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Cotaréo Dian volume 7 ERNEST MANDREL INTRODUGAO AO MARXISM ‘Teadugdo de Mariano Soares QUARTA EDIGAO § eprrora MovineNTO 10 1A desigualdade 2. A desigualdade social nas soc 43, Desigualdade so 4, A igualdade social 5, Arevolta contra a desigualdade 6, As lutas de classe através da hi HI ~ AS ORIGENS ECONOMICAS DA DESIGUALDADE SOCIAL 1. As comunidades primitivas baseadas na pobreza 2. A revolugio neolitica 3. Produto necessirio e sobre-produto social 4. Produgio e acumulagio 5. A causa do fracasso de todas as evolugdes igualitérias do passado 1 ~ © ESTADO, INSTRUMENTO DE DOMINAGAO DE CLASSE, 1.A divisio social do trabalho e nascimento do Estado 2,0 Estado a servigo das clases dominantes 3. Congo violentae integragio ideoligica 4, Ideologla dominante eideotogias cevolucionérias 5. Revolugaes sociais,revolugdesp \V — DA PEQUENA PRODUGAO MERCANTIL. AO MODO DE PRODUGAO CAPITALISTA 1. Produsio para satisapo das necessdades e produsio para 2.A pequena produgio mescantit 3. Alei do valor 4.0 aparecimento do ca 5. Do capital a0 capi 10 u 2 13 “4 16 16 7 18 9 aa 2 23 25 25 2 28 28 29 ssn anus lagsttcettioaberedtas atone 3. Acevolugdo dos salérios 4. As leis de evolugio do cag 5. As contradigies int 5, Pafses imperialistas e paises dependentes 6. Acta do capitalismo tardio ‘Vil —O SISTEMA IMPERIALISTA MUNDIAL, LA industrializagio sigual e combinado 2. A exploracio dos paises coloniais semicoloniais pelo capital imperialist 4.0 "“bloco de classes" no poder nos paises semicolonisis 4.0 movimento de libertagao nacional 5.0 neocolonialismo talista¢ a lei do desonvolvimento de 34 35 36 38 a 43 “4 45 47 47 anizagio do 7A #2 1X ~REFORMAS E REVOLUGAO 63 iho e cevelugées no capitalisme contemporineo 64 3. Acvolugio do movimento operétio moderno 65 66 or 68 X ~ DEMOCRACIA BURGUESA £ DEMOCRACIA PROLETARIA 4. Liberdade econdmica eliberdade pol 7 2.0 Estado burgués a servigo dos interestes de classe do ca- pital n 3.Os limites das iberdades democrticas burguesas n 4, Repressio editaduras burguesas 2 5. A democraca proleivia % XI — A PRIMEIRA GUERRA IMPERIALISTA E A REVOLUGAO RUSSA Bead 1, 0 movimento operitio intemacional e a guerra imperi 2, A guerra imperialista desemboca na crise cevoluciondri 78 3, A revolugio de Fevereiro de 1917 na Rissia 79 4, A teoria da revolugio permanente 80 5. A revolugio de Outubro de 1917 aL 6. A destruigio do capitalismo na Ritssia 81 ~ © ESTALINiSMO 1.0 fracasso do ascenso revolucionério de 1918-23 na Europa 83, 2. 0 ascento da buroeracia 90 a4 3. Natureza d natureza social da URSS. 86 4.0 queéo 87 5. A crise do estalinismo 39 89 1 4. Reivindicagds 4.08 és setores da 5. Democracia oper XIV ~ A CONQUISTA DAS MASSAS PELOS REVOLUCIONARIOS 1. A difeenciagio politica no scio do pi 12.0 inimigo de cl 4, Frente tinica operiria e frente popular 5, Independéncia politica de classe e organizagio unitiria de classe 6. Independéncia de classe e aliangas entre as XV ~ 0 ADVENTO DA SOCIEDADE SEM CLASSES 1.0 fim socialista a atingir 2. As condigdes econdmicas e sociais para atingir esse fim 43. As condigdes politicas, idealégicas e culturais para at esse fir 4. As etapas da w lade sem classes XVI ~ 0 MATERIALISMO DIALETICO 7. Teoria e pritica 100 102 104 105 106 107 109 ho a2 413 115 116 na CIAL EAS LUTAS SOCIAIS ATRAVES DA 1a sociedade capitaista contemporinea cento dos belgas possuem do pais. Dente eles, duzentas familias jedades holdings* que dominam 0 conjuato da vide cecondmica nacional. Nos Estados Unidos, um inquérito realizado em 1952 pelo Brookings Inseicate dew os seguin pulagio americana, po gies emitidas por s resultados: 130 000 pessoas, ou seja, 0,1 % da po- {i 56 % do valor da Bolsa de todas as agbes > obriga- rmericanos tém um poder econdmico inferior a0 de 0,1 % da populasio. Idade dos rendimentos ¢ das fortunas no é um fato unica ‘mente econdmico. Implica uma desigualdade ante as possibilidades de sobre- fe. Assim, na Gri-Dretanha, antes da fins de operdrios no qualificedos bburguesas. Ua estatstica of cial indica gue na Franga, no ano de 1951, a mortalidade infantil elevou-se de 19,1 bitos por cada 1000 nascimentos entre as profissdesliberais, a 23,9 &- bitos entre « burgucsia patronal, 28,2 Sbitos entre os empregados de comér- cio, 34,5 Sbitos entre os comerciantes, 36,4 dbitos entre os artesios, 42,5 6- bitos entre os operitios qualificad ‘entre os camponeses € ope- trios agrcolas, 51,9 dbitos entre os operarios semiqualificados e 61,7 Sbitos gualdade entre um pequeno punhado de industrial e @ maior parte da humanidade que ¥ volvidos (paises coloniais es Assim, no mundo capi de da produgao industrial e consomem mais da metade de matérias-primas industeiais, 550 milhoes de go © menos enerpia elétrica do que 9 milhdes de belges. C mais pobres do mundo, é ape e dos patses mais ricos. A 67 % dos h 5% do rendimento mundial ‘Resultados: Um habitante da India ingere por dia apenas a metade das imos nos pafses avangados. A idade m: calorias que ni te os 65 anos, e choga 20s 70 anos em certos p: 2. A desigualdade social nas sociedades anteriores Encontramos uma desigualdade social compardvel & que existe no mun do capitalista em todas as sociedades anteriores que te sucederam aa longo da a descrigdo da miséria dos camponeses franceses cerca do fim do I, descvigao tieada dos Caraetéres de La Bruyéte: “*Espalhados pelos campos véem-se certos animais bravios, machos ¢ f&- meas, negros,lividos e requeimados pelo sol, agartados & terra que escavam € tevolvem com uma obstinagio inveneivel; &m como que uma voz articulada, € quando se erguem sobre 0s pés, mostram uma face humana; e, com efeito, fo homens. Retiramse & noite para as tocas, onde vivem de pio negro, de gua € rates. ‘Comparar este retrato dos camponeses da época com o das brilhantes festas dadas por Luis XIV na Corte de Versilles, com o luxo da nobreza e 0 esbanjamento do Rei Na sociedade da alta idade média, em que predominava a servidio, o nobre senhor dispunha com muita freqigncia de metade do trabalho ou de metade da colheita dos camponcses-servos. Eram numerosos os senhores que sinha a ferras centenas ow mifhares de servos ¢ cada ums delesrecebia Portanto, em cada ano, tanto como eentenas ou milhares de campone On ava nas diferentes sociedades do I baseavase isso devew-se em ‘Mesmo que durante 50 anos de trabalho nada no poders reunie dinheiro bastante para se tor- icas da estrutura da eco- nudimentos nfo pode nunca Coenar de predugioe a classe dos propretitios dos meios de produgi 10 que a0 lado fs propramente dts alguns tangs altammente dotados podem aceder aos postos de chefia das empresas. Mas a f ida € uma formagi tdci. Ora, durante as + re5.a7 % dos estudances na Bélgicasio filhos de ope- tip on pri oss pope gear plo rendiveaon quer plo mode de nana sper, AY Sacra eperpetuam a dvs da wocidade em cages ta 0 revedores, que se tornam mi rou que 90 % das chefes de empr ia burguesia paramos sempre com um desgualdade u ho o conjunto da sociedade, e uma classe do balho alheio camponeses ¢ sacerdotes, senhores ot lentes eseravos e senhores de escravos, na Antiguidade greco-r servos e senhores feudais, na alta idade média; ‘operirios e capitalstas, na época burguesa. 