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A DIFERENÇA ENTRE CUIDAR TER E TER A VIDA João se utiliza de várias referências veterotestamentárias

ETERNA que ligam Jesus ao objetivo do evangelho. A intenção de João é


João 5 (16-47)
que fique claro para os leitores a autoridade de Jesus. Jesus veio
para ressignificar o culto judaico, que devido às influências e
O Evangelho de João foi o último evangelho a ser escrito. Ao
interferências dos mestres da lei, ganhou proporções não
contrário dos outros evangelhos este tenciona mostrar e provar a
tencionadas por Deus. Esses mestres lançaram novas leis que
identidade de Jesus como Messias, o Filho de Deus (João 20: 30,
dificultavam ao povo sua observância tanto que Jesus os
31).
repreende sobre isto dizendo:
Sabe-se que os judeus esperavam – e muitos ainda
“Então falou Jesus à multidão, e aos seus discípulos,
esperam – o Messias, aquele que livraria o povo escolhido por
Dizendo: Na cadeira de Moisés estão assentados os
Deus para ser Seu.
escribas e fariseus. Todas as coisas, pois, que vos
Em relação aos outros evangelhos, João adota outra forma
disserem que observeis, observai-as e fazei-as; mas não
de abordagem para contar os feitos e o ministério de Jesus. Esta procedais em conformidade com as suas obras, porque
organização e os temas em João trabalham para que fique claro dizem e não fazem; Pois atam fardos pesados e difíceis
quem Jesus é, aquele a quem os judeus tanto esperavam e que de suportar, e os põem aos ombros dos homens; eles,
fora prometido pelo Senhor inúmeras vezes através do Antigo porém, nem com seu dedo querem movê-los; E fazem
Testamento. todas as obras a fim de serem vistos pelos homens; pois
Este evangelho é conhecido entre alguns teólogos como o trazem largos filactérios, e alargam as franjas das suas

