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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

FACULDADE DE FARMÁCIA
GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA

SABRYNE DE OLIVEIRA SOUZA

O USO DO ÓLEO DE COCO NO TRATAMENTO DA DOENÇA DE


ALZHEIMER: REVISÃO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

Goiânia,
2017
SABRYNE DE OLIVEIRA SOUZA

O USO DO ÓLEO DE COCO NO TRATAMENTO DA DOENÇA DE


ALZHEIMER: REVISÃO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao


curso de Graduação em Farmácia da Universidade
Federal de Goiás, como parte dos requisitos
necessários à obtenção do título de Bacharel em
Farmácia.

Orientadora: Renata Mazaro e Costa

Goiânia,
2017
2
Revisão bibliográfica
Em todo o mundo, cerca de 47 milhões de pessoas têm demência, sendo que 60 -

70% dos casos são do tipo Doença de Alzheimer (DA) (WORLD HEALTH ORGANIZATION,

2017). Todos os anos, há quase 10 milhões de novos casos e o número total de pessoas

com demência é projetado para cerca de 75 milhões em 2030 e quase triplicou em 2050

para 132 milhões (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2017).

Descrita pela primeira vez em 1907, pelo psiquiatra e neuropatologista Alois

Alzheimer, a DA é um transtorno neurodegenerativo, caracterizado pela presença de placas

neuríticas extracelulares (β-amiloide), filamentos neurofibrilares intracelulares, resultantes

da hiperfosforilação anormal da proteína Tau, e extensa perda neuronal em regiões

susceptíveis do cérebro (RIBEIRO, 2010; ACADEMIA BRASILEIRA DE NEUROLOGIA et

al., 2011; BRASIL, 2013; PEREIRA, 2013). Além destes, processos degenerativos como

estresse oxidativo, disfunção mitocondrial e respostas pró-inflamatórias desempenham um

papel importante no desenvolvimento da doença (PEREIRA, 2013).

Na DA ocorre uma atrofia do nucleus basalis de Meynert, provocando uma

diminuição na síntese da CAT e, consequentemente, da acetilcolina (MINETT &

BERTOLUCCI, 2000). O nucleus basalis de Meynert é responsável pela produção de

acetilcolina (ACh) a partir de colina e coenzima A, por meio da colina acetiltransferase (CAT)

(MINETT & BERTOLUCCI, 2000). Após sua formação, a ACh é liberada na fenda sináptica

e degradada pela acetilcolinesterase (AChE). Essa redução da neurotransmissão

colinérgica pode favorecer a formação de beta-amiloide e a hiperfosforilação da proteína

Tau, processos observados na DA (MINETT & BERTOLUCCI, 2000).

O excesso de glutamato causa toxicidade para neurônios, e também está envolvido

na morte de células gliais (MATUTE, 2002). A excitotoxicidade glutamatérgica está

envolvida em alterações neurológicas agudas como hipóxia, isquemia, traumatismo

3
craniano e epilepsia e em doenças neurodegenerativas como a DA (LIPTON &

ROSENBERG, 1994; MELDRUM, 2000).

Os fatores de risco que contribuem para a DA incluem: alelo apoE4, gênero, histórico

familiar, doença arterial coronária, traumatismo craniano anterior significativo, hipertensão

arterial, concentração de homocisteína elevada e dieta rica em lipídios (APRAHAMIAN,

MARTINELLI & YASSUDA, 2009; BRASIL, 2013; PEREIRA, 2013).

Como ainda não se descobriu uma cura para a DA, a farmacoterapia visa retardar o

progresso da doença e a melhora cognitiva, incluindo o uso de inibidores da

acetilcolinesterase – rivastigmina, donepezila e galantamina - e antagonista não competitivo

de moderada afinidade de receptores tipo NMDA (N-metil-d-aspartato) do glutamato –

memantina (ENGELHARDT et al., 2005; SERENIKI & VITAL, 2008; VALE et al., 2011;

PEREIRA, 2013; BRASIL, 2013). Contudo, há uma crescente busca por novas fontes

terapêuticas.

