Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
Afogados da Ingazeira – PE
2017
AUTARQUIA EDUCACIONAL DE AFOGADOS DA INGAZEIRA
Afogados da Ingazeira – PE
2017
A Revolução de 1930 : Uma análise do contexto político que
estabeleceu a Era Vargas através do golpe de 1930
Banca avaliadora:
______________________________________________
Prof.Ms.José Rogério de Oliveira
ORIENTADOR
Genildo santana
______________________________________________
Professor Genildo Santana
ARGUIDOR
Nota: _____________
AUTARQUIA EDUCACIONAL DE AFOGADOS DA INGAZEIRA
AFOGADOS DA INGAZEIRA
2017
DEDICATÓRIA
Primeiramente agradeço a Deus que permitiu que este momento fosse vivido por
mim, trazendo alegria aos meus pais e a todos que contribuíram para a realização
deste trabalho.
A instituição (FASP) pelo excelente ambiente oferecido aos seus alunos e os
profissionais qualificados que disponibiliza para nos ensinar.
Ao meu orientador, José Rogério de oliveira, pela paciência, dedicação e
ensinamentos que possibilitaram que eu realizasse este trabalho.
Epigrafe;
Nesta pesquisa busca-se responder de que forma esta política se tornou viável
neste contexto de profundas mudanças estruturais nos eixos que são base da
sociedade, principalmente na economia e na política, e referendar os motivos,
intrinsicamente, nacionais, que fizeram ascender Getúlio Vargas ao poder, a partir de
1930, onde se ratifica uma concepção dualista da formação social brasileira e o que
vem a acontecer na política econômica do país a partir desse momento. Ao fazer
análises e interpretações de movimentos e ideologias políticas que constituem
elementos para uma abordagem dos instrumentos que determinam a expressão
política dentro de um Estado, observa-se que alguns conceitos sobre a política e suas
formas tradicionais de dominação, no caso brasileiro, deve-se levar em conta o período
em que o país viveu, suas características hegemônicas inerentes a uma forte ideologia
seja ela pautada na burguesia ou no socialismo. Percebe-se então que a Era Vargas
foi um modelo característico de contexto populista que teve seu início vivido pelos
brasileiros num período compreendido entre 1930 a 1954 e que, nesta pesquisa busca-
se responder de que forma esta política se tornou viável neste contexto de profundas
mudanças estruturais nos eixos que são base da sociedade, principalmente na
economia e na política, e principalmente, reviver o que levou Getúlio Vargas ao
poder, neste período predominante nos anos que decorrem a partir de 1930,
demonstra-se uma concepção dualista da formação social brasileira e o que vem a
acontecer na política econômica do país a partir desse momento.
This research seeks to answer how this policy has become viable in this context of
profound structural changes in the axes that are the basis of society, especially in
economics and politics, and to refer to the intrinsically national motives that brought
Getúlio Vargas up power, beginning in 1930, where a dualistic conception of Brazilian
social formation is ratified and what is happening in the country's economic policy from
that moment. In making analyzes and interpretations of movements and political
ideologies that are elements for an approach of the instruments that determine the
political expression within a State, it is observed that some concepts about politics and
its traditional forms of domination, in the Brazilian case, if one takes into account the
period in which the country lived, its hegemonic characteristics inherent in a strong
ideology is based on the bourgeoisie or on socialism. It can be seen that the Vargas Era
was a characteristic model of the populist context that had its beginning lived by the
Brazilians in a period between 1930 and 1954 and that, in this research, it is tried to
answer in what form this policy became viable in this context of deep structural changes
in the axes that are the basis of society, especially in economics and politics, and above
all, reviving what brought Getúlio Vargas to power, in this predominant period in the
years since 1930, demonstrates a dualist conception of social formation Brazil and what
is happening in the country's economic policy from that moment on.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.......................................................................................................... .................
CAPITULO I-COMPREENDENDO A REVOLUÇÃO DE 1930 ATRAVÉS DE SEU
CONTEXTO HISTÓRICO...................................................................................................
1.1-CONTEXTO HISTÓRICO - POLÍTICO DO BRASIL EM 1930 ....................................
1.2-OS FATORES DESSADITA REVOLUÇÃO......................................................................
CAPITULO II - COMPREENDENDO A PARAÍBA COMO ALIADA POLÍTICO DE
VARGAS............................................................................................................................. ......
2.1-CONTEXTO HISTÓRICO - POLÍTICO NA PARAIBA EM 1930..............................................
2.2-AS AÇÕES POLITICO- ADMINISTRATIVAS DO GOVERNO JOÃO PESSOA E SUA
IMPORTÂNCIA NA “REVOLUÇÃO” DE 1930...........................................................