evangelho do crente maduro. Isso porque seu conteúdo é de uma vestes, E amam os primeiros lugares nas ceias e as
primeiras cadeiras nas sinagogas, E as saudações nas
riqueza teológica grandiosa e por vezes complexa. João o escreve
praças, e o serem chamados pelos homens; Rabi, Rabi.
num momento em que a pessoa de Jesus junto à igreja já está bem
Mas ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que
consolidada. Onde existem diversas “fórmulas” de expressar quem
fechais aos homens o reino dos céus; e nem vós entrais
Jesus é, ou seja, já existe uma teologia formada e sendo aplicada
nem deixais entrar aos que estão entrando. (Mateus 23:1-
aos que criam nele como o Cristo de Deus.
7 e 13)
Ou seja, eles mesmos perderam o sentido correto da Lei de No entanto, o fato de estarem em uma igreja cristã, de
Moisés. A identidade divina de Jesus apresentada por João se dá estudarem a Bíblia e serem líderes, os faziam ter o nome de
logo no primeiro capítulo onde o apóstolo traça um novo relato da cristãos. Tais pessoas tinham as tradições humanas, interesses
criação, resumido, mas que declara a preexistência de Jesus. Em pessoais e pressupostos acima da revelação de Deus. Não
seguida, no capítulo 2 Jesus é citado nas bodas transformando a conseguiam, por mais que o tempo em relação à exposição às
água das talhas de purificação por vinho novo. Logo em seguida verdades bíblicas devessem gerar atitudes diferenciadas, perceber
vemos Jesus expulsando os vendedores do Templo. E daí ao que diante deles estava a Vontade daquele a quem diziam
capítulo que lemos João lança detalhes importantes que mostram a conhecer.
autoridade de Jesus como aquele que podia trazer novo sentido Então, voltando ao que estava dizendo, essa realidade dos
para adoração do povo judeu. O testemunho de João Batista, a religiosos judeus deve ser de alerta para nós, principalmente
conversa com Nicodemos confessando que sabiam que ele havia quando se trata de enxergar além da letra.
sido enviado por Deus e que Deus estava com ele. A reorientação Jesus estava em Jerusalém para uma festa dos judeus.
sobre adoração para a mulher Samaritana e finalmente a cura do Ninguém sabe que festa é essa. Ela não é mencionada. No entanto
homem no tanque de Betesda. nos leva a crer que era uma festa obrigatória ao comparecimento
A realidade dos religiosos judeus é um alerta para todos nós. dos judeus. Imagine agora a multidão que deveria estar no lugar do
O tempo, a tradição e os nossos pressupostos podem e muitas Tanque de Bestesda? Já devia ser um lugar extremamente
vezes interferem, moldam e tornam nossas crenças deformadas. movimentado em dias normais, quem dirá em uma festa
Existe um livro chamado “Feridos em nome de Deus” que obrigatória?!
relata as experiências de pessoas que foram feridas durante sua Ao lermos o texto lemos que Jesus se aproxima de um
experiência em alguma igreja que congregaram. A maioria dessas homem que estava já a trinta e oito anos enfermo. João apresenta
experiências traumáticas se deram através não de pessoas que este encontro usando uma fórmula já vista anteriormente no
tinham diante de si a realidade do exemplo de Cristo e o seguiam, encontro com Natanael, no final da narrativa da purificação do
mas sim de pessoas que haviam perdido de vista ou nunca tiveram templo, com Nicodemos, com a mulher samaritana e com o nobre.
em sua vida seus olhos abertos para quem é Cristo. João apresenta Jesus como onisciente!
1 – Queres ficar são? João 5:6 mas sua cura não dependia do tanque, dependia apenas da
palavra autoritária de Cristo. Além deste detalhe, é possível notar a
Esta pergunta de Jesus não significava apenas uma cura
falta de sensibilidade por parte dos que ali estavam. Ninguém o
física. A PERGUNTA TORNA-SE UM CHAMADO À FÉ. Se nos
ajudava, pois olhavam apenas para si em suas necessidades. No
colocarmos no lugar daquele homem, preso a trinta e oito anos
entanto o texto diz que Jesus VÊ aquele homem e VÊ a sua
com uma enfermidade que lhe dificultava os movimentos, podemos
necessidade. Não só a física, mas a espiritual, pois mais à frente
imaginar que esperança era algo que ele tinha e fé também.
João em sua narrativa deixa transparecer que o estado em que
Mesmo porque não quer dizer que ele estava ali no tanque todo
aquele homem se encontrava era consequência de algum ato
esse tempo. No entanto ao afirmar que não tinha quem o levasse
cometido (v.14). Não que fosse um castigo da parte de Deus, mas
fica claro para nós sua frustração em nunca conseguir alcançar o
como algo que o deixou naquelas condições.
que desejava.
2 – NOS VERSOS DE 9 – 16, podemos saber que era
A pergunta de Jesus gerou, no mínimo esperança de ser
um sábado. Aquele homem foi inquerido sobre carregar seu leito.
ajudado. Lembrando que aquele homem sequer sabia quem era
Uma vez que seu ato era uma violação à lei que proíbe
Jesus. Quanto mais quem ele é em essência.
determinados níveis de esforços neste dia para o povo judeu. Ele
A água de Betesda, como a água nos jarros de pedra de
recebera uma advertência dos mestres da lei. Não podia ser punido
Caná (2.6) ou do poço de Jacó (4.13) pode ilustrar os ritos da
diretamente, pois esse era o costume. Em uma reincidência após
religião judaica, ou mesmo a lei dada por Deus, contrastados com
advertido, aí sim seria punido.
a salvação trazida pelo evangelho. Se a agua, no entender do
No entanto aqueles homens foram surpreendidos com a
evangelista (e sobre isto não há certeza), representa a lei, a lição
resposta do homem. Talvez se ele dissesse que fora curado pelas
pode ser que a lei mostra o caminho para a vida (“Faça isto e você
águas a história teria se encerrado ali. Mas ele afirmou que alguém
viverá”), mas não pode transmitir a vontade de escolher a vida,
o havia curado no sábado.
muito menos de dar vida em si.
O homem se defendeu da acusação de quebrar o sábado
Muitas vezes os ritos e as tradições nos impedem de sermos
dizendo que agira por ordem de outro. Alguém capaz de operar
alcançados por aquele que de fato pode nos trazer vida. O homem
uma cura destas deve estar investido de uma autoridade especial,
enfermo não tinha condições de chegar rapidamente ao tanque,
e obedecer a ordem de uma pessoa assim parecia normal. Ele na
realidade não podia agir diferente do que esse poderoso Auxiliador na perseguição dos judeus (religiosos) a Jesus. Colocar-se como
lhe dizia. Essa cura é sinal externo e visível para os expectadores igual a Deus.
da autoridade de perdoar pecados que o Filho do homem tem No entanto nos quatro evangelhos vemos Jesus se
sobre a terra. colocando como quem tem autoridade para reinterpretar a Lei ou
O grande conflito entre os mestres da lei e Jesus se dá dar novo mandamento como visto em Mateus no capítulo 5. Se
exatamente por sua atitude soberana em relação ao sábado. O Deus deu a Lei para que por meio dela o povo pudesse ter nelas a
mandamento do sábado era um dos mais importantes na lei, um vida em Jesus ele dá a Torah viva, que dá vida.
―sinal especial da aliança entre Deus e Israel (Êx 31.13s). Por A autoridade de Jesus é a autoridade da Torah enviada pelo
isso seu cumprimento rigoroso se revestia de importância próprio Deus. Ele é a nova Lei.
escatológica. Enquanto o sábado não é observado corretamente, o Devemos estar atentos, pois esse mesmo legalismo sempre
Messias não pode chegar. estará nos rodeando, nos fazendo juízes quando não o somos. A
No entanto, aos olhos de Jesus, o sábado foi feito para ser cegueira daqueles que se colocaram na cadeira de Moisés
uma benção e não um peso para os seres humanos, e era ignorava a experiência viva daquele homem. E hoje muitos agem
guardado da maneira mais digna quando o propósito com o qual da mesma forma. Devemos estar atentos para não nos colocarmos
Deus o fez era promovido ativamente. Por esta razão, ele no lugar dos mestres da Lei do tempo de Jesus e agir como se
considerava atos de cura e alívio não como exceções permitidas à fôssemos detentores de toda razão.
proibição de trabalhar no sábado, mas como ações que deveriam Quando falo sobre isso não falo sobre questões claras na
ser feitas preferencialmente neste dia, porque eram sinais do Palavra, mas tendemos, quando algo foge aos nossos
cumprimento do propósito divino ao instituí-lo. pressupostos, julgar e até mesmo condenar muitos irmãos. Essa
Jesus em outros momentos, nos evangelhos sinóticos, agiu era a lei oral, famosa Torah Oral (Talmud). A interpretação oral da
no sábado. Então ele, aos olhos dos mestres da Lei, profanou o lei.
sábado. O que eles não podiam perceber – por causa do seu Por fim, devemos ter cuidado para não sermos profundos
legalismo – era que diante deles estava o Filho de Deus, ou seja, o conhecedores da letra, mas desconhecedores daquele que as
mesmo em essência com o Pai. Esse foi outro motivo que culminou inspirou.
Do verso 17 a 47 vemos Jesus esclarecendo os motivos acusados por sua contradição de discurso e práticas contrastantes.