Nesse contexto está o óleo de coco, que é composto basicamente por ácidos graxos

saturados de cadeia média, por isso apresenta particularidades que o fazem ser usado

numa gama de processos cosméticos e alimentícios (MORETTO & FETT, 1986; LAWSON,

1999; SIQUEIRA, ARAGÃO & TUPINAMBÁ, 2002; KUMAR, 2011; RODRIGUES, 2012). O

uso do óleo de coco no tratamento da DA surgiu com aprovação da FDA do medicamento

Axona®, que usa óleo de coco fracionado, como suplementação em casos de DA leve a

moderada (SWAMINATHAN & JICHA, 2014; LEI et al., 2016; ANAND, et al., 2017). Dessa

forma, é necessário entender melhor sobre a eficácia e segurança do uso do óleo de coco,

justificando, assim, o presente estudo.

4
O uso de óleo de coco no tratamento da doença de Alzheimer:

Revisão

Souza, S. O.1*; Mazaro-Costa, R.2

1Universidade Federal de Goiás, Faculdade de Farmácia, Rua 240, esquina com 5ª

Avenida, s/n, Setor Leste Universitário, CEP: 74605-170, Goiânia/Goiás - Brasil.


2Universidade Federal de Goiás, Instituto de Ciências Biológicas, Departamento de

Farmacologia.

*Autor para correspondência: sabrynesouza@gmail.com

Resumo

Os corpos cêtonicos, os triglicerídeos de cadeia média e o óleo de coco,


prometem ser uma terapia eficaz contra os sintomas e a fisiopatologia do
Alzheimer. Assim, o objetivo da presente revisão foi analisar os benefícios
do uso do óleo de coco como tratamento adjuvante e preventivo da doença
de Alzheimer. As bases de dados utilizadas foram: PubMed, ScienceDirect,
SciELO e Portal Capes, sendo selecionados artigos com data de
publicação de 2005 a 2017, nos idiomas português, inglês e espanhol, com
acesso gratuito e na íntegra. Ao todo, foram encontrados 751 trabalhos.
Desses, após leitura e análise oito foram selecionados para serem incluídos
nesta revisão. Os resultados mostraram que o óleo de coco é capaz de
exercer neuroproteção contra a deposição de placas senis e aumentar a
sobrevivência dos neurônios tratados com óleo de coco, além de diminuir
os índices de caspase 3 clivada e espécies reativas do oxigênio e melhorar
a cognição nos estudos realizados. Porém, são necessários mais estudos
com maior espaço amostral e mais ensaios in vitro e in vivo.

Palavras-chave: Nutracêuticos, Corpos cetônicos, triglicerídeos de cadeia

média, Demência.

5
Abstract

Ketone bodies, medium chain triglycerides and coconut oil promise to be an


effective therapy against the symptoms and pathophysiology of Alzheimer's.
Thus, the objective of the present review was to analyze the benefits of
using coconut oil as adjunctive and preventive treatment of Alzheimer's
disease. The databases used were: PubMed, ScienceDirect, SciELO and
Portal Capes, and articles with a publication date from 2005 to 2017 in
Portuguese, English and Spanish were selected, with free access and in
full. Altogether, 751 papers were found. Of these, eight were selected for
reading and analysis to be included in this review. The results showed that
coconut oil is capable of exerting neuroprotection against the deposition of
senile plaques and increasing the survival of neurons treated with coconut
oil, as well as decreasing the rates of cleaved caspase 3 and reactive
oxygen species and improving cognition in studies. However, more studies
with larger sample space and more in vitro and in vivo tests are needed.

Keywords: Nutraceutics, Ketone Bodies, Medium-chain triglycerides,

Dementia.

Introdução

O coco (Cocos nucifera L.) é um membro da família Arecaceae (família das

palmeiras) e seu óleo é obtido a partir da prensagem a frio da polpa do coco fresco maduro.

Em sua composição encontra-se predominantemente (mais de 80%) ácidos graxos

saturados e, em menor concentração, alguns ácidos graxos insaturados (SIQUEIRA,

ARAGÃO & TUPINAMBÁ, 2002).

