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Partindo do pressuposto de que a educação busca pautar-se em saberes e métodos que

conduzam a sociedade à autonomia e emancipação, é notório que a docência exige a associação entre
os fundamentos teóricos e a prática; desse modo, correntes pedagógicas são fundamentais. Dentre
tantos fatores relevantes, destacam-se a origem das correntes pedagógicas, a classificação das
mesmas e suas implicações para o processo de ensino e aprendizagem, bem como as especificidades
da educação infantil.
Por meio do estudo e análise da história da educação é possível perceber que as teorias
pedagógicas são sustentadas por condicionantes sociais, culturais, políticos, históricos, filosóficos e
psicológicos, ou seja, originam-se pela necessidade humana em pauta-se em uma concepção de
homem e de sociedade. São questões como essas que ditam o papel da educação os pressupostos do
processo de ensino e de aprendizagem e o próprio desenvolvimento das teorias e metodologias
pedagógicas.
Sabe-se que ao longo da história da educação houveram muitas propostas pedagógicas, e cada
uma se atentou para a concepção de homem e momento cronológico presente, as tendências
brasileiras estão fortemente enraizadas no contexto social, cultural e político e se concretizaram em
grande parte por esforços de cunho social e filosófico. Para fins pedagógicos, Libâneo (1990) e Saviani
(1997) evidenciam que as principais tendências pedagógicas da educação brasileira organizam-se em
duas linhas de pensamento pedagógico ou em duas correntes pedagógicas: Tendências Liberais e
Tendências Progressistas.
As Tendências Liberais, contrariando o senso comum, não defendem a questão democrática
ou a liberdade, funciona como um estímulo à sociedade capitalista ou sociedade de classes. Dessa
perspectiva, o aluno deve ser preparados para papéis sociais de acordo com as suas aptidões,
aprendendo a viver em harmonia com as normas desse tipo de sociedade, tendo uma cultura
individual. Essa linha de pensamento engloba a Pedagogia Tradicional, primeira a ser instituída no
Brasil por motivos históricos. Nesta tendência o professor é a figura central e o aluno é um receptor
passivo dos conhecimentos considerados como verdades absolutas. Há repetição de exercícios com
exigência de memorização; a Renovadora Progressiva, que por razões de recomposição da
hegemonia da burguesia, esta foi a próxima tendência a aparecer no cenário da educação brasileira.
Caracteriza-se por centralizar no aluno, considerado como ser ativo e curioso. Dispõe da ideia que ele
“só irá aprender fazendo”, valorizam-se as tentativas experimentais, a pesquisa, a descoberta, o estudo
do meio natural e social. Aprender se torna uma atividade de descoberta, é uma autoaprendizagem.O
professor é um facilitador; a Renovadora não diretiva (Escola Nova) – Anísio Teixeira foi o grande
pioneiro da Escola Nova no Brasil.É um método centrado no aluno. A escola tem o papel de formadora
de atitudes, preocupando-se mais com a parte psicológica do que com a social ou pedagógica. E para
aprender tem que estar significativamente ligado com suas percepções, modificando-as e a Tecnicista
– Skinner foi o expoente principal dessa corrente psicológica, também conhecida como behaviorista.
Neste método de ensino o aluno é visto como depositário passivo dos conhecimentos, que devem ser
acumulados na mente através de associações. O professor é quem deposita os conhecimentos, pois ele
é visto como um especialista na aplicação de manuais; sendo sua prática extremamente controlada.
Articula-se diretamente com o sistema produtivo, com o objetivo de aperfeiçoar a ordem social
vigente, que é o capitalismo, formando mão de obra especializada para o mercado de trabalho.
Já as Tendências Progressistas - Partem de uma análise crítica das realidades sociais,
sustentam implicitamente as finalidades sociopolíticas da educação e é uma tendência que não condiz
com as ideias implantadas pelo capitalismo. O desenvolvimento e popularização da análise marxista
da sociedade possibilitou o desenvolvimento da tendência progressista, que se ramifica em três
correntes: a Libertadora – Também conhecida como a pedagogia de Paulo Freire, essa tendência
vincula a educação à luta e organização de classe do oprimido. Onde, para esse, o saber mais
importante é a de que ele é oprimido, ou seja, ter uma consciência da realidade em que vive. Além da
busca pela transformação social, a condição de se libertar através da elaboração da consciência crítica
passo a passo com sua organização de classe. Centraliza-se na discussão de temas sociais e políticos; o
professor coordena atividades e atua juntamente com os alunos; a Libertária – Procura a
transformação da personalidade num sentido libertário e autogestionário. Parte do pressuposto de
que somente o vivido pelo educando é incorporado e utilizado em situações novas, por isso o saber
sistematizado só terá relevância se for possível seu uso prático. Enfoca a livre expressão, o contexto
cultural, a educação estética. Os conteúdos, apesar de disponibilizados, não são exigidos pelos alunos e
o professor é tido como um conselheiro à disposição do aluno e a "Crítico-social dos conteúdos” ou
"Histórico-Crítica" - Tendência que apareceu no Brasil nos fins dos anos 70, acentua a prioridade de
focar os conteúdos no seu confronto com as realidades sociais, é necessário enfatizar o conhecimento
histórico. Prepara o aluno para o mundo adulto, com participação organizada e ativa na
democratização da sociedade; por meio da aquisição de conteúdos e da socialização. É o mediador
entre conteúdos e alunos. O ensino/aprendizagem tem como centro o aluno. Os conhecimentos são
construídos pela experiência pessoal e subjetiva.
Para tanto, após a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB 9.394/96), ideias de
psicólogos como de Piaget, Vygotsky e Wallon foram muito difundidas, tendo uma perspectiva sócio-
histórica e são interacionistas, isto é, acreditam que o conhecimento se dá pela interação entre o
sujeito e um objeto. Atualmente ouvimos muito sobre as teorias pedagógicas neoliberais, que são
aquelas centradas na ideia de “aprender a aprender”, também conhecidas como as pedagogias das
competências, representada pels projetos, professor reflexivo, construtivismo e multiculturalismo.
No que tange o processo de ensino e aprendizagem, as correntes pedagógicas são
fundamentais, não apenas por situar o docente dentro do contexto histórico educacional, mas por
proporcionar uma prática pedagógica que seja condizente com a realidade atual, que valorize o
discente e o auxilie em um processo de ensino e de aprendizagem significativo e sistematizado,
conferindo-lhe condições de transformar o senso comum em conhecimento elaborado, de analisar as
transformações políticos sociais vigentes, de compreender as relações de produção, de interagir com o
meio social, bem como mercado de trabalho, exercendo sua cidadania, ética e moral, ou seja, sua
humanidade.
Os fundamentos educacionais são alterados pelos processos sociais e históricos, as mudanças
são lentas e gradativas, de modo que a transição, o modelo antido de ensino acaba por coexistir com o
novo; todo esse processo gerou uma vasta literatura sobre a educação e seus níveis, como é o caso da
educação infantil, portanto, dentre os estudiosos que dedicaram-se á linha de pesquisa, podemos citar
Montessori (1870-1952); Decroly (1871-1932); Freinet (1896-1966); Friedrich Froebel (1782-1852);
Vygotsky (1896-1934) e Piaget (1896- 1980). Eles desenvolveram teorias de aprendizagem e
desenvolvimento para o campo pedagógico na educação infantil.
Como se vê..... As idéias desses psicólogos interacionistas vêm ao encontro da concepção que
considera a linguagem como forma de atuação sobre o homem e o mundo e das modernas teorias
sobre os estudos do texto, como a Lingüística Textual, a Análise do Discurso, a Semântica
Argumentativa e a Pragmática, entre outros.