pelos quais fazia seus sinais no sábado. Ele apenas fazia o que via Pois se Moisés foi porta-voz de Deus e em seus escritos

o Pai fazer. testemunha do Messias que estava diante deles, então já estão

Jesus critica aqueles que se diziam profundos conhecedores condenados, ao contrário daqueles que ouvem a sua mensagem e

da Lei, os mestres dizendo que eles cuidavam ter nas Escrituras a creem.

vida eterna, mas que elas (Escrituras) mesmo é que Assim devemos estar atentos para que nós também não

testemunhavam dele. Se orgulhavam de conhecer a Lei de Moisés, venhamos a ter discursos e ações contrastantes.

mas tendo ele dado testemunho de Cristo em seus escritos, eles Que não sejamos nós os egoístas que não percebem a

não podiam reconhece-lo e nem crer nele como Messias. Logo, necessidade do próximo como o homem enfermo no tanque. Que

como poderiam ter a vida se não reconheciam diante deles a não sejamos nós a julgar a experiência de nossos irmãos porque

própria vida eterna, o próprio caminho para o Pai e nem criam no ela não se enquadra nos nossos sábados. Que nosso

que ele dizia. conhecimento intelectual da palavra seja acompanhado pela ação

Suas atitudes não honram ao Pai, pois não honram ao Filho em nossas vidas e que tenhamos a vida de Jesus em nós, porque

que foi enviado por Deus. O testemunho que Jesus recebe não é assim certamente teremos a sensibilidade de enxergar o nosso

de homens, mas seus sinais testificam que quem o enviou foi Deus próximo e suas necessidades bem como seremos obedientes a

e as Escrituras também testificam de Cristo. Apesar disso, para Cristo e já não seremos mais mortos, mas vivos para a eternidade

que eles tivessem chance de salvação Jesus relembra que eles se e vivificados por seu Santo Espírito e santificados pela Palavra.

alegravam por João Batista no início e que este testemunhou dele.


João segue seu relato e mostrando que Jesus afirmou que
os religiosos nunca haviam ouvido a voz de Deus. A palavra do
Senhor não estava neles. No entanto, apesar de ter recebido de
Deus autoridade para julgar, afirma que não os acusaria junto ao
Pai, mas Moisés o faria.
Se é em Moisés que dizem que creem e não acreditam nas
Escrituras em que ele dá testemunho de Jesus, então são

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