temperatura
Pressão
Umidade
Luminosidade
Níveis de ruído
Presença ou ausência de certos tipos de objetos
Medidas de posição, velocidade e aceleração de um objeto
Concentração de substâncias
Tais sensores podem ser usados para sensoriamento contínuo ou apenas detecção de
um evento, além da possibilidade de acionarem atuadores locais. Justamente este grande
número de possibilidades de sensoriamento é que faz com que muitos acreditem no
surgimento de novas áreas de estudo e aplicações para as redes de sensores sem-fio.
Alguns dos tipos de aplicação que vem surgindo na literatura sobre o assunto
seguem abaixo. É importante lembrar que a divisão feita aqui, e sugerida também por
[1], pode ser modificada facilmente, adicionando-se novas classificações como
exploração espacial, processos químicos e monitoramento e assistência em desastres.
i. Aplicações Médicas
Algumas das aplicações médicas possíveis para redes de sensores sem fio, como
dados em [1], estão na criação de interfaces para deficientes físicos, monitoramento
integrado de pacientes, diagnóstico e administração de drogas para pacientes,
monitoramento de dados fisiológicos e monitoramento de médicos e pacientes em um
hospital.
Detecção de enchentes
Agricultura de precisão
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Podemos monitorar a concentração de pesticidas na água, o grau de erosão do
solo e o nível de poluição do ar, tudo em tempo real.
Automação doméstica
Ambientes inteligentes
Segundo [1] as Redes de Sensores Sem-fio podem ser uma parte integral de sistemas
militares de comando, controle, comunicações, computação, inteligência, vigilância,
reconhecimento e mira (C4ISRT em inglês). As características presentes em uma rede
de sensores sem-fio se mostram ideais para tais aplicações onde o problema principal é
a urgência. A rápida instalação, a auto-organização e a tolerância à falha são
exatamente o que os militares vem procurando nas redes de sensores sem-fio.
Exemplos de aplicações militares dados por [1] seguem:
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Terrenos estrategicamente críticos e rotas importantes poderiam ser rapidamente
cobertas por redes de sensores sem-fio. Em caso de movimentação de tropas
inimigas sistemas de alarme seriam acionados e possíveis contramedidas
tomadas até mesmo automaticamente.
Sistemas de mira
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III. Fatores determinantes em Redes de Sensores Sem-fio
O projeto de uma rede de sensores sem-fio envolve uma série de fatores a serem
considerados. Dos mais importantes temos a lista abaixo:
Tolerância à falha
Escalabilidade
Custo de produção
Ambiente de operação
Restrições de hardware
Topologia de rede
Meio de transmissão
Consumo de energia
i. Tolerância à Falha
Em uma rede de sensores sem-fio falhas são possíveis e aceitáveis e a rede deve
saber lidar com elas de maneira automática e natural. Sensores podem falhar por
diversos motivos como falta de energia, falta de visibilidade para outro nó da rede ou
até mesmo algum dano físico. Como eles são dispostos em grandes quantidades no
campo a ser sensoriado a falha de alguns poucos não deve atrapalhar o funcionamento
do resto da rede. Isto é o significado de tolerância à falha. Uma maneira de se modelar
matematicamente a possibilidade de um nó não haver falhado durante um intervalo de
tempo é:
R k (t ) e k t
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ii. Escalabilidade
NR 2
( R)
A
Como uma rede de sensores sem-fio é feita a partir de um grande número de nós
sensores, temos então o preço unitário como um fator fundamental para viabilizar a
produção de uma rede de sensores sem-fio. Obviamente se o custo de uma rede de
sensores sem-fio é maior do que a utilização de sensores tradicionais não há motivos
financeiros para a utilização da rede. Logo o preço unitário deve se manter baixo.
Atualmente o preço de um transmissor Blue-tooth está abaixo dos $10. Mas o custo de
um nó-sensor deveria estar abaixo de $1 para uma rede de sensores sem-fio ser
realizável. Logo ainda há um longo caminho a percorrer para haver queda no preço de
um nó-sensor.
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Figura 1 – Os componentes de um nó-sensor.
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dados a serem passados e a reutilização das frequências ser alta, isto graças as pequenas
distâncias de comunicação. Estas características tornam possível a utilização de
circuitos RF de baixo consumo já utilizados, por exemplo, no Bluetooth. O principal
problema é que tais transmissores ainda gastam muita energia no início de uma
transmissão/recepção, algo que numa rede de sensores não é muito interessante.
Já o processamento, embora hoje em dia esteja disponível cada vez mais poder
computacional, também é um problema devido as fontes de energia serem escassas.
