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SES: Revita Irtreiscpinarée Fsofa,Diretoe Economia Volume ¥, Nimero 1 (E809) Janero-unho 2017: 21.27 A dialética de valor de uso e de troca e direcionamentos da acao humana percipiente e propositiva em Mario Ferreira dos Santos Murilo Carlos Muniz Veras” Resumo: A percep¢ao dos conhecimentos ¢ a unicidade intrinseca da vontade e da acdo humana sempre intrigaram filésofos e cientistas. Mario Santos, propde que a percepcao e a expressio da realidade social e econémica na existéncia concreta dos entes dependem da compreensio de antinomias conceituais, légico-esquematicas e 4ntico-ontolégicas que se complementam dialeticamente. Na economia, o tema "va- lor”, a antinomia entre valores de uso e de troca, bem como posteriores desdobra- mentos em diversos outros campos categéricos permitem delinear um direcionador intencional das ages humanas em diferentes cendrios da atividade humana, como na propensao a consumir e em configuragdes de estrutura do mercado de trocas. Propo- mos ainda que a dialética seja desenvolvida para subsidiar as motivacées valorativas de agentes econémicos conscientes. Palavras-chave: Mario Santos, Valor de uso, Valor de troca. The Dialectic Of Use Value And Exchange And Direction Of Percipient And Purposeful Human Action In Mario Ferreira Dos Santos Abstract: The perception of knowledge and the unity of will and human action have amazed philosophers and scientists. Mario Santos, proposes that the perception and the expression of social and economic reality in the concrete existence of the beings depend on understandings of conceptual antinomies, schematic logics and ontico-on- tologicals that are dialectically complementary. In economics, the theme “value”, the antinomy between use and exchange values, and posterior developments in several other categorical fields should allow outlining intentional directions of human ac- tions in different scenarios, as well as the propension to consume and the configura- tion of the exchange market's structure, We also propose a development of dialectics to support value motivations of economic agents Keywords: Mario Santos, Use value, Exchange value. Classificagao JEL: B29 * Murilo Carlos Muniz Veras é Fiscal Federal Agropecusrio, do MAPA, desde 2002, Extensionista rural, NS, pela Emater-DE, de 1987 a 2002, Mestrado e Fitotecnia pela UFLA, especializacao em filosofia pela UnB. 2 I- IntRopugao Considerando a extensdo de obras escri- tas e amplitude de temas, Mario Ferreira dos Santos (1907-1968) pode ser considerado o maior fildsofo brasileiro. Muitas delas se tor- naram populares nos anos 60, alcangando tira gens de centenas de milhares de exemplares. Entretanto, seu nome somente foi resgatado a0 piiblico leigo muito recentemente, gracas a artigos independentes, a prefacios de livros reeditados e ao apoio editorial do fildsofo e professor Olavo de Carvalho. Entre seus mais de 80 livros, Santos tem apenas dois volumes diretamente dirigidos a economia! mas o tema aparece com frequéncia em artigos e capitulos de livros avulsos em diversas obras. Abordare- mos aqui particularmente o capitulo “Andlise decadialética do tema de valor na economia’, inserido como artigo no final da brochura Lé- gica e Dialética’. Nossa premissa maior seré da viabilidade de compreensao dos possiveis direcionamentos da agao humana percipien- te (virtual) na sua percepgéo mais ou menos consciente da realidade (atual) em suas delibe- rages de cunho econdmico e social. Para uma melhor compreensao da abor- dagem santiana é preciso entender o contexto de seu pensamento sistémico e abrangente, que retoma a visdo estruturante do conheci- mento e dos potenciais de avango positive do uso da razao humana, delineados pela filosofia grega, sobretudo © idealismo de Plata (com certo enfoque “pitagérico” deste) e, particu- larmente, no chamado realismo moderado de Aristételes e Sao Tomas de Aquino, que fazem do fildsofo brasileiro um dos mais autorizados intérpretes dessas duas grandes correntes da filosofia perene’. 