Os ácidos graxos saturados presentes no óleo de coco são chamados de ácidos

graxos de cadeia média (AGCM), compostos por 6-12 carbonos que, por conterem menos

saturações, possuem características físico-químicas e metabólicas distintas dos ácidos

graxos saturados de cadeia longa (AGCL), como baixo ponto de fusão, rápida absorção

intestinal e ausência da necessidade da enzima lipase (RODRIGUES, 2012).


6
Fig. 1: Estrutura química dos ácidos graxos de cadeia média encontrados no óleo de coco.
Fonte: http://200.156.70.12/sme/cursos/EQU/EQ18/modulo1/aula0/08_vinagre/img/05h.jpg
http://www.oleosessenciais.org/wp-content/uploads/2015/07/Acido_Laurico.jpg

Dentre os ácidos graxos saturados presentes no óleo de coco, destacam-se:

caproico, caprílico, cáprico, láurico, mirístico, palmítico e esteárico; e os insaturados: oleico

e linoleico (Quadro 1). O ácido láurico possui maior concentração (acima de 40%) e, devido

sua resistência a oxidação não enzimática e de seu baixo ponto de fusão é amplamente

utilizado na indústria cosmética e alimentícia (MORETTO & FETT, 1986; LAWSON, 1999;

KUMAR, 2011).

Composição de ácidos graxos em óleo de coco


% Total em
Ácido Graxo Saturado/Insaturado AGCM/AGCL
óleo de coco
Caproico (C6:0) Saturado AGCM 0,6
Caprílico (C8:0) Saturado AGCM 0,8
Cáprico (C10:0) Saturado AGCM 6,4
Láurico (C12:0) Saturado AGCM 48,5
Mirístico (C14:0) Saturado AGCM 17,6
Palmítico (C16:0) Saturado AGCM 8,4
Esteárico (C18:0) Saturado AGCL 2,5
Oleico (C18:1) Insaturado AGCL 6,5
Linoléico (C18:2) Insaturado AGCL 1,5
Quadro 1: Composição de ácidos graxos em óleo de coco. Fonte: FERNANDO et al., 2015.

Os AGCMs foram propostos como uma boa fonte de energia alternativa através da

cetogênese (KESL et al., 2016). Eles são metabolizados pelo fígado em corpos cetônicos,

que são capazes de atravessar a barreira hematoencefálica e então convertidos em acetil-

CoA, um substrato-chave no ciclo do ácido cítrico (ciclo de Krebs) para fornecer ATP

(NEWMAN & VERDIN, 2014).


7
Segundo Machado et al. (2006), o óleo de coco mantém-se estável, conservando

suas características nutricionais mesmo após submetido a altas temperaturas, e também

não contém gorduras trans. Além disso, há relatos de ação termogênica, favorecendo a

perda de peso e metabolismo lipídico, ação anti-inflamatória e antitrombótica, devido à alta

concentração de vitamina E, ácido gálico e polifenóis (compostos bioativos que atuam na

promoção da saúde e prevenção contra doenças), e também ação imunomoduladora contra

micro-organismos (COSTA, 2008; CARDOSO, 2014; BITTAR et al., 2017; RIBEIRO, 2017).

A doença de Alzheimer (DA), descrita pela primeira vez em 1907 pelo psiquiatra e

neuropatologista Alois Alzheimer, é um distúrbio

neurodegenerativo progressivo, irreversível e fatal,

caracterizado por afetar a memória, a cognição e por

alterações comportamentais, sendo resultante do

acúmulo de placas β-amiloides extracelulares,

emaranhados neurofibrilares intracelulares e extensa

perda neuronal no cérebro (RIBEIRO, 2010;

ACADEMIA BRASILEIRA DE NEUROLOGIA et al., Figura.2: Emaranhados neurofibrilares em


impregnação por prata no córtex temporal.
Fonte:
2011; BRASIL, 2013; PEREIRA, 2013) (Figuras 1 e 2). http://anatpat.unicamp.br/bineualzheimer.
html
As atrofias do hipocampo e do

córtex cerebral também são

observadas, sendo mais severas

que aquelas encontradas em

indivíduos sem a doença (RIBEIRO,

2010; PEREIRA, 2013).

