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Índice

Introdução.......................................................................................................................................................................... 2
Sistema Financeiro Moçambicano..................................................................................................................................... 3
Estrutura Das Taxas de Juros ............................................................................................................................................ 3
Liquidez do Sistema .......................................................................................................................................................... 4
Evolução das principais divisas face ao metical ................................................................................................................ 4
Evolução do saldo das reservas internacionais líquidas 2015 ........................................................................................... 5
CUSTO DE FINANCI AMENTOEM MOÇAMBIQUE ................................................................................................... 5
CUSTO DE FINANCIAMENTO ..................................................................................................................................... 5
RISCO PERCEPCIONADO ............................................................................................................................................. 6
RISCO PERCEPCIONADO ............................................................................................................................................. 8
Risco do país ..................................................................................................................................................................... 8
Risco Sectorial................................................................................................................................................................... 8
Risco da Empresa .............................................................................................................................................................. 9
Risco do Projecto .............................................................................................................................................................. 9
LITERACIA FINANCEIRA ........................................................................................................................................... 10
LITERACIA FINANCEIRA NO MERCADO NACIONAL ......................................................................................... 10
TRANSPARÊNCIA E PROFISSIONALIZAÇÃO DA GESTÃO ................................................................................. 11
TRANSPARÊNCIA E PROFISSIONALIZAÇÃO DA GESTÃO ................................................................................. 11
FONTES DE FINANCIAMENTO ALTERNATIVO .................................................................................................... 12
FONTES DE FINANCIAMENTO ALTERNATIVO .................................................................................................... 12
Linhas de crédito ............................................................................................................................................................. 13
Capitais de Investimento ................................................................................................................................................. 13
Bancos de Desenvolvimento ........................................................................................................................................... 13
Microfinanças .................................................................................................................................................................. 14
Dinheiro electrónico/móvel ............................................................................................................................................. 14
PRINCIPAIS CONSTRANGIMENTOS DAS MPME’S ............................................................................................... 14
Conclusão ........................................................................................................................................................................ 16
Referencias ...................................................................................................................................................................... 17

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Introdução
De acordo com as diferentes pesquisas de âmbito industrial (ICA, 2003, DNEAP, 2006,
e Byiers et al., 2008), durante vários anos o acesso ao crédito tem sido o constrangimento
principal para o desenvolvimento do sector privado em Moçambique. Uma das razões para
esta descoberta, é que o sistema financeiro Moçambicano é caracterizado por uma série de
falhas, para além de ser fraco e apertado. Além disso, poucos bancos comerciais dominam o
sector financeiro, e os três maiores bancos comercias representam cerca de 80 por cento do
total dos activos bancários no país. A competição limitada resultou num sistema financeiro
não-dinâmico com níveis baixos de intermediações financeiras e de elevadas margens de
lucro (também ajudado pelas taxas excessivamente elevadas nos serviços de operação
bancária).

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Sistema Financeiro Moçambicano
No último trimestre de 2015, face ao aumento das pressões inflacionistas induzido pela forte
depreciação do Metical face às principais moedas transaccionadas no mercado cambial e pelo
impacto do ajustamento dos preços administrados que se tinham mantidos inalterados desde
2010, o Banco de Moçambique inflectiu o sentido da sua política monetária (acomodatícia), e
adoptou uma política monetária restritiva. Assim, o supervisor actuou sob o mercado
aumentando as suas taxas directoras em 225 pontos base e o coeficiente de reservas
obrigatórias em 250 pontos base. A taxa de cedência de liquidez (FPC) passou de 7,5% para
9,75%, a taxa de absorção de liquidez (FPD) de 1,5% para 3,75% e o coeficiente de reservas
obrigatórias de 8% para 10,5% em três movimentos sucessivos entre Outubro e Dezembro.

Estrutura Das Taxas de Juros


Relativamente a igual período de 2015, as taxas dos Bilhetes de Tesouro mantiveram- se
praticamente inalteradas durante a maioria do ano. Contudo, com a inversão do sentido da
política monetária em Outubro, a taxa para a maturidade de 91 dias registou um acréscimo de 240
pontos base, devendo as próximas emissões para as maturidades mais longas acompanhar
essa tendência.

Consequentemente, a taxa das permutas entre bancos no Mercado Monetário Interbancário


(MMI), reduzido basicamente ao “overnight”, sofreram também um acréscimo significativo
passando de 3,11% para 6,62%.

