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OS TIPOS DE ENTREVISTA
AS DIFICULDADES DA ENTREVISTA
A ENTREVISTA ESPETACULAR
TIPOS DE ENTREVISTA
perturbado por algo de inesperado, e que é a irrupção das forças selvagens da vida: um
olhar, uma palavra, um grito traem o sentimento sob a pose (acontecimento –
comportamento de fundo). Há toda uma arte da
entrevista que procura captar a vida sob o rito – ou quebrar o rito;
2) A entrevista anedótica. Muitas – certamente a maior parte – das entrevistas de
vedetas são conversas frívolas, ineptas, complacentes, em que o entrevistador procura a
anedota picante, procura fazer pergunta insípidas sobre as deslocações e os projetos, em
que o entrevistador e entrevistado ficam deliberadamente fora de tudo o que pode
comprometer. Esta entrevista situa-se ao nível dos falatórios;
3) A entrevista diálogo. Em certos casos felizes, a entrevista torna-se diálogo.
Este diálogo é mais que uma conversa mundana. É uma busca em comum. O
entrevistador e o entrevistado colaboram para revelar uma verdade que pode estar
relacionada com a pessoa do entrevistado ou com um problema. O dialogo começou a
aparecer na radio e na televisão. Foi preciso algum tempo para que a palavra humana
descongela-se diante do microfone e da câmera;
4) As neoconfissôes. O entrevistador apaga-se diante do entrevistado. Este já não
fica a superfície de si mesmo, mas efetua, deliberadamente ou não, o mergulho interior.
Atingimos aqui a entrevista em profundidade (o outro como ser dotado de uma
profundidade absurda, essência) da psicologia social. A entrevista –
mergulho comporta uma ambivalência; toda confissão pode ser considerada como um
strip-tease da alma para atrair a libido psicológica do espectador, ou seja, para ser
objeto de uma manipulação espetacular; mas também toda confissão vai muito mais
longe, muito mais fundo do que todas as relações humanas superficiais e mináveis da
vida cotidiana (quebra de representações rotinizadas), mesmo no cinema, em que se
constitui finalmente a alma do “cinema
verdade”. (Cf. as “confissões” em Chronique d’um été, Lê Joli Mai e, talvez, sobretudo
Hitler connais pas.).
OS ENTREVISTADOS
O entrevistado pode ser uma vedeta ou um homem da rua. Mas pode ser
simplesmente outrem.
As vedetas ou “olímpicos” são os piores e os melhores entrevistados. Os piores:
têm um admirável sistema de defesa, pois ser olímpico, político, mundano, estrela de
cinema, escritor, etc. é estar em constante representação no mundo. Neste sentido, o
olímpico continua a desempenhar um papel perante a entrevista, principalmente quando
sabe e sente que o publico exige dele uma certa imagem. Os melhores: olímpicos,
atores, escritores, são ao mesmo tempo personalidades exibicionista-narcisistas cujo
prazer de falarem de si as podem levar a falar profundamente de si próprias. Os
escritores, sobretudo, podem fornecer bons entrevistados. Alguns deles puseram na
entrevista um verdadeiro empenho pessoal, um esforço virado para elucidação de si
próprios.
Do homem da rua, geralmente só se espera ou só se retém uma reação brusca. É
a entrevista-relâmpago, que se pretende imediatamente se obter a opinião da rua.
O outro é o entrevistado considerado como ser humano a conhecer, e não como
representante de uma determinada profissão, classe ou idade. Ao outro corresponde,
evidentemente, a entrevista profunda. O outro pode ser escolhido por ter vivido uma
experiência particularmente intensa (um fugido de um campo de concentração), mas
também pode ser uma mãe de família interrogada sobre a felicidade...
OS ENTREVISTADORES