Logo processadores com características específicas de economia de energia sempre
serão bem vindos.
Muitas das atividades de sensoriamento precisam de informação quanto a posição
do sensor. Já que os sensores são geralmente dispostos aleatoriamente e funcionam sem
intervenção humana a princípio, eles precisam então cooperar entre si e com o sistema
de localização. Tais sistemas de localização também são necessários para muitos dos
sistemas de roteamento propostos e explicados na seção IV.
Com um número tão alto de nós-sensores que devem funcionar sem intervenção e
sujeitos a falhas freqüentes, a manutenção da topologia da rede é algo fundamental para
o seu funcionamento.
Antes de postos em funcionamento os sensores podem ser:
Jogados de um avião
Colocados no campo de sensoriamento por uma bala de artilharia, míssil ou
foguete
Jogados por uma catapulta
Instalados na fábrica em certos aparelhos
Colocados, um a um, seja por uma pessoa ou um robô
Após a disposição dos nós no ambiente a mudança na topologia da rede deve ser
prevista, principalmente devido aos fatores de:
Posição
Alcance (devido a ruído, obstáculos móveis, etc.)
Energia disponível
Mal funcionamento
Detalhes da tarefa a ser desempenhada pela rede
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estática das situações. Logo a topologia da rede deve mudar freqüentemente após a
disposição inicial.
Além de tudo isso deve ser previsto também a possibilidade de adição de nós-
sensores a rede após a disposição inicial, em qualquer momento, para reposição de nós-
sensores com problemas, seja por destruição ou por falta de energia. A adição destes
novos nós tende a fazer a topologia da rede modificar-se radicalmente.
Para lidar com todos estes problemas protocolos de roteamento especiais são
necessários. Estes são apresentados na seção IV.
A partir desta lista podemos imaginar o que uma rede de sensores tem por esperar.
Ela irá operar nos ambientes mais inóspitos sujeitas a ruído, calor ou frio extremo.
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problema principal é a necessidade de uma linha de visão entre os dois nós que irão se
comunicar. Este fato, puro e simples, é que leva a não utilização do infravermelho em
redes de sensores sem-fio.
E, finalmente, a terceira opção, é a utilização de uma comunicação óptica. Esta é
sugerida no smart dust mote [1]. Dois sistemas de transmissão são sugeridos, um por
um sistema de espelhos (três) passivo e outro pela utilização de um laser com um
sistema de mira. Este tipo de rede ainda está em estudo e pode no futuro vir a ser algo
muito interessante.
Percebe-se que os requerimentos pouco comuns de uma rede de sensores sem-fio
tornam a escolha de um esquema de transmissão algo muito desafiador, pois muitos
fatores, que antes nunca foram levados em conta, agora entram diretamente nos
parâmetros de desempenho da rede.
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IV. Arquitetura de Redes de Sensores Sem-fio
Os nós-sensores são normalmente espalhados em um campo de sensoriamento como
mostra a figura 2. Cada sensor tem a capacidade de coletar dados e roteá-los devolta
para o sink e o usuário final. Os dados são roteados devolta ao usuário final por uma
arquitetura multihop (com múltiplos saltos) sem infra-estrutura através do sink como
mostrados na figura 2. O sink pode se comunicar com o nó gerenciador de tarefas pela
internet ou por satélite.
A pilha de protocolos usada pelo sink e todos os nós sensores é mostrada na figura 3.
Esta pilha de protocolos combina um conhecimento da energia e do roteamento, integra
os dados com os protocolos de rede, realiza a comunicação de forma eficiente quanto a
energia por um meio sem-fio e promove os esforços de cooperação entre os nós-
sensores. A pilha de protocolos consiste de uma camada de aplicação, uma camada de
transporte, uma camada de rede, uma camada de enlace, uma camada física e planos
de gerenciamento de energia, gerenciamento de mobilidade e gerencimento de tarefas.
Dependendo das tarefas de sensoriamento diferentes tipos de softwares de aplicação
podem ser feitos e utilizados na camada de aplicação. A camada de transporte ajuda a
manter o fluxo de dados caso a rede de sensores necessite. A camada de rede é
encarregada do roteamento dos dados fornecidos pela camada de transporte. Como o
ambiente é ruidoso e os nós-sensores podem ser móveis, o protocolo MAC (Medium
Access Control) deve estar ciente da energia disponível e ser capaz de minimizar o
número de colisões com as transmissões vizinhas. A camada física lida com as
necessidades de um simples mas robusto sistema de modulação e com as técnicas de
transmissão e recepção. Além disso, os planos de energia, mobilidade e tarefas
monitoram a energia, movimentação e distribuição de tarefas entre os nós-sensores.
