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LINGUAGEM VERBAL E NÃO-VERBAL

Prof: JOANA VIEIRA Frente: 01 Aula: 01


GE270207

“(...) texto, em sentido lato, designa toda e qualquer manifestação da capacidade textual do ser humano (quer se trate de um
poema, quer de uma música, uma pintura, um filme, uma escultura, etc.), isto é, qualquer tipo de comunicação realizada através
de um sistema de signos”
(FÁVERO, L. F. & KOCH, I. V. Lingüística textual: introdução. 5. ed. São Paulo: Cortez., 2000.)

Quando pensamos em linguagem como sistema organizado de sinais, associamos essa palavra à noção de linguagem
verbal, ou seja, de língua. Mas linguagem, como já vimos, tem um conceito mais amplo: é todo sistema que permite a expressão ou a
representação de idéias, e se concretiza em um texto.
Na linguagem visual, o signo é a imagem. Assim como acontece com a
linguagem verbal, há inúmeros modos de organização dos signos visuais,
decorrentes da relação que o homem estabelece entre a realidade e sua
representação. Os artistas se valem intencionalmente desse recurso procurando fazer
com que o apreciador reaja diante dessa representação e levante questionamentos
sobre o que é de fato real e o que é fantasia e, indo mais além, sobre a própria
ordenação do real. O crítico de arte Giulio Argan comenta: “Magritte pinta um
cachimbo e escrever embaixo: ‘isso não é um cachimbo’. De fato, não é um
cachimbo; é a própria palavra cachimbo, que designa o cachimbo, não é um
cachimbo. Eis o contraste entre coisas e signos na vida cotidiana”. (ARGAN, Giulio
Carlo. Arte Moderna – do Iluminismo aos movimentos contemporâneos. São Paulo:
Companhia das Letras, 1996.)
De fato, o desenho ou a foto de um cachimbo – ou a palavra cachimbo – não René Magritte. A tradição das imagens (Isso não é um cachimbo).
é o objetivo cachimbo (uma pessoa não pode fumar o desenho, a foto ou a palavra). Óleo sobre tela, 62,2 s 81 cm. Los Angeles Country Museum of Art,
Los Angeles, USA, 1928-29
O objeto é a coisa; o desenho, a foto, a palavra são representações.

Ao pensamos na linguagem verbal, tendo a língua como código, os signos lingüísticos são os responsáveis pela
representação das idéias. Esses signos são as próprias palavras, que por meio da produção oral ou escrita, associamos com
determinadas idéias. Daí afirmar que os signos lingüísticos apresentam dois componentes: uma parte material, concreta (o som ou as
letras), que denominamos significante; outra abstrata, conceitual (a idéia), que denominamos significado.
“(...) signos são entidades em que sons ou seqüências de sons – ou as correspondências gráficas – estão ligados com
significados ou conteúdos. (...) os signos são assim instrumentos de comunicação e representação, na medida em que, com eles,
configuramos linguisticamente a realidade e distinguimos os objetos entre si.”
(VILELA, M. & KOCH, I. V. Gramática da língua portuguesa. Coimbra: Almeida, 2001).

Significado (conceito):
Significante: seqüência ave de espécie
sonora: / papagaio/ (ou psitaciformes ou
representação gráfica: psitacídeos, geralmente
papagaio). de penas verdes, que
imita bem a voz humana.

Por exemplo, a palavra “papagaio” nos traz a idéia de “ave da


espécie dos psitaciformes ou psitacídeos, geralmente de penas verdes,
que imita bem a voz humana”. Entretanto, tal ligação entre representação
(significante) e idéia (significado) é totalmente arbitrária, ou seja, não há
nada que indique que deve haver uma relação entre elas. Mas é uma
convenção, senão não saberíamos a que a palavra papagaio faz
referência; isso quer dizer que a significação tem de ser obrigatoriamente
comum à comunidade que faz uso de um mesmo código ou língua, para
que a mensagem de ser obrigatoriamente possa ser entendida.
Um outro detalhe importante: a palavra papagaio não é o papagaio (a palavra papagaio não tem condições de imitar a sua
voz, por exemplo), mas quando a dizemos (ou lemos), imediatamente nos vem a idéia da ave conhecida como papagaio. O objeto
mencionado pode não estar diante de nós, mas o simples fato de evocá-lo, dizendo a palavra que o nomeia, é suficiente para que sua
imagem nos venha à mente.
O signo lingüístico, isoladamente, não tem outra finalidade a não ser representar alguma coisa e, por isso, dizemos que a
palavra isolada é neutra. No entanto, por diversas associações, um mesmo signo lingüístico pode assumir diferentes significados.

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É o arranjo dessa palavra, sua articulação e combinação num enunciado textual (falado ou escrito) que concretiza e
exterioriza uma idéia e faz com que ela assuma este ou aquele sentido.