Evolução das taxas de juro no MMI

91
182
364
Permuta

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Liquidez do Sistema
Face a um crescimento do nível de liquidez do sistema, e atendendo ao potencial inflacionista, o
regulador actuou no mercado no sentido de restringir a liquidez. Consequentemente ao aumento
significativo do coeficiente de reservas obrigatórias a liquidez do sistema alterou-se
substancialmente, embora esse efeito tenha sido atenuado com a publicação do despacho do
Banco de Moçambique que torna elegíveis para as operações de “Open Market” as Obrigações
do Tesouro de taxa fixa.

Liquidez do Sistema
Mil milhões de MZN

55 50,1
48,7 48,0 48,0
50 45,0
45
39,2 39,5
37,7 37,4 36,7
40 35,5
32,8
35
30
25
J F M A M J J A S O N D

Evolução das principais divisas face ao metical


O ano de 2015 confirmou a tendência do último trimestre do ano anterior caracterizado por
uma forte instabilidade do metical face às principais divisas internacionais, consubstanciada na
acentuada e contínua desvalorização da moeda moçambicana face ao dólar Norte-Americano ao
longo de quase todo o ano, só atenuada no mês de Dezembro, pelo pacote de medidas adoptadas
pelo Banco de Moçambique com o objectivo de repor a estabilidade. Segundo o Banco de
Moçambique, a elevada volatilidade da taxa de câmbio, que caracterizou o ano de 2015 traduz o efeito
Evolução das principais divisas Dos choques exógenos que têm estado a
Versus MZN, base 100
170% afectar a economia moçambicana desde
160%
150% os finais de 2014, nomeadamente o
140%
130% contínuo fortalecimento do Dólar
120%
americano no mercado internacional, a
110%
100% queda dos preços internacionais das
90%
D J F M A M J J A S O N D principais mercadorias que Moçambique
ZAR USD EUR
exporta, bem como a redução do
Taxas de referência do Banco de Moçambique no final de 2015
USD/MZN 45.90, EUR/MZN 50.04 e ZAR/MZN 2.94. investimento directo estrangeiro e do
fluxo de ajuda externa.

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Ao longo do ano de 2015, o Estado emitiu 8.353.418.500 de Meticais em Obrigações do Tesouro
de taxa fixa nas maturidades de 3 e 4 anos. A taxa destas emissões variou entre 10,00% e
10,50%.

No segmento de taxa variável há a registar a emissão de 8.170.752.000 Títulos de Reembolso –


2015 pela República de Moçambique numa operação de titularização da dívida do IVA às empresas
exportadoras, liderada pelo BIM – Banco Internacional de Moçambique, S.A. e pelo Moza Banco,
S.A.

Evolução do saldo das reservas internacionais líquidas 2015


As Reservas Internacionais Liquidas (RIL) passaram de USD 2.861,5 milhões em 2014
para USD 1.997,4 em 2015. No final do ano, o saldo das Reservas Internacionais Brutas
correspondia a 3,84 meses de cobertura das importações de bens e serviços não factoriais,
quando excluídas as operações dos grandes projectos.

CUSTO DE FINANCIAMENTO EM MOÇAMBIQUE


O custo de financiamento em Moçambique representa um forte entrave ao desenvolvimento de
projectos de negócio devido à alta avaliação dos Bancos sobre o risco de concessão de crédito. Os
factores usados para o cálculo do risco associado ao empréstimo estão ligados à situação
económica dos requerentes herdada de um país “novo” ainda a passar por várias reformas
estruturais.

CUSTO DE FINANCIAMENTO
O empresariado moçambicano, de preferência, realiza o seu investimento com recurso a fundos
próprios e empréstimos privados devido aos seguintes factores:

Elevados custos de juro;


Acesso limitado ao crédito e mercado de venture capital;
Exigências de garantias ou colaterais;
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Insuficiência em quantidade e qualidade de serviços financeiros e a sua concentração na
capital do país.
A facilidade de permanência do BdM nos últimos quatro anos apresenta uma média de 11.95%,
tendo um acréscimo elevado de 2009 para 2010 (4%), e um decréscimo semelhante de 2011 para
2012 (5%). Nota- se que estas variações aparentam causar pouco impacto nas taxas de juro
bancárias. Esta situação deve-se ao facto que os factores relacionados com o risco de concessão
de crédito não estão associados à FPC do BdM. Um estudo elaborado pela USAID sobre os
Constrangimentos do Sector Financeiro no Desenvolvimento do Sector Privado em
Moçambique chegou à conclusão, através de entrevistas aos Bancos, que os riscos envolvidos
na concessão de crédito podem-se resumir em quatro critérios:

RISCO PERCEPCIONADO
São quatros os principais grupos de riscos que são tomados em conta na análise e avaliação de um
projecto. Estes incluem: (i) Risco do país; (ii) Risco sectorial; (iii) Risco da empresa; e (iv) Risco
do projecto.
A principal referência para a análise do risco do país no âmbito do custo de fundos é a política
monetária do país. Esta espelha-se basicamente em como o regulador monetário influência a
economia via instrumentos de política monetária, que para o presente estudo, são as taxas
directoras.
Os aspectos como um mercado maduro, tendências de desenvolvimento do sector, nível de
concorrência e perfil dos principais intervenientes, abertura para inovação são aspectos que
definem o quanto apetecível é um determinado sector, dai o risco sectorial.
O perfil da empresa requerente é outra componente do risco que influencia em grande medida o
custo do financiamento. Note que a base de análise deste tipo de risco inclui aspectos como: (i)
legalmente estabelecida, (ii) histórico da relação da empresa com a instituição financeira e sistema
financeiro; (iii) relatórios financeiros mais recentes (não auditados); e (iv) identificação da
liderança da empresa.
O risco do Projecto está associado à capacidade de desenvolvimento de planos de negócio e mapas
de fluxos de caixa robustos, análise do mercado de forma assertiva, capacidade de apresentar

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garantias / colaterais, nível de comparticipação no investimento pretendido, apresentação de uma
capacidade de implementação robusta, entre outros.

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RISCO PERCEPCIONADO
Segundo o projecto “Financiando Moçambique” são quatros os principais grupos de
riscos que são tomados em conta na análise e avaliação de um projecto. Estes incluem:
(i) Risco do país; (ii) Risco sectorial; (iii) Risco da empresa; e (iv) Risco do projecto.

Risco do país
A principal referência para a análise do risco do país no âmbito do custo de fundos é a
política monetária do país. Esta espelha-se basicamente em como o regulador monetário
influencia a economia via instrumentos de política monetária, que para o presente
estudo, são as taxas directoras. Note que estas são percebidas como sendo a base por
onde começa o custo de financiamento. Um outro aspecto que se reflecte na política
monetária é a estabilidade económica e política.
O regulador tem demonstrado um sinal de confiança no sistema nos últimos anos via
redução das taxas directoras (vide subsecção Linhas orientadoras do Banco Central para
mais detalhes). No entanto, tem se observado que o mecanismo de transmissão deste
sinal não tem tido o impacto esperado sobre o custo de financiamento. Como tal, fica a
impressão de que o seu peso na definição do custo de financiamento (ainda que seja o
ponto de partida) não é tão relevante quanto se pensa.
É percebido que existem factores adicionais que contribuem para este fenómeno,
nomeadamente: (i) fraco nível de concorrência a nível do sector financeiro; (ii)
influência da remuneração aos fundos de pensões; (iii) o nível de recorrência ao MMI; e
(iv) necessidade de melhor legislar o sector, diferenciando os tipos de instituições
financeiras (por exemplo as viradas para o desenvolvimento das empresas comerciais).

Risco Sectorial
O risco sectorial tem sido percebido como sendo um dos principais influenciadores do
custo de financiamento em Moçambique. Nestes consideram-se aspectos como
tecnologia e infra-estruturas, geografia, políticas e legislação sectorial, cadeia de valor,
entre outros.
Os aspectos como um mercado maduro, tendências de desenvolvimento do sector, nível
de concorrência e perfil dos principais intervenientes, abertura para inovação são
aspectos que definem o quanto apetecível é um determinado sector. Quanto mais difícil

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e desafios o sector enfrentar, maior é a probabilidade do seu risco ser elevado e por
conseguinte maior é a influência desta componente no custo de financiamento.
Um exemplo crítico é o elevado risco percebido para o sector de agricultura, dadas as
condições pouco desenvolvidas em que esta é praticada. Este sector é visto como sendo
um sector de elevado risco (vide a subsecção Principais Constrangimentos do sector
agrícola para uma análise mais detalhada), e como tal o custo de financiamento a este
sector tem sido elevado. A Massarango (2013) também nota que os sectores de
transporte, comércio, indústria e “outros sectores” (que agrega de entre várias categorias
o crédito para particulares para consumo e habitação) têm tido maior afluência de
crédito, diferentemente do sector agrícola.