Esses planos ajudam os nós-sensores a coordenar as tarefas de sensoriamento e reduzir
o consumo total de energia.
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Figura 3 – A pilha de protocolos de uma rede de sensores sem-fio.
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são roteados de volta para o usuário seguem a figura 2. O nó-sensor, um nó WINS,
capta algum dado ambiental e o dado é roteado, salto a salto, através dos nós WINS até
chegar no sink, um gateway WINS. Os nós-sensores WINS são A, B, C, D e E de
acordo com a arquitetura na figura 2. O gateway WINS se comunica com o usuário
através de uma rede de serviços convencional como a Internet. A pilha de protocolos da
rede WINS consiste de uma camada de aplicação, uma camada de rede, uma camada
MAC e uma camada física. Também é explicitamente dito por [9] que um protocolo de
comunicações que resolva os problemas de energia deve ser desenvolvido.
No smart dust [10] os nós-sensores podem estar grudados em objetos ou até mesmo
flutuando no ar devido ao seu pequeno tamanho e pouco peso. Eles utilizam tecnologia
MEMS para comunicação óptica e sensoriamento. Estes dispositivos podem conter uma
célula de energia solar para coletar energia durante o dia, e eles necessitam de uma linha
de visão para se comunicar opticamente com a estação base ou com outros nós.
Comparando a arquitetura de comunicação deste com a da figura 2, o nó-sensor se
comunica tipicamente direto com a estação base, ou sink. Uma comunicação ponto-a-
ponto é também possível, mas há possíveis problemas de colisão no acesso ao meio
devido a nós escondidos. As camadas de protocolo que o smart dust incorpora são a
camada de aplicação, a camada MAC e a camada física.
Outra possibilidade de se projetar protocolos e algoritmos para redes de sensores
sem-fio é pensando nas restrições da camada física. Segundo esta abordagem os
protocolos e algoritmos devem ser desenvolvidos de acordo com a escolha dos
componentes do meio físico como o tipo de microprocessador e o tipo de transceiver.
Esta abordagem de baixo para cima dos sensores sem-fio uAMPS também lidam com a
importância da camada de aplicação, camada de rede, camada MAC e camada física,
sendo estas altamente integradas com o hardware dos nós-sensores. O nó-sensor do
uAMPS também se comunica com o usuário de acordo com o mostrado na figura 2.
Diferentes esquemas como TDMA, FDMA e modulação binária versus modulação M-
ária são comparados em [11]. Esta abordagem de baixo para cima nos indica que
algoritmos de rede para sensores devem ser cientes do hardware e capazes de usar
características especiais dos microprocessadores e transceivers para minimizar o
consumo de energia do nó-sensor. Esta abordagem pode levar a uma solução
personalizada e a diferentes tipos de redes de sensores. Isto também pode levar a
diferentes tipos de algoritmos de colaboração.
i. Camada de Aplicação
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Projetar um protocolo de gerenciamento na camada de aplicação tem muitas
vantagens. Redes de sensores tem muitas áreas de aplicação e o acesso a elas por
redes como a Internet é um objetivo em alguns projetos atuais. Um protocolo de
gerenciamento na camada de aplicação faz com que o hardware e o software das
camadas inferiores sejam transparentes para o gerenciamento das aplicações das
redes de sensores. Administradores do sistema interagem com a rede através do
SMP. Diferentemente de outras redes, as redes de sensores são formadas por nós que
não possuem uma identificação global e também são normalmente sistemas sem
infraestrutura. Portanto o SMP precisa acessar os nós-sensores por parâmetros como
localização ou atributos específicos dos nós.
O SMP é um protocolo de gerenciamento que fornece as operações de software
necessárias para se realizar as seguintes tarefas administrativas:
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eventos ocorridos periodicamente devido ao estouro de um determinado tempo. A
palavra-chave expire, por sua vez, define eventos ocorridos quando um timer está
expirado. Se um nó-sensor recebe uma mensagem que é destinada a ele e contém
um script, o nó-sensor roda então este script. Apesar do SQTL ser proposto, tipos
diferentes de SQDDP podem ser desenvolvidos para várias aplicações. O uso do
SQDDP pode ser único para cada aplicação.
Como se pode perceber ainda há muito espaço para pesquisa aqui. Apesar do SQTL
ser proposto ainda existem outros protocolos da camada de aplicação que precisam ser
desenvolvidos para fornecer um número maior de serviços.
