Вы находитесь на странице: 1из 3

A história da enfermagem caminha lado a lado com o desenvolvimento do

homem frente ao seu longo e contínuo processo de socialização. No principio, na


era pré-cristã as doenças estavam associadas a castigos advindos do sobrenatural,
seja de um deus ou de um demônio. O tratamento consistia nos sacrifícios humanos
como forma de aplacamento, além de purgativos e com o posterior uso de plantas
medicinais. No Egito, por exemplo, praticava-se o hipnotismo e a saúde das pessoas
estava associada à influência de outras. Já na Índia no século VI a.c, nota-se a
realização de suturas, amputações, trepanações e correções de rupturas no corpo
humano, o que denota o conhecimento dos hindus sobre ligamentos, músculos,
nervos, dentre outros procedimentos etc. Na China as doenças já eram classificadas
em benignas, médias e graves. As plantas medicinais ocupavam a área em torno
dos templos e serviam para o tratamento. O povo chinês tinha conhecimento da
varíola e da sífilis, nesta época já havia procedimentos cirúrgicos em locais
construídos para o acompanhamento dos pacientes. Em Roma a medicina era
exercida por escravos ou estrangeiros, já que seu povo essencialmente estava
voltado para as guerras e seus espólios. Com a chegada do cristianismo os
cuidados com os mais necessitados foram prestados de maneira mais incisiva, os
doentes eram recolhidos às diaconias ou a hospitais organizados pela igreja. Uma
onda de profunda caridade vem à tona, trazendo não só exemplos de fraternidade,
mas a contundente valorização da vida e da dignidade da pessoa humana. .
A Enfermagem Moderna é marcada pelo avanço da Medicina que contribuiu
para a reorganização de hospitais, porém a falta de ambientes salubres trouxe
epidemias e o consequente despreparo de pessoas para o cuidado dos doentes. Os
ricos eram tratados em suas belas casas, enquanto os pobres viravam “ratos” de
laboratórios, dependendo da caridade de grupos religiosos. Neste panorama surge
a Enfermagem e com ela Florence Nightingale (nasceu em 12 de maio de 1820 e
morreu em 13 de agosto de 1910), exemplo de perseverança, dedicação e amor por
uma profissão que salva vidas em mundo de interesses mercantilistas. Convidada
pelo Ministro da Guerra da Inglaterra cuidou dos soldados feridos na Guerra da
Criméia e pelos seus trabalhos é condecorada pelo seu governo. Em 1859 inaugura
sua Escola de Enfermagem, com disciplinas empíricas ensinadas por médicos, que
passou a ser modelo para as demais escolas que foram surgindo ao longo da
história. A Enfermagem passou a ser uma profissão visando a suprir a necessidade
de mão-de-obra nos hospitais, uma prática constituída em seu viés específico, social
e institucional.
No período que se estende de 1500 ao final de 1800, no Brasil, temos a
organização da Enfermagem numa sociedade que por meio da miscigenação deu os
traços da atual sociedade brasileira. No período colonial temos as Casas de
Misericórdia, originária de Portugal, a primeira foi fundada na Vila de Santos, em
1543. Temos nesta época os bons jesuítas, como José de Anchieta que não se
limitou a propagação ideológica da fé cristã, mas, sobretudo, ao atendimento aos
necessitados, portugueses ou os índios contaminados pelo contato. Em seus
escritos constam muitas das doenças da época. Doenças que eram tratadas com
ervas medicinais por ele ou por assistentes treinados. Em 1738, no Rio de Janeiro, é
fundado por Romão de Matos Duarte a Casa dos Expostos. Em 1822, nasce pela
primeira vez uma legislação preocupada com a proteção à maternidade, advinda da
luta de José Bonifácio Andrada e Silva. Em 1832 criou-se a Faculdade de Medicina
do Rio de Janeiro. No ano posterior foi diplomada a primeira parteira no Brasil,