1 SANTOS, Mario Ferreira. Tratado de economia Campinas(SP: Logos, v. 1-2, 1962. 226 p. ? SANTOS, Mario Ferreira. Anélise decadialética de valor na economia, In: Logica e dialética. S50 Paulo: Paulus, 2009. pp. 285-297. ’ CARVALHO, Olavo de. Prefacio. In: SANTOS, Mario Ferreira. Sabedoria das Leis Eternas. Campinas/SP: Vide, 2012, A recorréncia desses dois polos anti- némicos ao longo da histéria da filosofia indica uma constante no entendimento dos empreendimentos do homo sapiens: a busca da unidade da ago (e paixdo) humana ante a realidade miltipla dos entes. Entes a um tempo permanentes e cambiantes, capazes de intervir consciente e inconscientemente no mundo, como que imersos num ambiente multifacetado de relagdes psiquicas, césmi- cas, intergeracionais, normativas ¢ transcen- dentais. A dicotomia entre a percepsio externa dos conhecimentos ¢ a unidade interna da vontade e da agao humana sempre intrigou fildsofos ¢ cientistas. Para Mario Ferreira dos Santos, 0 esquema mental (noético), que os escolasticos chamavam de species expressa & a similitude expressa ou formal-atual da coisa na mente percipiente. Quando inter- namente realizamos a locugao, que se refere a0 que conhecemos, temos, entao, 0 verbum mentis, como © chamavam os escolasticos, a coisa proposta pela mente’. Por semelhancas ou analogias, 0 homem formula esquemas mentais (cognitivos e ontoldgicos) e depois confronta os constructos elaborados com a realidade (6ntico-ontolégica). Nessa pers- pectiva, deliberar acdes conscientes exige a tomada de consciéncia virtual dos condicio- nantes materiais e espirituais envolvidos em sua existéncia histérica sem pretensao de es- gotar os elementos subjetivos e objetivos en- volvidos. Pelo contrario, estar ciente de que a interlocugao entre entes percipientes e livres depende da percepgdo limitada das possibi- lidades reais, que ora se atualizam, ora se de- satualizam, de acordo com a estrutura fisica e metafisica do Universo. Segundo Carvalho, a visio de Mario Ferreira dos Santos seria “estruturante” por- que 0 fildsofo de Tieté se utiliza de superes- truturas do saber em seus diversos graus de abstracdo para entender as notas ou esque- “SANTOS, Mario Ferreira. Origem dos Grandes Erros Filoséficos. In: Enciclopédia das Ciéncias Filoséficas ¢ Sociais. v. 23. Sao Paulo: Matese, 1965. SES: Revita Irtrsiscpinarée Flesofa,Diretoe Economia mas de conhecimento ticitos ¢ explicitos, intuitivos e metédicos, sobre a realidade do ente-ser no devir’. O cerne dessa estrutura foi desenvolvido na obra que marca o inicio da fase mais amadurecida do filésofo: Filo- sofia Concreta. Neste Tratado encontram-se 258 teses encadeadas por uma légica de- monstrativa e axiomatica, partindo de prin- cipios basilares da légica formal de Aristé- teles (Organon) e avangando cautelosamente em espinhosos temas classicos de metafisica e epistemologia. Cauteloso porque dentro das préprias teses se encontram as principais ctiticas aos limites do saber légico-demons- trativo proposto pelos melhores fildsofos, es- colasticos e contemporaneos. Seria sistémico porque, desde entao, Mario Santos se dedi- cou a formular as principais problematicas do homem em conexao com as regras do dis- curso filoséfico e cientifico, depurando erros de interpretacao (como a dos nominalistas ¢ empiristas) e abrindo caminhos mais segu- ros ou coerentes de investigacao do fendme- no humano e da agdo humana consciente ou propositada. Nao cabe neste espaco discorrer so- bre as vicissitudes conceituais da dialética ¢ axiomatica envolvidas, que devem passar necessariamente pela compreensao episte- molégica do universal e do particular, bri- Thantemente interpretada na escolastica me- dieval. Outrossim, Santos era mais que um escolastico. Ao se debrugar sobre o social, o filésofo buscou conhecimentos das ciéncias humanas contemporaneas e histéricas em obras como Sociologia Fundamental e Etica ¢ Filosofia e Histéria da Cultura. Mas foi no pequeno artigo de Légica e Dialética, datado de 1962, que aplicou seu método dialético (e decadialético) ao relevante tema de valor na economia. 