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Art. 4º. Os loteamentos deverão atender, pelo menos, aos seguintes requisitos:
Futuras gerações
É a criação de um sujeito de direito indeterminado, ou seja, não nasceu, mas já se faz a tutela
para que ele nasça com condições ambientais favoráveis para o seu desenvolvimento.
Atenção: A LC 140/11 regulamenta o art. 23, incs. III, VI e VII e parágrafo único. Essa lei
determina quais são as atribuições dos entes federativos no que se refere ao licenciamento ambiental
e às ações administrativas.
O como pode fazer cada um dos entes federativos? Se a competência é comum não pode
ocorrer a sobreposição dos órgãos ambientais.
Antes da LC 140/11, quanto ao poder de polícia, tudo era possível, podendo uma indústria ser
autuada por um fiscal federal, estadual e municipal. O art. 76 da Lei 9605 dava a solução para o caso a
fim de se evitar bis in idem.
Com a LC 140 passamos a ter a definição de competência. Segundo essa lei, no que se refere
ao licenciamento ambiental e as ações administrativas, quem licencia uma obra, atividade ou
empreendimento deve fiscalizar. No entanto, por exemplo, em que pese uma obra tenha sido
licenciada pelo estado, nada impede que órgão federal ou municipal lavre auto de infração fazendo
cessar qualquer lesão ao meio ambiente (competência comum). Após isso, quem aplicou a
penalidade deve comunicar imediatamente o órgão responsável.
Se o órgão estadual confirmar a infração e lavrar outro auto de infração correspondente ao
mesmo dano pergunta-se: qual auto de infração permanece? Prevalece o auto de infração de quem
tenha competência para licenciar, no caso do exemplo a competência é do órgão ambiental estadual,
devendo prevalecer o segundo auto de infração.
Dica: art. 17, caput, da LC 140 – quem licencia fiscaliza!
Art. 17. Compete ao órgão responsável pelo licenciamento ou autorização, conforme o caso,
de um empreendimento ou atividade, lavrar auto de infração ambiental e instaurar processo
administrativo para a apuração de infrações à legislação ambiental cometidas pelo
empreendimento ou atividade licenciada ou autorizada.
§ 1o Qualquer pessoa legalmente identificada, ao constatar infração ambiental decorrente de
empreendimento ou atividade utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou potencialmente
poluidores, pode dirigir representação ao órgão a que se refere o caput, para efeito do
exercício de seu poder de polícia.
§ 2o Nos casos de iminência ou ocorrência de degradação da qualidade ambiental, o ente
federativo que tiver conhecimento do fato deverá determinar medidas para evitá-la, fazer
cessá-la ou mitigá-la, comunicando imediatamente ao órgão competente para as providências
cabíveis.
§ 3o O disposto no caput deste artigo não impede o exercício pelos entes federativos da
atribuição comum de fiscalização da conformidade de empreendimentos e atividades efetiva
ou potencialmente poluidores ou utilizadores de recursos naturais com a legislação ambiental
em vigor, prevalecendo o auto de infração ambiental lavrado por órgão que detenha a
atribuição de licenciamento ou autorização a que se refere o caput.
O prof. entende que o art. 76 da Lei 9605 está incompatível com a nova redação da LC 140.
Deve prevalecer esse entendimento quando do enfrentamento da questão.
Caberá à União estabelecer normas gerais, cujo objetivo é coordenar e uniformizar a legislação
no país. A norma federal traz os princípios gerais.
Os Estados e o Distrito Federal possuem competência suplementar (art. 24,§2º CF/88) que tem
por objetivo detalhar a lei de acordo com as características do estado.
A competência suplementar pode ocorrer de duas formas:
a. Competência Complementar: visa pormenorizar/detalhar a norma geral
b. Competência Supletiva: cabe preencher as lacunas da norma geral, ou
seja, é a competência para editar normas gerais quando não há lei federal sobre o
assunto.
Obs: A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da
lei estadual, no que lhe for contrário (art. 24,§§ 3º e 4ºCRFB/88).
Vale dizer que inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a
competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.
4.2.1 Confronto entre lei federal e lei estadual
O STF tem vários critérios interpretativos, aqui serão estudados dois critérios:
1) Prevalência da norma federal (é o critério dominante)
2) Prevalência da norma mais favorável ao meio ambiente (é um critério
novo)
Casuística:
A lei federal 9055/95 autoriza o uso de amianto (asbesto, amianto branco) no país. O estado
do MS editou lei estadual proibindo o amianto no MS. Em 2003, em sede de ADI, o STF decidiu que
essa lei da MS é inconstitucional.
O estado de SP editou a lei 12.684/07 proibindo o uso do amianto no estado. Por evidente que
deveria ocorrer o mesmo que ocorreu no MS. Chegando no STF a ADI 3937, a argumentação inicial já
fazia remissão ao caso ocorrido no MS. Nessa ADI teve uma Medida Cautelar, onde por 7 votos a 3,
STF manteve a lei paulista, estabelecendo que essa lei está em maior conformidade com o espírito da
CF do que a própria lei federal, pois trata não apenas do meio ambiente, mas também da saúde dos
trabalhadores.
A Convenção 168 da OIT diz que para ser signatário deve ser eliminado as substâncias
perigosas que colocam em risco a segurança dos trabalhadores.
Nesse confronto da lei federal com a lei estadual o STF decidiu, de forma provisória (em sede
de medida cautelar), a prevalência da norma mais favorável ao meio ambiente, ou seja, deve ser
mantida a lei estadual de SP.
O problema disso é que os fiscais do trabalho estavam impedindo que qualquer caminhão com
amianto passasse por SP, impedindo a chegada do amianto ao sul do país e ao Porto de Santos. Essa
situação deu origem à ADPF 234.
Essa ADPF 234 tinha como fundamento o fato de que SP não podia impedir a passagem de
caminhão, pois a competência para regular transporte interestadual e internacional é da União e,
portanto, SP não podia impedir a passagem dos caminhões entre os estados brasileiros e ao Porto de
Santos.
De forma liminar, através da APDF, houve a suspensão no que se refere ao transporte (a lei de
SP só trata do uso e não do transporte). A ADI 3937 e a ADPF 234 foram unidas e serão julgadas
conjuntamente (cadastrar no sistema push).
Entretanto, no Direito Ambiental estas normas não precisam ser editadas através de lei, pois
se permite a edição destas por meio de Resoluções do CONAMA. Ex.: Resolução 237/97; (que versa
sobre o licenciamento ambiental) e Resolução 01/86 (que versa sobre o estudo prévio de impacto
ambiental).Deste modo, o CONAMA possui poder regulamentar (poder infra- regulamentar)
Obs: Pelo fato de o Código Florestal (L. 4771/65) ser norma geral, o Código Ambiental de
SantaCatarina é inconstitucional, pois foi além da norma geral.