Risco da Empresa
O perfil da empresa requerente é outra componente do risco que influência em grande
medida o custo do financiamento. Note que a base de análise deste tipo de risco
inclui aspectos como: (i) empresa legalmente estabelecida, (ii) histórico da relação
da empresa com a instituição financeira e sistema
financeiro; (iii) relatórios financeiros mais recentes (não auditados); e (iv) identificação
da liderança da empresa.
O perfil do empresariado nacional têm-se demonstrado fraco e com desafios sob
diversas perspectivas (vide a subsecção Principais Constrangimentos das MPME’s para
uma análise mais detalhada). Estes desafios ilustram um risco considerável em financiar
estas, e como tal têm influenciado na formação do custo de financiamento, no sentido de
ser mais alto.

Risco do Projecto
A robustez de um projecto é uma das componentes que determina o custo de
financiamento de forma directa. Este risco está, tradicionalmente, associado à
capacidade de desenvolvimento de planos de negócio e mapas de fluxos de caixa
robustos, análise do mercado de forma assertiva, capacidade de apresentar garantias /
colaterais, nível de comparticipação no investimento pretendido, apresentação de uma
capacidade de implementação robusta (recursos humanos qualificados, tecnologias

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reconhecidas, modelo de gestão claro e efectivo, gestão financeira profissionalizada),
entre outros.
O nível de risco de um projecto é maior quanto menos robusto este for. Com tal esta
componente do risco é de importância capital pois é o objecto de financiamento.

LITERACIA FINANCEIRA
O nível de literacia financeira em Moçambique é forte em gestão financeira diária
mas fraco em conceitos relevantes para uma gestão financeira a longo prazo. Tanto
utilizadores do sistema financeiro como não utilizadores apresentam fraquezas em
conhecimentos básicos para gestão consciente e adequada de instrumentos financeiros,
daí a necessidade de uma implementação de uma estratégia de capacitação financeira e
sustentabilidade das poupanças.

LITERACIA FINANCEIRA NO MERCADO NACIONAL


As MPME’s têm várias dificuldades no acesso ao crédito devido ao desconhecimento
das oportunidades existentes, ou seja, o nível de literacia financeira por parte do micro,
pequenas e médias empresas releva- se como um dos principais constrangimentos
devido ao acesso limitado ao financiamento bancário.
Para combater esta dificuldade têm havido iniciativas de diversas instituições, sob
forma de palestras, seminários, sessões de formação, aumento e melhoria de fontes de
informação.
O estudo do Banco Mundial concluiu que a maior parte dos entrevistados consegue
efectuar divisões simples, e efectuar o cálculo simples da taxa de juro mas tem lacunas
no conhecimento financeiro necessário para efectuar decisões relacionadas com
empréstimos e poupanças. As rúbricas mais notáveis foram a falta de conhecimento
sobre a inflação (72%) e juros compostos (72%). Nas pesquisas semelhantes feitas
em outros países, notou-se que a percentagem de entrevistados com conhecimento sobre
a inflação em Moçambique é substancialmente inferior.

Tabela 1 - Comparação internacional sobre conceitos financeiros

Comparação internacional sobre conceitos financeiros


Medido em percentagem de respostas correctas ao questionário
País Ano Inflação Juro Simples Juro Composto Divisão
Simples
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Moçambique 2013 28.00% 78.00% 28.00%
93.00% Mongólia 2012 39.00% 69.00% 58.00%
97.00% África do Sul 2010 49.00% 44.00% 21.00%
79.00% México 2012 55.00% 30.00% 31.00%
80.00% Malásia 2010 62.00% 54.00% 30.00%
93.00% Peru 2010 63.00% 40.00% 14.00%
90.00% Polónia 2010 77.00% 60.00% 27.00%
91.00%
Fonte: Fortalecendo a capacidade e a inclusão financeira em Moçambique, Banco Mundial

O estudo do Banco Mundial conclui que os entrevistados moçambicanos que não


participam nos mercados financeiros, apesar de estarem menos conscientes dos serviços
oferecidos pelas instituições financeiras, têm um conhecimento comparável ao dos
entrevistados que usam activamente os produtos financeiros. Sugere, nesta base, que
tanto os moçambicanos excluídos como os inclusos financeiramente merecem atenção
para uma política de capacitação financeira por haver um número elevado de
entrevistados financeiramente activos que não têm conhecimentos básicos e habilidades
para tomar boas decisões financeiras.