4A igualdade social na pré-historia humana Mas histbria cepresenta «9 nosso planeta, Foi precedidi manidade em que a csritac inda desconhecidas. Al ows primitives peeman: condigdes pré-hstricas até data recente 604 mesmo até 208 nosios dias. Ora, a0 longo da maior parte da sia existencia ‘lesigualdade de classe. damental entre uma tal eomunidade primitiva ¢ uma sociodade de classe, examinando algunas das instituigdes des ss comunidades ‘Assim, vésios anteopélogos fl nos dum hibito que se encontra entre rnumerosos povos primitivos, hibito que consiste em organizar festas da a bbundincia, apis as colheitas. A antropéloga Marguret Mead descreveurnos c= tas festas entre 0 povo papua dos Arapech (NovaGuiné). Todos os que te nnham feito uma colhcta acima da média, convidam toda a sua famdia¢ todos 0 seus vizinhos, as festvidades prossoguem até que a maior parte dese ex cedente tena desaparecido, Margaret Mead acrescenta “Estas fests representam uma medida adequada para impedir que um individu seumule iqurss. pals © antropélogo Asch estudou os costumes ¢ 0 sistema duma tibo exis tente no aul dos Estados Unidos tribo dos Hospi Nesta trbo ontrariamen- te A nossa sociedade, mo condenivel do ponto de vista moral. Quando as eriangas Hopi jogam ou praticam desportos, nio contam nunca os pontos ejgnoram 0 "vencedor ‘Quando as comunidades primiviva, que nao se encontram ainda dividi- das em classes, praticam a agricultura como atividade econéimica principal © ‘ocupam um determinado terreno, nfo organizam a exploragio coletva do 40- Jo, Cada famitiarecebe uma drea em usuiruto por um certo periodo. Mas es tes campos slo redistribuidosfreqlentemente, para evitarfavarecer este ou a quele membro da comunidade em detrimento dos outros. Os prados eos bor 4ques sto explorados em comurm. Este sistema de comunidade rural, baseado na auséncia de propriedade privada do solo, foi encontrado na origem da agri 2 a entre quase a sociedade Os ido segundo ot quals a dads de aptidto ou de expe desigatade wcll tea dosgeleade de apida0 08 de ap Si dos individu, cdade emt cats seria o produto a, da “natureza humana”, no pos- Essa divisio nfo ex pre ricos e pobres, nem existirdo para sempre. ciedade em classes constitui a fonte dos males sociais, elaboraram projetos sie i eae dren or joe dum retor negou por de tas e de todas as violéncias socials, car mais tarde o seu ponto de v Exta tradigio contin ante tode « Idade Média, nomeadament® 13 6, As hutas de classe através da h stasIutas entre a clase exploradora ¢ a classe explorad, ou entre di versa classes exploralora, tomant as formas mais variadas segundo a xc de que se considera eo precuo estado da sua evolugio ‘Assim, nas soviedades ditas “de modo de produgio a do Oriente merosas revoltas de campo ploracio de que eam objeto. Estas revoltas de camponeses combinavan ‘mide com movimentos de outras classes sociss{ineluindo greves de artesios € de companheiros de atesios). Possuimos, als, um papiro que descreve « primera cevolugio sotial deliberadamente desencadeala na historia, que x produziu hé 4000 anos, sob a 18a, dinastia dos faraés, no Egito. Na China, indmeros levantamentos de camponeses batizam a histée das sucessivas dinastias que reinaram no Império. O Japio conheces igu mente um grande niimero de insurreigBes eamponesas, sobretudo no século xvll, Na antiguidade grego ¢ romana houve uma série ininterrupta de revolts de escravos ~ das quais 4 mais conhecida foi a di ‘contribuiram largamente para a queda do Imp: ios” livres propriamente ditos, howe uma hits vi camponeses endividados € o mercadores possuidores Na Idade Médla, res feudais ¢ comunas li tesios © mercadores no sein destas comunss, eset dav aredores das isan. Hours sob tre a nobresa feudal © 0 campesinato que proc {as que tomaram formas lraneamente revel Franca, guerra de Wat Tyler na Ingle regin 1 fundadas sobre a “ 15 W AS ORIGENS ECONOMICAS DA Di 1, As comunidades pri ends na pobreza porque a organizagio das soviedades humanas, tende a man tropélogos ingleses Hobhouse, total de clases soci todas as Esta situagdo de pobreza fundamental s foi modi vel pela formagio de téenicas de cultura do solo de nica da