5 CARVALIIO, Olavo de, Aula do Curso Online de Filosofia - COF. 5 mar. 2015. Disponivel em: Acessado em: 12 de abr. 2017. Il- Morivacrs po Aci ECONOMICO PROPOSITIVO Em Logica e Dialética, os esquemas ide- ais sao articulados indutiva e dedutivamente entre © real em si (in re) ¢ o real universal e intencional (post rem) num “construir com” = do latim concretere: a realidade construida e coparticipativa. E positive porque, como ele proprio quis demonstrar, vai buscar 0 en- tendimento da realidade antitética, essencial e existencial, individual e coletiva, etc.. Po- sitividade que depende de direcionamentos propositivos e efetivos de simbolos, crencas e valores compartilhados, em uma escalada de sobrestamento (Iiecitas) dos esquemas men- tais, conceituais e silogisticos*. O prefixo deca refere-se aos dez campos ou planos ontolégicos do ser, deduzidos das categorias de Aristételes: sujeito/objeto, in- tensivo/extensivo, virtual/atual, predisponen- te/emergente, etc.. Entrementes, para captar a légica inicial do comportamento econémico, Santos propée a bivaléncia entre valor de uso evalor de troca. Antes de prosseguir, convém um alerta para a confusao reinante entre vir- tual e atual, oriunda da tendéncia reducio- nista de se reduzir uma abstragdo a outra nas ciéncias hodiernas, que pode explicar a ten- déncia tiltima, objetivista, da mainstream eco- nomics. Para Santos, é natural que o homem busque medir tudo que est a seu alcance com precisdo e certeza sob a égide de uma lei uni- versal: “essa tendéncia a redutibilidade obedece ao impulso de identificagao” (p. 211), um impulso da razdo discernidora que “deseja explicar coi sas por comparacdo ou analogia, reduzindo umas dis outras” para em seguida tomar rumos e di- recdes mais seguras e controlaveis. A teoria * VERAS, Murilo Carlos Muniz. Analogia e formagio de juizos virtuais conforme concepcao de real em Mario Ferreira dos Santos. Monografia. Brasilia: UnB, 2010. O termo haeccitas € citado no contexto de uma configurasdo individual e intrinseca dos entes (p. 22) e nos patamares de uma escalada virtual (haec). Ver também a raiz do termo haec (p. 32, 22, 37 ¢ 55) em: SANTOS, Murilo Ferreira, Filosofia Conereta. Sao Paulo: E Realizagdes, 2008. 2 4 ricardiana, por exemplo, reduz 0 valor ao tra- balho - um virtual ao outro, se considerarmos © carater abstrato do trabalho, para justificar © esforgo humano em prol da satisfagio de necessidades essenciais objetivamente deter- minadas. A analogia é pobre porque faz um sobrestamento da medicao quantitativa de es- forgo humano sobre a medicao ordenativa do que o homem livre valora Seguindo a orientagdo utilitarista de Mill, os tedricos dessa corrente sobrestaram uma hierarquia de utilidades buscando valo- rar escalas (virtual) que nao correspondiam as relacdes de precos empiricamente observa- das (atuais). Com a teoria marginalista “dé-se lugar a uma valoracio de utilidade mais compat vel com o énus ou grau de onerosidade estimado pelos sujeitos na dindmica das relagdes de troca” (p.292). Nao basta medir os custos de produ- sao atual. O gestor ou empreendedor deve saber compatibilizar, interativamente, seus investimentos com os investimentos e custos dos concorrentes. Ser mais eficiente e com- petitivo aquele que pondera utilidades com custos atuais e potenciais de custos futuros, dele mesmo ¢ de seus sucedneos. Carl Menger e Bertrand Nogaro* soube- ram relevar o start up subjetivo e teleolégico das pretensdes