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Programa Criança Feliz – 2018

1º Encontro
Tema: Educação dos filhos e construções de limites
Profissional responsável: Angelo Catarim

NÃO PENSEM EM UMA GIRAFA....


Continuar falando de alguma outra coisa, levando o assunto para outros pontos e então
dizer novamente: “Não pensem em uma girafa”. Em seguida, conversar sobre como eles
se distraíram com os assuntos que eu falei depois e relacionar com os comportamentos.

- O que é a birra? Pensemos em alguma frustração que tivemos em nossa vida. Pode
ser uma frustração leve. Tente se lembrar dos sentimentos que você experimentou
diante dessa frustração. Quais foram as atitudes tomadas por você? Como você agiu
com as outras pessoas?
A frustração é uma demanda de adaptação a uma realidade muito distante
daquela que planejávamos ou mesmo que esperávamos acontecer. Essa demanda
excessiva para nos adaptarmos a uma nova situação pode nos levar a uma condição de
estresse, o que não difere da criança. No entanto, diferente de nós, os infantes ainda não
sabem controlar seus impulsos advindos dessa frustração. A condição de vida que temos
atualmente, dificulta ainda mais o aprendizado para o manejo da frustração.
Quem de nós assistia desenho quando criança? Com certeza, se você assistia
desenhos, você tinha algum desenho que era o seu favorito. No entanto, ele não passava
o dia todo, era preciso esperar que ele começasse. A grade de programação não permitia
que assistíssemos aos nossos desenhos preferidos a qualquer momento do dia. O que
precisávamos fazer, então? Tínhamos que esperar o desenho começar para podermos
satisfazer nossa imensa vontade de assistir aquele que seria o melhor episódio de todos
os tempos de “Chaves” ou de “Dragon Ball Z”. Portanto, acontecia algo muito
importante para nossa formação como pessoas: aprendemos que a satisfação de nossas
necessidades e de nossas vontades não ocorre a qualquer momento. Não adiantava a
gente chorar para o desenho começar antes da hora.
Contudo, quero perguntar a todos como as crianças de hoje em dia assistem a
desenhos. Quantas crianças aqui assistem apenas os desenhos que passam na televisão?
Quais são os outros meios pelos quais elas assistem seus desenhos preferidos? Elas
precisam esperar o desenho começar ou com o simples deslizar e o toque de seus
dedinhos elas escolhem o momento e o desenho que elas querem assistir?
É bem possível que nossas crianças consigam assistir seus desenhos a qualquer
momento, em qualquer lugar, pois a tecnologia nos permite acessa-los
instantaneamente. Contudo, essa satisfação imediata e certa das vontades das crianças
ensina a elas que não é necessário esperar, a não ser que a operadora da internet esteja
com problemas. Com isso, elas não entendem que suas satisfações precisam ser
colocadas nos limites das possibilidades da vida e nem das regras.
- A concessão diante da birra faz com que a criança veja uma segurança naquela atitude
e a percebe como algo que pode lhe trazer vantagens diante das frustrações. Como
retirar essa segurança atrelada a esse comportamento? É necessário mostrar à criança
que sua segurança não está nessa forma de comportamento, mas no seu responsável. Por
esse motivo, ao fazer a birra, mostre que ela está perdendo a segurança, não lhe dê
atenção.

A quantidade de pessoas presentes provavelmente não permitirá que eu responda


todas as questões e nem que todas as questões sejam resolvidas por mim. Pelo contrário,
minha experiência de vida é acadêmica, não paterna. Mesmo que eu tivesse experiência
paterna, qual seria a garantia que as minhas vivências serviriam para as pessoas aqui
presentes? Por esse motivo, o que eu espero fazer aqui é auxiliar na reflexão sobre
alguns processos recorrentes na educação dos filhos e lançar alguns questionamentos
sobre nossas posturas, como adultos, diante das crianças.
Primeiramente, é importante lembrar que, quando falamos de limites, estamos
falando de leis, ordens, regras, estatutos ou algo que o valha. Todos esses
estabelecimentos são produzidos socialmente mediante o uso e a aquisição da
linguagem. No entanto, a linguagem não é um acontecimento que dominamos a partir
do momento que nascemos. Pelo contrário, antes mesmo de nascermos e até morrermos
estamos aprendendo a lidar com ela e com as diferentes formas de comunicação que
produzimos socialmente. Isso nos faz pensar em duas coisas importantes:
primeiramente, as crianças precisam aprender a linguagem utilizada em seu contexto
para que os códigos linguísticos façam sentido para ela; em segundo lugar, elas não
deixam de apreender o universo ao seu redor simplesmente porque ainda não estão
habituadas à linguagem as circundam.
É importante compreendermos esse segundo ponto porque as crianças não
aprendem apenas pelo o que falamos. Já que elas não entendem boa parte de nossa
linguagem nos primeiros anos de vida, elas provavelmente imitarão os seres humanos
mais próximos ao seu redor. De maneira natural, as crianças copiam grande parte dos
gestos, posturas, trejeitos e atitudes das pessoas que estão mais próximas dela ou
daquelas que elas consideram importantes, que servem para elas como espelhos. O que
essas pessoas, que são tomadas como referências fazem, elas tentarão copiar.
Portanto, nossas posturas diante da vida e dos problemas que encontramos no dia
a dia e que as crianças testemunham são de extrema importância para a educação dos
filhos. A incongruência entre a fala e ação é algo difícil para a criança processar, pois
durante muito tempo ela aprendeu apenas pela observação dos comportamentos. Dessa
maneira, penso que é possível refletir sobre um questionamento recorrente entre os pais:
se eu eduquei e amei meus filhos igualmente, porque eles são tão diferentes? Esse
questionamento não está errado no fato de considerar os filhos diferentes, mas ele parte
de uma premissa errada: educar e amar de forma igual. Embora pensemos ter
conseguido fazer essa proeza, as crianças não observam de maneira igual e também não
se relacionam com as informações que lhes chegam de maneira igual. Ou seja, ainda
que conseguíssemos fazer isso, não valeria de nada, pois as crianças são iguais.
Então lanço a pergunta a todos e a todas aqui presentes: o que é preciso para
educar os filhos?

- O que é preciso para educar os filhos?


- Como demonstramos o amor para as pessoas que estão ao nosso redor?
- Os riscos do amor incondicional: Porque eu te amo, não aceito de você qualquer coisa.
Exatamente por amar, não podemos aceitar qualquer coisa ou todas as coisas. Quando
aceito qualquer ato por justificar-se no amor, estou dizendo que, na verdade, não estou
fazendo diferença alguma entre o que você faz ou deixa de fazer
- Eduquei e amei meus filhos da mesma maneira, por que são tão diferentes um do
outro?
- Quem aqui cuida do próprio filho ou também cuida do filho de outras pessoas?
- Por que vocês acham que seus filhos não respeitam os limites que vocês colocam?
- As crianças testam os limites?
- Quais são as atitudes dos pais quando as crianças rompem as barreiras dos limites
impostos? Será que a ruptura do limite não é a única maneira que essa criança
conseguiu encontrar para se comunicar com os pais? Quais são os modos de
comunicação estabelecidos na família?

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