De acordo com esse quadro teórico de José Carlos Libâneo, deduz-se que as tendências
pedagógicas liberais, ou seja, a tradicional, a renovada e a tecnicista, por se declararem neutras, nunca
assumiram compromisso com as transformações da sociedade, embora, na prática, procurassem
legitimar a ordem econômica e social do sistema capitalista. No ensino da língua, predominaram os
métodos de base ora empirista, ora inatista, com ensino da gramática tradicional, ou sob algumas as
influências teóricas do estruturalismo e do gerativismo, a partir da Lei 5.692/71, da Reforma do
Ensino.
Já as tendências pedagógicas progressistas, em oposição às liberais, têm em comum a análise
crítica do sistema capitalista. De base empirista (Paulo Freire se proclamava um deles) e marxista
(com as idéias de Gramsci), essas tendências, no ensino da língua, valorizam o texto produzido pelo
aluno, a partir do seu conhecimento de mundo, assim como a possibilidade de negociação de sentido
na leitura.
A partir da LDB 9.394/96, principalmente com as difusão das idéias de Piaget, Vygotsky e
Wallon, numa perspectiva sócio-histórica, essas teorias buscam uma aproximação com modernas
correntes do ensino da língua que consideram a linguagem como forma de atuação sobre o homem e o
mundo, ou seja, como processo de interação verbal, que constitui a sua realidade fundamental.

