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REFERENCIAL TEÓRICO

Segundo Utley (2002) a seleção do britador primário é a chave para o sucesso da


operação de mineração, pedreiras ou minerais industriais que envolvem cominuição da rocha,
minério ou minerais. E que o emprego do termo “primário” implica que estes britadores são
usados na primeira etapa em qualquer ciclo de redução de tamanho, recebendo a alimentação
de desmontes, escavações e pedras de pedreiras até 1500 mm e produzindo um produto
variando em tamanho de -300 mm para o transporte ou -200 mm para a alimentação do
moinho SAG. Esses britadores geralmente trabalham a uma taxa de produção de 150 a 12000
Mtph, dependendo das características da alimentação, do tipo e tamanho do britador.
Wills e Napier-Munn (2006) complementam que os britadores primários são
maquinários que desempenham um trabalho muito pesado, sempre operando em circuito
aberto, com ou sem processo de escalpe. Os autores ainda afirmam que os principais tipos de
britadores utilizados como primários são o giratório e o de mandíbulas conforme figura X1.
Segundo Utley (2002) os britadores giratórios são maquinários a onde um elemento
de forma cônica é suportado dentro de uma câmara de forma que o espaço vazio na parte
superior da câmara tenha maior largura que a parte inferior. O processo de cominuição se dá
pelo giro do elemento central dentro da câmara que faz com que o elemento de forma cônica
avance e recuem contra a parede da mesma. Logo a ser introduzida a rocha nesse meio ela
será cominuida à medida que desce pela câmara.
Utley (2002) afirma ainda que britadores de mandíbulas são equipamentos que
possuem duas mandíbulas uma sendo estacionaria e outra fixa, essas peças são alocadas de
modo que se tenha uma ampla abertura na parte superior e estreita na parte inferior. A
mandíbula móvel é estruturalmente fixada pela sua parte superior e seu movimento é obtido a
partir da rotação desta peça em seu eixo de fixação na direção da outra mandíbula.
Figura X1: Britadores de mandíbula e giratórios

Fonte: UTLEY, 2002.


Segundo Chaves e Peres (2009) a escolha de um britador é condicionada pelo
atendimento de três critérios principais que são: A condição de recepção, a onde a abertura do
britador deve ser no mínimo de vinte por cento maior que a partícula de maior tamanho do
R.O.M., a condição de processo, o britador deve gerar a distribuição granulométrica
conforme as especificações dos processos a jusante, e a capacidade, que varia com o tipo,
tamanho e abertura do britador e pode variar em função das características do minério, como
densidade aparente, work index, fator de umidade e fator de tamanho na alimentação.
Para Figueira, Luz e Almeida (2010) as condições de recepção são atribuídas as
seguintes propriedades: Tamanho máximo de blocos na alimentação, que pod e ser
determinado por teste in situ ou por estimativa conforme o porte do empreendimento, como
pode ser visto na figura X2; Distribuição granulométrica da alimentação, o conteúdo de finos
na alimentação define a conveniência ou não de um escalpe prévio da alimentação do
britador; Conteúdo de Argila e Umidade, os minérios que apresentam um alto conteúdo de
argila e elevada umidade, impossibilitam praticamente a britagem em granulometria de 20 –
25 cm, pois dificultam o peneiramento e a operação de alguns tipos de britadores; Densidade
do material, os britadores são equipamentos que apresentam, como constante, a capacidade
volumétrica de produção, assim, a capacidade desses equipamentos, expressa em t/h, é
proporcional à densidade aparente do minério; Forma das Partículas, a forma das partículas é
importante na definição da boca de entrada dos equipamentos. Para materiais lamelares
exige-se uma relação entre a boca de entrada e o tamanho máximo das partículas maior do
que a geralmente requerida para minérios não lamelares e Corrosividade do Minério,
minérios corrosivos impõem condições especiais na escolha dos materiais e equipamentos
usados na instalação.
Figura X2: Tamanho máximo de blocos pelo porte do empreendimento.