Com o envelhecimento, a

prevalência mundial de demência


Figura.3: Placas senis (β-amiloide) em córtex cerebral,
corado por Hematoxilina-Eosina.
Fonte: http://anatpat.unicamp.br/bineualzheimer.html aumenta, sendo que dos 65 a 69

8
anos está em torno de 1,2%, e, em idosos acima de 95 anos, esse número fica próximo de

55% (APRAHAMIAN, MARTINELLI & YASSUDA, 2009; BRASIL, 2013). No Brasil, a taxa

estimada de DA foi de 7,7 por 1000 pessoas-ano em indivíduos com mais de 65 anos. Não

há relação com o gênero, mesmo assim as mulheres apresentam incidência mais elevada

(BRASIL, 2013).

Já na fase inicial da DA ocorrem alterações nos sistemas de neurotransmissores,

principalmente das vias colinérgicas, pela atrofia do nucleus basalis de Meynert, o que leva

a perda de CAT e redução na síntese da acetilcolina e perda de receptores nicotínicos, e

aumento da excitotoxicidade neuronal patológica induzida por glutamato, causando morte

neuronal e de células gliais (MINETT & BERTOLUCCI, 2000; MATUTE, 2002; VALE et al.,

2011; BRASIL, 2013).

Por não haver cura, o tratamento da DA visa a estabilização do comprometimento

cognitivo, comportamental e da realização das atividades cotidianas, com o menor número

de efeitos adversos possível. Para isso, são utilizados inibidores da acetilcolinesterase

(donepezila, galantamina e rivastigmina), como tentativa de diminuir o déficit do sistema

colinérgico, a memantina (antagonista não competitivo do receptor de N-metilo-d-aspartato,

que previne a neurotoxicidade excitatória do glutamato na demência) e estratégias não

farmacológicas, como fisioterapia, alimentação e musicoterapia, que visam a melhora da

cognição e minimizam os sintomas comportamentais (ENGELHARDT et al., 2005;

SERENIKI & VITAL, 2008; VALE et al., 2011; PEREIRA, 2013; BRASIL, 2013).

Atualmente, o óleo de coco tem sido usado como fonte alternativa de corpos

cêtonicos no tratamento da DA (DeDea, 2012; NEWPORT et al., 2015). Esses corpos

cetônicos são produzidos após a metabolização dos AGCM contidos no óleo de coco (LEI

et al., 2016).

Considerando a polêmica atual do uso de óleo de coco como alimento funcional e/ou

nutracêutico, o presente trabalho teve por objetivo fazer uma revisão integrativa da literatura

9
disponível para compreender se o uso do óleo de coco é eficaz como tratamento adjuvante

ou preventivo na DA, melhorando os parâmetros ligados à doença, como função cognitiva,

aspectos comportamentais e realização de atividades diárias.

Materiais e Métodos

Foi desenvolvida uma revisão integrativa, de acordo com às seguintes etapas: 1)

identificação da questão norteadora, seguida pela busca dos descritores; 2) determinação

dos critérios de inclusão ou exclusão de trabalhos nas bases de dados; 3) categorização,

síntese e organização das informações relevantes dos estudos; 4) avaliação, interpretação

e discussão dos dados extraídos.

As bases de dados utilizadas foram: PubMed, ScienceDirect, SciELO e Portal Capes,

com trabalhos publicados nos últimos 12 anos, de 2005 a 2017. A busca foi realizada

durante os meses de maio a agosto do ano de 2017, com as combinações dos descritores:

(1) coconut oil AND Alzheimer (2) coconut oil AND B-amyloid (3) nutraceutics AND

Alzheimer.

Inicialmente, a seleção dos artigos consistiu na avaliação dos títulos, seguida da

análise dos resumos e, por fim, foi realizada a leitura integral dos estudos para verificar os

critérios de elegibilidade e a interpretação dos dados.