Como você já viu, o homem utiliza inúmeros tipos de linguagem para expressar suas impressões – para representar coisas,
seres, idéias -, dentre elas a linguagem verbal. A língua é um sistema de representação constituindo por palavras e por regras que as
combinam, permitindo que expressemos uma idéia, uma emoção, uma ordem, um apelo, enfim, um enunciado de sentido completo
que estabelece comunicação. É importante salientar que essas palavras e essas regras são comuns a todos os membros de uma
determinada sociedade. Isso significa que a língua pertence a toda uma comunidade, como é o caso da língua que você fala a língua
portuguesa.
Na tira observamos os recursos do
cachorro e do papagaio para se comunicar:
o cachorro rosna, mostra os dentes e altera
seu olhar; o papagaio, que imita sons,
reproduz palavras que ouve dos humanos
com quem convive. Até aqui, tudo muito
convencional. Porém, no último quadrinho,
construindo o humor da tira, o papagaio,
diante da ameaça do cachorro, é capaz de,
racionalmente, criar uma frase de acordo BROWNE, Dick. O melhor de Hagar, o Horrível. Porto Alegre: L & PM, 1999.
com sua necessidade, assumindo uma
característica que é exclusiva do ser humano: produzir enunciado. Daí a sensação de estranhamento que toma conta de Hagar
(observar a expressão do seu rosto) e de nós, leitores.
Quando um membro da comunidade, isto é, um falante faz uso da língua, ele realiza um ato de fala. A fala é um ato
individual e depende de várias circunstâncias: do que vai ser falado e de que forma, da intencionalidade, do contexto, de quem fala e
para quem se está falando. No entanto, o falante vale-se de um código já convencionado e instituído antes de ele nascer, ou seja, a
criatividade de seu uso individual está limitada à estrutura da língua e às possibilidades que ela oferece.
Isso tudo para que sua mensagem tenha efeito sobre o
outro, aja sobre ele; afinal, construirá sentido para ela. Para tanto, ele
Linguagem Verbal Língua terá de não só decifrar o código, mas atribuir significados a partir de
Fala
Sistema composto Código verbal de sua competência de leitura e da relação com seus conhecimentos
de signos uma determinada Uso individual do prévios, sua ideologia, cultura, contextualização, etc.
lingüísticos comunidade código verbal
A LINGUAGEM TEM DIFERENTES FUNÇÕES
Ao realizar um ato de comunicação verbal, o produtor da
OS PROCESSOS DE COMUNICAÇÃO POR mensagem escolhe, seleciona as palavras, para depois organizá-las,
MEIO DAS LINGAUGENS combina-las, conforme a sua vontade. E todo esse trabalho de
seleção e combinação não é aleatório, não é realizado por acaso
(afinal, seleção significa “escolha fundamentada”), mas está
Na construção de um texto, considerado como
diretamente ligado à intenção do emissor.
qualquer material organizado que esteja veiculando
Ao elaboramos uma mensagem, dependendo da nossa
sentidos (portanto, verbal ou não-verbal), há diversos
intenção, do sentido que quisermos dar a ela, podemos enfatizar um
elementos que vão determinar sua significação.
desses fatores, definindo seu caráter. Daí resultam as funções da
Basicamente, temos um emissor que constrói um texto,
linguagem. Em uma mesma mensagem verbal podemos reconhecer
o texto (mensagem) e um destinatário, a quem o texto é
quase sempre mais de uma função, embora uma delas prevaleça.
destinado. Até aqui parece um ato simples e passivo
Como afirma Jakobson: “ Embora distingamos seis aspectos básicos
demais para ser chamado de um ato comunicativo que
da linguagem, dificilmente lograríamos encontrar mensagens verbais
envolve veiculação de sentidos e interação.
que preenchessem uma única função. A diversidade reside não no
Devemos observar, também, que para construir
monopólio de alguma dessas diversas funções, mas numa diferente
o texto o emissor precisa saber sobre o que vai se
ordem hierárquica de funções. A estrutura verbal de uma mensagem
manifestar (referente), que sistema de sinais vai utilizar
depende basicamente da função predominante”
(código) e por que meio vai fazer chegar a mensagem (JAKOBSON, Roman. Lingüística e comunicação. São Paulo: Cultrix, s/d)
(canal).
Esquematizando, podemos montar o seguinte
quadro:

Para obter uma visão geral e completa dos fatores


fundamentais da comunicação e de suas relações com as funções da
linguagem, podemos fazer uma superposição dos dois esquemas:
O esqueleto está montado, porém já sabemos
que o ato comunicativo é um ato social e, como tal,
concretiza as diversas manifestações cotidianas e
culturais por meio da interação, ou seja, sempre
estamos nos relacionando com o(s) outro(s) por meio da
linguagem. De que maneira se dá essa interação pela
linguagem?
De um lado, temos um falante que, ao emitir
sua mensagem e posicionar-se por meio dela, escolherá
O esquema acima reúne os elementos da comunicação e as
um assunto, um código e suas possíveis combinações,
respectivas funções da linguagem. Estas indicam o elemento da
o meio pelo qual ele chegará ao outro.
comunicação que predomina em cada mensagem.
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