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Gestão e Organização do Trabalho Pedagógico na Educação Básica 1

GESTÃO ESCOLAR, DEMOCRACIA E QUALIDADE DO ENSINO

Aluno: Fabio Droguetti Christovam


Ra: 8010990
Gestão e Organização do Trabalho Pedagógico na Educação Básica 2

1. Atividade no Portfólio
1. O Livro do autor Vitor Henrique Paro, intitulado Gestão escolar, Democracia e Qualidade do
ensino, possui um título instigante no Capítulo 2 As funções da escola, a estrutura didática e a
qualidade do ensino. Nele, o autor faz importantes reflexões sobre a "visão dos educadores e dos
usuários da escola a respeito do papel da educação e da qualidade do ensino e suas relações com a
estrutura didática da escola" (PARO, 2007, p. 33).
2. Tendo como princípios os três enunciados neste capítulo, escreva o que pensam os professores e os
usuários da escola sobre:
1. O papel da escola,
2. a estrutura didática da escola e a
3. sua relação com a qualidade do ensino.
3. O texto desta atividade deverá ser elaborado em uma página do seu editor de texto, explorando as
reflexões que o autor faz a partir de entrevistas realizadas com professores e usuários das escolas
públicas. Em seguida, poste a atividade no Portfólio da disciplina Gestão e Organização do
Trabalho Pedagógico na Educação Básica.© Plano de Ensino (PE)/Guia de Estudos (GE)

2. Entrevistas:
Muito interessante este tema de trabalho e a escrita do autor da fonte para estudo 1
nesse momento em que o debate sobre a reformulação do ensino médio toma a pauta da
grande mídia brasileira, em decorrência da publicidade dada as notas da avaliação do
Enem do ano passado, e a extrema pressa do Governo em mostrar trabalho, tentando
reverter os baixos índices de aceitação, trocando pés por mãos, lançando uma medida
provisória (talvez até para avançar a questão já que este tema não é nem de longe
prioridade no Congresso), e gerando confusão em todos os seguimentos da sociedade, o
tema da Educação torna-se a grande pauta explorada pela mídia. Agora, cabe aos
assessores de comunicação “consertar o leite derramado” (de novo!) e ouvir os sujeitos
ativos a quem se destina este debate, os educadores, funcionários, educandos com suas
famílias.

Na visão dos educadores, busquei três professoras, as 3 do Ensino Fundamental,


uma do Estado do Rio Grande do Sul, outra do Município de Sapiranga.
Uma do laboratório de informática, Profa. Thais; uma alfabetizadora, Profa.
Marione; e pela Profa. Fernanda do 3a ano do Ensino Fundamental, foram entrevistados
e suas falas refletem:
1. Sobre o papel da escola:
1. Profa. Thais: A escola tem papel fundamental para a sociedade, pois é por
meio dela que nossas crianças adquirem conhecimento, que entram em
contato com o saber e conhecer, sendo ela a base de tudo.

1 PARO, V. H., Gestão Escolar, Democracia e Qualidade de Ensino – Biblioteca Digital Person – Cap. 2.
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2. Profa. Marione: A escola tem o papel de instrumentalizar seus alunos, de


forma a terem condições de serem sujeitos leitores no mundo.
3. Profa. Fernanda: A escola forma os alunos para a sociedade.