Os critérios de inclusão nesta revisão foram: 1) Artigos escritos nos idiomas

português, inglês ou espanhol; 3) artigos teóricos relacionados ao tema. Os critérios de

exclusão foram: 1) artigos que não abordassem os desfechos de interesse; 2) trabalhos

escritos em outras línguas que não o português, espanhol e inglês; 3) artigos sem

possibilidade de acesso na íntegra; 4) artigos não disponíveis gratuitamente.

Resultados e Discussão

10
A busca nas bases de dados obteve como resultado um total de 751 artigos. Desses,

após leitura dos títulos e resumos foram selecionados 31 artigos. A partir da aplicação dos

critérios estabelecidos, 23 foram excluídos em virtude de pertencerem a outros temas ou

por não apresentarem acesso na íntegra. Ao todo, 8 foram selecionados para serem

incluídos na revisão com análise integral. A tabela 1 mostra, em suma, os resultados

encontrados.

Tabela 1: Estudos selecionados para inclusão nesta revisão segundo título, autor, ano de publicação,

tipo de estudo, tipo de intervenção com óleo de coco e resumo dos resultados .

11
Título Autor Ano Tipo de estudo Tipo de Intervenção Resultados
Effects of a Saturated Fat
and High Cholesterol Diet Alterações comportamentais e
GRANHOLM, A. Óleo de coco
on Memory and 2008 Ensaio Pré - Clínico morfológicas; Aumento de erros de
et al. hidrogenado 10%
Hippocampal Morphology memória de trabalho
in the Middle-Aged Rat
Young coconut juice, a
potential therapeutic agent Diminuição da agregação e
that could significantly RADENAHMAD, deposição de B-amiloide; Menor
2010 Ensaio Pré - Clínico Suco de coco verde
reduce some pathologies N. et al. expressão de GFAP e TAU-1;
associated with Alzheimer’s Diminuição de patologias
disease: novel findings
Maior sobrevivência dos neurônios
Coconut oil attenuates the tratados com óleo de coco;
NAFAR, F. & Estudo piloto - Emulsão de Óleo de
effects of B-amyloid on 2014 Diminuição das alterações
MEAROW, K. M. neurônios de ratos coco e DMSO
cortical neurons in vitro mitocondriais induzidas por B-
amiloide

The role of dietary coconut


for the prevention and
FERNANDO, W. Melhora cognitiva associada a MCT's
treatment of Alzheimer's 2015 Artigo de Revisão -
M. A. D. B. et al. e corpos cetônicos
disease: potential
mechanisms of action

Estudo Prospectivo,
Aceite de coco: tratamiento
controlado
alternativo no Óleo de coco extra Melhora cognitiva de 39 % no teste
YANG, I. U. et al. 2015 longitudinal, misto,
farmacológico frente a la virgem MEC-LOBO
analítico e
enfermedad de Alzheimer
experimental

A new way to produce Óleo de coco / Xarope


hyperketonemia: Use of NEWPORT, M. T. aromatizado contendo Rápida melhora na personalidade,
2015 Estudo de caso
ketone ester in a case of et al. Monoester de Cetona humor, tremor e cognição
Alzheimer's disease (KME)

Fatty acids and their


LEI, E.; VACY, K.; Melhora cognitiva associada a MCT's
therapeutic potential in 2016 Artigo de Revisão -
BOON, W. C. e corpos cetônicos
neurological disorders

Coconut oil protects cortical


Maior sobrevivência dos neurônios
neurons from amyloid beta NAFAR, F.;
Ensaio in vitro - Emulsão de Óleo de tratados com óleo de coco; Menores
toxicity by enhancing CLARKE, J. P.; 2017
neurônios de ratos coco e DMSO índices de caspase 3 clivada e ROS;
signaling of cell survival MEAROW, K. M.
Menor perda de sinaptofisina
pathways
DMSO – dimetilsulfóxido; MCT´s – trigliceridios de cadeia média; GFAP - proteína glial fibrilar ácida; ROS –

espécies reativas do oxigênio.