As tendências pedagógicas são divididas em liberais e progressistas. A pedagogia liberal


acredita que a escola tem a função de preparar os indivíduos para desempenhar papéis sociais,
baseadas nas aptidões individuais. Dessa forma, o indivíduo deve adaptar-se aos valores e normas da
sociedade de classe, desenvolvendo sua cultura individual. Com isso as diferenças entre as classes
sociais não são consideradas, já que, a escola não leva em consideração as desigualdades sociais.
Existem quatro tendências pedagógicas liberais: Tradicional: tem como objetivo a transmissão dos
padrões, normas e modelos dominantes. Os conteúdos escolares são separados da realidade social e
da capacidade cognitiva dos alunos, sendo impostos como verdade absoluta em que apenas o
professor tem razão. Sua metodologia é baseada na memorização, o que contribui para uma
aprendizagem mecânica, passiva e repetitiva.Renovada: a educação escolar assume o propósito de
levar o aluno a aprender e construir conhecimento, considerando as fases do seu desenvolvimento. Os
conteúdos escolares passam a adequar-se aos interesses, ritmos e fases de raciocínio do aluno. Sua
proposta metodológica tem como característica os experimentos e as pesquisas. O professor deixa de
ser um mero expositor e assume o papel de elaborar situações desafiadoras da aprendizagem. A
aprendizagem é construinda através de planejamentos e testes. O professor passa a respeitar e a
atender as necessidades individuais dos alunos. Renovada não-diretiva: há uma maior preocupação
com o desenvolvimento da personalidade do aluno, com o autoconhecimento e com a realização
pessoal. Os conteúdos escolares passam a ter significação pessoal, indo ao encontro dos interesses e
motivação do aluno. São incluídas atividades de sensibilidade, expressão e comunicação interpessoal,
acentuando-se a importância dos trabalhos em grupos. Aprender torna-se um ato interno e
intransferível. A relação professor-aluno passa a ser marcada pela afetividade. Tecnicista: enfatiza a
profissionalização e modela o individuo para integrá-lo ao modelo social vigente, tecnicista. Os
conteúdos que ganham destaque são os objetivos e neutros. O professor administra os procedimentos
didáticos, enquanto o aluno recebe as informações. O educador tem uma relação profissional e
interpessoal com o aluno.
Já as tendências pedagógicas progressistas analisam de forma critica as realidades sociais,
cuja educação possibilita a compreensão da realidade histórico-social, explicando o papel do sujeito
como um ser que constrói sua realidade. Ela assume um caráter pedagógico e político ao mesmo
tempo. É divida em três tendências: Libertadora: o papel da educação é conscientizar para
transformar a realidade e os conteúdos são extraídos da pratica social e cotidiana dos alunos. Os
conteúdos pré-selecionados são vistos como uma invasão cultural. A metodologia é caracterizada pela
problematizarão da experiência social em grupos de discussão. A relação do professor com o aluno é
tida como horizontal em que ambos passam a fazer parte do ato de educar. Libertaria: a escola
propicia praticas democráticas, pois acredita que a consciência política resulta em conquistas sócias.
Os conteúdos dão ênfase nas lutas sociais, cuja metodologia é está relacionada com a vivência grupal.
O professor torna-se um orientador do grupo sem impor suas idéias e convicções. Crítico-social dos
conteúdos: a escola tem a tarefa de garantir a apropriação critica do conhecimento cientifico e
universal, tornando-se uma arma de luta importante. A classe trabalhadora deve apropriar-se do
saber. Adota o método dialético, esse que é visto como o responsável pelo confronto entre as
experiências pessoais e o conteúdo transmitido na escola. O educando participa com suas experiências
e o professor com sua visão da realidade.

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