Comentários: Na fala das professoras percebe-se uma concepção de uma escola


conteudista, até porque a grande reclamação por parte delas é sempre a “ausência dos
pais”, e a inserção do professor assumindo vários papéis. Percebe-se
contraditoriamente, nuances de uma fala de formação integral, de uma formação do
sujeito, ainda que a maior preocupação das professoras de ensino básico seja a leitura e
a escrita, até porque nesta idade a questão de começar um pensamento mais crítico é
inviável dada a faixa etária muito precoce. Mas não fica só ai. No parar da sala dos
professores, as questões do comportamento dos alunos, é motivo de discussão, riso e
por vezes consternação, sendo os pais os maiores vilões.
A questão da cultura, e da formação democrática não está presente na fala de
forma explícita, ainda que nas duas escolas exista o processo de eleição para diretor, e
para representante de classe, uma série de projetos e eventos para envolvendo os alunos
em que muitos professores “aderem” e outros não. Dependendo do desenvolvimento
das turmas ou seja, aquela turma que consegue apreender o conteúdo ou não, há
reclamação dos professores que estes eventos “atrapalham” o andamento escolar.
A professora alfabetizadora, muito dedicada ao trabalho, tem uma “multiclasse” +
“alunos de inclusão”: 1o e 2o anos que compartilham do mesmo espaço. Alguns do
segundo ainda não conseguem ler, e muitos do primeiro já leêm. O tempo de
planejamento é muito curto, e ela faz “hora extra não remunerada” em casa para dar
conta das situações de diversidade dentro da docência. A principal reclamação é de
novo a ausência dos pais, pois nessa idade “a criança tem que mostrar o que ela fez, e
ela vai estudar para mostrar para os pais, quando eles não dão a atenção necessária,
imagine… como ela fica desmotivada!”. Sua fala, é fruto da experiência. O foco da
preocupação das professores está centrado nos problemas que elas vivênciam na sala de
aula. Em alguns momentos, como datas festivas e culturais, como festa Junina,
Revolução Farroupilha, há uma mobilização geral de toda comunidade escolar.
A questão de contruir pouco a pouco um ambiente democrático, não passa pela
cabeça de muitos professores, e é um assunto mais ou menos tratado, de modo muito
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diferente e pessoal por cada professor.


Na fala de uma aluna Laura, do 3a ano do Ensino Médio, aluna muito aplicada,
preocupada com o Enem e buscando uma vaga na UFRGS em Medicina Veterinária, a
questão da politização é muito precária. Mesmo os professores que deveriam tratar do
assunto na sala de aula como História, Sociologia e Filosofia, pouca atenção dão a essas
matérias, o que dizer dos professores que trabalham as crianças pequenas.
Por outro lado é preciso fazer uma intervenção neste ponto do trabalho. Os
acontecimentos nacionais que foram transmitidos pela mídia nos últimos meses
dividiram os discursos na escola. Muito professores não conseguem tratar de forma
adequada a questão. A radicalização do discurso e a polarização por parte de alunos e
professores, e pais, entre “Direita” X “Esquera” tomou uma dimensão preocupante.
Além disso os “cristãos” mais radicais criaram também a sua vertente, chamados pela
questão das eleições municipais a apoiar seus candidatos. Nesse “caldo” de discursos
indigestos, a Democracia é uma construção abstrata.
Nós estamos perdendo a capacidade de conseguirmos gerir um conflito 2 e
chegamos as vezes muito perto do confronto, se não em algumas situações infelizes este
realmente se materializa.

2. Sobre a estrutura Didática da Escola


1. Profa. Thais: Sua estrutura didática é composta por muito conteúdo, na
maioria das vezes troca-se qualidade por quantidade, pois a cobrança vem
"de cima" e o professor precisa dar conta.
2. Profa. Marione: a estrutura didática da escola está aquém do esperado. Se
faz necessário um maior aparelhamento em termos de biblioteca, acesso a
internet e computadores. Muitas vezes o currículo proposto não pode ser
desenvolvido como deveria por estar fora da realidade escolar.
3. Profa. Fernanda: A estrutura didática da escola é planejada através de
conteúdos necessários para cada série, conteúdos esses indicados pela rede
(seja município ou estado).