CAPÍTULO III –A ERA VARGAS:UM GOVERNO DE DESENVOLVIMENTO
ECONÔMICO,INDUSTRIAL E POLÍTICO..........................................................................
3.1- UMA NOVA VISÃO ECONOMICA E INDUSTRIAL PARA O PAÍS ............................
3.2 HERANÇAS ECONÔMICAS DA ERA VARGAS.........................................................
3.3- O DESFECHO TRÁGICO DE UM LEGADO...............................................................
CONSIDERAÇÕES FINAIS...............................................................................................
REFERÊNCIAIS TEÓRICOS.............................................................................................
INTRODUÇÃO
O golpe de estado que iria culminar na tomada do poder de Getúlio Vargas
Revolução1
políticas, jurídicas e religiosas que fornecem meios para que seus líderes cheguem
ao poder”.
entre o início da Revolução de 30 gerado através do golpe de 1930 até 1945 quando
1Até o ano de 1930 vigorava no Brasil a República Velha, conhecida hoje como o primeiro período
republicano brasileiro. Como característica principal centralizava o poder entre os partidos políticos e a
conhecida aliança política "café-com-leite" (entre São Paulo e Minas Gerais), a República Velha tinha
como base a economia cafeeira e, portanto, mantinha fortes vínculos com grandes proprietários de
terras. De acordo com as políticas do "café-com-leite", existia um revezamento entre os presidentes
apoiados pelo Partido Republicano Paulista (PRP), de São Paulo, e o Partido Republicano Mineiro
(PRM), de Minas Gerais. Os presidentes de um partido eram influenciados pelo outro partido, assim,
dizia-se: nada mais conservador, que um liberal no poder. http://www.sohistoria.com.br/ef2/eravargas/
Acessado em setembro de 2017.
No primeiro capítulo, o enfoque está acerca de um breve histórico, acerca da
Revolução de 1930 e a importância que o Estado da Paraíba juntamente com o
seu então governador da época, João Pessoa, teve em relação ao
desencadeamento dos fatos que levaram Getúlio Vargas ao poder.
Ainda nesse capítulo Vargas tornou a prática viável devido a sólidas bases
nas políticas tradicionais da República Velha (1889-1930). De tal modo, a segunda
seção versão mostra suas articulações no campo do domínio político e como
conseguiu estabelecer sua hegemonia com forte controle político, paternalismo e
conservadorismo. Uma das formas pelas quais se vivificou na figura dinâmica de um
líder que deu inicio a um momento de mudança radical na política nacional,
evidentemente acompanhada de uma guinada na política econômica que foram os
primeiros e decisivos passos para a industrialização, sendo também uma fase em
que a democracia foi posta em quarentena. Foi nessa fase que também houve
avanços na legislação trabalhista e previdenciária, criação de inúmeros órgãos
federais e centralização política.
CAPITULO I
2
Entre os anos de 1894 e 1930, o presidente da República foi eleito pelos paulistas barões do café
num mandato, e no outro pelos pecuaristas mineiros. Era a chamada política do café com leite,
viabilizada pela hegemonia da oligarquia cafeeira paulista na época e que garantiu a formação de uma
economia agrícola praticamente monoexportadora no país. Em 1929, a quebra nos mercados
acionários do mundo provocou uma forte queda nos preços internacionais das commodities. "O Brasil
era fortemente dependente das exportações de café, e tinha uma enorme dívida externa, que precisava
ser financiada com essas vendas", afirma o professor de História Econômica da FEA-USP, Renato
Colistete. Além da queda nos preços, a crise provocou uma diminuição na renda e no consumo no
mundo todo, prejudicando ainda mais as vendas de café. As exportações do produto, que chegaram a
US$ 445 milhões em 1929, caíram para US$ 180 milhões em 1930. A cotação da saca no mercado
internacional, caiu quase 90% em um ano. VALLONE. Giulianne, Crise de 1929 atingiu economia e
mudou a ordem política no Brasil. 2009 In http://revistacafeicultura.com.br/?mat=27265 Acessado em
setembro de 2017..
Os políticos da época de forma geral viram aí uma grande brecha para a
sucessão presidencial e buscaram dessa forma montar um esquema que
favorecesse a política de São Paulo e Minas Gerais.
No ano de 1929 o então Presidente Paulista Washington Luiz contrariou o
esquema, indicando o paulista Júlio Prestes para sua sucessão de certa forma
ele precisava garantir os interesses financeiros de sua cidade frente aos
impactos gerados pela crise de 19293.
Assim os políticos de Minas Gerais buscaram rapidamente romper com
Partido Republicano e firmar apoio com Antônio Carlos Ribeiro de Andrada
entretanto continuavam seguros quanto a uma vitória, assim buscaram aliar se o
mais rápido possível a outros estados principalmente com Rio Grande do Sul.