Fonte: FIGUEIRA, LUZ E ALMEIDA, 2010.


Segundo Figueira, Luz e Almeida (2010) a atividade de britagem apresenta sucessivos
estágios que normalmente são três, mas essa quantidade depende muito das características do
material a ser britado, o primeiro destes estágios é a britagem primaria, que conforme os
autores, dificilmente se apresenta como o estágio final e a condição de processo imposta a
este estágio é a de diminuir o máximo possível a granulometria do material, essa redução de
tamanho costuma estar no máximo na ordem de 8:1, de modo a facilitar os processos
posteriores de britagem.
Chaves e Peres (2009) apresentam em sua obra que os principais tipos de britadores
empregados na operação de britagem primária são o giratório e o de mandíbulas. E que
Taggart estabeleceu um critério para optar de forma mais precisa qual seria a melhor escolha.
Este critério pode é expresso pela equação 01.
𝑣𝑎𝑧ã𝑜 𝑒𝑚 𝑡/ℎ
𝑥= Eq. 01
(𝑔𝑎𝑝𝑒 𝑒𝑚 𝑝𝑜𝑙𝑒𝑔𝑎𝑑𝑎𝑠)2

Se o valor de “x” for maior que 0,115 Taggart observou que o emprego de britadores
do tipo giratório é mais adequado e caso contrário a utilização de britadores de mandíbulas se
mostra mais conveniente.
Pelo fato da operação de carregamento do britador ser intermitente, com o caminhão
encostando de ré, basculando, abaixando a báscula e se afastando, Chaves e Peres (2009)
consideram necessário utilizar um fator de serviço para que o britador possa atender à
capacidade necessária. Para os autores este fator é de 1,5 para os britadores primários e 1,25
para os secundários.
Definido o tipo de britador que será utilizado Chaves e Peres (2009) afirmam ainda
que os valores de capacidade de produção dos britadores como os apresentados na figura X3
são consideravelmente afetados pela umidade, Work Index, quantidade de argila e finos. E
que para obter um valor mais representativo da capacidade do equipamento deve-se aplicar a
equação 02.
Figura X3: Especificações dos britadores giratórios da Metso.

Fonte: CHAVES E PERES, 2009.


𝑄 = 𝑄𝑡 ∗ 𝐴 ∗ 𝐵 ∗ 𝐶 ∗ 𝐷 Eq. 02
Onde:
Q = Capacidade real B = Fator referente ao Work Index.
Qt = Capacidade de tabela C = Fator referente à quantidade finos.
A = Fator referente à densidade aparente D= Fator referente à umidade e quantidade
do material. de argila.
Os fatores necessários para adquirir uma capacidade mais fidedigna às condições reais
podem ser determinados a partir da figura X4.
Figura X4: Fatores para determinar a capacidade real dos britadores.

Fonte: CHAVES E PERES, 2009.


MÉTODOS

1º passo: Condição de recepção.


A partir da figura X2 extraida do trabalho de Figueira, Luz e Almeida (2010) e da
capacidade anual da mina de Cajati deternina-se o tamanho maximo de blocos. E a partir
deste valor obtem-se o tamanho minimo de recepção que o britador devera ter, denominado
gape, pela multiplicação deste valor por 1,20.
2º passo: Criterio de Targgart.
A indicação quanto ao tipo de britador que deverá ser utilizada a partir do critério de
Taggart é obtida pela inserção dos valores da alimentação e do gape, já calculado, na equação
01. E pela análise do valor retornado pela equação, obdecendo as indicações de Taggart.
3º passo: Condição de processo.
Para se determinar a APA que atenda a razão de redução típica da britagem primária
já discutida anteriormente basta dividir o top size da alimentação, já determinado a partir da
figura X2, por 08. Após a determinação da APA verifica-se na tabela dos fabricantes de
britadores se existe a APA, se sim identificar os modelos que atendem a especificação, se não
escolher uma APA mais próximo possível da determinada e prosseguir com a escolha.
4º passo: Capacidade.
Segundo Chaves e Peres (2009) por consequência do fato dos britadores operarem de
maneira intermitente é necessário utilizar um fator de serviço para que o britador possa
atender à capacidade máxima, sendo esse fator 1,5 para britadores primários. Logo a
capacidade necessária dada em (m3/h) é obtida pela multiplicação da alimentação da planta
em (t/h) pelo fator de serviço e pela divisão do resultado pela densidade aparente do minério
em (t/m3).
Com a relação de britadores que atendem a condição de recepção em mãos prossegue-
se com a escolha do britador pela conversão dos valores de capacidade dos britadores
encontrados na figura X3 em capacidades reais. O britador que deverá ser escolhido é aquele
que tiver a capacidade real maior ou igual à capacidade necessária determinada.
RESULTADOS