Dentre os oito trabalhos selecionados para a revisão, dois se tratavam de ensaios

pré-clínicos; um ensaio in vitro; um consistia em estudo piloto in vitro; um estudo

prospectivo, longitudinal, controlado e experimental; um estudo de caso; e duas revisões

bibliográficas. Quanto ao idioma, sete artigos se encontravam em inglês e um em espanhol.

12
Não foram encontrados artigos no idioma português. O ano de publicação variou de 2008

a 2017.

Quanto ao tipo de formulação do óleo de coco usada, dois estudos utilizaram uma

emulsão de óleo de coco e DMSO em cultura de células; um utilizou óleo de coco extra

virgem na dieta; um relatou o uso de 10% de óleo de coco hidrogenado e 2% de colesterol

como dieta saturada experimental; um usou suco de coco verde em modelo animal e o

estudo de caso relatou uso de óleo de coco, contendo aproximadamente 15% de

triglicerídeos de cadeia média, e, posteriormente, xarope aromatizado contendo monoester

de cetona (KME). Os demais artigos, por serem revisão da bibliografia, não possuíam

intervenção com óleo de coco.

Quanto ao resultado, Granholm et al. (2008) em seu ensaio pré-clínico com 20 ratos

Fischer 344 machos, em uma dieta saturada experimental com 2% de colesterol e 10% de

óleo de coco hidrogenado durante 8 semanas, relatou que não houve diferenças nos níveis

corticais de β-amiloide entre o grupo controle e o experimental. As concentrações de fator

de crescimento nervoso (NGF) também não revelaram diferenças entre os dois grupos. No

entanto, o grupo alimentado com dieta saturada produziu significativamente mais erros de

memória, principalmente no teste com a maior demanda de memória operacional, em

comparação com o grupo controle, indicando que a dieta rica em gorduras saturadas

prejudicou a capacidade de lidar com uma carga de memória operacional aumentada.

Houve também alterações das células microgliais do hipocampo no grupo em dieta

saturada em comparação com os controles, como aumento do tamanho do corpo celular,

associado a processos mais pesados, mais curtos e mais espessos em células microgliais.

As alterações comportamentais e morfológicas relatadas no estudo de GRANHOLM

et al. (2008) podem estar relacionadas com o uso de óleo de coco hidrogenado, que

caracteriza o como gordura trans (NAFAR & MEAROW, 2014; FERNANDO et al., 2015).

13
Radenahmad et al. (2011) em seu estudo com 40 ratas Wistar ovariectomizadas

(modelo de mulheres na menopausa com DA) alimentadas (gavage) com 100 mL/kg de

peso corporal/dia de suco de coco verde por 4 semanas, obteve resultados positivos, com

melhora quanto a agregação e deposição de placas β-amiloide, expressão da proteína

ácida fibrilar glial (GFAP) (um neurofilamento intermediário de astrócitos) e também da Tau-

1, ambos biomarcadores da DA. Segundo este estudo, o cérebro das ratas que receberam

o suco de coco apresentou menos patologias, em comparação com o grupo controle.

Yang et al. (2015) em estudo prospectivo com 44 pacientes (22 casos e 22 controles)

idosos de 65 – 85 anos com grau variado da DA, diabéticos ou não, administrou 40 mL de

óleo de coco extra virgem diariamente durante 21 dias consecutivos. Neste estudo, a

avaliação cognitiva (MEC-LOBO) foi realizada antes e após a intervenção com óleo de coco

e registrou melhora cognitiva dos pacientes de 39% após a intervenção, sendo mais

perceptível nos casos mais graves da doença.

Nafar & Mearow (2014) em estudo piloto com neurônios de ratos Sprague Dawley

em primeiro dia de pós-natal, tratados com peptídeo β-amiloide, investigaram o efeito da

suplementação direta com óleo de coco. Os resultados mostraram que a sobrevivência dos

neurônios co-tratados com óleo de coco e β-amiloide foi maior que a de neurônios tratados

somente com β-amiloide, além de observarem que o óleo de coco também atenuou as

alterações mitocondriais induzidas por β-amiloide.