É nesse momento histórico que entra a figura de Getúlio Vargas o então
governador do Rio Grande do Sul que entra na disputa através do cargo cedido
por Antônio Carlos.
Nessa disputa e transação política vários acordos foram feitos entre eles
um acordo muito importante com o estado da Paraíba onde o vice João Pessoa
do partido democrático rival do PRP juntou-se ao grupo onde mais adiante
formaliza a aliança liberal, tendo como líderes Afonso Pena Júnior e Idelfonso
Simões Lopes sobre esse período
3 A Crise de 1929 atingiu em cheio a economia do Brasil, muito dependente das exportações de um
único produto, o café. Mas, mais do que gerar dificuldades econômicas, o crash provocou uma
mudança no foco de poder no país, acabando com um pacto político interno que já durava mais de
trinta anos. A crise arruinou a oligarquia cafeeira, que já sofria pressões e contestações dos diferentes
grupos urbanos e das oligarquias dissidentes de outros Estados, que almejavam o controle político do
Brasil", explica Wagner Pinheiro Pereira, doutor em História pela USP e autor do livro "24 de Outubro
de 1929: A Quebra da Bolsa de Nova York e a Grande Depressão". Op cit. FAUSTO, 1995, P237)
Nos anos 30, concretizou-se a nova divisão de ganhos no interior
da classe dominante, com o maior atendimento dos vários setores
desvinculados do café, que as circunstâncias impediram fosse
feita pela via pacífica. Esta hegemonia se materializava sob a
forma de dominação política e econômica. ”. (FAUSTO, 1995, p.
247).
4 “As principais ideias e teorias de David Ricardo, figura máxima da escola clássica inglesa ao lado de
Adam Smith. Assim, são abordadas a teoria do valor trabalho incorporado, a teoria da renda fundiária e
a teoria das vantagens comparativas. Com relação à primeira, merecem destaque a crítica à teoria de
Smith, que, segundo Ricardo, propõe um entendimento a respeito das sociedades primitivas ou pré-
capitalistas e outro para as sociedades avançadas, provavelmente capitalistas. Em meio a essa crítica,
Ricardo afasta-se do padrão invariável de valor pretendido por Smith e apresenta uma teoria que
considera as modificações na equação do valor a partir de variações em suas componentes. Quando
trata da teoria da renda fundiária, Ricardo revela a importância de reformas institucionais na Grã-
Bretanha, baseadas especialmente na revogação da ‘Lei dos Cereais’. Na época, havia um caloroso
debate a respeito dessa lei, acentuando rivalidades entre a classe industrial, de um lado, e as de
arrendatários capitalistas e de proprietários de terras, de outro. Ricardo, que se colocou a favor dos
industriais, apresentou brilhante argumentação, provando teoricamente que a preservação das Leis
dos Cereais poderia comprometer por completo o futuro industrial e de vocação ao comércio exterior
daquele país. A teoria das vantagens comparativas, outro termo colocado à economia de Smith,
apresenta o comércio como a saída estratégica ao país do implacável estado estacionário,
consequência inevitável, segundo Ricardo, para da eventual manutenção do protecionismo à
agricultura doméstica.” SILVA Tadeu Silvestre da NOTAS SOBRE A ECONOMIA RICARDIANA ( 2003,
P14.) In. https://revistas.pucsp.br/index.php/pensamentorealidade/article/viewFile/8462/6274 Acessado
em setembro de 2017.
O Estado que nasce em 1930 e se configura ao longo da década deixa
de representar diretamente os interesses de qualquer setor da
sociedade. A burguesia do café está deslocada do poder, em
consequência da crise econômica; as classes médias não têm
condições para assumir seu controle; os “tenentes” fracassam como
movimento político autônomo; os grupos desvinculados do setor
cafeeiro, especialmente o industrial, não se encontram em condições
de ajustar o poder à medida de seus interesses, seja porque tais
interesses coincidem frequentemente com os daquele setor, seja
porque o café, apesar da crise, continua a ser um dos centros básicos
da economia ( FAUSTO, 1995, p. 254).
No ano de 1950 mais precisamente no mês de outubro, Vargas foi eleito com
48,7% dos votos, mas a UDN tentou impugnar sua eleição, afirmando que o
vencedor deveria ter recebido a maioria absoluta dos votos, o que não era algo
previsto na Constituição. Assim, tal manobra dos liberais não obteve sucesso.
Eleito então democraticamente, Vargas deveria agora seguir os preceitos
constitucionais e contar com a Câmara dos Deputados e com o Senado. Os grandes
jornais da época destacavam tal fato, relembrando a trajetória do recém-eleito
presidente e seu golpe em 1937. Assim, os ânimos em torno do novo período no
país estavam exaltados e abriam-se novos focos de oposição a Vargas.