A necessidade de uma camada de transporte é apontada por alguns como [9]. Esta
camada é necessária especialmente quando o sistema é planejado para ser acessado pela
Internet ou por outras redes externas. Apesar disso não houve até hoje uma proposta de
qualquer esquema para discussão de problemas relacionados a camada de transporte em
redes de sensores. O TCP com seu esquema de transmissão atual por janelas não é capaz
de suportar as exigências extremas de uma rede de sensores. Algo como o splitting do
TCP pode ser necessário para fazer uma rede de sensores interagir com outras redes.
Neste tipo de abordagem as conexões TCP são terminadas no sink e um protocolo
especial da camada de transporte pode então cuidar das comunicações entre o sink e os
nó-sensores. Como resultado a comunicação entre o usuário e o sink é feita por UDP ou
TCP pela Internet. Já no outro lado, a comunicação entre o sink e os nós-sensores pode
ser feita puramente por protocolos do mesmo tipo do UDP, pois cada sensor tem
memória limitada.
Diferentemente do TCP, os esquemas de comunicação ponta a ponta numa rede de
sensores não são baseados num endereçamento global. Estes esquemas devem
considerar que o endereçamento por atributos ou por localização é usado para indicar os
destinos dos pacotes de dados. Este método é melhor explicada em iii. Os fatores como
consumo de energia e escalabilidade, e as características como roteamento com
agrupamento de dados precisam de diferentes trantamentos na camada de transporte.
Logo estes requerimentos mostram a necessidade de novos tipos de protocolos de
transporte.
O desenvolvimento de protocolos de transporte é um problema desafiador devido
aos fatores explicados na secção III, especialmente os problemas quanto ao hardware
como energia limitada e memória. Isto é, cada nó-sensor não pode guardar grandes
quantidades de dados como um servidor Internet, e confirmações (ACKs) são muito
dispendiosos para redes de sensores.
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de uma rede de sensores devido às razões explicadas na secção I. A camada de rede de
uma rede de sensores é normalmente projetada de acordo com os princípios abaixo:
Uma das seguintes abordagens pode ser utilizada para selecionar uma rota eficiente
quanto ao gasto de energia. É utilizada a figura 4 para descrever todos os possíveis
casos, onde o nó T é o nó de origem que faz o sensoriamento do fenômeno. Ele possui
quatro rotas possíveis para se comunicar com o sink:
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extra. Logo, apesar da rota 2 possuir o PA total mais alto, ela não é a mais eficiente.
Concluímos que é importante não considerar rotas derivadas da extensão de outras
rotas que possam conectar o nó-sensor ao sink. Eliminando a rota 2 escolhemos a
rota 4 como a rota com a máxima energia disponível.
A rota que consome menos energia para transmitir os pacotes entre o nó-sensor e
o sink é a rota escolhida. Na figura 4 vemos que a rota 1 é a rota escolhida por este
algoritmo.
A rota que realiza o menor número de saltos para chegar no sink é escolhida. A
rota 3 na figura 4 é a mais eficiente segundo este algoritmo. Perceba que o menor
número de saltos escolhe a mesma rota que a rota com gasto mínimo de energia
quando a mesma quantidade de energia é gasta em cada link. Logo, quando os nós
transmitem com a mesma potência a rota com menor número de saltos é a mesma
que a rota com o menor gasto de energia.
A rota em que o PA mínimo dos nós que dela participam é o máximo, dentre
todas as rotas possíveis, é a escolhida. Neste caso a rota 3 é a escolhida, ficando a
rota 1 em segundo lugar. Este algoritmo procura preservar os nós com pouca
energia, para que estes não sejam utilizados na transmissão de dados muito antes dos
outros nós, devido a possibilidade deles estarem em uma rota onde existam outros
nós com PAs muito altos.
Outro problema importante é que o roteamento pode ser baseado no conteúdo. Neste
tipo de roteamento a disseminação dos interesses é feita para designar as tarefas de
sensoriamento aos nós-sensores. Para isso o endereçamento é feito baseado em atributos
dos nós-sensores e o roteamento deve ser feito levando isto em conta. Vários métodos
estão atualmente sendo investigados mas nada conclusivo ainda foi feito. Abaixo temos
alguns deles. Apenas algumas observações serão feitas. Para maiores informações sobre
estes algoritmos consultar [1].
Cria um sub-grafo da rede de sensores que contém a rota com gasto mínimo de
energia.
Flooding
Gossiping
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SPIN (Sensor protocols for information via negotiation)
Envia dados aos nós-sensores somente se eles tem algum interesse. Possui três tipos
de mensagem, ADV, REQ e DATA.