1º passo: Condição de recepção.


Com a determinação do top size em 900 mm ou 35,43 polegadas e com a aplicação
das orientações acima conclui-se que o britador que será escolhido deverá ter uma abertura,
comumente chamada de gape, superior a 1080 mm ou 42,52 polegadas. E aferindo a figura
X3 verifica-se que todos os equipamentos disponiveis estão em concordancia com a condição
de recepção.
2º passo: Criterio de Targgart.
Inserindo os valores de 620,83 t/h para a alimentação e gape de 42,52 polegadas na
equação 01 obten-se como resultado da mesma o valor de 0,343. Este valor é maior que 0,115
o que segundo Taggart indica que a utilização de um britador giratorio é mais conveniente
para a operação, logo este será o tipo de equipamento que será utilizado.
3º passo: Condição de processo.
Realizando a divisão do top size por oito obtem-se como resultado a APA calculada
de 4,43 polegadas, o que nos dita que a APA real deve ser acima deste valor e conferindo a
figura X3 verifica-se que não há equipamentos disponiveis com o valor da APA calculada
mas que existem modelos com APA acima do valor da mesma. Esses modelos atendem a
condição de processo estabelecida e eles são o 4265 e o 4874 que possuem uma APA de 5,5
polegadas.
4º passo: Capacidade.
Com o fluxo de massa desejado na alimentação de 620,83 t/h, densidade aparente de
1,2 t/m3 e adotando um fator de serviço de 1,5, calcula-se a capacidade minima que o britador
escolhido deverá ter como sendo de 776 m3/h. Com este valor fixado basta agora corrigir a
capacidade defina por tabela dos modelos de britadores já selecionados. Para isso aferiu-se
nas tabelas e graficos da figura X4 os valores dos fatores A, B, C e D como sendo
respectivamente 1; 1,15; 0,85 e 0,95. E junto com a capacidade tabelada foram aplicados na
equação 02 obtendo assim as capacidades corrigidas do modelos 4265 e 4874 como sendo
respectivamente 800,5 m3/h e 1352 m3/h.
A partir destes resultados pode-se concluir que o britador que atende as exigências do
processo é o do tipo giratorio do modelo 4265 da marca metso.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CHAVES, A. P. PERES, A. E. C. Teoria e pratica do tratamento de minérios: Britagem,
Peneiramento e Moagem. São Paulo: Signus Editora, 2009.
FIGUEIRA, H. V. O. DA LUZ, A. B. ALMEIDA, S. L. M. Britagem e Moagem. In: DA
LUZ, A. B. SAMPAIO, J. A. FRANÇA, S. C. A. Tratamento de minérios. 5. ed. Rio de
Janeiro: CETEM, 2010. cap. 4.
UTLEY, R. W. Selection and sizing of primary crushers. In: MULAR, A. L. HALBE, D. N.
BARRATT, D. J. Mineral processing plant desing, practice, and control: Proceedings.
Littleton: SME, 2002. v. 1, cap. 5, p. 584-605.

WILLS, B. A. NAPIER-MUNN, T. J. WILLS’ Mineral processing technology: An


introcuction to the practical aspects of ore treatment and mineral recovery. 7. ed.
Oxônia: Butterworth-Heinemann, 2006. cap. 6.

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