culeyra do volugio que os p 3.Produto necessirio e sobre-prod © aparecimento de um largo excedente permanente de viveres trans formou 35 condigies da organizagio socal. Enquanto este excedente foi re re pequeno e disseminado pelasaldeas, nie modificou a estrutura 1 apenas alimentaralguss artesios trios, como o> que se mantiveram ducante milénios nas aldeiashin- estes excedentes sfo concenteados em grandes espagos pe 268, ou quando se tornam sais abundantes na aldeia gragas 3 podem entio crat as condi Ges para o aparecimento de uma desigualdade socal. Podem ser utilizados para alimentar prsionsicos de gu locmente teabalhar para os vencedores, em 600: tura no mundo grego. (© mesmo excedente pode ser_uilzado para al lacio de sacerdotes, soldados, func shores € 12 das classes dominantes nos Impévies do India, China). Uma divisio socal do trabalho completa a partir dee conémica do trabalho. A produgio social deixa de servir, no seu conjunto, para ocotrer is necessidades dos produtores Divde-se dai em diante em duas partes: los chefes militares ou toda uma pope 60 aparecimento Babil6nia, lea wv ce-produto do trabalho age nobres ¢ por sacerdotes. Juntam-elhes os dos poe essa canada super das classes sociais — im origem a0 disses sociedade em classes consolide-se pel fas classes possessoras, 4, Produgio ¢ acumulagio A formagio das luta socal es pode man terse gragas a uma Mas, 20 mest tempo, representa uma etapa ~ inevtivel~ do progrer s0 econdmico, pelo fato de permitir« separagdo das dus fungdes economi- cas fundamentais: a funcio de produgio ¢ a fangio de acumulagio. Na sociedade primitiva, o conjunto dos homens e das mulheres vilidos ocupamse principalmente da produgio de viveres. Nestas condigdes, #6 po- dem consagrar uma pequena parte do tempo a fabricagio e & armazenagem de instrumentos de trabalho, 4 especialiacio desta fabricagdo, & busca sste- de trabalho, Aaprendizagem de sécnicas complicadas de trabalho {como por exemplo o trabalho metaldegico), i ob- servagio sistematica de fendmenos da naturcza, ete Ea produgio dum sobre-produta social que hhumanidade dispor de suficiente tempo livre conjunto dest batho. Estes tempos rmitir a uma parte da " 2 extio assim na base da civilizagio, do desenvolvi- 1 das primeiras técnicas cientificas (astronomia, geometrie, hidcogr dda eset xin dow classe possessora, Foi o que se passou com a insurreigd0 dos eseravos romanos sob Spar- tacus, com as primeiras seitas ceamponesas, que se sucede nna Bomia, no sée. XV, as colBnias comunistas estabelecidas pelos imigrantes na América, ete ‘Sem pretender que a revolugio russa tenha levado & mesma situago, 0 apatecimento duma desigualdade social acen ‘SS. de hoje, ex fundamentalmente pela pobreza da Risa logo apés a revalugio, pe- la insuficiéucia do nivel de desenvolvimento. das forgas produtivas, pelo. i do, efeito do reves da revolugao na 12 base duma econo: rado que permita que t sempos lives a toda a pe dirigentes na vida econémica ¢ social (Fungo © motivo por que foram necessiros 15 000 anos de sobre-produto social, antes que a economia humana aleangasse 0 deseavolvim. nto necess tempo quanto as classes possidentes sob a forma de ‘mo improdutivo) repr Jam ealizar, 9 | 2 0 DMINAGAO DE CLASSE m- ‘ADO, INSTRUME! 