do homem em sua hierarquia 7 Na linguagem, os sujeitos de uma interlocugio analogias em sentidos gramaticais, reléricos e cientificos. Nos primeiros, mais abertos & imaginagao criativa, se valem de metéforas, metonimias ou até meras alegorias, Neste sltimo, mais “rigoroso”, se valem de regras mais técnicas ou canénicas. LONERGAN, Bernard. Insight. Sao Paulo: E Realizagdes, 2014. Em Santos, o termo “analogia” pode ser entendido em ambos os sentidos. No tema do valor, a (meta)linguagem de Santos, em sua terminologia filoséfica, vai remeter 0 conceito a0 campo de toda uma disciplina propria, a axiologia, desenvolvia, entre outras obras, em SANTOS, Mario Ferreira. Filosofia Concreta dos Valores. Si0 Paulo: Logos, 1960. * Infelizmente, em sua dindmica de transcrigio de discursos falados, Santos nao teve o devido cuidado de citar referéncias bibliograficas como esta de Nogaro. Consultando a bibliografia bisica deste autor encontramos duas possiveis fontes, a saber: La méthade de l'économie politique, 1939; e La valeur logique des théories écnonomiques, 1947, de necessidades. Assim, a virtualidade dos principios fundamentais da teoria dos precos, alei do custo, a lei da oferta e da procura, en- contram-se com a virtualidade das intencdes humanas para dar a motivagao ou o sinal do agir econémico. A governanga ¢ a fungdo em- presarial deixaram de ser uma ciéncia exata de medigao de meios e fins e passaram a ser vistas como uma arte de articulagao de meios com os fins sinalizados pelos mercados. Mas entio, porque uma mercadoria vale ora mais, ora menos, dependendo das circunstncias? Seria possivel antever ou planejar escalas de valores (antinémicos ou polivalentes) na eco- nomia? II] - TrroLoctas INTERMEDIARIAS F A PERCEPGAO DE SINAIS DOS MERCADOS A partir de Menguer, iniciou-se uma cor- rida para entender como meios e fins se articu- lam com a percepsao de valores da sociedade € como processar melhor o calculo de custos ¢ beneficios num futuro cambiante. Mises intuiu © problema, ainda nos anos 1940, com a distin- do das escalas cardinal e ordinal no “célculo” econdmico e a distingao entre ciclos intermi tentes num mercado de decisdes descentrali- zadas ¢ 0 ciclo autista nas decisdes centraliza~ das’ e dai, a sequéncia oscilante e nao mecénica das decisdes dos agentes da economia de livre mercado. Santos reporta a influéncia de Mises ¢ dos austriacos no sentido de valorar fins so- bre meios, em oposicdo ao sobrestamento de meios da mainstream”. Apés reconhecer a importancia dos pre- gos livremente acordados e da inviabilidade dos controles centralizados (ao contrario de seu desafeto, Caio Prado Jr.), Santos propoe analisar 0 valor de uma mercadoria por dois planos basilares, conforme campos intensistas e extensistas, que vo se desdobrando dois a » MISES, Ludwig von Agao Humana, Sao Paulo: Mises, 2010. ® SANTOS, Mario Ferreira. Logica ¢ dialética. S30 Paulo: Paulus, 2009. SES: Revita Irtrsiscpinarée Flesofa,Diretoe Economia dois nos demais campos da sua decadialética. O valor de uso corresponde & percepcao da utilidade qualitativa do bem, que é constan- temente contraposto ao valor virtual de troca percebido quantitativamente pelos individuos € comunidades. Nas relagdes comerciais ho- diernas as trocas ou contratagies efetivas s40 acordadas ¢ atualizadas no preso combinado conforme percep¢ao univaca do conjunto dos valores anteriores percebidos por ambas as partes da relagio social e econdmica. Univeca no sentido de que, ao aceitar o negécio ou uma relagio trabalhista, ambos teoricamente (numa estrutura de livre mercado) jé ponderaram que a relagao ser vantajosa, isto é, sua satisfagio global sera melhor do que se a transacao nao for realizada. ‘As préprias transagdes seguem sendo elemento de valoracdo a interferir, ou nao, nos precos futuros. Com 0 tempo, a valorago dos bens (¢ servigos) vai sendo mantida