Cria multiplas árvores onde a raiz de cada uma está a um salto do sink. Seleciona
uma árvore para os dados serem roteados de volta ao sink de acordo com os recursos
de energia e algumas métricas adicionais de QoS.
Difusão direta
Estes protocolos ainda precisam de melhorias, além de outros protocolos ainda serem
necessários para comportar mudanças maiores de topologia da rede e maior
escalabilidade. Novos esquemas de comunicação entre redes devem ser desenvolvidos
para facilitar a comunicação entre uma rede de sensores e outros tipos redes.
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Protocolo MAC Modo de acesso ao Características Conservação de
canal especiais energia
SMACS e EAR Alocação fixa de Aproveita o fato da Tempo de wake up
espaços de tempo largura de banda aleatório além de
duplos numa disponível ser muito desligar o rádio
frequência fixa. maior que a largura quando inativo.
de banda dos dados
sensoriais.
Híbrido Frequência Número de canais Abordagem baseada
TDMA/FDMA centralizada e ótimo calculado para no hardware para
divisão no tempo. um sistema de economia de
energia mínima. energia.
CSMA modificado Acesso aleatório por Usa métodos Tempo de escuta
disputa adaptativos para constante para
controle de taxa de eficiência energética
transmissão.
Tabela 1 – Visão qualitativa de alguns protocolos MAC para redes de sensores
v. Camada Física
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transmissão enviando multiplos bits por símbolo. Este processo resulta em circuitos
mais complexos e um gasto de energia maior. Segundo estudos apresentados em [1] é
concluído que devido as condições de gasto de energia no início da transmissão serem
predominantes, um esquema de modulação binário é mais eficiente quanto ao gasto de
energia.
No caso da camada física ainda há espaço para pesquisa em circuitos de baixíssimo
consumo de energia, específicos para redes de sensores. Ainda há poucos estudos que
abordam diretamente os problemas das redes de sensores na camada física.
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V. Conclusão
A flexibilidade, tolerância à falhas, baixo-custo e rápida instalação são características
de uma rede de sensores que podem criar inúmeras aplicações para sensoriamento
remoto. No futuro esta grande gama de novas aplicações deve fazer com que as redes de
sensores sejam parte integrante da nossa vida. Apesar disso a realização das redes de
sensores deve conseguir superar todas as restrições impostas a este tipo de rede, de
modo a tornar viável a sua comercialização. Problemas como tolerância à falha,
mudança de topologia, escalabilidade, custo, hardware e consumo de energia deverão
ser todos resolvidos. Já que estes problemas são altamente restritivos e específicos para
as redes de sensores, novas técnicas de redes sem-fio descentralizadas (ad hoc) deverão
ser criadas. Muita pesquisa ainda está em andamento para o desenvolvimento das várias
camadas da pilha de protocolos das redes de sensores. Estamos ainda muito longe do
esgotamento deste assunto.
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VI. Referências
1. Ian F. Akyildiz, Weilian Su, Yogesh Sankarasubramaniam, Erdal Cayirci, "A Survey
on Sensor Networks", Communications Magazine, IEEE, Agosto de 2002, No. 8,
págs. 102 a 114.
2. Hairong Qi, S. Sitharama Iyengar, Krishnendu Chakrabarty, "Distributed sensor
networks - a review of recent research", Journal of The Franklin Institute,
PERGAMON, 2001, págs. 655 a 668.
3. Andrew S. Tanenbaum, "Computer Networks", 3a. Edição, Prentice Hall, 1996.
4. "IEEE P1451.5 Working Group", http://grouper.ieee.org/groups/1451/5/
5. "Sensors Magazine", http://www.sensorsmag.com/
6. "Large-Scale Demonstration of Self-Organizing Wireless Sensor Networks",
Berkley University, http://webs.cs.berkeley.edu/800demo
7. C. Herring, S. Kaplan, "Component-based software systems for smart enviroments",
Personal Communications, IEEE, Outubro de 2000, págs 60 a 61.
8. G. Hoblos, M. Staroswiecki, A. Aitouche, "Optimal design of fault tolerant sensor
networks", IEEE International Conference on Control Aplications, Anchorage, AK,
Setembro de 2000, págs. 467 a 472.
9. "Wireless integrated network sensors", http://www.janet.ucla.edu/WINS/
10. "Smart Dust", http://robotics.eecs.berkeley.edu/~pister/SmartDust/
11. “uAmps”, http://www-mtl.mit.edu/research/icsystems/uamps/
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