1.A divisio social do trabatho ¢ 0 rascimento do Estado Na sociedade primiiva som clases, as fungBes administeativas eran c= ecutadas pelo co que nao ealizar a situagio exis tente no seio destas comunidades primitivas, que viviam sob o comunismo do cif ou de tribo. A sociedade era extremamente pobre. O homem era domina do pelas forcas da natureza. Os habitos, os costumes, as regras de atl dos conllitos internos ¢ externos, se bem que aplicados coletivamente, earac- terizavam-se pela ignorine sagdo, o que necessirio pia, nos limites dos seus conkecimentos e das Nio & pois verdade que as nogies de de “Estado” sejam praticamente idé ‘mente a0 longo dos tempos. Bem pelo contrério: shumanidade viveudurante milénios e milénios em coletividades que ignoravam a existincia de um Esta- do. © Estado nasce quando certas fungdes, primitivamente executadas pe- lo conjunto dos membros da « separado de home um exército distinto da massa dos cidadios armados; ~ juizesdistintos da massa dos cidadios,julgando os ~ chefes hereditirios, reis, nobres, em vez de represen: sentes de tal atiidade designados temporariamente e fem cribas, mandarins), separados ‘Onascimento do Estado § incia — parte esta que c linagao nas fungies de acuimul: Mas @ ainda necessirio assegurar essa prestacio ol ciantes, a abandonar uma di re a poete da sus produgio em bene rinantes, Com este fim rt ; sam armas e devem impedit que os produtores se =m contrem igualmente armados. Lael! - Na Antiguidade greco-roman: possuir armas. O mesmo se passava {0s escravos, 03 primelros campones guerra ou camponcses de regides congui Procesio em que uns sfo desarmados para que outros Frederic Engels tem razZo a0 resumir a definigio do Ex im rmados. Sem dévida que o as fungGes além da de armar a classe possessora e de es 1. Mas, em éltima andlise, a sua fungao é a de a sujeigio de uma parte da sociodade a outta. Nada, 20 longo da historia I-burguesa segundo a qual o Estado Estado desempenk: ipenha 0} dlesurmar a classe prodi idade.Pelo contririo, tudo confirma que é o produt is exercn por algne conta outers Se 0 aparecimento de um Estado permite as clases dominantes con- fima hierarquia ent poder sobre extensbe lo pessoal. O que & ainda mais verdadeico para os © as estas Funes e imperadores ‘Assim emergem personagens qu fungdes: sescais © marechais, min a ensinanos gu todas estas personagens eram, na sia origem, escraos ou servos do se Mier, © que significa que se encontravam em estado de dependéncia toral 3. Coago viotents integrapto ideotigica Se o Estado &, em ilima anise, um grupo de homens armad: poder duma classe dominante € fundado em cltima instancia no constrangi+ fheno violento, nio pode no entanto limitarse exclusivamente a este cone trangimento. Napoleao Bonaparte disse que tudo se pode fazer com baione- tas, menos sentar-se sobre elas. Uma sociedade de classe que sub ‘amente pela violencia armada encontear-seia em estado de guerra civil per manente, ou sj, em estado de crise extrema, asa contoldar a dominagao de uma classe sobre outra,é portanto ab- odutores, membros da clase explorads, permanente ¢justa a apropriago por Tocial. Eis porque 0 Estado no desempenha nas também uma fungao de integraglo ide assegurarem esta fungio apenas uma fungio de repres olégica. Cabe aos “produtores de ideologias ‘A humanidade tem de particular que s6 pode assegurar a sua sub cia por um trabalho social, que implica a existéncia de lagos, de relagdes so ciais entre os homens, Estes lagos indispenséveis imy uma comunicagéo, dua linguagem ent volver a conscigneia, a reflexio, a “produgéo todas av ages importantes na vida humana s20 acompanhadas de refle Ses sobre easas ages que se efetuam na cabega dos homens. Mas caus seflexses nio se produzem de forma absolutamente esponti 23 testad: derrube condigées resultam de transformagdes econémicas profundas. A iza¢i0 social existente, 0 modo de produgio dado, que permitiram du- n certo perfodo dese pansio da lagdes so cis da historia, ‘Uma refolugdo social substitui 0 rein classe, Pressupie do, Qualquer revolugio social € poreanto acompan o duma classe pelo de outra inante do poder de Esta ida durma revolugio pol adas pela iuigio por urn poder po tas pela burguesia. O3 Staten Generaal suprimindo © poder d= le Espana, na revolucio dos Paises 19 de Carlos | na revolugio i rmericano destdi a