Madame Durocher. Outra mulher de destaque é Ana Neri que ofereceu seus
serviços médicos na guerra do Paraguai, aclamada pela sua atuação, tem o seu
nome na primeira Escola de Enfermagem funda no Brasil, morreu em 20 de maio de
1880.
O desenvolvimento urbano em áreas de mercado mais intensos em São
Paulo e Rio No século XIX acarretaram no desenvolvimento de doenças infecto-
contagiosas, trazidas por europeus e escravos africanos, constituindo um problema
econômico-social. Nesse sentido nascem os serviços públicos, a vigilância e o
controle mais eficaz sobre os portes. Em 1904, por meio da reforma de Oswaldo
Cruz, renasce a Diretoria Geral de Saúde Pública, agregando novos elementos à
estrutura sanitária, como o Serviço de Profilaxia da Febre Amarela. Nasce também o
Instituto Oswaldo Cruz. Em 1920 surge a reforma Carlos Chagas que almeja a
reorganização dos serviços públicos a partir da criação do departamento Nacional
de Saúde Pública (Decreto 3.987), órgão que, durante anos, exerceu ação normativa
e executiva das atividades de Saúde Pública no Brasil.
A primeira escola de Enfermagem brasileira foi criada pelo Decreto Federal
n°791, de 27 de setembro de 1890, hoje a Escola de Enfermagem Alfredo Pinto,
pertencendo a Universidade do Rio de Janeiro. A Cruz Vermelha Brasileira foi
organizada em fins de 1908, tendo como seu primeiro presidente Oswaldo Cruz.
Pelo Decreto 3.987, foi criado o Departamento Nacional de Saúde Pública. Em 1926
surge a ABEn, Associação brasileira de Enfermagem, instituição sem fins lucrativos,
formada por enfermeiras e técnicos em enfermagem. Em 1929 esta associação foi
admitida no Conselho Internacional de Enfermeiras (I.C.N). Inativa durante muitos
anos posteriores, em 1944 a partir de um grupo de enfermeira, ela é reerguida com
o nome de Associação Brasileira de Enfermeiras Diplomadas. Com novos estatutos
aprovados em 1945, foram criadas seções estaduais, coordenadorias de comissões.
Considerada como utilidade pública pelo decreto n°31.416/52. Em 1964 foi mudada
sua denominação para Associação brasileira de Enfermagem que hoje está sediada
em Brasília e funciona por meio de seções formadas nos estados e no Distrito
Federal. Sua finalidade é impulsionar o desenvolvimento técnico, científico e
profissional dos integrantes de Enfermagem do País, promover integração às
demais entidades representativas da Enfermagem e defender os interesses da
profissão.
Por meio da lei 5.905 de 12 de julho de 1973 foram criados os conselhos
federais e regionais de enfermagem, sistema COFEN/COREN'S, disciplinadores do
exercício da profissão de Enfermeiros e Técnicos de Enfermagem e Auxiliares de
Enfermagem, subordinados ao Conselho Federal que é sediado no Rio de Janeiro e
com escritório federal em Brasília. Estes conselhos visam à fiscalização do exercício
profissional, zelar pela qualidade dos profissionais de Enfermagem, respeito ao
Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem e cumprimento da lei do exercício
profissional. Este sistema é representado em 27 estados brasileiros e o mesmo está
filiado ao Conselho Internacional de Enfermeiros de Genebra.

BIIBLIOGRAFIA:
TURKIEWICZ, Maria. História da Enfermagem. Paraná, ETECLA, 1995.
GEOVANINI, Telma;... (et.ali.) História da Enfermagem: versões e Inter- pretações.
Rio de Janeiro, Revinter, 1995. BRASIL, Leis, etc. Lei 5.905, de 12 de julho de 1973.
Dispõe sobre a cria- ção dos Conselhos Federal e Regionais de Enfermagem e dá
outras pro- vidências. Diário Oficial da União, Brasília, 13 de jul. 1973. Seção I, p.
6.825.
CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Documentos Básicos de Enfermagem.

Вам также может понравиться