TRANSPARÊNCIA E PROFISSIONALIZAÇÃO DA GESTÃO


As principais fragilidades da gestão das MPME’s prendem-se com o seguinte:

TRANSPARÊNCIA E PROFISSIONALIZAÇÃO DA GESTÃO


empresariado nacional em Moçambique tem como função criar os produtos e
serviços que correspondam às necessidades da sua respectiva população. Em
Moçambique, a maioria das MPME’s são lideradas por indivíduos que tiveram a ideia
de criar a empresa, pelo que a visão e missão do líder é igualmente partilhada para a
restante empresa como sendo os valores da empresa. Esta forte dependência face ao
líder apresenta-se como um elevado risco de insucesso caso o mesmo se afaste da
empresa criada.
Por outro lado, a sociedade tende a depositar a sua confiança na figura do líder em
detrimento da própria organização.

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A filosofia de gestão das MPME's aproxima-se de um “negócio familiar”
caracterizando-se por recorrer à formas alternativas. A abertura do capital a terceiros é
percepcionado como uma perda de autonomia e controlo sobre a empresa. Os negócios
familiares, por sua vez, são caracterizados pela existência de uma linha muito ténue
entre os capitais da empresa e os capitais do líder, traduzindo-se muitas vezes na
escassez de transparência nas transacções ocorridas.

Esta falta de transparência está, igualmente, relacionada com as fracas qualificações dos
líderes que não mostram dar importância a certas metodologias de controlo interno
como, por exemplo, a certificação das suas contas ou apresentação de uma fraca
disciplina financeira.
As empresas, no final do dia, são geridas como se fossem “pequenos negócios” ao invés
de uma empresa com estrutura. A sua estrutura de governança e gestão resume-se
apenas à “liderança individual”. As MPME's apresentam fragilidades quanto a
capacidade de elaboração e apresentação de informação financeira credível.

FONTES DE FINANCIAMENTO ALTERNATIVO


O mercado financeiro moçambicano encontra-se numa fase de desenvolvimento e
como tal as alternativas de financiamento são muito reduzidas e pouco
sofisticadas. Deste modo, é possível identificar como alternativas de financiamento as
seguintes:
as de crédito

FONTES DE FINANCIAMENTO ALTERNATIVO


O mercado financeiro moçambicano encontra-se numa fase de desenvolvimento e como
tal as alternativas de financiamento são muito reduzidas e pouco sofisticadas.
Adicionalmente o tecido empresarial nacional, especialmente MPME’s, ainda carece

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de muitas melhorias (vide os desafios indicados nas subsecções Transparência e
profissionalização da gestão e Principais Constrangimentos das MPME’s). Deste modo,
é possível identificar como alternativas de financiamento as seguintes:

Linhas de crédito
Segundo o estudo da AYANI (2013), as linhas de crédito e facilidades de garantias
financiadas pelas Agências de Cooperação encorajaram os Bancos a expandir aos
sectores de MPME’s e Agricultura, mas não tem sido capazes de criar um impacto a
longo prazo ou uma expansão sustentável em Moçambique. Estas têm tido um impacto
positivo a nível qualitativo dos Bancos, como o desenvolvimento de capacidades
técnicas e tecnológicas direccionadas às MPME’s e a definição de estratégias relativas à
questão de colaterais para o sector de agricultura.

Capitais de Investimento
Na perspectiva de desenvolvimento de mercado de capitais, a legislação moçambicana
ainda não se encontra desenvolvida de forma a estabelecer regulamentos específicos
para sociedades de investimentos ou outro tipo de alternativa similar. Actualmente estas
devem responder ao mesmo tipo de requisitos que um Banco comercial. Entretanto
existem três instituições no mercado que de alguma forma oferecem serviços que se
podem enquadrar neste âmbito, nomeadamente: (i) Bolsa de Valores; (ii) Fundo
Catalítico; e (iii) GAPI. Para além destas oportunidades formais, acredita-se que existe
ainda uma serie de Instituições de Financiamento não bancárias que operam de forma
informal.

Bancos de Desenvolvimento
Tal como para o caso de sociedades de investimentos e similares, a legislação
moçambicana ainda não se encontra desenvolvida de forma a estabelecer regulamentos
específicos para este ramo. No entanto a filosofia do BNI é a de um Banco de
Desenvolvimento. Esta tem se focado a projectos estruturantes e de desenvolvimento.
Porém, em termos de aceitabilidade, este tipo de Banco ainda é visto como uma forma

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de financiar desenvolvimento com desafios, dado o historial que o sistema bancário
nacional teve com o Banco Popular de Desenvolvimento.