Diante então da crise política e econômica pela qual o país estava passando,
Vargas optou por iniciar seu governo de forma conciliadora, incluindo em seus
ministérios membros de outros partidos, que havia sido seu adversário na eleição
presidencial, e governadores.
A partir desse ponto Vargas procura fazer uma administração econômica
baseada em três pontos principais: a aproximação com o capital estrangeiro, a
política de desenvolvimento industrial e o princípio do nacionalismo.
Ainda no escopo do nacionalismo pregado por Vargas, foi elaborada uma lei que
limitava a remessa de lucros das empresas internacionais para o exterior. Tal lei,
não obteve muitos resultados práticos, por conta das resistências impostas a ela,
mas serviu para dar mais argumentos e críticas aos opositores do presidente que o
acusavam de ser comunista.
Carlos Lacerda e a UDN foram responsáveis por veiculares notícias e críticas
ao governo e às suas propostas econômicas e políticas. Assim, crescia na imprensa
o clima de hostilidade com relação ao presidente. Carlos Lacerda, que era jornalista
do jornal Tribuna da Imprensa, veiculava inúmeras críticas e denúncias ao governo
Vargas e ao jornal Última Hora, que era acusado de favorecimento com dinheiro
público por ser apoiador do governo.
( JORNAL O GLOBO)
Essa exigência não é aceita por Vargas que, na manhã do dia 24 de agosto de
1954, suicidou-se, deixando uma carta-testamento na qual justificava seu ato e
ainda pintava com tons heroicos sua atuação como presidente:
“Lutei contra a espoliação do Brasil. Lutei contra a espoliação do
povo. Tenho lutado de peito aberto. O ódio, as infâmias, a calúnia
não abateram meu ânimo. Eu vos dei a minha vida. Agora ofereço a
minha morte. Nada receio. Serenamente dou o primeiro passo no
caminho da eternidade e saio da vida para entrar na
História.”(VARGAS ,1958)
(GETULIO VARGAS)
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
O que fica claro nesse trabalho, também é a herança deixada pela Era Vargas
tanto no eixo econômico ,no social quanto no político pois observa-se que o mesmo
conseguiu dar a sustentação necessária para que governos posteriores pudessem
aprimorar o que foi implantado inicialmente, de forma a realizar planejamentos mais
concretos do que aqueles da sua Era.
Vargas deixou assim o seu legado, proporcionando um crescimento
econômico nacional gradual que se diferenciou da grande maioria dos políticos de
sua época ao defender audaciosamente, políticas desenvolvimentistas e sociais
para o país.
REFERÊNCIAIS TEÓRICOS
Paulista, 2000.
<HTTP://www.univesp.ensinosuperior.sp.gov.br/preunivesp/4273/a-.html>.Acesso
em 10 dezembro. 2017.
KOIFMAN, Fábio; DOS SANTOS, Ricardo Augusto. A política imigratória do
primeiro governo Vargas. Revista digital Pré- Univesp, 2012.
LACERDA, Carlos. Depoimento. RJ: Nova Fronteira, 1978, p. 102.
LEVINE, Robert. Pai dos pobres? Brasil na era Vargas. São Paulo: Companhia das
Letras, 2001.
MELLO, João Manuel Cardoso. O capitalismo tardio. 10. ed. São Paulo: Brasiliense,
1998.
MEIRELLES, Domingos, em 1930: os órfãos da revolução. Rio de Janeiro: Record,
2006. p.532.
MOURA, Gerson. Relações Exteriores do Brasil 1939-1950. Mudanças na Natureza das
Relações Brasil-Estados Unidos Durante e Após a Segunda Guerra Mundial. Brasília: 2012.
Disponível em: . Acesso: 07 Mai. 2014.
CONCEIÇÃO Maria da. Da substituição de importações ao capitalismo
financeiro. Rio de Janeiro: Zahar, [1971] 1972.
MELLO,José Octavio de Arruda. A Paraíba e a Década de Vinte. IN:João Pessoa, a
Paraíba e a Revolução de 30: exposições e debates / do II SPCB. João Pessoa:
Editora A União, 1979. p.163-214.
_______ .Uma Biografia. 3ª edição. Editora Ideia, João Pessoa, 2003.
PRADO JÚNIOR, Caio. Prefácio. In MOREIRA LIMA, Lourenço. A coluna Prestes. p.
14 9 FORJAZ, Tenentismo..., p. 20 -21.
REZENDE, Cyro. Economia brasileira contemporânea. 2. ed. São Paulo: Contexto,.
2002, p. 24