dominagio do rei George Ill sobre as 13 coldaian As di versas assembléias da Revolugéo francesa de 1739 destruiram a monarquia dos Bourbons ms Mas se toda a revolugio social 6 a0 mesmo tempo uma revolugao pol fica, nem toda a revolucio politica & necestariamente uma tevolugdo soe ‘ma revolugdo que é apenas politica implica a substituigdo por via vevolucions. ria de uma forma dle dominagao, de uma forma de Estado de uma classe, por foutra forma de Estado da mesma classe, esas de 1830, de 1848 e de 1870 foram revo- lugdes politicas que instauraram sucessivamente a monarquia de Julho, a TL Replica, o 1 Império e a IH Repiblica, todas formas politics divereas do le uma mesma ¢ {nica classe social: a burguesia. Em geral, as revolu- ‘eas twanaformam 3 forma do Estado de uma mesina classe social, -m fungio de interesses predominantes das diversas camadas e fragées dessa ma classe, que se sucedem no poder. Mas 0 modo de produgio fundamen- tal nio éde forma nenhuma aterado por esas evolugoes. Assim, as revolugdes 26 AO MODO DE 5 ¢ produdo para a toca ‘organizagion coniciente (nem certamence clentffica), nem organizagio minunciosa. Muitas coisas podem ser ixaas ao acu, preismente pore 8 atiniade econ mica nfo preside qualquer tendénets pats 0 enriquocimento, Os costumes, 08 bibivos ancestras, 0s us0s, 05 8 map podem determina + alternincia © o ritmo das atividades produtivas. Mas estas 0 sempre essenci almente destinadas 3 saisfagio de necessidades imediatas das coletividades © so & trea ou a0 enriquecimento tornado um fim em s. De semelhante organizagio da vida econdmica destaca-se pouco a pow- co uma forma de organizacio econdmica diametralmente oposta. A partir de tum processo de d da apario de um certo excdenis 0 tencial de trabalho da col ‘ae progressivamente fracionando em Eades (grandes ffl, fmf ative) que tabatham Independent zmente umas das outras. O cardter privado do trabalho ea propiedade privada dos produtos do trabalho, e mesmo dos meios de pro ‘te os membros da comunidade. F impestem e nBmico-sociais deliberadas imerliatamente entre si Estas unidades ou ind duos deixam de se elacion: na vida econdmica, através de uma associagio diveta, Relaci rm os outros p ¢ intermédio 4a troca dos produtos do seu tral ‘A mercadotia & um pro ‘que se destina a ser tro- Gado pelo seu produtor eno ase consumo por ele ou pela coesviads de ue faz parte, Pressupde pois uma moored tes daquea en das coleividades plo, na nosin época, as Imercado pequetos exced as chamadas de subsisténcia, que vendem 9° ra apreender bem diferenga funda 27 urnas para seu propio uso excedente que lhe resta..” ias surgiu hd 10 ou 12.000 anos ira divisio do teabalho Fundam wer dizer, por efeito a rogra a greens ago e076 Tyesma quanta a pequena pro- ncipal desenvolvimento entre XIV ¢ o XVIsé- ta Kia do nore edo centro, bem como nos Paes Baixos do se do norte, devido ao deperccimento da tervidio nessas tegides e nessas épocas,¢ to fata de que ox propitiris de mercadrias, qu se reuiam no mercado, I teve o seu. 10 ¢ no trabalho privado, 3 sua pid regresio ou mesmo E por iso que a equ Jo valor, & uma e nadas de trabalho, assegurada pela {i media social de produtividade. atho socialmente necessirio para as produit. egutada (& certo que com muitos “acidentes de percurso”, de crise, Peo da produgo) que, grosso modo, todas as atividades essenci- ais encontrem quem as exerga, 4. O aparecimento do capital Na pequens produgio mes pequeno agriultor © o pequeno ar Sesi0 vio a0 mercado com os produtos do seu trabalho. Vendem-nos a fim de 3. Aleido valor le que necessitam para o seu consumo corrent ado pode rest ia maneira como a troca é governada que assegura esse result fOrmula: vender para co 28 29 ssa opera? nediatas. Inversamen cem vista satisfazer as © banqueiro ou mercador, comprar