Após os resultados promissores do estudo piloto, NAFAR, CLARKE & MEAROW

(2017) realizaram um ensaio in vitro com neurônios de ratos, tratando as culturas com β-

amiloide e uma mistura de ácidos graxos de cadeia média; β-amiloide e posteriormente

óleo de coco; e também pré-tratamento com óleo de coco e após β-amiloide. Foram

avaliados a sobrevivência neuronal, caspase 3 clivada (um marcador de apoptose),

sinaptofisina (marcador para tumores neuroendócrinos e quantificação de sinapses) e

espécies reativas do oxigênio (ROS). Os resultados indicaram que o óleo de coco aumentou

14
a sobrevivência de células pré-expostas a β-amiloide, mas teve maior eficácia quando o

tratamento de óleo de coco foi feito antes do tratamento com β-amiloide (NAFAR, CLARKE

& MEAROW, 2017). Quanto a mistura de ácidos graxos de cadeia média, proporcionou

proteção contra β-amiloide, mas não tão efetivo quanto ao óleo de coco completo. O

tratamento com óleo de coco também reduziu o número de células com marcação de

caspase e ROS, além de resgatar a perda de sinaptofisina (NAFAR, CLARKE & MEAROW,

2017).

Newport et al. (2015) em estudo de caso de paciente com DA esporádica precoce

há 12 anos, relatou início de uma suplementação com 35 mL de óleo de coco, seguido de

aumento gradual na dose, atingindo 165 mL por dia dividido em 3 a 4 porções, no período

de maio de 2008 a março de 2010. O paciente relata uma rápida melhora na personalidade,

humor e tremor, e a melhora permanece estável durante todo o período de suplementação

com óleo de coco. O óleo de coco foi posteriormente substituído por KME (objeto da

intervenção neste estudo de caso) para fornecimento de corpos cetônicos (também

adquiridos na ingestão de óleo de coco), elementos aos quais a contínua melhora do

paciente foi associada.

Quanto as revisões da literatura encontradas, ambas associam o efeito preventivo e

neuroprotetor do óleo de coco aos triglicerídeos de cadeia média (MCTs), sendo os

elementos em maior quantidade presentes no óleo de coco (quadro 1) (FERNANDO et al.,

2015; LEI et al., 2016). Além dos MCTs, o óleo de coco também oferece tocotrienois e

tocoferóis (vitamina E), que lhe conferem função antioxidante contra o estresse oxidativo,

muito observado no cérebro de indivíduos com DA, e corpos cetônicos, importante

ferramenta de geração de energia para o cérebro no hipometabolismo da glicose

(FERNANDO et al., 2015; LEI et al., 2016).

Uma característica inicial da DA é a diminuição do metabolismo da glicose no

cérebro, em parte devido à interrupção do mecanismo de sinalização, caracterizando uma

15
resistência à insulina e levando à morte neuronal (HENDERSON, 2008; CRAFT et al., 2013;

de la MONTE & TONG, 2014; YANG et al., 2015). Esse processo é questionado como

sendo uma possível diabetes tipo III, e tem sido alvo de intervenção no processo da doença,

já que a inibição do metabolismo da glicose pode ter efeitos profundos na função cerebral

(STEEN et al., 2005; YANG et al., 2015).

As tentativas de compensar a redução das taxas metabólicas cerebrais,

complementando com glicose e insulina, encontraram algum sucesso, embora tenham

efeitos colaterais notáveis (WILLIAMS et al., 2011). Uma abordagem promissora é

complementar o suprimento normal de glicose do cérebro com corpos cetônicos

(acetoacetato, β-hidroxibutirato e acetona), diretamente ou como seus precursores

metabólicos (triglicerídeos de cadeia média) (WILLIAMS et al., 2011; SWAMINATHAN &

JICHA, 2014). Os corpos cetônicos também são produzidos a partir de depósitos de gordura

quando as concentrações de glicose são limitadas, ou adquiridas por meio de uma dieta

cetogênica, que é rica em gordura e baixa em carboidratos e proteínas (LANGE, 2017)

Há diversos estudos sobre a função dos corpos cetônicos na fisiopatologia da DA.