Comentário: O sucateamento da escola pública, a questão de má gestão por parte

2 Sobre Conflito e Confronto: bela fala do Prof. Mario Sergio Cortela disponível em:
<https://youtu.be/SKDB4Nr8Xm4> Acesso em 04/10/2016.
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de diretores, a questão da instabilidade de boas equipes e sucessão de más equipes, se


torna evidente na fala dos professores nos corredores das escolas. Observando a fala
dessas professores questões como má gerência, por desconhecimento das funções, é
registrado no Instituto Estadual onde lecionam. O sucateamento de uma gestão para
outra foi acelerado e a vista de todos, pela falta de cuidado e gerência do patrimônio
público. Aqui a questão da fala sobre a democracia, sofreu um revez, “é o processo
democrático”.
Uma outra preocupação, diametralmente oposta, ouvida por professores e alunos é
o aparelhamento de uma escola pública. Uma utopia, no momento atual. Ao mesmo
tempo que a “formação” dos professores, muitos sobrecarregados é precária.
De um lado o professor da aula em diversas escolas, na fala “deles”, 2 casos de
um professor e uma professora trabalhando 60 horas, em 3 cidades diferentes da região.
Como isso é possível? Ainda que este parágrafo que escrevo, deveria estar na questão
abaixo, que estrutura didática é essa que permite isso? Que qualidade de aula é essa? E
como pensar em uma educação inclusiva, democrática tendo condições tão precárias de
trabalho?

3. Sobre a relação com a qualidade de ensino:


1. Profa. Thais: A qualidade de ensino acaba decaindo, pois o professor, além
de ter uma ficha enorme de conteúdos à ser seguido, precisa lidar com a falta
de interesse dos alunos e ainda se preocupar com os índices de aprovação, ou
seja, se o aluno reprova é porque o professor não soube ensinar.
2. Profa. Marione: A qualidade de ensino está aquém do esperado, muito em
função da escola estar na maioria das vezes sozinha (os pais pouco
participam, os professores desmotivados pelo baixo salário e sucateamento
das escolas, prédios, recursos didáticos.
3. Profa. Fernanda: A qualidade do ensino está péssima. Os dados apresentados
(IDEB3) confirmam. Falta valorização dos professores (salário, formação…)
além de recursos como laboratórios de informática, (maioria sucateados).
Outro problema é a falta de motivação dos alunos, pois na grande maioria a
família não valoriza seu esforço, poucos participam da vida escolar dos

3 Índice de Desenvolvimento da Educação Básica.


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filhos.

Comentário: A preocupação com a qualidade do ensino é visto pelas


professoras que entrevistei, pelo comprometimento com seus alunos. Na
pesquisa, no cuidado na construção das atividades, no planejamento, (ainda que
este não consiga ser feito dentro do horário de trabalho). O caso que citei de 2
professores, me assustou pela falta de controle e diálogo entre as Secretarias de
Educação do Estado e do Município que não têm nenhum controle cruzados dos
profissionais da educação. Como falar em planejamento para esses dois casos?
Como falar em uma educação que valorize a cultura e a democracia e a autonomia
do sujeito?
Na fala dos jovens essa reclamação é constante. De um lado os “alunos
mais aplicados”, como o caso de Laura reclama (citando também seus colegas) da
“embromação” de alguns professores na Escola Publica.
A qualidade do ensino esbarra na qualidade das condições de trabalho e
remuneração dos professores. Esbarra na falta de equipamentos. Em formações
precárias. Ainda que haja um esforço enorme, na fala das 3 professoras em fazer
cursos e “pós”, para aumentar o “nível”.
Há uma contradição latente, da tão necessária educação para a construção de
uma sociedade democrática, mas a escola parece ainda estar se adequando aos
“novos tempos”. Os pais, não tão presentes. Os professores “tendo que educar”,
o que já deveria ter vindo educado de “casa”. A escola assumindo o papel da
família, e muitas vezes, muitas vezes repetindo a fala delas para maior ênfase
neste parágrafo não tendo o respaldo familiar.
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Referência:

PARO, V. H., Gestão Escolar, Democracia e Qualidade de Ensino –


Biblioteca Digital Person – Cap. 2.

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