para vender nio (que exceda aquela com a q| vender” tendo I se apr aque se trata, sob a sua Foca inicial e elemen: ue procuea apropriar-se de uma lig, Este definigio marxista Dburgueses segundo a qual rabalho, ou a esta definigio, o pri 5. Do capital a0 capitalismo saben nrapina co contac, Eo £ Sear capt protege ae eS stando cuidadosamen arte, evan cart. lgune dos grupos de propritiio de capita ai a a Joe dow primis séculos da dade Média foram vitimas desas confsca repos exp oe Foe re ores da gueres dos res da Inglatera vramaedespor aaaaromo lato deste ris aa os trem reemboltado day suas ids cae ewe a celagDes de forge politas madaram a0 ponto desis sonfiscojoe Hustas ou indetas se trnarom eda ver mas dfices, que ocx Saar esic acumular ewer -, de mania cadaver mas continu A Bi Pee someno,«pencaydo do capital ma eferd de produto toro aa a oma bascmena do modo de produgio capital, o scr tncno do capital moderna pe caP erent de capita nto &simplesmente wari, banguiro oa ie, Serio de melon de produgio,augador de bran org aaa de tradbedb,labreante, manufaurador ou instal A maiveala sage oe Peete da ears dobulgt, Pasa 34x comrentementepro- distin cars do proprix proceso de produ. 6.0 que é a mais-valia? Na sociedade pré-capitalista, os proj cestencialmente na esfera da circulagio, nio podem apropriar-se de uma mais- ‘alia sendo explorando de forma parasitiria os rendimentos de outras classes da sociedade. A origem desta mais alia parastiria pode ser, ou uma parte do excedente agciio (por exemplo, da renda fendal) de que « nobreza ou o cero So os propritérios iniciais, ou uma parte dos magros rendimentos dos ate sios e camponeses. Esta maiswalia € essencialmente 0 produto do embuste © da rapina. A pirataria © a pilhagem, o com esctavos, desempenaramn tum papel essencial na formagao das fortunas iniciais de mercadores érabes, italianos, fanceses, Hamengos, alemaese ingleses, na Kdade Média. Maistarde, © fato de comprar mercadorias em mercados longinguos abaixo do seu valor para os vender acima desse valor em mereados mediterranicos ou da Europa do Oeste ou Europa central, desempenkou um papel si __E claro que uma tal meisvalia celta apenas de atividades de tramsfe- sSncia, A riqueza global da sociedade, tomada no seu conjunto, em nade fot sumentada, Perdem uns 0 que outtos ganharn, Com efeito, durante milénios, a rabalho nesse preciso momento, ro de mais-valia. Mas, em tais condi- smente nenhur interesse em comprar es. ‘© usuario ou o mercador da idade média, ele ‘Compra 2 forga de do que o que dispende: que, se.0 0: 5 horas “su nto, 0 sobre-trabalho ou o trabalho gra roubo”, exclamar-se-&. 0 valor produzida pelo operétio ¢ 0 ncia, Bote dis. sbalho do operirio. produtividade do trabalho ia, pois 0 operirio foi co- valor das meread “pitalita pode prope oe y ptabalh 2) A separagio dos prodacor téncia, Esta separagio efetuow: pela expul- transformadas em pradoss 'A formagio de uma classe socal que monopolizaextes meios de pro- desta caise supde a prévia acu sida de uma transformagio tmeios de produgio que torna est 0s que somente 08 propriets- de capital dnkeizo avultado podem adquiri-los. A revolugdo industrial do buscando doravante a produgio sobre 0 maquinismo, realize ex o) At sabslho em mercadoria, Eta transfor magio resulta do aparecimento de uma classe que nada mais possui que a sua forga de trabalho, © que para poder subsitt, €obriguda a vender essa forga de trabalho aos dos meios de produto. das quais suportando 0 fardo 0 que nada mais possuem além do as maos"s el uma excelente dese wo do fim do séeulo clade de escolha — a nfo ‘fore permanente ~ & ado pelas do trabalho, quer dizer, 0 mfnimo iado & a classe dos que sio obriga- ler a sua forga de teabalho de maneira 3

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