Em sua maioria, mostraram que a maior disponibilidade de energia em forma de corpos

cetônicos para o cérebro teve efeito positivo, tanto na melhora da memória e cognição,

quanto da neuroproteção contra a toxicidade β-amiloide, como no metabolismo das

mitocôndrias (REGER et al., 2004; AUWERA et al., 2005; HENDERSON, 2008;

HENDERSON et al., 2009; KRIKORIAN et al., 2012; HERTZ, CHEN & WAAGEPETERSEN,

2015; REBELLO et al., 2015; WANG & MITCHELL, 2016; YIN et al., 2016; LANGE et al.,

2017).

Contudo, a efetividade terapêutica dos corpos cetônicos parece estar ligada ao fator

genético da apolipoproteína E (ApoE4-Ɛ4), a qual o alelo é um fator de risco para a DA, e

diminui a concentração sérica de corpos cetônicos (REGER et al.,2004; HENDERSON et

al., 2009).

16
O promissor potencial terapêutico do óleo de coco surgiu com a aprovação da FDA

em 2009 para o medicamento Axona®, um derivado de óleo de coco fracionado (triglicerídeo

de ácido caprílico – um MCT) como um alimento terapêutico, de prescrição médica, para o

manejo dietético clínico dos processos hipometabólicos associados à DA de grau leve a

moderado (SWAMINATHAN & JICHA, 2014; LEI et al., 2016; ANAND, et al., 2017).

Atualmente, os MCTs são propostos como boas fontes de corpos cetônicos, sendo

uma alternativa a dieta cetogênica, que pode aumentar o risco cardíaco (fator de risco para

o desenvolvimento de DA), e também pode, em casos como os de indivíduos com DA, ser

trabalhosa e de difícil adesão (KLAG et al., 1993; LIU et al. 2003; LIU et al., 2008). Além

disso, os MCTs são mais vantajosos em relação à sua absorção, pois não necessitam de

β-oxidação e de proteínas carreadoras para atravessarem a barreira hematoencefálica

(RUPPIN & MIDDLETON, 1980; TRAUL et al., 2000; THOLSTRUP et al., 2004).

A maior dificuldade que se tem hoje quanto a cura do DA é um tratamento eficaz,

capaz de alterar os mecanismos da doença e também impedir sua progressão. Alguns

mecanismos que envolvem a doença ainda são desconhecidos. Com isso, cada vez mais

procura-se tratamentos complementares e suplementação alimentar, capazes de regredir

a doença, melhorar o estado cognitivo e proporcionar uma melhor qualidade de vida ao

paciente, além de melhor entendimento do funcionamento da doença.

Por ser constituído de diversos MCTs, não só o caprílico, e também de outros

compostos, o óleo de coco se torna um alimento mais completo, além de se mostrar como

uma alternativa mais barata e mais acessível ao público, em comparação ao Axona ® (LEI

et al., 2016) e parece ser uma alternativa na prevenção e no tratamento adjuvante da DA,

sem efeitos adversos proeminentes (YANG et al., 2015).

Considerações Finais

17
Após a análise dos resultados, o óleo de coco parece mostrar-se útil na melhora de

parâmetros ligados a DA, como a função cognitiva, e também como prevenção do

desenvolvimento da DA. Contudo, os mecanismos ligados aos benefícios relatados ainda

não foram elucidados, apesar de mostrarem ligação com os corpos cetônicos produzidos

pela metabolização dos MCT’s provindos do óleo de coco, e mais estudos sobre o tema

são necessários. Apesar de promissores os resultados encontrados, os estudos sobre a

eficácia e sobre os mecanismos de ação do óleo de coco ainda são escassos. Assim, mais

estudos com maior tempo de seguimento e tamanho amostral em modelos animais e

humanos são necessários, além da pesquisa sobre quais as concentrações circulantes são

necessárias para obter o efeito terapêutico desejado sem efeitos adversos.

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