Microfinanças
As microfinanças constituem um segmento de financiamento relativamente mais caro,
resultantes de custos operacionais elevados relacionados a metodologias de crédito à
MPME's. É necessário salientar aqui que este engloba as instituições macrofinanceiras
formais e informais. As instituições macrofinanceiras formais poderão se concentrar nos
empreendimentos de médio porte. Olhando para o sector microfinanceiro informal,
existem relações que não estão bem claras, como as práticas de “xitique”, agiotas,
mukheristas.

Dinheiro electrónico/móvel
Existe ainda um potencial de provisão serviços financeiros as zonas ruais via mKesh e
MPESA. No entanto estes ainda não são visualizados pelos Bancos como uma forma
viável de expansão as zonas rurais. As principais razões ligadas a este é a fraca
cobertura da rede de electricidade e o nível de literacia financeira nas zonas rurais.

PRINCIPAIS CONSTRANGIMENTOS DAS MPME’S


Elevada dependência das MPME's as individualidade que as cria. A visão, princípios e a
operacionalidade são normalmente subjacentes a esta figura “criadora”. A filosofia de
gestão das MPME's é mais de “negócio individual” ou “negócio familiar”, e não de uma
“empresa”. O modelo de gestão das MPME's, de uma forma geral, é pouco profissional
e transparente. As MPME's apresentam um fraco conhecimento sobre os diferentes
instrumentos de financiamento e opções de financiamento existentes.
Uma capacidade de colaterização muito baixa. O nível de capitalização das MPME's é
muito fraco. Fragilidades na capacidade de elaboração e apresentação de informação
financeira credível.
Existem ainda alguns aspectos que contribuem de forma indirecta na capacidade de
envidamento das
MPME's, nomeadamente:

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Um sistema bancário não especializado e não-alinhado as características
intrínsecas do empresariado nacional.

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Conclusão
. A elevada concentração dos depósitos e do crédito poderia ser parte das
razões que contribuem para a alta taxa de juro de crédito em Moçambique. Uma
maior concentração do crédito e dos depósitos está associada a taxas de juro de crédito
mais alta e, adicionalmente, ha também indícios de que a elevada concentração do
crédito enfraqueça a eficácia dos ajustamentos da taxa diretora do banco central. Esta
constatação é compatível com a teoria Structure-Cond uct-Performance, segundo a
qual sectores bancários altamente concentrados tendem a apresentar menor
concorrência, o que leva a taxas de juro mais altas e reduz os incentivos aos bancos para
responder aos estímulos da política monetária. As constatações apontam para três
implicações em matéria de políticas:

I. Promover um ambiente de maior concorrência no sector bancário. Embora


a presença de alguns poucos bancos grandes e dominantes não seja incomum num
sistema financeiro de pequeno porte, a concorrência é importante e pode ser promovida
por meio do fortalecimento do quadro regulamentar no intuito de limitar o poder de
monopólio e implementar programas de educação financeira destinados a dotar o
público da capacidade para avaliar e comparar os produtos financeiros oferecidos pelos
bancos.
II. Promover a poupança privada e a concorrência na base de depósitos,
inclusive através de campanhas para mobilizar para o sistema bancário recursos
financeiros que ainda prevalecem no sector informal (parcialmente sem banca). Isto
poderia contribuir para o alargamento da base de depósitos e, assim, reduzir a
dependência dos bancos a um número limitado de grandes depositantes com poder de
mercado oligopolista.
III. Aprofundar os mercados de capitais domésticos e ajudar as PME a obter
serviços financeiros. Face a insipiência dos mercados domésticos e os riscos
intrínsecos das PME num país de baixo rendimento, simplesmente promover um
crescimento maior do crédito provavelmente não vai ajudar a alargar
significativamente o acesso das PME a crédito. Programas de educação financeira
podem ajud ar estas empresas a produzirem melhores pacotes de documentação , que
demonstrem com mais eficácia a viabilidade
dos seus negócios, por forma a beneficiarem do crédito bancário

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Referencias
Apresentação do projecto Financiando Moçambique, CTA, FINANTIA, FAN
Aviso 03/GBM/2012 de 28 de Novembro – Migração para o Acordo de Basileia II
Balanço do Plano Económico Social, 2013
Banco de Moçambique, página electrónica (www.Bancomoc.mz), consultada em
Setembro de 2014

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