ou modi- ficada conforme a dinmica das relacoes inter- pessoais, culturais e até transcendentais. Bens de primeira necessidade tendem a ser produ- zidos em larga escala com minimizagao de cus- tos, enquanto bens de luxo exigem agregagio de valor e tendem a orientar as cadeias pro- dutivas para maior verticalizagao. Entre esses dois mundos existem miriades de tipologias intermediarias de ages e intengSes humanas. E a criacdo espontanea, a divisio de trabalho ea agregacao de valores dos bens v. tando a renda global liquida das nagées livres e menos reguladas. Grande parte do desentendimento cogni tivo advém da separacao artificial entre valo- rages estaticas de uso do bem pelo individuo e de valoragées dindmicas de trocas nas dife- rentes tipologias dos mercados e das tentativas de reduzir um ao outro, como se o conheci mento das relagdes envolvidas fosse um dado pré-existente na mente (nominalistas) ou mera percepcao de dados a posteriori (empiristas). Para Santos, a percepgo univoca de valores de uso e de troca nao implica homogeneidade percipiente de conhecimentos. E a percepgio mais abrangente do conjunto de informacies heterogéneas, interpretadas no momento da 0 aumen- negociagdo que servira de base para a ponde- racdo e a sinalizacao de suas valoracGes de cus- tos, ativos, precos, necessidades, desejos, capri- chos ¢ até modismos nos momentos seguintes. Quanto maior o horizonte de previsibilidade, maior a necessidade de uma melhor visio de mundo — em suas leis, normas, influéncias mi- diaticas, religiosas, etc... Se considerarmos que © que acontece, em ato, no horizonte da acao, 60 que pode ser de outra maneira, e de acordo com outros sentidos orientadores ¢ verdadei- ros (como da ética e da moral)", entao maior serd a exigéncia de entendimento de hierar- quia de valores explicitos e implicitos de indi- viduos, povos e nagées. Assim posto, entendemos que a légica ea dialética de Santos permitem confrontar abstragées como virtualidades que se comple- mentam - minimizando as tendéncias reducio- nistas e relevando limitagSes cognitivas; bem como o entendimento de uma racionalidade que permite criar condigdes de possibilidades escalares que, de alguma forma entre a coisa em si € as coisas ex ante, se concretizam em ato. Antevendo boa parte das teses austriacas de medigdo ordinal, assimetria da informacao, tempo dinamico e incerteza genuina, este arti- g0 discorre sobre a posi¢ao conclusiva de San- tos a respeito da teoria do valor nas paginas finais, IV - Onsrrvacors FINaIS Seguem alguns corolarios relevantes de Légica e Dialética. Por fim propomos algumas sugestdes para aprofundamento de seus estu- dos. Corolérios: i- A dialética, como ldgica do também, procura nao sé © nexo do homogéneo como do heterogéneo; ela apenas completa a ativi- dade da légica e nao a refuta ii - Tudo que ¢ em ato ¢ indeterminado enquanto em poténcia, ¢ esta, atualizada, re- vela novas possibilidades. © ARISTOTELES. fitica a Nicémaco. Sao Paulo: Atlas, 2009: 1140b4 e b6-7,. p.133. 25 2% iii- Todo o deviréum constante alternar- -se por fatores internos em coordenagao com externos, i.e., concretamente, porque concre- cionar vem de crescer cum e 0s entes crescem com as coordenadas (constitutivas) do ser. iv - O valor de uso esta ligado aos bens de forma intensiva (tem graus) enquanto o valor de troca esta ligado as relagdes sociais (tem medidas) v - Um bem deve ser considerado em sua utilidade efetiva, em ato, i.e., em relagdo ao conhecimento que temos de sua capacida- de de satisfago conhecida e desconhecida. vi-Um bem que hoje é aplicado para sa tisfazer tal necessidade pode conter em potén- cia a capacidade para satisfazer outras ainda desconhecidas e conhecidas posteriormente. vii - Os bens, quanto maior valor de uso tém, e quanto mais so generalizados, univer- sais, como bens de primeira necessidade, exi- gem naturalmente que o esforgo despendido seja menor, isto é, que seu valor de troca seja © minimo possivel; viii - Um aumento do valor de uso obri- gaa uma reducao do valor de troca. Um au- mento do valor de troca pode levar & reducao do valor de uso atual, pois o consumidor pro cura sucedaneos, quando nao se priva de seu aproveitamento. Sugestées de aprofundamento: Considerando os mais recentes traba~ Ihos sobre a importancia dos sinais do mer- cado para criagdo de valor ao longo da cadeia produtiva®, a dialética entre valor de uso e va- ® PACE, Eduardo Sérgio Ulrich, BASSO, Leonardo Fernando Cruz, SILVA, Marcos Alessandro. Indicadores de Desempenho como Direcionadores de Valor. Revista de Administragio Contemporinea. v.7,n. 1, Jan,/Mar. 2003. pp. 36-65. PORTER, Michael E., KRAMER, Mark R, Creating Shared Value. Harvard Business Review. Jan/Feb2011, v. 89 ed. 1/2, pp. 62-77. SOUZA FILHO, Men de $4 M; BATALHA, Mario Otdvio. O indicador EVA (Valor Econémico agregado) e seu potencial dee integragio com o sistema de custeio ABC, como ferramenta de gestio para a criacao de valor. in XI IMPEP, 2004, Bauru/SP, Anais... Bauru/SP: UNESP, 2004. Disponivel em: < http://www.simpep.feb.unesp br/anais_simpep_aux.php?e=I1>, Acessado em 11 nov. 2017. ITO, N. C. Valor e Vantagem Competitiva lor de troca serviria para melhor compreen- sao dos costumeiros trade off entre inovagao e regulagdo econdmica, produtividade intensi- va e autéctone, crescimento e sustentabilida- de, divisibilidade e indivisibilidade de ativos, entre muitos outros. Na dimensao social, a supremacia do vetor de integragao e coope- raco entre agentes econdmicos direcionados ao bem comum (quando mobilizados para coordenacao dos fatores heterogéneos de pro- ducao), entre outros pay off. O entendimento percipiente, ldgico-racionalista, dos conhe- cimentos envolvidos é apenas uma primeira etapa da compreensao desses sinais. Com re- lagao & interagao entre meios e fins e a fungao empresarial, Israel Kisner sugere a dialética entre bem estar (welfare) e riqueza (wealth) de Benedito Croce, Lionel Robbins e Mises, com © acréscimo destes as “famosas discussdes epistemolégicas e criticas” de Vilfredo Pareto ¢ Max Weber", entre outros métodos de ex- pressao da Welstachaung. Tais “visdes de mun- do” poderiam ser melhor contextualizadas nas relagdes entre valores de uso e de troca para as tomadas de decisées do empreende- dor consciente. O tema exige pesquisas aprofundadas e interdisciplinares. Carvalho sugere que Ma- rio Santos seja pesquisado como um filésofo da metalinguagem, quase um investigador de metaciéncias". O diferencial filos6fico es- taria em estabelecer muito mais que unici- dades conceituais individuais e coletivistas, mas “um compromisso ontolégico dos agentes da Buscando Definigées, Relagdes e Repercussées. Revista de Administracio Contemporinea, Rio de Janeiro, v. 16, n. 2, art. 7, pp. 290-307, mar-/abr... Disponivel em . Acessado em 10 mar. 2014. ™ KISNER, I, The Economic Point of View - an essay on the History of Economic Thought. 1976. ed. Amazon. ebook kindle. ISBN 0-836206576 pbk. ™ CARVALIIO Olavo de. Curso Online de Filosofia - COF- A filosofia de Mario Ferreira dos Santos. Notas de aula, Disponivel em , Acessado em 20 abr. 2017. SES: Revita teraeininar ce Histéria’*. Quem sabe, dai, seguindo a dica de Bento XVI, se poderia conhecer melhor os elementos de uma economia para além da sua "OLIVA, Alberto. Conhecimento, liberdade, individu- alismo e coletivismo. Bruno Garchaguem: Entrevista oral, Podeast 251. Disponivel em < http://www.mises. org br/FileUp.aspx?id=471>, Acesso em 11 nov. 2017. Fosofa, Dre @Ecoramia a ontologia regional; uma “metaeconomia’, voltada para as reais motivagées do agir eco némico". «2s "BENTO XVI, Caritas in Veritate. 2009. Disponivel em: , Acessado em 12 abr. 2017.

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